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♥ Resumos de Português

96.

Nas naus estar se deixa, vagaroso, ♥ O poder do dinheiro estimula o desejo.

Até ver o que o tempo lhe descobre; • Tanto no RICO como no POBRE

Que não se fia já do cobiço

Regedor, cumprido e pouco nobre. ♥...que a tudo nos obriga.

Veja agora o juízo curioso • O dinheiro não desencadeia as ações mais vis

Quanto no rico, assi como no pobre, •Não existe nng é imune ao poder do dinheiro

Pode o vil interesse e sede inimiga •O dinheiro é uma força denominadora

Do dinheiro, que a tudo nos obriga.

97.

A Polidoro mata o Rei Trecío, ♥ Camões vai se concentrar no poder do

Só por ficar senhor do grão tesouso; dinheiro sobre todos os seres humanos

Entra, pelo fortíssimo edifício ♥ Exemplos intemporais da mitologia clássica

Com a filha de Acriso a chuva de ouro; que comprovam a tese inicial

Pode tanto em tarpeia avaro vício,

Que, a troco do metal luzente e louro,

Entrega aos inimigos a alta torre,

Do qual quase afogada em pago morre.

Rei treício Rei da Trácia.

Polidoro Príamo, Rei de Troia, confia Polidoro, seu filho, e o ouro à sua guarda.

O Rei da Trácia, querendo o tesouro, assassina Polidoro.

AMBIÇÃO

TRAIÇÃO

MORTE
♥ Filha de Acrísio, Dánae
• Acrísio, Rei de Argos.

• Encerrou a sua filha numa torre para a impedir de engravidar, tentando contornar
cumprimento de uma profecia

• Júpiter infiltra-se na torre sob a forma de uma chuva de ouro e seduz a jovem.

• Nasce Perseu que cumpre a determinação do Destino e mata o avô.

AFRONTA AO DESTINO

SEDUÇÃO

MORTE

♥ Tarpeia

• Jovem romana.

• Abriu as portas da cidade aos Sabinos, inimigos de Roma.

• Esperava ser recompensada com pulseiras de ouro.

• Os Sabinos tomaram a cidade e esmagaram-na com as joias e os seus escudos.

AMBIÇÃO

TRAIÇÃO

MORTE

•O poder do dinheiro é fatal


98. 99.

Este rende munidas fortalezas; Este interpreta mais que sutilmente

Faz traidores e falsos os amigos; Os texto; este faz e desfaz leis;

Este a mais nobres faz fazer vilezas, Este causa o perjúrios entre a gente

E entrega Capitães aos inimigos; E mil vezes tiranos torna os Reis

Este corrompe virginais purezas, Até os que só a Deus omnipotente

Sem tremer de honra ou fama alguns perigos; Se dedicam mil vezes ouvireis

Este deprava ás vezes as ciências, Que corrompe este encantador, e ilude;

Os juízos cegando e as consciências. Mas não sem cor, contudo, de virtude.

(Até os espíritos mais puros, deixam se corromper pelo dinheiro)

♥ O poder do dinheiro, consequências negativas....

Enumeração anafórica Ficção exemplar Realidade

Faz entregar fortalezas bem guardadas. «ESTE»- Personificação do metal (dinheiro)

Transforma os amigos em falsos e traidores. «Luzente e louro»

Seduz os mais nobres a perder a sua virtude.

Corrompe a pureza e a consciência.

Subverte a interpretação de textos (legais ou sagrados).

Provoca alterações nas leis e na aplicação da justiça.

Incita ao perjúrio e a testemunhos falsos.

Conduz à tirania/autoritarismo dos reis.

Corrompe os elementos do clero que assumem uma imagem de virtude (vulgariza a

hipocrisia).
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Erros meus, má fortuna, amor ardente

Em minha perdição se conjuraram;

Os erros e a fortuna sobejaram,

Que para mim bastava o amor somente.

Tudo passei, mas tenho tão presente

A grande dor das cousas que passaram,

que as magoadas iras me ensinaram

A não querer já nunca ser contente

Errei todo o discurso de meus anos;

Dei causa a que a fortuna castigasse

As minhas mal fundadas esperanças.

De amor não vi senão breves enganos.

Oh! Quem tanto pudesse que fartasse

este meu duro génio de vinganças.

♥ No soneto “Erro meus , má fortuna, amor ardente” os motivos que justificam a perdição do autor
são: os erros e a fortuna estiveram a mais (sobraram), destes três elementos (amor, má fortuna e os
erros) bastava o amor ardente para que ele fosse infeliz, mas os erros e a fortuna só vieram
acrescentar á sua infelicidade, ele alimentou expetativas, mas os seus erros vieram despertar um
destino desesperavél.

♥ Na segunda quadra deste soneto, o sujeito poético apresenta uma consequência de sofrimento.
Devido a toda a mágoa e o sofrimento que passou e que mantém na sua memória, o sujeito poético
vê que é impossível alcançar a felicidade. Portanto devido a todo o seu sofrimento, o sujeito
aprendeu a não desejar a sua felicidade, visto que é impossível.

