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DIR E I TO D A

PE RSO NA L I D ADE
Post Mortem
Sumário
As s un t os a bord ad os n e st a
ap res e nt aç
01 Direito á Vida
ã o
02 Direito á Honra

03 Direito a sepultura

04 Divórcio post mortem

05 Doação de orgãos post mortem

06 Dano post mortem

07 Investigação de paternidade post mortem


Sumário
As s un t os a bord ad os n e st a
ap res e nt aç ã o
08 Reprodução assistida pos mortem

09 Inventário

10 Dano cor ricochete( se a pessoa que morreu teve o nome posto no


SPC Serasa e recai sobre os familiares

11 Considerações Finais

12 Referências Bibliográficas
Introdução
Os direitos da personalidade são direitos subjetivos que resguardam a essência e liberdade
do ser humano atingindo-o como um todo em seus mais variados aspectos

D IRE I TO A V ID A ( D IR EI TO Q U E SE E VA I- M O R R E
J U N TO C O M A PE S SO A )
Conforme a disposição inicial do artigo 6° do Código Civil- Lei n°10.406 de 2002 diz:" A
existência da pessoa natural termina com a morte". Não há uma regra que cuide do fim da
personalidade jurídica. Mas é fundamental para o entendimento desse tema que é proposta
a conceituação da morte e qual é a natureza jurídica do cadáver. O direito a vida . A vida é um
direito fundamental do indivíduo e, portanto, constitui cláusula pétrea. Está previsto no artigo
5° caput da CF e deve ser entendida de maneira genérica de modo a abranger a garantia da
continuação da vida (direito de não ser morto) como a uma existência digna.
O que é Cláusula
Petrea ?
É um artigo( dispositivo) do texto constitucionalestabelecido como
regra e que não pode sofrer nenhuma alteração. Segundo o Direito
Constitucional a cláusula pétrea é definida como um dispositivo
constitucional imutável.
T IPOS DE MORTE REAL

MORT E: A morte real se dá com o óbito comprovado da


pessoa natural e o critério jurídico de morte no
Brasil é a morte encefálica (Lei 9434/97- Lei de
No direito podemos dizer que o transplantes
MORT E PRE SUM I DA
homem pode morrer de duas formas:
morte biológica e a morte jurídica Pode ser declarada a morte presumida , sem
A juridica é dividida em três: declaração de ausência: I.se for
extremamente provável a moret de quem
estava em perigo de vida II- se alguem
desaparecido em campanha ou feito
prisioneiro, não for encontrado até dois anos.
M O RT E SI M U LT Â NE A
A morte simultânea ocorre quando duas ou mais
pessoas morrem no mesmo momento sem poder
indicar se uma atecedeu a outra, assim ambas são
Direito á Honra
Segundo a legislação pátria- artigo 12 parágrafo
único do Código Civil, o morto poderá sofrer
violação aos direitos inerentes á sua personalidade-
direito á honra, á privacidade e á imagem
Direito á Sepultura
Todos nós temos ele ?

O direito á sepultura (jus sepulchri) consiste, basicamente, no


direito-de-sepultar e no direito-de-manter-sepultado, que é
conferido a pessoa física( e seus sucessores) ou jurídica por força
de negócio jurídico( o que ele quer dizer aqui é basicamente ser
enterrado em um cemitério particular)
Divórcio Post Mortem
O divórcio post mortem ao ser concebido nega ao cônjuge sobrevivente o direito
sucessório e benefícios previdenciários, além de respeitar a manifestação da
parte em Ação judicial, uma vez que o casamento dissolvido pela morte tem
efeitos diferentes do casamento dissolvido pelo divórcio . O divorcio post
mortem é nada mais que respeitar a vontade do falecido, haja vista se o mesmo
ja havia ingressado com o pedido de divórcio não haveria necessidade do
cônjuge sobrevivente passar a ter o estado civil de viúvo. O Projeto de Lei
4.288/2021, em tramitação na Câmara dos Deputados, altera o Código Civil para
possibilitar o divórcio após a morte de um dos cônjuges. O texto prevê que, se
iniciada a ação de divórcio antes da morte de um dos cônjuges, os herdeiros
poderão continuá-la, salvo se julgado extinto o processo.
Dano Post Mortem
O dano post-mortem aos bens da personalidade é o único e autoriza uma única ação
que pode ser promovida em conjunto por todos os herdeiros legitimados, por alguns
deles, ou por um só herdeiro, e terá por objeto a indenização por dano causado á
memória do morto, diante dos valores relativos aos direitos da personalidade. No
caso, o dano é causado a memória do morto. Os sucessores serão beneficiados com
o valor pago a título de indenização; não há uma transmissão do direito da
personalidade do morto para os seus sucessores, não sendo o herdeiro titular de
um direito próprio de indenização, mas possuidor exclusivamente de uma
legitimação processual para agir em defesa da memória do morto.
INVES T IG AÇ ÃO D E
PATER NIDADE POS
MORT E M
Investigação de paternidade pós-morte é o ato pelo qual o filho busca o reconhecimento de vínculo de
filiação consanguíneo após a morte do suposto pai. Foi publicada e entrou em vigor, no dia19 de Abril de
2021, a Lei Federal 14.138/21, a qual, acrescendo dispositivo à Lei 8.560/92, permite, em processos de
investigação de paternidade, o pedido de exames de DNA em parentes consanguíneos do suposto pai,
quando este seja falecido ou esteja desaparecido

