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Direito Processual Penal

Professor MSc Guilherme Rehder


Ementa

 Introdução ao Processo Penal.


 Investigação preliminar em processo penal.
 Ação penal. Jurisdição e competência.
 Questões Prejudiciais e processos incidentais.
 Sujeitos do processo penal.
 Comunicação dos atos processuais.
Objetivo Geral

 Conhecer e entender o Direito Processual Penal através do estudo da


sua formação, seu conceito e finalidade, da ação, jurisdição,
competência e dos processos incidentais, com aporte no Código de
Processo Penal, na Constituição Federal, na doutrina e julgados, além
de possibilitar uma formação do profissional em Direito, com perfil
técnico-jurídico generalista, humanista e ético, comprometidos com o
ideal de justiça e com os métodos adequados para a solução de
conflitos, sempre respeitando os preceitos do Estado Democrático de
Direito.
Direito Processual Penal 5ª Feira Not

19/08 Prova Escrita


 M1
09/09 Prova Escrita
30/09 Projeto de Pesquisa
 M2
21/10 Artigo científico
11/11Prova Oral
 M3
02/12 Prova Escrita
Direito Processual Penal 6ª Feira Not

20/08 Prova Escrita


 M1
10/09 Prova Escrita
01/10 Projeto de Pesquisa
 M2
29/10 Artigo científico
26/11 Prova Oral
 M3
10/12 Prova Escrita
A respeito da M2

 Na avaliação da M2, o acadêmico deverá realizar 2 atividades:


 A primeira relacionada ao projeto científico;
 A segunda relacionada ao artigo científico.

 Nesta avaliação, os acadêmicos deverão desenvolver uma pesquisa científica


sobre o tema AS CIÊNCIAS CRIMINAIS NO DIREITO COMPARADO.

 Os melhores artigos serão convidados a participarem da publicação de um


livro, ainda em 2021.
Referência Bibliográfica

 AURY CELSO LIMA LOPES JUNIOR. Direito Processual Penal Liv Dig - Direito Processual
Penal. 14. São Paulo 2017 0 ISBN 9788547216184. (e-book)
 EDILSON MOUGENOT BONFIM. Curso de processo penal. 1. São Paulo 2019 0 ISBN 978
8553610624. (e-book)
 NUCCI, Guilherme de Souza. Direito processual penal. 2. ed. rev., atual. e ampl
. São Paulo, SP: Revista dos Tribunais, 2012. 317 p. (Esquemas & sistemas ; 3) ISBN 978
8520346228.
 CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 24. ed. São Paulo, SP: Saraiva, 2017. 886 p.
ISBN 9788547213961.
 ROSA, Alexandre Morais da. O que é garantismo jurídico? (teoria geral do direito). Floria
nópolis, SC:
Habitus, 2003. 112 p. (Para entender o direito ;
 JAKOBS, Günther; MELIÁ, Manuel Cancio
. Direito penal do inimigo: noções e críticas. 2. ed. Porto Alegre, RS: Livraria do Advogad
o, 2007. 81 p. ISBN 8573484551.
CONSTITUIÇÃO, DEMOCRACIA E
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
CONSTITUIÇÃO

 É o conjunto de normas que regulam uma instituição qualquer, até


atingir o significado político, ou seja, a Lei Maior de um Estado.

 É o modo de ser de uma sociedade politicamente organizada,


concernindo, pois, às normas que estruturam e organizam os
poderes públicos, fixando-lhes a competência e traçando seus
limites, bem como disciplinando os direitos e deveres dos cidadãos,
além dos direitos fundamentais do homem e das garantias que os
sustentam.
 Todas as sociedades politicamente
organizadas, pouco importando quais
fossem as suas estruturas sociais,
sempre tiveram formas de ordenação
passíveis de ser designadas por
Constituição.
 Ensina JELLINEK que todo
Estado precisa de uma
Constituição; aquele que não a
tivesse seria uma anarquia.
 Agreement of the People, de
1647, ou o Instrument of
Government, de 1653

