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CÓD: OP-021NV-23

7908403544660

MOGI DAS CRUZES-SP


PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZES - SÃO PAULO

Agente Escolar
CONCURSO PÚBLICO Nº 01/2023
• A Opção não está vinculada às organizadoras de Concurso Público. A aquisição do material não garante sua inscrição ou ingresso na
carreira pública,

• Sua apostila aborda os tópicos do Edital de forma prática e esquematizada,

• Dúvidas sobre matérias podem ser enviadas através do site: www.apostilasopção.com.br/contatos.php, com retorno do professor
no prazo de até 05 dias úteis.,

• É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal.

Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização.


ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários)......................................................................... 5
2. Sentido próprio e figurado das palavras..................................................................................................................................... 5
3. Sinônimos e antônimos.............................................................................................................................................................. 5
4. Pontuação................................................................................................................................................................................... 6
5. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido
que imprimem às relações que estabelecem. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio,
preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem...................................................... 10
6. Concordância verbal e nominal.................................................................................................................................................. 16
7. Regência verbal e nominal.......................................................................................................................................................... 18
8. Colocação pronominal................................................................................................................................................................ 19
9. Crase........................................................................................................................................................................................... 20

Matemática
1. Operações com números reais................................................................................................................................................... 27
2. Mínimo múltiplo comum e máximo divisor comum. ................................................................................................................. 33
3. Potências e raízes........................................................................................................................................................................ 35
4. Razão e proporção...................................................................................................................................................................... 38
5. Porcentagem............................................................................................................................................................................... 39
6. Regra de três simples e composta.............................................................................................................................................. 41
7. Média aritmética simples e ponderada...................................................................................................................................... 43
8. Juros simples............................................................................................................................................................................... 43
9. Equação do 1º e 2º graus............................................................................................................................................................ 46
10. Sistema de equações do 1.º grau................................................................................................................................................ 49
11. Relação entre grandezas: tabelas e gráficos............................................................................................................................... 51
12. Sistemas de medidas usuais. ...................................................................................................................................................... 54
13. Geometria: forma, perímetro, área, volume, ângulo.................................................................................................................. 56
14. teorema de Pitágoras.................................................................................................................................................................. 68
15. Resolução de situações-problema.............................................................................................................................................. 69

Noções de Informática
1. MS-Windows 7: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação de
arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de aplicativos MS-Office 2010........... 73
2. MS-Word 2010: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes, colunas,
marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas, legendas, índices, in-
serção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto. MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células,
linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção
de objetos, campos predefinidos, controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação
de dados. MS-PowerPoint 2010: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias, cabeçalhos
e rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de páginas, botões de ação,
animação e transição entre slides............................................................................................................................................... 76
ÍNDICE

3. Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos..................................... 81
4. Internet: navegação na Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas................................................ 83

Conhecimentos Específicos
Agente Escolar
1. Constituição Federal: Artigo 5.º, Incisos I a X, XII, XLII, XLIII....................................................................................................... 93
2. Artigos 205, 206, 208, 211 , 213, 214, 227, 228, 229 e 230........................................................................................................ 93
3. Constituição do Estado de São Paulo: Artigos 6.º, 7.º, 119 e 227............................................................................................... 95
4. Lei Federal n.º 8.069, de 17 de julho de 1990 (ECA): Artigos 1.º ao 6.º, 15 ao 18, 53 ao 59, 70 a 73 e 136............................... 96
5. Lei Municipal n.º 5.507/03 - Dispõe sobre o Conselho de Escola............................................................................................... 99
6. Lei Complementar n.º 82/11 (Estatuto do Servidor Público Municipal): Artigos e seus incisos: 127, 141, 142 e 152............... 100
7. Lei Complementar n.º 83/11: Artigos 1.º ao 32.......................................................................................................................... 101
8. Lei n.º 7.279/17 - Plano Municipal de Educação: Artigos 1.º ao 11............................................................................................ 105
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cados opostos, estabelecendo uma relação de contrariedade. Ex:


LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE forte <—> fraco
TEXTOS (LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS).

Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje- SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS.
tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é
importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o
texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido É possível empregar as palavras no sentido próprio ou no sen-
completo. tido figurado.
A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e Ex.:
de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explíci- – Construí um muro de pedra. (Sentido próprio).
ta. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua – Dalton tem um coração de pedra. (Sentido figurado).
interpretação. – As águas pingavam da torneira. (Sentido próprio).
A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do – As horas iam pingando lentamente. (Sentido figurado).
conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que
está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta- Denotação
ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper- É o sentido da palavra interpretada ao pé da letra, ou seja, de
tório do leitor. acordo com o sentido geral que ela tem na maioria dos contextos
Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, em que ocorre. Trata-se do sentido próprio da palavra, aquele en-
é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi- contrado no dicionário. Por exemplo: “Uma pedra no meio da rua
suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido foi a causa do acidente”.
de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar A palavra “pedra” aqui está usada em sentido literal, ou seja, o
expressões, gestos e cores quando se trata de imagens. objeto mesmo.

Dicas práticas Conotação


1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con- É o sentido da palavra desviado do usual, ou seja, aquele que se
ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa- distancia do sentido próprio e costumeiro. Por exemplo: “As pedras
rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível, atiradas pela boca ferem mais do que as atiradas pela mão”.
adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações. “Pedras”, neste contexto, não está indicando o que usualmente
2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca significa (objeto), mas um insulto, uma ofensa produzida pelas pa-
por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe- lavras, capazes de machucar assim como uma pedra “objeto” que é
cidas. atirada em alguém.
3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon-
te de referências e datas. Ampliação de Sentido
4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a de-
opiniões. signar uma quantidade mais ampla de significado do que o seu ori-
5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques- ginal.
tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin- “Embarcar”, por exemplo, originariamente era utilizada para
tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de designar o ato de viajar em um barco. Seu sentido foi ampliado
acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do consideravelmente, passando a designar a ação de viajar em outros
texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto veículos também. Hoje se diz, por ampliação de sentido, que um
que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor passageiro:
quando afirma que... – Embarcou em um trem.
– Embarcou no ônibus das dez.
– Embarcou no avião da força aérea.
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. – Embarcou num transatlântico.

Sinonímia e antonímia “Alpinista”, em sua origem, era utilizada para indicar aquele que
As palavras sinônimas são aquelas que apresentam significado escala os Alpes (cadeia montanhosa europeia). Depois, por amplia-
semelhante, estabelecendo relação de proximidade. Ex: inteligente ção de sentido, passou a designar qualquer tipo de praticante de
<—> esperto escalar montanhas.
Já as palavras antônimas são aquelas que apresentam signifi-

