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https://1drv.ms/u/s!Aj6kOBkyV630khcEvKdfnFl6K5aP?e=hcoacK
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Resumo
Importância da autora:
Família:
Casamento: com José Joaquim Pena Penalta (advogado português, 1803 - ?), em 21
de março de 1822 (Porto Alegre); nomes na certidão: Anna Belmira da Fonseca
Barandas e José Joaquim Pena; idade de Ana Eurídice: 16 anos.
Filhos do casal: Aurora Augusta Penalta (7/3/1823 - ?), Eurídice Eufrosina Pena
Penalta (2/1/1831 - ?), José (7/3/1834 - 5/1/1835), Corina Thalia Penalta (? - ?), Amélia
Augusta Pena Penalta (? - ?, única dúvida histórica sobre a filiação).
Locais de residência do casal: Porto Alegre e Rio de Janeiro, com várias idas e
vindas.
Primeira edição: Tipografia de Isidoro José Lopes, Porto Alegre, 1845 (78 páginas).
Conteúdo do livro:
. 14 poemas: nove sonetos, uma ode, dezesseis quadras dedicadas à morte do cão
Apolo, um poema de duas quadras, uma "cólgota" (dístico glosado com uma quadra e
uma sextilha) e "endechas" (composição poética melancólica).
Principal estudiosa da obra da Ana Eurídice: Hilda Agnes Hübner Flores, autora
do primeiro (e único) livro sobre a escritora, também a segunda edição de suas obras
completas: "O Ramalhete" (Editora Nova Dimensão, EDIPUCRS, 1990).
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Apresentação
Ana Eurídice Eufrosina de Barandas era o nome artístico da primeira autora
brasileira de ficção. Quantos leitores e estudantes a conhecem?
Mesmo na Web, espaço em que alguns estudos acadêmicos sobre essa escritora
gaúcha estão disponíveis, o número de menções a Ana Eurídice é mínimo em relação à
sua importância histórica na literatura brasileira.
A obra que garantiu a Ana Eurídice um lugar único em nossa literatura tem por título
"Eugênia ou a Filósofa Apaixonada" e está reproduzida em sua íntegra, em texto
atualizado, na subpasta Histórias Completas, desta pasta.
Ana Eurídice e família
Além deles, ao vir ao mundo Ana ganhou três meios-irmãos, oriundos de antigo
casamento da mãe com José Francisco da Rosa: Joaquim da Rosa, Maria Rosa e
Antônio Francisco da Rosa.
A partir de 1825, pelo menos, Ana Eurídice e família passaram a residir ora no Rio
de Janeiro (principalmente), ora em Porto Alegre.
"O Ramalhete", página 29, Hilda Agnes Hübner Flores, Editora Nova Dimensão,
EDIPUCRS, 1990.
O divórcio, raro naquela época, mereceu registro em cartório. Nele, o marido de Ana
Eurídice transferiu-lhe todos os bens do casal, assim como a responsabilidade de criar e
educar os filhos.
"Quantas seriam? José falecera menino. Aurora e Eurídices, com 20 e 9 anos, teriam
outras irmãs, nascidas fora de Porto Alegre? Aquela, com 20 anos, ainda figuraria como
'inocente' filha ou já estaria casada?"
Esse mistério será resolvido mais adiante. Havia sim, outras filhas do casal, além das
duas até então conhecidas.
Nas fontes pesquisadas, há somente três registros do nome do pai de Ana Eurídice. O
primeiro, de 1843, refere-se a três escravas recebidas como herança.
"O Escravo Deixado como Herança", página 65, "Documentos da Escravidão do Rio
Grande do Sul, Testamentos", Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, 2010.
http://www.apers.rs.gov.br/arquivos/1292868146.Livro_Testamentos.pdf
"O Imparcial" (RS), 28/8/1849, número 497, página 3, primeira coluna (em "Camara
Municipal. Sessão extraordinaria").
http://memoria.bn.br/DocReader/811483/513
https://pt.scribd.com/doc/45971157/Sinopse-dos-Inventarios-e-Testamentos-de-
Porto-Alegre-RS-1776-1852
Ana Felícia do Nascimento, a mãe
O único registro sobre a mãe de Ana Eurídice, disponível online, é este apresentado
abaixo, na mesma fonte citada acima.
https://pt.scribd.com/doc/45971157/Sinopse-dos-Inventarios-e-Testamentos-de-
Porto-Alegre-RS-1776-1852
José Joaquim Pena Penalta, o marido de Ana Eurídice
A pesquisa realizada para a redação deste artigo revelou várias informações sobre o
marido de Ana Eurídice, a partir de 1843.
