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CÓD: OP-096AG-23

7908403540709

CIDADE OCIDENTAL- GO
PREFEITURA MUNICIPAL DE CIDADE OCIDENTAL - GOIÁS

Ensino Fundamental:
Auxiliar de Serviços Gerais, Eletricista de Baixa Tensão, Merendeira, Monitor de Transporte
Escolar, Motorista de Veículo Leve, Motorista de Veículos Pesados, Operador de Máquinas
e Tratorista

EDITAL DE ABERTURA Nº 02/2023


• A Opção não está vinculada às organizadoras de Concurso Público. A aquisição do material não garante sua inscrição ou ingresso na
carreira pública,

• Sua apostila aborda os tópicos do Edital de forma prática e esquematizada,

• Dúvidas sobre matérias podem ser enviadas através do site: www.apostilasopção.com.br/contatos.php, com retorno do professor
no prazo de até 05 dias úteis.,

• É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal.

Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização.


ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Interpretação de textos do discurso jornalístico: carta do leitor, notícia, artigo de opinião, crônica, charge, tirinha, propagan-
da................................................................................................................................................................................................ 5
2. Sinônimos e antônimos.............................................................................................................................................................. 6
3. Sentido próprio e figurado das palavras. ................................................................................................................................... 6
4. Ortografia oficial. ....................................................................................................................................................................... 7
5. Acentuação gráfica. .................................................................................................................................................................... 7
6. Pontuação. ................................................................................................................................................................................. 8
7. Usos de substantivos, adjetivos, pronomes, preposições e conjunções. Emprego de pessoas, modos e tempos verbais......... 11
8. Concordância verbal e nominal. ................................................................................................................................................ 18
9. Variação linguística..................................................................................................................................................................... 20

Matemática
1. Sistema de numeração decimal. ................................................................................................................................................ 51
2. Conjuntos numéricos: números naturais, inteiros, racionais e irracionais. Operações com números reais............................... 52
3. Proporção e regra de três. ......................................................................................................................................................... 58
4. Porcentagem............................................................................................................................................................................... 60
5. Álgebra: expressões algébricas, equações do primeiro e segundo graus................................................................................... 62
6. Sistemas de equações do primeiro grau. ................................................................................................................................... 67
7. Grandezas e medidas: tempo, comprimento (perímetro), massa, superfície (área), volume e capacidade.............................. 69
8. Tratamento da informação: leitura e interpretação de tabelas e gráficos.................................................................................. 71
9. Espaço e forma: identificação, descrição e interpretação de figuras geométricas planas e espaciais, ângulos e Teorema de
Pitágoras..................................................................................................................................................................................... 73

Atualidades e História, Geografia e Conhecimentos Gerais de Goiás e de


Cidade Ocidental-GO
1. Temas relevantes em evidência no Brasil e no mundo e suas conexões com o contexto histórico atual. Pobreza e fome. Mun-
do do trabalho. Saúde, surtos e epidemias. Questões atuais do meio ambiente e desastres ambientais.................................. 85
2. Aspectos físicos do território da Cidade Ocidental e de Goiás: vegetação, hidrografia, clima e relevo. Natureza, cultura e
turismo na Cidade Ocidental e em Goiás..................................................................................................................................... 86
3. História dos quilombos................................................................................................................................................................ 93
LÍNGUA PORTUGUESA

Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo


INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DO DISCURSO autor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço
JORNALÍSTICO: CARTA DO LEITOR, NOTÍCIA, para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entreli-
ARTIGO DE OPINIÃO, CRÔNICA, CHARGE, TIRINHA, nhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que
PROPAGANDA. você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental
que não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecífi-
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que cas. Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaus-
de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter- tão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.
pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha Diferença entre compreensão e interpretação
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto. A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do
Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual- texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-
quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O
principal. Compreender relações semânticas é uma competência leitor tira conclusões subjetivas do texto.
imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos. Gêneros Discursivos
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode- Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso-
-se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro- nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou
fissional, mas também o desenvolvimento pessoal. totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No
Busca de sentidos romance nós temos uma história central e várias histórias secun-
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo dárias.
os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
apreensão do conteúdo exposto. Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-
relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única
citadas ou apresentando novos conceitos. ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici- encaminham-se diretamente para um desfecho.
tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia-
entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a
que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun- história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O
damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas. tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um
Importância da interpretação ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se curto.
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que
específicos, aprimora a escrita. nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não
fatores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos
presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz como horas ou mesmo minutos.
suficiente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o
texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreen- Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
dentes que não foram observados previamente. Para auxiliar na guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento,
busca de sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de
frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na imagens.
apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos
não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a
aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem ne- opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto
cessários, estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
defendido, retomando ideias já citadas ou apresentando novos con- vencer o leitor a concordar com ele.
ceitos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um Ampliação de Sentido


entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas designar uma quantidade mais ampla de significado do que o seu
de destaque sobre algum assunto de interesse. original.
“Embarcar”, por exemplo, originariamente era utilizada para
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali- designar o ato de viajar em um barco. Seu sentido foi ampliado
za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as consideravelmente, passando a designar a ação de viajar em outros
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando veículos também. Hoje se diz, por ampliação de sentido, que um
os professores a identificar o nível de alfabetização delas. passageiro:
– Embarcou em um trem.
Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo – Embarcou no ônibus das dez.
de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li- – Embarcou no avião da força aérea.
berdade para quem recebe a informação. – Embarcou num transatlântico.

“Alpinista”, em sua origem, era utilizada para indicar aquele


SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. que escala os Alpes (cadeia montanhosa europeia). Depois, por am-
pliação de sentido, passou a designar qualquer tipo de praticante
Sinonímia e antonímia de escalar montanhas.
As palavras sinônimas são aquelas que apresentam significado
semelhante, estabelecendo relação de proximidade. Ex: inteligente Restrição de Sentido
<—> esperto Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento inverso,
Já as palavras antônimas são aquelas que apresentam signifi- isto é, uma palavra passa a designar uma quantidade mais restrita
cados opostos, estabelecendo uma relação de contrariedade. Ex: de objetos ou noções do que originariamente designava.
forte <—> fraco É o caso, por exemplo, das palavras que saem da língua geral e
passam a ser usadas com sentido determinado, dentro de um uni-
verso restrito do conhecimento.
SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS. A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura grama-
tical, é bom exemplo de especialização de sentido. Na língua geral,
ela significa qualquer junção de elementos para formar um todo,
SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO
todavia, em Gramática designa apenas um tipo de formação de pa-
lavras por composição em que a junção dos elementos acarreta al-
É possível empregar as palavras no sentido próprio ou no sen-
teração de pronúncia, como é o caso de pernilongo (perna + longa).
tido figurado.
Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais aglu-
Ex.:
tinação, mas justaposição. A palavra Pernalonga, por exemplo, que
– Construí um muro de pedra. (Sentido próprio).
designa uma personagem de desenhos animados, não se formou
– Dalton tem um coração de pedra. (Sentido figurado).
por aglutinação, mas por justaposição.
– As águas pingavam da torneira. (Sentido próprio).
Em linguagem científica é muito comum restringir-se o signifi-
– As horas iam pingando lentamente. (Sentido figurado).
cado das palavras para dar precisão à comunicação.
A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol, não
Denotação
pode ser usada para designar, por exemplo, um astro que gira em
É o sentido da palavra interpretada ao pé da letra, ou seja, de
torno do Sol, seu sentido sofreu restrição, e ela serve para designar
acordo com o sentido geral que ela tem na maioria dos contextos
apenas um tipo de flor que tem a propriedade de acompanhar o
em que ocorre. Trata-se do sentido próprio da palavra, aquele en-
movimento do Sol.
contrado no dicionário. Por exemplo: “Uma pedra no meio da rua
Existem certas palavras que, além do significado explícito, con-
foi a causa do acidente”.
têm outros implícitos (ou pressupostos). Os exemplos são muitos. É
A palavra “pedra” aqui está usada em sentido literal, ou seja, o
o caso do pronome outro, por exemplo, que indica certa pessoa ou
objeto mesmo.
coisa, pressupondo necessariamente a existência de ao menos uma
além daquela indicada.
Conotação
Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que nunca
É o sentido da palavra desviado do usual, ou seja, aquele que se
lançou um livro, dizer que ele estará autografando seu outro livro. O
distancia do sentido próprio e costumeiro. Por exemplo: “As pedras
uso de outro pressupõe, necessariamente, ao menos um livro além
atiradas pela boca ferem mais do que as atiradas pela mão”.
daquele que está sendo autografado.
“Pedras”, neste contexto, não está indicando o que usualmente
significa (objeto), mas um insulto, uma ofensa produzida pelas pa-
lavras, capazes de machucar assim como uma pedra “objeto” que é
atirada em alguém.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Os diferentes porquês
ORTOGRAFIA OFICIAL.
Usado para fazer perguntas. Pode ser
POR QUE
A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes substituído por “por qual motivo”
à escrita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso Usado em respostas e explicações. Pode ser
analisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memo- PORQUE
substituído por “pois”
rizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que
também faz aumentar o vocabulário do leitor. O “que” é acentuado quando aparece como
Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes POR QUÊ a última palavra da frase, antes da pontuação
entre os falantes do português. No entanto, é importante ressaltar final (interrogação, exclamação, ponto final)
que existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique É um substantivo, portanto costuma vir
atento! PORQUÊ acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo
ou pronome
Alfabeto
O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é co- Parônimos e homônimos
nhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro-
alfabeto se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e núncia semelhantes, porém com significados distintos.
consoantes (restante das letras). Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfe-
Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram go (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).
reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma
que elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo
nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional. “rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta).

Uso do “X”
Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
X no lugar do CH:
• Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxer- Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons
gar) com mais relevo do que outros. Os sinais diacríticos servem para
• Depois de ditongos (ex: caixa) indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras.
• Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá) Vejamos um por um:
Uso do “S” ou “Z” Acento agudo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre
Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser ob- aberto.
servadas: Já cursei a Faculdade de História.
• Depois de ditongos (ex: coisa) Acento circunflexo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre
• Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S” fechado.
(ex: casa > casinha) Meu avô e meus três tios ainda são vivos.
• Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou Acento grave: marca o fenômeno da crase (estudaremos este
origem. (ex: portuguesa) caso afundo mais à frente).
• Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex: Sou leal à mulher da minha vida.
populoso)
As palavras podem ser:
Uso do “S”, “SS”, “Ç” – Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu-
• “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex: -já, ra-paz, u-ru-bu...)
diversão) – Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa,
• “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo) sa-bo-ne-te, ré-gua...)
• “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passa- – Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima
ram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela) (sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)

As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos:


• São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico,
íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...)
• São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N,
R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), EI(S) (amável, elétron, éter,
fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...)
• São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S),
E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xarás, convéns, robô, Jô, céu,
dói, coronéis...)

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LÍNGUA PORTUGUESA

• São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais — Ponto de Interrogação


(aí, faísca, baú, juízo, Luísa...) É um sinal (?) colocado no final da oração com entonação inter-
rogativa ou de incerteza, seja real ou fingida.
Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só trei- A interrogação conclusa aparece no final do enunciado e re-
nar e fixar as regras. quer que a palavra seguinte se inicie por maiúscula. Já a interro-
gação interna (quase sempre fictícia), não requer que a próxima
palavra se inicia com maiúscula.
PONTUAÇÃO. Ex.: — Você acha que a gramática da Língua Portuguesa é com-
plicada?
Para a elaboração de um texto escrito, deve-se considerar o uso — Meu padrinho? É o Excelentíssimo Senhor coronel Paulo Vaz
adequado dos sinais de pontuação como: pontos, vírgula, ponto e Lobo Cesar de Andrade e Sousa Rodrigues de Matos.
vírgula, dois pontos, travessão, parênteses, reticências, aspas, etc.
Tais sinais têm papéis variados no texto escrito e, se utilizados Assim como outros sinais, o ponto de interrogação não requer
corretamente, facilitam a compreensão e entendimento do texto. que a oração termine por ponto final, a não ser que seja interna.
Ex.: “Esqueceu alguma cousa? perguntou Marcela de pé, no
— A Importância da Pontuação patamar”.
1
As palavras e orações são organizadas de maneira sintática,
semântica e também melódica e rítmica. Sem o ritmo e a melodia, Em diálogos, o ponto de interrogação pode aparecer acompa-
os enunciados ficariam confusos e a função comunicativa seria pre- nhando do ponto de exclamação, indicando o estado de dúvida de
judicada. um personagem perante diante de um fato.
O uso correto dos sinais de pontuação garante à escrita uma Ex.: — “Esteve cá o homem da casa e disse que do próximo mês
solidariedade sintática e semântica. O uso inadequado dos sinais de em diante são mais cinquenta...
pontuação pode causar situações desastrosas, como em: — ?!...”
– Não podem atirar! (entende-se que atirar está proibido)
– Não, podem atirar! (entende-se que é permitido atirar) — Ponto de Exclamação
Este sinal (!) é colocado no final da oração enunciada com en-
— Ponto tonação exclamativa.
Este ponto simples final (.) encerra períodos que terminem por Ex.: “Que gentil que estava a espanhola!”
qualquer tipo de oração que não seja interrogativa direta, a excla- “Mas, na morte, que diferença! Que liberdade!”
mativa e as reticências.
Outra função do ponto é a da pausa oracional, ao acompanhar Este sinal é colocado após uma interjeição.
muitas palavras abreviadas, como: p., 2.ª, entre outros. Ex.: — Olé! exclamei.
Se o período, oração ou frase terminar com uma abreviatura, — Ah! brejeiro!
o ponto final não é colocado após o ponto abreviativo, já que este,
quando coincide com aquele, apresenta dupla serventia. As mesmas observações vistas no ponto de interrogação, em
Ex.: “O ponto abreviativo põe-se depois das palavras indicadas relação ao emprego do ponto final e ao uso de maiúscula ou mi-
abreviadamente por suas iniciais ou por algumas das letras com que núscula inicial da palavra seguinte, são aplicadas ao ponto de ex-
se representam, v.g. ; V. S.ª ; Il.mo ; Ex.a ; etc.” (Dr. Ernesto Carneiro clamação.
Ribeiro)
O ponto, com frequência, se aproxima das funções do ponto e — Reticências
vírgula e do travessão, que às vezes surgem em seu lugar. As reticências (...) demonstram interrupção ou incompletude
de um pensamento.
Obs.: Estilisticamente, pode-se usar o ponto para, em períodos Ex.: — “Ao proferir estas palavras havia um tremor de alegria
curtos, empregar dinamicidade, velocidade à leitura do texto: “Era na voz de Marcela: e no rosto como que se lhe espraiou uma onda
um garoto pobre. Mas tinha vontade de crescer na vida. Estudou. de ventura...”
Subiu. Foi subindo mais. Hoje é juiz do Supremo.”. É muito utilizado — “Não imagina o que ela é lá em casa: fala na senhora a todos
em narrações em geral. os instantes, e aqui aparece uma pamonha. Ainda ontem...

— Ponto Parágrafo Quando colocadas no fim do enunciado, as reticências dispen-


Separa-se por ponto um grupo de período formado por ora- sam o ponto final, como você pode observar nos exemplos acima.
ções que se prendem pelo mesmo centro de interesse. Uma vez que As reticências, quando indicarem uma enumeração inconclusa,
o centro de interesse é trocado, é imposto o emprego do ponto pa- podem ser substituídas por etc.
rágrafo se iniciando a escrever com a mesma distância da margem Ao transcrever um diálogo, elas indicam uma não resposta do
com que o texto foi iniciado, mas em outra linha. interlocutor. Já em citações, elas podem ser postas no início, no
O parágrafo é indicado por ( § ) na linguagem oficial dos artigos meio ou no fim, indicando supressão do texto transcrito, em cada
de lei. uma dessas partes.
Quando ocorre a supressão de um trecho de certa extensão,
geralmente utiliza-se uma linha pontilhada.
1 BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, As reticências podem aparecer após um ponto de exclamação
2009. ou interrogação.

8
LÍNGUA PORTUGUESA

— Vírgula - Para separar orações intercaladas.


A vírgula (,) é utilizada: Ex.: “Não lhe posso dizer com certeza, respondi eu”
- Para separar termos coordenados, mesmo quando ligados por
conjunção (caso haja pausa). - Para separar, geralmente, adjuntos adverbiais que precedem
Ex.: “Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado”. o verbo e as orações adverbiais que aparecem antes ou no meio da
sua principal.
IMPORTANTE! Ex.: “Eu mesmo, até então, tinha-vos em má conta...”
Quando há uma série de sujeitos seguidos imediatamente de
verbo, não se separa do verbo (por vírgula) o ultimo sujeito da série - Para separar o nome do lugar em datas.
. Ex.: São Paulo, 14 de janeiro de 2020.
Ex.: Carlos Gomes, Vítor Meireles, Pedro Américo, José de
Alencar tinham-nas começado. - Para separar os partículas e expressões de correção, continua-
ção, explicação, concessão e conclusão.
- Para separar orações coordenadas aditivas, mesmo que estas Ex.: “e, não obstante, havia certa lógica, certa dedução”
se iniciem pela conjunção e, proferidas com pausa. Sairá amanhã, aliás, depois de amanhã.
Ex.: “Gostava muito das nossas antigas dobras de ouro, e eu
levava-lhe quanta podia obter”. - Para separar advérbios e conjunções adversativos (porém,
todavia, contudo, entretanto), principalmente quando pospostos.
- Para separar orações coordenadas alternativas (ou, quer, Ex.: “A proposta, porém, desdizia tanto das minhas sensações
etc.), quando forem proferidas com pausa. últimas...”
Ex.: Ele sairá daqui logo, ou eu me desligarei do grupo.
- Algumas vezes, para indicar a elipse do verbo.
IMPORTANTE! Ex.: Ele sai agora: eu, logo mais. (omitiu o verbo “sairei” após
Quando ou exprimir retificação, esta mesma regra vigora. “eu”; elipse do verbo sair)
Ex.: Teve duas fases a nossa paixão, ou ligação, ou qualquer ou-
tro nome, que eu de nome não curo. - Omissão por zeugma.
Caso denote equivalência, o ou posto entre os dois termos não Ex.: Na classe, alguns alunos são interessados; outros, (são) re-
é separado por vírgula. lapsos. (Supressão do verbo “são” antes do vocábulo “relapsos”)
Ex.: Solteiro ou solitário se prende ao mesmo termo latino.
- Para indicar a interrupção de um seguimento natural das
- Em aposições, a não ser no especificativo. ideias e se intercala um juízo de valor ou uma reflexão subsidiária.
Ex.: “ora enfim de uma casa que ele meditava construir, para
residência própria, casa de feitio moderno...” - Para evitar e desfazer alguma interpretação errônea que pode
ocorrer quando os termos estão distribuídos de forma irregular na
- Para separar os pleonasmos e as repetições, quando não tive- oração, a expressão deslocada é separada por vírgula.
rem efeito superlativamente. Ex.: De todas as revoluções, para o homem, a morte é a maior
Ex.: “Nunca, nunca, meu amor!” e a derradeira.
A casa é linda, linda.
- Em enumerações
- Para intercalar ou separar vocativos e apostos. sem gradação: Coleciono livros, revistas, jornais, discos.
Ex.: Brasileiros, é chegada a hora de buscar o entendimento. com gradação: Não compreendo o ciúme, a saudade, a dor da
É aqui, nesta querida escola, que nos encontramos. despedida.

- Para separar orações adjetivas de valor explicativo. Não se separa por vírgula:
Ex.: “perguntava a mim mesmo por que não seria melhor depu- - sujeito de predicado;
tado e melhor marquês do que o lobo Neves, — eu, que valia mais, - objeto de verbo;
muito mais do que ele, — ...” - adjunto adnominal de nome;
- complemento nominal de nome;
- Para separar, na maioria das vezes, orações adjetivas restritiva - oração principal da subordinada substantiva (desde que esta
de certa extensão, ainda mais quando os verbos de duas orações não seja apositiva nem apareça na ordem inversa).
distintas se juntam.
Ex.: “No meio da confusão que produzira por toda a parte este — Dois Pontos
acontecimento inesperado e cujo motivo e circunstâncias inteira- São utilizados:
mente se ignoravam, ninguém reparou nos dois cavaleiros...” - Na enumeração, explicação, notícia subsidiária.
Ex.: Comprou dois presentes: um livro e uma caneta.
IMPORTANTE! “que (Viegas) padecia de um reumatismo teimoso, de uma
Mesmo separando por vírgula o sujeito expandido pela oração asma não menos teimosa e de uma lesão de coração: era um hos-
adjetiva, esta pontuação pode acontecer. pital concentrado”
Ex.: Os que falam em matérias que não entendem, parecem “Queremos governos perfeitos com homens imperfeitos: dis-
fazer gala da sua própria ignorância. parate”

9
LÍNGUA PORTUGUESA

- Em expressões que se seguem aos verbos dizer, retrucar, res- Se a intercalação terminar o texto, o travessão é simples; caso
ponder (e semelhantes) e que dão fim à declaração textual, ou que contrário, se utiliza o travessão duplo.
assim julgamos, de outrem. Ex.: “Duas, três vezes por semana, havia de lhe deixar na algi-
Ex.: “Não me quis dizer o que era: mas, como eu instasse muito: beira das calças — umas largas calças de enfiar —, ou na gaveta da
— Creio que o Damião desconfia alguma coisa” mesa, ou ao pé do tinteiro, uma barata morta”

- Em alguns casos, onde a intenção é caracterizar textualmente IMPORTANTE!


o discurso do interlocutor, a transcrição aparece acompanhada de Como é possível observar no exemplo, pode haver vírgula após
aspas, e poucas vezes de travessão. o travessão.
Ex.: “Ao cabo de alguns anos de peregrinação, atendi às supli-
cas de meu pai: O travessão pode, também, denotar uma pausa mais forte.
— Vem, dizia ele na última carta; se não vieres depressa acha- Ex.: “... e se estabelece uma cousa que poderemos chamar —,
rás tua mãe morta!” solidariedade do aborrecimento humano”

Em expressões que, ao serem enunciadas com entonação es- Além disso, ainda pode indicar a mudança de interlocutor, na
pecial, o contexto acaba sugerindo causa, consequência ou expli- transcrição de um diálogo, com ou sem aspas.
cação. Ex.: — Ah! respirou Lobo Neves, sentando-se preguiçosamente
Ex.: “Explico-me: o diploma era uma carta de alforria” no sofá.
— Cansado? perguntei eu.
- Em expressões que possuam uma quebra na sequência das — Muito; aturei duas maçadas de primeira ordem (...)
ideias.
Ex.: Sacudiu o vestido, ainda molhado, e caminhou. Neste caso, pode, ou não, combinar-se com as aspas.
“Não! bradei eu; não hás de entrar... não quero... Ia a lançar-lhe
as mãos: era tarde; ela entrara e fechara-se” — Parênteses e Colchetes
Estes sinais ( ) [ ] apontam a existência de um isolamento sin-
— Ponto e Vírgula tático e semântico mais completo dentro de um enunciado, assim
Sinal (;) que denota pausa mais forte que a vírgula, porém mais como estabelecem uma intimidade maior entre o autor e seu leitor.
fraca que o ponto. É utilizado: Geralmente, o uso do parêntese é marcado por uma entonação es-
pecial.
- Em trechos longos que já possuam vírgulas, indicando uma Se a pausa coincidir com o início da construção parentética, o
pausa mais forte. sinal de pontuação deve aparecer após os parênteses, contudo, se
Ex.: “Enfim, cheguei-me a Virgília, que estava sentada, e travei- a proposição ou frase inteira for encerrada pelos parênteses, a no-
-lhe da mão; D. Plácida foi à janela” tação deve aparecer dentro deles.
Ex.: “Não, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que
- Para separar as adversativas onde se deseja ressaltar o con- seja, convosco, este suavíssimo nome); não: o coração não é tão
traste. frívolo, tão exterior, tão carnal, quanto se cuida”
Ex.: “Não se disse mais nada; mas de noite Lobo Neves insistiu “A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que
no projeto” se tem inventado para a divulgação do pensamento”. (Carta inserta
nos Anais da Biblioteca Nacional, vol. I) [Carlos de Laet]
- Em leis, separando os incisos.
- Isolar datas.
- Enumeração com explicitação. Ex.: Refiro-me aos soldados da Primeira Guerra Mundial (1914-
Ex.: Comprei alguns livros: de matemática, para estudar para 1918).
o concurso; um romance, para me distrair nas horas vagas; e um
dicionário, para enriquecer meu vocabulário. - Isolar siglas.
Ex.: A taxa de desemprego subiu para 5,3% da população eco-
- Enumeração com ponto e vírgula, mas sem vírgula, para mar- nomicamente ativa (PEA)...
car distribuição.
Ex.: Comprei os produtos no supermercado: farinha para um - Isolar explicações ou retificações.
bolo; tomates para o molho; e pão para o café da manhã. Ex.: Eu expliquei uma vez (ou duas vezes) o motivo de minha
preocupação.
— Travessão
É importante não confundir o travessão (—) com o traço de Os parênteses e os colchetes estão ligados pela sua função dis-
união ou hífen e com o traço de divisão empregado na partição de cursiva, mas estes são utilizados quando os parênteses já foram em-
sílabas. pregados, com o objetivo de introduzir uma nova inserção.
O uso do travessão pode substituir vírgulas, parênteses, colche- São utilizados, também, com a finalidade de preencher lacunas
tes, indicando uma expressão intercalada: de textos ou para introduzir, em citações principalmente, explica-
Ex.: “... e eu falava-lhe de mil cousas diferentes — do último ções ou adendos que deixam a compreensão do texto mais simples.
baile, da discussão das câmaras, berlindas e cavalos, de tudo, me-
nos dos seus versos ou prosas”

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LÍNGUA PORTUGUESA

— Aspas
A forma mais geral do uso das aspas é o sinal (“ ”), entretanto, há a possibilidade do uso das aspas simples (‘ ’) para diferentes finali-
dades, como em trabalhos científicos sobre línguas, onde as aspas simples se referem a significados ou sentidos: amare, lat. ‘amar’ port.
As aspas podem ser utilizadas, também, para dar uma expressão de sentido particular, ressaltando uma expressão dentro do contexto
ou indicando uma palavra como estrangeirismo ou uma gíria.
Se a pausa coincidir com o final da sentença ou expressão que está entre aspas, o competente sinal de pontuação deve ser utilizado
após elas, se encerrarem somente uma parte da proposição; mas se as aspas abarcarem todo o período, frase, expressão ou sentença, a
respectiva pontuação é abrangida por elas.
Ex.: “Aí temos a lei”, dizia o Florentino. “Mas quem as há de segurar? Ninguém.”
“Mísera, tivesse eu aquela enorme, aquela Claridade imortal, que toda a luz resume!”
“Por que não nasce eu um simples vaga-lume?”

- Delimitam transcrições ou citações textuais.


Ex.: Segundo Rui Barbosa: “A política afina o espírito.”

— Alínea
Apresenta a mesma função do parágrafo, uma vez que denota diferentes centros de assuntos. Como o parágrafo, requer a mudança
de linha.
De forma geral, aparece em forma de número ou letra seguida de um traço curvo.
Ex.: Os substantivos podem ser:
a) próprios
b) comuns

— Chave
Este sinal ({ }) é mais utilizado em obras científicas. Indicam a reunião de diversos itens relacionados que formam um grupo.
2
Ex.: Múltiplos de 5: {0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35,… }.
Na matemática, as chaves agrupam vários elementos de uma operação, definindo sua ordem de resolução.
Ex.: 30x{40+[30x(84-20x4)]}
Também podem ser utilizadas na linguística, representando morfemas.
Ex.: O radical da palavra menino é {menin-}.

— Asterisco
Sinal (*) utilizado após ou sobre uma palavra, com a intenção de se fazer um comentário ou citação a respeito do termo, ou uma ex-
plicação sobre o trecho (neste caso o asterisco se põe no fim do período).
Emprega-se ainda um ou mais asteriscos depois de uma inicial, indicando uma pessoa cujo nome não se quer ou não se pode declinar:
o Dr.*, B.**, L.***

— Barra
Aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.

USOS DE SUBSTANTIVOS, ADJETIVOS, PRONOMES, PREPOSIÇÕES E CONJUNÇÕES. EMPREGO DE PESSOAS, MODOS E


TEMPOS VERBAIS.

Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes
morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in-
terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo.

2 https://bit.ly/2RongbC.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas.

CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS


Menina inteligente...
Expressar características, qualidades ou estado dos seres Roupa azul-marinho...
ADJETIVO
Sofre variação em número, gênero e grau Brincadeira de criança...
Povo brasileiro...
A ajuda chegou tarde.
Indica circunstância em que ocorre o fato verbal
ADVÉRBIO A mulher trabalha muito.
Não sofre variação
Ele dirigia mal.
Determina os substantivos (de modo definido ou indefinido) A galinha botou um ovo.
ARTIGO
Varia em gênero e número Uma menina deixou a mochila no ônibus.
Liga ideias e sentenças (conhecida também como conectivos) Não gosto de refrigerante nem de pizza.
CONJUNÇÃO
Não sofre variação Eu vou para a praia ou para a cachoeira?
Exprime reações emotivas e sentimentos Ah! Que calor...
INTERJEIÇÃO
Não sofre variação Escapei por pouco, ufa!
Atribui quantidade e indica posição em alguma sequência Gostei muito do primeiro dia de aula.
NUMERAL
Varia em gênero e número Três é a metade de seis.
Posso ajudar, senhora?
Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivo Ela me ajudou muito com o meu trabalho.
PRONOME
Varia em gênero e número Esta é a casa onde eu moro.
Que dia é hoje?
Relaciona dois termos de uma mesma oração Espero por você essa noite.
PREPOSIÇÃO
Não sofre variação Lucas gosta de tocar violão.
Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc. A menina jogou sua boneca no rio.
SUBSTANTIVO
Flexionam em gênero, número e grau. A matilha tinha muita coragem.
Ana se exercita pela manhã.
Indica ação, estado ou fenômenos da natureza
Todos parecem meio bobos.
Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, tempo,
VERBO Chove muito em Manaus.
número, pessoa e voz.
A cidade é muito bonita quando vista do
Verbos não significativos são chamados verbos de ligação
alto.

Substantivo
Tipos de substantivos
Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo:
• Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade...
• Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte...
• Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mesma
espécie. Ex: matilha; enxame; cardume...
• Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; cachor-
ro; praça...
• Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designando sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede;
imaginação...
• Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: livro; água; noite...
• Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedreiro; livraria; noturno...
• Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radical). Ex: casa; pessoa; cheiro...
• Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol...

Flexão de gênero
Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino.
O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente o final
da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / acentuação
(Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou presença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora).

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LÍNGUA PORTUGUESA

O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma forma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto ao gêne-
ro a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epiceno (refere-se
aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo).
É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, trazen-
do alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fruto X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao órgão que
protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é o termo popular para um tipo específico de fruto.

Flexão de número
No português, é possível que o substantivo esteja no singular, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar (Ex: bola;
escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último representado, geral-
mente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra.
Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do contexto,
pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis).

Variação de grau
Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumentativo
e diminutivo.
Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino
pequeno).
Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou diminuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho).

Novo Acordo Ortográfico


De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de
pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas e
festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas.
Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana, meses, estações do ano e em pontos cardeais.
Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber,
disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em palavras de categorização.

Adjetivo
Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem
flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e o singular (bonito) e o plural (bonitos).
Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua nacionali-
dade (brasileiro; mineiro).
É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjunto de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo. São
formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo:
• de criança = infantil
• de mãe = maternal
• de cabelo = capilar

Variação de grau
Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfases), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e superlativo.
• Normal: A Bruna é inteligente.
• Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente que o Lucas.
• Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente que a Bruna.
• Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto a Maria.
• Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inteligente da turma.
• Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos inteligente da turma.
• Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente.
• Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima.

Adjetivos de relação
São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem sofrer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo, isto
é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufixação de um
substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Advérbio
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela
abaixo:

CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS


DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes
ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; primei- logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de
DE TEMPO
ramente noite
DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali Ao redor de; em frente a; à esquerda; por perto
DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muito menos
DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente; certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas
DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum
DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe

Advérbios interrogativos
São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de:
• Lugar: onde, aonde, de onde
• Tempo: quando
• Modo: como
• Causa: por que, por quê

Grau do advérbio
Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos.
• Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto
• Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que
• Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que
• Superlativo analítico: muito cedo
• Superlativo sintético: cedíssimo

Curiosidades
Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o uso
de alguns prefixos (supercedo).
Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo) e
ordem (ultimamente; depois; primeiramente).
Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um sentido
próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designação (eis); de
realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou melhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí).

Pronomes
Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no enunciado,
ele pode ser classificado da seguinte maneira:
• Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e podem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...).
• Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu, nossos...)
• Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...)
• Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questionamentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...)
• Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...)
• Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...)
• Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...)

Colocação pronominal
Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, la,
no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo).
Veja, então, quais as principais situações para cada um deles:
• Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demonstrati-
vos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no gerúndio antecedidos por “em”.
Nada me faria mais feliz.

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LÍNGUA PORTUGUESA

• Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerúndio não
acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal.
Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho.

• Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração.


Orgulhar-me-ei de meus alunos.

DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou orações, nem após ponto-e-vírgula.

Verbos
Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro pos-
suem subdivisões.
Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo (certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é
passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando).
• Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do pre-
sente, futuro do pretérito.
• Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito imperfeito, futuro.

Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre flexão em
tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no particípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”.
• Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito.
• Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro.
As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem, aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando, fa-
zendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particípio) ou
advérbio (gerúndio).

Tipos de verbos
Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal. Desse modo, os verbos se dividem em:
Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar, vender, abrir...)
• Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas terminações quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...)
• Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados (ser, ir...)
• Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais (falir, banir, colorir, adequar...)
• Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sempre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...)
• Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar,
acontecer...)
• Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado)
• Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se, pen-
tear-se...)
• Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções verbais (ser, estar, ter, haver, ir...)
• Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si próprios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...)
• De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...)

Vozes verbais
As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação, podendo ser três tipos diferentes:
• Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro)
• Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto)
• Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo do lago)

Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equiva-
lente ao verbo “ser”.

Conjugação de verbos
Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são
aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de origem.
• 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...)
• 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...)
• 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Confira os exemplos de conjugação apresentados abaixo:

Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar

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LÍNGUA PORTUGUESA

Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor

Preposições
As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas entre
essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (palavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como preposição
em determinadas sentenças).
Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, para, per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, entre.
Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.
Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de, defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a etc.

Ao conectar os termos das orações, as preposições estabelecem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de:
• Causa: Morreu de câncer.
• Distância: Retorno a 3 quilômetros.
• Finalidade: A filha retornou para o enterro.

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LÍNGUA PORTUGUESA

• Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura.


• Modo: Os rebeldes eram colocados em fila. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL.
• Lugar: O vírus veio de Portugal.
• Companhia: Ela saiu com a amiga. Concordância é o efeito gramatical causado por uma relação
• Posse: O carro de Maria é novo. harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser
• Meio: Viajou de trem. verbal — refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal —
refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas.
Combinações e contrações • Concordância em gênero: flexão em masculino e feminino
Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras pa- • Concordância em número: flexão em singular e plural
lavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e • Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa
havendo perda fonética (contração).
• Combinação: ao, aos, aonde Concordância nominal
• Contração: de, dum, desta, neste, nisso Para que a concordância nominal esteja adequada, adjetivos,
artigos, pronomes e numerais devem flexionar em número e gêne-
Conjunção ro, de acordo com o substantivo. Há algumas regras principais que
As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabe- ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar
lecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante atento, também, aos casos específicos.
de conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois Quando há dois ou mais adjetivos para apenas um substantivo,
reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e o substantivo permanece no singular se houver um artigo entre os
interpretação de textos, além de ser um grande diferencial no mo- adjetivos. Caso contrário, o substantivo deve estar no plural:
mento de redigir um texto. • A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e
Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e japonesa.
conjunções subordinativas.
Quando há dois ou mais substantivos para apenas um adjetivo,
Conjunções coordenativas a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adjetivo
As orações coordenadas não apresentam dependência sintáti- vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o subs-
ca entre si, servindo também para ligar termos que têm a mesma tantivo mais próximo:
função gramatical. As conjunções coordenativas se subdividem em • Linda casa e bairro.
cinco grupos:
• Aditivas: e, nem, bem como. Se o adjetivo vem depois dos substantivos, ele pode concordar
• Adversativas: mas, porém, contudo. tanto com o substantivo mais próximo, ou com todos os substanti-
• Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer. vos (sendo usado no plural):
• Conclusivas: logo, portanto, assim. • Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arru-
• Explicativas: que, porque, porquanto. mada.
• Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arru-
Conjunções subordinativas mados.
As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação
de dependência entre a oração principal e a oração subordinada. Quando há a modificação de dois ou mais nomes próprios ou
Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sentido) de parentesco, os adjetivos devem ser flexionados no plural:
se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada. • As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão
Elas podem se classificar de dez maneiras diferentes: entre os melhores escritores brasileiros.
• Integrantes: usadas para introduzir as orações subordinadas
substantivas, definidas pelas palavras que e se. Quando o adjetivo assume função de predicativo de um sujeito
• Causais: porque, que, como. ou objeto, ele deve ser flexionado no plural caso o sujeito ou objeto
• Concessivas: embora, ainda que, se bem que. seja ocupado por dois substantivos ou mais:
• Condicionais: e, caso, desde que. • O operário e sua família estavam preocupados com as conse-
• Conformativas: conforme, segundo, consoante. quências do acidente.
• Comparativas: como, tal como, assim como.
• Consecutivas: de forma que, de modo que, de sorte que.
• Finais: a fim de que, para que.
• Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que.
• Temporais: quando, enquanto, agora.