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LÍNGUA PORTUGUESA

Restrição de Sentido Este ponto simples final (.) encerra períodos que terminem por
Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento inverso, qualquer tipo de oração que não seja interrogativa direta, a excla-
isto é, uma palavra passa a designar uma quantidade mais restrita mativa e as reticências.
de objetos ou noções do que originariamente designava. Outra função do ponto é a da pausa oracional, ao acompanhar
É o caso, por exemplo, das palavras que saem da língua geral e muitas palavras abreviadas, como: p., 2.ª, entre outros.
passam a ser usadas com sentido determinado, dentro de um uni- Se o período, oração ou frase terminar com uma abreviatura,
verso restrito do conhecimento. o ponto final não é colocado após o ponto abreviativo, já que este,
A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura gramati- quando coincide com aquele, apresenta dupla serventia.
cal, é bom exemplo de especialização de sentido. Na língua geral, Ex.: “O ponto abreviativo põe-se depois das palavras indicadas
ela significa qualquer junção de elementos para formar um todo, abreviadamente por suas iniciais ou por algumas das letras com que
todavia, em Gramática designa apenas um tipo de formação de pa- se representam, v.g. ; V. S.ª ; Il.mo ; Ex.a ; etc.” (Dr. Ernesto Carneiro
lavras por composição em que a junção dos elementos acarreta al- Ribeiro)
teração de pronúncia, como é o caso de pernilongo (perna + longa). O ponto, com frequência, se aproxima das funções do ponto e
Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais aglu- vírgula e do travessão, que às vezes surgem em seu lugar.
tinação, mas justaposição. A palavra Pernalonga, por exemplo, que
designa uma personagem de desenhos animados, não se formou Obs.: Estilisticamente, pode-se usar o ponto para, em períodos
por aglutinação, mas por justaposição. curtos, empregar dinamicidade, velocidade à leitura do texto: “Era
Em linguagem científica é muito comum restringir-se o significa- um garoto pobre. Mas tinha vontade de crescer na vida. Estudou.
do das palavras para dar precisão à comunicação. Subiu. Foi subindo mais. Hoje é juiz do Supremo.”. É muito utilizado
A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol, não em narrações em geral.
pode ser usada para designar, por exemplo, um astro que gira em
torno do Sol, seu sentido sofreu restrição, e ela serve para designar — Ponto Parágrafo
apenas um tipo de flor que tem a propriedade de acompanhar o Separa-se por ponto um grupo de período formado por orações
movimento do Sol. que se prendem pelo mesmo centro de interesse. Uma vez que o
Existem certas palavras que, além do significado explícito, con- centro de interesse é trocado, é imposto o emprego do ponto pa-
têm outros implícitos (ou pressupostos). Os exemplos são muitos. É rágrafo se iniciando a escrever com a mesma distância da margem
o caso do pronome outro, por exemplo, que indica certa pessoa ou com que o texto foi iniciado, mas em outra linha.
coisa, pressupondo necessariamente a existência de ao menos uma O parágrafo é indicado por ( § ) na linguagem oficial dos artigos
além daquela indicada. de lei.
Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que nunca
lançou um livro, dizer que ele estará autografando seu outro livro. O — Ponto de Interrogação
uso de outro pressupõe, necessariamente, ao menos um livro além É um sinal (?) colocado no final da oração com entonação inter-
daquele que está sendo autografado. rogativa ou de incerteza, seja real ou fingida.
A interrogação conclusa aparece no final do enunciado e requer
que a palavra seguinte se inicie por maiúscula. Já a interrogação
PONTUAÇÃO. interna (quase sempre fictícia), não requer que a próxima palavra
se inicia com maiúscula.
PONTUAÇÃO Ex.: — Você acha que a gramática da Língua Portuguesa é com-
plicada?
Para a elaboração de um texto escrito, deve-se considerar o uso — Meu padrinho? É o Excelentíssimo Senhor coronel Paulo Vaz
adequado dos sinais de pontuação como: pontos, vírgula, ponto e Lobo Cesar de Andrade e Sousa Rodrigues de Matos.
vírgula, dois pontos, travessão, parênteses, reticências, aspas, etc.
Tais sinais têm papéis variados no texto escrito e, se utilizados Assim como outros sinais, o ponto de interrogação não requer
corretamente, facilitam a compreensão e entendimento do texto. que a oração termine por ponto final, a não ser que seja interna.
Ex.: “Esqueceu alguma cousa? perguntou Marcela de pé, no pa-
— A Importância da Pontuação tamar”.
As palavras e orações são organizadas de maneira sintática, se-
1

mântica e também melódica e rítmica. Sem o ritmo e a melodia, os Em diálogos, o ponto de interrogação pode aparecer acompa-
enunciados ficariam confusos e a função comunicativa seria preju- nhando do ponto de exclamação, indicando o estado de dúvida de
dicada. um personagem perante diante de um fato.
O uso correto dos sinais de pontuação garante à escrita uma Ex.: — “Esteve cá o homem da casa e disse que do próximo mês
solidariedade sintática e semântica. O uso inadequado dos sinais de em diante são mais cinquenta...
pontuação pode causar situações desastrosas, como em: — ?!...”
– Não podem atirar! (entende-se que atirar está proibido)
– Não, podem atirar! (entende-se que é permitido atirar) — Ponto de Exclamação
Este sinal (!) é colocado no final da oração enunciada com ento-
— Ponto nação exclamativa.
Ex.: “Que gentil que estava a espanhola!”
1 BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, “Mas, na morte, que diferença! Que liberdade!”
2009.