1824
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/4606
1825
http://memoria.bn.br/DocReader/706744/780
1826
No livro "O Ramalhete", Hilda Hübner comenta sobre as muitas viagens do casal
Ana Eurídice e Pena Penalta, geralmente entre Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. A
primeira dessas movimentações registrada na mídia impressa da época é uma viagem do
Rio para Campos, com saída em 1º de outubro de 1826. Aparentemente, Penalta viajou
sem a esposa, acompanhado de dois escravos.
http://memoria.bn.br/DocReader/706744/2075
1827
"Imperio do Brasil. Diario do Governo", página 23, Editora Imprenta Nacional, Rio
de Janeiro, 1827.
https://books.google.com.br/books?id=oMZeAAAAcAAJ&dq=%22jos%C3%A9%2
0joaquim%20pena%20penalta%22&hl=pt-
BR&pg=PA33#v=onepage&q=%22jos%C3%A9%20joaquim%20pena%20penalta%22
&f=false
http://memoria.bn.br/DocReader/706744/3108
http://memoria.bn.br/DocReader/706892/2917
1828
Na imagem abaixo, o relato de um caso curioso vivido pelo marido de Ana Eurídice
durante a Guerra da Cisplatina (1825-1828), disputa entre Brasil e Argentina pelo
território onde se situa atualmente o Uruguai (a Província Cisplatina): o ataque de um
navio argentino a outro, brasileiro (no qual ele se encontrava), à altura da Ilha Rasa, no
litoral do Rio de Janeiro.
"Jornal do Commercio" (Rio), 16/2/1828, número 113, páginas 1 (segunda coluna) e
2 (primeira coluna).
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_01/585
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_01/586
http://memoria.bn.br/DocReader/706744/3752
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_01/602
Três meses depois, Pena Penalta foi objeto de deliberação do Primeiro Conselho de
Juízes de Fato, do Rio de Janeiro, o qual decidiu processá-lo pelo relato, após denúncia
de José Ignacio Maya.
"Astrea" (Rio), 6/5/1828, número 279, página 1, primeira coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/749700/1169
1829
Em julho do ano seguinte, Penalta foi condenado a seis meses de prisão e obrigado a
pagar trezentos mil réis, além das custas do processo, pelo relato considerado ofensivo à
pessoa de José Inácio Maia. Os juízes de fato ordenaram também a supressão dos
exemplares da edição do "Jornal do Commercio" com o artigo de Pena Penalta.
O beneficiado pela sentença decidiu abrir mão da indenização, como prova de que
buscava apenas a reparação da honra, e não uma vingança pessoal.
"Astrea", 16/7/1829, número 448, página 4, última coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/749700/1886
No final de 1829, Penalta comunicou aos credores sua mudança para Montevidéu,
onde planejava passar dois ou três meses. Não se sabe se Ana Eurídice e seus filhos
viajaram junto com o marido.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_01/2613
1830
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/11134
1831
Em 1831, o Correio avisava a José Joaquim sobre a necessidade de retirar uma carta
do qual era destinatário, remetida de Montevidéu.
http://memoria.bn.br/DocReader/709530/1632
No mesmo ano, em setembro, José Joaquim recebeu permissão oficial para transferir
uma quantidade não especificada de café que arrematara de um navio americano.
"Correio Official" (Rio), 27/9/1831, número 75, página 3, primeira coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/749443/299
Como era de hábito na época, pessoas eram intimadas por particulares por meio de
avisos em periódicos. E José Joaquim recebeu um desses avisos em 24 de outubro de
1831.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/12934
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/12943
1832
No ano seguinte, uma notícia mais positiva para José Joaquim, da própria lavra: o
marido de Ana Eurídice anunciou pelo mesmo jornal que faria uma distribuição de
esmolas a 140 pessoas pobres.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/13234
1833
1834
Em 1834, José Joaquim anunciou pelo jornal sua iminente viagem à Europa. Não se
sabe se Ana Eurídice e seus filhos também viajaram com ele.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/15399
1836
Dois anos depois, novamente José Joaquim convocou seus credores para receberem o
devido pagamento, antes de nova viagem à Europa. A Rua das Violas, no centro do Rio,
onde provavelmente morava o casal, chama-se atualmente Rua Teófilo Otoni.
