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CLASSE DE JOVENS | SEPARADOS PARA DEUS: BUSCANDO A

SANTIFICAÇÃO PARA VERMOS O SENHOR E SERMOS USADOS POR ELE

LIÇÃO 8 – O ENSINO DE JESUS SOBRE SANTIFICAÇÃO NO SERMÃO DO


MONTE

 Texto Principal: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade
edificada sobre um monte” (Mateus 5:14).
 Resumo da Lição: Devemos viver de forma que a luz de Cristo brilhe em nossa
vida.
 Texto Bíblico: Mateus 5:13-17; Mateus 6:1-3; 5-7; 16-18.
Mateus 5: 13-Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar?
Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. 14-
Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um
monte; 15- Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no
velador, e dá luz a todos que estão na casa. 16- Assim resplandeça a vossa luz diante
dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que
está nos céus. 17- Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar,
mas cumprir.
Mateus 6: 1- Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes
vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. 2-
Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os
hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em
verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 3- Mas, quando tu deres esmola,
não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; 5- E, quando orares, não sejas
como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas
das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o
seu galardão. 6- Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua
porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te

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recompensará publicamente. 7- E, orando, não useis de vãs repetições, como os


gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. 16- E, quando jejuardes,
não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos,
para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o
seu galardão. 17- Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,
18- Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto;
e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
{Veja os Objetivos, Interação e Orientação Pedagógica, na Lição, pág 55}.

1. Os Santos São Bem-Aventurados:

• 1.1 Os Bem-Aventurados (Mt 5:1-12);


• 1.2 Os Santos São "Sal" da Terra e "Luz" do Mundo (Mt 5:13-16);
• 1.3 O Contraste Entre a Justiça da Tradição e a Justiça do Reino de
Deus.

2. A Santificação Se Dá Por Meio da Prática da Justiça e da Solidariedade:

• 2.1 Dar Esmola Por Amor e Não Por Ostentação (Mt 6:1-3);
• 2.2 Orar Em Secreto (Mt 6:5,6);
• 2.3 O Jejum Deve Ser Acompanhado Com Práticas de Justiça e
Solidariedade.

3. A Eficácia do Ensino de Jesus Sobre a Santidade:

• 3.1 A Didática do Ensino de Jesus;


• 3.2 A Vida do Crente Deve Ser Construída Sobre a Rocha (Mt 7:24-27);
• 3.3 A Autoridade do Ensino Está na Coerência Entre a Teoria e a Prática
(Mt 7:28,29).

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Introdução
“Na lição deste domingo, veremos no Evangelho de Mateus os ensinos práticos
de Jesus no Sermão do Monte. Este Sermão é um dos cinco grandes discursos deste
Evangelho. Ele expõe os ensinos de Jesus sobre uma vida de santificação.
Neste estudo serão destacados o poder do testemunho do crente como “sal” da
terra e “luz” do mundo e a prática da justiça para a glória de Deus”.

Como proposta do Pr Natalino das Neves, nesta aula, iremos estudar sobre a
Santificação no Sermão do Monte. A partir desta perspectiva, iremos analisar a
construção do Sermão da Montanha presente no Evangelho de Mateus.
O Warren Wierbse comenta que o Sermão do Monte é, de todas as mensagens de
Jesus, a mais mal interpretada. Uns dizem que é o plano de salvação de Deus e que,
serve para irmos para o Céu, um dia, devemos obedecer às suas regras. Outros, ainda
dizem que é um tratado de Cristo pela paz mundial.
Mas, em Mateus 5.20, encontrasse a chave para o entendimento do sermão da
montanha. O tema central do Sermão é a verdadeira justiça de Deus. Os líderes
religiosos possuíam uma justiça artificial apenas com base na Lei de Moisés.
A justiça de Jesus é verdadeira e essencial, começa no interior do coração. Os
fariseus preocupavam-se com os mínimos detalhes de conduta, mas deixavam de
cuidar do mais importante, o caráter.
Quaisquer que sejam as possíveis aplicações do sermão do monte para problemas
mundiais ou os acontecimentos futuros, sem dúvida ele se aplica de maneira bem
definida a nós hoje.
• Jesus transmitiu essa mensagem aos cristãos como indivíduos, não aos não
crentes;