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LÍNGUA PORTUGUESA

CASOS ESPECÍFICOS REGRA EXEMPLO


É PROIBIDO Deve concordar com o substantivo quando há presença
É proibida a entrada.
É PERMITIDO de um artigo. Se não houver essa determinação, deve
É proibido entrada.
É NECESSÁRIO permanecer no singular e no masculino.
Mulheres dizem “obrigada” Homens dizem
OBRIGADO / OBRIGADA Deve concordar com a pessoa que fala.
“obrigado”.
As bastantes crianças ficaram doentes com a
volta às aulas.
Quando tem função de adjetivo para um substantivo,
Bastante criança ficou doente com a volta às
BASTANTE concorda em número com o substantivo.
aulas.
Quando tem função de advérbio, permanece invariável.
O prefeito considerou bastante a respeito da
suspensão das aulas.
É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas” não Havia menos mulheres que homens na fila
MENOS
existe na língua portuguesa. para a festa.
As crianças mesmas limparam a sala depois
MESMO Devem concordar em gênero e número com a pessoa a
da aula.
PRÓPRIO que fazem referência.
Eles próprios sugeriram o tema da formatura.
Quando tem função de numeral adjetivo, deve
Adicione meia xícara de leite.
concordar com o substantivo.
MEIO / MEIA Manuela é meio artista, além de ser
Quando tem função de advérbio, modificando um
engenheira.
adjetivo, o termo é invariável.
Segue anexo o orçamento.
Seguem anexas as informações adicionais
ANEXO INCLUSO Devem concordar com o substantivo a que se referem. As professoras estão inclusas na greve.
O material está incluso no valor da
mensalidade.

Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver flexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeito com o
qual ele se relaciona.

Quando o sujeito composto é colocado anterior ao verbo, o verbo ficará no plural:


• A menina e seu irmão viajaram para a praia nas férias escolares.

Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto ficar no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo:
• Discutiram marido e mulher. / Discutiu marido e mulher.

Se o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo deve ficar no plural e concordando com a pessoa que
tem prioridade, a nível gramatical — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele,
eles):
• Eu e vós vamos à festa.

Quando o sujeito apresenta uma expressão partitiva (sugere “parte de algo”), seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo
pode ficar tanto no singular quanto no plural:
• A maioria dos alunos não se preparou para o simulado. / A maioria dos alunos não se prepararam para o simulado.

Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concordar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um subs-
tantivo (expressão partitiva), o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com o substantivo:
• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo.

Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique quantidade aproximada, o verbo concorda com o substantivo que segue
a expressão:
• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifestação. / Mais de um aluno ficou abaixo da média na prova.

Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre na terceira pessoa do singular:
• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista.

19
LÍNGUA PORTUGUESA

Quando o sujeito é coletivo, o verbo permanece no singular, b) As variações de um grupo social para outro são chamadas
concordando com o coletivo partitivo: variantes diastráticas. Essas variações são muito numerosas e po-
• A multidão delirou com a entrada triunfal dos artistas. / A dem ser observadas em: gírias, jargões, linguagem dos advogados,
matilha cansou depois de tanto puxar o trenó. na classe médica, entre os skatistas, etc.

Quando não existe sujeito na oração, o verbo fica na terceira c) As variações de uma época para outra são chamadas varian-
pessoa do singular (impessoal): tes diacrônicas. Antigamente usava-se o Vossa Mercê, depois Vos
• Faz chuva hoje Mecê, depois Você, depois Ocê, depois o Cê, e por último, atual-
mente VC.
Quando o pronome relativo “que” atua como sujeito, o verbo
deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração prin- d) As variações de uma situação de comunicação para outra
cipal ao qual o pronome faz referência: são denominadas variantes diafásicas.
• Foi Maria que arrumou a casa. Todos sabemos que há situações que permitem uma linguagem
bem informal (uma conversa com os amigos num bar) e outras que
Quando o sujeito da oração é o pronome relativo “quem”, o exigem um nível mais formal de linguagem (um jantar de cerimô-
verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quan- nia).
to com o próprio nome, na 3ª pessoa do singular: Cada uma dessas situações tem construções e termos apro-
• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa. priados. Observe no texto a seguir, retirado do romance Agosto, de
Rubem Fonseca, o uso de expressões e construções da linguagem
Quando o pronome indefinido ou interrogativo, atuando coloquial:
como sujeito, estiver no singular, o verbo deve ficar na 3ª pessoa Um homem magro, de bigodinho e cabelo glostorado, apare-
do singular: ceu:
• Nenhum de nós merece adoecer. “Ah, comissário Pádua... Que prazer! Que alegria!”
“Não quero papo-furado, Almeidinha. Quero falar com dona
Quando houver um substantivo que apresenta forma plural, Laura.”
porém com sentido singular, o verbo deve permanecer no singular. “Ela no momento está muito ocupada. Não pode ser comigo?”
Exceto caso o substantivo vier precedido por determinante: “Não, não pode ser com você. Dá o fora e chama logo a Laura.”
• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos “Vou mandar servir um uisquinho.”
sumiram. “Não queremos nenhum uisquinho. Chama a dona.”4

As variações que distinguem uma variante de outra se mani-


VARIAÇÃO LINGUÍSTICA. festam em quatro planos distintos, a saber: fônico, morfológico,
sintático e lexical.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Variações Fônicas
Assim como outras, a língua portuguesa no Brasil é extrema- São as que ocorrem no modo de pronunciar os sons constituin-
mente heterogênea. As diferentes manifestações e realizações da tes da palavra. Os exemplos de variação fônica são abundantes e,
língua, as diversas formas que a língua possui, decorrentes de fa- ao lado do vocabulário, constituem os domínios em que se percebe
tores de natureza histórica, regional, sociocultural ou situacional com mais nitidez a diferença entre uma variante e outra. Entre es-
constituem o que chamamos de variações linguísticas. Essas varia- ses casos, podemos citar:
ções podem ocorrer nas camadas fonológica, morfológica, sintáti- - A queda do “r” final dos verbos, muito comum na linguagem
ca, léxica e semântica; em certos momentos ocorrem duas ou mais oral no português: falá, vendê, curti (em vez de curtir), compô.
variações ao mesmo tempo em um discurso. - O acréscimo de vogal no início de certas palavras: eu me alem-
Entenda: a variação linguística é inerente ao discurso dos falan- bro, o pássaro avoa, formas comuns na linguagem clássica, hoje fre-
tes de qualquer língua, pois a língua é a forma que o homem tem quentes na fala caipira.
de entender o seu universo interno e externo; portanto, a idade, o - A queda de sons no início de palavras: ocê, cê, ta, tava, marelo
sexo, o meio social, o espaço geográfico, tudo isso torna a língua (amarelo), margoso (amargoso), características na linguagem oral
peculiar.3 coloquial.
- A redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis (Petró-
Os dois aspectos mais facilmente perceptíveis da variação lin- polis), fórfi (fósforo), porva (pólvora), todas elas formas típicas de
guística são a pronúncia e o vocabulário. pessoas de baixa condição social.
- A pronúncia do “l” final de sílaba como “u” (na maioria das
Tipos de Variações regiões do Brasil) ou como “l” (em certas regiões do Rio Grande
do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na linguagem caipira):
a) As variações de uma região para outra são chamadas varian- quintau, quintar, quintal; pastéu, paster, pastel; faróu, farór, farol.
tes diatópicas. Como por exemplo: “Abóbora” em certos locais é - Deslocamento do “r” no interior da sílaba: largato, preguntar,
conhecida como “Jerimum”. estrupo, cardeneta, típicos de pessoas de baixa condição social.

3 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier.2013. 4 PLATÃO, Fiorin, Lições de Texto. Ática. 2011.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Variações Morfológicas - A escolha do adjetivo maior em vez do advérbio muito para


São as que ocorrem nas formas constituintes da palavra. Nes- formar o grau superlativo dos adjetivos, características da lingua-
se domínio, as diferenças entre as variantes não são tão numero- gem jovem de alguns centros urbanos: maior legal; maior difícil;
sas quanto as de natureza fônica, mas não são desprezíveis. Como Esse amigo é um carinha maior esforçado.
exemplos, podemos citar: - As diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas e, às
- O uso do prefixo hiper- em vez do sufixo -íssimo para criar o vezes, tão surpreendentes, que têm sido objeto de piada de lado a
superlativo de adjetivos, recurso muito característico da linguagem lado do Oceano. Em Portugal chamam de cueca aquilo que no Brasil
jovem urbana: um cara hiper-humano (em vez de humaníssimo), chamamos de calcinha; o que chamamos de fila no Brasil, em Por-
uma prova hiperdifícil (em vez de dificílima), um carro hiperpossan- tugal chamam de bicha; café da manhã em Portugal se diz pequeno
te (em vez de possantíssimo). almoço; camisola em Portugal traduz o mesmo que chamamos de
- A conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos regula- suéter, malha, camiseta.
res: ele interviu (interveio), se ele manter (mantiver), se ele ver (vir)
o recado, quando ele repor (repuser). Designações das Variantes Lexicais
- A conjugação de verbos regulares pelo modelo de irregulares: - Arcaísmo: diz-se de palavras que já caíram de uso e, por isso,
vareia (varia), negoceia (negocia). denunciam uma linguagem já ultrapassada e envelhecida. É o caso
- Uso de substantivos masculinos como femininos ou vice- de reclame, em vez de anúncio publicitário; na década de 60, o ra-
-versa: duzentas gramas de presunto (duzentos), a champanha (o paz chamava a namorada de broto (hoje se diz gatinha ou forma
champanha), tive muita dó dela (muito dó), mistura do cal (da cal). semelhante), e um homem bonito era um pão; na linguagem antiga,
- A omissão do “s” como marca de plural de substantivos e ad- médico era designado pelo nome físico; um bobalhão era chamado
jetivos (típicos do falar paulistano): os amigo e as amiga, os livro de coió ou bocó; em vez de refrigerante usava-se gasosa; algo muito
indicado, as noite fria, os caso mais comum. bom, de qualidade excelente, era supimpa.
- O enfraquecimento do uso do modo subjuntivo: Espero que o - Neologismo: é o contrário do arcaísmo. Trata-se de palavras
Brasil reflete (reflita) sobre o que aconteceu nas últimas eleições; Se recém-criadas, muitas das quais mal ou nem entraram para os di-
eu estava (estivesse) lá, não deixava acontecer; Não é possível que cionários. A moderna linguagem da computação tem vários exem-
ele esforçou (tenha se esforçado) mais que eu. plos, como escanear, deletar, printar; outros exemplos extraídos da
tecnologia moderna são mixar (fazer a combinação de sons), robo-
Variações Sintáticas tizar, robotização.
Dizem respeito às correlações entre as palavras da frase. No - Estrangeirismo: trata-se do emprego de palavras empresta-
domínio da sintaxe, como no da morfologia, não são tantas as dife- das de outra língua, que ainda não foram aportuguesadas, preser-
renças entre uma variante e outra. Como exemplo, podemos citar: vando a forma de origem. Nesse caso, há muitas expressões lati-
- O uso de pronomes do caso reto com outra função que não nas, sobretudo da linguagem jurídica, tais como: habeas-corpus
a de sujeito: encontrei ele (em vez de encontrei-o) na rua; não irão (literalmente, “tenhas o corpo” ou, mais livremente, “estejas em
sem você e eu (em vez de mim); nada houve entre tu (em vez de ti) liberdade”), ipso facto (“pelo próprio fato de”, “por isso mesmo”),
e ele. ipsis litteris (textualmente, “com as mesmas letras”), grosso modo
- O uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe (em vez de (“de modo grosseiro”, “impreciso”), sic (“assim, como está escrito”),
“o”) convidei; eu lhe (em vez de “o”) vi ontem. data venia (“com sua permissão”).
- A ausência da preposição adequada antes do pronome relati- As palavras de origem inglesas são inúmeras: insight (com-
vo em função de complemento verbal: são pessoas que (em vez de: preensão repentina de algo, uma percepção súbita), feeling (“sensi-
de que) eu gosto muito; este é o melhor filme que (em vez de a que) bilidade”, capacidade de percepção), briefing (conjunto de informa-
eu assisti; você é a pessoa que (em vez de em que) eu mais confio. ções básicas), jingle (mensagem publicitária em forma de música).
- A substituição do pronome relativo “cujo” pelo pronome Do francês, hoje são poucos os estrangeirismos que ainda não
“que” no início da frase mais a combinação da preposição “de” com se aportuguesaram, mas há ocorrências: hors-concours (“fora de
o pronome “ele” (=dele): É um amigo que eu já conhecia a família concurso”, sem concorrer a prêmios), tête-à-tête (palestra particu-
dele (em vez de cuja família eu já conhecia). lar entre duas pessoas), esprit de corps (“espírito de corpo”, cor-
- A mistura de tratamento entre tu e você, sobretudo quando porativismo), menu (cardápio), à la carte (cardápio “à escolha do
se trata de verbos no imperativo: Entra, que eu quero falar com freguês”), physique du rôle (aparência adequada à caracterização
você (em vez de contigo); Fala baixo que a sua (em vez de tua) voz de um personagem).
me irrita. - Jargão: é o vocabulário típico de um campo profissional como
- Ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles che- a medicina, a engenharia, a publicidade, o jornalismo. No jargão
gou tarde (em grupos de baixa extração social); Faltou naquela se- médico temos uso tópico (para remédios que não devem ser inge-
mana muitos alunos; Comentou-se os episódios. ridos), apneia (interrupção da respiração), AVC ou acidente vascu-
lar cerebral (derrame cerebral). No jargão jornalístico chama-se de
Variações Léxicas gralha, pastel ou caco o erro tipográfico como a troca ou inversão
É o conjunto de palavras de uma língua. As variantes do plano de uma letra. A palavra lide é o nome que se dá à abertura de uma
do léxico, como as do plano fônico, são muito numerosas e caracte- notícia ou reportagem, onde se apresenta sucintamente o assun-
rizam com nitidez uma variante em confronto com outra. Eis alguns, to ou se destaca o fato essencial. Quando o lide é muito prolixo, é
entre múltiplos exemplos possíveis de citar: chamado de nariz-de-cera. Furo é notícia dada em primeira mão.
Quando o furo se revela falso, foi uma barriga. Entre os jornalistas

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LÍNGUA PORTUGUESA

é comum o uso do verbo repercutir como transitivo direto: __ Vá Da comparação entre as frases 1 e 2, podemos concluir que as
lá repercutir a notícia de renúncia! (esse uso é considerado errado condições sociais influem no modo de falar dos indivíduos, geran-
pela gramática normativa). do, assim, certas variações na maneira de usar uma mesma língua.
- Gíria: é o vocabulário especial de um grupo que não deseja A elas damos o nome de variações socioculturais.
ser entendido por outros grupos ou que pretende marcar sua iden-
tidade por meio da linguagem. Existe a gíria de grupos margina- - Geográfica: é, no Brasil, bastante grande e pode ser facilmen-
lizados, de grupos jovens e de segmentos sociais de contestação, te notada. Ela se caracteriza pelo acento linguístico, que é o conjun-
sobretudo quando falam de atividades proibidas. A lista de gírias é to das qualidades fisiológicas do som (altura, timbre, intensidade),
numerosíssima em qualquer língua: ralado (no sentido de afetado por isso é uma variante cujas marcas se notam principalmente na
por algum prejuízo ou má-sorte), ir pro brejo (ser malsucedido, fra- pronúncia. Ao conjunto das características da pronúncia de uma
cassar, prejudicar-se irremediavelmente), cara ou cabra (indivíduo, determinada região dá-se o nome de sotaque: sotaque mineiro, so-
pessoa), bicha (homossexual masculino), levar um lero (conversar). taque nordestino, sotaque gaúcho etc. A variação geográfica, além
- Preciosismo: diz-se que é preciosista um léxico excessiva- de ocorrer na pronúncia, pode também ser percebida no vocabu-
mente erudito, muito raro, afetado: Escoimar (em vez de corrigir); lário, em certas estruturas de frases e nos sentidos diferentes que
procrastinar (em vez de adiar); discrepar (em vez de discordar); ci- algumas palavras podem assumir em diferentes regiões do país.
nesíforo (em vez de motorista); obnubilar (em vez de obscurecer Leia, como exemplo de variação geográfica, o trecho abaixo,
ou embaçar); conúbio (em vez de casamento); chufa (em vez de em que Guimarães Rosa, no conto “São Marcos”, recria a fala de um
caçoada, troça). típico sertanejo do centro-norte de Minas:
- Vulgarismo: é o contrário do preciosismo, ou seja, o uso de
um léxico vulgar, rasteiro, obsceno, grosseiro. É o caso de quem diz, “__ Mas você tem medo dele... [de um feiticeiro chamado Man-
por exemplo, de saco cheio (em vez de aborrecido), se ferrou (em golô!].
vez de se deu mal, arruinou-se), feder (em vez de cheirar mal), ra- __ Há-de-o!... Agora, abusar e arrastar mala, não faço. Não
nho (em vez de muco, secreção do nariz). faço, porque não paga a pena... De primeiro, quando eu era moço,
isso sim!... Já fui gente. Para ganhar aposta, já fui, de noite, foras
Atenção: as variações mais importantes, para o interesse do d’hora, em cemitério... (...). Quando a gente é novo, gosta de fazer
concurso público, seria a sociocultural, a geográfica, a histórica e a bonito, gosta de se comparecer. Hoje, não, estou percurando é sos-
de situação. sego...”

Vejamos: - Histórica: as línguas não são estáticas, fixas, imutáveis. Elas


- Sóciocultural: Esse tipo de variação pode ser percebido se alteram com o passar do tempo e com o uso. Muda a forma de
com certa facilidade. Por exemplo, alguém diz a seguinte frase: falar, mudam as palavras, a grafia e o sentido delas. Essas alterações
“Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.” (frase recebem o nome de variações históricas.
1) Os dois textos a seguir são de Carlos Drummond de Andrade.
Neles, o escritor, meio em tom de brincadeira, mostra como a lín-
Que tipo de pessoa comumente fala dessa maneira? Vamos gua vai mudando com o tempo. No texto I, ele fala das palavras de
caracterizá-la, por exemplo, pela sua profissão: um advogado? Um antigamente e, no texto II, fala das palavras de hoje.
trabalhador braçal de construção civil? Um médico? Um garimpei-
ro? Um repórter de televisão? Texto I
E quem usaria a frase abaixo?
Antigamente
“Obviamente faltou-lhe coragem para enfrentar os ladrões.”
(frase 2) Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram
todas mimosas e prendadas. Não fazia anos; completavam prima-
Sem dúvida, associamos à frase 1 os falantes pertencentes a veras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões,
grupos sociais economicamente mais pobres. Pessoas que, muitas faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos
vezes, não frequentaram nem a escola primária, ou, quando muito, meses debaixo do balaio. E se levantam tábua, o remédio era tirar
fizeram-no em condições não adequadas. o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. (...) Os mais ido-
Por outro lado, a frase 2 é mais comum aos falantes que tive- sos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar a fresca; e
ram possibilidades socioeconômicas melhores e puderam, por isso, também tomava cautela de não apanhar sereno. Os mais jovens,
ter um contato mais duradouro com a escola, com a leitura, com esses iam ao animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo, chupan-
pessoas de um nível cultural mais elevado e, dessa forma, “aperfei- do balas de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano; os quais,
çoaram” o seu modo de utilização da língua. de pouco siso, se metiam em camisas de onze varas, e até em calças
Convém ficar claro, no entanto, que a diferenciação feita acima pardas; não admira que dessem com os burros n’agua.
está bastante simplificada, uma vez que há diversos outros fatores (...) Embora sem saber da missa a metade, os presunçosos que-
que interferem na maneira como o falante escolhe as palavras e riam ensinar padre-nosso ao vigário, e com isso punham a mão em
constrói as frases. Por exemplo, a situação de uso da língua: um cumbuca. Era natural que com eles se perdesse a tramontana. A
advogado, num tribunal de júri, jamais usaria a expressão “tá na pessoa cheia de melindres ficava sentida com a desfeita que lhe
cara”, mas isso não significa que ele não possa usá-la numa situação faziam quando, por exemplo, insinuavam que seu filho era artioso.
informal (conversando com alguns amigos, por exemplo).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Verdade seja que às vezes os meninos eram mesmo encapetados; Ô mano, ta difícil de te entendê.
chegavam a pitar escondido, atrás da igreja. As meninas, não: ver-
dadeiros cromos, umas teteias. Esse modo de dizer, que é adequado a um diálogo em situação
(...) Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os me- informal, não tem cabimento se o interlocutor é o professor em si-
ninos, lombrigas; asthma os gatos, os homens portavam ceroulas, tuação de aula.
bortinas a capa de goma (...). Não havia fotógrafos, mas retratistas, Assim, um único indivíduo não fala de maneira uniforme em to-
e os cristãos não morriam: descansavam. das as circunstâncias, excetuados alguns falantes da linguagem cul-
Mas tudo isso era antigamente, isto é, doutora. ta, que servem invariavelmente de uma linguagem formal, sendo,
por isso mesmo, considerados excessivamente formais ou afetados.
Texto II São muitos os fatores de situação que interferem na fala de um
indivíduo, tais como o tema sobre o qual ele discorre (em princípio
Entre Palavras ninguém fala da morte ou de suas crenças religiosas como falaria
de um jogo de futebol ou de uma briga que tenha presenciado), o
Entre coisas e palavras – principalmente entre palavras – circu- ambiente físico em que se dá um diálogo (num templo não se usa
lamos. A maioria delas não figura nos dicionários de há trinta anos, a mesma linguagem que numa sauna), o grau de intimidade entre
ou figura com outras acepções. A todo momento impõe-se tornar os falantes (com um superior, a linguagem é uma, com um colega
conhecimento de novas palavras e combinações. de mesmo nível, é outra), o grau de comprometimento que a fala
Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar nenhuma implica para o falante (num depoimento para um juiz no fórum es-
palavra ou locução atual, pelo seu ouvido, sem registrá-la. Amanhã, colhem-se as palavras, num relato de uma conquista amorosa para
pode precisar dela. E cuidado ao conversar com seu avô; talvez ele um colega fala-se com menos preocupação).
não entenda o que você diz. As variações de acordo com a situação costumam ser chama-
O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o copião, a Vemaguet, das de níveis de fala ou, simplesmente, variações de estilo e são
a chacrete, o linóleo, o nylon, o nycron, o ditafone, a informática, a classificadas em duas grandes divisões:
dublagem, o sinteco, o telex... Existiam em 1940?
Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, a - Estilo Formal: aquele em que é alto o grau de reflexão sobre
motoneta, a Velo-Solex, o biquíni, o módulo lunar, o antibiótico, o o que se diz, bem como o estado de atenção e vigilância. É na lin-
enfarte, a acupuntura, a biônica, o acrílico, o ta legal, a apartheid, o guagem escrita, em geral, que o grau de formalidade é mais tenso.
som pop, as estruturas e a infraestrutura.
Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro Mundo, - Estilo Informal (ou coloquial): aquele em que se fala com des-
a descapitalização, o desenvolvimento, o unissex, o bandeirinha, o preocupação e espontaneidade, em que o grau de reflexão sobre o
mass media, o Ibope, a renda per capita, a mixagem. que se diz é mínimo. É na linguagem oral íntima e familiar que esse
Só? Não. Tem seu lugar ao sol a metalinguagem, o servomeca- estilo melhor se manifesta.
nismo, as algias, a coca-cola, o superego, a Futurologia, a homeos- Como exemplo de estilo coloquial vem a seguir um pequeno
tasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o Incra, a Unesco, o trecho da gravação de uma conversa telefônica entre duas univer-
Isop, a Oea, e a ONU. sitárias paulistanas de classe média, transcrito do livro Tempos Lin-
Estão reclamando, porque não citei a conotação, o conglome- guísticos, de Fernando Tarallo. As reticências indicam as pausas.
rado, a diagramação, o ideologema, o idioleto, o ICM, a IBM, o fa-
lou, as operações triangulares, o zoom, e a guitarra elétrica. Eu não sei tem dia... depende do meu estado de espírito, tem
Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra tenso- dia que minha voz... mais ta assim, sabe? taquara rachada? Fica as-
ra, vela de ignição, engarrafamento, Detran, poliéster, filhotes de sim aquela voz baixa. Outro dia eu fui lê um artigo, lê?! Um menino
bonificação, letra imobiliária, conservacionismo, carnet da girafa, lá que faiz pós-graduação na, na GV, ele me, nóis ficamo até duas
poluição. hora da manhã ele me explicando toda a matéria de economia, das
Fundos de investimento, e daí? Também os de incentivos fis- nove da noite.
cais. Knon-how. Barbeador elétrico de noventa microrranhuras.
Fenolite, Baquelite, LP e compacto. Alimentos super congelados. Como se pode notar, não há preocupação com a pronúncia
Viagens pelo crediário, Circuito fechado de TV Rodoviária. Argh! nem com a continuidade das ideias, nem com a escolha das pala-
Pow! Click! vras. Para exemplificar o estilo formal, eis um trecho da gravação
Não havia nada disso no Jornal do tempo de Venceslau Brás, ou de uma aula de português de uma professora universitária do Rio
mesmo, de Washington Luís. Algumas coisas começam a aparecer de Janeiro, transcrito do livro de Dinah Callou. A linguagem falada
sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na esquina, para consumo geral. culta na cidade do Rio de Janeiro. As pausas são marcadas com re-
A enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo Spitzer. ticências.
Está aí, na vida de todos os dias. Entre palavras circulamos, vivemos,
morremos, e palavras somos, finalmente, mas com que significado? O que está ocorrendo com nossos alunos é uma fragmentação
(Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa, Rio de Janeiro, do ensino... ou seja... ele perde a noção do todo... e fica com uma
Nova Aguiar, 1988) série... de aspectos teóricos... isolados... que ele não sabe vincular
a realidade nenhuma de seu idioma... isto é válido também para a
- De Situação: aquelas que são provocadas pelas alterações faculdade de letras... ou seja... né? há uma série... de conceitos teó-
das circunstâncias em que se desenrola o ato de comunicação. Um ricos... que têm nomes bonitos e sofisticados... mas que... na hora
modo de falar compatível com determinada situação é incompatí- de serem empregados... deixam muito a desejar...
vel com outra:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Nota-se que, por tratar-se de exposição oral, não há o grau de A memória do já vivido e a sua narração numa história é o que
formalidade e planejamento típico do texto escrito, mas trata-se de possibilita a construção da História e das nossas histórias pessoais.
um estilo bem mais formal e vigiado que o da menina ao telefone. Só os feitos e os acontecimentos narrados em histórias são capazes
de salvaguardar nossa existência e nossa identidade.
Preconceito Linguístico Só conservados pela lembrança é que os feitos e os aconteci-
mentos podem entrar no tempo e fazer parte de um passado. Re-
É aquele5 gerado pelas diferenças linguísticas existentes dentre cente ou antigo.
de um mesmo idioma. (CRITELLI, Dulce. In cronicasbrasil.blogspot.com/search/ label/Dul-
De tal maneira, está associado as diferenças regionais desde ce%20 Critelli)
dialetos, regionalismo, gírias e sotaques, os quais são desenvolvidos O título “Lembrança e esquecimento” constitui uma antítese
ao longo do tempo e que envolvem os aspectos históricos, sociais e que está relacionada a uma oposição de ideias presentes no texto,
culturais de determinado grupo. correspondente:
O preconceito linguístico é um dos tipos de preconceito mais (A) as gerações mais velhas e os mais jovens.
empregados na atualidade e pode ser um importante propulsor da (B) os feitos e acontecimentos passados e a vida presente.
exclusão social. (C) a geração dos professores e a geração dos alunos.
(D) as mudanças do passado e a permanência do presente.
(E) o passado narrado e o passado sem narração.
QUESTÕES
2. (CORE-MT – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – INSTITUTO EX-
1. (PREFEITURA DE ARACRUZ - ES – CONTADOR - IBADE - 2019) CELÊNCIA – 2019)
LEMBRANÇA E ESQUECIMENTO Morte
“Como é antigo o passado recente!” Gostaria que a frase fosse Sou, em princípio, contra a pena de morte, mas admito algu-
minha, mas ela é de Nelson Rodrigues numa crônica de “A Menina mas exceções. Por exemplo: pessoas que contam anedotas como se
sem Estrela”. Também fico perplexa com esse fenômeno rápido e fossem experiências reais vividas por elas e só no fim você descobre
turbulento que é o tempo da vida. Não são poucas as vezes em que é anedota. Estas deviam ser fuziladas.
que me volto para algum acontecimento acreditando que ele ainda Todos os outros crimes puníveis com a pena capital, na minha
é atual e descubro que ele faz parte do passado para outros. Um opinião, têm a ver, de alguma maneira, com telefone.
exemplo é quando, em sala de aula, refiro-me a eventos que se pas- Cadeira elétrica para as telefonistas que perguntam: “Da onde?”
saram nos anos 70 e meus alunos me olham como se eu falasse da Forca para pessoas que estendem o polegar e o dedinho ao lado da
Idade Média... E eu nem contei para eles que andei de bonde! cabeça quando querem imitar um telefone. Curiosamente, uma mímica
A distância entre nós não é apenas uma questão de gerações. desenvolvida há pouco. Ninguém, misericordiosamente, tinha pensado
Eles nasceram em um mundo já transformado pela tecnologia e nela antes, embora o telefone, o polegar e o mindinho existam há anos.
pela informática. Uma transformação que começou nos anos 50 Garrote vil para os donos de telefone celular em geral e garro-
e que não nos trouxe somente mais eletrodomésticos e aparelhos te seguido de desmembramento para os donos de telefone celular
digitais. Ela instalou uma transformação radical do nosso modo de que gostam de falar no meio de multidões e fazem questão de que
vida. todos saibam que se atrasou para a reunião porque o furúnculo in-
Mudou o mundo e mudou o jeito de viver. Mudou o jeito de feccionou. Claro, a condenação só viria depois de um julgamento,
namorar, de vestir, de procurar emprego, de andar na rua e de se mas com o Aristides Junqueira na defesa.
locomover pela cidade. Mudou o corpo. Mudou o jeito de escrever, (L. F. Veríssimo, “Morte”, Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 22/12/1994.
de estudar, de morar e de se divertir. Mudou o valor da vida, do Caderno Opinião, p. 11)
dinheiro e das pessoas... O texto lido é uma crônica. Assinale a alternativa em que a de-
Outros tempos. E, quando um jeito de viver muda, ele não tem finição contraria a justificativa inicial:
volta. Não se pode ter a experiência dele nunca mais. Por isso, meus (A) Porque se ocupa em relatar e expor determinada pessoa,
alunos e eu só podemos compartilhar o tempo atual. Não podemos objeto, lugar ou acontecimento.
compartilhar um tempo que, para eles, é passado, mas, para mim, (B) Porque é um tipo de texto narrativo curto, geralmente,
ainda é presente. Os fatos de 30 anos atrás não são passado na mi- produzido para meios de comunicação, por exemplo, jornais,
nha vida. Para mim, meu passado não passou e minha história não revistas, etc.
envelhece. Minha memória pode alcançar os acontecimentos que (C) Porque se encarrega de expor um tema ou assunto por
vivi a qualquer momento, e posso revivê-los como se ocorressem meio de argumentações.
agora. Mas, se eu os narrar, quem me ouve não pode, como eu, (D) Porque é um tipo de texto que apresenta uma linguagem
vivenciá-los. Por isso, para meus alunos, são contos o que para mim simples.
é vida. (E) Nenhuma das alternativas.
Mas é assim que corre o rio da vida dos homens, transforman-
do em palavras o que hoje é ação. Se não forem narrados, os acon-
tecimentos e os nossos feitos passam sem deixar rastros. Faladas ou
escritas, são as palavras que salvam o já vivido e o conservam entre
nós. Salvam os feitos e os acontecimentos da sua total desintegra-
ção no esquecimento.

5 https://www.todamateria.com.br/preconceito-linguistico/

24
LÍNGUA PORTUGUESA

3. (PREFEITURA DE ARACRUZ - ES - PROFESSOR DE CIÊNCIA - 4. (Prefeitura de Bom Repouso - MG - Cirurgião-Dentista - MDS


IBADE - 2019) - 2019)
CUIDEM DOS GAROTOS Partindo do pressuposto de que um texto tem estrutura a par-
1. O problema de Bruno está resolvido. Rapidamente, mas não tir de características gerais de um determinado gênero, identifique
poderia se diferente: raras vezes um comportamento criminoso é os gêneros descritos a seguir:
identificado e provado em pouco tempo com tanta abundância de I. Tem como principal característica transmitir a opinião de pes-
provas, tanta escassez de atenuantes. O ex-goleiro e ex-ídolo do Fla- soas de destaque sobre algum assunto de interesse. Algumas revis-
mengo mostrou ser tudo que um atleta popular não pode ser. tas têm uma seção dedicada a esse gênero;
2. Seus ex-patrões, e não falo só do flamengo, bem que po- II. Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado para o
deriam fazer um exame de consciência e perguntar a si mesmos estudo da linguagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o
se, antes de matar a companheira com repugnantes requintes de momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a
violência, Bruno já não teria dado sinais ou mesmo provas de que criação de imagens;
alguma coisa estava errada com ele. III. Gênero que apresenta uma narrativa informal ligada à vida
3. Talvez não, mas o que está mesmo em questão é a possível cotidiana. Apresenta certa dose de lirismo e sua principal caracte-
necessidade de uma política preventiva a respeito dos jogadores. rística é a brevidade;
4. Profissionais do futebol não são funcionários comuns de IV. Linguagem linear e curta, envolve poucas personagens, que
uma empresa. Ao assinarem contrato com o clube, passam a ser geralmente se movimentam em torno de uma única ação, dada em
parte de sua história e de sua imagem, o que significa tanto com- um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações encaminham-se
promisso como honra – e implica responsabilidades especiais, den- diretamente para um desfecho;
tro das quatro linhas e fora delas. V. Esse gênero é predominantemente utilizado em manuais de
5. A condição de ídolo popular tem tantas responsabilidades eletrodomésticos, jogos eletrônicos, receitas, rótulos de produtos,
quanto prazeres. Sei que estou apenas citando lugares-comuns, entre outros.
o que pode ser cansativo para o leitor, mas peço um pouco de São, respectivamente:
paciência: eles só ficam comuns por serem verdadeiros e resistirem (A) texto instrucional, crônica, carta, entrevista e carta argu-
ao tempo. mentativa.
6. O Flamengo agiu com rapidez e eficiência, tanto quanto a (B) carta, bula de remédio, narração, prosa, crônica.
polícia, no caso do Bruno, mas o torcedor tem o direito de perguntar: (C) entrevista, poesia, crônica, conto, texto instrucional.
o que o clube e os outros estão dispostos a fazer, não para reagir a (D) entrevista, poesia, conto, crônica, texto instrucional.
episódios semelhantes, mas simplesmente para evitá-los?
7. É comum, e absolutamente desejável, que rapazes, muitos 5. (PREF. DE RONDONÓPOLIS - MT – PROCURADOR – PREF. DE
ainda adolescentes, mostrem nos gramados um grau de excelência RONDONÓPOLIS - MT - 2019)
no exercício da profissão prematuro e incomum em outras Instrução: Leia atentamente o texto a seguir e responda à
profissões. As leis da concorrência mandam que sejam regiamente questão.  
pagos por isso, mas o sucesso antes da maturidade tem riscos A gente se torna (ou acha que se torna) um pouco mais senhor
óbvios. Talvez deva partir dos clubes, tanto por razões éticas como de si, de seus limites, e até faz algumas escolhas acertadas. Esse
em defesa de sua própria imagem, a iniciativa de preparar suas é um dos dons da maturidade. Com sorte e sabedoria, mais tarde
jovens estrelas para a administração correta do sucesso. Dá traba- poderemos descobrir que também faz parte do envelhecer.
lho com certeza, mas, em prazo não muito longo, trata-se da defesa O tempo não é mais apenas o futuro, quando vou crescer,
de seus interesses e de seu patrimônio, sem falar no aspecto ético quando vou ser independente, quando vou casar, transar, ter filhos,
de uma política nesse sentido. viajar, quando? Agora existe um passado: quando eu era criança,
8. O caso de Bruno é, obviamente, uma aberração. Não quando fiz vestibular, quando transei, quando me casei, quando
conheço outro craque assassino, mas não faltam exemplos de bons comecei a trabalhar ... e nos damos conta de que estamos no auge
jogadores que jogaram fora suas carreiras e não foram cidadãos da juventude, a maturidade logo ali, e tantos compromissos, tanto
exemplares – ou pelo menos cidadãos comuns – por absoluta desejo, já tanta frustração.
incompetência na administração do êxito. Principalmente porque (LUFT, Lya. O tempo é um rio que corre. Rio de Janeiro:
o sucesso no esporte costuma chegar muito antes do que acontece Record, 2014.)
com outras profissões. A respeito do texto, analise as afirmativas. I- Por ser curto, or-
9. Bruno não foi formado no Flamengo. A ele chegou pronto, ganizado em torno de um único foco temático, com poeticidade na
para o melhor e para o pior. O que fez de sua vida não é culpa do construção da linguagem, esse texto pertence ao gênero crônica.
clube, mas serve como advertência para todos os clubes, II- A reflexão presente no texto volta-se a um tempo de maturidade,
10. Cartolas, cuidem de seu patrimônio, cuidem de seus em que o passado, hoje, seria o futuro ontem. III- O tom irônico do
garotos. texto busca prender a atenção do leitor, envolvendo -o na temática,
Luiz Garcia – Cronista do Jornal O Globo Falecido em abril de 2018 mesmo sem muitos detalhes. IV- O texto, escrito em primeira pes-
A crônica é um tipo de texto: soa do singular (vou, eu era, me casei), utiliza linguagem simples
(A) narrativo longo. com predominância de oralidade.
(B) narrativo curto. Estão corretas as afirmativas
(C) descritivo curto. (A) I, II e III, apenas.
(D) descritivo longo. (B) II, III e IV, apenas.
(E) expositivo. (C) I e IV, apenas.
(D) I e II, apenas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

6. (FMPA – MG) 8. (UNIFOR CE – 2006)


Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamen- Dia desses, por alguns momentos, a cidade parou. As televi-
te aplicada: sões hipnotizaram os espectadores que assistiram, sem piscar, ao
(A) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. resgate de uma mãe e de uma filha. Seu automóvel caíra em um
(B) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros. rio. Assisti ao evento em um local público. Ao acabar o noticiário, o
(C) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. silêncio em volta do aparelho se desfez e as pessoas retomaram as
(D) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever. suas ocupações habituais. Os celulares recomeçaram a tocar. Per-
(E) A cessão de terras compete ao Estado. guntei-me: indiferença? Se tomarmos a definição ao pé da letra,
indiferença é sinônimo de desdém, de insensibilidade, de apatia e
7. (UEPB – 2010) de negligência. Mas podemos considerá-la também uma forma de
Um debate sobre a diversidade na escola reuniu alguns, dos ceticismo e desinteresse, um “estado físico que não apresenta nada
maiores nomes da educação mundial na atualidade. de particular”; enfim, explica o Aurélio, uma atitude de neutralida-
Carlos Alberto Torres de.
Conclusão? Impassíveis diante da emoção, imperturbáveis
1O tema da diversidade tem a ver com o tema identidade. Por- diante da paixão, imunes à angústia, vamos hoje burilando nossa
tanto, 2quando você discute diversidade, um tema que cabe muito no indiferença. Não nos indignamos mais! À distância de tudo, segui-
3
pensamento pós-modernista, está discutindo o tema da 4diversida- mos surdos ao barulho do mundo lá fora. Dos movimentos de mas-
de não só em ideias contrapostas, mas também em 5identidades que sa “quentes” (lembram-se do “Diretas Já”?) onde nos fundíamos na
se mexem, que se juntam em uma só pessoa. E 6este é um processo igualdade, passamos aos gestos frios, nos quais indiferença e dis-
de aprendizagem. Uma segunda afirmação é 7que a diversidade está tância são fenômenos inseparáveis. Neles, apesar de iguais, somos
relacionada com a questão da educação 8e do poder. Se a diversidade estrangeiros ao destino de nossos semelhantes. […]
fosse a simples descrição 9demográfica da realidade e a realidade fos- (Mary Del Priore. Histórias do cotidiano. São Paulo: Contexto, 2001.
se uma boa articulação 10dessa descrição demográfica em termos de p.68)
constante articulação 11democrática, você não sentiria muito a pre- Dentre todos os sinônimos apresentados no texto para o vo-
sença do tema 12diversidade neste instante. Há o termo diversidade cábulo indiferença, o que melhor se aplica a ele, considerando-se
porque há 13uma diversidade que implica o uso e o abuso de poder, o contexto, é
de uma 14perspectiva ética, religiosa, de raça, de classe. (A) ceticismo.
[…] (B) desdém.
Rosa Maria Torres (C) apatia.
(D) desinteresse.
1
5O tema da diversidade, como tantos outros, hoje em dia, (E) negligência.
abre 16muitas versões possíveis de projeto educativo e de projeto
17
político e social. É uma bandeira pela qual temos que reivindicar, 9. (CASAN – 2015) Observe as sentenças.
18
e pela qual temos reivindicado há muitos anos, a necessidade 19de I. Com medo do escuro, a criança ascendeu a luz.
reconhecer que há distinções, grupos, valores distintos, e 20que a II. É melhor deixares a vida fluir num ritmo tranquilo.
escola deve adequar-se às necessidades de cada grupo. 21Porém, o III. O tráfico nas grandes cidades torna-se cada dia mais difícil
tema da diversidade também pode dar lugar a uma 22série de coisas para os carros e os pedestres.
indesejadas. Assinale a alternativa correta quanto ao uso adequado de ho-
[…] mônimos e parônimos.
Adaptado da Revista Pátio, Diversidade na educação: limites e possibi- (A) I e III.
lidades. Ano V, nº 20, fev./abr. 2002, p. 29. (B) II e III.
Do enunciado “O tema da diversidade tem a ver com o tema (C) II apenas.
identidade.” (ref. 1), pode-se inferir que (D) Todas incorretas.
I – “Diversidade e identidade” fazem parte do mesmo campo
semântico, sendo a palavra “identidade” considerada um hiperôni- 10. (UFMS – 2009)
mo, em relação à “diversidade”. Leia o artigo abaixo, intitulado “Uma questão de tempo”, de
II – há uma relação de intercomplementariedade entre “diversi- Miguel Sanches Neto, extraído da Revista Nova Escola Online, em
dade e identidade”, em função do efeito de sentido que se instaura 30/09/08. Em seguida, responda.
no paradigma argumentativo do enunciado. “Demorei para aprender ortografia. E essa aprendizagem con-
III – a expressão “tem a ver” pode ser considerada de uso co- tou com a ajuda dos editores de texto, no computador. Quando eu
loquial e indica nesse contexto um vínculo temático entre “diversi- cometia uma infração, pequena ou grande, o programa grifava em
dade e identidade”. vermelho meu deslize. Fui assim me obrigando a escrever minima-
Marque a alternativa abaixo que apresenta a(s) proposi- mente do jeito correto.
ção(ões) verdadeira(s). Mas de meu tempo de escola trago uma grande descoberta,
(A) I, apenas a do monstro ortográfico. O nome dele era Qüeqüi Güegüi. Sim,
(B) II e III esse animal existiu de fato. A professora de Português nos disse que
(C) III, apenas devíamos usar trema nas sílabas qüe, qüi, güe e güi quando o u é
(D) II, apenas pronunciado. Fiquei com essa expressão tão sonora quanto enig-
(E) I e II mática na cabeça.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quando meditava sobre algum problema terrível – pois na pré- 13. (SEDUC/SP – 2018) Preencha as lacunas das frases abaixo
-adolescência sempre temos problemas terríveis –, eu tentava me com “por que”, “porque”, “por quê” ou “porquê”. Depois, assinale a
libertar da coisa repetindo em voz alta: “Qüeqüi Güegüi”. Se numa alternativa que apresenta a ordem correta, de cima para baixo, de
prova de Matemática eu não conseguia me lembrar de uma fórmu- classificação.
la, lá vinham as palavras mágicas. “____________ o céu é azul?”
Um desses problemas terríveis, uma namorada, ouvindo minha “Meus pais chegaram atrasados, ____________ pegaram trân-
evocação, quis saber o que era esse tal de Qüeqüi Güegüi. sito pelo caminho.”
– Você nunca ouviu falar nele? – perguntei. “Gostaria muito de saber o ____________ de você ter faltado
– Ainda não fomos apresentados – ela disse. ao nosso encontro.”
– É o abominável monstro ortográfico – fiz uma falsa voz de “A Alemanha é considerada uma das grandes potências mun-
terror. diais. ____________?”
– E ele faz o quê? (A) Porque – porquê – por que – Por quê
– Atrapalha a gente na hora de escrever. (B) Porque – porquê – por que – Por quê
Ela riu e se desinteressou do assunto. Provavelmente não sabia (C) Por que – porque – porquê – Por quê
usar trema nem se lembrava da regrinha. (D) Porquê – porque – por quê – Por que
Aos poucos, eu me habituei a colocar as letras e os sinais no (E) Por que – porque – por quê – Porquê
lugar certo. Como essa aprendizagem foi demorada, não sei se con-
seguirei escrever de outra forma – agora que teremos novas regras. 14. (CEITEC – 2012) Os vocábulos Emergir e Imergir são parô-
Por isso, peço desde já que perdoem meus futuros erros, que servi- nimos: empregar um pelo outro acarreta grave confusão no que
rão ao menos para determinar minha idade. se quer expressar. Nas alternativas abaixo, só uma apresenta uma
– Esse aí é do tempo do trema.” frase em que se respeita o devido sentido dos vocábulos, selecio-
Assinale a alternativa correta. nando convenientemente o parônimo adequado à frase elaborada.
(A) As expressões “monstro ortográfico” e “abominável mons- Assinale-a.
tro ortográfico” mantêm uma relação hiperonímica entre si. (A) A descoberta do plano de conquista era eminente.
(B) Em “– Atrapalha a gente na hora de escrever”, conforme a (B) O infrator foi preso em flagrante.
norma culta do português, a palavra “gente” pode ser substi- (C) O candidato recebeu despensa das duas últimas provas.
tuída por “nós”. (D) O metal delatou ao ser submetido à alta temperatura.
(C) A frase “Fui-me obrigando a escrever minimamente do jeito (E) Os culpados espiam suas culpas na prisão.
correto”, o emprego do pronome oblíquo átono está correto de
acordo com a norma culta da língua portuguesa. 15. (FMU) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão
(D) De acordo com as explicações do autor, as palavras pregüiça grafadas corretamente.
e tranqüilo não serão mais grafadas com o trema. (A) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar
(E) A palavra “evocação” (3° parágrafo) pode ser substituída no (B) alteza, empreza, francesa, miudeza
texto por “recordação”, mas haverá alteração de sentido. (C) cuscus, chimpazé, encharcar, encher
(D) incenso, abcesso, obsessão, luxação
11. (INSTITUTO AOCP/2017 – EBSERH) Assinale a alternativa (E) chineza, marquês, garrucha, meretriz
em que todas as palavras estão adequadamente grafadas.
(A) Silhueta, entretenimento, autoestima. 16. (FUNRIO – 2012) “Todos querem que nós
(B) Rítimo, silueta, cérebro, entretenimento. ____________________.”
(C) Altoestima, entreterimento, memorização, silhueta. Apenas uma das alternativas completa coerente e adequada-
(D) Célebro, ansiedade, auto-estima, ritmo. mente a frase acima. Assinale-a.
(E) Memorização, anciedade, cérebro, ritmo. (A) desfilando pelas passarelas internacionais.
(B) desista da ação contra aquele salafrário.
12. (ALTERNATIVE CONCURSOS/2016 – CÂMARA DE BANDEI- (C) estejamos prontos em breve para o trabalho.
RANTES-SC) Algumas palavras são usadas no nosso cotidiano de (D) recuperássemos a vaga de motorista da firma.
forma incorreta, ou seja, estão em desacordo com a norma culta (E) tentamos aquele emprego novamente.
padrão. Todas as alternativas abaixo apresentam palavras escritas
erroneamente, exceto em: 17. (ITA - 1997) Assinale a opção que completa corretamente
(A) Na bandeija estavam as xícaras antigas da vovó. as lacunas do texto a seguir:
(B) É um privilégio estar aqui hoje. “Todas as amigas estavam _______________ ansiosas
(C) Fiz a sombrancelha no salão novo da cidade. _______________ ler os jornais, pois foram informadas de que as
(D) A criança estava com desinteria. críticas foram ______________ indulgentes ______________ ra-
(E) O bebedoro da escola estava estragado. paz, o qual, embora tivesse mais aptidão _______________ ciên-
cias exatas, demonstrava uma certa propensão _______________
arte.”
(A) meio - para - bastante - para com o - para - para a
(B) muito - em - bastante - com o - nas - em
(C) bastante - por - meias - ao - a - à
(D) meias - para - muito - pelo - em - por
(E) bem - por - meio - para o - pelas – na

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LÍNGUA PORTUGUESA

18. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo (C) da generalização, no primeiro caso, com a introdução de
com a gramática: informação conhecida, e da especificação, no segundo, com
I - Os brasileiros somos todos eternos sonhadores. informação nova.
II - Muito obrigadas! – disseram as moças. (D) da introdução de uma informação nova, no primeiro caso,
III - Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada. e da retomada de uma informação já conhecida, no segundo.
IV - A pobre senhora ficou meio confusa. (E) de informações novas, nas duas ocorrências, motivo pelo
V - São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso. qual são introduzidas de forma mais generalizada
(A) em I e II
(B) apenas em IV 22. (UFMG-ADAPTADA) As expressões em negrito correspon-
(C) apenas em III dem a um adjetivo, exceto em:
(D) em II, III e IV (A) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo.
(E) apenas em II (B) Demorava-se de propósito naquele complicado banho.
(C) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira.
19. (CESCEM–SP) Já ___ anos, ___ neste local árvores e flores. (D) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga
Hoje, só ___ ervas daninhas. sem fim.
(A) fazem, havia, existe (E) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça.
(B) fazem, havia, existe
(C) fazem, haviam, existem 23. (UMESP) Na frase “As negociações estariam meio abertas
(D) faz, havia, existem só depois de meio período de trabalho”, as palavras destacadas são,
(E) faz, havia, existe respectivamente:
(A) adjetivo, adjetivo
20. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concor- (B) advérbio, advérbio
dância verbal, de acordo com a norma culta: (C) advérbio, adjetivo
(A) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova. (D) numeral, adjetivo
(B) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha. (E) numeral, advérbio
(C) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
(D) Bateu três horas quando o entrevistador chegou. 24. (FUNIVERSA – CEB – ADVOGADO – 2010) Assinale a alter-
(E) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo. nativa em que todas as palavras são acentuadas pela mesma razão.
(A) “Brasília”, “prêmios”, “vitória”.
21. (UNIFESP - 2015) Leia o seguinte texto: (B) “elétrica”, “hidráulica”, “responsáveis”.
Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? (C) “sérios”, “potência”, “após”.
Uma organização não governamental holandesa está propondo (D) “Goiás”, “já”, “vários”.
um desafio que muitos poderão considerar impossível: ficar 99 dias (E) “solidária”, “área”, “após”.
sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o
grau de felicidade dos usuários longe da rede social. 25. (CESGRANRIO – CMB – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRA-
O projeto também é uma resposta aos experimentos psicológi- TIVO – 2012) Algumas palavras são acentuadas com o objetivo ex-
cos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é que clusivo de distingui-las de outras. Uma palavra acentuada com esse
o teste é completamente voluntário. Ironicamente, para poder par- objetivo é a seguinte:
ticipar, o usuário deve trocar a foto do perfil no Facebook e postar (A) pôr.
um contador na rede social. (B) ilhéu.
Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e felicidade (C) sábio.
dos participantes no 33º dia, no 66º e no último dia da abstinência. (D) também.
Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gastam (E) lâmpada.
em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso,
a soma média seria equivalente a mais de 28 horas, 2que poderiam 26. (AL/MT - Professor Língua Portuguesa - FGV) Sobre as varia-
ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”. ções linguísticas em geral, pode‐se afirmar que:
(http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.) (A) todas as variações linguísticas devem ser aprendidas na es-
Após ler o texto acima, examine as passagens do primeiro pa- cola
rágrafo: “Uma organização não governamental holandesa está pro- (B) algumas das variações linguísticas devem ser desprezadas,
pondo um desafio” “O objetivo é medir o grau de felicidade dos por serem deficientes.
usuários longe da rede social.” (C) as variações de caráter regional estão intimamente relacio-
A utilização dos artigos destacados justifica-se em razão: nadas às variações de caráter profissional.
(A) da retomada de informações que podem ser facilmente de- (D) as variações são testemunhos de pouco valor cultural, mas
preendidas pelo contexto, sendo ambas equivalentes seman- que não podem ser afastados dos estudos linguísticos.
ticamente. (E) a variação de maior prestígio social é a norma culta que, por
(B) de informações conhecidas, nas duas ocorrências, sendo isso mesmo, é ensinada como língua padrão.
possível a troca dos artigos nos enunciados, pois isso não alte-
raria o sentido do texto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

27. (Pref. de Cruzeiro/SP - Professor Língua Portuguesa - INST.EXCELENCIA/2016) As variações linguísticas ocorrem principalmente
nos âmbitos geográficos, temporais e sociais.
Defina variações históricas:
(A) São variações que ocorrem de acordo com o local onde vivem os falantes, sofrendo sua influência. Este tipo de variação ocorre
porque diferentes regiões têm diferentes culturas, com diferentes hábitos, modos e tradições, estabelecendo assim diferentes estru-
turas linguísticas.
(B) São variações que ocorrem de acordo com os hábitos e cultura de diferentes grupos sociais. Este tipo de variação ocorre porque
diferentes grupos sociais possuem diferentes conhecimentos, modos de atuação e sistemas de comunicação.
(C) São variações que ocorrem de acordo com o contexto ou situação em que decorre o processo comunicativo. Há momentos em que
é utilizado um registro formal e outros em que é utilizado um registro informal.
(D) São variações que ocorrem de acordo com as diferentes épocas vividas pelos falantes, sendo possível distinguir o português arcai-
co do português moderno, bem como diversas palavras que ficam em desuso.

28. (CODENI/RJ - Analista de Sistema - MSCONCURSOS)

Cereja e Magalhães definem as variedades linguísticas como variações que uma língua apresenta em razão das condições sociais, cul-
turais, regionais nas quais é utilizada. Assim, a variação linguística expressa na tirinha deve ser considerada:
(A) Gíria.
(B) Regional.
(C) Estilística.
(D) Sociológica.

29. (UFC - Auxiliar em Administração - CCV/UFC/2016) Os dialetos sociais são variações linguísticas definidas por critérios tais como
região geográfica, classe social ou nível cultural do falante. O dialeto social culto corresponde ao que se denomina língua padrão que se
caracteriza por:
(A) não se preocupar com regras gramaticais.
(B) ser empregada por literatos e cientistas.
(C) utilizar uma sintaxe mais simplificada.
(D) corresponder a subpadrão linguístico.
(E) incorporar gírias e internetês.

30. (IF/SP - Assistente em Administração - IF/SP/2018)

Há diversos fatores que podem originar as variações linguísticas. Quando, na tira acima, são citados os diferentes nomes para a mesma
planta, podemos observar um exemplo do fator:
(A) Social, já que evidencia o português falado pelas pessoas que têm acesso à escola.
(B) Profissional, porque o exercício de algumas atividades requer conhecimentos específicos.
(C) Geográfico, pois mostra as variações entre as formas que a língua portuguesa assume nas diversas regiões em que é falada.
(D) Situacional, pois, dependendo da situação comunicativa, um mesmo indivíduo emprega diferentes formas de língua.

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LÍNGUA PORTUGUESA

GABARITO QUESTÕES COMENTADAS

1 E 1-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada)


Exercer a cidadania é muito mais que um direito, é um dever,
2 C uma obrigação.
3 B Você como cidadão é parte legítima para, de acordo com a lei,
informar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte
4 C (TCE/RN) os atos ilegítimos, ilegais e antieconômicos eventualmen-
5 D te praticados pelos agentes públicos.
A garantia desse preceito advém da própria Constituição do
6 C
estado do Rio Grande do Norte, em seu artigo 55, § 3.º, que estabe-
7 B lece que qualquer cidadão, partido político ou entidade organizada
8 D da sociedade pode apresentar ao TCE/RN denúncia sobre irregula-
ridades ou ilegalidades praticadas no âmbito das administrações
9 C estadual e municipal.
10 C Exercício da cidadania. Internet: <www.tce.rn.gov.br> (com adap-
tações).
11 A Mantém-se a correção gramatical do texto se o trecho “infor-
12 B mar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/
RN) os atos ilegítimos” for reescrito da seguinte forma: informar
13 C
ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN)
14 B sobre os atos ilegítimos.
15 A ( ) CERTO
( ) ERRADO
16 C
17 A Quem informa, informa algo (os atos ilegítimos) a alguém (ao
Tribunal de Contas), portanto não há presença de preposição antes
18 C do objeto direto (os atos).
19 D RESPOSTA: ERRADO.
20 C
2-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada)
21 D A substituição da última vírgula do primeiro parágrafo do texto
22 B pela conjunção e não acarreta erro gramatical ao texto nem traz
prejuízo à sua interpretação original.
23 B ( ) CERTO
24 A ( ) ERRADO
25 A
Analisemos o trecho sugerido: Exercer a cidadania é muito
26 E mais que um direito, é um dever, uma obrigação. Se acrescentarmos
27 D a conjunção “e” teremos “é um dever e uma obrigação” = haveria
mudança no sentido, pois da maneira como foi escrito entende-se
28 D que o termo “obrigação” foi enfatizado, por isso não se conectou ao
29 B termo anterior.
RESPOSTA: ERRADO.
30 C
3-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada)
A Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Copa 2014
(CAFCOPA) constatou indícios de superfaturamento em contratos
relativos a consultorias técnicas para modelagem do projeto de
parceria público-privada usada para construir uma das arenas da
Copa 2014.
Após análise das faturas de um dos contratos, constatou-se que
os consultores apresentaram regime de trabalho incompatível com
a realidade. Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam
77,2 horas por dia no período entre 16 de setembro e sete de ou-
tubro de 2010. Os outros quatro supostamente trabalharam 38,6
horas por dia. Tendo em vista que um dia só tem 24 horas, identifi-
cou-se a ocorrência de superfaturamento no valor de R$ 2.383.248.

30
LÍNGUA PORTUGUESA

“É óbvio que tais volumes de horas trabalhadas jamais existiram. 6-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada)
Diante de tal situação, sabendo-se que o dia possui somente 24 ho- As formas verbais “apresentaram”, “trabalharam” e “Existem”
ras, resta inconteste o superfaturamento praticado nesta primeira aparecem flexionadas no plural pelo mesmo motivo: concordância
fatura de serviços”, aponta o relatório da CAFCOPA. com sujeito composto plural.
Existem outros indícios fortes que apontam para essa irregu- ( ) CERTO
laridade, pois não há nos autos qualquer folha de ponto ou docu- ( ) ERRADO
mento comprobatório da efetiva prestação dos serviços por parte
dos consultores. - os consultores apresentaram = verbo concorda com o sujeito
Internet: <www.jornaldehoje.com.br> (com adaptações). simples
- Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam = verbo
O termo “com a realidade” e a oração ‘que tais volumes de ho- concorda com o sujeito simples
ras trabalhadas jamais existiram’ desempenham a função de com- - Existem outros indícios fortes = verbo concorda com o sujeito
plemento dos adjetivos “incompatível” e ‘óbvio’, respectivamente. simples
( ) CERTO Trata-se de sujeito simples, não composto (não há dois elemen-
( ) ERRADO tos em sua composição)
RESPOSTA: ERRADO.
Voltemos ao texto: regime de trabalho incompatível com a rea-
lidade = complemento nominal de “incompatível” (afirmação do 7-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015 - adap-
enunciado correta); É óbvio que tais volumes de horas trabalhadas tada)
jamais existiram = podemos substituir a oração destacada por “Isso Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a opção
é óbvio”, o que nos indica que se trata de uma oração com função correta.
substantiva - no caso, oração subordinada substantiva subjetiva –
função de sujeito da oração principal (É óbvio), ou seja, afirmação Não vamos discorrer sobre a pré-história da aviação, sonho dos
do enunciado incorreta. antigos egípcios e gregos, que representavam alguns de seus deu-
RESPOSTA: ERRADO. ses por figuras aladas, nem sobre o vulto de estudiosos do proble-
ma, como Leonardo da Vinci, que no século XV construiu um modelo
4-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) de avião em forma de pássaro. Pode-se localizar o início da aviação
O uso dos advérbios “alegadamente” e “supostamente” con- nas experiências de alguns pioneiros que, desde os últimos anos do
corre para a argumentação apresentada no texto de que houve irre- século XIX, tentaram o voo de aparelhos então denominados mais
gularidades em um dos contratos, especificamente no que se refere pesados do que o ar, para diferenciá-los dos balões, cheios de gases,
à descrição do volume de horas trabalhadas pelos consultores. mais leves do que o ar.
( ) CERTO Ao contrário dos balões, que se sustentavam na atmosfera por
( ) ERRADO causa da menor densidade do gás em seu interior, os aviões preci-
savam de um meio mecânico de sustentação para que se elevassem
Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam 77,2 horas por seus próprios recursos. O brasileiro Santos Dumont foi o primei-
por dia no período entre 16 de setembro e sete de outubro de 2010. ro aeronauta que demonstrou a viabilidade do voo do mais pesado
Os outros quatro supostamente trabalharam 38,6 horas por dia. do que o ar. O seu voo no “14-Bis” em Paris, em 23 de outubro de
Sete funcionários alegaram ter trabalhado horas a mais e há a 1906, na presença de inúmeras testemunhas, constituiu um marco
suposição de que quatro também ultrapassaram o limite estabele- na história da aviação, embora a primazia do voo em avião seja
cido. disputada por vários países.
RESPOSTA: CERTO. <http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso em:
13/12/2015 (com adaptações).
5-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada)
A oração “que os consultores apresentaram regime de traba- A) O emprego de vírgula após “Vinci” justifica-se para isolar
lho incompatível com a realidade” funciona como complemento da oração subordinada de natureza restritiva.
forma verbal “constatou-se”. B) Em “Pode-se” o pronome “se” indica a noção de condição.
( ) CERTO C) A substituição de “então” por “naquela época” prejudica as
( ) ERRADO informações originais do texto.
D) Em “se sustentavam” e “se elevassem” o pronome “se” in-
- constatou-se que os consultores apresentaram regime de tra- dica voz reflexiva.
balho incompatível com a realidade E) O núcleo do sujeito de “constituiu” é 14-Bis.
A oração destacada pode ser substituída pelo termo “isso” (Isso A = incorreta (oração de natureza explicativa)
foi constatado), o que nos indica ser uma oração substantiva = ela B = incorreta (pronome apassivador)
funciona como sujeito da oração principal, portanto não a comple- C = incorreta
menta. Temos uma oração subordinada substantiva subjetiva. E = incorreta (voo)
RESPOSTA: ERRADO. RESPOSTA: D

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LÍNGUA PORTUGUESA

8-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) A) contribuísse


Assinale a opção correspondente a erro gramatical inserido no B) contribua
texto. C) contribuíra
A Embraer S. A. atualmente é destaque (1) internacional e D) contribuindo
passou a produzir aeronaves para rotas regionais e comerciais de E) contribuído
pequena e média densidades (2), bastante (3) utilizadas no Brasil,
Europa e Estados Unidos. Os modelos 190 e 195 ocupou (4) o espa- A substituição pode ser feita utilizando-se um verbo que in-
ço que era do Boeing 737.300, 737.500, DC-9, MD-80/81/82/83 e dique uma ação que acontecera há muito tempo (década de 60!),
Fokker 100. A companhia brasileira é hoje a terceira maior indústria portanto no pretérito mais-que-perfeito do Indicativo (contribuíra).
aeronáutica do mundo, com filiais em vários países, inclusive na (5) RESPOSTA: C
China.
<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso em:
13/12/2015. (com adaptações). 11-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
A) é destaque CIVIL - ESAF/2015 - adaptada)
B) densidades Leia o depoimento a seguir para responder às questões
C) bastante Há quase dois anos fui empossado técnico administrativo na
D) ocupou ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de trabalhar lá. Nesse
E) inclusive na tempo já fui nomeado para outros dois cargos na administração
Os modelos 190 e 195 ocupou = os modelos ocuparam pública, porém preferi ficar onde estou por diversos motivos, pro-
RESPOSTA: D fissionais e pessoais. Sinceramente, sou partidário do “não se mexe
em time que está ganhando”.
9-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos e
Assinale a opção correta quanto à justificativa em relação ao analistas, além de ser gestor substituto do setor de transportes da
emprego de vírgulas. ANAC/SP. Tenho de analisar documentação, preparar processos
O mercado de jatos executivos está em alta há alguns anos, e solicitando pagamentos mensais para empresas por serviços pres-
os maiores mercados são Estados Unidos, Brasil, França, Canadá, tados, verificar se os termos do contrato estão sendo cumpridos,
Alemanha, Inglaterra, Japão e México. Também nesse segmento a resolver alguns “pepinos” que sempre aparecem ao longo do mês,
Embraer é destaque, apesar de disputar ferozmente esse mercado além, é claro, de efetuar trabalhos eventuais que surgem conforme
com outras indústrias poderosas, principalmente a canadense Bom- a demanda.
bardier. A Embraer S.A. está desenvolvendo também uma aerona- <http://wordpress.concurseirosolitario.com.br/o-cotidianode-
ve militar, batizada de KC-390, que substituirá os antigos Hércules um-servidor-publico/> Acesso em: 17/12/2015> (com
C-130, da Força Aérea Brasileira. Para essa aeronave a Embraer S.A. adaptações).
já soma algumas centenas de pedidos e reservas.
<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm> Acesso em:
Assinale a substituição proposta que causa erro de morfossin-
13/12/2015 (com adaptações).
taxe no texto.
As vírgulas no trecho “...os maiores mercados são Estados Uni-
dos, Brasil, França, Canadá, Alemanha, Inglaterra, Japão e México.”
substituir: por:
separam
A) Há A
A) aposto explicativo que complementa oração principal.
B) Nesse tempo Durante esse tempo
B) palavras de natureza retificativa e explicativa.
C) junto juntamente
C) oração subordinada adjetiva explicativa.
D) Tenho de Tenho que
D) complemento verbal composto por objeto direto.
E) ao longo do mês no decorrer do mês
E) termos de mesma função sintática em uma enumeração.
RESPOSTA: E
A única substituição que causaria erro é a de “há” por “a”, já
que, quando empregado com o sentido de tempo passado, deve ser
10-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015)
escrito com “h” (há).
Assinale a opção que apresenta substituição correta para a for-
RESPOSTA: A
ma verbal contribuiu.
No início da década de 60, trinta anos depois de sua funda-
12-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
ção, a Panair já era totalmente nacional. Era uma época de crise
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada)
na aviação comercial brasileira, pois todas as companhias apresen-
Assinale a opção em que a pontuação permanece correta, ape-
tavam problemas operacionais e crescentes dívidas para a moder-
sar de ter sido modificada.
nização geral do serviço que prestavam. Uma novidade contribuiu
A) Há quase dois anos, fui empossado técnico administrativo
para apertar ainda mais a situação financeira dessas empresas - a
(...)
inflação. Apesar disso, não foram esses problemas, comuns às con-
B) (...) na ANAC, de São Paulo e estou muito satisfeito de tra-
correntes, que causaram a extinção da Panair.
balhar lá.
<http://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/58Panair.
C) (...) na administração pública, porém; preferi, ficar onde es-
htm>.
tou (…)
Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

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LÍNGUA PORTUGUESA

D) Sinceramente sou partidário, do “não se mexe, em time que 14-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
está ganhando”. CIVIL - ESAF/2015)
E) Trabalho na área administrativa, junto com outros técnicos e A expressão sublinhada em “Já que estou escrevendo esse arti-
analistas, além de ser, gestor substituto (…) go, sobrevivi” tem sentido de
Fiz as correções: A) conformidade.
B) na ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de trabalhar B) conclusão.
lá. C) causa.
C) na administração pública, porém preferi ficar onde estou (…) D) dedução.
D) Sinceramente, sou partidário do “não se mexe em time que E) condição.
está ganhando”. Subordinadas Adverbiais - Indicam que a oração subordinada
E) Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos e exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a
analistas, além de ser gestor substituto (…) circunstância que expressam, classificam-se em:
RESPOSTA: A - Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da
oração principal. As conjunções são: porque, que, como (= porque,
13-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) que, desde que, etc.
Leia o texto a seguir para responder às questões RESPOSTA: C

Se você é um passageiro frequente, certamente já passou por 15-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
uma turbulência. A pior da minha vida foi no meio do nada, sobre- CIVIL - ESAF/2015 - adaptada)
voando o Atlântico, e durou uma boa hora. Já que estou aqui escre- Sobre as vírgulas e as aspas empregadas no texto é correto
vendo esse artigo, sobrevivi. afirmar que
A turbulência significa que o avião vai cair? Ok, sabemos que A) a primeira vírgula separa duas orações coordenadas.
não. Apesar de também sabermos que o avião é a forma mais se- B) a vírgula antes do “e” ocorre porque o verbo da oração “e
gura de viagem, não é tão fácil lembrar disso em meio a uma tur- durou uma boa hora” é diferente do verbo da oração anterior.
bulência. Então, não custa lembrar que, mesmo quando o ar está C) a vírgula antes de “sobrevivi” marca a diferença entre os
“violento”, é impossível que ele «arremesse» o avião para o chão. tempos verbais de “estou escrevendo” e “sobrevivi”.
<http://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2015/07/ D) a vírgula que ocorre depois do “que” e a que ocorre depois
turbulencia-dos-avioes-e-perigosa.html> Acesso em:15/12/2015 de “violento” estão isolando oração intercalada.
(com adaptações). E) as aspas nas palavras “violento” e “arremesse” se justificam
porque tais palavras pertencem ao vocabulário técnico da avia-
Assinale a opção em que o primeiro período do texto foi rees- ção.
crito com correção gramatical. A = Se você é um passageiro frequente, certamente já passou
A) Na hipótese de você for um passageiro frequente, já tinha por uma turbulência – incorreta (subordinada adverbial condi-
passado por uma turbulência, com certeza. cional)
B) Certamente, já deverá ter passado por uma turbulência, se B = incorreta (vem depois de uma oração explicativa)
você fosse um passageiro frequente. C = incorreta (separando oração principal da causal)
C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já acon- E = incorreta (empregadas em sentido figurado, facilitando a
teceu de passar por uma turbulência. compreensão da descrição)
D) Com certeza, se você foi um passageiro frequente, já tivesse RESPOSTA: D
passado por uma turbulência.
E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com certe- 16-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
za, ter passado por uma turbulência. CIVIL - ESAF/2015)
A frase sublinhada em “Apesar de também sabermos que o
Correções: avião é a forma mais segura de viagem, não é tão fácil lembrar dis-
A) Na hipótese de você for (SER) um passageiro frequente, já so em meio a uma turbulência” mantém tanto seu sentido original
tinha passado (PASSOU) por uma turbulência, com certeza. quanto sua correção gramatical na opção:
B) Certamente, já deverá (DEVE) ter passado por uma turbulên- A) Embora também sabemos …
cia, se você fosse (FOR) um passageiro frequente. B) Dado também saibamos …
C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já acon- C) Pelo motivo o qual também sabemos …
teceu de passar (PASSOU) por uma turbulência. D) Em virtude de também sabermos …
D) Com certeza, se você foi (É) um passageiro frequente, já ti- E) Conquanto saibamos …
vesse passado (PASSOU) por uma turbulência.
E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com certe- Correções:
za, ter passado por uma turbulência. A) Embora também sabemos = saibamos
RESPOSTA: E B) Dado também saibamos = sabermos
C) Pelo motivo o qual também sabemos = essa deixa o período
confuso...
D) Em virtude de também sabermos = sentido diferente do
original…

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LÍNGUA PORTUGUESA

E) Conquanto saibamos = conjunção que mantém o sentido ori- 18-) (Sabesp/SP – agente de saneamento ambiental 01 –
ginal (concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia fcc/2014 - adaptada)
contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realiza- ... a navegação rio abaixo entre os séculos XVIII e XIX, começava
ção. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, em Araritaguaba...
mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.)
RESPOSTA: E
O verbo conjugado nos mesmos tempo e modo em que se en-
17-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO contra o grifado acima está em:
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) (A) ... o Tietê é um regato.
(B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas...
(C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro
Em relação às regras de acentuação, assinale a opção correta. ao rio.
(D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude...
Por que é preciso passar pelo equipamento de raios X? (E) ... e traziam ouro.
São normas internacionais de segurança. É proibido portar ob-
jetos cortantes ou perfurantes. Se você se esqueceu de despachá- “Começava” = pretérito imperfeito do Indicativo
-los, esses itens terão de ser descartados no momento da inspeção. (A) ... o Tietê é um regato. = presente do Indicativo
Como devo proceder na hora de passar pelo equipamento de- (B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas... = presen-
tector de metais? te do Indicativo
A inspeção dos passageiros por detector de metais é obriga- (C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro
tória. O passageiro que, por motivo justificado, não puder ser ins- ao rio.= pretérito perfeito do Indicativo
pecionado por meio de equipamento detector de metal deverá sub- (D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude... = pre-
meter-se à busca pessoal. As mulheres grávidas podem solicitar a sente do Indicativo
inspeção por meio de detector manual de metais ou por meio de (E) ... e traziam ouro. = pretérito imperfeito do Indicativo
busca pessoal. RESPOSTA: “E”
<http://www.infraero.gov.br/images/stories/guia/2014/
guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso em: 4/1/2016 (com 19-) (TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL -
adaptações). ESAF/2015)
A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo da Assinale o trecho sem problemas de ortografia.
conjunção “e”. A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos
B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada na desrespeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se primeiro
vogal “e” fechada. à empresa aérea contratada, para reinvindicar seus direitos
C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “deverá”. como consumidor.
D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do em- B) É possível, também, registrar reclamação contra a empresa
prego de locução com substantivo no feminino. aérea na ANAC, que analizará o fato.
E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de pala- C) Se a ANAC constatar descomprimento de normas da aviação
vra paroxítona terminada em ditongo. civil, poderá aplicar sanção administrativa à empresa.
Comentários: D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo fir-
A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo da mada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual
conjunção “e” = não é acento diferencial não é possível buscar indenização na Agência.
B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada E) Para exijir indenização por danos morais e/ou materiais, con-
na vogal “e” fechada = acentua-se por ser oxítona terminada sulte os órgãos de defesa do consumidor, e averigúe antecipa-
em “e” damente se está de posse dos comprovantes necessários.
C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “deverá” Trechos adaptados de <http://www.infraero.gov.br/images/sto-
= correta (oxítona terminada em “a”). Lembre-se de que, em ries/
verbos com pronome oblíquo, este é desconsiderado ao ana- guia/2014/guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso em:
lisar a acentuação 17/12/2015.
D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do em-
prego de locução com substantivo no feminino = o acento gra- Por itens:
ve se deve à regência do verbo “submeter” que pede preposi- A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos des-
ção (submeter-se a) respeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se (DIRIGIR-SE)
E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de pa- primeiro à empresa aérea contratada, para reinvindicar (REI-
lavra paroxítona terminada em ditongo = acentua-se por ser VINDICAR) seus direitos como consumidor.
proparoxítona B) É possível, também, registrar reclamação contra a empresa
RESPOSTA: C aérea na ANAC, que analizará (ANALISARÁ) o fato.
C) Se a ANAC constatar descomprimento (DESCUMPRIMENTO)
de normas da aviação civil, poderá aplicar sanção administra-
tiva à empresa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo fir- pleno e o bem-estar da criança e da família, Daniel defende que
mada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual devemos estar próximos dos pequenos – esse, sim, é o melhor pre-
não é possível buscar indenização na Agência. sente a ser oferecido. E que desenvolver intimidade com as crianças,
E) Para exijir (EXIGIR) indenização por danos morais e/ou ma- além de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença.
teriais, consulte os órgãos de defesa do consumidor, e averigúe Para o bem-estar delas e para toda a família.
(AVERIGUE) antecipadamente se está de posse dos comprovan- (Revista Vida Simples. Dezembro de 2015).
tes necessários. O tema central do texto a essência da infância refere-se:
RESPOSTA: D (A) Às tecnologias disponíveis.
(B) À importância do convívio familiar.
20-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO ES- (C) Às preocupações do pediatra Daniel Becker.
COLAR - EXATUS/2015 ) (D) À importância de impor limites.
Assinale a alternativa em que a palavra é acentuada pela mes- (E) Ao exagerado consumo.
ma razão que “cerimônia”:
A) tendência – crônica. Fica clara a intenção do autor: mostrar a importância do con-
B) descartáveis – uísque. vívio familiar (E que desenvolver intimidade com as crianças, além
C) búzios – vestuário. de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença. Para o
D) ótimo – cipó. bem-estar delas e para toda a família).
RESPOSTA: B
Cerimônia = paroxítona terminada em ditongo
A) tendência = paroxítona terminada em ditongo / crônica = 23-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016)
proparoxítona No excerto: “... esses têm sido verdadeiros pecados cometidos
B) descartáveis = paroxítona terminada em ditongo / uísque = à infância...”. O pronome em destaque refere-se a:
regra do hiato (A) Celular e tablet.
C) búzios = paroxítona terminada em ditongo / vestuário = pa- (B) Agenda.
roxítona terminada em ditongo (C) Aulas depois da escola.
D) ótimo = proparoxítona / cipó = oxítona terminada em “o” (D) Visitas ao shopping Center.
RESPOSTA: C (E) Conjunto de hábitos.
21-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO ES-
COLAR - EXATUS/2015 ) Voltemos ao texto: “Quais as implicações desse conjunto de há-
Os termos destacados abaixo estão corretamente analisados bitos e comportamentos para nossos filhos? Para o pediatra Daniel
quanto à função sintática em: Becker, esses têm sido (..)”
I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito. RESPOSTA: E
II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto.
III - O Boldo resolve – predicado verbal. 24-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016)
A) Apenas I e II. No fragmento: “... além de um tempo reservado ao lazer com
B) Apenas I e III. elas...”. A palavra destacada expressa ideia de:
C) Apenas II e III. (A) Ressalva.
D) I, II e III. (B) Conclusão.
I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito = correta (C) Adição.
II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto = correta (D) Advertência.
III - O Boldo resolve – predicado verbal = correta (E) Explicação.
RESPOSTA: D
Dá-nos a ideia de adição.
22-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) RESPOSTA: C

