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PROFESSORA CLAUDIA REGINA ALTHOFF FIGUEIREDO

CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
MORTE

“Encerrando o ciclo existencial da jornada


humana, a morte desafia, há séculos, a
curiosidade de diversos pensadores, em
vários ramos do conhecimento, desde a antiga
Alquimia, chegando à moderna Física
Quântica, singrando os mares da Biologia e
atracando no próprio Direito”

(Pablo Stolze Gagliano e Rodolvo Pamplona Filho)


A existência da pessoa
natural termina com a
MORTE morte (CC/2002, art. 6º)
COMO
FATO
JURÍDIC
Mors omnia solvit – a
O morte tudo resolve
FIM DA PERSONALIDADE
JURÍDICA
• Desaparecem os direitos e obrigações;

• Direitos e obrigações – personalíssimos e não


personalíssimos;
• NÃO PERSONALÍSSIMOS – são transferidos,
com a morte, para os sucessores do falecido (ex.
imóvel de sua propriedade);
• PERSONALÍSSIMOS – só o falecido poderia
usufruir ou cumprir, desaparecem efetivamente,
não são transferidos a ninguém. Ralpho
Waldo de Barros Monteiro Filho
NATIMORTO – o nascido morto – para a
moderna doutrina, merece amparo jurídico e
proteção.

FIM DA Enunciado n. 1 da I Jornada de Direito


PERSONALIDAD Civil:
E JURÍDICA

1 — Art. 2.º: a proteção que o Código defere


ao nascituro alcança o natimorto no que
concerne aos direitos da personalidade, tais
como nome, imagem e sepultura.
MORTE REAL

MORTE
MORTE
PRESUMIDA
MORTE REAL
• Aquela que se comprova fisicamente, atestando-se a certeza
de sua ocorrência (atestado de óbito);
• LRP – nenhum sepultamento será feito sem certidão do
oficial do registro do lugar do falecimento, extraída após a
lavratura do assento de óbito, o que é feito em vista de
atestado de médico, se houver, ou, em caso contrário, de
duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou
verificado a morte (art. 77).
• O registro do falecimento é imprescindível, e deverá ser
anotado, com as pertinentes remissões, nos assentos de
nascimento e casamento (LRP, ar. 107).
• Extinção da personalidade jurídica;

MOMENTO
• Cessação completa das atividades vitais
DA (momento do falecimento);
MORTE

• Lei 9434/1997 – morte cerebral


(causada por alterações neurológicas
irreversíveis), para fins de
transplante de tecidos, órgãos e parte
do corpo (não se deve considerar, de
forma generalizada, como momento
da morte).
MORTE CIVIL

• Morte civil (morte fictícia) – imposta à


pessoa viva, tratada como se morta fosse.
O herdeiro é ignorado para fins de
sucessão;

• Herdeiro excluído da sucessão por


indignidade (CC/2002, arts. 1814 e ss); e

• Deserdação (CC/2002, art. 1961).


MORTE PRESUMIDA
• É muito provável, mas por falta de possibilidade
física, pelas mais diversas razões, de se constatar
fisicamente, o direito presume o óbito para que se
produzam os efeitos dele decorrentes (segurança
jurídica).

• Pode ser com ou sem declaração de ausência.


MORTE
PRESUMIDA
• COM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA

• O sujeito desaparece, sem deixar notícias,


representante ou procurador, nesse caso, o
juiz nomeia curador para administrar seus
bens.

• Com a abertura da sucessão definitiva


(terceira fase do processo de ausência) que
será declarado o óbito.
MORTE PRESUMIDA

SEM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA

Regulada no art. 7º - se for extremamente


provável a morte de quem estava em perigo de
vida; e se alguém, desaparecido em campanha o
feito prisioneiro, não for encontrado até 2 anos
após o término da guerra.
MORTE PRESUMIDA – CC/2002

Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem


decretação de ausência:

I - se for extremamente provável a morte de quem estava


em perigo de vida;

II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito


prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o
término da guerra.
Somente no caso de morte real (declarada à
vista do corpo morto) ou nas situações de morte
presumida constantes no art. 7.º, as normas
sucessórias devem ser diretamente aplicadas,
visto que, na hipótese de ausência, regras
próprias terão incidência.

(Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho)


SUCESSÃO – do latim sucessio,
do verbo succedere (sub + cedere)
= substituição (uma coisa ou uma
pessoa que vem depois da outra).

SUCESSÃO
Na possibilidade de substituição do
sujeito de uma relação jurídica por
conta da morte do seu titular, seja
o sujeito ativo, ou passivo, que
exsurge o DIREITO DAS
SUCESSÕES.
SUCESSÃO
Sucessão, em sentido amplo, significa
o ato pelo qual uma pessoa toma o
lugar de outra, investindo-se, a
qualquer título, no todo ou em parte,
nos direitos que lhe competiam, por
exemplo: comprador, donatário,
cessionário etc (todos modos derivados
de aquisição de propriedade).
SUCESSÃO

No direito das sucessões, entretanto,


emprega-se o vocábulo num sentido mais
restrito, designando tão somente a
transferência da herança, ou do legado, por
morte de alguém, ao herdeiro ou legatário,
seja por força de lei, ou em virtude de
testamento.
SUCESSÃO

A palavra sucessão é utilizada também para


designar a própria universalidade, o acervo
transmitido pelo falecimento, empregando-
se, ainda, como sinônimo, o vocábulo
herança.
O DIREITO DAS SUCESSÕES
DIZ RESPEITO À SUCESSÃO
(SUBSTITUIÇÃO) DO SUJEITO
DIREITO DA RELAÇÃO JURÍDICA POR
DAS CONTA DO FALECIMENTO
DO SEU TITULAR.
SUCESSÕES
(Cristiano Chaves Farias e Nelson
Rorenvald)
COMPREENDE-SE POR
DIREITO DAS SUCESSÕES
O CONJUNTO DE
NORMAS QUE
DIREITO DISCIPLINA A
DAS TRANSFERÊNCIA
SUCESSÕE PATRIMONIAL DE UMA
S PESSOA, EM FUNÇÃO DE
SUA MORTE.

(Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona


Filho)

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