 Magna Charta Libertatum de


1215
 a Petition of Rights (Petição de Direitos), de 1628;
 Agreement of the People (Acordo do Povo), de 1647;
 o Instrument of Government (Instrumento de Governo), de 1653;
 o Habeas Corpus Act (Ato de Habeas Corpus), de 1679;
 a Bill of Rights (Declaração de Direitos), de 1689;
 Act of Settlement (Ato de Estabelecimento), de 1701;
 o Parliament Act (Ato do Parlamento), de 1911;
 o Statute of Westminster (Estatuto de Westminster), de 1931;
 o Ministers of the Crown Act (Ato dos Ministros da Coroa), de 1937;
 os Regency Acts (Atos de Regência), de 1937 e 1953;
 o Parliament Act (Ato do Parlamento), de 1949;
 Life Peerages Act (Ato de Pariato Vitalício), de 1958;
 o Peerage Act (Ato de Pariato), de 1963.
 Nada há, no direito constitucional inglês,
que não tenha primeiro estado na
consciência do povo, e não tenha sido
por ele imposto, como imprescindível ao
equilíbrio entre as liberdades
individuais, e a autoridade pública.
 Constituição Federal dos
Estados Unidos, de 17 de
setembro de 1787.
 Declaração de Direitos (Bill
of Rights)
 4.ª Emenda está prevista a proteção contra as buscas e apreensões ilegais;
 na 5.ª, encontram-se o direito ao júri, a proteção contra a dupla punição
pelo mesmo fato, o privilégio contra a autoacusação e a cláusula do
devido processo legal, que, para os americanos não tem o sentido
puramente processual, ou seja, não visa somente à proteção do processo
penal, mas também possui um conteúdo de direito material, como a
garantia do princípio da legalidade, o direito à intimidade, entre outros;
 na 6.ª, estão os direitos a um julgamento célere e público, a um júri
imparcial, ao contraditório, à inquirição de testemunhas (cross
examination) e à assistência jurídica;
 na 7.ª, situa-se o direito ao júri nos casos civis;
 na 8.ª, o direito à fiança e a proibição às penas cruéis e desumanas.
 Além disso, na 14.ª, seção 1.ª, está a igualdade de todos perante a lei
(equal protection of the Law)
CONCEITO DE DIREITO PROCESSUAL
PENAL E O ALCANCE DE SUAS NORMAS
CONCEITO DE DIREITO
PROCESSUAL PENAL
 direito de punir (jus puniendi);

 conjunto de princípios e normas que disciplinam a


persecução penal para a solução das lides penais
constitui um ramo do direito público denominado
Direito Processual Penal.
 pleno direito de defesa do acusado (princípio do contraditório, da ampla
defesa, da presunção de inocência, da vedação das provas ilícitas etc.);
 regras que disciplinam os órgãos encarregados da persecução penal e
o âmbito de sua atuação (polícia judiciária, Ministério Público);
 competência de certos órgãos jurisdicionais (Juizado Especial Criminal,
Tribunal do Júri, Tribunais de Justiça e Superiores nos casos de foro
especial por prerrogativa de função etc.)
 permissão de prisão provisória nos casos admitidos em lei;
 possibilidade de liberdade provisória quando não houver vedação legal;
 inafiançabilidade de certos crimes;
 vedação de determinados tipos de pena;
 imprescritibilidade de algumas infrações penais, etc.
 Código de Processo Penal (Decreto-lei n. 3.689/41) vigor desde 1º
de janeiro de 1942.
 a aplicação da lei processual no tempo e no espaço;
 a investigação dos delitos por meio do inquérito policial;
 as diversas formas de ação penal e sua respectiva titularidade;
 a competência dos órgãos jurisdicionais;
 os sujeitos processuais;
 a forma de coleta das provas;
 as diversas modalidades de procedimentos de acordo com a espécie e
gravidade da infração penal cometida;
 as nulidades decorrentes da não observância das formalidades
processuais;
 os recursos etc.
 Leis especiais (extravagantes) que cuidam da apuração de crimes ou
de temas processuais específicos:
 Lei n. 11.343/2006, que trata dos crimes relacionados a drogas e seu
procedimento apuratório;
 Lei n. 9.099/95, que disciplina os Juizados Especiais Criminais e
as infrações de menor potencial ofensivo;
 a Lei n. 11.101/2005, que, em sua parte final, trata dos crimes
falimentares e estabelece regras especiais quanto ao seu
procedimento apuratório;
 Estatuto do Idoso,
 Lei Maria da Penha;
 Lei Ambiental;
 Lei da Interceptação Telefônica etc.
SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS

