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Apresentação Oral de Português

Olá, Bom dia a todos! Eu e a …...... hoje vamos apresentar-vos o livro “As velas que ardem até ao
fim” seguidamente da nossa opinião.

Na capa.......

Este livro foi escrito por Sándor Márai nasceu a 11 de abril de 1900 na Eslováquia e faleceu a 21 de
fevereiro de 1989.

Foi um poeta dramaturgo, um dos maiores escritores da Lingua hungara, autor de mais de 70 livros
alcançou grande sucesso na Hungria, foi um grande romancista, poeta e cronista das sutilezas da
memória, escritor e jornalista.

Resumo do livro:

Esta história baseia- se em uma forte amizade entre dois oficiais, que começa no ínicio da frequência
do colégio militar desde os 16 anos, até quando Konrád abandona o exército e, de um dia para o
outro, desaparece, instalando-se no Oriente e a vaguear pelo mundo.

Kenrick e Konrad conheciam-se desde criança. Brincavam juntos, frequentavam os mesmos espaços,
riam das mesmas piadas, eram confidentes um do outro. O General Kenrick, faz até uma
comparação aos “gêmeos”. A sua relação é parecia quase biológica. Uma cumplicidade incrível e
contagiante. Mas o tempo foi passando e os dois foram revelando um pouco mais sobre si. A
verdade é que Kenrick e Konrad tinha as suas diferenças. Umas delas a nível financeiro: Kenrick era
rico e Konrad muito pobre – os pais passavam tempos difíceis só para o ver feliz, davam tudo de si
para que não lhe faltasse nada. A educação militar do filho estava acima de tudo. Mas Konrad não
era feliz, sofria bastante com esta realidade, mas não aceitava ajudas o seu orgulho falava mais alto.
A verdade é que ele era uma pessoa “diferente” e só anos mais tarde o velho amigo percebeu o
porquê..

Quando o primeiro, que há-de vir a ser general e está casado, convida o outro a visitá-los no seu
castelo de caça, e Konrad e Kristina, a mulher de Henrick, acabam por apaixonar-se. Esta mais tarde,
acaba por adoecer e Henrick afasta-se completamente dela, até à sua morte. Contudo, Konrád
abandona o exército e, de um dia para o outro, num dia de caça, desaparece, após tentar assassinar
o amigo.

De facto, nenhum deles estava preparado para tal afastamento e por isso, passados 41 anos sem
nenhum sinal de vida, Konrád envia uma carta ao seu velho amigo e regressa ao castelo de Henrik
para um longo jantar, em que Henrik toma a iniciativa de tentar encontrar uma explicação para o
sucedido há 41 anos atrás, a idade já pesa mas as memórias continuam intactas.

Devido a amizade construida na juventude ter sido quebrada pelo desaparecimento súbito de
Konrad em circunstâncias estranhas, ligadas a um hipotético caso de romance entre este e a mulher
de Henrik, Krisztina, o jantar foi quase um monólogo de Henrik apenas entrecortado, aqui e ali.

O jantar em casa do General é especialmente organizado para dar as boas vindas a Konrad. Aí
desenrola-se a conversa entre os dois, a busca da verdade por parte do General. Este mostra-se um
homem magoado que nunca conseguiu ultrapassar o sucedido, vivendo uma vida de porquês. Diria
que o livro é uma é uma espécie de monólogo por parte desta personagem. Um monólogo triste,
melancólico, com saudade em que todas as palavras têm uma história, um significado. Através do
seu discurso o General pretende chegar a um concílio se possível com o seu companheiro da vida.

Na verdade, com o passar do tempo este aprendeu a relativizar os problemas – não quer saber o
porquê e como Konrad o abandonou e traiu a sua confiança – essas perguntas resumem-se a
mágoas passadas. Kenrick tem um único objetivo – cortar o “cordão umbilical” que os une e
conseguir seguir em frente – morrer ou viver

Este jantar foi um olhar sobre o passado, numa visão de um homem que olha para trás com a
perspectiva serena que só o passar dos anos proporciona.
Não há recriminações nem insultos, apenas um reencontro sereno de dois seres humanos que não
querem fechar o ciclo sem se reencontrarem. E este reencontro é, sobretudo, um tratado e uma
reflexão sobre uma amizade que arde até ao fim, como as velas do velho castelo.

O jantar termina e de súbito, ambos se apercebem que, as velas que iluminavam a sala de jantar
arderam até ao fim. Assim foi a sua amizade. Ardeu até ao fim. Ultrapassou tudo e todos. Enfrentou
41 anos de distância e ambos se despedem com a certeza que a sua amizade sobreviveu para
sempre.

Apreciação crítica :

Agora eu vou ler um dos excertos do livro (82-83)

Na minha opinião ao decorrer da leitura não é difícil sentir desde logo uma grande empatia com o
General. Mostra-se uma pessoa fiel, que valoriza acima de tudo a amizade.

É uma pessoa traída que procura respostas o que é natural do ser humano. Por vezes o amor
atraiçoa-nos e não é fácil lidar com isso.

“As Velas Ardem até ao Fim” é uma extraordinária história de amizade e de resiliência humana, onde
o retorno às origens e o confronto com a verdade pode sempre ser a salvação, o descanso e o
apaziguar da alma. No entanto, são quarenta e um anos de vida em suspensão o que me deixa a
pensar e me leva a questionar

-E eu perdoaria? Seria capaz de viver assim? Foram perguntas que me vieram várias vezes à ideia.

A meu ver este é um livro que ultrapassa a história destas personagens. Impõe questões
importantes, filosóficas, sobre os relacionamentos humanos, sobre o conhecimento da verdade,
sobre o que esperamos dos outros e o seu significado. Fala sobre a solidão, da espera por um
momento que tarda, mas que sabemos que virá e é esse momento que nos faz viver para além de
quase todas as pessoas que conhecemos.
E, no fundo, quanto a mim, em relação ao título , penso é mais do que adequado. As velas ardem até
ao fim enquanto têm pavio, um caminho a percorrer, um objectivo a alcançar. Assim como são as
vidas também. Só vivemos enquanto ainda tivermos o que fazer, objectivos para lutar, coisas para
alcançar.

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