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Slide 1- Bom dia a todas, hoje venho apresentar-vos sobre o livro “As ilhas desconhecidas” de

Raul Brandão. Espero que gostem!

Slide 2- Começarei esta apresentação com uma introdução, falando sobre a imagem da capa
deste livro e do seu devido autor. Seguidamente, irei fazer uma contextualização e a
importância que o tema da viagem assume nesta obra. Por fim, irei fazer um breve comentário
pessoal relativamente a esta obra e irei dizer a quem recomendo.

Slide 3- (mostrar o livro) - tal como podem ver, está representada a costa de uma ilha que o
autor visitou. As cores predominantes desta capa são o preto e o verde, sendo que o preto
pode simbolizar a solidão, o silêncio e o desconhecido, enquanto o verde pode simbolizar a
natureza, a esperança e o desejo pela descoberta.

Falando agora sobre o título “As ilhas desconhecidas”, dá a conhecer o nome das próprias
ilhas. Neste caso falamos da Madeira e dos Açores, os dois arquipélagos atlânticos de Portugal,
em que, na altura em que o autor escreveu esta obra, as ilhas não eram conhecidas. Daí a
origem do título.

Slide 4- O autor, Raul Brandão, nasceu a 12 de março de 1867 na Foz do Douro, Porto e
morreu a 5 de dezembro de 1930 em Lisboa. Descendente dos homens do mar (pois era filho e
neto de pescadores), foi prosador, ficcionista, dramaturgo e pintor. Iniciou a sua carreira
literária em 1890, com a obra “Impressões e paisagens”. Frequentou o curso superior de
letras, mas acabou por ingressar na carreira militar (1888-1911), acabando por desistir e
dedicou-se ao jornalismo e à literatura.

A sua escrita é predominantemente poesia, e a condição humana é o tema profundo da sua


obra, sendo “as Ilhas desconhecidas” considerado um dos melhores livros de viagens de todos
os tempos na literatura portuguesa.

Slide 5- Raúl Brandão descreve pormenorizadamente a vida e a realidade dos Açores e da


Madeira. É também onde partilha as impressões com que ficou, de uma viagem aos
arquipélagos feita em 1924 e publicada em 1926. Este livro é feito com recalques, ou seja, sem
insistir numa mesma ideia.
O escritor parte de Lisboa a 8 de junho de 1924, a bordo do navio São Miguel. A partir daí,
começa logo a escrever, descrevendo a vida a bordo e a paisagem que o mar e o céu oferecem,
as cores de cenários mágicos, embora ignorados naquela altura. Durante essa escrita, são nos
guiados diferentes sentidos tais como: a visão, a audição, o olfato e o paladar. Os olhos são
invadidos pelas cores que a ilha oferece: o verde dos pastos, a cor negra das rochas, o cinzento
do nevoeiro e a cor radiante transmitida pelo sol. (“Isto de longe era roxo e diáfano, violeta e
rubro, conforme a luz e o tempo...”) Os ouvidos são embrulhados no próprio silêncio, no som
das aves e das vacas no pasto, do mar… (“É a música pastoril e sagrada, a voz da floresta
adormecida, o seu sonho musical, que extasia juntamente como o ruído das águas...”). O nariz
é envolvido com cheiros do mar, das flores, das frutas tropicais, … (“O ar cheira a limonete,
que aqui se chama Luísa”), e a boca é saboreada com diversos e delicados paladares: desde o
pão, o doce leite, até as frutas tropicais, … (“Toda a fruta aqui é deliciosa e a banana deixa na
boca um perfume persistente para o resto da vida”)
O autor resume os Açores como: “o azul que enche a terra e nunca mais acaba e que é talvez o
verdadeiro céu dos Açores”.
Raul fala também da Madeira, apesar de esta ser descrita num capítulo mais pequeno, em que
embora aprecie as cores, fica-lhe uma sensação de desconforto, retratando-se numa frase:
“Detesto o turismo e adoro a hospitalidade… Uma nação não deve ser um hotel- e Deus nos
livre que o seja!”
O autor realça também para o diferente tipo de pessoas nas duas ilhas: Nos Açores, ele
descreve as pessoas como genuínas, solidárias, honestas, que vivem da partilha da
comunidade. Há também os que vivem da pesca, sempre em companhia com o Mar e com as
suas canoas, armados com um arpão.
Já as pessoas da Madeira, segundo o autor, são pessoas que vivem bem do turismo, que
cultivam a terra, pessoas independentes da vida dos outros, o que para ele, não é uma coisa
que lhe chame muito a atenção.
O escritor dá também códigos às ilhas:
Santa Maria (Ilha Amarela), devido às giestas (que para quem não sabe são flores amarelas)
que lá exorbitam;
São Miguel (Ilha Verde), devido às pastagens e matas;
Terceira (Ilha Lilás), pelas ramadas cheias de lilases;
Graciosa (Ilha Branca), devido às suas pedras brancas;
São Jorge (Ilha Castanha), pelas rochas nas pontas dos Rosais;
Pico (Ilha cinzenta), pela sua grandiosa montanha;
Faial (Ilha Azul), pelas suas hortênsias azuis;
Flores (Ilha Rosa), devido às azáleas;
Corvo (Ilha preta), pela lava e pelos campos murados.  

Slide 6- A importância que a viagem assumiu na obra foi que, neste caso, o livro deu a
conhecer ao país e ao mundo a beleza natural das ilhas e a condição dos seus habitantes, o
que foi fundamental para a imagem externa e interna dos arquipélagos, que naquela altura
eram desconhecidas.

Slide 8- Uma curiosidade é que este livro pode ser comparado aos lusíadas, de Luís Vaz de
Camões, pois tem o mesmo Tema em comum: as viagens. No caso dos lusíadas fala sobre a
viagem dos portugueses pelo mundo, enquanto nas ilhas desconhecidas fala sobre a viagem de
Raul Brandão aos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Outra coisa em comum é que nas
duas obras pretende-se valorizar os portugueses e aquilo que possuem ou que conseguiram
possuir.

Slide 9- Na minha opinião, este livro ensina-nos como é que era a vida da população das ilhas.
Através do seu vocabulário enriquecido, a língua portuguesa toma um valor de beleza única,
para além do que, Raul Brandão consegue, através das suas descrições, fazer com que os
leitores consigam visualizar as paisagens, o que não é para qualquer um.

Para além disso, mostra que Portugal é muito mais do que um continente, demonstrando que
as ilhas não devem ser excluídas nem esquecidas, pois é um bem que possuímos.

Talvez uma das coisas que eu menos gostei neste livro foi a excessiva descrição, o que torna a
leitura um pouco cansativa, mas não deixa de ser deslumbrante de ler.

Slide 10- Agora vou-vos mostrar algumas frases de que eu gostei neste livro. Uma delas é
(ler…) e depois a outra é (ler…).

Slide 11- Para finalizar, recomendo este livro a todas as pessoas que gostem de escritas com
um bom português e de descrições detalhadas, mas também para aquelas que nunca visitaram
os Açores ou a Madeira, porque dá uma grande visão geral dos arquipélagos ou até para
ganhar um pouco mais de cultura.

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