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Este sinal é colocado após uma interjeição. - Em aposições, a não ser no especificativo.
Ex.: — Olé! exclamei. Ex.: “ora enfim de uma casa que ele meditava construir, para
— Ah! brejeiro! residência própria, casa de feitio moderno...”

As mesmas observações vistas no ponto de interrogação, em re- - Para separar os pleonasmos e as repetições, quando não tive-
lação ao emprego do ponto final e ao uso de maiúscula ou minúscu- rem efeito superlativamente.
la inicial da palavra seguinte, são aplicadas ao ponto de exclamação. Ex.: “Nunca, nunca, meu amor!”
A casa é linda, linda.
— Reticências
As reticências (...) demonstram interrupção ou incompletude de - Para intercalar ou separar vocativos e apostos.
um pensamento. Ex.: Brasileiros, é chegada a hora de buscar o entendimento.
Ex.: — “Ao proferir estas palavras havia um tremor de alegria É aqui, nesta querida escola, que nos encontramos.
na voz de Marcela: e no rosto como que se lhe espraiou uma onda
de ventura...” - Para separar orações adjetivas de valor explicativo.
— “Não imagina o que ela é lá em casa: fala na senhora a todos Ex.: “perguntava a mim mesmo por que não seria melhor depu-
os instantes, e aqui aparece uma pamonha. Ainda ontem... tado e melhor marquês do que o lobo Neves, — eu, que valia mais,
muito mais do que ele, — ...”
Quando colocadas no fim do enunciado, as reticências dispen-
sam o ponto final, como você pode observar nos exemplos acima. - Para separar, na maioria das vezes, orações adjetivas restritiva
As reticências, quando indicarem uma enumeração inconclusa, de certa extensão, ainda mais quando os verbos de duas orações
podem ser substituídas por etc. distintas se juntam.
Ao transcrever um diálogo, elas indicam uma não resposta do Ex.: “No meio da confusão que produzira por toda a parte este
interlocutor. Já em citações, elas podem ser postas no início, no acontecimento inesperado e cujo motivo e circunstâncias inteira-
meio ou no fim, indicando supressão do texto transcrito, em cada mente se ignoravam, ninguém reparou nos dois cavaleiros...”
uma dessas partes.
Quando ocorre a supressão de um trecho de certa extensão, IMPORTANTE!
geralmente utiliza-se uma linha pontilhada. Mesmo separando por vírgula o sujeito expandido pela oração
As reticências podem aparecer após um ponto de exclamação adjetiva, esta pontuação pode acontecer.
ou interrogação. Ex.: Os que falam em matérias que não entendem, parecem fa-
zer gala da sua própria ignorância.
— Vírgula
A vírgula (,) é utilizada:
- Para separar termos coordenados, mesmo quando ligados por - Para separar orações intercaladas.
conjunção (caso haja pausa). Ex.: “Não lhe posso dizer com certeza, respondi eu”
Ex.: “Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado”.
- Para separar, geralmente, adjuntos adverbiais que precedem
IMPORTANTE! o verbo e as orações adverbiais que aparecem antes ou no meio da
Quando há uma série de sujeitos seguidos imediatamente de sua principal.
verbo, não se separa do verbo (por vírgula) o ultimo sujeito da série Ex.: “Eu mesmo, até então, tinha-vos em má conta...”
.
Ex.: Carlos Gomes, Vítor Meireles, Pedro Américo, José de Alen- - Para separar o nome do lugar em datas.
car tinham-nas começado. Ex.: São Paulo, 14 de janeiro de 2020.

- Para separar orações coordenadas aditivas, mesmo que estas - Para separar os partículas e expressões de correção, continua-
se iniciem pela conjunção e, proferidas com pausa. ção, explicação, concessão e conclusão.
Ex.: “Gostava muito das nossas antigas dobras de ouro, e eu le- Ex.: “e, não obstante, havia certa lógica, certa dedução”
vava-lhe quanta podia obter”. Sairá amanhã, aliás, depois de amanhã.