 Existem três espécies de sistemas processuais


penais:
 a) o inquisitivo;
 b) o acusatório;
 c) o misto.
 inquisitivo
 cabe a um só órgão acusar e julgar.
 não garante a imparcialidade do julgador.
 foi admitido em nossa legislação em relação à apuração de todas
as contravenções penais (art. 17 do Decreto-lei n. 3.688/41 —
Lei das Contravenções Penais) e dos crimes de homicídio e
lesões corporais culposos (Lei n. 4.611/65) - processo
judicialiforme.
 O direito de defesa dos acusados nem sempre era observado em
sua plenitude em razão de os seus requerimentos serem julgados
pelo próprio órgão acusador.
 Atualmente, há registro de
algum sistema inquisitório
praticado pelo Poder
Judiciário no Brasil?
Entenda por que o inquérito
instaurado por Dias Toffoli é ilegal

 “Considerando a existência de notícias


fraudulentas, conhecidas como fake news,
denunciações caluniosas, ameaças e infrações
revestidas de ânimos caluniante, difamante e
injuriante, que atingem a honorabilidade e
segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus
membros e familiares, resolve, como resolvido já
está, nos termos do artigo 43 e seguintes do
regimento interno, instaurar inquérito criminal
para apuração dos fatos e infrações
correspondentes em toda a sua dimensão”
Portaria de instauração do Inquérito assinado
pelo Min. Dias Toffoli
 (
https://www.gazetadopovo.com.br/instituto-polit
eia/
inquerito-toffoli-ilegal/)
Motivos pelos quais a instauração do
inquérito foi completamente abusiva
O objeto do inquérito é
indefinido, não indicando fato
específico a ser investigado

 o inquérito
instaurado pelo
Presidente do STF,
possui
alcance excessivame
nte amplo,
determinando a
investigação de fato
incerto e de pessoas
indetermináveis.
A indicação de ministro
responsável viola a
exigência livre distribuição

 o procedimento
adotado pelo
Presidente do STF
ao designar o
Ministro Alexandre
de Moraes como
responsável pelo
inquérito é
totalmente abusivo.
O STF não tem
atribuição para o
caso

 o inquérito
instaurado não versa
sobre crime ocorrido
no tribunal, e não há
qualquer indicação de
que cuida de pessoa
com foro perante o
STF.
Instauração de inquérito pelo
órgão do Poder Judiciário viola o
sistema acusatório adotado pela
Constituição de 1988

 A Constituição Brasileira de
1988, no art. 129, I, ao
determinar que
compete privativamente ao
Ministério Público promover
a ação penal pública, alijou
o Poder Judiciário da função
de acusar, instituindo
um sistema acusatório, o qual,
diga-se de passagem, é mais
condizente com as garantias
do cidadão perante o poder
de punir do Estado.
O inquérito viola a
liberdade de expressão

 ela assegura o direito à crítica,


mesmo que ácida,
especialmente contra os
titulares de cargos do Estado.
Isso porque nesse caso a crítica
encontra fundamento não só
na liberdade de manifestação,
mas também no princípio
republicano. O cidadão é o
titular da coisa pública. O
servidor público o mero
exercente de uma função a ele
atribuída. Ora, é lógico que o
cidadão possa criticar aquele
que deve atuar em seu favor.
 Documentário sobre os Ministros do
STF disponível no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=xd
RCQr352bA
 acusatório
 separação entre os órgãos da acusação e o
julgamento
 imparcialidade do julgador, assegura a plenitude
de defesa e o tratamento igualitário das partes.
 o defensor tem sempre o direito de se manifestar
por último.
 A produção das provas é incumbência das
partes.
 misto
 há uma fase investigatória e persecutória preliminar conduzida
por um juiz (não se confundindo, portanto, com o inquérito
policial, de natureza administrativa, presidido por autoridade
policial).
 depois, uma fase acusatória em que são assegurados todos os
direitos do acusado e a independência entre acusação, defesa e
juiz.
 origem no Code d’ Instruction Criminelle (Código de Processo
Penal francês) de 1908, adotado em diversos países europeus na
atualidade
 característica marcante é a existência do Juizado de Instrução,
fase preliminar instrutória presidida por juiz
Sistema adotado no Brasil
 Sistema acusatório, pois há clara separação entre a
função acusatória — do Ministério Público nos
crimes de ação pública — e a julgadora.