A essência da infância 25-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016)


Como a convivência íntima com os filhos é capaz de transfor- No período: “Para o pediatra Daniel Becker, esses têm sido ver-
mar dadeiros pecados cometidos à infância, que prejudicarão as crian-
a relação das crianças consigo mesmas e com o mundo ças até a vida adulta”. O verbo destacado está respectivamente no
modo e tempo do:
Crianças permanentemente distraídas com o celular ou o ta- (A) Indicativo – presente.
blet. Agenda cheia de tarefas e aulas depois da escola. Pais que não (B) Subjuntivo – pretérito.
conseguem impor limites e falar “não”. Os momentos de lazer que (C) Subjuntivo – futuro.
ficaram restritos ao shopping Center, em vez de descobertas ao ar (D) Indicativo – futuro.
livre. Quais as implicações desse conjunto de hábitos e comporta- (E) Indicativo – pretérito.
mentos para nossos filhos? Para o pediatra Daniel Becker, esses têm Quando o verbo termina em “ão”: indica uma ação que aconte-
sido verdadeiros pecados cometidos à infância, que prejudicarão as cerá – futuro do presente do Indicativo.
crianças até a vida adulta. Pioneiro da Pediatria Integral, prática RESPOSTA: D
que amplia o olhar e o cuidado para promover o desenvolvimento

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LÍNGUA PORTUGUESA

26-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) 30-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase:


Na frase: Se não chover hoje à tarde faremos um belíssimo pas- Ao terminar a prova, todos os candidatos deverão aguardar a verifi-
seio. Há indicação de: cação dos aplicadores. A oração destacada faz referência a
(A) Comparação. (A) Condição.
(B) Condição. (B) Finalidade.
(C) Tempo. (C) Tempo.
(D) Concessão. (D) Comparação.
(E) Finalidade. (E) Conformidade.
A frase nos dá a ideia do momento (tempo) em que deveremos
O trecho apresenta uma condição para que façamos um belís- aguardar a verificação por parte dos aplicadores.
simo passeio: não chover. RESPOSTA: C
RESPOSTA: B
31-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015)
27-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL 01 Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes
– FCC/2014) em outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz,
Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê ...... pela transformado em minha própria estrela.
população, ...... das enchentes e do risco de doenças que ...... depois Atribuindo-se caráter hipotético ao trecho acima, os verbos su-
delas. blinhados devem assumir a seguinte forma:
Os espaços da frase acima estarão corretamente preenchidos, (A) iria − iria ser − teria enchido
na ordem dada, por: (B) ia − tinha sido − encheria
(A) eram evitadas − temerosa − apareciam (C) viria − iria ser − encheria
(B) era evitadas − temerosa − aparecia (D) iria − teria sido − encheria
(C) era evitado − temerosas − apareciam (E) viria − teria sido − teria enchido
(D) era evitada − temeroso − aparecia
(E) eram evitadas − temeroso – aparecia O modo verbal que trabalha com hipótese é o Subjuntivo. Fa-
Destaquei os termos que se relacionam: çamos as transformações: Mas não iria pegá- -lo − o poema já
Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê eram evi- teria sido reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu boi no
tadas pela população, temerosa das enchentes e do risco de DOEN- asfalto ainda me encheria de luz, transformado em minha própria
ÇAS que APARECIAM depois delas. estrela.
Eram evitadas / temerosa / apareciam. RESPOSTA: D
RESPOSTA: A

32-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CIVIL –


28-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) FCC/2014 - adaptada)
Na frase: “O livro que estou lendo é muito interessante”. A pa- ...’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no
lavra destacada é um: interior do país...
(A) Artigo. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal
(B) Substantivo. resultante será:
(C) Adjetivo. (A) vinham indicadas.
(D) Verbo. (B) era indicado.
(E) Pronome. (C) eram indicadas.
(D) tinha indicado.
Quando conseguimos substituir o “que” por “o qual” temos um (E) foi indicada.
caso de pronome relativo – como na questão.
RESPOSTA: E ‘sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no
interior do país.
29-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016 - adaptada) As músicas produzidas no país eram indicadas pelo sertanejo,
No período: “ANS reforça campanha contra o mosquito trans- indistintamente.
missor da dengue e zika”. O verbo em destaque apresenta-se: RESPOSTA: C
(A) Na voz passiva.
(B) Na voz ativa. 33-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015)
(C) Na voz reflexiva. As normas de concordância estão respeitadas em:
(D) Na voz passiva analítica. (A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão pari-
(E) Na voz passiva sintética. siense onde se confinava criminosos e dissidentes políticos − a
Temos sujeito (ANS) praticando a ação (reforça), portanto voz Revolução Francesa levou milhares de condenados à guilhoti-
ativa. na.
RESPOSTA: B (B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Esta-
dos Unidos chegariam com algum atraso ao
Brasil, mas com efeito igualmente devastador.

36
LÍNGUA PORTUGUESA

(C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isolamen- 35-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 -
to do país, viajava na bagagem da pequena elite brasileira que adaptada)
tivera oportunidade de estudar em Portugal. Considere o texto abaixo para responder à questão.
(D) No final do século 18, haviam mudanças profundas na tec-
nologia, com a invenção das máquinas a vapor protagonizadas Sobre a vinda ao Brasil, Luiz Hildebrando Pereira da Silva afir-
pelos ingleses. mou: “Quando me aposentei na França, considerando-me ainda vá-
(E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, havia lido, hesitei antes de tomar a decisão de me reintegrar às atividades
nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard, e de pesquisa na Amazônia. Acabei decidindo. (...) Eu me ...... um ve-
chegava a três milhões de exemplares por ano a circulação de lho ranzinza se ....... ficado na França plantando rosas”.
jornais. (Adaptado de: cremesp.org.br)
Correções: Considerado o contexto, preenchem corretamente as lacunas
(A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão pa- da frase acima, na ordem dada:
risiense onde se confinava (CONFINAVAM) criminosos e dissi- (A) tornarei − tinha
dentes políticos − a Revolução Francesa levou milhares de con- (B) tornara − tivesse
denados à guilhotina. (C) tornarei − tiver
(B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Esta- (D) tornaria − tivesse
dos Unidos chegariam (CHEGARIA) com algum atraso ao Brasil, (E) tornasse – tivera
mas com efeito igualmente devastador. Pelo contexto, é possível identificar que se trata de uma hipó-
(C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isolamen- tese (se tivesse ficado na França, ele se tornaria um velho ranzinza).
to do país, viajava (VIAJAVMA) na bagagem da pequena elite RESPOSTA: D
brasileira que tivera oportunidade de estudar em Portugal.
(D) No final do século 18, haviam (HAVIA) mudanças profundas 36-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
na tecnologia, com a invenção das máquinas a vapor protago- FCC/2016 - adaptada)
nizadas pelos ingleses. O acréscimo de uma vírgula após o termo sublinhado não alte-
(E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, havia ra o sentido nem a correção do trecho:
nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard, e (A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada
chegava a três milhões de exemplares por ano a circulação de à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos.
jornais. (B) Há experiências importantes em cidades brasileiras tam-
RESPOSTA: E bém.
(C) ... uma parte prioriza a transparência como meio de pres-
34-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 - tação de contas e responsabilidade política frente à sociedade
adaptada) civil, como a ideia de governo aberto...
Considere o texto abaixo para responder à questão. (D) ...outra parte prioriza a participação popular através da in-
O pesquisador e médico sanitarista Luiz Hildebrando Pereira da teratividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de
Silva tornou-se professor titular de parasitologia em 1997, assumin- dados abertos por entidades e empresas.
do a direção dos programas de pesquisa em Rondônia − numa das (E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me-
frentes avançadas da USP na Amazônia −, que reduziram o percen- ros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de
tual de registros de malária em Rondônia de 40% para 7% do total uma pessoa na cidade.
de casos da doença na região amazônica em uma década.
(Adaptado de: revistapesquisa.fapesp.br/2014/10/09/o-cientista- Vejamos:
das-doencas-tropicais) (A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece, relacionada
... que reduziram o percentual de registros de malária em Ron- à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. =
dônia... incorreta
O elemento que justifica a flexão do verbo acima é: (B) Há experiências importantes em cidades brasileiras, tam-
(A) casos da doença. bém. = correta
(B) frentes avançadas da USP na Amazônia. (C) ... uma parte, prioriza a transparência como meio de pres-
(C) registros de malária. tação de contas e responsabilidade política frente à sociedade
(D) programas de pesquisa em Rondônia. civil, como a ideia de governo aberto... = incorreta
(E) investigações sobre a malária em Rondônia. (D) ...outra parte prioriza a participação popular através da in-
Recorramos ao texto: “assumindo a direção dos programas de teratividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de
pesquisa em Rondônia − numa das frentes avançadas da USP na dados, abertos por entidades e empresas. = incorreta
Amazônia −, que reduziram o percentual”. O termo entre “traços” (E) Contudo, existem estudos, que apontam que bastariam me-
é um aposto, uma informação a mais. O verbo se relaciona com o ros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de
termo anteriormente citado (programas). uma pessoa na cidade. = incorreta
RESPOSTA: D RESPOSTA: B

37
LÍNGUA PORTUGUESA

37-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES - (B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de se-
FCC/2016) tores urbanos são facilitadores (É FACILITADORA) de serviços
A alternativa em que a expressão sublinhada pode ser substi- imprescindíveis (IMPRESCINDÍVEIS), como saúde, educação e
tuída pelo que se apresenta entre colchetes, respeitando-se a con- segurança.
cordância, e sem quaisquer outras alterações no enunciado, é: (C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais desta-
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades in- ca-se (SE DESTACAM) em termos de inteligência, com avança-
teligentes já são viáveis economicamente em todo o mundo... dos centros de operação de dados.
[viável] (D) São necessários (É NECESSÁRIO) viabilizar projetos de ci-
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada dades inteligentes, amparados em políticas públicas que salva-
à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. guardam os dados abertos dos cidadãos.
[relacionado] (E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados
(C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armaze- permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido
nar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade ur- como espaço de fluxos.
bana... [são possíveis] RESPOSTA: E
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por
exemplo, até os dados pessoais... [pública] 39-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me- FCC/2016)
ros quatro pontos de dados... [bastaria] Foram dois segundos de desespero durante os quais contem-
Analisando: plei o distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendi-
cância...
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades in- Transpondo-se para a voz passiva o verbo sublinhado, a forma
teligentes já são viáveis economicamente em todo o mundo... resultante será:
[viável] = já é viável (A) contemplavam-se.
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada (B) foram contemplados.
à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. (C) contemplam-se.
[relacionado] = teríamos que alterar a palavra “ideia” por um (D) eram contemplados.
substantivo masculino (E) tinham sido contemplados.
(C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armaze-
nar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade O distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendi-
urbana... [são possíveis] = são possíveis armazenamentos (in- cância foram contemplados por mim.
clusão desse termo) RESPOSTA: B
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por
exemplo, até os dados pessoais... [pública] = ok 40-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me- FCC/2016)
ros quatro pontos de dados... [bastaria] = bastaria um ponto O sinal indicativo de crase está empregado corretamente em:
RESPOSTA: D (A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à uma
brisa de contentamento.
(B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de
38-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES - abraçar uma árvore gigante.
FCC/2016) (C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à escrever tudo o que
A frase cuja redação está inteiramente correta é: me propusera para o dia.
(A) Obtido pela identificação por radiofrequência, os dados das (D) A paineira sobreviverá a todas às 18 milhões de pessoas
placas de veículos são passíveis em oferecer informações valio- que hoje vivem em São Paulo.
sas acerca dos motoristas. (E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à essa tradi-
(B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de setores ção de se abraçar árvore.
urbanos são facilitadores de serviços imprecindíveis, como saú-
de, educação e segurança. Por item:
(C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais des- (A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à (A)
taca-se em termos de inteligência, com avançados centros de uma brisa de contentamento. = antes de artigo indefinido
operação de dados. (B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de
(D) São necessários viabilizar projetos de cidades inteligentes, abraçar uma árvore gigante.
amparados em políticas públicas que salvaguardam os dados (C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à (A) escrever tudo
abertos dos cidadãos. o que me propusera para o dia. = antes de verbo no infinitivo
(E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados (D) A paineira sobreviverá a todas às (AS) 18 milhões de pesso-
permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido as que hoje vivem em São Paulo. = função de artigo
como espaço de fluxos. (E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à (A) essa
Analisando: tradição de se abraçar árvore. = antes de pronome demons-
(A) Obtido (OBTIDOS) pela identificação por radiofrequência, trativo
os dados das placas de veículos são passíveis em (DE) oferecer RESPOSTA: B
informações valiosas acerca dos motoristas.

38
LÍNGUA PORTUGUESA

41-) (Câmara municipal de são Paulo – técnico administrativo 44-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
– fcc/2014) “15 segundos de novela bastam para me matar de tédio.” A
... muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era expressão “me matar de tédio” expressa
também cantor-compositor. (A) uma comparação.
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o des- (B) uma ironia.
tacado acima está empregado em: (C) um exagero.
(A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator... (D) uma brincadeira.
(B) Primeiro surgiu o cantor-compositor... (E) uma ameaça.
(C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico...
(D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil... Hipérbole = exagero
(E) ... a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução... RESPOSTA: C

Descobrir = exige objeto direto 45-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)


(A) E Adoniran estava = verbo de ligação Dizer que “a vida é um mar de rosas” é uma comparação que é
(B) Primeiro surgiu o cantor-compositor. = intransitivo denominada, em termos de linguagem figurada, de
(C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico = verbo de (A) metáfora.
ligação (B) pleonasmo.
(D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil = verbo de (C) metonímia.
ligação (D) hipérbole.
(E) ... a Revista do Rádio noticiava = exige objeto direto (E) eufemismo.
RESPOSTA: E Metáfora - consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão
em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude
42-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JU- da circunstância de que o nosso espírito as associa e percebe entre
DICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada) elas certas semelhanças. É o emprego da palavra fora de seu sen-
Atribuindo-se sentido hipotético para o segmento E é curioso tido normal.
que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham..., os verbos RESPOSTA: A
devem assumir as seguintes formas:
(A) teria sido − soubesse − viriam
(B) será − saiba − virão 46-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
(C) era − tivesse sabido − viriam “Bobagem imaginar que a vida é um mar de rosas só por causa
(D) fora − tivera sabido − vieram de um enredo açucarado.”
(E) seria − tivesse sabido – viriam Um “enredo açucarado” significa um enredo
(A) engraçado.
Hipótese é com o modo subjuntivo: E seria curioso que nunca (B) crítico.
tivesse sabido ao certo de onde eles viriam... (C) psicológico.
RESPOSTA: E (D) aventureiro.
(E) sentimental.
43-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JU-
DICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada) Questão de interpretação dentro de um contexto. Açucarado
Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mu- geralmente se refere a um texto doce, sentimental.
lungus... RESPOSTA: E
Na frase acima, alterando-se de voz passiva sintética para ana-
lítica, a forma verbal resultante é: 47-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
(A) tinha sido medida Assinale a opção cujo par não é formado por substantivo + ad-
(B) tinham sido medidos jetivo.
(C) era medida (A) Enredo açucarado.
(D) eram medidas (B) Dias atuais.
(E) seria medida (C) Produto cultural.
(D) Tremendo preconceito.
A grandeza da manhã era medida pela quantidade de mulun- (E) Telenovela brasileira.
gus (na analítica basta retirar o pronome apassivador e fazer as al- Analisemos:
terações adequadas). (A) Enredo açucarado. = substantivo + adjetivo
RESPOSTA: C (B) Dias atuais. = substantivo + adjetivo
(C) Produto cultural. = substantivo + adjetivo
(D) Tremendo preconceito. Adjetivo + substantivo (no contex-
to, “tremendo” tem sentido de adjetivo – grande; pode-se classifi-
car como verbo + substantivo, mas o enunciado cita “par”, portanto
a classificação deve considerar tal formação)
(E) Telenovela brasileira. = substantivo + adjetivo
RESPOSTA: D

39
LÍNGUA PORTUGUESA

48-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015) 50-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 -
“Seja você a mudança no trânsito”; a forma de reescrever-se adaptada)
essa mesma frase que mostra uma incorreção da forma verbal no “Deveríamos aproveitar a importância desta semana para re-
imperativo é: fletir sobre nosso comportamento como pedestres, passageiros,
(A) sê tu a mudança no trânsito; motoristas, motociclistas, ciclistas, pais, enfim, como cidadãos cujas
(B) sejamos nós a mudança no trânsito; ações tem reflexo na nossa segurança, assim como dos demais”.
(C) sejam vocês a mudança no trânsito; O comentário correto sobre os componentes desse segmento
(D) seja ele a mudança no trânsito; é:
(E) sejai vós a mudança no trânsito. (A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os
motoristas;
Correções: (B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois
(A) sê tu a mudança no trânsito - OK seu sujeito está no plural;
(B) sejamos nós a mudança no trânsito - OK (C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob”;
(C) sejam vocês a mudança no trânsito - OK (D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras “em
(D) seja ele a mudança no trânsito - OK fim”;
(E) sejai vós a mudança no trânsito – SEDE VÓS (E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das de-
RESPOSTA: E mais”, por referir-se ao feminino “ações”.
Análise:
49-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 - (A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os
adaptada) motoristas = incorreta (sujeito elíptico = nós)
“Vivemos numa sociedade que tem o hábito de responsabilizar (B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois
o Estado, autoridades e governos pelas mazelas do país. Em muitos seu sujeito está no plural = exatamente
casos são críticas absolutamente procedentes, mas, quando o tema (C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob” =
é segurança no trânsito, não nos podemos esquecer que quem faz o de maneira alguma
trânsito são seres humanos, ou seja, somos nós”. (D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras “em
O desvio de norma culta presente nesse segmento é: fim” = incorreta
(A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria inse- (E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das de-
rir a preposição “em” antes do “que”; mais”, por referir-se ao feminino “ações” = dos demais (cida-
(B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce- dãos)
dentes” deveria ser substituído por “precedentes”; RESPOSTA: B
(C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos” de-
veria ser substituída por “vive-se”; 51-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016)
(D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”: de- O termo em função adjetiva sublinhado que está substituído
veria inserir-se a preposição “de” antes do “que”; por um adjetivo inadequado é:
(E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos (A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá acon-
nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz”. tecer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) /
Por item: divinatória;
(A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria inse- (B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele
rir a preposição “em” antes do “que” = incorreta termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais;
(B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce- (C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coisas”.
dentes” deveria ser substituído por “precedentes” = mudaria (Leo Buscaglia) / universal;
o sentido do período (D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não
(C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos” de- interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino;
veria ser substituída por “vive-se” = incorreta (E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças pa-
(D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”: de- gam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L.
veria inserir-se a preposição “de” antes do “que” = nos esque- Mencken) / dominical.
cer de que Vejamos:
(E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos (A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá acon-
nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz” = in- tecer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) /
correta divinatória = ok
RESPOSTA: D (B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele
termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais
= fluviais (pluvial é da chuva)
(C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coisas”.
(Leo Buscaglia) / universal = ok
(D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não
interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino = ok
(E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças pa-
gam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L.
Mencken) / dominical = ok

40
LÍNGUA PORTUGUESA

RESPOSTA: B 54-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016)


Sobre os elementos destacados do fragmento “Em verdade,
52-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida.”, leia as afir-
A frase em que o vocábulo mas tem valor aditivo é: mativas.
(A) “Perseverança não é só bater em porta certa, mas bater até I. A expressão EM VERDADE pode ser substituída, sem altera-
abrir”. (Guy Falks); ção de sentido por COM EFEITO.
(B) “Nossa maior glória não é nunca cair, mas sim levantar toda II. ERA O SOL formam o predicado verbal da primeira oração.
vez que caímos”. (Oliver Goldsmith); III. NEM, no contexto, é uma conjunção coordenativa.
(C) “Eu caminho devagar, mas nunca caminho para trás”. Está correto apenas o que se afirma em:
(Abraham Lincoln); A) I.
(D) “Não podemos fazer tudo imediatamente, mas podemos B) II e III.
fazer alguma coisa já”. (Calvin Coolidge); C) I e II.
(E) “Ele estudava todos os dias do ano, mas isso contribuía para D) III.
seu progresso”. (Nouailles). E) I e III.
A alternativa que apresenta adição de ideias é: “ele estudava e
isso contribuía para seu progresso”. Na alternativa II – “era o Sol” formam o predicado nominal.
RESPOSTA: E RESPOSTA: E

53-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) 55-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016)


Em todas as frases abaixo o verbo ter foi empregado no lugar Do ponto de vista da norma culta, a única substituição prono-
de outros com significado mais específico. A frase em que a subs- minal realizada que feriu a regra de colocação foi:
tituição por esses verbos mais específicos foi feita de forma ade- A) “Chamavam-lhe o passarinheiro.” = Lhe chamavam o passa-
quada é: rinheiro.
(A) “Nunca é tarde para ter uma infância feliz”. (Tom Robbins) B) “O mundo inteiro se fabulava.” = O mundo inteiro fabulava-
/ desfrutar de; -se.
(B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta paciência C) “Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam” = Eles
você tem, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / você oferece; igualam-se aos bichos silvestres, concluíam.
(C) “O maior recurso natural que qualquer país pode ter são D) “Os brancos se inquietavam com aquela desobediência” =
suas crianças”. (Danny Kaye) / usar; Os brancos inquietavam-se com aquela desobediência.
(D) “Acreditar que basta ter filhos para ser pai é tão absurdo E) “O remédio, enfim, se haveria de pensar.” = O remédio, en-
quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um músi- fim, haver-se-ia de pensar.
co”. (Mansour Challita) / originar; Não se inicia um período com pronome oblíquo.
(E) “A família é como a varíola: a gente tem quando criança e RESPOSTA: A
fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre.
56-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO –
Façamos as alterações propostas para facilitar a análise: FCC/2014)
(A) “Nunca é tarde para desfrutar de uma infância feliz”. (Tom Substituindo-se o segmento grifado pelo que está entre parên-
Robbins) / desfrutar de; teses, o verbo que se mantém corretamente no singular, sem que
(B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta paciência nenhuma outra alteração seja feita na frase, está em:
você oferece, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / oferece; (A) ...cada toada representa uma saudade... (todas as toadas)
(C) “O maior recurso natural que qualquer país pode usar são (B) Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira... (os an-
suas crianças”. (Danny Kaye) / usar; tropólogos)...
(D) “Acreditar que basta originar filhos para ser pai é tão absur- (C) A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. (As
do quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um canções populares)
músico”. (Mansour Challita) / originar; (D) Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz
(E) “A família é como a varíola: a gente sofre quando criança e grave... (quase todos os homens)
fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre. (E) ...’sertanejo’ passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os
RESPOSTA: A caipiras do Centro-Sul)

(A) representa uma saudade... (todas as toadas) = representam


(B) Acrescenta (os antropólogos)... = acrescentam
(C) conserva profunda nostalgia da roça. (As canções popula-
res) = conservam
(D) só cantava em tom maior e voz grave... (quase todos os ho-
mens) = cantavam
(E) passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os caipiras do
Centro-Sul) = passou (o termo ficará entre aspas, significando
um apelido)
RESPOSTA: E

41
LÍNGUA PORTUGUESA

57-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) A - Quero é verbo transitivo direto – precisa de complemento
Considere as seguintes afirmações sobre aspectos da constru- (objeto) – representado aqui por uma oração (engordar no lu-
ção linguística: gar certo).
I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no B – está flexionado no presente
pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela C – sujeito elíptico (eu)
música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro E – queria indicaria possibilidade
não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado. RESPOSTA: D
II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” / “des-
dobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destaca- 60-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE-
das são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação. CAN/2016 - adaptada)
III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses A palavra “se” possui inúmeras classificações e funções. Acer-
com as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função ca das ocorrências do termo “se” em “Exatamente por causa dessa
anafórica, exprimindo relação coesiva referencial. assimetria entre o fotojornalista e os protagonistas de suas fotos,
Está correto apenas o que se afirma em: muitas vezes Messinis deixa a câmera de lado e põe-se a ajudá-los.
A) I. Ele se impressiona e se preocupa muito com os bebês que chegam
B) II. nos botes.” pode-se afirmar que
C) III. A) possuem o mesmo referente.
D) I e III. B) ligam orações sintaticamente dependentes.
E) II e III. C) apenas o primeiro “se” é pronome apassivador.
D) apenas o último “se” é uma conjunção integrante.
Analisemos: Possuem o mesmo referente (o fotojornalista).
I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no RESPOSTA: A
pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela
música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro 61-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE-
não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado = errado (o úni- CAN/2016 - adaptada)
co que deve receber acento grave é “aquela”, neste caso) Ao substituir “perigos da travessia” por “travessia”, mantendo-
II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” / “des- -se a norma padrão da língua, em “Obviamente, são os mais vulne-
dobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destaca- ráveis aos perigos da travessia.” ocorreria:
das são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação. A) Facultativamente, o emprego do acento grave, indicador de
Remédio – paroxítona terminada em ditongo / existência - pa- crase.
roxítona terminada em ditongo B) A substituição de “aos” por “a”, pois o termo regido teria
III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses com sido modificado.
as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função anafó- C) Obrigatoriamente, o emprego do acento grave, indicador de
rica, exprimindo relação coesiva referencial. = função anafórica é a crase, substituindo-se “aos” por “à”.
relação de um termo com outro que será citado (esses pássaros) D) A substituição de “aos” por “a”, já que o termo regente pas-
RESPOSTA: E saria a não exigir o emprego da preposição.
Teríamos: Obviamente, são os mais vulneráveis à travessia –
58-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORISTA “vulnerável” exige preposição.
- IBFC/2015) RESPOSTA: C
Em “Minha geladeira, afortunadamente, está cheia”, o termo
em destaque classifica-se, morfologicamente, como: 62-) (UFPB-PB – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO - IDE-
A) adjetivo CAN/2016 - adaptada)
B) advérbio De acordo com a classe de palavras, assinale a alternativa em
C) substantivo que o termo destacado está associado INCORRETAMENTE.
D) verbo A) “E não só isso.” – pronome.
E) conjunção B) “Todas as épocas têm os seus ídolos juvenis.” – substantivo.
Palavras terminadas em “-mente”, geralmente (!), são advér- C) “Até porque quem de nós nunca teve seu ídolo?” – conjun-
bios de modo. ção.
RESPOSTA: B D) “O preparo para a vida adulta envolve uma espécie de liber-
tação das opiniões familiares.” – verbo.
59-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORISTA “Nunca” é advérbio (de negação).
- IBFC/2015) RESPOSTA: C
Considerando a estrutura do período “Quero engordar no lugar
certo.”, pode-se afirmar, sobre o verbo em destaque que:
A) não apresenta complemento
B) está flexionado no futuro do presente
C) seu sujeito é inexistente
D) constitui uma oração
E) expressa a ideia de possibilidade

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LÍNGUA PORTUGUESA

63-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO- 66-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
-CIDADES/2016) -CIDADES/2016)
Marque a opção em que há total observância às regras de con- Marque a opção em que as duas palavras são acentuadas por
cordância verbal: obedecerem a regras distintas:
A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aqueci- A) Catástrofes – climáticas.
mento global está ocorrendo em função” B) Combustíveis – fósseis.
B) “Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devasta- C) Está – país.
dores” D) Difícil – nível.
C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam-
bém colabora para este processo” Por item:
D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po- A) Catástrofes = proparoxítona / climáticas = proparoxítona
luentes no mundo, não aceitou o acordo” B) Combustíveis = paroxítona terminada em ditongo / fósseis =
Analisemos paroxítona terminada em ditongo
A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aqueci- C) Está = oxítona terminada em “a” / país = regra do hiato
mento global está ocorrendo em função” D) Difícil = paroxítona terminada em “l” / nível = paroxítona
B) “Nunca se viu (viram) mudanças tão rápidas e com efeitos terminada em “l”
devastadores” RESPOSTA: C
C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam-
bém colabora (colaboram) para este processo” 67-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po- -CIDADES/2016)
luentes no mundo, não aceitou (aceitaram) o acordo” Assim como “redução” e “emissão”, grafam-se, correta e res-
RESPOSTA: A pectivamente, com Ç e SS, as palavras:
A) Aparição e omissão.
64-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO- B) Retenção e excessão.
-CIDADES/2016) C) Opreção e permissão.
A voz verbal ativa correspondente à voz passiva destacada em D) Pretenção e impressão.
“A Europa tem sido castigada por ondas de calor” é:
A) Castigaram. A) Aparição = OK / omissão = OK
B) Têm castigado. B) Retenção = OK / excessão = EXCEÇÃO
C) Castigam. C) Opreção = OPRESSÃO / permissão = OK
D) Tinha castigado. D) Pretensão = PRETENSÃO / impressão= OK
RESPOSTA: a
As ondas de calor têm castigado a Europa.
RESPOSTA: B 68-) (SEAP-GO - AUXILIAR DE SAÚDE - SEGPLAN/2016) Leia o
texto publicitário abaixo.
65-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
-CIDADES/2016)
Marque a opção em que a regência verbal foi DESOBEDECIDA:
A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabilidade
do equilíbrio ambiental é coletiva.
B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do
equilíbrio ambiental é coletiva.
C) Todos os países não devem esquecer-se de que a responsa-
bilidade do equilíbrio ambiental é coletiva.
D) Todos os países não devem esquecer de que a responsabili-
dade do equilíbrio ambiental é coletiva.
Pasta. São Paulo, n. 10, p.86 set-out. 2007
Vejamos: * Com a doação de órgãos, a vida continua.
A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabilidade A finalidade desse anúncio é
do equilíbrio ambiental é coletiva - ok A) Simbolizar o fim da vida.
B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do B) Proibir a doação de órgãos.
equilíbrio ambiental é coletiva - ok C) Estimular a doação de órgãos.
C) Todos os países não devem esquecer-se de que a responsa- D) Questionar a doação de órgãos.
bilidade do equilíbrio ambiental é coletiva - ok E) Demonstrar os sinais de pontuação
D) Todos os países não devem esquecer de que (esquecer que) Campanha a favor da doação de órgãos, já que com tal atitude
a responsabilidade do equilíbrio ambiental é coletiva. a vida continua.
RESPOSTA: D RESPOSTA: C

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LÍNGUA PORTUGUESA

69-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) Podemos ir por eliminação: em “A”, o correto seria “iniciaram-
Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal. -se”; em “B”, não podemos iniciar um período com pronome (ini-
(A) A mudança de direção da economia fazem com que se alte- ciou-se, ou melhor, iniciaram-se – como em “A”); em “D”: tiveram
re o tamanho das jornadas de trabalho, porexemplo. início; “E”: deu-se início às obras. Portanto, chegamos à resposta
(B) Existe indivíduos que, sem carteira de trabalho assinada, correta – pelo caminho mais longo. O caminho mais curto é trans-
enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos. formar a voz passiva analítica (a do enunciado) em sintética: Inicia-
(C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram ram-se as obras.
com que muitas empresas optassem por manter seus funcio- *Dica: a passiva sintética tem o “se” (pronome apassivador).
nários. Sintética = Se (memorize!)
(D) São as dívidas que faz com que grande número dos consu- RESPOSTA: C
midores não estejam em dia com suas obrigações.
(E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédito 72-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016)
mostra que 59 milhões de consumidores não pode obter novos O SBT fará uma homenagem digna da história de seu proprietá-
créditos. rio e principal apresentador: no próximo dia 12 [12.12.2015] coloca-
Correções: rá no ar um especial com 2h30 de duração em homenagem a Silvio
(A) A mudança de direção da economia fazem (FAZ) com que se Santos. É o dia de seu aniversário de 85 anos.
altere o tamanho das jornadas de trabalho, por exemplo. (http://tvefamosos.uol.com.br/noticias)
(B) Existe (EXISTEM) indivíduos que, sem carteira de trabalho As informações textuais permitem afirmar que, em 12.12.2015,
assinada, enfrentam grande dificuldade para obter novos re- Sílvio Santos completou seu
cursos. (A) octogenário quinquagésimo aniversário.
(C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram (B) octogésimo quinto aniversário.
com que muitas empresas optassem por manter seus funcio- (C) octingentésimo quinto aniversário.
nários. (D) otogésimo quinto aniversário.
(D) São as dívidas que faz (FAZEM) com que grande número (E) oitavo quinto aniversário.
dos consumidores não estejam (ESTEJA) em dia com suas obri-
gações. RESPOSTA: B
(E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédi-
to mostra (MOSTRAM) que 59 milhões de consumidores não 73-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016 -
pode (PODEM) obter novos créditos. adaptada)
RESPOSTA: C Assinale a alternativa correta quanto à norma-padrão e aos
sentidos do texto.
(A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação
para contornar as tragédias.
70-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RESERVA
PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014 - adaptada) (B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos que as parcerias
Se, no lugar dos verbos destacados no verso “Escolho os filmes nipo-brasileiras renderão bons frutos.
que eu não vejo no elevador”, fossem empregados, respectivamen- (C) A experiência do Japão mostra que não há como discordar
te, Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras so- com as parcerias nipo-brasileira.
bre regência verbal e concordância nominal prescritas pela norma- (D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que são importan-
-padrão, deveria ser tes as parcerias nipos-brasileiras.
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador. (E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de tra-
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador. gédia e das parcerias nipo-brasileira.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador. Acertos:
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador. (A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação
(E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador. para contornar as tragédias.
(B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos (DE) que as par-
O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, indireto (com cerias nipo-brasileiras renderão bons frutos.
preposição): Esqueço os filmes dos quais não gosto. (C) A experiência do Japão mostra que não há como discordar
RESPOSTA: “E”. com as parcerias nipo-brasileira (BRASILEIRAS).
(D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que (REVELA QUE)
71-) (Governo do distrito federal – cadastro reserva para o são importantes as parcerias nipos(NIPO)-brasileiras.
metrô/df – administrador - iades/2014 - adaptada) (E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de tra-
Conforme a norma-padrão, a oração “As obras foram iniciadas gédia e das parcerias nipo- -brasileira(BRASILEIRAS).
em janeiro de 1992” poderia ser reescrita da seguinte maneira: RESPOSTA: A
(A) Iniciou-se as obras em janeiro de 1992.
(B) Se iniciou as obras em janeiro de 1992.
(C) Iniciaram-se as obras em janeiro de 1992.
(D) Teve início as obras em janeiro de 1992.
(E) Deu-se início as obras em janeiro de 1992.

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LÍNGUA PORTUGUESA

74-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) 76-) (prefeitura de são Paulo/sp – técnico em saúde – labora-
Observe: tório – vunesp/2014)
Acostumados___________ tragédias naturais, os japoneses Reescrevendo-se o segmento frasal – ... incitá-los a reagir e a
geralmente se reerguem em tempo recorde depois de catástrofes. enfrentar o desconforto, ... –, de acordo com a regência e o acento
Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já indicativo da crase, tem-se:
voltava________ viver a sua rotina. (A) ... incitá-los à reação e ao enfrentamento do desconforto, ...
Um tsunami chegou ______costa nordeste do Japão em 2011, (B) ... incitá-los a reação e o enfrentamento do desconforto, ...
deixando milhares de mortos e desaparecidos. (C) ... incitá-los à reação e à enfrentamento do desconforto, ...
De acordo com a norma-padrão, as lacunas das frases devem (D) ... incitá-los à reação e o enfrentamento do desconforto, ...
ser preenchidas, respectivamente, com: (E) ... incitá-los a reação e à enfrentamento do desconforto, ..
(A) a … à … à
(B) à … a … a incitá-los a reagir e a enfrentar o desconforto = incitá-los À rea-
(C) às … a … à ção e AO enfrentamento.
(D) as … a … à RESPOSTA: A
(E) às … à … a
Acostumados ÀS tragédias naturais, os japoneses geralmente 77-) (TRE/MS - Estágio – Jornalismo - TRE/MS – 2014)
se reerguem em tempo recorde depois de catástrofes. A assertiva correta quanto à conjugação verbal é:
Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já A) Houveram eleições em outros países este ano.
voltava A viver a sua rotina. B) Se eu vir você por aí, acabou.
Um tsunami chegou À costa nordeste do Japão em 2011, dei- C) Tinha chego atrasado vinte minutos.
xando milhares de mortos e desaparecidos. D) Fazem três anos que não tiro férias.
RESPOSTA: C E) Esse homem possue muitos bens.