- Para separar orações coordenadas alternativas (ou, quer, etc.), - Para separar advérbios e conjunções adversativos (porém, to-
quando forem proferidas com pausa. davia, contudo, entretanto), principalmente quando pospostos.
Ex.: Ele sairá daqui logo, ou eu me desligarei do grupo. Ex.: “A proposta, porém, desdizia tanto das minhas sensações
últimas...”
IMPORTANTE!
Quando ou exprimir retificação, esta mesma regra vigora. - Algumas vezes, para indicar a elipse do verbo.
Ex.: Teve duas fases a nossa paixão, ou ligação, ou qualquer ou- Ex.: Ele sai agora: eu, logo mais. (omitiu o verbo “sairei” após
tro nome, que eu de nome não curo. “eu”; elipse do verbo sair)
Caso denote equivalência, o ou posto entre os dois termos não
é separado por vírgula. - Omissão por zeugma.
Ex.: Solteiro ou solitário se prende ao mesmo termo latino. Ex.: Na classe, alguns alunos são interessados; outros, (são) re-
lapsos. (Supressão do verbo “são” antes do vocábulo “relapsos”)

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Para indicar a interrupção de um seguimento natural das ideias - Em trechos longos que já possuam vírgulas, indicando uma
e se intercala um juízo de valor ou uma reflexão subsidiária. pausa mais forte.
Ex.: “Enfim, cheguei-me a Virgília, que estava sentada, e travei-
- Para evitar e desfazer alguma interpretação errônea que pode -lhe da mão; D. Plácida foi à janela”
ocorrer quando os termos estão distribuídos de forma irregular na
oração, a expressão deslocada é separada por vírgula. - Para separar as adversativas onde se deseja ressaltar o con-
Ex.: De todas as revoluções, para o homem, a morte é a maior traste.
e a derradeira. Ex.: “Não se disse mais nada; mas de noite Lobo Neves insistiu
no projeto”
- Em enumerações
sem gradação: Coleciono livros, revistas, jornais, discos. - Em leis, separando os incisos.
com gradação: Não compreendo o ciúme, a saudade, a dor da
despedida. - Enumeração com explicitação.
Ex.: Comprei alguns livros: de matemática, para estudar para
Não se separa por vírgula: o concurso; um romance, para me distrair nas horas vagas; e um
- sujeito de predicado; dicionário, para enriquecer meu vocabulário.
- objeto de verbo;
- adjunto adnominal de nome; - Enumeração com ponto e vírgula, mas sem vírgula, para mar-
- complemento nominal de nome; car distribuição.
- oração principal da subordinada substantiva (desde que esta Ex.: Comprei os produtos no supermercado: farinha para um
não seja apositiva nem apareça na ordem inversa). bolo; tomates para o molho; e pão para o café da manhã.

— Dois Pontos — Travessão


São utilizados: É importante não confundir o travessão (—) com o traço de
- Na enumeração, explicação, notícia subsidiária. união ou hífen e com o traço de divisão empregado na partição de
Ex.: Comprou dois presentes: um livro e uma caneta. sílabas.
“que (Viegas) padecia de um reumatismo teimoso, de uma O uso do travessão pode substituir vírgulas, parênteses, colche-
asma não menos teimosa e de uma lesão de coração: era um hos- tes, indicando uma expressão intercalada:
pital concentrado” Ex.: “... e eu falava-lhe de mil cousas diferentes — do último bai-
“Queremos governos perfeitos com homens imperfeitos: dispa- le, da discussão das câmaras, berlindas e cavalos, de tudo, menos
rate” dos seus versos ou prosas”

- Em expressões que se seguem aos verbos dizer, retrucar, res- Se a intercalação terminar o texto, o travessão é simples; caso
ponder (e semelhantes) e que dão fim à declaração textual, ou que contrário, se utiliza o travessão duplo.
assim julgamos, de outrem. Ex.: “Duas, três vezes por semana, havia de lhe deixar na algi-
Ex.: “Não me quis dizer o que era: mas, como eu instasse muito: beira das calças — umas largas calças de enfiar —, ou na gaveta da
— Creio que o Damião desconfia alguma coisa” mesa, ou ao pé do tinteiro, uma barata morta”

- Em alguns casos, onde a intenção é caracterizar textualmente IMPORTANTE!