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• Os ensinamentos do sermão do monte são repetidos para a igreja de hoje nas


epístolas do Novo Testamento;
• Jesus proferiu essas palavras para os seus discípulos, que compartilharam
conosco.
Olhar para o Sermão do Monte é olhar para o Reino de Deus. Falar do Reino de
Deus é falar da própria mensagem das Escrituras. Por isso, inicialmente, vamos
apresentar o sentindo de entender sobre as designações do “Reino de Deus” e “Reino
dos Céus”, para apresentarmos a importância do Sermão do Monte.
Algumas pessoas tentam aplicar significados diferentes às designações “Reino de
Deus” e “Reino dos Céus”, mas, um estudo bíblico básico sobre o tema, mostra
claramente que, não há qualquer diferença entre essas duas expressões.
1. A expressão “Reino dos Céus” aparece trinta e quatro vezes no Evangelho de
Mateus;
2. A expressão “Reino de Deus” aparece somente cinco vezes. Já os outros três
Evangelhos fazem uso frequente da expressão “Reino de Deus”.
Além disso, em várias passagens que Mateus usa a designação “Reino dos Céus”,
os textos paralelos de Marcos, Lucas e João usam a designação “Reino de Deus”.
O próprio Mateus usou as duas expressões juntas de forma intercambiável
(Mateus 19:23,24). Portanto, as designações “Reino de Deus”, “Reino dos Céus” ou
simplesmente “Reino” são sinônimas (Mateus 5:3; Lucas 6:20).
Há uma sugestão muito usada para explicar o motivo pelo qual Mateus usa “Reino
dos Céus” em preferência a “Reino de Deus”. Essa explicação diz que Mateus usa a
expressão “Reino dos Céus” porque ele era um judeu escrevendo para judeus. Os
judeus tinham por costume usar o nome de Deus o menos possível, por tê-lo como
muito sagrado. Então, Mateus respeitou essa tradição e falou do “Reino dos Céus”.

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Craig Blomberg comenta que o evangelho de Mateus apresenta os mais longos


blocos de sermões de Jesus. Mateus apresenta cinco grandes discursos, a saber:
1. O Primeiro grande Sermão de Jesus está nos capítulos 5 a 7 de Mateus – O
Sermão do Monte;
2. O Segundo grande Sermão de Jesus está no capítulo 10 de Mateus – Direções
de Jesus para o Discipulado;
3. O Terceiro grande Sermão de Jesus está no capítulo 13 de Mateus - As
parábolas do Reino;
4. O Quarto grande Sermão de Jesus está no capítulo 18 do Mateus – O sermão
sobre a humildade e perdão;
5. O Quinto grande Sermão de Jesus está nos capítulos 23 a 25 de Mateus – A
Mensagem dos últimos dias.
O Pr Osiel Gomes aponta que o Sermão da Montanha é a alma do Evangelho.
“Jesus vendo as multidões, subiu no monte e se pôs a ensiná-los” (Mt 5.1,2).
Russell Champlim destaca que afirmação de Jesus em subir ao monte para ensinar
o povo, produz um bloco de materiais nos capítulos 5 a 7, no Evangelho de Mateus.
Sermão da Montanha, também conhecido como Sermão do Monte, é o conjunto
de ensinamentos principais que Jesus deu aos seus discípulos.
O Sermão da Montanha mostra como o cristão deve viver. Esses ensinamentos
são conhecidos como o Sermão da Montanha porque Jesus tinha o hábito de ensinar
no monte, onde havia mais espaço.
John Stott diz que a essência do Sermão da Montanha foi o apelo de Cristo aos
seus seguidores para serem diferentes de todos os demais. "Não sejam iguais a eles",
disse Jesus (Mt 6.8).
O Reino que Cristo proclamou deve ser uma contracultura, exibindo todo um
conjunto de valores e padrões distintos. Desse modo, ele fala de justiça, influência,

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piedade, confiança e ambição, e conclui com um desafio radical para que se escolha
o caminho Dele.

1. Os Santos São Bem-Aventurados:


“E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se
dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo: Bem-
aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:1-3).

1.1 Os Bem-Aventurados (Mt 5:1-12):


“Na abertura do Sermão do Monte encontramos oito bem-aventuranças. Como
entender o Reino e a promessa de que os pobres e os excluídos seriam felizes? Os
pobres e os que sofrem encontrariam a verdadeira felicidade nos ensinos de Cristo.
Os aflitos encontrariam conforto e justiça sendo confortados pelo amor de Deus.
Jesus Cristo inicia a proclamação do Reino de Deus indicando o caminho da
felicidade. Diferente do que alguns defendem, a santidade não é sinônimo de
semblante fechado e sério, pois os santos têm a alegria como fruto do Espírito; e a
alegria do Senhor é a sua força e aformoseia o seu rosto (Ne 8:10; Pv 15:13)”.

Para o Pr Natalino das Neves, diferente do que alguns defendem, a santidade não
é sinônimo de semblante fechado e sério, pois os santos têm a alegria como fruto do
Espirito.