Como comprovar paternidade post mortem?


O primeiro passo para se conseguir um reconhecimento de paternidade post mortem é entrar com
processo de investigação de paternidade. No pólo ativo da ação deve vir o filho em questão,se maior de 18 anos,
poderá pleitear em nome próprio e se menor de 18 anos, a mãe deverá abrir a ação representando o filho menor.
Doação de Orgãos Post Mortem
A legislação brasileira autoriza a doação de órgãos em vida para fins terapêuticos ou para transplantes em
parentes consanguíneos até o quarto grau, parentes ou em qualquer pessoa (mediante autorização
judicial – art. 9º, lei 9.434/97) e após a morte de um indivíduo.
A doação de órgãos post mortem consiste na retirada de órgãos ou tecidos do corpo humano após a morte de
um indivíduo para fins de transplante. A doação de órgãos post mortem segue regras impostas pela
legislação pátria.
A Constituição Federal, de forma genérica, autoriza, no art. 199, §4º, a sua realização:“§ 4º A lei disporá sobre as condições e os
requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem
como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.”
O Código Civil, no artigo 14, mais especificamente no Capítulo II, que trata sobre os direitos da personalidade, dispõe que é um
direito válido dispor do próprio corpo após a morte:
“Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para
depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.”
A Lei nº 9.434/97 disciplina de forma ampla os procedimentos de remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo
humano para fins de transplante e tratamento. Traz regras específicas acerca da doação de órgãos em vida e após
a morte.
Em se tratando da remoção de órgãos após a morte de um indivíduo, esta deve ser precedida de um diagnóstico
de morte encefálica, como descrito no artigo 3º da referida lei:
“Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou
tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos
não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos
definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.”
Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o diagnóstico de morte encefálica é definido
como a constatação da ausência de todas as funções neurológicas. No Brasil, o diagnóstico é definido pela
Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1480/97, que considera que a parada total e irreversível das
funções encefálicas equivale à morte. Portanto, a morte encefálica ocorre com a interrupção completa e
permanente de todas as funções cerebrais.
Após o diagnóstico de morte encefálica, a família do indivíduo é consultada acerca da possibilidade de doação dos
órgãos. Os órgãos que podem ser doados após a morte são as córneas, o coração, os pulmões, os rins, o fígado, o
pâncreas e ossos.
R E PR ODUÇ ÃO ASSIST ID A
POST
A reprodução MORT
assistida pós morte é o usoE
deM
óvulos, espermatozóides ou embriões que
tenham sido previamente congelados para a obtenção de gravidez após o falecimento de um
dos cônjuges. Um ótimo exemplo disso foi na novela fina estampa, A novela Fina Estampa
trata entre outros deste assunto e, mais especificamente, sobre a doação de óvulos e sêmen.
Algo muito específico e ao mesmo tempo bastante atual. A médica especialista em
Reprodução Humana, Dra. Daniele Fraiser, interpretada pela atriz Renata Sorrah, tem atitudes
absurdas em sua clínica que contrariam os princípios éticos tais como bebida alcoólica em seu
consultório e relações de afeto e intimidade com seus pacientes, comportamento muito
incomum a um profissional sério e dedicado à sua profissão.
Entretanto, a pior de todas as infrações éticas é como se conduz frente a um assunto tão
sério como a perda da fertilidade no decorrer da idade e a necessidade da utilização de
óvulos doados para se alcançar a gravidez. No Brasil, em nenhuma hipótese a doadora pode
ter conhecimento de quem recebeu seus óvulos e a receptora de quem os doou. Segundo o art
17, § 2º, “nas hipóteses de reprodução assistida post mortem, além dos documentos elencados nos incisos
do caput deste artigo, conforme o caso, deverá ser apresentado termo de autorização prévia específica do
falecido ou falecida para uso do material biológico preservado, lavrado por instrumento público ou
particular
INVENTÁR IO POST
MORTE M
inventário “post mortem” é a ação judicial ou extrajudicial (feita em cartório, preenchido alguns
requisitos) em que se lista os direitos, bens e dívidas da pessoa falecida, fazendo a distribuição
desses direitos e bens aos herdeiros. É um procedimento judicial ou extrajudicial. Nele serão
apurados os bens e dívidas do falecido. Há dois tipos de inventárioO inventário judicial sempre foi
o tradicional, pois por muitos anos era a única forma de realizar a partilha dos bens do autor da
herança (de cujus).