o discurso do interlocutor, a transcrição aparece acompanhada de Como é possível observar no exemplo, pode haver vírgula após
aspas, e poucas vezes de travessão. o travessão.
Ex.: “Ao cabo de alguns anos de peregrinação, atendi às suplicas
de meu pai: O travessão pode, também, denotar uma pausa mais forte.
— Vem, dizia ele na última carta; se não vieres depressa acharás Ex.: “... e se estabelece uma cousa que poderemos chamar —,
tua mãe morta!” solidariedade do aborrecimento humano”

Em expressões que, ao serem enunciadas com entonação espe- Além disso, ainda pode indicar a mudança de interlocutor, na
cial, o contexto acaba sugerindo causa, consequência ou explicação. transcrição de um diálogo, com ou sem aspas.
Ex.: “Explico-me: o diploma era uma carta de alforria” Ex.: — Ah! respirou Lobo Neves, sentando-se preguiçosamente
no sofá.
- Em expressões que possuam uma quebra na sequência das — Cansado? perguntei eu.
ideias. — Muito; aturei duas maçadas de primeira ordem (...)
Ex.: Sacudiu o vestido, ainda molhado, e caminhou.
“Não! bradei eu; não hás de entrar... não quero... Ia a lançar-lhe Neste caso, pode, ou não, combinar-se com as aspas.
as mãos: era tarde; ela entrara e fechara-se”
— Parênteses e Colchetes
— Ponto e Vírgula Estes sinais ( ) [ ] apontam a existência de um isolamento sin-
Sinal (;) que denota pausa mais forte que a vírgula, porém mais tático e semântico mais completo dentro de um enunciado, assim
fraca que o ponto. É utilizado: como estabelecem uma intimidade maior entre o autor e seu leitor.
Geralmente, o uso do parêntese é marcado por uma entonação es-

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LÍNGUA PORTUGUESA

pecial.
Se a pausa coincidir com o início da construção parentética, o sinal de pontuação deve aparecer após os parênteses, contudo, se a
proposição ou frase inteira for encerrada pelos parênteses, a notação deve aparecer dentro deles.
Ex.: “Não, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que seja, convosco, este suavíssimo nome); não: o coração não é tão frívolo,
tão exterior, tão carnal, quanto se cuida”
“A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que se tem inventado para a divulgação do pensamento”. (Carta inserta nos
Anais da Biblioteca Nacional, vol. I) [Carlos de Laet]

- Isolar datas.
Ex.: Refiro-me aos soldados da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

- Isolar siglas.
Ex.: A taxa de desemprego subiu para 5,3% da população economicamente ativa (PEA)...

- Isolar explicações ou retificações.


Ex.: Eu expliquei uma vez (ou duas vezes) o motivo de minha preocupação.

Os parênteses e os colchetes estão ligados pela sua função discursiva, mas estes são utilizados quando os parênteses já foram empre-
gados, com o objetivo de introduzir uma nova inserção.
São utilizados, também, com a finalidade de preencher lacunas de textos ou para introduzir, em citações principalmente, explicações
ou adendos que deixam a compreensão do texto mais simples.

— Aspas
A forma mais geral do uso das aspas é o sinal (“ ”), entretanto, há a possibilidade do uso das aspas simples (‘ ’) para diferentes finali-
dades, como em trabalhos científicos sobre línguas, onde as aspas simples se referem a significados ou sentidos: amare, lat. ‘amar’ port.
As aspas podem ser utilizadas, também, para dar uma expressão de sentido particular, ressaltando uma expressão dentro do contexto
ou indicando uma palavra como estrangeirismo ou uma gíria.
Se a pausa coincidir com o final da sentença ou expressão que está entre aspas, o competente sinal de pontuação deve ser utilizado
após elas, se encerrarem somente uma parte da proposição; mas se as aspas abarcarem todo o período, frase, expressão ou sentença, a
respectiva pontuação é abrangida por elas.
Ex.: “Aí temos a lei”, dizia o Florentino. “Mas quem as há de segurar? Ninguém.”
“Mísera, tivesse eu aquela enorme, aquela Claridade imortal, que toda a luz resume!”
“Por que não nasce eu um simples vaga-lume?”

- Delimitam transcrições ou citações textuais.