O Russell Champlim destaca que os discursos do Sermão do Monte estão


agrupados em um só bloco com um grande número de temas, que podemos apontar
para um esboço:

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1. As bem-aventuranças (Mt 5.1-12): Estas mensagens de Jesus, nos informam


certas verdades básicas sobre a espiritualidade e o viver espiritual, sendo “qualidades
da alma” do homem piedoso;
2. Os sermões de Jesus contrastados com a compreensão sobre a lei de Moisés
em Mt 5.17-48; trabalhando temas como homicídios, adultério, divórcio, juramentos,
retaliação e amor ao próximo;
3. Elementos do Culto em Mt 6.1-18; as colunas do Culto judaico eram esmolas,
oração e jejum. Jesus comentou sobre esses elementos, espiritualizando-os, e
mostrou que o culto genuíno deve ser uma devoção exclusiva a Deus, que tem
resultado em nos atitudes e atos em relação aos outros;
4. Temas variados demonstrando elementos da vida espiritual: o homem bom
evita a crítica dirigida a outros (Mt 7.1-5); o homem bom deve ser discreto quando
apresenta seus ensinos aos profanos (Mt 7.6); o homem bom deve ser uma pessoa de
oração ardorosa (Mt 7.7-11); a regra áurea: trate os outros como você quer que os
outros o tratem (Mt 7.12); metáforas que contrastam o bom e mau: as duas estradas
(Mt 7.13,14); os dois frutos (Mt 7.15-23); os dois fundamentos (Mt 7.24-29).
O John Sttot afirma que as bem-aventuranças enfatizam sinais de conduta do
caráter cristão, especialmente em relação ao Reino de Deus.

O Pr Hernandes Dias Lopes comenta:


As bem-aventuranças não são qualidade inatas ou adquiridas pelo esforço
humano. Nenhum homem poderia possuir essas bem-aventuranças sem a presença
de Deus,
As bem-aventuranças não são retribuição dos méritos humanos, mas um presente
da graça divina.

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As bem-aventuranças não são um prémio pela nossa obediência a certos preceitos


da lei, mas resultado da perfeita obediência de Cristo a Sua obra vicária por nós.

O Russell Shedd comenta que as bem-aventuranças são a introdução ao Sermão


da Montanha, que os cristãos e não cristãos reconhecem igualmente como uma das
declarações mais importantes, em todos os tempos, do caráter moral.
O significado que Jesus pretendia transmitir aos discípulos, precisa de
interpretação e de aplicação séria ao nosso viver diário. Afinal de contas, foram os
discípulos que se aproximaram de Jesus, quando ele se assentou diante das multidões
(Mt 5.1). A eles Jesus escolheu, para proclamarem a salvação e estabelecerem a sua
igreja. Não é aqui que se deve procurar um cristianismo popular, que se interessa em
adquirir benefícios materiais e bem-estar físico.
O alvo do sermão é a perfeição que reflete na santidade de Deus (Mt 5.48). As
bem-aventuranças resumem e destilam qualidades que Deus conclama seus filhos a
pôr em prática, na vida, na comunidade e no mundo.
As bem-aventuranças sintetizam a lei de Cristo, da mesma forma que os Dez
Mandamentos apresentam a Lei de Moisés.
Somente um compromisso sério com Jesus como Senhor e Salvador faz desse
sermão um código moral e espiritual sério.
Realmente, as exigências que Jesus apresenta são tão contundentes e abrangentes
que várias interpretações já foram apresentadas para esse sermão, com a intensão de
anular as suas exigências.

1.2 Os Santos São “Sal” da Terra e “Luz” do Mundo (Mt 5:13-16):


“As pessoas que se comprometem com os ensinos de Jesus e os vivendo-os em
seu dia a dia, são o “sal” da terra e a “luz” do mundo. Na concepção bíblica, o sal

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serve para temperar o alimento (Jó 6:6); está relacionado às ofertas (Lv 2:13) e
purifica a água (2Rs 2:19-22). Os discípulos de Jesus devem ter uma vida
“temperada”, fiel aos propósitos de Deus na Terra. A figura do discípulo como “sal”
da terra e “luz” do mundo está relacionada com o bom testemunho e a influência
positiva na sociedade por meio de uma vida de santidade”.

Segundo o Pr Natalino das Neves, os discípulos de Jesus devem ter uma vida
comprometida e fiel aos propósitos de Deus na Terra.
O Evangelho do Reino de Deus, no Sermão do Monte, é composto:
• Dos ensinamentos de Jesus aos seus discípulos;
• Dos eventos da própria vida de Cristo, que produziram impacto na vida dos
discípulos (1 Co 15.3-9);
• Do impacto da morte e ressurreição de Cristo;
• Do conteúdo transmitido com “graça”, que capacitava dos discípulos a servir
eficazmente a Cristo no mundo (1Co 15.10,11).

O Pr Hernandes Dias Lopes comenta que Jesus usa duas metáforas para descrever
a influência da Igreja no mundo:
1. A primeira delas é o sal, que descreve a influência externa; o sal influencia sem
ser visto. O sal influencia ao refinar-se.
O Pr Hernandes Dias Lopes destaca que a comida insossa é intragável. O sal tem
o papel de dar sabor aos alimentos. Torna o alimento apetitoso, agradável ao paladar.
O mundo está cansado de seu próprio pecado. O pecado cansa, adoece e escraviza.
A presença da Igreja no mundo, refletindo a glória de Deus, revela as pessoas uma
qualidade vida. Mostra ao mundo que a vida com Deus é deliciosa. Demonstra ao
mundo que só na presença de Deus temos plenitude de alegria.