Correções à frente:
75-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) A) Houveram eleições em outros países este ano = houve
Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do verbo, em C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado
conformidade com a norma-padrão. D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos
(A) Caso Minas Gerais usa a experiência do Japão, pode superar E) Esse homem possue muitos bens = possui
Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. RESPOSTA: “B”.
(B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Japão,
poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e so- 78-) (TRE/MS - Estágio – Jornalismo/2014)
ciais. Assinale a assertiva cuja regência verbal está correta:
(C) Se o Japão se dispor a auxiliar Minas Gerais, Mariana é su- A) Ela queria namorar com ele.
perada e os danos ambientais e sociais recuperados. B) Já assisti a esse filme.
(D) Se o Japão manter seu auxílio a Minas Gerais, Mariana po- C) O caminhoneiro dormiu no volante.
derá ser superada e os danos ambientais e sociais recuperados. D) Quando eles chegam em Campo Grande?
(E) Caso Minas Gerais faz uso da experiência do Japão, poderá E) A moça que ele gosta é aquela ali.
superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
Correções:
Analisemos: A) Ela queria namorar com ele = namorar “ele” (ou namorá-lo).
(A) Caso Minas Gerais usa (USE) a experiência do Japão, pode B) Já assisti a esse filme = correta
(PODERÁ) superar Mariana e recuperar (RECUPARERÁ) os da- C) O caminhoneiro dormiu no volante = dormiu ao volante
nos ambientais e sociais. (“no” dá a entender “sobre” o volante!)
(B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Japão, D) Quando eles chegam em Campo Grande? = chegaram a
poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e so- Campo Grande
ciais. E) A moça que ele gosta é aquela ali = a moça de quem ele
(C) Se o Japão se dispor (DISPUSER) a auxiliar Minas Gerais, gosta
Mariana é (SERÁ) superada e os danos ambientais e sociais re- RESPOSTA: “B”.
cuperados.
(D) Se o Japão manter (MANTIVER) seu auxílio a Minas Gerais, 79-) (TRE/MS - Estágio – Jornalismo - TRE/MS – 2014)
Mariana poderá ser superada e os danos ambientais e sociais A acentuação correta está na alternativa:
recuperados. A) eu abençôo – eles crêem – ele argúi.
(E) Caso Minas Gerais faz (FAÇA) uso da experiência do Japão, B) platéia – tuiuiu – instrui-los.
poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e so- C) ponei – geléia – heroico.
ciais. D) eles têm – ele intervém – ele constrói.
RESPOSTA: B E) lingüiça – feiúra – idéia.

Palavras corrigidas:
A) eu abençoo – eles creem – ele argui.
B) plateia – tuiuiú – instruí-los.

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LÍNGUA PORTUGUESA

C) pônei – geleia – heroico. 82-) (TJ-PA - Médico psiquiatra - VUNESP - 2014)


D) eles têm – ele intervém – ele constrói = corretas Feitas as adequações necessárias, a reescrita do trecho – O
E) linguiça – feiura – ideia. Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações.
RESPOSTA: D – permanece correta, de acordo com a norma-padrão da língua por-
tuguesa, em:
80-) (SAAE/SP - Fiscal Leiturista - VUNESP - 2014) A inviolabilidade e o sigilo das comunicações...
A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o sanea- A) ... Mantêm-se garantidos pelo marco civil.
mento básico precário consiste _______ grave ameaça ____ saúde B) ... Mantém-se garantidos pelo marco civil.
humana. Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento C) ... Mantêm-se garantido pelo marco civil.
básico ainda é muito associada _______ uma população de baixa D) ... Mantém-se garantidas pelo marco civil.
renda, mais vulnerável devido _______condições de subnutrição e, E) ... Mantêm-se garantidas pelo marco civil.
muitas vezes, de higiene inadequada.
(http://www.tratabrasil.org.br Adaptado) O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comuni-
cações = O verbo “manter” será empregado no plural, concordan-
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamen- do com “inviolabilidade” e “sigilo”, portanto teremos: mantêm-se.
te, as lacunas do texto, segundo a norma- -padrão da língua Descartamos os itens B e D. Como temos dois substantivos de gê-
portuguesa. neros diferentes, podemos usar o verbo no masculino ou concordar
A) em ... A ... À ... A. com o gênero do mais próximo, no caso, “sigilo”. Teremos, então:
B) em ... À ... A ... A. garantidos (plural, pois temos dois núcleos – inviolabilidade e sigi-
C) de ... À ... A ... As. lo). Assim, chegamos à resposta: mantêm-se / garantidos.
D) em ... À ... À ... Às. RESPOSTA: A
E) de ... A ... A ... Às.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o sanea- 83-) (TJ-PA - Médico psiquiatra - VUNESP - 2014)
mento básico precário consiste EM grave ameaça À saúde humana. Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual de
Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico Redação da Presidência da República, no qual expressões foram
ainda é muito associada A uma população de baixa renda, mais substituídas por lacunas.
vulnerável devido A condições de subnutrição e, muitas vezes, de
higiene inadequada. Temos: em, à, a, a. Senhor Deputado
RESPOSTA: B Em complemento às informações transmitidas pelo telegrama
n.º 154, de 24 de abril último, informo ______de que as medidas
mencionadas em ______ carta n.º 6708, dirigida ao Senhor Presi-
81-) (CONAB - Contabilidade - IADES - 2014) dente da República, estão amparadas pelo procedimento adminis-
trativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto
n.º 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
(http://www.planalto.gov.br. Adaptado)

A alternativa que completa, correta e respectivamente, as la-


cunas do texto, de acordo com a norma-padrão da língua portugue-
sa e atendendo às orientações oficiais a respeito do uso de formas
de tratamento em correspondências públicas, é:
A) Vossa Senhoria … tua.
B) Vossa Magnificência … sua.
C) Vossa Eminência … vossa.
De acordo com o que prescreve a norma-padrão acerca do em- D) Vossa Excelência … sua.
prego das classes de palavra e da concordância verbal, assinale a E) Sua Senhoria … vossa.
alternativa que apresenta outra redação possível para o período “A Podemos começar pelo pronome demonstrativo. Mesmo utili-
economia brasileira já faz isso há séculos.” zando pronomes de tratamento “Vossa” (muitas vezes confundido
A) A economia brasileira já faz isso tem séculos. com “vós” e seu respectivo “vosso”), os pronomes que os acom-
B) A economia brasileira já faz isso têm séculos. panham deverão ficar sempre na terceira pessoa (do plural ou do
C) A economia brasileira já faz isso existe séculos. singular, de acordo com o número do pronome de tratamento). En-
D) A economia brasileira já faz isso faz séculos. tão, em quaisquer dos pronomes de tratamento apresentados nas
E) A economia brasileira já faz isso fazem séculos. alternativas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos,
então, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome adequado a
O “há” foi empregado no sentido de tempo passado, portanto ser utilizado para deputados. Segundo o Manual de Redação Oficial,
pode ser substituído por “faz”, no singular: “faz séculos”. temos:
RESPOSTA: “D”. Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e Membros
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (...).
RESPOSTA: D

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LÍNGUA PORTUGUESA

84-) (Prefeitura de Paulista/PE – Recepcionista – UPE- 87-) (Polícia Civil/SC – Agente de Polícia – ACAFE/2014)
NET/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos e modos indicados
Sobre ACENTUAÇÃO, assinale a alternativa cuja tonicidade de entre parênteses, fazendo a devida concordância.
ambos os termos sublinhados recai na antepenúltima sílaba. • O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque sur-
A) “Ele pode acontecer por influência de fatores diversos...” - giram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - pretérito perfeito
“infalível de aprovação para o candidato...” do indicativo)
B) “...que podem ser considerados a fórmula infalível...” – “que • Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos pos-
pretende enfrentar uma seleção pública.” tados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do indicativo)
C) “...quando o conteúdo não é lembrado justamente...» - «Ele • Representantes do PCRT somente serão aceitos na composi-
pode acontecer por influência de fatores diversos...” ção da chapa quando se _________ de criticara atual diretoria do
D) “Esforço, preparo, dedicação e estudo intenso...” - “preten- clube, (abster-se - futuro do subjuntivo)
de enfrentar uma seleção pública.» A sequência correta, de cima para baixo, é:
E) “...quando o conteúdo não é lembrado...” – “pode acontecer A-) interveio - entretinham - abstiverem
por influência de fatores diversos...” B-) interviu - entretiveram - absterem
O exercício quer que localizemos palavras proparoxítonas C-) intervém - entreteram - abstêm
A) influência = paroxítona terminada em ditongo / infalível = D-) interviera - entretêm - abstiverem
paroxítona terminada em L E-) intervirá - entretenham - abstiveram
B) fórmula = proparoxítona / pública = proparoxítona
C) conteúdo = regra do hiato / influência = paroxítona termina- O verbo “intervir” deve ser conjugado como o verbo “vir”. Este,
da em ditongo no pretérito perfeito do Indicativo fica “veio”, portanto, “interveio”
D) dedicação = oxítona / seleção = oxítona (não existe “interviu”, já que ele não deriva do verbo “ver”). Des-
E) é = monossílaba / influência = paroxítona terminada em di- cartemos a alternativa B. Como não há outro item com a mesma
tongo opção, chegamos à resposta rapidamente!
RESPOSTA: B RESPOSTA: A

85-) (Prefeitura de Osasco/SP - Motorista de Ambulância – 88-) (Prefeitura de Ribeirão Preto/SP – Agente de Administra-
FGV/2014) ção – Vunesp/2014)
“existe um protocolo para identificar os focos”. Se colocásse- A forma verbal em destaque está no tempo futuro, indicando
mos o termo “um protocolo” no plural, uma forma verbal adequada uma ação hipotética, em:
para a substituição da forma verbal “existe” seria: (A) Lia o jornal enquanto aguardava meu voo para São Paulo...
A) hão. (B) Meus voos todos saíram na hora.
B) haviam. (C) Era um berimbau, meu Deus.
C) há. (D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento mu-
D) houveram. sical.
E) houve. (E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira,
bonita...
O verbo “haver”, quando utilizado no sentido de “existir” – Tal questão pode ser resolvida somente pela leitura das alter-
como proposto no enunciado – não sofre flexão, não vai para o plu- nativas, sem a necessidade de classificar todos os verbos grifados.
ral. Teríamos “existem protocolos”, mas “há protocolos”. Farei a classificação por questão pedagógica!
RESPOSTA: C (A) Lia o jornal enquanto aguardava = pretérito imperfeito do
Indicativo
86-) (Polícia Civil/SC – Agente de Polícia – ACAFE/2014) (B) Meus voos todos saíram na hora. = pretérito mais-que-per-
Na frase “Meu amigo fora lá fora buscar alguma coisa, e eu feito do Indicativo
ficara ali, sozinho, naquela janela, presenciando a ascensão da lua (C) Era um berimbau, meu Deus. = pretérito imperfeito do In-
cheia”, as palavras destacadas correspondem, morfologicamente, dicativo
pela ordem, a: (D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento musi-
A-) advérbio, advérbio, adjetivo pronominal, advérbio, substan- cal. = futuro do pretérito do Indicativo (hipótese)
tivo. (E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira,
B-) verbo, pronome adverbial, pronome adjetivo, adjetivo, ver- bonita...= pretérito mais-que-perfeito do Indicativo
bo. RESPOSTA: D
C-) verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo, substantivo.
D-) advérbio, substantivo, adjetivo, substantivo, adjetivo.
E-) advérbio, pronome adverbial, pronome relativo, advérbio,
verbo.

“Meu amigo fora (verbo) lá fora (advérbio) buscar alguma


(pronome) coisa, e eu ficara ali, sozinho, (adjetivo) naquela janela,
presenciando a ascensão (substantivo) da lua cheia”. Temos, então:
verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo e substantivo.
RESPOSTA: C

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LÍNGUA PORTUGUESA

89-) (SEFAZ/RS – Auditor Fiscal da Receita Federal – Funda- 91-) (antaq – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DE
tec/2014 - adaptada) TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – cespe/2014 - adaptada)
Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação gráfica. Estaria mantida a correção gramatical do trecho “a Internet tem
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti- potencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada” caso se
rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa. empregasse o artigo a antes do substantivo “dimensão”.
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’ ( ) CERTO
não é a mesma. ( ) ERRADO
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente.
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação Após o pronome relativo “cujo” não deve existir artigo.
de uso, quanto à flexão de número. RESPOSTA: ERRADO
Quais estão corretas?
A) Apenas I e III. 92-) (Prefeitura de Osasco – Farmacêutico – FGV/2014)
B) Apenas II e IV. “Esses produtos podem ser encontrados nos supermercados
C) Apenas I, II e IV. com rótulos como ‘sênior’ e com características adaptadas às di-
D) Apenas II, III e IV. ficuldades para mastigar e para engolir dos mais velhos, e prepa-
E) I, II, III e IV. rados para se encaixar em seus hábitos de consumo”. O segmento
“para se encaixar” pode ter sua forma verbal reduzida adequada-
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti- mente desenvolvida em
rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa = tere- (A) para se encaixarem.
mos “transito” e “especifico” – serão verbos (correta) (B) para seu encaixotamento.
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’ (C) para que se encaixassem.
não é a mesma = vários é paroxítona terminada em ditongo; país é (D) para que se encaixem.
a regra do hiato (correta) (E) para que se encaixariam.
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um hiato,
por isso a acentuação (da - í) = incorreta. As orações subordinadas reduzidas são aquelas que não apre-
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação sentam conjunção. Para torná-las desenvolvidas, basta acrescentar-
de uso, quanto à flexão de número = “vêm” é utilizado para a tercei- mos a conjunção: “para que se encaixem”.
ra pessoa do plural (correta) RESPOSTA: D
RESPOSTA: C
93-) (Tribunal de Justiça/go – analista judiciário – FGV/2014 -
90-) (Liquigás – profissional júnior – ciências contábeis – ce- adaptada)
granrio/2014) A frase “que foi trazida pelo instituto Endeavor” equivale, na
A frase em que a flexão do verbo auxiliar destacado obedece voz ativa, a:
aos princípios da norma-padrão é (A) que o instituto Endeavor traz;
(A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs tão (B) que o instituto Endeavor trouxe;
inteligentes quanto o homem. (C) trazida pelo instituto Endeavor;
(B) Devem existir formas de garantir a exploração de outras ta- (D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
refas destinadas aos robôs. (E) que traz o instituto Endeavor.
(C) No futuro, devem haver outras formas de investimentos
para garantir a evolução da robótica. Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa teremos um: “que
(D) Pode existir obstáculos que os robôs sejam capazes de su- o instituto Endeavor trouxe” (manter o tempo verbal no pretérito –
perar, como a locomoção e o diálogo. assim como na passiva).
(E) Pode surgir novas tecnologias para aperfeiçoar a conquista RESPOSTA: B
espacial.
94-) (Polícia Militar/SP – oficial administrativo – vunesp/2014)
Os verbos auxiliares devem obedecer à regra do verbo prin- Considere o trecho a seguir.
cipal que acompanham. Se este sofre flexão de número, aqueles Já __________ alguns anos que estudos a respeito da utilização
também sofrerão. Exemplo: o verbo “haver”, no sentido de “existir”, abusiva dos smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especia-
é invariável. Então, na frase: “Podem haver mais fatos” temos um listas acreditam _________ motivos para associar alguns compor-
erro. O correto é “Pode haver”. Vamos às análises: tamentos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos,
(A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs = e _________ alertado os pais para que avaliem a necessidade de
pode haver estabelecer limites aos seus filhos.
(B) Devem existir formas = o “existir” sofre flexão (correta) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as la-
(C) No futuro, devem haver = deve haver cunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente,
(D) Pode existir obstáculos = podem existir com:
(E) Pode surgir novas tecnologias = podem surgir (A) faz … haver … têm
RESPOSTA: B (B) fazem … haver … tem
(C) faz … haverem … têm
(D) fazem … haverem … têm
(E) faz … haverem … tem

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LÍNGUA PORTUGUESA

Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns anos que es- Fiz as correções entre parênteses:
tudos a respeito da utilização abusiva dos smartphones estão sendo (A) Toda espécie de engenhoca eram (era) construídas (cons-
desenvolvidos. Os especialistas acreditam haver (sentido de existir: truída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com
não varia) motivos para associar alguns comportamentos dos ado- máquinas.
lescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e TÊM (concorda (B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
com o termo “os especialistas”) alertado os pais para que avaliem a nicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
necessidade de estabelecer limites aos seus filhos. (C) Toda espécie de engenhoca eram (era) construída por bons
Temos: faz, haver, têm. mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
RESPOSTA: A (D) Toda espécie de engenhoca era construídas (construída) por
bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
(E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
95-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - adaptada) nicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
... e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Cen- RESPOSTA: E
tral até o mar Cáspio e além.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado 98-) (Sabesp/SP – agente de saneamento ambiental 01 –
acima está em: fcc/2014 - adaptada)
(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia... O segmento grifado está corretamente substituído pelo prono-
(B) ... era a capital da China. me correspondente em:
(C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... (A) Sem precisar atravessar a cidade = atravessar-lhe
(D) ... dispararam na última década. (B) Eles serviriam para receber a enorme quantidade de lixo =
(E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas... recebê-lo
(C) Um grupo de pesquisadores da USP tem um projeto = tem-
Percorriam = Pretérito Imperfeito do Indicativo -los
A = contornam – presente do Indicativo (D) O primeiro envolve a construção de uma série de portos =
B = era = pretérito imperfeito do Indicativo envolve-lhe
C = foi = pretérito perfeito do Indicativo (E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema
D = dispararam = pretérito mais-que-perfeito do Indicativo em São Paulo = resolvê-lo
E = acompanham = presente do Indicativo
RESPOSTA: B (A) atravessar a cidade = atravessar-lhe (atravessá-la)
(B) receber a enorme quantidade de lixo = recebê-lo (recebê-la)
96-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) (C) tem um projeto = tem-los (tem-no)
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspon- (D) envolve a construção de uma série de portos = envolve-lhe
dente foi realizada de modo INCORRETO em: (envolve-a)
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu (E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os em São Paulo = resolvê-lo
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la RESPOSTA: E
(D) que desviava a água = que lhe desviava
(E) supriam a necessidade = supriam-na
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = correta 99-) (Metrô/sp – técnico sistemas metroviários civil – fcc/2014)
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta ... ele conciliava as noites de boemia com a rotina de professor,
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta pesquisador e zoólogo famoso.
(D) que desviava a água = que lhe desviava = que a desviava O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado
(E) supriam a necessidade = supriam-na = correta acima se encontra em:
RESPOSTA: D (A) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho No-
gueira.
97-) (Polícia civil/sp – oficial administrativo – vunesp/2014) (B) As músicas eram todas de Vanzolini.
Assinale a alternativa em que a reescrita da frase – Os bons (C) Por mais incrível que possa parecer...
mecânicos sabiam lidar com máquinas e construir toda espécie de (D) ... os fortes laços que unem campo e cidade.
engenhoca. – está correta quanto à concordância, de acordo com a (E) ... porque não espalha...
norma-padrão da língua. Conciliava = pretérito imperfeito do Indicativo
(A) Toda espécie de engenhoca eram construídas por bons me- (A) Tem músicas = presente do Indicativo
cânicos, os quais sabia lidar com máquinas. (B) As músicas eram todas de Vanzolini. = pretérito imperfeito
(B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ- do Indicativo
nicos, os quais sabia lidar com máquinas. (C) Por mais incrível que possa parecer... = presente do Sub-
(C) Toda espécie de engenhoca eram construída por bons me- juntivo
cânicos, os quais sabiam lidar com máquinas. (D) ... os fortes laços que unem campo e cidade. = presente do
(D) Toda espécie de engenhoca era construídas por bons mecâ- Indicativo
nicos, os quais sabia lidar com máquinas. (E) ... porque não espalha... = presente do Indicativo
(E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ- RESPOSTA: B
nicos, os quais sabiam lidar com máquinas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

100-) (Ministério do desenvolvimento, indústria e comércio D) modo.


exterior – analista técnico administrativo – cespe/2014) E) condição.
Em “Vossa Excelência deve estar satisfeita com os resultados
das negociações”, o adjetivo estará corretamente empregado se Geralmente, os advérbios terminados em “-mente” indicam
dirigido a ministro de Estado do sexo masculino, pois o termo “sa- “modo”. No caso, de maneira trágica, tragicamente.
tisfeita” deve concordar com a locução pronominal de tratamento RESPOSTA: D
“Vossa Excelência”.
( ) Certo 104-) (TRT 19ª - ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA –
( ) Errado FCC/2014)
Sentava-se mais ou menos ...... distância de cinco metros do
professor, sem grande interesse. Estudava de manhã, e ...... tardes
Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo feminino (ministra), passava perambulando de uma praça ...... outra, lendo algum livro,
o adjetivo está correto; mas, se for do sexo masculino, o adjetivo percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros, entregue
sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O pronome de tratamento é somente ...... discrição de si mesmo.
apenas a maneira de como tratar a autoridade, não concordando Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem
com o gênero (o pronome de tratamento, apenas). dada:
RESPOSTA: Errado A) a - às - à - a
B) à - as - a - à
101-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABA- C) a - as - à - a
LHO – CESPE/2014) D) à - às - a - à
O emprego do acento gráfico em “incluíram” e “número” justi- E) a - às - a - a
fica-se com base na mesma regra de acentuação.
( ) CERTO Sentava-se mais ou menos À distância de cinco metros (palavra
( ) ERRADO “distância” especificada) do professor, sem grande interesse. Estu-
dava de manhã, e AS tardes (artigo + substantivo; lemos “e durante
Incluíram = regra do hiato / número = proparoxítona as tardes”) passava perambulando de uma praça A outra, lendo al-
RESPOSTA: ERRADO gum livro, percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros,
entregue somente À (regência verbal de “entregue”: entregue algo
102-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ a alguém) discrição de si mesmo.
UFAL/2014 - adaptada) Temos: à / as / a / à.
Dado o trecho abaixo, RESPOSTA: B
“Passai, passai, desfeitas em tormentos,
Em lágrimas, em prantos, em lamentos” ANOTAÇÕES
SOUZA, Cruz e. Broqueis. São Paulo: L&PM Pochet, 2002.

O verbo do primeiro verso, se utilizado na 2ª pessoa do singu- ______________________________________________________


lar, resulta na seguinte forma:
A) Passe, passe, desfeitas em tormentos. ______________________________________________________
B) Passem, passem, desfeitas em tormentos.
C) Passa, passa, desfeitas em tormentos. ______________________________________________________
D) Passas, passas, desfeitas em tormentos.
______________________________________________________
E) Passam, passam, desfeitas em tormentos.
______________________________________________________
“Passai, passai, desfeitas em tormentos.” Os verbos estão no
Modo Imperativo Afirmativo, segunda pessoa do plural (vós). Para ______________________________________________________
descobrirmos como ficarão na segunda do singular (tu), conjugue-
mos o verbo “passar” no Presente do Indicativo (que é de onde co- ______________________________________________________
piamos o Afirmativo, sem o “s” final): Eu passo, tu passas, ele passa,
nós passamos, vós passais, eles passam. Percebeu como o “passai” ______________________________________________________
pertence a “vós”? Bastou retirar o “s” = passai (como no verso).
Agora, retiremos o “s” do verbo conjugado com o “tu”: “passa”. Te- ______________________________________________________
remos, então, a construção: “Passa, passa...”.
______________________________________________________
RESPOSTA: C
______________________________________________________
103-) (EBSERH/HUCAM-UFES - ADVOGADO - AOCP/2014)
Em “Todos sabem como termina a história, tragicamente.”, a ______________________________________________________
expressão destacada indica
A) meio ______________________________________________________
B) tempo.
C) fim. ______________________________________________________

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MATEMÁTICA

SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL.

Nosso sistema de numeração é chamado de decimal pois sua contagem é feita de 10 em 10. Ou seja, sua base é 10.
– 10 unidades formam 1 dezena
– 10 dezenas formam 1 centena;
– 10 centenas formam 1 unidade de milhar;
– 10 unidades de milhar formam 1 dezena de milhar;
– 10 dezenas de milhar formam 1 centena de milhar
E assim sucessivamente.

Exemplos:

Leitura dos números


O sistema de numeração é constituído de uma parte inteira e outra decimal. Lemos a parte inteira, seguida da parte decimal, acom-
panhada das palavras:
Décimos ...........................................: quando houver uma casa decimal;
Centésimos.......................................: quando houver duas casas decimais;
Milésimos.........................................: quando houver três casas decimais;
Décimos milésimos ........................: quando houver quatro casas decimais;
Centésimos milésimos ...................: quando houver cinco casas decimais e, assim sucessivamente.

Exemplo:
(AUX.JUD. /TRT-23ª REG/FCC) O número 0,0202 pode ser lido como:
(A) duzentos e dois milésimos.
(B) duzentos e dois décimos de milésimos.
(C) duzentos e dois centésimos de milésimos.
(D) duzentos e dois centésimos.
(E) duzentos e dois décimos

Resolução:
Como temos 4 casas decimais, lemos então com décimos de milésimos,
Logo: duzentos e dois décimos de milésimos.
Resposta: B

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MATEMÁTICA

CONJUNTOS NUMÉRICOS: NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS E IRRACIONAIS. OPERAÇÕES COM NÚMEROS
REAIS.

Conjunto dos números inteiros - z


O conjunto dos números inteiros é a reunião do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...},(N C Z); o conjunto dos opos-
tos dos números naturais e o zero. Representamos pela letra Z.

N C Z (N está contido em Z)

Subconjuntos:

SÍMBOLO REPRESENTAÇÃO DESCRIÇÃO


* Z* Conjunto dos números inteiros não nulos
+ Z+ Conjunto dos números inteiros não negativos
*e+ Z*+ Conjunto dos números inteiros positivos
- Z_ Conjunto dos números inteiros não positivos
*e- Z*_ Conjunto dos números inteiros negativos

Observamos nos números inteiros algumas características:


• Módulo: distância ou afastamento desse número até o zero, na reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. O módulo de
qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.

• Números Opostos: dois números são opostos quando sua soma é zero. Isto significa que eles estão a mesma distância da origem
(zero).

Somando-se temos: (+4) + (-4) = (-4) + (+4) = 0

Operações
• Soma ou Adição: Associamos aos números inteiros positivos a ideia de ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de perder.

ATENÇÃO: O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode ser
dispensado.

• Subtração: empregamos quando precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade; temos duas quantidades e queremos saber

52
MATEMÁTICA

quanto uma delas tem a mais que a outra; temos duas quantidades possui uma espessura de 2cm, e que os livros restantes possuem
e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a outra. A espessura de 3cm, o número de livros na pilha é:
subtração é a operação inversa da adição. O sinal sempre será do (A) 10
maior número. (B) 15
(C) 18
ATENÇÃO: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., (D) 20
entre outros, precedidos de sinal negativo, tem o seu sinal inverti- (E) 22
do, ou seja, é dado o seu oposto.
Resolução:
Exemplo: São 8 livros de 2 cm: 8.2 = 16 cm
(FUNDAÇÃO CASA – AGENTE EDUCACIONAL – VUNESP) Para Como eu tenho 52 cm ao todo e os demais livros tem 3 cm,
zelar pelos jovens internados e orientá-los a respeito do uso ade- temos:
quado dos materiais em geral e dos recursos utilizados em ativida- 52 - 16 = 36 cm de altura de livros de 3 cm
des educativas, bem como da preservação predial, realizou-se uma 36 : 3 = 12 livros de 3 cm
dinâmica elencando “atitudes positivas” e “atitudes negativas”, no O total de livros da pilha: 8 + 12 = 20 livros ao todo.
entendimento dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um Resposta: D
classificasse suas atitudes como positiva ou negativa, atribuindo
(+4) pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude negativa. • Potenciação: A potência an do número inteiro a, é definida
Se um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes como um produto de n fatores iguais. O número a é denominado a
anotadas, o total de pontos atribuídos foi base e o número n é o expoente.an = a x a x a x a x ... x a , a é multi-
(A) 50. plicado por a n vezes. Tenha em mente que:
(B) 45. – Toda potência de base positiva é um número inteiro positivo.
(C) 42. – Toda potência de base negativa e expoente par é um número
(D) 36. inteiro positivo.
(E) 32. – Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um nú-
mero inteiro negativo.
Resolução:
50-20=30 atitudes negativas Propriedades da Potenciação
20.4=80 1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base
30.(-1)=-30 e somam-se os expoentes. (–a)3 . (–a)6 = (–a)3+6 = (–a)9
80-30=50 2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a
Resposta: A base e subtraem-se os expoentes. (-a)8 : (-a)6 = (-a)8 – 6 = (-a)2
3) Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-se
• Multiplicação: é uma adição de números/ fatores repetidos. os expoentes. [(-a)5]2 = (-a)5 . 2 = (-a)10
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado 4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (-a)1 = -a e
por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras. (+a) = +a
1

5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual


• Divisão: a divisão exata de um número inteiro por outro nú- a 1. (+a)0 = 1 e (–b)0 = 1
mero inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo
pelo módulo do divisor. Conjunto dos números racionais – Q
m
ATENÇÃO: Um número racional é o que pode ser escrito na forma n , onde m
1) No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa e n são números inteiros, sendo que n deve ser diferente de zero.
e não tem a propriedade da existência do elemento neutro. Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n.
2) Não existe divisão por zero.
3) Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero,
é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero é igual
a zero.

Na multiplicação e divisão de números inteiros é muito impor-


tante a REGRA DE SINAIS:

Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo.


Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre nega-
tivo. N C Z C Q (N está contido em Z que está contido em Q)

Exemplo: Subconjuntos:
(PREF.DE NITERÓI) Um estudante empilhou seus livros, obten-
do uma única pilha 52cm de altura. Sabendo que 8 desses livros

53
MATEMÁTICA

SÍMBOLO REPRESENTAÇÃO DESCRIÇÃO


* Q* Conjunto dos números racionais não nulos
+ Q+ Conjunto dos números racionais não negativos
*e+ Q*+ Conjunto dos números racionais positivos
- Q_ Conjunto dos números racionais não positivos
*e- Q*_ Conjunto dos números racionais negativos

Representação decimal
Podemos representar um número racional, escrito na forma de fração, em número decimal. Para isso temos duas maneiras possíveis:
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:
2
= 0,4
5
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se periodicamente Decimais
Periódicos ou Dízimas Periódicas:
1
= 0,333...
3
Representação Fracionária
É a operação inversa da anterior. Aqui temos duas maneiras possíveis:

1) Transformando o número decimal em uma fração numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto pelo
numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do número decimal dado. Ex.:
0,035 = 35/1000

2) Através da fração geratriz. Aí temos o caso das dízimas periódicas que podem ser simples ou compostas.
– Simples: o seu período é composto por um mesmo número ou conjunto de números que se repeti infinitamente. Exemplos:

Procedimento: para transformarmos uma dízima periódica simples em fração basta utilizarmos o dígito 9 no denominador para cada
quantos dígitos tiver o período da dízima.

– Composta: quando a mesma apresenta um ante período que não se repete.

a)

Procedimento: para cada algarismo do período ainda se coloca um algarismo 9 no denominador. Mas, agora, para cada algarismo do

54
MATEMÁTICA

antiperíodo se coloca um algarismo zero, também no denominador.

b)

Procedimento: é o mesmo aplicado ao item “a”, acrescido na frente da parte inteira (fração mista), ao qual transformamos e obtemos
a fração geratriz.

Exemplo:
(PREF. NITERÓI) Simplificando a expressão abaixo

Obtém-se :

(A) ½
(B) 1
(C) 3/2
(D) 2
(E) 3

Resolução:

Resposta: B

Caraterísticas dos números racionais


O módulo e o número oposto são as mesmas dos números inteiros.

Inverso: dado um número racional a/b o inverso desse número (a/b)–n, é a fração onde o numerador vira denominador e o denomi-
nador numerador (b/a)n.

55
MATEMÁTICA

Resolução:
Somando português e matemática:

Representação geométrica
O que resta gosta de ciências:

Resposta: B
Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem infini-
tos números racionais. • Multiplicação: como todo número racional é uma fração ou
pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o produto de
Operações dois números racionais a e c , da mesma forma que o produto de
b d
• Soma ou adição: como todo número racional é uma fração frações, através de:
ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição
entre os números racionais a e c , da mesma forma que a soma
de frações, através de: b d

• Divisão: a divisão de dois números racionais p e q é a própria


operação de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p
÷ q = p × q-1
• Subtração: a subtração de dois números racionais p e q é a
própria operação de adição do número p com o oposto de q, isto é:
p – q = p + (–q)

Exemplo:
(PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB) Numa operação
policial de rotina, que abordou 800 pessoas, verificou-se que 3/4
ATENÇÃO: Na adição/subtração se o denominador for igual, dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram detidos. Já entre as
conserva-se os denominadores e efetua-se a operação apresen- mulheres abordadas, 1/8 foram detidas.
tada. Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial?
(A) 145
Exemplo: (B) 185
(PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS (C) 220
– MAKIYAMA) Na escola onde estudo, ¼ dos alunos tem a língua (D) 260
portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática como (E) 120
favorita e os demais têm ciências como favorita. Sendo assim, qual
fração representa os alunos que têm ciências como disciplina favo-
rita?
(A) 1/4
(B) 3/10
(C) 2/9
(D) 4/5
(E) 3/2

56
MATEMÁTICA

Resolução: Procedimentos
1) Operações:
- Resolvermos primeiros as potenciações e/ou radiciações na
ordem que aparecem;
- Depois as multiplicações e/ou divisões;
- Por último as adições e/ou subtrações na ordem que apare-
cem.

2) Símbolos:
- Primeiro, resolvemos os parênteses ( ), até acabarem os cál-
culos dentro dos parênteses,
-Depois os colchetes [ ];
- E por último as chaves { }.

ATENÇÃO:
– Quando o sinal de adição (+) anteceder um parêntese, col-
chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou
chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos
Resposta: A com os seus sinais originais.
– Quando o sinal de subtração (-) anteceder um parêntese, col-
• Potenciação: é válido as propriedades aplicadas aos núme- chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou
ros inteiros. Aqui destacaremos apenas as que se aplicam aos nú- chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos
meros racionais. com os seus sinais invertidos.
A) Toda potência com expoente negativo de um número racio-
nal diferente de zero é igual a outra potência que tem a base igual Exemplo:
ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expo- (MANAUSPREV – ANALISTA PREVIDENCIÁRIO – ADMINISTRATI-
ente anterior. VA – FCC) Considere as expressões numéricas, abaixo.

A = 1/2 + 1/4+ 1/8 + 1/16 + 1/32 e


B = 1/3 + 1/9 + 1/27 + 1/81 + 1/243

O valor, aproximado, da soma entre A e B é


(A) 2
(B) 3
B) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da (C) 1
base. (D) 2,5
(E) 1,5

Resolução:
Vamos resolver cada expressão separadamente:

C) Toda potência com expoente par é um número positivo.

Expressões numéricas
São todas sentenças matemáticas formadas por números, suas
operações (adições, subtrações, multiplicações, divisões, potencia-
ções e radiciações) e também por símbolos chamados de sinais de
associação, que podem aparecer em uma única expressão.

Resposta: E

57
MATEMÁTICA

Proporção
PROPORÇÃO E REGRA DE TRÊS. É uma igualdade entre duas frações ou duas razões.

Razão
É uma fração, sendo a e b dois números a sua razão, chama-se
razão de a para b: a/b ou a:b , assim representados, sendo b ≠ 0.
Temos que: Lemos: a esta para b, assim como c está para d.
Ainda temos:

Exemplo:
(SEPLAN/GO – PERITO CRIMINAL – FUNIVERSA) Em uma ação
policial, foram apreendidos 1 traficante e 150 kg de um produto
parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou
que o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma
mistura da Cannabis sativa com outras ervas. Interrogado, o trafi-
cante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava
apenas 2 kg da Cannabis sativa; o restante era composto por vá- • Propriedades da Proporção
rias “outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que, para fabricar – Propriedade Fundamental: o produto dos meios é igual ao
todo o produto apreendido, o traficante usou produto dos extremos:
(A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas. a.d=b.c
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas. – A soma/diferença dos dois primeiros termos está para o
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas. primeiro (ou para o segundo termo), assim como a soma/diferença
(E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas. dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).

Resolução:
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg da
Cannabis sativa e os demais outras ervas. Podemos escrever em
forma de razão , logo :

– A soma/diferença dos antecedentes está para a soma/dife-


rença dos consequentes, assim como cada antecedente está para
o seu consequente.

Resposta: C

Razões Especiais
São aquelas que recebem um nome especial. Vejamos algu-
mas:
Velocidade: é razão entre a distância percorrida e o tempo
gasto para percorrê-la.
Exemplo:
(MP/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA I – ADMINISTRATIVO –
VUNESP) A medida do comprimento de um salão retangular está
para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso
desse salão, foram colocados somente ladrilhos quadrados intei-
ros, revestindo-o totalmente. Se cada fileira de ladrilhos, no senti-
Densidade: é a razão entre a massa de um corpo e o seu volu- do do comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número
me ocupado por esse corpo. mínimo de ladrilhos necessários para revestir totalmente esse piso
foi igual a
(A) 588.
(B) 350.
(C) 454.

58
MATEMÁTICA

(D) 476. aproximadamente, de


(E) 382. (A) 70%.
(B) 65%.
Resolução: (C) 60%.
(D) 55%.
(E) 50%.

Resolução:
Utilizaremos uma regra de três simples:
Fazendo C = 28 e substituindo na proporção, temos:
ano %
11442 100
17136 x
4L = 28 . 3
11442.x = 17136 . 100
L = 84 / 4
x = 1713600 / 11442 = 149,8% (aproximado)
L = 21 ladrilhos
149,8% – 100% = 49,8%
Assim, o total de ladrilhos foi de 28 . 21 = 588
Aproximando o valor, teremos 50%
Resposta: A
Resposta: E
Regra de três simples
(PRODAM/AM – AUXILIAR DE MOTORISTA – FUNCAB) Numa
Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou
transportadora, 15 caminhões de mesma capacidade transportam
inversamente proporcionais podem ser resolvidos através de um
toda a carga de um galpão em quatro horas. Se três deles quebras-
processo prático, chamado REGRA DE TRÊS SIMPLES.
sem, em quanto tempo os outros caminhões fariam o mesmo tra-
balho?
• Duas grandezas são DIRETAMENTE PROPORCIONAIS quando
(A) 3 h 12 min
ao aumentarmos/diminuirmos uma a outra também aumenta/di-
(B) 5 h
minui.
(C) 5 h 30 min
• Duas grandezas são INVERSAMENTE PROPORCIONAIS quan-
(D) 6 h
do ao aumentarmos uma a outra diminui e vice-versa.
(E) 6 h 15 min
Exemplos:
Resolução:
(PM/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Em 3 de maio
Vamos utilizar uma Regra de Três Simples Inversa, pois, quanto
de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte informação
menos caminhões tivermos, mais horas demorará para transportar
sobre o número de casos de dengue na cidade de Campinas.
a carga:

caminhões horas
15 4
(15 – 3) x

12.x = 4 . 15
x = 60 / 12
x=5h
Resposta: B

Regra de três composta


Chamamos de REGRA DE TRÊS COMPOSTA, problemas que
envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
proporcionais.