Ex.: Segundo Rui Barbosa: “A política afina o espírito.”

— Alínea
Apresenta a mesma função do parágrafo, uma vez que denota diferentes centros de assuntos. Como o parágrafo, requer a mudança
de linha.
De forma geral, aparece em forma de número ou letra seguida de um traço curvo.
Ex.: Os substantivos podem ser:
a) próprios
b) comuns

— Chave
Este sinal ({ }) é mais utilizado em obras científicas. Indicam a reunião de diversos itens relacionados que formam um grupo.
2
Ex.: Múltiplos de 5: {0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35,… }.
Na matemática, as chaves agrupam vários elementos de uma operação, definindo sua ordem de resolução.
Ex.: 30x{40+[30x(84-20x4)]}
Também podem ser utilizadas na linguística, representando morfemas.
Ex.: O radical da palavra menino é {menin-}.

— Asterisco
Sinal (*) utilizado após ou sobre uma palavra, com a intenção de se fazer um comentário ou citação a respeito do termo, ou uma expli-
cação sobre o trecho (neste caso o asterisco se põe no fim do período).
Emprega-se ainda um ou mais asteriscos depois de uma inicial, indicando uma pessoa cujo nome não se quer ou não se pode declinar:
o Dr.*, B.**, L.***

2 https://bit.ly/2RongbC.

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LÍNGUA PORTUGUESA

— Barra
Aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.

CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E


CONJUNÇÃO: EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES QUE ESTABELECEM.

Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes
morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in-
terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo.
Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas.

CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS


Menina inteligente...
Expressar características, qualidades ou estado dos seres Roupa azul-marinho...
ADJETIVO
Sofre variação em número, gênero e grau Brincadeira de criança...
Povo brasileiro...
A ajuda chegou tarde.
Indica circunstância em que ocorre o fato verbal
ADVÉRBIO A mulher trabalha muito.
Não sofre variação
Ele dirigia mal.
Determina os substantivos (de modo definido ou indefini-
A galinha botou um ovo.
ARTIGO do)
Uma menina deixou a mochila no ônibus.
Varia em gênero e número
Liga ideias e sentenças (conhecida também como conecti-
Não gosto de refrigerante nem de pizza.
CONJUNÇÃO vos)
Eu vou para a praia ou para a cachoeira?
Não sofre variação
Exprime reações emotivas e sentimentos Ah! Que calor...
INTERJEIÇÃO
Não sofre variação Escapei por pouco, ufa!
Atribui quantidade e indica posição em alguma sequência Gostei muito do primeiro dia de aula.
NUMERAL
Varia em gênero e número Três é a metade de seis.
Posso ajudar, senhora?
Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivo Ela me ajudou muito com o meu trabalho.
PRONOME
Varia em gênero e número Esta é a casa onde eu moro.
Que dia é hoje?
Relaciona dois termos de uma mesma oração Espero por você essa noite.
PREPOSIÇÃO
Não sofre variação Lucas gosta de tocar violão.
Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc. A menina jogou sua boneca no rio.
SUBSTANTIVO
Flexionam em gênero, número e grau. A matilha tinha muita coragem.
Ana se exercita pela manhã.
Indica ação, estado ou fenômenos da natureza
Todos parecem meio bobos.
Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, tem-
VERBO Chove muito em Manaus.
po, número, pessoa e voz.
A cidade é muito bonita quando vista do
Verbos não significativos são chamados verbos de ligação
alto.

Substantivo
Tipos de substantivos
Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo:
• Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade...
• Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte...
• Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mesma
espécie. Ex: matilha; enxame; cardume...
• Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; cachor-
ro; praça...
• Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designando sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede;

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imaginação... meses, estações do ano e em pontos cardeais.


• Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula
livro; água; noite... é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber,
• Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedrei- disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em pala-
ro; livraria; noturno... vras de categorização.
• Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radi-
cal). Ex: casa; pessoa; cheiro... Adjetivo
• Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-
de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol... -educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem
flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e
Flexão de gênero o singular (bonito) e o plural (bonitos).
Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles
dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino. que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua naciona-
O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino lidade (brasileiro; mineiro).
e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjun-
o final da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / to de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo.
menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / São formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo:
acentuação (Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou pre- • de criança = infantil
sença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora). • de mãe = maternal
O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma for- • de cabelo = capilar
ma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto
ao gênero a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o Variação de grau
acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epi- Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfa-
ceno (refere-se aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e ses), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e su-
comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo). perlativo.
É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com • Normal: A Bruna é inteligente.
alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, • Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente
trazendo alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fru- que o Lucas.
to X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao • Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente
órgão que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é que a Bruna.
o termo popular para um tipo específico de fruto. • Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto
a Maria.
Flexão de número • Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inte-
No português, é possível que o substantivo esteja no singu- ligente da turma.
lar, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar • Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos
(Ex: bola; escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores inteligente da turma.
quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último repre- • Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente.
sentado, geralmente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra. • Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima.
Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de
modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do Adjetivos de relação
contexto, pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis). São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem so-
frer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo,
Variação de grau isto é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além
Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufi-
substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumenta- xação de um substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno).
tivo e diminutivo.
Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza
ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino
pequeno).
Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou di-
minuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho).

Novo Acordo Ortográfico


De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portugue-
sa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de
pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes
geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas
e festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou
abreviaturas.
Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana,

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Advérbio
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela
abaixo:

CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS


DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes
ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; pri- logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais,
DE TEMPO
meiramente de noite
Ao redor de; em frente a; à esquerda; por per-
DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali
to
DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muito menos
DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente; certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas
DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum
DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe

Advérbios interrogativos
São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de:
• Lugar: onde, aonde, de onde
• Tempo: quando
• Modo: como
• Causa: por que, por quê

Grau do advérbio
Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos.
• Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto
• Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que
• Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que
• Superlativo analítico: muito cedo
• Superlativo sintético: cedíssimo

Curiosidades
Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o uso
de alguns prefixos (supercedo).
Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo) e
ordem (ultimamente; depois; primeiramente).
Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um sentido
próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designação (eis); de
realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou melhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí).

Pronomes
Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no enunciado,
ele pode ser classificado da seguinte maneira:
• Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e podem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...).
• Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu, nossos...)
• Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...)
• Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questionamentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...)
• Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...)
• Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...)
• Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...)

Colocação pronominal
Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, la,
no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo).
Veja, então, quais as principais situações para cada um deles:
• Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demonstrati-
vos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no gerúndio antecedidos por “em”.
Nada me faria mais feliz.

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• Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerúndio não
acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal.
Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho.

• Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração.


Orgulhar-me-ei de meus alunos.

DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou orações, nem após ponto-e-vírgula.

Verbos
Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro pos-
suem subdivisões.
Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo (certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é
passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando).
• Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do pre-
sente, futuro do pretérito.
• Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito imperfeito, futuro.

Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre flexão em
tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no particípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”.
• Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito.
• Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro.
As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem, aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando, fa-
zendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particípio) ou
advérbio (gerúndio).

Tipos de verbos
Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal. Desse modo, os verbos se dividem em:
Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar, vender, abrir...)
• Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas terminações quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...)
• Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados (ser, ir...)
• Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais (falir, banir, colorir, adequar...)
• Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sempre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...)
• Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar,
acontecer...)
• Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado)
• Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se, pente-
ar-se...)
• Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções verbais (ser, estar, ter, haver, ir...)
• Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si próprios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...)
• De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...)

Vozes verbais
As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação, podendo ser três tipos diferentes:
• Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro)
• Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto)
• Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo do lago)

Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equiva-
lente ao verbo “ser”.

Conjugação de verbos
Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são
aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de origem.
• 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...)
• 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...)
• 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...)

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Confira os exemplos de conjugação apresentados abaixo:

Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar

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Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor

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Preposições • Integrantes: usadas para introduzir as orações subordinadas


As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar substantivas, definidas pelas palavras que e se.
dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas • Causais: porque, que, como.
entre essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (pa- • Concessivas: embora, ainda que, se bem que.
lavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como • Condicionais: e, caso, desde que.
preposição em determinadas sentenças). • Conformativas: conforme, segundo, consoante.
Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, • Comparativas: como, tal como, assim como.
para, per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, en- • