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Fernão Lopes
-> 1380/1390, Lisboa
-> cronista
Cap. 115 Per que guisa estava a cidade corregida pera se defender, quando el-Rei de
Castela pôs cerco sobr'ela.
Descreve a forma como a cidade de Lisboa se organizou para resistir ao
cerco castelhano, salientando o esforço e a coragem determinantes para o
sucesso da defesa da capital :
-> apresentando as estratégias para a recolha e o armazenamento de
mantimentos, recorrendo ao rio Tejo, o reforço das muralhas da cidade e
as armas utilizadas na sua proteção
-> explicando o sistema de vigilância implementado na cidade, com a atribuição
de quadrilhas (partes da muralha) a «fidalgos e cidadãos honrados»
incumbidos de garantir a sua guarda
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-> realçando a disponibilidade, o empenho e a determinação com que todos os
habitantes da capital acorriam quando eram chamados (através dos sinos) a
intervir nas manobras de defesa da cidade, em momentos de afirmação da
consciência coletiva que evidenciam a vontade comum de
garantir a independência
Texto Dramático
-> composição textual, com uma organização especial, pois destina-se
a ser representado
Estrutura externa
-> atos - grandes núcleos de ação que se distinguem por uma
pausa na representação; dividem-se em cenas
-> cenas - começam e acabam com a entrada e a saída das personagens
da ação
Estrutura interna
-> exposição - fase inicial em que se faz a apresentação das personagens e
dos antecedentes da ação
-> conflito - sucessão de acontecimentos que constituem a ação
-> desenlace - parte final que contém o desfecho feliz ou infeliz da ação dramática
Tipos de cómico
-> cómico de linguagem - o vocabulário e o tipo de discurso criam o riso
-> cómico de carácter - a maneira de ser e de se apresentar criam o riso
-> cómico de situação - o que faz e as circunstâncias da sua atuação criam o riso
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Caracterização direta e indireta
-> direta - feita através da enumeração direta dos aspetos da personagem,
através de palavras da personagem sobre si própria,
de outras personagens ou indicações das didascálias
-> indireta - deduzida pelo leitor ou pelo espetador através dos
comportamentos e atitudes de uma personagem
Gil Vicente
-> 1465, Guimarães - 1536, poeta dramaturgo português
-> foi famoso como ourives, atraindo, com a sua obra, a atenção da rainha Leonor,
que se tornou sua protetora
-> 1.ª peça, em 1502 - Auto da Visitação - para celebração do nascimento do
filho da rainha
-> esteve 35 na corte, onde escreveu 50 peças
-> usava a língua do povo, a língua de transição entre a arcaica e a clássica
-> em 1562, o seu filho, Luís, fez a Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente
-> obra vicentina - autos : carácter religioso, Auto da Barca do Inferno
- farsas : carácter profano, Farsa de Inês Pereira
-> foi feita para Gil Vicente se defender das acusações de plágio feitas por sábios
-> tem como tema um provérbio popular :
Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube.
Pêro Marques aceda Escudeiro a maltrate,
às suas lhe tire a
vontades liberdade
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-> na Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente, o título que surge é
Auto de Inês Pereira, devido a, na Idade Média, o termo “auto” se aplicar
a qualquer peça de teatro
-> tinha como objetivo divertir o rei, a sua família e os cortesãos, sendo
Gil Vicente um artista da corte
● Linguagem
-> língua em transição entre o português antigo e o clássico, com
arcaísmos medievais a par de inovações renascentistas
-> adequação da linguagem aos grupos sociais intervenientes
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Mãe de Inês - personagem secundária
-> representa um grupo social ; mulher do povo que educa sozinha a filha
-> caracterização psicológica - controladora
- preocupada, autoritária e rígida
- realista (conhece a filha que tem)
- conselheira, amiga, sincera, provocadora
Lianor Vaz - personagem secundária
-> alcoviteira (casamenteira)
-> caracterização psicológica - honesta, bem‑intencionada e sincera
- valoriza o seu trabalho
-> relação entre personagens - procura um marido para Inês
- a mãe pretende que a filha arranje um bom partido
- Inês só casará com alguém inteligente e bem‑falante
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. a realização de trabalhos domésticos, como
a costura, atividade de que Inês não gosta
. a intervenção de uma alcoviteira, que dá a
conhecer a Inês Pereira um possível marido,
Pêro Marques
. o casamento de Inês Pereira com o
Escudeiro e os festejos ocorridos
. a ida do Escudeiro para a guerra
. o casamento de Inês Pereira com o
lavrador Pêro Marques
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Estrutura que pode ir da mais - a intriga desta peça tem um princípio, um meio e
simples intriga à justaposição um fim, sendo, por isso, mais complexa, quando
de episódios, ou até uma comparada com a de outras farsas
intriga mais complexa com - podemos reconstituir toda uma história e não
princípio, meio e fim apenas um episódio
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Exposição _________________________________________
-> texto de caráter demonstrativo, oral ou escrito, que responde ao “como” e
“porquê”, apresentando sempre provas exemplificativas; pretende-se, através da
fundamentação das ideias, explicar um tema de forma objetiva e concisa
Intenção comunicativa
-> divulgar informação sobre o tema, baseando-se em explicações fundamentais
Estrutura
-> título e corpo de texto
-> introdução - apresentação do tema : concisão e objetividade na
delimitação do tema
-> desenvolvimento - fundamentação das ideias e confirmação : isto é, quer dizer,
a saber, nomeadamente, como é o caso de, em particular
-> conclusão - retoma do que já foi dito : concluindo, em suma, para finalizar
Linguagem
-> discurso sem ambiguação, opinião clara
-> linguagem valorativa
-> recursos expressivos
-> argumentos encadeados de forma lógica e consistente com conectores
- exprimir opinião : na minha opinião, a meu ver, em meu entender…
- enumerar / adicionar argumentos : em primeiro lugar, além disso, assim como…
-> apreciação de um cartoon - contexto da publicação : período histórico-social
- tema : construção de sentidos
- imagens : quantidade, cor, formato
- nível semântico : humor crítico
- organização : articulação imagem/texto
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Apreciação crítica ____________________________________
-> expressão, oral ou escrita, de uma apreciação pessoal, baseada numa
descrição sucinta do objeto, acompanhada de comentário crítico
Intenção comunicativa
-> descrever e analisar o objeto
-> apreciar / avaliar o objeto, normalmente de natureza artística
Estrutura
-> título - breve apresentação do objeto em análise
-> introdução - apresentação do objeto em análise
-> desenvolvimento - descrição e análise sucintas do objeto
- crítica sobre o objeto (aspetos positivos e negativos)
-> conclusão - retoma / reforço e comentários finais
Linguagem
-> discurso sem ambiguação, opinião clara
-> linguagem valorativa
-> recursos expressivos
-> argumentos encadeados de forma lógica e consistente com conectores
- exprimir opinião : na minha opinião, a meu ver, em meu entender…
- enumerar / adicionar argumentos : em primeiro lugar, além disso, assim como…
-> apreciação de um cartoon - contexto da publicação : período histórico-social
- tema : construção de sentidos
- imagens : quantidade, cor, formato
- nível semântico : humor crítico
- organização : articulação imagem/texto
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Exemplo de uma apreciação crítica
Introdução:
Desenvolvimento:
Conclusão:
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