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Slide 1- Bom dia a todas, hoje venho apresentar-vos o poema: Aqueles claros

olhos que chorando, de autoria de Luís de Camões. Espero que gostem!


Slide 2- Iniciarei esta apresentação, expondo o tema e o devido autor, depois irei
introduzir o poema, nomeadamente a sua análise e o objeto artístico comparado.
Por fim, irei finalizar com uma breve conclusão, apresentando a razão da escolha
do poema.
Slide 3- Não existem muitos dados biográficos sobre a vida de Luís de Camões,
mas a informações que vieram a público quase três décadas depois da sua morte
dão como provável o seu nascimento em Lisboa em 1524 ou 1525. Pertenceu a
uma família de origem galega, da pequena nobreza e supõe-se que tenha
estudado em Coimbra. Como modo de vida, procura a sorte das armas e suspeita-
se que tenha estado em Ceuta onde, num confronto militar com mouros, perdeu
um olho. Os amigos pagaram-lhe as dívidas, sendo assim libertado da prisão, e a
viagem de regresso a Lisboa onde publica, em 1572, a obra que o tornaria
imortal, sendo considerado o maior poeta em língua portuguesa de todos os
tempos.
Quanto ao soneto “Aqueles claros olhos que chorando”, representa um tema de
saudade e foi escrito na medida nova.
Slide 4- (Declamar poema); Este poema tem como tema o desgosto amoroso.
Com a partida e a separação, o poeta questiona-se se a amada está ou não a
pensar nele? Será que ela sofre? Será que ela chora? Ou a dor que ela
demonstrava na sua partida era fingimento?
A amada, no poema, é retratada de forma metonímica, sendo que se reduz aos
olhos (parte) a referência à mulher (todo). Para além disso, recorrendo a um
procedimento que lembra as cantigas do amigo do Trovadorismo, a natureza
participa do drama sentimental, como uma possível interlocutora com quem se
desabafam os sofrimentos amorosos, sendo como exemplo o verso 11 (“Se
falarão co as aves e cos ventos”).
Quanto aos olhos da amada, os olhos verdes eram os mais belos, podendo-se
achar que a designação “claros olhos” supõe também a beleza dos olhos,
resultando a referência num elogio.
Slide 5- O poema é composto por 14 versos (soneto), duas quadras e dois
tercetos, com rima interpolada (na 1º e 2ºestrofe) e rima cruzada (na 3º e 4º
estrofe). Contém 10 sílabas métricas (decassilábico). Os recursos expressivos
presentes são: A interjeição, a personificação, o paradoxo, a anáfora e a metáfora.
Slide 6- O objeto artístico escolhido para comparar com o poema foi O
Nascimento de Vénus, de Sandro Botticelli. Sandro Botticelli nasceu em Itália,
por volta de 1445. Estudou na Escola Florentina do Renascimento. Botticelli era
uma alcunha, sendo o seu verdadeiro nome Alessandro Filipepi. As suas últimas
obras revelariam ainda um expressionismo trágico, de agitação visionária, sendo
as cores frias as mais predominantes. O Nascimento de Vénus foi pintado em
1485, utilizando têmpera sobre a tela. Este quadro mostra Vénus, a deusa romana
do Amor, também o poema de Luís de Camões, que é inspirado na sua deusa
amada. Salientam-se os pontos brilhantes nas rosas e nas árvores, que foram
feitos com ouro verdadeiro, o que indica o enorme valor do quadro e a
importância de Vénus como Deusa à semelhança do poema, que engrandece a
sua amada, através da beleza dos seus olhos.
Slide 7- Escolhi este poema, pois gostei da mensagem e achei interessante a
forma como o sujeito poético transmite o seu amor de uma forma explícita,
enriquecendo-a com recursos expressivos.

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