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É importante ressaltar, que se a comida sem sal é intragável, uma comida com
excesso de sal também é insuportável. A Igreja não foi chamada para coordenar o
mundo, mas para demonstrar ao mundo o amor de Deus e chamar pessoas de todo o
mundo ao arrependimento e a fé salvadora.
O Sal também tem a capacidade de provocar sede. Vivemos num mundo caído,
onde as pessoas não têm sede pelas coisas espirituais nem apetite pelo o pão do céu.
A presença da Igreja no mundo provoca esse interesse as coisas de Deus.
A Igreja como sal se insere, se infiltra e, assim, provoca nas pessoas o desejo de
conhecer a Deus. Sem a presença da Igreja, o mundo se tornaria um ambiente
insuportável para viver. A Igreja é o grande freio moral do mundo.

2. A segunda delas é a luz, que influencia sem deixar de ser vista. A luz influencia
ao irradiar-se, sendo reveladora.
A igreja exerce um papel positivo de transformação no mundo. A vida da igreja
é sua primeira mensagem. A Igreja só tem uma mensagem, se ela tem realmente vida.
Sem testemunho, não há proclamação do Reino de Deus.
O Apóstolo Paulo diz que devemos resplandecer como luzeiros no mundo (Fp
2.15). Essa luz inclui o que o cristão diz e faz, ou seja, ou seu testemunho verbal e
as suas obras.
A Igreja precisa ser como uma cidade edificada sobre o monte ou como uma luz
no velador. A verdade do evangelho não pode ser escondida, mas proclamada. A
Igreja não pode se esconder, mas resplandecer.
A luz aponta para algo ou alguém, e não para si mesma. Somos a luz do mundo,
e nossa luz deve refletir Cristo. Na medida em que espargimos no mundo a luz de
Cristo, através das boas obras, o Pai é glorificado no céu e os homens são servidos
na terra.

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John Stott aponta que a verdade básica que jaz por trás destas metáforas, sendo
comum às duas, é que a Igreja e o mundo são comunidades separadas. De um lado
está “o mundo”; de outro, “vós” que sois a luz do mundo. É verdade que as duas
comunidades (“eles” e “vós”) estão relacionadas a uma com a outra, mas essa relação
depende da sua diferença.

1.3 O Contraste Entre a Justiça da Tradição e a Justiça do Reino de Deus:


“Jesus critica a justiça propagada pelos líderes religiosos da época. Estes, com
base em uma interpretação equivocada das Escrituras, diziam ser prósperos porque
eram justos e santificados. O reinado de Deus propagado por Jesus traria bem-
estar, prosperidade e felicidade para todos e não para um grupo específico. Jesus
adverte “se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum
entrareis no Reino dos Céus (Mt 5:20).
A Lei tinha como objetivo produzir justiça e uma vida solidária (Lv 19:15; Dt
4:5-8). Jesus mostrou que esse infelizmente não era o ensino, muito menos a prática
dos principais mestres e líderes do judaísmo”.
{Ler Subsídio 1- As Bem-Aventuranças (5:1-12), na Lição, pág 57}

Conforme o Pr Natalino das Neves o ensinamento do reinado de Deus, propagado


por Jesus, traria bem-estar, prosperidade e felicidade para todos e não para um grupo
especifico, como os religiosos faziam.
No Novo Testamento, a mensagem sobre o Reino de Deus se desenvolve de uma
forma ainda mais clara:
Os judeus, nos tempos de Cristo, entenderam-no como um reino messiânico, isto
é, uma nova era em que Javé, Deus de Israel e Deus do mundo, tendo triunfado sobre

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seus inimigos, que eram também os do povo eleito, havia de implantar o seu reinado
no universo, graças ao estabelecimento da supremacia política e religiosa desse povo.
Jesus, porém, interpretou-o de forma diferente, ou seja, sem o caráter de
nacionalismo, reservado somente aos descendentes de Abraão. Evocava, por assim
dizer, a grande esperança na vida futura e a transcendência pelo qual importava
sacrificar tudo na terra, inclusive a própria vida.
Para Cristo, não é apenas esse reino futuro de justiça definitiva, mas posto ao
alcance de todos os de boa vontade, no combate ao mal. Jesus referia-se à construção
do reino de Deus dentro dos seus próprios corações.