Exemplos:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO
– FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m² de calçada é feita em
um dia de trabalho por 18 varredores trabalhando 5 horas por dia.
De acordo com essas informações, o número de casos regis- Mantendo-se as mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500
trados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014, teve um m² de calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o tempo de
aumento em relação ao número de casos registrados em 2007, (A) 8 horas e 15 minutos.

59
MATEMÁTICA

(B) 9 horas.
(C) 7 horas e 45 minutos. PORCENTAGEM
(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos. São chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
simplesmente de porcentagem, as razões de denominador 100, ou
Resolução: seja, que representam a centésima parte de uma grandeza. Costu-
Comparando- se cada grandeza com aquela onde está o x. mam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo %. (Lê-se:
“por cento”).
M² ↑ varredores ↓ horas ↑
6000 18 5
7500 15 x

Quanto mais a área, mais horas (diretamente proporcionais) Exemplo:


Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente pro- (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANA-
porcionais) LISTA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) O
departamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcio-
nários, sendo que 15% deles são estagiários. O departamento de
Recursos Humanos tem 10 funcionários, sendo 20% estagiários.
Em relação ao total de funcionários desses dois departamentos, a
fração de estagiários é igual a
(A) 1/5.
(B) 1/6.
(C) 2/5.
(D) 2/9.
(E) 3/5.
Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 ho-
Resolução:
ras e 30 minutos.
Resposta: D

(PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL) Uma equipe cons-


tituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por dia durante 60
dias, realiza o calçamento de uma área igual a 4800 m². Se essa
equipe fosse constituída por 15 operários, trabalhando 10 horas
por dia, durante 80 dias, faria o calçamento de uma área igual a:
(A) 4500 m²
(B) 5000 m²
(C) 5200 m²
(D) 6000 m² Resposta: B
(E) 6200 m²
Lucro e Prejuízo em porcentagem
Resolução: É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo. Se a
diferença for POSITIVA, temos o LUCRO (L), caso seja NEGATIVA,
Operários ↑ horas ↑ dias ↑ área ↑ temos PREJUÍZO (P).
Logo: Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).
20 8 60 4800
15 10 80 x

Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:

Resposta: D

60
MATEMÁTICA

Exemplo:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC) O preço de venda de um produto, descontado um imposto de
16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em quan-
tos por cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.

Resolução:
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C

O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.

Resposta: A

Aumento e Desconto em porcentagem


– Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por

Logo:

- Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por

Logo:

Fator de multiplicação

É o valor final de , é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil para resolução de cálculos de
porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no valor do produto.

61
MATEMÁTICA

Aumentos e Descontos sucessivos em porcentagem


São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos uso dos
fatores de multiplicação. Basta multiplicarmos o Valor pelo fator de multiplicação (acréscimo e/ou decréscimo).
Exemplo: Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida, um desconto de 20%. Qual
o preço desse produto após esse acréscimo e desconto?

Resolução:
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e
VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

ÁLGEBRA: EXPRESSÕES ALGÉBRICAS, EQUAÇÕES DO PRIMEIRO E SEGUNDO GRAUS.

Expressões algébricas são expressões matemáticas que apresentam números, letras e operações. As expressões desse tipo são usadas
com frequência em fórmulas e equações.
As letras que aparecem em uma expressão algébrica são chamadas de variáveis e representam um valor desconhecido.
Os números escritos na frente das letras são chamados de coeficientes e deverão ser multiplicados pelos valores atribuídos as letras.

Exemplo:
(PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO – VUNESP) Uma loja de materiais elétricos testou
um lote com 360 lâmpadas e constatou que a razão entre o número de lâmpadas queimadas e o número de lâmpadas boas era 2 / 7. Sa-
bendo-se que, acidentalmente, 10 lâmpadas boas quebraram e que lâmpadas queimadas ou quebradas não podem ser vendidas, então a
razão entre o número de lâmpadas que não podem ser vendidas e o número de lâmpadas boas passou a ser de
(A) 1 / 4.
(B) 1 / 3.
(C) 2 / 5.
(D) 1 / 2.
(E) 2 / 3.

Resolução:
Chamemos o número de lâmpadas queimadas de ( Q ) e o número de lâmpadas boas de ( B ). Assim:
B + Q = 360 , ou seja, B = 360 – Q ( I )

Substituindo a equação ( I ) na equação ( II ), temos:


7.Q = 2. (360 – Q)
7.Q = 720 – 2.Q
7.Q + 2.Q = 720
9.Q = 720
Q = 720 / 9
Q = 80 (queimadas)
Como 10 lâmpadas boas quebraram, temos:
Q’ = 80 + 10 = 90 e B’ = 360 – 90 = 270

62
MATEMÁTICA

Resposta: D

Monômios
Resposta: B Quando uma expressão algébrica apresenta apenas multiplica-
ções entre o coeficiente e as letras (parte literal), ela é chamada de
Simplificação de expressões algébricas monômio. Exemplos: 3ab ; 15xyz3
Podemos escrever as expressões algébricas de forma mais
simples somando seus termos semelhantes (mesma parte literal). Propriedades importantes
Basta somar ou subtrair os coeficientes dos termos semelhantes e – Toda equação algébrica de grau n possui exatamente n raízes.
repetir a parte literal. Exemplos: – Se b for raiz de P(x) = 0 , então P(x) é divisível por (x – b) .
a) 3xy + 7xy4 - 6x3y + 2xy - 10xy4 = (3xy + 2xy) + (7xy4 - 10xy4) Esta propriedade é muito importante para abaixar o grau de uma
- 6x3y = 5xy - 3xy4 - 6x3y equação, o que se consegue dividindo P(x) por x - b, aplicando Brio-
b) ab - 3cd + 2ab - ab + 3cd + 5ab = (ab + 2ab - ab + 5ab) + (- 3cd t-Ruffini.
+ 3cd) = 7ab – Se o número complexo (a + bi) for raiz de P(x) = 0 , então o
conjugado (a – bi) também será raiz .
Fatoração de expressões algébricas – Se a equação P(x) = 0 possuir k raízes iguais a m então dize-
Fatorar significa escrever uma expressão como produto de ter- mos que m é uma raiz de grau de multiplicidade k.
mos. Para fatorar uma expressão algébrica podemos usar os seguin- – Se a soma dos coeficientes de uma equação algébrica P(x) = 0
tes casos: for nula, então a unidade é raiz da
• Fator comum em evidência: ax + bx = x . (a + b) – Toda equação de termo independente nulo, admite um nú-
• Agrupamento: ax + bx + ay + by = x . (a + b) + y . (a + b) = (x + mero de raízes nulas igual ao menor expoente da variável.
y) . (a + b)
• Trinômio Quadrado Perfeito (Adição): a2 + 2ab + b2 = (a + b)2 Relações de Girard
• Trinômio Quadrado Perfeito (Diferença): a2 – 2ab + b2 = (a – São as relações existentes entre os coeficientes e as raízes de
b) 2
uma equação algébrica.
• Diferença de dois quadrados: (a + b) . (a – b) = a2 – b2 Sendo V= {r1, r2, r3,...,rn-1,rn} o conjunto verdade da equação P(x)
• Cubo Perfeito (Soma): a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 = (a + b)3 = a0xn + a1xn-1 +a2xn-2+ ... + an-1x+an=0, com a0≠ 0, valem as seguintes
• Cubo Perfeito (Diferença): a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 = (a - b)3 relações entre os coeficientes e as raízes:

Exemplo:
(PREF. MOGEIRO/PB - PROFESSOR – MATEMÁTICA – EXAMES)
Simplificando a expressão,

Obtemos:
(A) a + b.
(B) a² + b².
(C) ab.
(D) a² + ab + b².
(E) b – a. Atenção
As relações de Girard só são úteis na resolução de equações
Resolução: quando temos alguma informação sobre as raízes. Sozinhas, elas
não são suficientes para resolver as equações.

Exemplo:
(UFSCAR-SP) Sabendo-se que a soma de duas das raízes da
equação x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0 é igual a 5, pode-se afirmar a respeito
das raízes que:
(A) são todas iguais e não nulas.
(B) somente uma raiz é nula.
(C) as raízes constituem uma progressão geométrica.
(D) as raízes constituem uma progressão aritmética.
(E) nenhuma raiz é real.

Resolução:
x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0

63
MATEMÁTICA

Raízes: x1, x2 e x3 5x – 8 = 12 + x
Informação: x1 + x2 = 5 5x – x = 12 + 8
Girard: x1 + x2 + x3 = 7 ➱ 5 + x3 = 7 ➱ x3 = 2 4x = 20
Como 2 é raiz, por Briot-Ruffini, temos X = 20/4
X=5

Ao substituirmos o valor encontrado de x na equação obte-


mos o seguinte:
5x – 8 = 12 + x
x2 – 5x + 4 = 0 5.5 – 8 = 12 + 5
x = 1 ou x = 4 25 – 8 = 17
S = {1, 2, 4} 17 = 17 ( V)
Resposta: C
Quando se passa de um membro para o outro se usa a ope-
Teorema das Raízes Racionais ração inversa, ou seja, o que está multiplicando passa dividindo e
É um recurso para a determinação de raízes de equações algé- o que está dividindo passa multiplicando. O que está adicionando
bricas. Segundo o teorema, se o número racional, com e primos en- passa subtraindo e o que está subtraindo passa adicionando.
tre si (ou seja, é uma fração irredutível), é uma raiz da equação po-
linomial com coeficientes inteiros então é divisor de e é divisor de. Exemplo:
Exemplo: (PRODAM/AM – AUXILIAR DE MOTORISTA – FUNCAB) Um
Verifique se a equação x3 – x2 + x – 6 = 0 possui raízes racionais. grupo formado por 16 motoristas organizou um churrasco para
suas famílias. Na semana do evento, seis deles desistiram de parti-
Resolução: cipar. Para manter o churrasco, cada um dos motoristas restantes
p deve ser divisor de 6, portanto: ±6, ±3, ±2, ±1; q deve ser pagou R$ 57,00 a mais.
divisor de 1, portanto: ±1; Portanto, os possíveis valores da fração O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
são p/q: ±6, ±3, ±2 e ±1. Substituindo-se esses valores na equação, (A) R$ 570,00
descobrimos que 2 é uma de suas raízes. Como esse polinômio é de (B) R$ 980,50
grau 3 (x3 ) é necessário descobrir apenas uma raiz para determinar (C) R$ 1.350,00
as demais. Se fosse de grau 4 (x4 ) precisaríamos descobrir duas (D) R$ 1.480,00
raízes. As demais raízes podem facilmente ser encontradas utilizan- (E) R$ 1.520,00
do-se o dispositivo prático de Briot-Ruffini e a fórmula de Bhaskara.
Resolução:
Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
relação de igualdade e uma incógnita ou variável (x, y, z,...). 16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Equação do 1º grau Combinando as duas equações, temos:
As equações do primeiro grau são aquelas que podem ser 16.x = 10.x + 570
representadas sob a forma ax + b = 0, em que a e b são constantes 16.x – 10.x = 570
reais, com a diferente de 0, e x é a variável. A resolução desse tipo 6.x = 570
de equação é fundamentada nas propriedades da igualdade des- x = 570 / 6
critas a seguir. x = 95
Adicionando um mesmo número a ambos os membros de O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.
uma equação, ou subtraindo um mesmo número de ambos os Resposta: E
membros, a igualdade se mantém.
Dividindo ou multiplicando ambos os membros de uma equa- Equação do 2º grau
ção por um mesmo número não-nulo, a igualdade se mantém. As equações do segundo grau são aquelas que podem ser
representadas sob a forma ax² + bx +c = 0, em que a, b e c são
• Membros de uma equação constantes reais, com a diferente de 0, e x é a variável.
Numa equação a expressão situada à esquerda da igualdade é
chamada de 1º membro da equação, e a expressão situada à direi- • Equação completa e incompleta
ta da igualdade, de 2º membro da equação. 1) Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.
Ex.: x2 - 7x + 11 = 0= 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 7,
c = 11).

2) Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se


diz incompleta.
• Resolução de uma equação
Exs.:
Colocamos no primeiro membro os termos que apresentam
x² - 81 = 0 é uma equação incompleta (b=0).
variável, e no segundo membro os termos que não apresentam va-
x² +6x = 0 é uma equação incompleta (c = 0).
riável. Os termos que mudam de membro têm os sinais trocados.
2x² = 0 é uma equação incompleta (b = c = 0).

64
MATEMÁTICA

• Resolução da equação (D) 2x²-5x+3=0


1º) A equação é da forma ax2 + bx = 0 (incompleta)
x2 – 16x = 0 . colocamos x em evidência Resolução:
x . (x – 16) = 0, Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
x=0 x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas
x – 16 = 0 raízes somadas resultam no valor numérico de b; e P= duas raízes
x = 16 multiplicadas resultam no valor de c.
Logo, S = {0, 16} e os números 0 e 16 são as raízes da equação.

2º) A equação é da forma ax2 + c = 0 (incompleta)


x2 – 49= 0 . Fatoramos o primeiro membro, que é uma diferen-
ça de dois quadrados.
(x + 7) . (x – 7) = 0,
x+7=0 x–7=0
x=–7 x=7

ou

x2 – 49 = 0
x2 = 49
x2 = 49
x = 7, (aplicando a segunda propriedade).
Logo, S = {–7, 7}.
Resposta: D
3º) A equação é da forma ax² + bx + c = 0 (completa)
Para resolvê-la usaremos a formula de Bháskara. Inequação do 1º grau
Uma inequação do 1° grau na incógnita x é qualquer expres-
são do 1° grau que pode ser escrita numa das seguintes formas:

ax + b > 0
Conforme o valor do discriminante Δ existem três possibilida- ax + b < 0
des quanto á natureza da equação dada.
ax + b ≥ 0

ax + b ≤ 0

Onde a, b são números reais com a ≠ 0

Quando ocorre a última possibilidade é costume dizer-se que • Resolvendo uma inequação de 1° grau
não existem raízes reais, pois, de fato, elas não são reais já que não Uma maneira simples de resolver uma equação do 1° grau é
existe, no conjunto dos números reais, √a quando a < 0. isolarmos a incógnita x em um dos membros da igualdade. O mé-
todo é bem parecido com o das equações. Ex.:
• Relações entre raízes e coeficientes Resolva a inequação -2x + 7 > 0.
Solução:
-2x > -7
Multiplicando por (-1)
2x < 7
x < 7/2
Portanto a solução da inequação é x < 7/2.

Atenção:
Toda vez que “x” tiver valor negativo, devemos multiplicar
por (-1), isso faz com que o símbolo da desigualdade tenha o seu
Exemplo:
sentido invertido.
(CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC) Qual a
equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 3/2?
Pode-se resolver qualquer inequação do 1° grau por meio do
(A) x²-3x+4=0
estudo do sinal de uma função do 1° grau, com o seguinte proce-
(B) -3x²-5x+1=0
dimento:
(C) 3x²+5x+2=0

65
MATEMÁTICA

1. Iguala-se a expressão ax + b a zero; ax2 + bx + c > 0


2. Localiza-se a raiz no eixo x;
3. Estuda-se o sinal conforme o caso. ax2 + bx + c < 0

Pegando o exemplo anterior temos: ax2 + bx + c ≥ 0


-2x + 7 > 0
-2x + 7 = 0 ax2 + bx + c ≤ 0
x = 7/2 Onde a, b e c são números reais com a ≠ 0

Resolução da inequação
Para resolvermos uma inequação do 2o grau, utilizamos o
estudo do sinal. As inequações são representadas pelas desigual-
dades: > , ≥ , < , ≤.
Ex.: x2 -3x + 2 > 0

Resolução:
x2 -3x + 2 > 0
Exemplo: x ‘ =1, x ‘’ = 2
(SEE/AC – PROFESSOR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA MATEMÁ- Como desejamos os valores para os quais a função é maior
TICA E SUAS TECNOLOGIAS – FUNCAB) Determine os valores de que zero devemos fazer um esboço do gráfico e ver para quais
que satisfazem a seguinte inequação: valores de x isso ocorre.

(A) x > 2
(B) x - 5
(C) x > - 5
(D) x < 2 Vemos, que as regiões que tornam positivas a função são: x<1
(E) x 2 e x>2. Resposta: { x|R| x<1 ou x>2}

Resolução: Exemplo:
(VUNESP) O conjunto solução da inequação 9x2 – 6x + 1 ≤ 0,
no universo dos números reais é:
(A) ∅
(B) R

(C)

(D)

(E)

Resolução:
Resolvendo por Bháskara:
Resposta: B

Inequação do 2º grau
Chamamos de inequação da 2º toda desigualdade pode ser
representada da seguinte forma:

66
MATEMÁTICA

Fazendo o gráfico, a > 0 parábola voltada para cima: • Método da adição


Esse método consiste em adicionar as duas equações de tal
forma que a soma de uma das incógnitas seja zero. Para que isso
aconteça será preciso que multipliquemos algumas vezes as duas
equações ou apenas uma equação por números inteiros para que a
soma de uma das incógnitas seja zero.

Dado o sistema :

Para adicionarmos as duas equações e a soma de uma das in-


cógnitas de zero, teremos que multiplicar a primeira equação por
– 3.
Resposta: C

SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU.

Sistema do 1º grau
Um sistema de equação de 1º grau com duas incógnitas é for- Teremos:
mado por: duas equações de 1º grau com duas incógnitas diferen-
tes em cada equação. Veja um exemplo:

Adicionando as duas equações:

• Resolução de sistemas
Existem dois métodos de resolução dos sistemas. Vejamos:

• Método da substituição
Consiste em escolher uma das duas equações, isolar uma das
incógnitas e substituir na outra equação, veja como: Para descobrirmos o valor de x basta escolher uma das duas
equações e substituir o valor de y encontrado:
x + y = 20 → x + 12 = 20 → x = 20 – 12 → x = 8
Portanto, a solução desse sistema é: S = (8, 12).
Dado o sistema , enumeramos as equações.
Exemplos:
(SABESP – APRENDIZ – FCC) Em uma gincana entre as três equi-
pes de uma escola (amarela, vermelha e branca), foram arrecada-
dos 1 040 quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou
50 quilogramas a mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30
quilogramas a menos que a equipe branca. A quantidade de alimen-
tos arrecadada pela equipe vencedora foi, em quilogramas, igual a
(A) 310
Escolhemos a equação 1 (pelo valor da incógnita de x ser 1) e (B) 320
isolamos x. Teremos: x = 20 – y e substituímos na equação 2. (C) 330
3 (20 – y) + 4y = 72, com isso teremos apenas 1 incógnita. Re- (D) 350
solvendo: (E) 370
60 – 3y + 4y = 72 → -3y + 4y = 72 -60 → y = 12
Para descobrir o valor de x basta substituir 12 na equação x = Resolução:
20 – y. Logo: Amarela: x
x = 20 – y → x = 20 – 12 →x = 8 Vermelha: y
Portanto, a solução do sistema é S = (8, 12) Branca: z
x = y + 50
y = z - 30

67
MATEMÁTICA

z = y + 30 - Interpretar as raízes encontradas, verificando se são compatí-


veis com os dados do problema.

Exemplos:
(CPTM - MÉDICO DO TRABALHO – MAKIYAMA) Sabe-se que o
produto da idade de Miguel pela idade de Lucas é 500. Miguel é
5 anos mais velho que Lucas. Qual a soma das idades de Miguel e
Substituindo a II e a III equação na I: Lucas?
(A) 40.
(B) 55.
(C) 65.
(D) 50.
(E) 45.

Substituindo na equação II Resolução:


x = 320 + 50 = 370 Sendo Miguel M e Lucas L:
z=320+30=350 M.L = 500 (I)
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg M = L + 5 (II)
substituindo II em I, temos:
Resposta: E (L + 5).L = 500
L2 + 5L – 500 = 0, a = 1, b = 5 e c = - 500
(SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDADE – FCC) Em ∆ = b² - 4.a.c
um campeonato de futebol, as equipes recebem, em cada jogo, três ∆ = 5² - 4.1.(-500)
pontos por vitória, um ponto em caso de empate e nenhum ponto ∆ = 25 + 2000
se forem derrotadas. Após disputar 30 partidas, uma das equipes ∆ = 2025
desse campeonato havia perdido apenas dois jogos e acumulado 58 x = (-b ± √∆)/2a
pontos. O número de vitórias que essa equipe conquistou, nessas x’ = (-5 + 45) / 2.1 → x’ = 40/2 → x’ = 20
30 partidas, é igual a x’’ = (-5 - 45) / 2.1 → x’’ = -50/2 → x’’ = -25 (não serve)
(A) 12
(B) 14 Então L = 20
(C) 16 M.20 = 500
(D) 13 m = 500 : 20 = 25
(E) 15 M + L = 25 + 20 = 45

Resolução: Resposta: E
Vitórias: x
Empate: y (TJ- FAURGS) Se a soma de dois números é igual a 10 e o seu
Derrotas: 2 produto é igual a 20, a soma de seus quadrados é igual a:
Pelo método da adição temos: (A) 30
(B) 40
(C) 50
(D) 60
(E) 80

Resolução:

Resposta: E
Eu quero saber a soma de seus quadrados x2 + y2
Sistema do 2º grau Vamos elevar o x + y ao quadrado:
Utilizamos o mesmo princípio da resolução dos sistemas de (x + y)2 = (10)2
1º grau, por adição, substituições, etc. A diferença é que teremos x2 + 2xy + y2 = 100 , como x . y=20 substituímos o valor :
como solução um sistema de pares ordenados. x2 + 2.20 + y2 = 100
x2 + 40 + y2 = 100
Sequência prática x2 + y2 = 100 – 40
- Estabelecer o sistema de equações que traduzam o problema x2 + y2 = 60
para a linguagem matemática; Resposta: D
- Resolver o sistema de equações;

68
MATEMÁTICA

GRANDEZAS E MEDIDAS: TEMPO, COMPRIMENTO (PERÍMETRO), MASSA, SUPERFÍCIE (ÁREA), VOLUME E


CAPACIDADE.

O sistema métrico decimal é parte integrante do Sistema de Medidas. É adotado no Brasil tendo como unidade fundamental de me-
dida o metro.
O Sistema de Medidas é um conjunto de medidas usado em quase todo o mundo, visando padronizar as formas de medição.

Medidas de comprimento
Os múltiplos do metro são usados para realizar medição em grandes distâncias, enquanto os submúltiplos para realizar medição em
pequenas distâncias.

UNIDADE
MÚLTIPLOS SUBMÚLTIPLOS
FUNDAMENTAL
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
km hm Dam m dm cm mm
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Para transformar basta seguir a tabela seguinte (esta transformação vale para todas as medidas):

Medidas de superfície e área


As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro quadrado, o me-
tro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o nome de hectare (ha): 1 hm2 = 1 ha.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como nos comprimentos.
Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100 = 102. A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento
acrescidas de quadrado.

Vejamos as relações entre algumas essas unidades que não fazem parte do sistema métrico e as do sistema métrico decimal (valores
aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 centímetros

Medidas de Volume e Capacidade


Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o centímetro cúbico(cm3).
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, o sistema
continua sendo decimal. Acrescentamos a nomenclatura cúbico.
A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. A unidade fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.

Medidas de Massa
O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g). Assim as denominamos:
Kg – Quilograma; hg – hectograma; dag – decagrama; g – grama; dg – decigrama; cg – centigrama; mg – miligrama
Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t). Medidas Especiais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg
1 Quilate = 0,2 g

69
MATEMÁTICA

Em resumo temos:

Relações importantes

1 kg = 1l = 1 dm3
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
1 m3 = 1000 l

Exemplos:
(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Uma peça de um determinado tecido tem 30 metros, e para se confeccionar
uma camisa desse tecido são necessários 15 decímetros. Com duas peças desse tecido é possível serem confeccionadas:
(A) 10 camisas
(B) 20 camisas
(C) 40 camisas
(D) 80 camisas

Resolução:
Como eu quero 2 peças desse tecido e 1 peça possui 30 metros logo:
30 . 2 = 60 m. Temos que trabalhar com todas na mesma unidade: 1 m é 10dm assim temos 60m . 10 = 600 dm, como cada camisa
gasta um total de 15 dm, temos então:
600/15 = 40 camisas.
Resposta: C

(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Um veículo tem capacidade para transportar duas toneladas de carga. Se a
carga a ser transportada é de caixas que pesam 4 quilogramas cada uma, o veículo tem capacidade de transportar no máximo:
(A) 50 caixas
(B) 100 caixas
(C) 500 caixas
(D) 1000 caixas

Resolução:
Uma tonelada(ton) é 1000 kg, logo 2 ton. 1000kg= 2000 kg
Cada caixa pesa 4kg
2000 kg/ 4kg = 500 caixas.
Resposta: C

70
MATEMÁTICA

Os gráficos e as tabelas se prestam, portanto, a objetivos dis-


TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: LEITURA E tintos, de modo que a utilização de uma forma de apresentação
INTERPRETAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS. não exclui a outra.
Para a confecção de um gráfico, algumas regras gerais devem
Tabelas ser observadas:
A tabela é a forma não discursiva de apresentar informações, Os gráficos, geralmente, são construídos num sistema de eixos
das quais o dado numérico se destaca como informação central. chamado sistema cartesiano ortogonal. A variável independente é
Sua finalidade é apresentar os dados de modo ordenado, simples localizada no eixo horizontal (abscissas), enquanto a variável de-
e de fácil interpretação, fornecendo o máximo de informação num pendente é colocada no eixo vertical (ordenadas). No eixo vertical,
mínimo de espaço. o início da escala deverá ser sempre zero, ponto de encontro dos
eixos.
Elementos da tabela − Iguais intervalos para as medidas deverão corresponder a
Uma tabela estatística é composta de elementos essenciais e iguais intervalos para as escalas. Exemplo: Se ao intervalo 10-15 kg
elementos complementares. Os elementos essenciais são: corresponde 2 cm na escala, ao intervalo 40-45 kg também deverá
− Título: é a indicação que precede a tabela contendo a desig- corresponder 2 cm, enquanto ao intervalo 40-50 kg corresponderá
nação do fato observado, o local e a época em que foi estudado. 4 cm.
− Corpo: é o conjunto de linhas e colunas onde estão inseridos − O gráfico deverá possuir título, fonte, notas e legenda, ou
os dados. seja, toda a informação necessária à sua compreensão, sem auxílio
− Cabeçalho: é a parte superior da tabela que indica o conteú- do texto.
do das colunas. − O gráfico deverá possuir formato aproximadamente quadra-
− Coluna indicadora: é a parte da tabela que indica o conteú- do para evitar que problemas de escala interfiram na sua correta
do das linhas. interpretação.

Os elementos complementares são: Tipos de Gráficos


− Fonte: entidade que fornece os dados ou elabora a tabela.
− Notas: informações de natureza geral, destinadas a esclare- • Estereogramas: são gráficos onde as grandezas são repre-
cer o conteúdo das tabelas. sentadas por volumes. Geralmente são construídos num sistema
− Chamadas: informações específicas destinadas a esclarecer de eixos bidimensional, mas podem ser construídos num sistema
ou conceituar dados numa parte da tabela. Deverão estar indica- tridimensional para ilustrar a relação entre três variáveis.
das no corpo da tabela, em números arábicos entre parênteses, à
esquerda nas casas e à direita na coluna indicadora. Os elementos
complementares devem situar-se no rodapé da tabela, na mesma
ordem em que foram descritos.

Gráficos
Outro modo de apresentar dados estatísticos é sob uma forma
ilustrada, comumente chamada de gráfico. Os gráficos constituem-
-se numa das mais eficientes formas de apresentação de dados.
Um gráfico é, essencialmente, uma figura construída a partir
de uma tabela; mas, enquanto a tabela fornece uma ideia mais
precisa e possibilita uma inspeção mais rigorosa aos dados, o grá-
fico é mais indicado para situações que visem proporcionar uma
impressão mais rápida e maior facilidade de compreensão do com-
portamento do fenômeno em estudo.

71
MATEMÁTICA

• Cartogramas: são representações em cartas geográficas


(mapas).

b) Gráfico de barras: segue as mesmas instruções que o grá-


fico de colunas, tendo a única diferença que os retângulos são
dispostos horizontalmente. É usado quando as inscrições dos re-
tângulos forem maiores que a base dos mesmos.

• Pictogramas ou gráficos pictóricos: são gráficos puramente


ilustrativos, construídos de modo a ter grande apelo visual, diri-
gidos a um público muito grande e heterogêneo. Não devem ser
utilizados em situações que exijam maior precisão.

c) Gráfico de linhas ou curvas: neste gráfico os pontos são


dispostos no plano de acordo com suas coordenadas, e a seguir
são ligados por segmentos de reta. É muito utilizado em séries
• Diagramas: são gráficos geométricos de duas dimensões, de históricas e em séries mistas quando um dos fatores de variação é
fácil elaboração e grande utilização. Podem ser ainda subdivididos o tempo, como instrumento de comparação.
em: gráficos de colunas, de barras, de linhas ou curvas e de seto-
res.
a) Gráfico de colunas: neste gráfico as grandezas são compa-
radas através de retângulos de mesma largura, dispostos vertical-
mente e com alturas proporcionais às grandezas. A distância entre
os retângulos deve ser, no mínimo, igual a 1/2 e, no máximo, 2/3
da largura da base dos mesmos.

72
MATEMÁTICA

d) Gráfico em setores: é recomendado para situações em A partir das informações contidas nos gráficos, é correto afir-
que se deseja evidenciar o quanto cada informação representa mar que:
do total. A figura consiste num círculo onde o total (100%) repre- (A) nos dias 03 e 14 choveu a mesma quantidade em Fortaleza
senta 360°, subdividido em tantas partes quanto for necessário à e Florianópolis.
representação. Essa divisão se faz por meio de uma regra de três (B) a quantidade de chuva acumulada no mês de março foi
simples. Com o auxílio de um transferidor efetuasse a marcação maior em Fortaleza.
dos ângulos correspondentes a cada divisão. (C) Fortaleza teve mais dias em que choveu do que Florianó-
polis.
(D) choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.

Resolução:
A única alternativa que contém a informação correta com os
gráficos é a C.
Resposta: C

ESPAÇO E FORMA: IDENTIFICAÇÃO, DESCRIÇÃO E


INTERPRETAÇÃO DE FIGURAS GEOMÉTRICAS PLANAS
E ESPACIAIS, ÂNGULOS E TEOREMA DE PITÁGORAS.
Exemplo:
(PREF. FORTALEZA/CE – PEDAGOGIA – PREF. FORTALEZA) “Es- Geometria plana
tar alfabetizado, neste final de século, supõe saber ler e interpretar Aqui nos deteremos a conceitos mais cobrados como períme-
dados apresentados de maneira organizada e construir represen- tro e área das principais figuras planas. O que caracteriza a geome-
tações, para formular e resolver problemas que impliquem o reco- tria plana é o estudo em duas dimensões.
lhimento de dados e a análise de informações. Essa característica
da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma de- Perímetro
manda em abordar elementos da estatística, da combinatória e da É a soma dos lados de uma figura plana e pode ser represen-
probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997). tado por P ou 2p, inclusive existem umas fórmulas de geometria
Observe os gráficos e analise as informações. que aparece p que é o semiperímetro (metade do perímetro).
Basta observamos a imagem:

Observe que a planta baixa tem a forma de um retângulo.

Exemplo:
(CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retan-
gular de perímetro 200m está à venda em uma imobiliária. Sabe-
-se que sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se
o metro quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o
valor pago por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

Resolução:
O perímetro do retângulo é dado por = 2(b+h);
Pelo enunciado temos que: sua largura tem 28m a menos que
o seu comprimento, logo 2 (x + (x-28)) = 2 (2x -28) = 4x – 56. Como
ele já dá o perímetro que é 200, então

73
MATEMÁTICA

200 = 4x -56 • 4x = 200+56 • 4x = 256 • x = 64


Comprimento = 64, largura = 64 – 28 = 36
Área do retângulo = b.h = 64.36 = 2304 m2
Logo o valor da área é: 2304.50 = 115200
Resposta: D

• Área
É a medida de uma superfície. Usualmente a unidade básica de área é o m2 (metro quadrado). Que equivale à área de um quadrado
de 1 m de lado.

Quando calculamos que a área de uma determinada figura é, por exemplo, 12 m2; isso quer dizer que na superfície desta figura ca-
bem 12 quadrados iguais ao que está acima.

Planta baixa de uma casa com a área total

Para efetuar o cálculo de áreas é necessário sabermos qual a figura plana e sua respectiva fórmula. Vejamos:

74
MATEMÁTICA

(Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/57/97/5797a651dfb37-areas-de-figuras-planas.jpg)

Geometria espacial
Aqui trataremos tanto das figuras tridimensionais e dos sólidos geométricos. O importante é termos em mente todas as figuras pla-
nas, pois a construção espacial se dá através da junção dessas figuras. Vejamos:

Diedros
Sendo dois planos secantes (planos que se cruzam) π e π’, o espaço entre eles é chamado de diedro. A medida de um diedro é feita
em graus, dependendo do ângulo formado entre os planos.

Poliedros
São sólidos geométricos ou figuras geométricas espaciais formadas por três elementos básicos: faces, arestas e vértices. Chamamos
de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos planos, pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois somente uma
aresta em comum. Veja alguns exemplos:

Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos polígonos são as arestas e os vértices do poliedro.
Um poliedro é convexo se qualquer reta (não paralela a nenhuma de suas faces) o corta em, no máximo, dois pontos. Ele não possuí
“reentrâncias”. E caso contrário é dito não convexo.

Relação de Euler
Em todo poliedro convexo sendo V o número de vértices, A o número de arestas e F o número de faces, valem as seguintes relações
de Euler:
Poliedro Fechado: V – A + F = 2
Poliedro Aberto: V – A + F = 1

75
MATEMÁTICA

Para calcular o número de arestas de um poliedro temos que Não Poliedros


multiplicar o número de faces F pelo número de lados de cada face
n e dividir por dois. Quando temos mais de um tipo de face, basta
somar os resultados.
A = n.F/2

Poliedros de Platão
Eles satisfazem as seguintes condições:
- todas as faces têm o mesmo número n de arestas;
- todos os ângulos poliédricos têm o mesmo número m de
arestas;
- for válida a relação de Euler (V – A + F = 2).
Os sólidos acima são. São considerados não planos pois pos-
suem suas superfícies curvas.
Cilindro: tem duas bases geometricamente iguais definidas
por curvas fechadas em superfície lateral curva.
Cone: tem uma só base definida por uma linha curva fechada
e uma superfície lateral curva.
Esfera: é formada por uma única superfície curva.

Planificações de alguns Sólidos Geométricos

Poliedros Regulares
Um poliedro e dito regular quando:
- suas faces são polígonos regulares congruentes;
- seus ângulos poliédricos são congruentes;
Por essas condições e observações podemos afirmar que to-
dos os poliedros de Platão são ditos Poliedros Regulares.

Exemplo:
(PUC/RS) Um poliedro convexo tem cinco faces triangulares
e três pentagonais. O número de arestas e o número de vértices
deste poliedro são, respectivamente:
(A) 30 e 40
(B) 30 e 24
(C) 30 e 8
(D) 15 e 25
(E) 15 e 9

Resolução:
O poliedro tem 5 faces triangulares e 3 faces pentagonais,
logo, tem um total de 8 faces (F = 8). Como cada triângulo tem 3
lados e o pentágono 5 lados. Temos:

Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-WWDbQ-Gh5zU/Wb7iCjR42BI/AA-
AAAAAAIR0/kfRXIcIYLu4Iqf7ueIYKl39DU-9Zw24lgCLcBGAs/s1600/re-
vis%25C3%25A3o%2Bfiguras%2Bgeom%25C3%25A9tricas-page-001.
jpg
Sólidos geométricos
Resposta: E O cálculo do volume de figuras geométricas, podemos pedir
que visualizem a seguinte figura:

76
MATEMÁTICA

Portanto, n + 2
Resposta: B

PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um


vértice superior.

a) A figura representa a planificação de um prisma reto;


b) O volume de um prisma reto é igual ao produto da área da
base pela altura do sólido, isto é:
V = Ab. a
Onde a é igual a h (altura do sólido)

c) O cubo e o paralelepípedo retângulo são prismas;


d) O volume do cilindro também se pode calcular da mesma
forma que o volume de um prisma reto.

Área e Volume dos sólidos geométricos

PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases iguais


e paralelas.

Exemplo:
Uma pirâmide triangular regular tem aresta da base igual a 8
cm e altura 15 cm. O volume dessa pirâmide, em cm3, é igual a:
(A) 60
(B) 60
(C) 80
(D) 80
(E) 90

Resolução:
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a fórmula
da área do triângulo equilátero é . A aresta da base é a = 8 cm e h
= 15 cm.
Cálculo da área da base:

Exemplo:
(PREF. JUCÁS/CE – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – INSTITUTO
NEO EXITUS) O número de faces de um prisma, em que a base é
um polígono de n lados é:
(A) n + 1.
(B) n + 2.
(C) n.
(D) n – 1.
(E) 2n + 1.

Resolução:
Se a base tem n lados, significa que de cada lado sairá uma
face.
Assim, teremos n faces, mais a base inferior, e mais a base
superior.

77
MATEMÁTICA

Cálculo do volume:

Exemplo:
Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone,
em cm, é:

(A)

(B)
Resposta: D
CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais,
(C)
paralelas e circulares.
(D)

(E) 8

Resolução:
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio
é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16 cm.
g2 = h2 + r2
162 = h2 + 82
256 = h2 + 64
256 – 64 = h2
h2 = 192

CONE: é um sólido geométrico que tem uma base circular e Resposta: D


vértice superior.
ESFERA: superfície curva, possui formato de uma bola.

78
MATEMÁTICA

TRONCOS: são cortes feitos nas superfícies de alguns dos sóli-


dos geométricos. São eles:

Para determinarmos as coordenadas de um ponto P, traçamos


linhas perpendiculares aos eixos x e y.
• xp é a abscissa do ponto P;
• yp é a ordenada do ponto P;
• xp e yp constituem as coordenadas do ponto P.

