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PRINCÍPIOS PROCESSUAIS
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Por overruling entende-se a mudança de entendimento de determinado tribunal acerca de tema jurídico
anteriormente pacificado, por alteração no ordenamento jurídico ou por evolução fática histórica.
Professora Ana Paula Correia de Souza
Direito Processual Penal I
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz,
ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si
mesmo defender-se, caso tenha habilitação.
relativo, pois havendo situações em que esse direito cause constrangimento à vítima ou
às testemunhas, e na impossibilidade de realização do ato por videoconferência, o
magistrado poderá determinar a retirada do acusado, prosseguindo com o feito na
presença do defensor do acusado (art. 217/CPP). Além disso, manifesta-se a autodefesa
pelo direito de audiência, que consiste na garantia de apresentar-se diante da autoridade
(policial ou judicial) para dar sua versão aos fatos, por meio do interrogatório.
Do princípio da autodefesa ainda deriva a capacidade postulatória
autônoma do acusado para praticar, pessoalmente, alguns atos processuais, como, por
exemplo, a interposição de recurso (à termo), provocar incidentes de execução
(progressão de regime, livramento condicional, etc.) e a impetração de Habeas Corpus.
A autodefesa, ou contrário da defesa técnica, é renunciável pelo acusado,
visto que a ele é também garantido o direito constitucional de permanecer em silêncio
(artigo 5º, LXIII/CF).
Capacidade
postulatória do
acusado
Por fim, convém destacar que o princípio da ampla defesa é diferente do princípio
da plenitude de defesa, previsto expressamente no artigo 5°, XXXVIII, ‘a’/CF, o qual é
aplicado especificadamente no rito do Tribunal do Júri.
2.4 – Princípio do Favor rei (favor libertatis, in dubio pro reo, favor
inocente):
Segundo o princípio da Favor rei, o qual deriva do princípio da presunção de
inocência, o operador do direito, ao se deparar com norma que traga interpretações
antagônicas, deve optar pela que atenda favoravelmente ao acusado.
O favor rei é o que autoriza a absolvição do réu quando se verifica ter ocorrido
a prescrição, ou ainda, no caso em que havendo a ocorrência de vício processual que
autorize a declaração de invalidade do processo ao mesmo tempo que há provas que
autorizem a absolvição, devendo esta prevalecer. Outros exemplos: art. 386, inciso VII;
art. 615, §1º; art. 609; art. 621, todos do CPP.
Professora Ana Paula Correia de Souza
Direito Processual Penal I