No Sermão do Monte, por exemplo, Jesus tratou explicitamente sobre a ética do


Reino de Deus; bem como, em suas parábolas, ele ensinou sobre os princípios que
caracterizam a natureza desse reino. Grande parte das parábolas de Jesus é
introduzida com o objetivo de revelar algum aspecto do Reino de Deus.
- Reino no Coração: O Reino de Deus surge no coração, a partir do momento em
que nós entregamos a Jesus como nosso Salvador. A salvação é estabelecida pela fé
somente em Cristo. A Bíblia aponta algumas passagens sobre a importância dessa
decisão: “Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça” (Mateus 6. 33); “O Reino
de Deus não vem com aparência exterior” (Lucas 17.20);
- A Chegado do Reino como Salvação: A Chegado do Reino de Deus está
presente na vida do cristã a partir do novo nascimento. “Aquele que não nascer de
novo não pode ver o Reino de Deus” (João 3. 3);
- A Igreja a expressão do Reino de Deus: A Igreja de Cristo é uma agente
propagadora do Reino de Deus, a partir do momento em que ela se entrega para o
exercício deste Reino. “Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de
modo algum entrareis no Reino dos Céus” (Mateus 5. 20); “E Jesus lhe disse:

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Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus”
(Lucas 9.62).
- Toda a Criação e a Volta do Senhor: No Reino, toda a criação aponta para a
chegada deste Reino futuro. Nos crentes acreditamos na chegada deste Reino: “O
Reino de Deus está no meio de Vós” (Lucas 17. 21).

2. A Santificação Se Dá Por Meio Da Prática Da Justiça E Da Solidariedade:


“Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por
eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 6:1).

2.1 Dar Esmola Por Amor e Não Por Ostentação:


“No Sermão do Monte, Jesus revelou que a generosidade em socorrer os
necessitados é um dever dos súditos do Reino de Deus. Na época de Jesus, existia
uma cultura de dar esmolas e se fazer visto por todos. Uma pessoa com boa condição
financeira também poderia “compensar” suas falhas e manter as aparências, dando
esmolas aos menos favorecidos. Dessa forma, alguém que havia conseguido seus
bens de forma ilícita, poderia, por meio da doação de esmolas, manter a imagem de
uma pessoa piedosa e santa. Alguns estavam tão “cegos” que até acreditavam que
realmente eram piedosos. Pode-se manter as aparências e aplacar a ira da
consciência, mas diante do Justo Juiz não tem como camuflar as intenções e
motivações do coração e se apresentar como um “santo””.

De acordo com o Pr Natalino das Neves, alguns líderes religiosos estavam tão
“cegos espiritualmente" que até acreditavam que realmente eram piedosos, mas não
eram.

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George Ladd destaca que os mestres da Lei eram os estudiosos profissionais da


religião. Eles eram professores nos seminários de teologia, dedicavam-se ao estudo
das Escrituras, cuja principal função era definir a justiça.
Os fariseus eram aqueles que aceitavam os ensinos dos mestres da Lei.
Os mestres da Lei e seus discípulos eram motivamos pela preocupação única de
alcançar a justiça. Os mestres da Lei tinham desenvolvido uma enorme massa de leis
para definir o que era certo ou errado. Dedicaram a sua vida ao estudo da justiça.
Jesus deixou claro que a justiça dos discípulos deveria ir além daquela definida
pelos fariseus (Mt 5.17).

Qual é a justiça superior do Reino?


Encontramos a resposta nas ilustrações específicas da justiça fornecida pela Reino
através de inúmeros princípios de leis:

Princípios Lei de Moisés Reino de Deus


Lei da Ira Não Matarás Qualquer que se irar
contra seus irmãos será
levado ao juízo (Mt
5.22).
Lei da Pureza Não Adulterarás Qualquer que olhar
para uma mulher e
deseja-la comente
adultério (Mt 5.27,28).
Lei da honestidade Não jure falsamente Não jurem de forma
alguma (Mt 5.33-37).

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CLASSE DE JOVENS | SEPARADOS PARA DEUS: BUSCANDO A
SANTIFICAÇÃO PARA VERMOS O SENHOR E SERMOS USADOS POR ELE

Lei do Amor Olho por olho dente Se alguém lhe ferir na


por dente face direita, ofereça a
outra (Mt 5.38-42).

Jesus mudou nosso relacionamento com a Lei. Ele mostrou que o mais importante
é a atitude do coração, não as cerimônias exteriores.
Em Mateus 5:17-18, Jesus disse que tinha vindo para cumprir a Lei, não para
abolir. Ele explicou que a Lei de Deus não pode ser abolida. A Lei de Deus é justa e
precisa ser cumprida.

2.2 Orar em Secreto (Mt 6:5,6):


“Algumas pessoas, quando oram em público, têm a tendência de se preocupar
com o que vão falar. Fazem isso como se o importante fosse a aprovação da sua
oração pelos ouvintes ou a demonstração de sua habilidade linguística ou
conhecimentos teológicos. Os escribas e fariseus oravam para serem vistos.
Contudo, Jesus recomenda que a oração seja realizada em segredo, com as portas
fechadas, “face a face” com Deus. A oração deve ser um diálogo sincero com o Pai
Celeste. Entretanto, na atualidade, vemos pessoas que, ao orarem, fazem como os
escribas e fariseus. O que vale não é a quantidade de palavras e nem o tempo de
oração, como muitos alardeiam, mas um coração quebrantado e contrito diante do
Senhor”.