Assim, quando há herdeiros menores ou incapazes, testamento e/ou desacordo entre os sucessores
sobre a partilha dos bens, necessariamente o inventário deverá ser judicial.

O processo de inventário deverá ser instaurado, conforme já destacamos em momento anterior, no prazo
de até 60 (sessenta) dias, contados da data do óbito, perante o foro do último domicílio do falecido,
conforme prevê o art. 48, do Código de Processo Civil.
O inventário extrajudicial é aquele realizado mediante escritura pública em cartório de notas.
Os requisitos desta modalidade de inventário são:
• Não existirem herdeiros menores ou incapazes;
• Não existir testamento;
• Todos os herdeiros devem estar de acordo com a partilha; e
• Advogado constituído.
A escritura constituirá documento hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de qualquer importância depositada em
instituição financeira.
Ademais, segundo a lei “O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem assistidas por advogado ou por
defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial’.
O procedimento administrativo do inventário extrajudicial é menos burocrático e mais rápido, tendo em vista que haverá o processamento após o
pagamento dos impostos, bem como a apresentação de todos os documentos necessários.
Os documentos necessários em geral são:
• Documentos do falecido, como RG, CPF, certidão de casamento, se houver, certidão de óbito, certidão de inexistência de testamento,
certidão negativa da Receita Federal;
• Documentos dos herdeiros e respectivos cônjuges;
• Documentos do advogado constituído para o ato;
• Documentos que comprovem a propriedade de bens móveis e imóveis do de cujus.
O inventário será encerrado quando da lavratura da escritura pública pelo Tabelião do Cartório de Notas, decretando a partilha.
Importante esclarecer que o pagamento do Imposto de Transmissão Causa Mortis (ITCMD) deve ser efetuado em até 180 dias da data do óbito,
sem incidência de multa. Caso contrário, será imputada multa sobre o valor do tributo, que varia de acordo com cada região do país.
Dano por Ricochete

A Teoria do Dano em Ricochete foi introduzida na França a partir do século XIX (préjudice
d’affection) e, de maneira diferenciada no BGB alemão, quando aplicada em casos comprovados
de choque nervoso (Schockschaden). Ela nos mostra que a lesão deve ser reparada ao terceiro que
se torna vítima (por ricochete) da ofensa, caso o atinja em situações que ofendam a pessoa morta.
Frisa-se que nesses casos analisados a ofensa é dirigida ao morto, mas quem reclama perdas e
danos são os lesados indiretos. No caso do art. 12 do CC, os legitimados são cônjuge ou qualquer
parente em linha reta (ascendente ou descendente) ou colateral até o quarto grau. Já no art. 20 do
CC, o rol diminui: são legitimados o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. Aqui, vale
mencionar o Enunciado n. 275 do CJF/STJ, da IV Jornada de Direito Civil, que inclui também o
companheiro como legitimado em ambos os artigos.
Tutela dos art. 12 e do art. 20, CC/2002
Por tudo o que já foi dito até agora, então, o quadro esquemático sobre o dano em ricochete esclarece:
Art. 12, CC
Reclamar perdas e danos pela lesão aos direitos da personalidade do morto
Legitimados: ascendente, descendente, colaterais até o quarto grau, cônjuge e companheiro
Art. 20, CC
Reclamar perdas e danos pela lesão à divulgação de escritos, transmissão ou publicação da palavra,
exposição ou utilização da imagem
Legitimados: ascendente, descendente, cônjuge e companheiro
R EFER Ê NC IAS
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O R G AO S- P OS T-M O RT EM -A - LU Z - DA S- L E G IS L A COE S -B RA SI L EI R A - E SPAN H OL A - E -


C ONSIDE R AÇ ÕE
S F INAIS
Foi um tema interessante de se abordar, porem
chato de produzir, mais um pouquinho e eu
trancava o curso, mas deu tudo certo e
conseguimos fazer uma boa apresentação ( falas
de Luiza Falcão)

Esperamos que todos tenham aprendido com


nosso trabalho !
OB RI GAD O!

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