"Diario do Rio de Janeiro", 23/4/1836, número 18, página 3, segunda coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/18166
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_02/7803
http://memoria.bn.br/docreader/364568_02/7826
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_02/7841
1837
Alguns objetos de José Joaquim foram ainda leiloados em 1837, após a viagem à
Europa, segundo os três recortes abaixo.
"Jornal do Commercio" (Rio), 3/1/1837, número 2, página 5, segunda coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_02/8485
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/19010
"Jornal do Commercio" (Rio), 4/1/1837, número 3, página 4, primeira coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_02/8490
1838
http://memoria.bn.br/docreader/364568_02/9850
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_02/10619
http://memoria.bn.br/DocReader/706701x/858
O chamamento motivou uma comunicação por jornal, na qual se informava que
Penalta havia deixado uma dívida com a Santa Casa de Misericórdia da cidade do Porto.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_02/10782
Além da questão judicial sobre o artigo publicado em 1828, que o levou a ser
condenado à prisão no ano seguinte, Penalta envolveu-se em outro caso rumoroso, dez
anos depois. Em 1838, o marido de Ana Eurídice publicou o livreto "Só pelo amor da
pátria e do bem público", com várias e graves acusações ao cônsul geral de Portugal no
Rio de Janeiro, João Batista Moreira, que teria ter se valido de amigos para atacá-lo em
artigos publicados na mídia impressa.
"Só pelo amôr da Patria e do bem publico", José Joaquim Pena Penalta, R. Greenlaw,
Londres, 1838.
https://books.google.com.br/books?id=9ZoAb-
Gz44sC&lpg=PA38&ots=Z6JeAMuV1R&dq=%22Jos%C3%A9%20Joaquim%20Penn
a%20Penalta%22&hl=pt-
BR&pg=PA1#v=onepage&q=%22Jos%C3%A9%20Joaquim%20Penna%20Penalta%2
2&f=false
Em outro livreto, lançado no mesmo mês, o cônsul João Batista Moreira contestou as
acusações de Pena Penalta.
"O amor de patria e do bem publico do Sr. J. Joaquim Penna Penalta, ou Resposta
aos aleives por este senhor dirigidos ao senhor João Baptista Moreira, consul geral de
Portugal na côrte do Rio de Janeiro", João Baptista Moreira, Richard e Irmãos, Paris,
1838.
https://play.google.com/store/books/details/Jos%C3%A9_Joaquim_Penna_Penalta_
O_amor_de_patria_e_do_b?id=_dgqAQAAIAAJ
https://books.google.com.br/books?id=_dgqAQAAIAAJ&lpg=PA4&ots=gcm59bUy
x3&dq=%22Jos%C3%A9%20Joaquim%20Penna%20Penalta%22&hl=pt-
BR&pg=PA4#v=onepage&q=%22Jos%C3%A9%20Joaquim%20Penna%20Penalta%2
2&f=false
http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/242735
1839
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_02/11015
1842
"Diario do Rio de Janeiro" (Rio), 28/10/1842, número 230, página 4, última coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/25730
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/25732
1843
"Diario do Rio de Janeiro" (Rio), 22/9/1843, número 211, página 4, última coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/26826
No mês seguinte, Penalta recebeu autorização para viajar aos Estados Unidos.
"Jornal do Commercio" (Rio), 27/10/1843, número 286, página 2, segunda coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_03/5530
"Diario do Rio de Janeiro" (Rio), 6/11/1843, número 248, página 4, terceira coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/26974
1846
https://digitarq.advrl.arquivos.pt/details?id=990394
1847
Em 1847, Pena Penalta morava em Belém (PA), de onde se retirou para voltar ao Rio
de Janeiro. Esta é a última notícia relativa ao ex-marido de Ana Eurídice encontrada em
fontes disponíveis online.
"Treze de Maio" (PA), 17/2/1847, número 677, página 4, segunda coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/700002/681
Os nomes da autora
Batizada como "Anna", Ana Eurídice utilizou (ou foi denominada em documentos
por) vários nomes durante a sua vida, conforme conta Hilda Agnes Hübner Flores à
página 29 de "O Ramalhete" (1990).
Nome adotado após o nascimento de sua segunda filha, Eurídice Eufrosina, e usado
em sua única obra literária.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_04/11045
Já era sabido que Ana Eurídice, o marido Pena Penalta e filhos se deslocaram várias
vezes entre o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, após o casamento em 1822. Os
periódicos da época registraram alguns desses deslocamentos. Hilda Hübner registra
1826 como o ano mais remoto, mas os recortes abaixo provam que pelo menos desde
1825 ocorriam essas viagens.
Note-se a curiosidade do uso do nome de solteira de Ana Eurídice, "Anna Belmira
Varandas/Barandas".
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/5515
http://memoria.bn.br/DocReader/706744/650
Em 1837, Ana Eurídice chegava ao Rio, vinda do Rio Grande, com seus três filhos.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/19981
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_02/9442
Repare nos acompanhantes da escritora: "1 filha e 1 escravo". Assim como sua
colega Ana Luísa de Azevedo Castro (autora da novela "D. Narcisa de Villar"), também
pioneira na luta contra a opressão das mulheres pelos homens, Ana Eurídice não
estendeu essa solidariedade aos escravos negros da época, chegando a ter um deles
como propriedade, já na condição de separada de seu primeiro e único marido.
"Diario do Rio de Janeiro", 5/11/1857, número 301, página 4, terceira coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/45389
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/13981
Em "O Ramalhete", Hilda Hübner informa que o nome de batismo seria "Eurídices"
(somente), mas todos os resultados relativos à filha de Ana Eurídice (e chegam às
dezenas, como veremos abaixo) registram os nomes "Eurídice Eufrosina Penalta" (a
maioria) e "Eufrosina Eurídice Penalta" (apenas alguns).
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/43394
Em 1860, o jornal "Eco da Nação" informava que havia uma carta no Correio de
Niterói para Anna Delmira da Fonseca, postada em Bagé. Portanto, nesse ano Ana
Eurídice morava naquela cidade fluminense.
"Echo da Nação" (Rio), número 115, página 4, segunda coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/830445/194
Aurora Augusta, a primeira filha de Ana Eurídice
Há somente três resultados online para a primeira filha de Ana Eurídice (além dos
resultados nos Estados Unidos, mostrados em seção abaixo), todos com o seu
sobrenome de casada (Ferreira) e na parte dos jornais relativa às entradas e saídas do
porto do Rio de Janeiro.
"Correio Mercantil" (Rio), 14/7/1865, número 191, página 3, última coluna (em
"Registros do porto", "Sahidas no dia 13").
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/25014
"Correio Mercantil" (Rio), 28/7/1865, número 205, página 3, última coluna (em
"Registros do porto", "Entradas no dia 27").
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/25070
"Correio Mercantil" (Rio), 9/2/1866, número 205, página 3, terceira coluna (em
"Registros do porto", "Sahidas no dia 8").
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/25834
Eurídice Eufrosina Penalta, a segunda filha de Ana Eurídice
O nome completo da segunda filha de Ana Eurídice era Eurídice Eufrosina Pena
Penalta. Nascida em 1831, recebeu dois sobrenomes que seriam adotados pela mãe
socialmente e também em seu único livro (1845). Nossa primeira ficcionista talvez
tenha revelado predileção especial por essa filha, ao escolher Ana Eurídice Eufrosina de
Barandas como seu nome artístico.
1856
"Correio Mercantil" (Rio), 19/5/1856, número 138, página 2, terceira coluna (em
"Expediente da Secretaria de Governo", "Dia 26").
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/11875
1857
"Correio Mercantil" (Rio), 15/11/1857, número 321, página 1, quarta coluna (em
"Expediente da Inspetoria Geral das Escolas da Provincia", "Dia 26").
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/14018
"Almanack Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro", 1857, página
85, segunda coluna (em "Freguezia de N. Senhora das Dores").
http://memoria.bn.br/DocReader/313394x/11096
1858
"A Patria" (Niterói, RJ), 9/1/1858, número 6, página 1, segunda coluna (em
"Noticiario").
http://memoria.bn.br/DocReader/830330/3113
"A Patria" (Niterói, RJ), 4/3/1858, número 49, página 1, segunda coluna (em "Parte
Official", "Expediente da secretaria do governo, Janeiro - 1858", "Dia 9").
http://memoria.bn.br/DocReader/830330/3285
1859
"Correio Mercantil" (Rio), 24/12/1859, número 351, página 2, primeira coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/17038
1860
"Correio Mercantil" (Rio), 6/2/1860, número 37, página 2, segunda, terceira e quarta
colunas (em "Relação dos professores publicos vitalicios e effectivos da instrucção
primaria da provincia do Rio de Janeiro").
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/17208
"Correio Mercantil" (Rio), 23/10/1860, número 249, página 1, quinta coluna (em
"Provincia do Rio de Janeiro", "Requerimentos despachados - Outubro de 1860").
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/18235
1861
"Correio Mercantil" (Rio), 17/12/1861, número 333, página 3, quinta coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/19867
1862
http://memoria.bn.br/DocReader/090000/7714
"Correio Mercantil" (Rio), 12/4/1862, número 101, página 2, primeira coluna (em
"Provincia do Rio de Janeiro", "Expediente da secretaria do governo", "Abril - 1862,
Dia 4").
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/20322
1864
"Correio Mercantil" (Rio), 21/8/1864, número 231, página 3, quinta coluna (em
"Registro do Porto", "Entradas no dia 20 de agosto").
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/23726
"Correio Mercantil" (Rio), 27/9/1864, número 268, página 3, quarta coluna (em
"Registro do Porto", "Saídas no dia 26 de setembro").
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/23874
1865
"Correio Mercantil" (Rio), 5/4/1856, número 94, página 3, última coluna (em
"Registro do Porto", "Entradas no dia 4 de abril").
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/24622
1876
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_02/35410
1877
"Jornal do Commercio", 7/2/1877, número 38, página 5, última coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_06/15171
Corina Thalia, a terceira filha de Ana Eurídice
Corina Thalia Penalta, provável terceira filha de Ana Eurídice e José Joaquim Pena
Penalta, é um nome não informado no livro "O Ramalhete", de Hilda Hübner.
Provavelmente, Corina terá nascido no Rio de Janeiro, já que as pesquisas da autora se
concentraram, à época, no Rio Grande do Sul. Ao casar-se, em data desconhecida,
Corina Thalia mudou o sobrenome "Penalta" para "Gaberel".
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/43394
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/22384
http://cepesle-news.blogspot.com/2008/05/batismos-paraba-do-sul-rj.html
"Correio Mercantil" (Rio), 4/5/1867, número 123, página 3, última coluna (em
"Registro do porto", "Entradas no dia 3").
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/27603
Em 1872, no último resultado disponível, Corina voltara a usar o sobrenome Penalta,
como se constata no recorte abaixo. "Edviges", muito provavelmente, refere-se e
"Eurídice", a irmã de Corina.
http://memoria.bn.br/DocReader/239100/1398
O processo judicial nos Estados Unidos... e a quarta filha de Ana Eurídice?
A pesquisa online sobre Ana Eurídice e sua família revelou um único resultado
originário de periódico publicado no exterior, mais especificamente nos Estados
Unidos.
Trata-se de um processo judicial iniciado em 1866, três anos após a morte de Ana
Eurídice, no estado de Califórnia. A notícia é importante também por revelar o nome
completo da segunda filha, Eurídice (Eurídice Eufrosina Pena Penalta), por citar o nome
da primeira filha (Aurora Augusta, então com o sobrenome de casada "Ferreira") e por
sugerir que haveria um quinto filho (e quarta filha) de Ana Eurídice com Pena Penalta:
Amélia Eugênia Pena Penalta.
"Daily Alta California" (EUA), 26/6/1866, número 5951, página 4, quinta coluna.
https://cdnc.ucr.edu/?a=d&d=DAC18660626.2.25.5&srpos=4&e=-------en--20--1--
txt-txIN-ana+euridice+eufrosina+barandas-------1
"Daily Alta California" (EUA), 3/7/1866, número 5958, página 4, quinta coluna.
https://cdnc.ucr.edu/?a=d&d=DAC18660703.2.27.4&e=-------en--20--1--txt-txIN----
----1
"Daily Alta California" (EUA), 26/9/1866, número 6042, página 4, quinta coluna.
https://cdnc.ucr.edu/?a=d&d=DAC18660926.2.38.4&srpos=2&e=-------en--20--1--
txt-txIN-ana+euridice+eufrosina+barandas-------1
"Daily Alta California" (EUA), 6/11/1866, número 6083, página 4, quinta coluna.
https://cdnc.ucr.edu/?a=d&d=DAC18661106.2.47.5&e=-------en--20--1--txt-txIN----
----1
"Daily Alta California" (EUA), 8/1/1867, número 7045, página 4, quinta coluna.
https://cdnc.ucr.edu/?a=d&d=DAC18670108.2.29.4&e=-------en--20--1--txt-txIN----
----1
Em seu livro "O Ramalhete" (1990), Hilda Agnes Hübner Flores informa à página
48:
"Não foi localizado em Porto Alegre o óbito da escritora Ana Eurídice de Barandas,
sendo provável seu regresso ao Rio de Janeiro, onde residiu em várias temporadas
anteriores.".
Desde então até hoje, a data de falecimento da escritora gaúcha era um mistério. Na
Web encontram-se anos bem diferentes para esse fato, como se vê abaixo.
1856
https://www.ancestry.com/search/?name=ana_barandas&name_x=_1
1857
https://books.google.com.br/books?redir_esc=y&hl=pt-
BR&id=agwsAAAAYAAJ&focus=searchwithinvolume&q=eur%C3%ADdice
186?
https://data.bnf.fr/fr/12441605/ana_euridice_eufrosina_de_barandas/
c. 1870
1891?
http://memoria.bn.br/DocReader/709557/1387
Ao optar por "Anna Delmira", a pesquisa se aproximou aos poucos de seu final feliz.
1863
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/22086
1866
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/26493
http://memoria.bn.br/DocReader/217280/26495
1869
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_05/15691
1871
Em 1871, novo dia: 23 de junho. O anúncio também não trazia nenhuma menção
conclusiva ao dia do falecimento.
"Diario do Rio de Janeiro", 23/6/1871, número 172, página 2, terceira coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_02/27456
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_02/27458
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_do_Monte_do_Carmo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Para%C3%ADba_do_Sul#/media/File:Rio_Para%C3%
ADba_do_Sul_(Barra_do_Pira%C3%AD%3F)_AN.tif
http://acervo.bn.br/sophia_web/info.asp?c=1193239
https://ia902609.us.archive.org/4/items/annohistoricosu00corugoog/annohistoricosu0
0corugoog.pdf
Primeira página do jornal "O Commercio", de 12 de novembro de 1844
http://memoria.bn.br/DocReader/758213x/1
"Relatorios dos Presidentes das Provincias Brasileiras: Imperio (RS)", página 41,
Conde de Caxias, 1º de março de 1846, Porto Alegre.
http://memoria.bn.br/DocReader/252263/122
Com 78 páginas, a obra compõe-se de nove sonetos, uma ode, dezesseis quadras
sobre a morte do cãozinho Apolo, um poema de duas quadras, uma "cólgota" (dístico
glosado com uma quadra e uma sextilha), "endechas" (composição poética fúnebre) e
quatro textos em prosa: "Eugênia ou a Filósofa Apaixonada", "Uma Lembrança
Saudosa", "A Queda de Safo ou o Cinco de Maio" e "Diálogos".
http://bibliotecariograndense.com.br/
O único anúncio do livro encontrado em periódicos do século XIX já o tratava como
"obra raríssima".
Repare no erro do título ("O ramilhete") e no texto curioso que introduz as obras, no
anúncio da Livraria Polytechnica:
"É, com efeito, preciso acabar por uma vez com a carestia dos livros no Rio de
Janeiro, para ver se este bom povo se acostuma a ler mais e a vadiar menos.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_07/6158
Menções a Ana Eurídice na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
Em 1957, Raul Gomes, em artigo para o jornal carioca "O Dia", citou Ana Eurídice
somente como "poetisa", baseando-se no livro "História da Literatura do Rio Grande do
Sul", de Guilhermino César.
"O Dia", 8/5/1957, número 10.521, página 4, primeira e segunda colunas (em
"Literatura Regional").
http://memoria.bn.br/DocReader/092932/92838
http://memoria.bn.br/DocReader/030015_11/73158
"Correio Riograndense" (Caxias do Sul), 19/9/2001, número 4750, página 10, quarta
coluna (em "Mito do gaúcho", Moacyr Flores).
http://memoria.bn.br/DocReader/882054/18216
Em 2006, Ana Eurídice foi citada em matéria do jornal "Correio Brasiliense" que
divulgava o livro "Escritoras Brasileiras do Século XIX", organizado por Zahidé
Lupinacci Muzart.
http://memoria.bn.br/DocReader/028274_05/144908
E esses quatro resultados são tudo o que se encontra sobre a autora, na Hemeroteca
Digital da Biblioteca Nacional.
A segunda edição de "O Ramalhete"
Até 2019, só houve uma reedição do único livro de Ana Eurídice. Intitulada
sinteticamente "O Ramalhete", teve como editora e atualizadora de texto a pesquisadora
e escritora Hilda Agnes Hübner Flores, sendo lançada pela Editora Nova Dimensão,
EDIPUCRS, em 1990.
https://books.google.com.br/books?id=MiIZbWAzD68C&lpg=PP1&dq=A.%20Eury
dice%20Eufrozina%20de%20Barandas&hl=pt-
PT&pg=PA2#v=onepage&q=A.%20Eurydice%20Eufrozina%20de%20Barandas&f=fal
se
https://periodicos.ufsc.br/index.php/travessia/article/viewFile/17099/15645
1976
http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/1976/1/428084.pdf
1987
http://seer.ufrgs.br/index.php/revistaihgrgs/article/download/57580/34556
1990
. "I Parte", em "O Ramalhete", páginas 13 a 51, Hilda Agnes Hübner Flores, Editora
Nova Dimensão, Porto Alegre, 1990
1991
https://periodicos.ufsc.br/index.php/travessia/article/view/17099/15645
https://periodicos.ufsc.br/index.php/travessia/article/view/17100/15646
1996
https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/download/5284/4714
1999
https://joaquimlivraria.wordpress.com/tag/escritoras-brasileiras-do-seculo-xix/
2002
https://books.google.com.br/books?id=5gsui5vH-
JUC&lpg=PA208&ots=nD1sW_XLXX&dq=%22Ana%20Euridice%20Eufrosina%2
0de%20Barandas%22&hl=pt-
PT&pg=PA208#v=onepage&q=%22Ana%20Euridice%20Eufrosina%20de%20Bara
ndas%22&f=false
2006
https://books.google.com.br/books?id=dW9lAAAAMAAJ&q=A.+Eurydice+Eufrozi
na+de+Barandas&dq=A.+Eurydice+Eufrozina+de+Barandas&hl=pt-
PT&sa=X&redir_esc=y
http://www.faperj.br/?id=932.2.0
2008
http://www.abralic.org.br/eventos/cong2008/AnaisOnline/simposios/pdf/074/SALET
E_SANTOS.pdf
2012
https://idus.us.es/xmlui/bitstream/handle/11441/33220/Pages%20from%20LIBRO%
20ACTAS%20I%20CONGRESO%20COMUNICACI%C3%93N%20Y%20G%C3%8
9NERO-15.pdf?sequence=1&isAllowed=y
2013
. "Nísia Floresta e Ana Eurídice Eufrosina de Barandas: uma Busca pela Igualdade
de Gênero", Edilene Ribeiro Batista, Simposio nº 38: Derechos de Todas y Todos, III
Congreso Internacional Ciencias, Tecnologías Y Culturas, Santiago (Chile), 2013.
http://internacionaldelconocimiento.cl/index.php/resumenes-de-simposios-30-a-
54/item/792-simposio-no-38-derechos-de-todas-y-todos
http://www.ppgletras.ufc.br/images/conferencia_producoes_intelectuais__-_livros_-
_2013.pdf
2014
http://docplayer.com.br/43368161-Dialogos-o-ecoar-de-um-feminista.html
https://pt-br.facebook.com/encontrosprae2014/posts/792623667447330
2016
https://www.escavador.com/sobre/5366925/sayonara-bessa-cidrack
2017
"Entre o fim do século XIX e o início do século XX: a luta pelo divórcio e as
escritoras brasileiras", Marlene Rodrigues Brandolt, tese de doutorado em Literatura,
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, 2017.
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/178329/347201.pdf?se
quence=1&isAllowed=y
2018
. "O fazer literário de Ana Eurídice Eufrosina de Barandas sob o viés da temática do
amor em 'Eugênia ou a Filósofa Apaixonada", Sayonara Bessa Cidrack, IV Colóquio
Internacional de Literatura e Gênero, I Colóquio Nacional de Imprensa Feminina,
"Descolonização, Gênero, Corporeidade e Resistência", 5 a 7 de setembro de 2018,
Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Teresina.
http://icilg.uespi.br/download/programacao.pdf?104851
. "O lirismo poético em obras de autoras brasileiras do século XIX ao século XXI",
Jussara Bittencourt de Sá, Marlene Rodrigues Brandolt e Mayara Gonçalves de Paulo,
"Revista Memorare", volume 5, número 3, páginas 66 a 81, setembro/dezembro de
2018, Universidade da Santa Catarina (UNISUL).
http://portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/memorare_grupep/article/view/7334/42
50
***
Em 2000, a professora Maria Luíza Ritzel Remédios revelou em seu estudo sobre o
romance "Os Tambores Silenciosos", de Josué Guimarães, que o autor utilizou, na
elaboração da história, dados sobre Ana Eurídice Eufrosina de Barandas registrados no
livro "História da Literatura do Rio Grande do Sul", de Guilhermino César (1975).
. "'Os tambores silenciosos': o processo de construção da narrativa", Maria Luíza
Ritzel Remédios, páginas 111-118, "Vidya", volume 19, número 33, janeiro/junho
2000, Santa Maria (RS).
https://www.periodicos.ufn.edu.br/index.php/VIDYA/article/download/539/528
Um "capítulo nove" de livro e ano não identificados, contendo estudo sobre Ana
Eurídice, está disponível em PDF na Web, traduzido por Lucas Vini para o espanhol.
https://www.nottingham.ac.uk/genderlatam/documents/translation-parte-ii-capitulo-
9-rev3.pdf
Os poemas de Ana Eurídice
Ana Eurídice compôs 14 poemas: nove sonetos, uma ode, dezesseis quadras sobre a
morte de seu cãozinho Apolo, um poema de duas quadras, uma "cólgota" (dístico
glosado com uma quadra e uma sextilha) e "endechas" (composição poética
melancólica). Todos são reproduzidos em texto atualizado (anterior ao Acordo
Ortográfico) no livro "O Ramalhete", de Hilda Agnes Hübner Flores.
http://www.academia.edu/30427892/POEMAS_DE_AMOR_E_MORTE_antologia_
sincr%C3%B4nica_da_poesia_brasileira_
As quadras:
http://www.blocosonline.com.br/literatura/poesia/pndp/pndp010755.htm
http://poemasetsonetos.blogspot.com.br/search/label/Ana%20Eur%C3%ADdice%20
Eufrosina%20de%20Barandas
https://periodicos.ufsc.br/index.php/travessia/article/viewFile/17099/15645
A confusão de títulos entre "A Filósofa Apaixonada" e "A Filósofa por Amor"
Veja estes resultados no Google, que incluem páginas pessoais, trabalhos acadêmicos
e livros.
O crítico literário e historiador Wilson Martins registrou um título diferente no
volume 3 de sua "História da Inteligência Brasileira": "A Filósofa do Amor".
http://meriva.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/4207/3/000390035-
Texto%2BCompleto-0.pdf
http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/221681
No Brasil, a obra foi publicada em dois volumes e estava disponível pelo menos
desde 1827.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/8232
"Folhinha Civil e Eclesiastica para o Ano de 1849", número 1, página 204.
http://memoria.bn.br/DocReader/823651/853