 Mas, não se trata do sistema acusatório puro, uma


vez que, apesar de a regra ser a de que as partes
devam produzir suas provas, admitem-se exceções
em que o próprio juiz pode determinar, de ofício,
sua produção de forma suplementar.
 Art. 156 do CPP, estabelece que “a prova da
alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém,
facultado ao juiz, de ofício:
 I — ordenar, mesmo antes de iniciada a ação
penal, a produção antecipada de provas
consideradas urgentes e relevantes, observando-
se a necessidade, adequação e proporcionalidade;
 II — determinar, no curso da instrução, a
realização de diligências para dirimir dúvida
sobre ponto relevante”.
 O art. 212 do CPP diz que as partes devem endereçar
perguntas diretamente às testemunhas, mas, ao final, o juiz
poderá complementar a inquirição sobre pontos não
esclarecidos.

 O art. 404, CPP prevê que o juiz, ao término da instrução,


pode determinar, de ofício, a realização de novas
diligências consideradas imprescindíveis.

 O juiz pode, ainda, determinar a oitiva de testemunhas não


arroladas pelas partes — as chamadas testemunhas do juízo.
 Art. 385, CPP  Nos crimes de ação
pública, o juiz poderá proferir
sentença condenatória, ainda que o
Ministério Público tenha opinado
pela absolvição, bem como
reconhecer agravantes, embora
nenhuma tenha sido alegada.
 “1. Nos termos do art. 385 do Código de Processo
Penal, nos crimes de ação pública, o juiz poderá
proferir sentença condenatória, ainda que o
Ministério Público tenha opinado pela absolvição.
2. O artigo 385 do Código de Processo Penal foi
recepcionado pela Constituição Federal.
Precedentes desta Corte. 3. Agravo regimental não
provido” (AgRg no REsp 1.612.551/RJ — 5ª
Turma — Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca
— julgado em 02.02.2017 — DJe 10.02.2017).
 Art. 497, V, CPP:  São atribuições do juiz
presidente do Tribunal do Júri, além de
outras expressamente referidas neste
Código  nomear defensor ao acusado,
quando considerá-lo indefeso, podendo,
neste caso, dissolver o Conselho e
designar novo dia para o julgamento,
com a nomeação ou a constituição de
novo defensor; 
LEI PROCESSUAL PENAL NO
ESPAÇO
 Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo
o território brasileiro.

 Exceções à incidência do Código de Processo


previstas em seu art. 1º
 I - os tratados, as convenções e regras de direito
internacional;
 Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (aprovada pelo
Decreto Legislativo n. 103/64 e promulgada pelo Decreto n.
56.435/65).
 Convenção de Viena sobre Relações Consulares (aprovada pelo
Decreto Legislativo n. 106/67 e promulgada pelo Decreto n.
61.078/67).
 Tribunal Penal Internacional (art. 5º, § 4º, da Constituição Federal,
inserido pela Emenda Constitucional n. 45/2004)
 crimes de genocídio;
 crimes contra a humanidade;
 crimes de guerra;
 crime de agressão.
 II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos
ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da
República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de
responsabilidade;

 III - os processos da competência da Justiça Militar;


 Código de Processo Penal Militar (Decreto-lei n.1.002/69)

 IV - os processos da competência do tribunal especial


 Crimes políticos são de competência da Justiça Federal (art. 109, IV,
da CF) e os crimes contra a economia popular são julgados pela
Justiça Estadual.

 V — aos processos por crimes de imprensa.