Exemplo:
(ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍS-
TICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO – EXÉRCITO BRASILEIRO) O volume de
um tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas áreas das bases
são iguais a 36 dm² e 144 dm² vale:
(A) 330 cm³
(B) 720 dm³
(C) 330 m³
(D) 360 dm³ Mediante a esse conhecimento podemos destacar as formulas
(E) 336 dm³ que serão uteis ao cálculo.

Resolução: Distância entre dois pontos de um plano


Por meio das coordenadas de dois pontos A e B, podemos
localizar esses pontos em um sistema cartesiano ortogonal e, com
isso, determinar a distância d(A, B) entre eles. O triângulo formado
é retângulo, então aplicamos o Teorema de Pitágoras.
AB=144 dm²
Ab=36 dm²

Resposta: E

Geometria analítica
Um dos objetivos da Geometria Analítica é determinar a reta
que representa uma certa equação ou obter a equação de uma
reta dada, estabelecendo uma relação entre a geometria e a álge-
bra.

Sistema cartesiano ortogonal (PONTO)


Para representar graficamente um par ordenado de números
reais, fixamos um referencial cartesiano ortogonal no plano. A reta
x é o eixo das abscissas e a reta y é o eixo das ordenadas. Como se
pode verificar na imagem é o Sistema cartesiano e suas proprieda-
des.

79
MATEMÁTICA

Ponto médio de um segmento

onde o valor do determinante é sempre dado em módulo,


pois a área não pode ser um número negativo.

Inclinação de uma reta e Coeficiente angular de uma reta (ou


declividade)
À medida do ângulo α, onde α é o menor ângulo que uma reta
forma com o eixo x, tomado no sentido anti-horário, chamamos de
inclinação da reta r do plano cartesiano.

Baricentro
O baricentro (G) de um triângulo é o ponto de intersecção das
medianas do triângulo. O baricentro divide as medianas na razão
de 2:1.

Já a declividade é dada por: m = tgα

Cálculo do coeficiente angular


Se a inclinação α nos for desconhecida, podemos calcular o
coeficiente angular m por meio das coordenadas de dois pontos da
reta, como podemos verificar na imagem.

Condição de alinhamento de três pontos


Consideremos três pontos de uma mesma reta (colineares),
A(x1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3).

Estes pontos estarão alinhados se, e somente se:


Reta

Equação da reta
A equação da reta é determinada pela relação entre as abscis-
sas e as ordenadas. Todos os pontos desta reta obedecem a uma
mesma lei. Temos duas maneiras de determinar esta equação:

1) Um ponto e o coeficiente angular


Por outro lado, se D ≠ 0, então os pontos A, B e C serão vérti- Exemplo:
ces de um triângulo cuja área é: Consideremos um ponto P(1, 3) e o coeficiente angular m = 2.

80
MATEMÁTICA

Dados P(x1, y1) e Q(x, y), com P ∈ r, Q ∈ r e m a declividade da interceptam os eixos x e y nos pontos A (a, 0) e B (0,b).
reta r, a equação da reta r será:

2) Dois pontos: A(x1, y1) e B(x2, y2) Equação geral da reta


Consideremos os pontos A(1, 4) e B(2, 1). Com essas informa- Toda equação de uma reta pode ser escrita na forma:
ções, podemos determinar o coeficiente angular da reta: ax + by + c = 0

onde a, b e c são números reais constantes com a e b não


simultaneamente nulos.

Posições relativas de duas retas


Em relação a sua posição elas podem ser:
Com o coeficiente angular, podemos utilizar qualquer um dos A) Retas concorrentes: Se r1 e r2 são concorrentes, então seus
dois pontos para determinamos a equação da reta. Temos A(1, 4), ângulos formados com o eixo x são diferentes e, como consequên-
m = -3 e Q(x, y) cia, seus coeficientes angulares são diferentes.
y - y1 = m.(x - x1) ⇒ y - 4 = -3. (x - 1) ⇒ y - 4 = -3x + 3 ⇒ 3x + y -
4 - 3 = 0 ⇒ 3x + y - 7 = 0

Equação reduzida da reta


A equação reduzida é obtida quando isolamos y na equação
da reta y - b = mx

– Equação segmentária da reta


É a equação da reta determinada pelos pontos da reta que

81
MATEMÁTICA

B) Retas paralelas: Se r1 e r2 são paralelas, seus ângulos com o onde m1 e m2 são os coeficientes angulares das retas r1 e r2,
eixo x são iguais e, em consequência, seus coeficientes angulares respectivamente.
são iguais (m1 = m2). Entretanto, para que sejam paralelas, é neces-
sário que seus coeficientes lineares n1 e n2 sejam diferentes Distância entre um ponto e uma reta
A distância de um ponto a uma reta é a medida do segmento
perpendicular que liga o ponto à reta. Utilizamos a fórmula a seguir
para obtermos esta distância.

onde d(P, r) é a distância entre o ponto P(xP, yP) e a reta r .


C) Retas coincidentes: Se r1 e r2 são coincidentes, as retas
cortam o eixo y no mesmo ponto; portanto, além de terem seus Exemplo:
coeficientes angulares iguais, seus coeficientes lineares também (UEPA) O comandante de um barco resolveu acompanhar a
serão iguais. procissão fluvial do Círio-2002, fazendo o percurso em linha reta.
Para tanto, fez uso do sistema de eixos cartesianos para melhor
orientação. O barco seguiu a direção que forma 45° com o sentido
positivo do eixo x, passando pelo ponto de coordenadas (3, 5). Este
trajeto ficou bem definido através da equação:
(A) y = 2x – 1
(B) y = - 3x + 14
(C) y = x + 2
(D) y = - x + 8
(E) y = 3x – 4

Resolução:
xo = 3, yo = 5 e = 1. As alternativas estão na forma de equação
reduzida, então:
y – yo = m(x – xo)
y – 5 = 1.(x – 3)
y–5=x–3
y=x–3+5
y=x+2
Resposta: C

Circunferência

Intersecção de retas É o conjunto dos pontos do plano equidistantes de um ponto


Duas retas concorrentes, apresentam um ponto de intersecção fixo O, denominado centro da circunferência.
P(a, b), em que as coordenadas (a, b) devem satisfazer as equações A medida da distância de qualquer ponto da circunferência ao
de ambas as retas. Para determinarmos as coordenadas de P, basta centro O é sempre constante e é denominada raio.
resolvermos o sistema constituído pelas equações dessas retas.

Condição de perpendicularismo
Se duas retas, r1 e r2, são perpendiculares entre si, a seguinte
relação deverá ser verdadeira.

82
MATEMÁTICA

Equação reduzida da circunferência Elipse


Dados um ponto P(x, y) qualquer, pertencente a uma circunfe-
rência de centro O(a,b) e raio r, sabemos que: d(O,P) = r. É o conjunto dos pontos de um plano cuja soma das distâncias
a dois pontos fixos do plano é constante. Onde F1 e F2 são focos:

Equação Geral da circunferência


A equação geral de uma circunferência é obtida através do de-
Mesmo que mudemos o eixo maior da elipse do eixo x para
senvolvimento da equação reduzida.
o eixo y, a relação de Pitágoras (a2 =b2 + c2) continua sendo válida.

Exemplo:
(VUNESP) A equação da circunferência, com centro no ponto
C(2, 1) e que passa pelo ponto P(0, 3), é:
(A) x2 + (y – 3)2 = 0
(B) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 4
(C) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8 Equações da elipse
(D) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 16 a) Centrada na origem e com o eixo maior na horizontal.
(E) x2 + (y – 3)2 = 8

Resolução:
Temos que C(2, 1), então a = 2 e b = 1. O raio não foi dado no
enunciado.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2
(x – 2)2 + (y – 1)2 = r2 (como a circunferência passa pelo ponto P,
basta substituir o x por 0 e o y por 3 para achar a raio.
(0 – 2)2 + (3 – 1)2 = r2
(- 2)2 + 22 = r2
4 + 4 = r2
r2 = 8
(x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
Resposta: C

83
MATEMÁTICA

b) Centrada na origem e com o eixo maior na vertical. Resolução:

Teorema de Pitágoras x 2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de hipo- x2 = 25
tenusa e os outros dois lados são os catetos. Deste triângulo tira- Resposta: E
mos a seguinte relação:

ANOTAÇÕES

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

“Em todo triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual ______________________________________________________


à soma dos quadrados dos catetos”.
a2 = b2 + c2 ______________________________________________________

______________________________________________________
Exemplo:
Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o ______________________________________________________
oeste chegando a um ponto B, depois 5 milhas para o sul chegando
a um ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D ______________________________________________________
e finalmente 9 milhas para o norte chegando a um ponto E. Onde o
barco parou relativamente ao ponto de partida? ______________________________________________________
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste. ______________________________________________________
(C) 4 milhas ao sul.
______________________________________________________
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste. ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

84
ATUALIDADES E HISTÓRIA, GEOGRAFIA
E CONHECIMENTOS GERAIS DE GOIÁS
E DE CIDADE OCIDENTAL-GO

TEMAS RELEVANTES EM EVIDÊNCIA NO BRASIL E NO MUNDO E SUAS CONEXÕES COM O CONTEXTO HISTÓRICO
ATUAL. POBREZA E FOME. MUNDO DO TRABALHO. SAÚDE, SURTOS E EPIDEMIAS. QUESTÕES ATUAIS DO MEIO
AMBIENTE E DESASTRES AMBIENTAIS.

A importância do estudo de atualidades


Dentre todas as disciplinas com as quais concurseiros e estudantes de todo o país se preocupam, a de atualidades tem se tornado cada
vez mais relevante. Quando pensamos em matemática, língua portuguesa, biologia, entre outras disciplinas, inevitavelmente as colocamos
em um patamar mais elevado que outras que nos parecem menos importantes, pois de algum modo nos é ensinado a hierarquizar a rele-
vância de certos conhecimentos desde os tempos de escola.
No, entanto, atualidades é o único tema que insere o indivíduo no estudo do momento presente, seus acontecimentos, eventos e
transformações. O conhecimento do mundo em que se vive de modo algum deve ser visto como irrelevante no estudo para concursos, pois
permite que o indivíduo vá além do conhecimento técnico e explore novas perspectivas quanto à conhecimento de mundo.
Em sua grande maioria, as questões de atualidades em concursos são sobre fatos e acontecimentos de interesse público, mas podem
também apresentar conhecimentos específicos do meio político, social ou econômico, sejam eles sobre música, arte, política, economia,
figuras públicas, leis etc. Seja qual for a área, as questões de atualidades auxiliam as bancas a peneirarem os candidatos e selecionarem os
melhores preparados não apenas de modo técnico.
Sendo assim, estudar atualidades é o ato de se manter constantemente informado. Os temas de atualidades em concursos são sempre
relevantes. É certo que nem todas as notícias que você vê na televisão ou ouve no rádio aparecem nas questões, manter-se informado,
porém, sobre as principais notícias de relevância nacional e internacional em pauta é o caminho, pois são debates de extrema recorrência
na mídia.
O grande desafio, nos tempos atuais, é separar o joio do trigo. Com o grande fluxo de informações que recebemos diariamente, é
preciso filtrar com sabedoria o que de fato se está consumindo. Por diversas vezes, os meios de comunicação (TV, internet, rádio etc.) adap-
tam o formato jornalístico ou informacional para transmitirem outros tipos de informação, como fofocas, vidas de celebridades, futebol,
acontecimentos de novelas, que não devem de modo algum serem inseridos como parte do estudo de atualidades. Os interesses pessoais
em assuntos deste cunho não são condenáveis de modo algum, mas são triviais quanto ao estudo.
Ainda assim, mesmo que tentemos nos manter atualizados através de revistas e telejornais, o fluxo interminável e ininterrupto de
informações veiculados impede que saibamos de fato como estudar. Apostilas e livros de concursos impressos também se tornam rapida-
mente desatualizados e obsoletos, pois atualidades é uma disciplina que se renova a cada instante.
O mundo da informação está cada vez mais virtual e tecnológico, as sociedades se informam pela internet e as compartilham em
velocidades incalculáveis. Pensando nisso, a editora prepara mensalmente o material de atualidades de mais diversos campos do conhe-
cimento (tecnologia, Brasil, política, ética, meio ambiente, jurisdição etc.) na “Área do Cliente”.
Lá, o concurseiro encontrará um material completo de aula preparado com muito carinho para seu melhor aproveitamento. Com o
material disponibilizado online, você poderá conferir e checar os fatos e fontes de imediato através dos veículos de comunicação virtuais,
tornando a ponte entre o estudo desta disciplina tão fluida e a veracidade das informações um caminho certeiro.

85
ATUALIDADES E HISTÓRIA, GEOGRAFIA
E CONHECIMENTOS GERAIS DE GOIÁS
E DE CIDADE OCIDENTAL-GO
ASPECTOS FÍSICOS DO TERRITÓRIO DA CIDADE OCIDENTAL E DE GOIÁS: VEGETAÇÃO, HIDROGRAFIA, CLIMA E
RELEVO. NATUREZA, CULTURA E TURISMO NA CIDADE OCIDENTAL E EM GOIÁS.

Localização
Goiás é o sétimo maior Estado do país e ocupa uma área de 340 mil quilômetros quadrados. Situado na região Centro-Oeste, o Estado
faz divisa com Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Possui 246 municípios e envolve o Distrito Federal – com
exceção ao seu extremo sudeste.

População
Levantamento do IBGE, divulgado em 2018, indica que Goiás possui quase 7 milhões de habitantes, e densidade demográfica de 17,65
pessoas por quilômetro quadrado. Trata-se do Estado mais populoso do Centro-Oeste brasileiro.
Seja por sua história carregada de tradição ou pela crescente oferta de oportunidades, Goiás abriga povos diversificados, desde indí-
genas e calungas até migrantes vindos de todas as partes. O Censo Demográfico de 2010 apontou que aproximadamente 28% das pessoas
que moram em solo goiano são oriundas de outros Estados. Tal fluxo migratório, acentuado especialmente nas últimas décadas, contribui
com o crescimento populacional. Desde 2000, o número de habitantes em Goiás cresce uma média de 1,8% ao ano.

Clima, vegetação e hidrografia


Situado no coração do Brasil, Goiás ostenta a beleza singular do Cerrado, cuja vegetação é marcada por árvores e arbustos tortuosos,
cascas grossas e raízes profundas. Uma das características mais peculiares do bioma é a flora, considerada a mais rica savana do mundo
por abrigar pelo menos 11,6 mil espécies de plantas já catalogadas. O Cerrado cobre cerca de 70% do território goiano e é o segundo maior
bioma brasileiro, ficando atrás somente da Amazônia.
O clima em Goiás é o tropical, que se resume a verões chuvosos e invernos secos. Cerca de 95% da chuva que cai todos os anos é
registrada entre outubro e abril. Já o período de menor índice pluviométrico ocorre de maio a setembro. As temperaturas médias anuais
variam entre 23ºC, ao Norte, e 20ºC ao Sul. Em meses de maior seca, como agosto e setembro, o termômetro costuma registrar um calor
que gira em torno dos 34ºC. Já o período mais frio do ano abrange junho e julho, podendo chegar a 12ºC, especialmente nas regiões Su-
deste e Sudoeste.
Sobre o relevo, o território goiano apresenta baixa declividade: 65% da superfície são formadas por terras relativamente planas, os
chamados chapadões. Às margens dos rios Araguaia e Tocantins predominam ligeiras ondulações. Tal condição favorece a agricultura e a
pecuária, dois grandes propulsores da economia goiana. Longe dos leitos, as elevações não ultrapassam a marca de 1.676m.
Outra importante curiosidade sobre Goiás diz respeito à hidrografia. É dentro do território goiano que nascem drenagens alimen-
tadoras de três importantes rios: Araguaia/Tocantins, São Francisco e Paraná. Juntas, as bacias ocupam uma área total de 2.431.980,91
quilômetros quadrados. Deste espaço, 340.070,75 quilômetros quadrados está em Goiás, o que representa 13,98% do total.
Sob aspecto turístico, a hidrografia goiana assume um papel protagonista. Além das cidades por onde passam rios atraírem milhares
de pessoas todos os anos – a exemplo de Aruanã, há ainda lagos e cachoeiras espalhados pelo Estado. Outro ponto forte são as águas
termais, um recurso natural localizado na região de Caldas Novas e Rio Quente. Além das propriedades terapêuticas, as águas quentes são
uma boa opção para o lazer.

86
ATUALIDADES E HISTÓRIA, GEOGRAFIA
E CONHECIMENTOS GERAIS DE GOIÁS
E DE CIDADE OCIDENTAL-GO
Recursos Hídricos
O estado de Goiás possui características peculiares em relação a sua hidrografia. Em seu território nascem drenagens alimentadoras
de três importantes Regiões Hidrográficas do país (Araguaia/Tocantins, São Francisco e Paraná), tendo como divisores os planaltos do Dis-
trito Federal e Entorno e os altos topográficos que atravessam os municípios de Águas Lindas de Goiás, Pirenópolis, Itauçu, Americano do
Brasil, Paraúna, Portelândia até as imediações do Parque Nacional das Emas.

— Região Hidrográfica Tocantins / Araguaia: é representada pelos cursos d’água que vertem no sentido sul-norte, destacando-se
como tributários principais os rios Araguaia e Tocantins, os quais têm confluência em outras unidades da Federação. Ocupa uma área de
196.500,04 km².
— Região Hidrográfica do São Francisco: situa-se na porção leste do estado e ocupa uma área de 3.117,29 km², sendo representada
pelas nascentes dos rios Preto, Bezerra e Urucuia
— Região Hidrográfica do Paraná: localiza-se na porção centro-sul do estado, ocupando 141.350,03 km2. É representada em Goiás
pelos afluentes da margem direita do Rio Paranaíba, dentre os quais destacam-se os rios Corumbá, Meia Ponte, dos Bois, Claro e Aporé.

A rede de drenagem goiana é densa e constituída de rios de médio e grande porte, contudo a navegabilidade é, em parte, prejudicada
pelo grande número de cachoeiras e corredeiras. Observa-se, entretanto, no rio Paranaíba, o porto de São Simão que escoa parte da pro-
dução agrícola do estado. Existem estudos que destacam a possibilidade de navegabilidade no rio Araguaia.
Em todo o estado, assumem grande importância as lagoas naturais e os lagos formados pelo barramento artificial dos rios para gera-
ção de energia elétrica ou abastecimento público. Estes lagos representam cerca de 1,6% da área de Goiás.

Principais Lagos
— Lago Azul – formado pela represa de Emborcação no rio Paranaíba, bordeja, no lado goiano, os municípios de Catalão, Três Ranchos,
Ouvidor e Davinópolis. O lago possui área de 444 km2 e profundidade podendo alcançar até 180 metros. Tem como função primordial a
geração de energia elétrica e uso turístico.
— Lago das Brisas – formado pela represa de Itumbiara, no rio Paranaíba, bordeja, no lado goiano, os municípios de Itumbiara, Buriti
Alegre, Água Limpa, Marzagão, Caldas Novas, Corumbaíba, Nova Aurora, Cumari e Anhanguera. Possui em torno de 778 km2, chegando a
atingir 150 metros de profundidade e 50 quilômetros de largura. Tem como função primordial a geração de energia elétrica e subordina-
damente o uso turístico.
— Lago de Cachoeira Dourada - formado por barramento no rio Paranaíba, possui 65 km2, bordejando, no lado goiano, os municípios
de Cachoeira Dourada e Itumbiara. Tem como função primordial a geração de energia elétrica.
— Lago de São Simão – formado pela represa de São Simão, o lago ocupa uma área de 772 km2, bordejando, no lado goiano, os mu-
nicípios de São Simão, Paranaiguara, Quirinópolis, Gouvelândia e Inaciolândia. Tem como função primordial a geração de energia elétrica
e subordinadamente o uso turístico.
— Lago de CorumbáII – formado pela represa da UHE - Corumbá II, banha os municípios de Caldas Novas, Ipameri e Corumbaíba e
possui área de 65 km2. Tem como função primordial a geração de energia elétrica e, de forma secundária, o uso turístico.
— Lago de CorumbáIII – no médio rio Corumbá, com uma área de inundação aproximada de 48 km² no município de Luziânia.
— Lago de Corumbá IV – formado pelo represamento do rio Corumbá, banha os municípios de Luziânia, Santo Antônio do Descober-
to, Alexânia, Abadiânia e Silvânia, tendo previsto um uso múltiplo dos recursos hídricos (geração de energia elétrica e abastecimento da
Região do Entorno do Distrito Federal).
— Lago do Rochedo – formado pelo represamento do rio Meia Ponte (PCH – Rochedo), ocupa área de aproximadamente 6,8 km² e
encontra-se integralmente no município de Piracanjuba. Tem como função primordial a geração de energia elétrica.
— Lago do João Leite – a montante da Região Metropolitana de Goiânia, bordeja os municípios de Goiânia, Goianápolis, Nerópolis
e Terezópolis de Goiás. Tem como função primordial o abastecimento público d’água, e quando plenamente cheio, conta com uma área
de 14,66 km² e uma extensão longitudinal de 18 km. A barragem tem 53 metros de altura e, quando cheio, abrange 1.040 hectares com
seu volume máximo, o que vai corresponder a 129 milhões de metros cúbicos de água. A construção da barragem está finalizada e o lago
encheu. O tratamento e distribuição de água que garantirá abastecimento da região metropolitana de Goiânia e algumas cidades vizinhas
por muitos anos deve ocorrer a partir do segundo semestre de 2016.

87
ATUALIDADES E HISTÓRIA, GEOGRAFIA
E CONHECIMENTOS GERAIS DE GOIÁS
E DE CIDADE OCIDENTAL-GO
— Lago do Descoberto – formado a partir do represamento do Brasil e também do maior e mais conhecido complexo de águas
rio homônimo, encontra-se nos limites entre o Distrito Federal e o quentes do país. Contudo, existem outras importantes fontes ter-
município de Águas Lindas de Goiás. Possui área de 17 km² e tem mais nos municípios de: Lagoa Santa, Cachoeira Dourada, Minaçu,
como função primordial o abastecimento público. Formoso, Mara Rosa, Cavalcante, Colinas do Sul, Niquelândia, Jataí
— Lago de Serra da Mesa– formado pelo represamento do rio e Aragarças.
Tocantins, é o quinto maior lago do Brasil em área alagada, 1.758 Ocorrências de águas sulfurosas são observadas em surgências
Km2, e o primeiro em volume d’água, 54 bilhões de m3. Banha os naturais de reduzido volume em Montes Claros de Goiás, Cidade de
municípios de Colinas do Sul, Niquelândia, Barro Alto, Santa Rita Goiás (Águas de São João) e a região dos Três Pilões no município
do Novo Destino, Uruaçu, Campinorte, Campinaçu e Minaçu. Tem de Mineiros.
como função principal a geração de energia elétrica e, secundaria-
mente, o uso turístico. A culinária goiana1 atravessou as fronteiras e conquistou todo
— Lago de Cana Brava – formado pelo represamento do rio To- o Brasil. Pratos suculentos, servidos com muita generosidade e com
cantins, a jusante da UHE de Serra da Mesa, banha os municípios de ingredientes muito ligados à cultura rural, caracterizam bem as co-
Minaçu, Cavalcante e Colinas do Sul. Possui área de 139 km2 e tem midas típicas. Estão entre os mais gostosos do país e devido a nossa
como função primordial a geração de energia elétrica e, secundaria- proximidade e influência da culinária mineira, muitos pratos típicos
mente, o uso turístico. disputam a autoria da receita. Alguns desses pratos são:

— Represamento de São Domingos – formado pelo barramen- Pamonha


to do rio São Domingos, imediatamente a jusante da cidade homô- De massa tradicional, que leva milho verde ralado, banha de
nima e encontra-se integralmente inserido no município de São porco e temperos, pode ser recheada com queijo, linguiça, frango,
Domingos. Possui área de 2,25 km² e tem como função primordial a carne desfiada e pimenta. Unanimidade entre os goianos. Os sabo-
geração de energia elétrica e, de forma subordinada, o uso turístico res mais tradicionais e pedidos são as de sal, de doce e à moda. E
e para lazer. claro, para todos os que gostam de uma boa pamonha, tirar a palha
— Represamento de Mosquito – formado pelo barramento do e ver ela desmanchar no prato, faz parte de todo o ritual.
rio Mosquito, encontra-se integralmente inserido no município de
Campos Belos. Possui área de 0,57 km² e tem como função primor- Empadão goiano: é um prato muito consumido no Brasil, ad-
dial a geração de energia elétrica. mitindo diversas receitas e maneiras de servir. A versão goiana é
— Represamento de Mambaí– formado pelo barramento do bem temperada e suculenta, podendo ser recheada com linguiça
rio Corrente, encontra-se integralmente inserido no município de caseira, carne de porco, pequi e guariroba, mas tradicionalmente é
Sítio d’Abadia. Tem como função exclusiva a geração de energia elé- usado o frango caipira.
trica.
— Lago do Rio Preto – formado a partir do barramento de rio Arroz com pequi: nenhuma fruta lembra mais o nosso estado
homônimo, bordeja os limites com o Distrito Federal, Minas Gerais de Goiás do que o Pequi. Para muitas pessoas, de outras regiões,
e, no lado goiano, os municípios de Cristalina e Formosa. Tem como ele é visto como exótico e nem todo mundo teve a oportunidade
função primordial a geração de energia elétrica e de forma incipien- de provar. A preparação com arroz é o verdadeiro clássico. O arroz é
te o uso turístico. cozido junto com o pequi, podendo ser acrescidos milho, temperos
e guariroba.
Lagoas Naturais
Em todo o estado observam-se lagoas naturais. Dentre estas, Galinhada: muito conhecida em todo Brasil, a galinhada já ga-
destacam-se, na Região Hidrográfica do Tocantins/Araguaia, as nhou diversas interpretações em todas as regiões do país, mas o
lagoas da Babilônia, Caranha, dos Pássaros, da Barra, dos Tigres, sabor da galinhada goiana é indescritível. Arroz, frango, açafrão, pe-
Grande de Cima, Vargem das Éguas, Preta, Jacaré, Curumãs, dos qui, guariroba e muito cheiro verde. Um clássico da culinária goiana.
Portugueses, Jacarezinho, Ferradura, Gonzaga, Comprida, Redonda,
Jacuba e Formosa. Biscoito de queijo: confundido, muitas vezes, com o pão de
Na Região Hidrográfica do São Francisco destacam-se as lagoas queijo, o biscoito de queijo é uma tradição por todo o estado de
Feia, do Veado, Moirões, Grande e Caboclo. Goiás. A massa, que desmancha na boca, é assada e os principais
Na Região Hidrográfica do Paraná destacam-se as lagoas Boni- ingredientes são polvilho, ovos, leite e queijo.
ta, do Jaburu, do Curral, dos Patos, do Porco Só, da Onça, da Estra-
da, do Mato, do Viotti, bem como as lagoas termais de Pirapitinga, Mané pelado: são muitas as versões da origem do nome deste
na região de Caldas Novas e a Lagoa Santa na cidade homônima. bolo tão apreciado pelos goianos. E se há divergência quanto à ori-
gem do nome, a unanimidade é a paixão pelo bolo de mandioca. A
Águas Termais e Sulfurosas massa leva, ainda, coco e queijo ralado, deixando o prato cremoso
As águas termais representam um recurso natural de grande e irresistível.
expressão no segmento turístico no Estado de Goiás. Por suas pro-
priedades terapêuticas, ou para simples uso em lazer e diversão,
estas águas quentes atraem turistas de diversos pontos do Brasil e
do mundo.
A região de Caldas Novas / Rio Quente compreende os manan-
ciais de água quente que formam o rio Quente e a lagoa de Pira- 1 Disponível em https://saltocorumba.com.br/6-pratos-tipicos-da-culi-
pitinga. Trata-se do maior volume de águas termais surgentes no naria-goiana/ Acesso em 03.10.2021

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ATUALIDADES E HISTÓRIA, GEOGRAFIA
E CONHECIMENTOS GERAIS DE GOIÁS
E DE CIDADE OCIDENTAL-GO
Cultura dos chamados Pontos de Cultura. Os Pontos de Cultura, por serem
O Estado de Goiás se caracteriza por uma rica diversidade cul- de iniciativa da sociedade civil, são importantes instrumentos para
tural que é fruto da ocupação destas terras por variados povos, des- a difusão, acesso e descentralização da produção cultural. A ma-
de a pré-história até o grande fluxo migratório dos dias atuais. As nutenção destes pontos de cultura se dá mediante convênio junto
inscrições rupestres datam de cerca de 11.000 anos atrás e fazem ao Ministério da Cultura, por meio do programa Cultura Viva. Hoje
com que paredões rochosos e algumas cavernas localizadas em ter- existem mais de 30 pontos de cultura espalhados por todo terri-
ritório goiano sejam considerados os primeiros museus do Estado. tório goiano contribuindo para a preservação, divulgação e desen-
A partir do século XVIII a vida neste território começa a sofrer volvimento das mais variadas formas de manifestações culturais do
mudanças substanciais com a chegada de escravos, bandeirantes, Estado.
comerciantes, etc. Era o início do ciclo de ouro da efetiva coloniza- O número de municípios com museus é relativamente baixo
ção de Goiás. No referido período começam a se fundar as bases e revela a necessidade de ampliar a rede estadual de museus. No
culturais do que hoje se chama de povo goiano. A mescla de índios, entanto, nota-se a boa distribuição dos mesmos em todas as re-
negros africanos e portugueses e brasileiros oriundos de diversas giões de planejamento do Estado. As salas de espetáculo ou teatro
partes do país, em especial do sudeste e do norte/nordeste, fez nas- estavam presentes apenas em 33 municípios de Goiás, em 2009.
cer uma cultura eclética, rica, e singular que se expressa das mais Em relação aos municípios com salas de cinema o número é ainda
diversas formas como na música, dança, rituais, literatura, artes menor, apenas 17. Estes dados revelam a necessidade de se ampliar
plásticas, culinária, arquitetura, artesanato, linguagem, etc. a rede destes equipamentos culturais para uma quantidade maior
O Fundo Estadual de Cultura, lei 15.633/06, é “destinado a de municípios.
apoiar a pesquisa, a criação e a circulação de obras de arte e a rea-
lização de atividades artísticas e/ou culturais por meio de financia- Acervo tombado2
mento” a projetos culturais e artísticos que promovam o desenvol- Dos casarões da cidade de Goiás, passando pelos vários prédios
vimento cultural do Estado. centenários pelo interior até o acervo art déco de Goiânia: belezas
O setor cultural é importante, pois é por meio dele que se cria que encantam e atraem turistas. Tantas riquezas históricas contam
e mantém a identidade de certo povo com suas peculiaridades e com proteção e até reconhecimento internacionais. É o caso, por
especificidades que o diferencia e identifica entre os diversos povos exemplo, da antiga Vila Boa, classificada pela Unesco como Patri-
da humanidade. Desta forma, se divide o patrimônio cultural em mônio Cultural Mundial, em 2001. O Estado de Goiás possui ainda
material e imaterial. De acordo com o Plano Estadual de Cultura: “O dois parques nacionais reconhecidos pela Unesco como Patrimônio
patrimônio cultural do Estado de Goiás é conhecido e reconhecido Natural Mundial: o da Chapada dos Veadeiros e o das Emas.
por: São vários os prédios tombados pelo Instituto do Patrimônio
a) suas cidades mais antigas: Cidade de Goiás, que tem o títu- Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Entre os destaques estão os
lo de Patrimônio da Humanidade, e Pirenópolis, cidade centenária conjuntos urbanos das históricas Corumbá de Goiás, Goiás, Pilar de
que atualmente tem sua economia sustentada no turismo por sua Goiás e Pirenópolis. São ruas, casarões e igrejas que, por meio de
arquitetura e ambiente bucólico; sua arquitetura, narram a origem do Estado – com forte presença
b) o conjunto de arquitetura decó, concentrado na capital Goiâ- dos arraiais, criados a partir de exploração de jazidas de ouro.
nia;
c) suas festas religiosas tradicionais, como a Festa do Divino, Manifestações culturais
Folia de Reis, que ocorre em todo o Estado, e as Cavalhadas; Artes Plásticas: É um dos setores mais movimentados da cul-
d) suas Romarias, como Nossa Senhora do Muquém, Romaria tura goiana. A partir de José Joaquim Veiga Valle e Octo Marques,
de Trindade, Romaria dos Carreiros; respectivamente dos séculos XIX e XX, Goiás se mostrou um terre-
e) paisagens do cerrado com suas cachoeiras, fauna e flora; no fértil para artistas. Siron Franco, Antônio Poteiro e Ana Maria
f) cultura sertaneja, com suas comidas e músicas típicas; Pacheco são exemplos contemporâneos. Sobre estrutura, Goiânia
g) a cultura caipira com suas relações de solidariedade que re- possui diferentes espaços, como o Museu de Arte Contemporânea
sultam nos conhecidos mutirões de fiandeiras e de “roça do pasto”; (Mac), o Museu de Arte de Goiânia (Mag), a Galeria Frei Confaloni e
h) os rituais e celebrações como a festa do hetoroky, artesana- a Galeria Sebastião dos Reis.
tos em cerâmica e palha e a culinária (pequi e mandioca).”
Dança: Tem forte influência do índio, do português e do africa-
A manutenção deste patrimônio, além de extremamente im- no, tal como as raízes goianas. A contradança, por exemplo, resiste
portante para o conhecimento da história do povo goiano e da ma- há 138 anos como manifestação folclórica de Santa Cruz de Goiás.
nutenção de uma identidade e uma coesão social, gera desenvolvi- Já a catira é uma dança rural, cantada e disposta em fileiras opos-
mento econômico e social através de várias atividades, entre elas, o tas. O nome teria origem tupi, mas a coreografia é um legado da
turismo. Neste sentido, é necessária pesquisa e ampliação dos bens cultura africana. Já a congada ou congo teria vindo de Moçambique
históricos e culturais tombados (bem material) e registrados (bem e é uma das atrações na Festa de Nossa Senhora do Rosário, em
imaterial) para a maior preservação dos mesmos e para impulsio- Catalão.
nar o desenvolvimento de outras atividades através da preservação
destes bens.
A arquitetura colonial de cidades como Goiás e Pirenópolis
atraem turistas de diversas regiões do país e do exterior, mas é
através de eventos, festas e outras manifestações culturais que esta
atividade se desenvolve com maior vigor. Outro aspecto importante
nas políticas culturais do Estado é o financiamento e manutenção 2 http://www.goias.gov.br/index.php/conheca-goias/cultura

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ATUALIDADES E HISTÓRIA, GEOGRAFIA
E CONHECIMENTOS GERAIS DE GOIÁS
E DE CIDADE OCIDENTAL-GO
Literatura: No cerne das letras, Goiás tem autores que inspi- nas por integrantes da Irmandade do Rosário. Hoje, a festa reúne
ram. Impossível não lembrar de Cora Coralina (1889-1985), poetisa cerca de 1,3 mil pessoas, divididas em 16 grupos de dança.
vilaboense criadora de obras marcadas pela beleza e simplicidade. Quando: 2ª segunda-feira de outubro
Em destaque está Bernardo Élis (1915-1997), único goiano a ingres-
sar na Academia Brasileira de Letras (concorreu com Juscelino Ku- Festa em Louvor ao Divino Pai Eterno – Trindade
bitschek). Entre outros nomes conhecidos estão Hugo de Carvalho A Festa do Divino Pai Eterno, em Trindade, é uma das mais im-
Ramos (1895-1911) e José J. Veiga (1915-1999). portantes do Estado e reúne, todos os anos, fiéis de todo o Brasil, e
até de outros países. A romaria teria começado em 1840, no arraial
Música: A música goiana tem uma rica história e um cenário de Barro Preto, que deu lugar ao município. Na época, moradores
atual com muita diversidade. A tradição das modinhas, violas e encontraram uma medalha de barro, onde estava representada a
saraus está presente em grupos como a Orquestra dos Violeiros, Santíssima Trindade coroando Nossa Senhora. O fato levou várias
com repertório raiz e sertanejo-romântico. A música sertaneja atrai pessoas ao local. Com o tempo, surgiu a romaria.
grande público para bares, casas de shows e grandes eventos, como A Romaria de Carros de Boi da Festa do Divino Pai Eterno de
a Pecuária, Caldas Country e o Villa Mix, com uma programação ex- Trindade foi reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro, em
pandida de diversos estilos. Premiada internacionalmente, a música 2016, e inscrita no Livro de Registro das Celebrações do Iphan.
clássica é representada pela Orquestra Filarmônica de Goiás (OFG), O antigo medalhão foi substituído por uma imagem semelhan-
mantida pelo Estado, e pela Orquestra Sinfônica Municipal, mantida te, esculpida em madeira pelo artista plástico Veiga Valle. Mesmo
pela Prefeitura de Goiânia. A cena do rock e da música alternativa representando a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), a
também faz parte da cultura goiana, com festivais como o Banana- festa é em louvor ao Divino Pai Eterno. A festividadeocorre entre a
da, Vaca Amarela e Goiânia Noise. última semana de junho e o primeiro domingo de julho. Ainda hoje
se mantém a tradição de desfile de carros de boi. Também é comum
Festas populares que fiéis peregrinem a pé até Trindade. Entre Goiânia e a capital
da fé, por exemplo, o trajeto possui 18 quilômetros e a GO-060 foi
Cavalhadas batizada de Rodovia dos Romeiros.
Registros históricos apontam as Cavalhadas de Santa Cruz de Quando: no final de junho e começo de julho.
Goiás como a festa mais antiga do Estado, segundo o pesquisador
Jacy Siqueira. Tradição bicentenária, a festividade também ocorre Procissão do Fogaréu – Cidade de Goiás
em outros dez municípios: Pirenópolis, Palmeiras de Goiás, Posse, A Procissão do Fogaréu acontece há mais de 260 anos na cida-
Jaraguá, Crixás, Hidrolina, São Francisco de Goiás, Santa Terezinha de de Goiás, antiga capital do Estado, por ocasião da Semana Santa.
de Goiás, Corumbá de Goiás e Pilar de Goiás. Em agosto de 2019 Com uma mistura de religiosidade e folclore, o ritual teria chegado
o governador Ronaldo Caiado encaminhou pedido ao Instituto do ao Arraial de Sant’Anna - que deu origem à Cidade de Goiás - duran-
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para que a festi- te a exploração do ouro pelos portugueses.
vidade se torne Patrimônio Cultural do Brasil. O processo está em À meia-noite da chamada Quarta-Feira das Trevas, 40 farrico-
andamento. cos, encapuzados, entoam canções oitocentistas. Eles seguem um
As Cavalhadas encenam batalhas medievais entre cristãos e percurso que passa pela Igreja da Boa Morte, Igreja de Nossa Se-
mouros, ocorridas em meio à ocupação moura na Península Ibé- nhora do Carmo e Igreja do Senhor dos Passos. No momento da
rica (século IX ao século XV). Durante três dias, dois exércitos, com saída da procissão, todas as luzes da cidade se apagam. No ritual há
12 cavaleiros cada, fazem as apresentações, simulando lutas com o som cadenciado de caixas. No percurso, estão previstas algumas
auxílio de coreografias bem orquestradas. Paralelo a isso, os per- paradas.
sonagens conhecidos como Mascarados saem às ruas fazendo al- A Procissão do Fogaréu está repleta de simbolismos. O prin-
gazarras. cipal deles é representar a perseguição a Jesus Cristo. Os archotes
As Cavalhadas ocorrem entre junho e setembro, logo após os servem para procurar o Filho de Deus, em meio às trevas da igno-
festejos do Divino Espírito Santo. A festa envolve toda a comunida- rância humana. Um dos farricocos toca o clarim no meio da noite. É
de local e se destaca por conseguir reunir, em um único evento, cul- a senha para anunciar a prisão de Jesus Cristo, representado por um
tura, turismo e a manifestação pública da fé das pessoas. Mais que estandarte, pintado pelo artista plástico Veiga Valle, no Século XIX.
manter a tradição, repassando de geração em geração, a festividade Em seguida, o bispo local faz o sermão alusivo à morte de Cris-
movimenta a economia local. to.
Quando: entre julho e setembro Quando: geralmente dentro da Semana Santa