Para o Pr Natalino das Neves, os religiosos no tempo de Jesus se preocupavam


com a maneira litúrgica da oração, ao invés de orarem com o coração quebrantado
ao Senhor.

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Segundo N.T. Wright, Jesus contrasta o tipo de oração que tem em mente com o
tipo de oração que havia em boa parte do mundo judaico. Os judeus viam as orações,
na verdade, usando múltiplas fórmulas em suas orações: longas e complicadas
palavras que eles repetiam vezes sem-fim, em sua ênfase de persuadir a Deus com
suas orações.
O Pr Hernandes Dias Lopes aponta que, antes de buscarmos nossos interesses ou
pleitearmos nossas necessidades, devemos nos voltar a Deus para admirá-lo, adorá-
lo e exaltá-lo. Vejamos o conteúdo da oração do Pai nosso:
1. Devemos orar pela santidade do nome de Deus (Mt 6.9);
2. Devemos orar para que o Reino de Deus venha a nós (Mt 6.10);
3. Devemos orar para que a vontade de Deus seja feita na terra como é no céu (Mt
6.10).
Conforme o Pr Osiel Gomes, a Palavra de Deus nos ensina a orar, destacando
algumas maneiras, a saber:
1. Dirigindo a oração a Deus (Ne 4.9);
Ao deitar-se (Efésios 5.20);
Ao levantar-se (Salmo 91.11);
Sempre (1 Tessalonicenses 5.17).
2. Através da postura do corpo (Is 38.2; 1Rs 8.54);
De joelhos (Efésios 3.14);
De pé (2 Crônicas 20.5, 6);
Deitado (2 Reis 20.2,3).
3. Com horário marcado (Lc18.1; At 3.1);
No templo (Mateus 21.13);
No Monte de Oração;
4. Com um lugar de oração (Mt 6.6);

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Em particular (Mateus 6.6);


Em família (Atos 12.12).
5. Com reverencia (At 2.1,2);
6. Com o coração transformado (Jo 15.7).
Nas tentações (Mateus 4.2.3);
Nas enfermidades;
Nas dificuldades (Atos 27.34).

2.3 O Jejum Deve Ser Acompanhado Com Práticas De Justiça e Solidariedade:


“A adoção de esmolas (Mt 6:1-3), a oração (Mt 6:5-7) e o jejum (Mt 6:16-18)
eram práticas comuns dos judeus, ouvintes de Jesus. Ele inicial geralmente com a
palavra “quando”, demonstrando que essa era uma prática comum. Todavia, Jesus
adverte quanto às motivações durante essas práticas. O profeta Isaias já havia
exortado o povo de Deus pela prática do jejum sem justiça e solidariedade (Is 58:6-
14). A mensagem de Isaias é reforçada pelo profeta Jeremias (Jr 14:12). A
preocupação de algumas pessoas, erroneamente, era fazer da prática da oração e
do jejum um “marketing pessoal”, a fim de demonstrarem uma falsa santidade”.
Ver Subsídio 2, na Lição, pág 58.

De acordo com o Pr Natalino das Neves, Jesus adverte aos religiosos quanto a
prática religiosa da doação junto a adoração a Deus.
Segundo o Pr Osiel Gomes, as Escrituras abordam que a oração e o jejum são
vistos como atos que revelam a disciplina, autonegação e humilhação, que mostram
a dependência total de Deus.
Todos os cristãos têm o privilégio de poder jejuar e orar, gozando assim dos
enormes benefícios, tanto a nível individual, como ao Reino de Deus.

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- Como cristãos porquê devemos jejuar?


O principal motivo do jejum, é dar atenção especial às necessidades da alma. É
buscar uma comunhão mais íntima com Deus, em estado de humildade e submissão
à Sua excelsa e soberana vontade.
Não é sacrifício em troca de bênçãos. É um momento em que devemos dirigir as
nossas energias espirituais para uma comunicação mais íntima com Deus, confissão
de nossos pecados e um desejo sincero de achegarmos a Deus, consagrando mais as
nossas vidas, através da oração.
Joel 2:12,13: “Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: convertei-vos a mim de
todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto".

- O que devemos fazer enquanto jejuamos?


Orar: "Voltei o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e rogos, com
jejum, e saco e cinza."(Dan.9:3);
Confessar pecados: "E no dia vinte e quatro deste mês se ajuntaram os filhos de
Israel com jejum e com sacos, e traziam terra sobre si. E a geração de Israel se apartou
de todos os estranhos, e puseram-se em pé, e fizeram confissão dos seus pecados e
das iniquidades de seus pais” (Ne.9:1,2);
Ler as Sagradas Escrituras: A oração comunica os nossos pensamentos a Deus e
Ele se comunica conosco através da Sua Bendita e Santa Palavra, a Bíblia Sagrada
(Jr.36:6);
Devemos ter uma boa aparência física, enquanto mantemos uma atitude interior
de humildade e oração: "Porém tu, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu
rosto, para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai que está em oculto,
te recompensará"(Mt. 6:17,18).