 Exceções à incidência do Código de
Processo decorrentes de leis especiais

 Lei n. 11.343/2006;
 Lei n. 11.101/2005;
 Lei n. 9.099/95 etc.
LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO

 Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á


desde logo, sem prejuízo, da validade dos
atos realizados sob a vigência da lei anterior.
(tempus regit actum)

 Normas heterotópicas
 aquela que cria, extingue, aumenta ou
reduz a pretensão punitiva ou executória
do Estado tem natureza penal.

 aquela que gera efeitos exclusivamente


no andamento do processo, sem causar
alterações na pretensão punitiva estatal,
tem conteúdo meramente processual.
 Normas híbridas ou mistas

 São aquelas que possuem conteúdo


concomitantemente penal e
processual, gerando, assim,
consequências em ambos os ramos
do Direito.
INTERPRETAÇÃO DA LEI-
HERMENÊUTICA
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL
PENAL
 Fontes materiais
 São as entidades criadoras do direito, sendo, por isso,
chamadas também de fontes de criação ou de produção (é a
União e, subsidiariamente, os Estados e o Distrito Federal.)
 Fontes formais
 São também chamadas de fontes de revelação ou de
cognição, e dizem respeito aos meios pelos quais o
direito se exterioriza. Dividem-se em fontes formais:
 imediatas
 A teoria do stare decisis obriga todos os órgãos
jurisdicionais hierarquicamente inferiores a aplicarem a
tese jurídica fixada no precedente vinculante a todos os
casos em que houver a mesma razão de decidir (ratio
decidendi).

 Caso a parte pretenda afastar a influência do precedente vinculante


em determinado caso concreto, poderá lançar mão de duas
técnicas:
 Distinção (distinguishing);
 Superação (overruling);

mediatas: analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.


PRINCÍPIOS
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS

 Dignidade da pessoa humana


 Devido processo legal
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS DO
PROCESSO PENAL

 Em razão da pessoa
 Princípio da presunção de inocência
 In dubio pro reo ou favor rei ou favor inocentiae ou favor libertatis
 imunidade à autoacusação
 Princípio da ampla defesa
 Princípio da plenitude de defesa

 Em razão do processo:
 Princípio do contraditório
 Princípio da isonomia das partes
 Em razão do Estado:

 Princípio do juiz natural e imparcial e princípio consequencial da iniciativa das


partes e da motivação das decisões
 O julgamento colegiado em primeiro grau de jurisdição de crimes
praticados por organizações criminosas e o juiz natural e imparcial
 a) decretação de prisão ou de medidas assecuratórias;
 b) concessão de liberdade provisória ou revogação de prisão;
 c) sentença;
 d) progressão ou regressão de regime de cumprimento de pena;
 e) concessão de liberdade condicional;
 f) transferência de preso para estabelecimento prisional de segurança
máxima;
 g) inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado.
 Princípio da Publicidade
 Princípio da vedação das provas ilícitas
 Princípio da economia processual
 art. 93 CF
 “XII – a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias
coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos
dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão
permanente”;
 “XIII – o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à
efetiva de manda judicial e à respectiva população”;
 “XIV – os servidores receberão delegação para a prática de atos de
administração e atos de mero expediente sem caráter decisório”;
 “XV – a distribuição de processos será imediata, em todos os graus
de jurisdição”.
 Princípios regentes do Tribunal do
Júri
 Sigilo das votações
 Soberania dos Veredictos
 Competência para o julgamento
dos crimes dolosos contra a vida
 Plenitude da Defesa
 Princípio da legalidade estrita da prisão cautelar
 a) “ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei” (art. 5.º, LXI,
CF);
 b) “a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada” (art. 5.º, LXII, CF);
 c) “o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado” (art. 5.º, LXIII, CF);
 d) “o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial” (art. 5.º, LXIV, CF);
 e) “a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária” (art. 5.º,
LXV, CF);
 f) “ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança” (art. 5.º, LXVI, CF);
 g) “o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei” (art. 5.º, LVIII, CF).
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
IMPLÍCITOS DO PROCESSO PENAL
 Concernentes à relação processual
 Princípio do duplo grau de jurisdição

 Concernentes à atuação do Estado


 Princípio do promotor natural e imparcial
 Princípio da obrigatoriedade da ação pena pública
 Princípio da Oficialidade
 Princípio da Intranscedência
PRINCÍPIOS MERAMENTE PROCESSUAIS
PENAIS
 Concernentes à relação processual
 Princípio da busca da verdade real
 Princípio da oralidade
 princípios da concentração, da imediatidade e da identidade física do juiz
 Princípio da indivisibilidade da ação penal privada
 Princípio da comunhão da prova

 Concernentes à atuação do Estado


 Princípio do impulso oficial
 Princípio da persuasão racional
 Princípio da colegialidade

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