♥ Este texto é um soneto italiano, com duas quadras e dois tercetos, é uma reflexão sobre a vida
pessoal e o motivo central do seu infortúnio é as vivências amorosas causadoras de frustração.

O dia em que eu nasci, moura e pereça


O dia em que nasci moura e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar;
Não torne mais ao Mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o Sol padeça.

A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escureça,


Mostre o Mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.

As pessoas pasmadas, de ignorantes,


As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.

Ó gente temerosa, não te espantes,


Que este dia deitou ao Mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!

Análise geral

O poeta Luís de Camões mostra no poema a visão de uma pessoa que se denigre, para ela, o
dia em que nasceu foi um dia amaldiçoado e triste para o mundo. Os versos demonstram a
ira do eu-lírico por ter vindo ao mundo e chega a extremos irreais para mostrar a gravidade
do "erro" cometido ao nascer. Ela alerta à sociedade que não é necessário o espanto apesar
de sua desgraça (quarta estrofe). O autor faz uso de hipérboles como "Mais desgraçada que
jamais se viu".

O poema acima é um soneto, devido a sua estrutura de quatro estrofes (dois quartetos e
dois tercetos) e seu esquema rítmico é definido por ABBA-ABBA-CDE-CDE. Além disso, como
possui dez sílabas poéticas por verso, é um poema decassílabo

1°estrofe: o eu-lírico começa a falar sobre o dia de seu nascimento e o erro que aquilo era.

2°estrofe: hipérboles são usadas para justificar que uma mãe não tivesse tamanho
desprazer.

3°estrofe: é passado pelo eu-lírico um sentimento de aceitação da sociedade à desgraça já


ocorrida.
4°estrofe: é passado o aviso de que apesar de ter recebido uma vida tão desgraçada, o
mundo não precisa de se espantar.
De que me serve fugir

De que me serve fugir Tenho-me persuadido, E se de mim me livrasse,

da morte, dor e perigo, por razão conveniente, nenhum gosto me seria;

se me eu levo comigo? pois não posso ser contente, que, não sendo eu, não teria
Pois que pude ser nascido. mal que esse bem me tirasse.
Anda sempre tão unido Força é logo que assi passe,
o meu tormento comigo ou com desgosto comigo,
que eu mesmo sou meu perigo. ou sem gosto e sem perigo.

O sujeito poético refere que vive em sofrimento e que não pode de forma alguma fugir
desse sentimento, cuja razão está em si próprio.
Ele lamenta-se por viver em constante sofrimento, o sofrimento já não tem solução
possível, nem mesmo o suicido.
A interrogação retórica introduz o assunto do poema que se irá desenrolar.
O sujeito poético torna-se o seu próprio inimigo.
A sua própria natureza é a causa da sua infelicidade.
Conclui que só faz sentido viver com desgosto, sendo a outra opção viver sem gosto e em
perigo
Gramática

Orações suburdinadas...
• Substantiva completiva: sentido de complemento da ação. (que, se, para)

•Substantiva relativa: introduzida por pronomes relativos. (como, quem, oque, onde, quando)

•Adjetiva relativa restritiva: limita a informação dada sobre o antecedente

(Não fica entre vírgulas porque o seu valor é restritiva)

Ex:

• a vaga que ri

• os versos que ele escreveu são belos

• os alunos assumem que vão estudar

• os alunos assumem no / os alunos assumem isso

•Adjetiva relativa explicativa: adiciona informação a antecedente

•está entre : ,, - - ( )

EX:

•A literatura, que é imortal, encontro aos leitores

• O teste, que é quarta-feira, assusta os alunos

•A matéria- que não é imensa- é complicada

Que
•se oração anterior tiver um verbo que eu preciso de da oração seguinte para completar o sentido

oração subordinada substantiva completiva

•se a oração tiver um antecedente

oração subordinada adjetiva relativa restritiva/ explicativa


Orações subordinadas adverbiais...
causal: exprime o motivo/razão

Ex: Gosto de Chuva porque é calma

Comparativa: estabelece uma comparação

Ex: é mais bonito do que eu achava.

concessiva: desperta ideia de contraste

Ex: não comprei aquela camisola, embora tivesse dinheiro.

Condicional: apresenta uma condição

Ex: se mantiver a calma, irei conseguir.

Consecutiva: e exprime uma consequência

Ex: estava tanto frio que não saí de casa.

Final: demonstra a finalidade

Ex: estou a estudar para ter boa nota

temporal: refência temporal

Ex: quando chegar a casa vou comer.

Orações coordenadas
Copulativa- e

Adversativa- mas

Disjuntiva- ou

Conclusiva- logo

Explicativa-pois

Funções sintáticas
•complemento do nome

Portugal nasceu na época medieval

•complemento do adjetivo

O caso parecia fácil de analisar

•predicativo do complemento direto

Todos julgam o preso responsável pelo crime

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