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TEORIA

GERAL DO
PROCESSO
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL

 O que são os princípios gerais do direito e dê exemplos?


 Os princípios gerais do direito são os alicerces do ordenamento jurídico,
informando o sistema independentemente de estarem positivados em
norma legal.
 São exemplos: Falar e não provar é o mesmo que não falar; Ninguém pode
causar dano, e quem causar terá que indenizar.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL

 Qual é a função dos princípios gerais do direito?


 Os princípios gerais do direito são como orientações e servem como um
guia norteador da política, do direito e até da prática jurídica. Por serem
princípios, podem ter interpretações diferentes e serem compostos de
subjetividade e de conteúdo valorativo.
 Ademais, eles vão em direção a uma situação jurídica determinada.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL

 Quais as três funções dos princípios?


 Funções dos princípios : três são as destacadas funções desempenhadas
pelos princípios (dentro do ordenamento jurídico): (a) fundamentadora das
demais normas (das regras), (b) interpretativa e (c) supletiva ou
integradora.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL

 Princípios constitucionais e princípios gerais


 Os princípios constitucionais decorrem da interpretação extraída a partir das
normas inseridas na Constituição Federal e que conduzem todas as demais
normas processuais em vigor no país.
 Elas atuam no Processo Civil, Processo Penal, Processo Trabalhista, dentre
outras. Já os princípios gerais decorrem de interpretação ampla, extraída do
próprio texto da lei e seus enunciados. Assim, eles encontram-se
exclusivamente ligados ao que determina a legislação específica.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL

 Princípios constitucionais
 1. Princípio do acesso à justiça
 A Constituição da República indica, em seu art. 5º, incisos XXXIV e XXXV, garantias de acesso ao
provimento judicial.
 No primeiro dispositivo, são assegurados os direitos de petição aos poderes públicos e de obtenção de
certidões, sem ônus, para a defesa de direitos ou contra abusos ou ilegalidades.
 XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
 a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
 b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal;
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 2. Princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário


 Decorre do art. 5º, inciso XXXV, da Constituição, que determina que “a lei
não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
Isso significa que, em momento algum, o Poder Judiciário será impedido de
atuar em circunstâncias em que se configurem ameaças ou lesões à direitos.
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 3. Princípio do juiz natural


 A Constituição da República também afirma, em seu art. 5º, inciso XXXVII,
que “não haverá juízo ou tribunal de exceção”. Isso significa que somente
serão reconhecidos como entes legítimos e capazes de proferir a jurisdição,
isto é, de decidir, os juízes e tribunais estabelecidos pela lei.
 Um juízo ou um tribunal já deve existir antes da ocorrência do fato a ser
julgado. Nesse sentido, somente poderão proferir decisões os juízes e
tribunais já criados pela lei.
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 4. Princípio da assistência jurídica integral e gratuita aos necessitados


 Trata-se de uma das principais garantias constitucionais (prevista no art. 5º, inciso
LXXIV, da Carta Magna) e preconiza que “o Estado prestará assistência jurídica
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”. Qualquer
pessoa poderá ter acesso aos serviços judiciais de forma gratuita, de acordo com a
determinação constitucional.
 Na prática, a Defensoria Pública ocupa-se dessa função. No entanto, é permitido ao
juízo nomear advogado não vinculado à defensoria pública para atuar na defesa de
quem necessitar.
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 5. Princípio da indispensabilidade e inviolabilidade do advogado


 O advogado é imprescindível para a atuação em prol da busca da justiça. A própria Constituição assim
expõe, em seu art. 133: “o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus
atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.
 Uma das características únicas da profissão é a capacidade postulatória, que se constitui na capacidade de
peticionar ao Poder Judiciário, na defesa de direitos. Isto é, apenas o advogado (ou o defensor público) é
capaz, na forma da lei, de representar a parte que o constitui ao longo do processo.
 A inviolabilidade do advogado é também prerrogativa do mesmo e ferramenta para o exercício livre e
independente de sua profissão. Ela consiste em assegurar ao advogado condições para que possa exercer
seu trabalho sem qualquer impedimento ou arbítrios, além de assegurar proteções, como a inviolabilidade de
seu escritório e arquivos, ou, caso isso ocorra, a presença de um representante da OAB na ação.
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 6. Princípio da duração razoável do processo


 Decorre da determinação constitucional inscrita no art. 5º, inciso LXXVIII, da
Constituição, que determina que “a todos, no âmbito judicial e administrativo,
são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a
celeridade de sua tramitação”.
 Essa garantia visa assegurar a aplicação da justiça de forma contemporânea
à demanda, uma vez que a demora na prestação jurisdicional pode, muitas
vezes, provocar até a perda irreparável do bem ou direito postulado.
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 7. Princípio da ampla defesa e contraditório


 Trata-se de uma das principais ferramentas processuais asseguradas pela Constituição
Federal. Segundo tal garantia, qualquer acusado em qualquer instância, juízo ou tribunal terá
assegurada a condição de se defender de todas as imputações que lhe são feitas, bem como
contestá-las. Para a efetividade desse princípio é que a Constituição também assegura a
gratuidade aos atos judiciais, uma vez que, sendo o indivíduo acusado, necessitará da
assistência de advogado para realizar a sua defesa técnica.
 Ainda na análise da ampla defesa e contraditório, temos a figura da plenitude de defesa, que
é uma ferramenta exclusiva do Tribunal do Júri. A plenitude de defesa se caracteriza pelo uso
de elementos prescritos ou não na lei para efetivar o convencimento do jurado, uma vez que
esse é leigo e não dispõe dos mesmos conhecimentos técnicos que o juiz togado possui.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL

 Princípios gerais:
 Os princípios processuais gerais são aqueles comuns à disciplina –
Rodrigues e Lamy (2020, p. 228) nos auxiliam ao enumerar os principais:
• Devido processo legal: garante, em especial, que a demanda se
desenvolva em cumprimento das garantias e procedimentos definidos em lei.
• Isonomia: garante igualdade de tratamento às partes.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL

 Princípios gerais:
• Isonomia: garante igualdade de tratamento às partes.
• Publicidade dos atos processuais: funciona como garantia das partes de que
terão acesso a todas as informações contidas no processo.
• Licitude das provas: busca garantir a não utilização de provas obtidas por meios
ilícitos.
• Fundamentação das decisões: garante acesso às razões que levaram o juiz a
tomar aquela decisão e não outra.
• Duplo grau de jurisdição: impõe organização judiciária que inclua órgãos de
primeiro e de segundo graus de jurisdição.
TEORIA GERAL DO PROCESSO

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