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São grandes os benefícios do jejum e da oração:


Aumenta o poder do nosso testemunho e das orações;
Rompe com os reveses da carne;
Renova o espírito de humildade, submissão e comprometimento com Deus;
Estimula a obediência e o fervor espiritual;
Abre-nos as portas para que Deus estabeleça em nós o Seu grande propósito e a
Sua soberana vontade;
Aqueles que quiserem sentir e transmitir um fortíssimo impacto do Evangelho
devem estar envolvidos neste significativo ministério do Jejum e Oração.

3. A Eficácia do Ensino de Jesus Sobre a Santidade:


Em Mateus 7.29, está escrito: “Porque Ele as ensinava como quem tem
autoridade, e não como os mestres da lei”.

3.1 A Didática do Ensino de Jesus:


“A eficácia do ensino de Jesus era surpreendente. Ele falava para um público
diversificado e por um longo período sem cansá-lo, em locais sem a mínima
estrutura, mas com uma didática que possibilitava o entendimento da maioria, senão
de todos os ouvintes. Ao final, Ele tinha a satisfação de vê-los saírem abismados
com o ensino recebido. Esse é o sonho de todo educador sério e comprometido com
o Reino de Deus. Jesus utilizou ilustrações em cerca de um terço do Sermão do
Monte. Tudo para facilitar a compreensão e demonstrar que o caminho da santidade
é formado de coisas simples do dia a dia. Não há como simular a santificação; é
preciso viver de modo santo e irrepreensível”.

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Para o Pr Natalino das Neves, a eficácia do ensino de Jesus era surpreendente,


pois o seu ensino demonstrava a união com a prática do que falava, diferente do
ensino dos religiosos do seu tempo.
Conforme Warren Wiersbe, a verdadeira justiça do Reino de Deus deve ser
aplicada às atividades da vida diária. Essa é a ênfase do restante do sermão do monte.
Jesus associa esse princípio a nossa relação:
1. Com Deus na adoração (Mt 6.1-18);
2. Com as coisas materiais (Mt 6.19-34);
3. Com as outras pessoas (Mt 7.1-20).
Jesus também adverte quanto ao perigo da hipocrisia (Mt 6.2,5,16), o pecado de
usar a religião para esconder nossas transgressões.
A justiça dos fariseus era insincera e desonesta. Praticavam sua religião visando
o louvor dos homens e não a recompensa em Deus. A verdadeira justiça deve vir do
interior. Cada um precisa avaliar a sinceridade e honestidade de seu compromisso
cristão.
Os fariseus defendiam a Lei e procuravam obedecer. Mas Jesus afirmou que a
verdadeira justiça, agradável a Deus, deve ser aquela que excede a dos escribas e
fariseus.
Jesus, em seu discipulado, explica a sua própria atitude em relação a Lei,
descrevendo-a em três relacionamentos possíveis:
1. É possível destruir a Lei em suas ações (Mt 5.17); - Cristo veio honra a Lei.
2. Podemos procurar cumprir a Lei (Mt 5.17); - Jesus cumpriu a Lei de Deus em
todos os Aspectos.
3. Podemos procurar cumprir e ensinar a Lei (Mt 5.19); - Jesus deseja que seus
discípulos cresçam no conhecimento acerca da justiça de Deus.

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Jean Francesco destaca, em seu texto: “Porque precisamos dos mandamentos”?


Como discípulos de Cristo, se desejamos obter uma vida vitoriosa, devemos
obedecer a lei de Deus por algumas razões:
1. Por ser um sinal da renovação do Espírito Santo em nós, por dentro e por fora;
2. Porque é uma maneira de expressar a nossa gratidão a Deus, por ter nos
redimidos por seu grande amor;
3. Porque é um modo pelo qual Deus confirma que somos seus filhos, isto é, por
darmos muitos frutos;
4. Porque a nossa vida é uma estratégia missionária que o Senhor usa para atrair
os incrédulos ao nosso redor, a fim de que eles também experimentem o poder o
evangelho de Cristo.
Tudo aquilo de que precisamos para viver de modo digno do evangelho está
descrito e resumido na Lei de Deus que nos dirige perfeitamente na maneira pela
qual devemos amar a Deus e o próximo.

3.2 A Vida do Crente Deve Ser Construída Sobre a Rocha (Mt 7:24-27):
“Na conclusão do Sermão do Monte, Jesus utiliza o exemplo da construção de
duas casas: a primeira construída sobre a rocha por um homem prudente, que Jesus
o assemelha com aquele que ouve a sua Palavra e a coloca em prática, vivendo uma
vida de santidade. A segunda, construída sobre a areia por um homem insensato,
que Jesus assemelha com aquele que ouve a sua Palavra, mas não coloca em prática.
Jesus, desde o início do Sermão do Monte, vem contrastando a diferença entre a
justiça dos homens, praticada pelos fariseus e escribas (casa construída sobre a
areia), e a justiça do Reino de Deus (casa construída sobre a rocha). Ele ensina que
a vida (nossa casa) é construída por meio de opções fundamentais que vão nortear

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os comportamentos ao longo de nossa caminhada. Nesta parábola, a rocha significa


os ensinos de Jesus colocados em prática”.