Congada de Catalão Exposição Nacional de Orquídeas — Piracanjuba


Festividade realizada há mais de 125 anos, ela divide-se em Uma festa de cores, formas, aromas e muita beleza. Assim é a
duas partes: a religiosa, com missas, procissão e reza de terço; e a Exposição Nacional de Orquídeas, que geralmente ocorre no ter-
folclórica, que consiste em apresentação de músicas e danças, além ceiro final de semana de maio, em Piracanjuba. Todos os anos, o
de visitas às casas de moradores pioneiros. evento reúne colecionadores e vendedores de orquídeas de todo o
A festa começa com os ternos de congos, que são grupos de Brasil e de outros países. A mostra conta com cerca de 50 exposito-
dançarinos, reunidos na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em res e exibe a média de 25 mil flores originárias de diversas regiões
Catalão. Após a alvorada, os cantadores saem pelas ruas. Durante do mundo.
toda a semana acontecem a novena e a visitação. Quando: geralmente no terceiro domingo de maio
A Congada de Catalão tem abertura no segundo domingo de
outubro. De origem africana, o ritual era realizado inicialmente ape-

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ATUALIDADES E HISTÓRIA, GEOGRAFIA
E CONHECIMENTOS GERAIS DE GOIÁS
E DE CIDADE OCIDENTAL-GO
Festa de Nossa Senhora do Pilar Patrimônio Arqueológico
A festa em louvor à Nossa Senhora do Pilar, em Pilar de Goiás, A presença das populações indígenas que ocuparam o terri-
atrai fiéis de todas as regiões do País e conta com uma programação tório goiano é frequente nos sítios arqueológicos cadastrados na-
que inclui missa cantada, procissão, novena, desfile cívico e cava- cionalmente. Até dezembro de 2014, o Iphan reuniu dados sobre
lhadas. 1.246 sítios distribuídos por todo o Estado de Goiás, onde há vestí-
Quando: início de setembro, próximo ao dia 8, quando se cele- gios de aldeias, acampamentos, cemitérios, grutas e oficinas líticas.
bra o Dia de Nossa Senhora do Pilar Dentre os sítios mais conhecidos, estão os que apresentam grande
quantidade de grafismos rupestres, como aqueles encontrados em
Festa de São Sebastião — Silvânia Serranópolis. Em outros municípios - entre eles Palestina de Goiás,
Embora não haja registro oficial, acredita-se que a Festa de São Porangatu, Caiapônia, Itajá, Quirinópolis, Santa Helena de Goiás e
Sebastião tenha surgido no século 19, em Silvânia. Ela tem início na Baliza -, também foram cadastrados sítios arqueológicos com arte
segunda quinzena de julho. Em dez dias de evento, são realizadas rupestre e oficinas líticas.
novena, folia e procissão luminosa. Há ainda bingos, leilões e barra-
quinhas que comercializam produtos diversos. Cidade Ocidental
Quando: segunda quinzena de julho
HISTÓRIA
Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) – Tornar uma área onde havia uma fazenda em uma cidade. Foi
Cidade de Goiás isso que fez Cleto Meireles, proprietário nos anos 70 da Construtora
Realizado pelo Governo de Goiás, na antiga Vila Boa, o festival Ocidental. Foram menos de três anos desde a aquisição das terras
tem como objetivo fomentar a criação de filmes voltados para a da Fazenda Aracati, propriedade do corretor de imóveis cearense
preservação do meio ambiente. Ao mesmo tempo, o evento movi- João Batista de Souza, em 1974, até a inauguração da cidade, em
menta os diversos setores da cultura goiana e realiza uma progra- 15 de dezembro de 1976. Nas proximidades do lago da entrada da
mação paralela diversa, com atividades educativas, fóruns, oficinas cidade havia um alambique e um canavial.
e apresentações musicais. De acordo com o documento “O Município de Cidade Ociden-
Quando: geralmente em junho, mês internacional do meio am- tal”, a barragem do Córrego Jacob, conhecida pelos nomes de Lago
biente Ocidental e Lago Saia Velha, foi construída em 1970 para o abasteci-
mento de água da Fazenda Aracati. A Construtora Ocidental ampliou
Mostra Nacional de Teatro de Porangatu a barragem e a transformou no Clube Recreativo de Lazer. Em 1975,
Como mecanismo de valorização das artes cênicas, o Gover- o projeto de construção da cidade foi aprovado pela prefeitura de
no de Goiás realiza a Mostra Nacional de Teatro em Porangatu, na Luziânia e deu-se início às obras. A primeira área construída foi a
região Norte do Estado. São apresentados espetáculos teatrais re- Super Quadra 11. Começou com 860 casas e 27 pontos comerciais.
gionais e peças com grupos de expressão nacional. Paralelamente, Para vender os imóveis, a construtora fez um colégio, onde hoje é o
o público pode contar com uma programação musical variada, tudo Batalhão da Polícia Militar, no Parque Nova Friburgo. A construtora
gratuitamente. também providenciou o transporte dos estudantes. Quando a SQ
Quando: geralmente em novembro 11 foi entregue, o município de Luziânia assumiu a administração e
a cidadã cresceu. Veio a SQ 12, a SQ 15 e as demais super quadras.
Canto da Primavera – Pirenópolis Ao fim das obras, o número de lotes eram 14.383. Todas as quadras
A festa foi inserida no calendário goiano de festas em novem- construídas foram dotadas de infraestrutura completa, com redes
bro de 2000. Trata-se de uma amostragem da música brasileira nos de águas potável e pluvial, esgoto, iluminação pública, sarjeta, meio
seus diferentes gêneros. Do erudito ao sertanejo, do rock ao popu- fio, calçadas e asfalto, sendo as casas habitacionais pela Larck, Has-
lar, com destaque para as criações regionais. A primeira edição da pa e Economisa.
mostra levou a Pirenópolis um público estimado em 25 mil pessoas, As terras que deram origem ao Parque Nova Friburgo perten-
oriundas principalmente de Brasília e cidades vizinhas. ciam a Aleixo Pereira Braga e se chamavam Fazenda Saia Velha. Se-
Quando: geralmente entre setembro e outubro veriano Braga, de 91 anos, filho de Aleixo, chegou à Fazenda Saia
Velha em 1945. Na época, segundo ele, só havia moradores no bair-
Romaria de Muquém – Niquelândia ro Jacob e no Povoado Mesquita. As áreas onde hoje são Friburgo,
De 5 a 15 de agosto, o alvo do turismo goiano é Niquelândia, a São Mateus, Parque Nápoles e Cidade Ocidental pertenciam ao seu
360 quilômetros de Goiânia. Ali, no povoado de Muquém, acontece pai, que faleceu aos 79 anos. Cada um dos quatro filhos herdou
a festa em louvor de Nossa Senhora da Abadia. Na data, o fluxo de uma porção de terra. Ele ficou com a área que hoje corresponde ao
turistas e fiéis atinge seu ponto máximo por causa das festividades Friburgo e ao Nápoles. Diversas porções de terra da família foram
que reúnem missas, batizados, casamentos e procissão. Em meio à vendidas. As terras onde hoje é o Parque Nápoles, por exemplo,
programação religiosa, há barracas com comidas típicas e o comér- passou por vários donos até serem adquiridas pela Marajó Empre-
cio de artesanatos e outros artigos. Muitos romeiros vão pagar pro- endimentos Imobiliários que loteou o bairro.
messas por graças recebidas. O povoado de Muquém teria surgido Emancipação Em 1987, foi promulgada a primeira Lei Orgânica
por volta de 1750. Uma das versões sobre a romaria no local está na de Luziânia, o Núcleo Habitacional, que contava com 6.796 unida-
obra O Ermitão de Muquém, do romancista Bernardo Guimarães. des construídas, elevando Cidade Ocidental à condição de distrito,
Quando: 5 a 15 de agosto com direito a uma administração local. Em 1990, o movimento
“Frente Comunitária” defendeu a emancipação. Com o resultado
de um plebiscito, no dia 9 de dezembro do mesmo ano, ficou decidi-
do que a Cidade Ocidental se tornaria município, fato concretizado

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ATUALIDADES E HISTÓRIA, GEOGRAFIA
E CONHECIMENTOS GERAIS DE GOIÁS
E DE CIDADE OCIDENTAL-GO
em 16 de janeiro de 1991. No dia 1º de janeiro de 1993, Antônio de Clima
Pauda Alves Lima assumiu como primeiro prefeito da cidade. Tam- O clima de cidade Ocidental, de acordo com a classificação de
bém estiveram à frente da prefeitura Mauro Abadia (1997-2000), Köppem é do tipo Cwa, tropical de altitude, em altitudes próximas
Plínio Rodrigues de Araújo (2001-2004) e (2005 a março de 2008), a 1.000m, com verões chuvosos e quentes e invernos frios e secos.
Sônia Mello (assumiu em março de 2008 com o falecimento de Plí- Sendo comum temperaturas de 28 °C de máximas no verão e de 12
nio Araújo, permanecendo até 31 de dezembro do mesmo ano), °C de mínimas no inverno. Porém já foram registradas temperaturas
Alex José Batista (2009-2012) e seguido por Giselle Araújo (2013- entre 35 °C e 3 °C. Nas partes baixas pode ocorrer o tipo AW (tropi-
2016). Fábio Correa (2017-2020) é o atual prefeito. cal chuvoso de inverno seco). De todos os componentes climáticos,
a precipitação é um dos fatores mais importantes do ecossistema
Geografia da região dos cerrados. Apesar da variabilidade, o padrão de pre-
Localizado na mesorregião do Leste Goiano e na microrregião cipitação verificado apresenta dois períodos bem marcantes, um
do entorno do Distrito Federal, a 48 km de Brasília e a cerca de 192 chuvoso de outubro a abril e outro seco de maio a setembro.
km de Goiânia,[7] faz divisa com Valparaíso de Goiás (oeste), Santa A altitude do município constitui uma determinante para ate-
Maria (DF), Jardim Botânico (DF), São Sebastião (DF) (norte), Crista- nuação térmica no mês de janeiro, bem como média inferior a 18
lina (leste) e Luziânia (sul). °C no mês de julho.
A região no inverno, período de estiagem, está sob o domínio
Relevo dos ventos de leste, nordeste e sudeste. Enquanto os dois primeiros
O relevo do município é levemente ondulado com vales nos encontram-se vinculados ao domínio da massa Tropical Atlântica,
cursos de rios e córregos. A altitude nas margens do lago é de 951 nesse período dissecado e, portanto responsável por estabilidade
metros acima do nível do mar, já na praça central chega a 1.014 me- atmosférica, o terceiro refere-se as ingressões do fluxo extra tropi-
tros. Sendo o ponto culminante localizado na divisa com o Distrito cal, caracterizado pela massa polar.
Federal, no Monumento às Árvores no final do loteamento Dom A baixa umidade absoluta reduz a possibilidade de ocorrência
Bosco a 1.115 metros de altitude. Ao sul do município o relevo tor- pluviométrica frontal no referido período, constituindo se como a
na-se mais baixo e ondulado com formações serranas nos vales que principal causa da queda da temperatura. Nesse momento, a posi-
descem a menos de 830 metros no extremo sul do município. ção altimétrica da área contribui para o aumento da velocidade dos
ventos, e pode implicar em desconforto térmico.
Vegetação
A vegetação da região do município de Cidade Ocidental cons- Cultura
titui-se basicamente de cerradão, cerrado, campo cerrado, campo A cidade também tem suas lendas, assim como as “bolas-de-
e matas de galeria nos cursos de rios e córregos. Hoje restam rema- -fogo”, bolas de prata (para os ufólogos), a “árvore mística” que si-
nescentes desses conjuntos florísticos, devido à extrema destruição tua-se em Colina Verde” (no Zé Leão) e a mais famosa, a lenda da
desse ecótone para a constituição de pastos e lavouras. noiva do lago.
Parque Ecológico Chico Mendes: trata-se de um bosque urba-
Hidrografia nizado localizado no centro da cidade. Rodeado de árvores nativas
Ribeirão Saia Velha: serve de linha limítrofe entre o município do cerrado o Parque Ecológico Chico Mendes é uma opção de lazer,
e os municípios de Luziânia e Valparaíso de Goiás. Sendo também o pois oferece lago artificial com peixes exóticos, quiosque com lan-
principal curso d’água de Cidade Ocidental, pois abastece o centro chonete, duas áreas de convivência cobertas, aparelhos de ginásti-
da cidade e os bairros próximos. Em 1970, a construtora Ocidental ca, parque infantil, campo de futebol de areia, trilhas para caminha-
criou a barragem do córrego Jacob, um espelho d’água na entrada da ecológica, área de piquenique e paisagismo.
da cidade, conhecido pelos nomes de Lago Jacob ou Lago Saia Velha Povoado Mesquita: localizada na Zona Rural da Cidade Ociden-
e a transformou no Clube Recreativo de Lazer. tal, trata-se de comunidade de remanescentes de quilombos. A co-
Ribeirão Mesquita: afluente do braço direito do Rio São Barto- munidade Quilombola do Mesquita surgiu a partir de uma doação
lomeu, banha parte do povoado Mesquita; apresenta-se com for- de terras feita a três escravas da Fazenda Mesquita, há mais de 200
te poluição, oriunda do centro urbano que está bem próximo. Isso anos. Hoje é formada por 300 famílias, que cultivam marmelo, goia-
prejudica muito as atividades relacionadas à pecuária, que necessi- ba, laranja, cana de açúcar, mandioca e contam também, com uma
ta das águas do Ribeirão Mesquita. pequena indústria artesanal de marmelada e goiabada. No artesa-
Rio São Bartolomeu: recebe as águas do Ribeirão Mesquita e nato produz caixinhas, biscoitos e tapetes, que são comercializados
do Ribeirão Saia Velha e deságua no Rio Corumbá. Suas bacias abri- em feiras. As festas são comemoradas com a dança Catira, dança
gam intensa atividade agrícola e em seu curso é extraída areia para tradicional de Goiás.
construção civil. Servindo também de limite entre Cidade Ocidental Clubes: Suleste Clube (atual Clube AQUA), Recanto das Águas,
e o município de Cristalina. Toca do Leão e Recanto Primavera.
Ribeirão Água Quente: localizado a norte do município ,numa
região que recebe seu nome,este córrego possui águas termais. Turismo:
Suas origens ainda estão sendo investigadas.
Poções e cachoeiras: localizados a menos de 30 minutos de FESTA DO MARMELO
caminhada do centro da cidade pode-se encontrar córregos com Em 2022, a Festa do Marmelo chegou à sua 20ª edição, reunin-
águas límpidas entre matas de galeria, mas somente entre os meses do a tradição da zona rural com a animação do centro da cidade,
de dezembro e maio. sendo um dos eventos de maior expressão da cultura ocidentalen-
se. Compõem o evento as seguintes atrações: cavalgadas, folia, mis-
sa e a tradicional corrida do marmelo.

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ATUALIDADES E HISTÓRIA, GEOGRAFIA
E CONHECIMENTOS GERAIS DE GOIÁS
E DE CIDADE OCIDENTAL-GO
ROTA DOS TROPEIROS Como surgiram os quilombos e como viviam os quilombolas
Um dos objetivos do governo municipal para alavancar o tu- Os quilombos, conforme mencionado, surgiram em meados do
rismo rural é a criação da Rota dos Tropeiros. O projeto propõe um século XVI e foram resultado da resistência dos africanos escravi-
passeio de tropeiros saindo do povoado Mesquita, passando por zados. Esses escravos eram trazidos ao Brasil por meio do tráfico
pesque-pague, propriedades rurais até chegar ao centro da cidade. negreiro e usados aqui, principalmente, na produção do açúcar. A
Durante o percurso, os participantes se confraternizam nos pontos crueldade da escravidão, marcada por agressões físicas, trabalho
de parada com churrasco, cantigas, moda de viola e muita diversão. extenuante, má alimentação etc., motivava a resistência escrava.
Aqui no Brasil, os escravos fugiam e escolhiam regiões estra-
MARCHA PARA JESUS tégicas que lhes garantiriam o máximo de proteção contra os por-
O evento é organizado anualmente pela Prefeitura Municipal tugueses, onde construíam vilas. Essas vilas formadas por escravos
de Cidade Ocidental, em parceria com cerca de 50 igrejas aliança- ficaram conhecidas como quilombos, um termo no quimbundo que
das. era usado para referir-se a acampamentos militares que eram for-
mados na região de Angola.
JARDIM DA IMACULADA Muitos quilombos eram construídos com muralhas de madeira
O Jardim da Imaculada, localizado no bairro Ocidental Park, é e com armadilhas espalhadas pelo seu redor como forma de garan-
um dos principais pontos turístico do estado de Goiás. No local é tir a proteção das populações que viviam naqueles locais. Dentro
realizado anualmente o Canta Jardim, que recebe uma média de 10 dos quilombos, a população era formada não apenas por africanos
mil pessoas por evento, onde há shows de música católica, orações, e seus descendentes, mas também por índios e homens brancos e
serviços pastorais e muitas apresentações durante todo o dia. livres.
A sobrevivência dos quilombolas era garantida por aquilo que
FESTA DE SANTO ANTÔNIO eles retiravam da natureza e também do que eles plantavam e dos
Em meio à família, amigos e visitantes, os devotos aproveitam animais que eles criavam. O produto mais comum que era produzi-
o evento para reafirmar o amor por Cidade Ocidental, bem como do pelos quilombolas era a farinha de mandioca, mas as roças dos
para enfatizar ainda mais a fé e união em torno do respeito aos quilombos também eram formadas por milho, feijão, batata-doce,
dogmas da Igreja Católica. abóbora, cana-de-açúcar, entre outros cultivares.
Frutos e raízes também serviam para a alimentação dos qui-
FESTA DE NOSSA SENHORA DA ABADIA lombolas, assim como a caça e a pesca. Criavam-se animais, como
Com mais de 70 anos de tradição, a Festa de Nossa Senhora da galinhas, e produziam-se itens que eram úteis para os colonos por-
Abadia é uma das mais aguardadas pela população ocidentalense. tugueses, como cerâmica e cachimbos, além de lenha. Por isso,
O evento religioso acontece no mês de agosto e conta com a parti- muitos quilombos estabeleciam relações comerciais amistosas com
cipação de centenas de fiéis. as fazendas e engenhos nas redondezas.
Os engenhos eram alvos frequentes de ataques das autorida-
des portuguesas, que não mediam esforços para destruir essas co-
HISTÓRIA DOS QUILOMBOS. munidades. Muitos quilombos resistiam aos ataques portugueses,
o que forçava as autoridades coloniais a utilizar inúmeros recursos
Os quilombos ou mocambos (conjunto de habitações miserá- na tentativa de destruí-los.
veis) existiram desde a época colonial até os últimos anos do sis- Culturalmente falando, era um local onde os africanos e seus
tema escravista e assim como as fugas, foram comuns em todos os descendentes tentavam resgatar traços de sua cultura, como as tra-
lugares em que existiu escravidão. A formação de quilombos pres- dições, as festas, as práticas religiosas, as danças, entre outros.
supõe um tipo específico de fuga, a fuga de rompimento, cujo ob-
jetivo maior era a liberdade. Essa não era uma alternativa fácil a ser Quilombo dos Palmares
seguida, pois significava viver sendo perseguido não apenas como Entre as centenas de quilombos que se formaram ao longo da
um escravo fugido, mas como criminoso. história brasileira, o de maior destaque foi, sem dúvidas, o Quilom-
O Brasil teve em sua história vários grandes quilombos e o mais bo dos Palmares. Este ficou conhecido por ter sido o maior quilom-
conhecido foi Palmares. Palmares foi um quilombo formado no sé- bo de nossa história, chegando a possuir cerca de 20 mil habitantes
culo XVII, na Serra da Barriga, região entre os estados de Alagoas e espalhados entre os vários mocambos que o formavam.
Pernambuco. Localizado numa área de difícil acesso, os aquilomba- O Quilombo dos Palmares foi formado na Serra da Barriga,
dos conseguiram formar um Estado com estrutura política, militar, localizada no atual estado de Alagoas. A primeira menção a esse
econômica e sociocultural, que tinha por modelo a organização so- quilombo remonta a 1597, mas acredita-se que tenha se formado
cial de antigos reinos africanos. Calcula-se que Palmares chegou a antes disso, e, provavelmente, foi formado por escravos que haviam
possuir uma população de 30 mil pessoas. fugido dos engenhos da capitania de Pernambuco.
Depois da abolição definitiva da escravidão no Brasil, em 1888, Palmares foi construído em uma região de difícil acesso e reple-
as comunidades negras deram outro sentido ao termo “quilombo”, ta de palmeiras, o que lhe rendeu seu nome. O principal mocambo
não sendo mais utilizado como forma de luta e resistência ao cati- que formava Palmares era o mocambo Macaco, mas esse quilombo
veiro, mas sim como morada e sobrevivência da família negra em possuía outros mocambos, como Andalaquituche, Osenga, Cucaú
pequenas comunidades onde seus valores culturais eram preserva- e muitos outros. O mocambo Macaco chegou a possuir cerca de 6
dos. Tais comunidades receberam diferentes nomeações: remanes- mil habitantes.
centes de quilombos, quilombos, mocambos, terra de preto, comu- Em Palmares, era produzido tudo o que os palmaristas neces-
nidades negras rurais, ou ainda comunidades de terreiro. sitavam para sobreviver, e desde muito cedo os habitantes precisa-
ram lutar para garantir a sua sobrevivência e liberdade. Isso porque

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ATUALIDADES E HISTÓRIA, GEOGRAFIA
E CONHECIMENTOS GERAIS DE GOIÁS
E DE CIDADE OCIDENTAL-GO
tem-se notícia de que já em 1602 houve expedições enviadas pelas 2. CS-UFG - 2023 - UFG - Analista de Tecnologia da Informação/
autoridades coloniais com o intuito de destruir Palmares. Área: Sistemas- Os parques nacionais do Brasil foram criados para
A resistência palmarista contra a repressão portuguesa foi de- proteger a nossa biodiversidade e visam a proteção ambiental e ao
dicada e estendeu-se durante todo o século XVII. Em meados des- trabalho de conscientização da população quanto à importância
se século, o quilombo aproveitou-se dos conflitos travados entre de se preservar a natureza. O estado de Goiás possui dois parques
portugueses e holandeses e conseguiu crescer consideravelmente. nacionais reconhecidos como Patrimônio Natural Mundial pela
Houve alguns problemas com os holandeses, mas a partir da expul- Unesco: o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e o Parque
são destes, a situação ficou cada vez mais delicada para Palmares. Nacional das Emas. Além disso, possui também diversos parques
Em 1678, Palmares ficou dividido com a possibilidade de um estaduais. Dentre esses, aquele que tem como principal objetivo a
acordo com os portugueses. Esse acordo de paz tinha sido aceito proteção do maior remanescente das Florestas Estacionais (mata
pelo líder do quilombo, Ganga Zumba, mas como previa que os pal- seca), Semideciduais e Matas de Galeria da região central do Estado
maristas não nascidos no quilombo teriam de ser devolvidos aos de Goiás se trata do Parque Estadual
seus antigos donos, se tornou um acordo impopular. Ganga Zumba (A) Altamiro de Moura Pacheco.
foi assassinado, e o novo líder, Zumbi, rejeitou o acordo. (B) Serra de Caldas Novas.
Zumbi foi o último líder do quilombo, mantendo sua posição (C) Serra Dourada.
de 1678 a 1695. Resistiu aos ataques portugueses, liderando os pal- (D) Terra Ronca.
maristas na luta e expulsando expedições de portugueses diversas
vezes. Em 1694, o Quilombo dos Palmares foi destruído, e Zumbi foi 3.INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Agente de Polícia- O Brasil
morto em 20 de novembro de 1695. é um país de proporções continentais, portanto possui climas, ve-
getações e relevos distintos, sendo possível encontrar seis biomas
Fonte: Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiado- diferentes como principais. Assinale a alternativa correta quanto ao
brasil/quilombos. Acesso em: 15.ago.2023 bioma que engloba grande parte do território do Estado de Goiás.
(A) Caatinga.
QUESTÕES (B) Cerrado.
(C) Pampa.
(D) Mata Atlântica.
1. CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Morrinhos - GO - Analista Am- (E) Pantanal.
biental- Leia o poema a seguir.
4. CS-UFG - 2023 - UFG - Assistente em Administração- O rio
Hidrografia Paranaíba, divida natural entre Goiás e Minas Gerais, nasce na serra
Os rios de Goiás, além de rios de verdade, têm peixes, bichos, da Mata da Corda no município de Rio Paranabaíba, no estado de
lendas. Têm várzeas e vãos e seus resfrios no fundo dos gerais e das Minas Gerais. Porém, das nascentes que formam o rio Paranabaí-
fazendas. ba, a mais distante é a do seu afluente, o rio São Bartolomeu, que
Neles me batizei, levei meu couro, aprendi a nadar e, bem me- nasce no Distrito Federal. O rio Paranabaíba faz parte de qual bacia
nino, fui-me encontrando neles, no tesouro que imaginava haver no hidrográfica?
meu destino. No Meia-Ponte, armei os infinitos da minha vida e an- (A) Bacia Hidrográfica Amazônica.
dei sobre a corrente, pronunciando a tônica dos mitos espalhados (B) Bacia Hidrográfica do Tocantins Araguaia.
nas margens pela enchente. (C) Bacia Hidrográfica do Paraná.
(D) Bacia Hidrográfica do São Francisco.
TELLES, Gilberto Mendonça. Hidrografia. In: Hora aberta: poemas
reunidos. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2002. 5. CS-UFG - 2023 - UFG - Assistente em Administração- A Cidade
de Goiás, com quase trezentos anos de fundação é um dos pontos
O poema mostra os rios como turísticos mais visitados no estado de Goiás. Em 14 de dezembro de
(A) um lugar de desregramento moral. 2022, o município comemorou 21 anos como Patrimônio da Huma-
(B) participantes da cultura local. nidade. Esse título concedido pela Organização das Nações Unidas
(C) um modelo de isolamento social. para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) deu-se em virtude de
(D) fontes de renda econômica. a Cidade de Goiás
(A) ter sido a primeira capital do estado, fundada ainda no sé-
culo XVIII.
(B) ter sido fundada pelos Bandeirantes, entre eles, Bartolo-
meu Bueno Silva.
(C) ser um dos primeiros núcleos urbanos do território goiano,
além da sua arquitetura e cultura.
(D) ser berço de pessoas celebres na história do estado.

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ATUALIDADES E HISTÓRIA, GEOGRAFIA
E CONHECIMENTOS GERAIS DE GOIÁS
E DE CIDADE OCIDENTAL-GO
6. CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Goiatuba - GO - Pedreiro, Au- 10. Quadrix - 2022 - Câmara de Goianésia - GO - Auxiliar Ad-
xiliar de Pedreiro e Operador de Máquinas Pesadas- Leia o texto a ministrativo Legislativo- Goiás possui uma rica hidrografia, na qual
seguir. nascem e percorrem alguns dos mais conhecidos rios brasileiros.
É outra variante do caterã-êtê ou batuque, no qual os violeiros Entre os grandes rios cujos leitos se situam exclusivamente em
cantam e tocam várias trovas e músicas. Os dançantes se adiantam território nacional, o maior é o São Francisco. Com relação a esse
ao meio do plano, dando e batendo palmas, dando balanceios e assunto, assinale a alternativa que apresenta o nome do segundo
atravessando cada um para o lado oposto em troca de lugares. O maior rio com curso exclusivamente em território nacional, que
instrumento obrigatório é a viola. nasce em Goiás e possui mais de dois mil quilômetros de extensão.
(A) Rio Araguaia
BRASIL, Americano. Cancioneiro de trovas do Brasil Central. Goiânia: (B) Rio Madeira
Editora Oriente, 1973, p. 272. (C) Rio Tocantins
(D) Rio Purus
O texto descreve a seguinte manifestação cultural típica de Goi- (E) Rio Juruá
ás:
(A) fogaréu. 11. FAUEL - 2021 - Prefeitura de Rio Azul - PR - Assistente Admi-
(B) milonga. nistrativo- Leia a descrição a seguir, a respeito de uma importante
(C) catira. personalidade da história do Brasil, e marque a alternativa que in-
(D) violada. dica de quem se trata.
“Trata-se de um dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior
7. INSTITUTO AOCP - 2023 - PC-GO - Escrivão de Polícia da 3ª e mais longevo quilombo da história do nosso país. Ele assumiu a
Classe- Dentre as diversas fontes econômicas do estado de Goiás, o liderança do quilombo em 1678, e resistiu durante quase vinte anos
turismo tem sido uma das mais pujantes nos últimos anos. A esse contra as investidas dos portugueses. Foi morto após ter seu es-
respeito, assinale a alternativa que corresponde à cidade e sua re- conderijo denunciado em novembro de 1695. Ele é atualmente um
gião que possuem como grande atrativo turístico suas águas ter- dos grandes símbolos da luta dos negros e dos africanos contra a
mais. escravidão no Brasil. Sua memória também é utilizada nos dias de
(A) Região de Porangatu. hoje como símbolo de luta dos negros contra o racismo”.
(B) Região de Caldas Novas.
(Portal História do Mundo. Trecho com adaptações).
(C) Região de Anápolis.
(D) Região de Goianésia.
(A) Aleijadinho.
(E) Região de Rio Verde.
(B) Caramuru.
(C) Tiradentes
8. Quadrix - 2023 - Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás - GO -
(D) Zumbi.
Procurador do Município- No que se refere ao relevo e à hidrografia
de Goiás, assinale a alternativa incorreta. 12. IBFC - 2023 - SEC-BA - Professor da Educação Básica - His-
(A) É característica do relevo goiano a presença de chapadas, tória- “Onde houve escravidão houve resistência. E de vários tipos.
depressões e planaltos. Mesmo sob a ameaça do chicote, o escravo negociava espaços de
(B) As maiores altitudes estão na parte leste e nordeste do es- autonomia com os senhores ou fazia corpo mole no trabalho, que-
tado, sendo a Chapada dos Veadeiros um exemplo disso. brava ferramentas, incendiava plantações, agredia senhores e fei-
(C) Algumas das principais bacias hidrográficas do País têm re- tores, rebelava-se individual e coletivamente. (...) Houve um tipo
lação com rios que correm em Goiás, como a bacia do Tocan- de resistência que poderíamos caracterizar como a mais típica da
tins-Araguaia e a bacia do Paraná, já que o rio Paranaíba corre escravidão – e de outras formas de trabalho forçado. Trata-se da
também em território goiano. fuga e da formação de grupos de escravos fugidos”.
(D) Goiás possui usinas hidrelétricas que abastecem boa parte
do Centro-Oeste, como, por exemplo, a de Belo Monte e a de REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos (orgs.). Liberdade por um
Cachoeira Dourada. fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras,
(E) O relevo do estado de Goiás insere-se no chamado Planalto 2006, p. 9.
Central Brasileiro.
O Quilombo dos Palmares chegou a reunir 20 mil habitantes,
9. INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Papiloscopista Policial da o que representava 20% da população total de Pernambuco à épo-
3ª Classe- O estado de Goiás possui grande diversidade cultural e ca. Com 100 anos de resistência, este local foi o epicentro de uma
social, com diversas festividades especiais e lugares históricos. Assi- aguerrida luta contra a escravidão no Brasil. Sobre esta afirmação,
nale a alternativa que apresenta a cidade que possui a arquitetura assinale a alternativa incorreta.
do seu centro histórico tombada como patrimônio mundial pela (A) Assim como ocorria em outros quilombos espalhados pelo
UNESCO. Brasil, a intenção de ex-escravos que ali chegavam era manter
(A) Rio Verde. uma vida em liberdade com seus próprios costumes
(B) Goiânia. (B) Havia um claro contraste entre a miséria da população do
(C) Goiás. litoral alagoano e a abundância alimentar de Palmares, já que,
(D) Caldas Novas. em sua subsistência, os quilombolas comercializavam a produ-
(E) Itumbiara. ção excedente com seus vizinhos em troca de produtos de que
não eram capazes de produzir

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ATUALIDADES E HISTÓRIA, GEOGRAFIA
E CONHECIMENTOS GERAIS DE GOIÁS
E DE CIDADE OCIDENTAL-GO
(C) Zumbi, o segundo rei do Quilombo dos Palmares, é conside- 15. Prefeitura de Arapiraca - AL - 2018 - Prefeitura de Arapira-
rado um dos maiores símbolos da resistência à opressão contra ca - AL - Professor de História- Os negros nunca aceitaram passi-
negros e negras vamente a escravidão. Havia muitas formas de revoltas coletiva e
(D) Pode-se afirmar que o problema dos quilombos, para as individual. Do ponto de vista histórico, os quilombos foram a estra-
metrópoles e senhores escravistas era em certo sentido mais tégia de resistência que melhor representou a luta contra a ordem
político e social do que propriamente econômico escravocrata. Ao organizarem suas fugas, os negros formaram co-
(E) Embora Quilombo dos Palmares tenha sido objeto de aten- munidades no interior das matas, conhecidas como quilombos ou
ção das autoridades luso-brasileiras, senhores de engenho não mucambos. Sobre os processos de constituição dos quilombos no
se alarmaram com as fugas em massa em direção ao quilombo, Brasil, pode-se afirmar que:
nem pressionavam para que as autoridades colocassem um fim (A) Caracterizaram-se pela formação de comunidades isolacio-
no movimento nistas que, ao pretenderem recriar a África no Brasil, acabaram
criando uma sociedade alternativa à sociedade escravocrata.
13. FEPESE - 2021 - Prefeitura de São José - SC - Professor - His- (B) Os quilombos mantinham hábitos da sociedade afro-brasi-
tória - Edital 001- “Quilombo era ‘toda habitação de negros fugidos leira adquiridos nas senzalas.
que passem de cinco, em parte despovoada, ainda que não tenham (C) Ocorreram necessariamente em decorrência das fugas, in-
ranchos levantados nem se achem pilões neles’, segundo resposta dividuais e coletivas, já que era impossível ao escravo fugido
do Rei de Portugal a consulta do Conselho Ultramarino datada de 2 integrar-se à massa de negros livres, principalmente nos cen-
de dezembro de 1740”. tros urbanos.
(D) Os quilombos eram compostos única e exclusivamente por
MOURA, Clóvis. Os Quilombos e a Rebelião Negra. São Paulo: Brasi- escravos africanos e descendentes de africanos, uma vez que
liense, 1981. p.16. (5 ed.) as relações entre indígenas e africanos eram marcadas pelos
frequentes enfrentamentos.
A respeito da organização quilombola ao longo da história bra- (E) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
sileira, é correto afirmar que:
(A) Embora distante da colônia, o texto explicita uma visão GABARITO
aprofundada, por parte da metrópole, a respeito da importân-
cia e da complexidade dos quilombos.
(B) Na Constituição Brasileira (1988) existem referências espe- 1 B
cíficas quanto às comunidades remanescentes de quilombos,
definindo-as especificamente como patrimônio cultural brasi- 2 A
leiro e obrigando o Estado a garantir-lhes a posse definitiva da 3 B
região, inclusive com a emissão de títulos definitivos de pro-
priedade. 4 C
(C) Dada as atividades econômicas predominantemente litorâ- 5 C
neas, os quilombos ficaram circunscritos em áreas próximas ao
6 C
litoral, já que sua existência estava ligada à existência de amplo
contingente de indivíduos escravizados. 7 B
(D) Os maiores quilombos, com organização política econômica 8 D
e social complexas, reproduziram o sistema de dominação dos
portugueses; portanto, é errôneo afirmar que as comunidades 9 C
remanescentes de quilombos possuem características culturais 10 C
próprias.
(E) Para evitar a descaracterização do conceito de comunida- 11 D
des remanescentes de quilombos, atualmente há uma defini- 12 E
ção bastante restrita de tais grupos, evitando elementos que
13 B
permitam múltiplas interpretações e buscando características
que garantam a comprovação material da sua origem. 14 A
15 A
14. CS-UFG - 2023 - UFG - Analista de Tecnologia da Informa-
ção/Área: Sistemas- Em Goiás, temos uma importante comunida-
de remanescente de quilombos do Brasil, a comunidade Kalunga.
Essa comunidade quilombola foi estudada pela antropóloga goiana
Mary Baiocchi e subsiste com sua cultura, suas tradições e seus cos-
tumes, contando com mais de 20 comunidades, 42 localidades com
mais de duas mil famílias e quase dez mil pessoas e uma área de
262 mil hectares. A comunidade Kalunga se localiza
(A) na região norte/nordeste.
(B) na região sul/sudoeste.
(C) na região Entorno do Distrito Federal.
(D) na região Metropolitana de Goiânia.

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