Conforme o Pr Natalino das Neves, na conclusão do Sermão do Monte, Jesus


apresenta a parábola da fundamentação das casas, apontando que a nossa
fundamentação deve ser na perspectiva no Reino de Deus.
O Russell Champlim aponta que o homem prudente constrói a sua casa sobre a
rocha. Mas o homem sem bom senso se deixa impressionar pelo terreno nivelado
sem rochas, que não precisasse de preparo, como se já estivesse pronto para receber
a construção. Todavia, a areia é traiçoeira.
Em contraste, o prudente pensa no futuro, nos ventos, nas inundações, ele escolhe
o terreno pedregoso, apesar de este terreno requerer muito preparo para o trabalho,
para que a casa pudesse começar a ser edificada. Esse homem prudente simboliza
aquele que ouve as palavras e ensinos de Jesus e os coloca em prática.
Não faltariam tempestades e períodos de dificuldades a eles, mas, no fim, o
resultado justificaria a decisão na escolha do terreno. Esse é o homem que considera
bem o ensino, aprende-o e torna regra de vida.

3.3 A Autoridade do Ensino Está na Coerência Entre a Teoria e a Prática (Mt


7:28,29):
“Um dos grandes anseios dos judeus da época de Jesus era a chegada do Reino
de Deus, anunciado por séculos, e que alimentava as esperanças daquele povo
subjugado pelos romanos. Jesus aparece ensinando que somente é possível alcançar
o Reino de Deus mediante a santidade. O caminho que oferece arrependimento e
perdão dos pecados e em novo tipo de relacionamento com Deus, sem
intermediários. Jesus afirmou que sua vida e ministério eram o cumprimento da Lei

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(Mt 5:17-20). A sua morte expiatória perfeita e definitiva, derruba qualquer ensino
da necessidade de sacrifícios para se ter uma vida de santidade e que agrade a Deus.
Jesus ensinou o que Ele estava vivendo, ai estava a autoridade que causava
admiração em seus ouvintes (Mt 7:28,29)”.
Ver Subsídio 3, na Lição, pág 59.

Para o Pr Natalino das Neves Jesus afirmou que sua vida e ministério eram o
cumprimento da Lei (Mt 5.17-20), em obediência a vontade de Deus.
O Russell Champlim aponta que o verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que faz
a vontade do Pai, pois é possível que alguém realize milagres e curas, preveja o
futuro, expulse os demônios, mas, no entanto, não esteja fazendo a vontade de Deus.
Os falsos profetas fazem tais sinais.
Os frutos dos falsos profetas e de seus discípulos incluem milagres e sinais.
Geralmente, entre os homens, o ato milagroso serve automaticamente como prova
da presença de Deus, mas Jesus mostra que tais coisas podem estar fora da vontade
de Deus.
Portanto o verdadeiro discípulo de Cristo possui algumas características
relevantes:
1. O verdadeiro cristão obedece a Palavra de Deus com prazer (João 14: 21);
2. O verdadeiro cristão não esconde sua identidade (Mateus 5:14);
3. O verdadeiro cristão cuida de sua família;
4. O verdadeiro cristão não se envergonha do evangelho (Romanos 1.16);
5. O cristão verdadeiro objetiva apenas a glória de Deus (Atos 3: 9-16).

Conclusão: “Nesta lição, aprendemos que aqueles que vivem em santidade,


experimentam a verdadeira alegria, que é fruto do Espírito e reflete a luz de Cristo.

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Jesus confrontou o ensino e a prática hipócrita dos escribas e fariseus e mostrou


que, para viver uma vida de santidade, o crente precisa agir com justiça e
solidariedade. O exemplo era sua própria vida e ministério”.

Referências e Indicações de Leitura:


LADD, George Eldon. O Evangelho do Reino – Estudos Bíblicos Sobre o Reino
de Deus. Shedd, 2008.
LOPES, Hernandes Dias. A Felicidade Ao Seu Alcance – Uma Exposição das
Bem-Aventuranças. United Press, 2008.
NASCIMENTO, Janderson. A Doutrina do Pecado. Santorini, 2022.
NEVES, Natalino das. Lições Bíblicas: Separados para Deus – Buscando a
Santificação para Vermos o Senhor e Sermos Usados por Ele. CPAD, 2022.
NEVES, Natalino das. Livro de Apoio: Separados para Deus – Buscando a
Santificação para Vermos o Senhor e Sermos Usados por Ele. CPAD, 2022.
SHEDD, Russell. A Felicidade Segundo Jesus – Reflexões Sobre as Bem-
Aventuranças. Vida Nova, 2001.

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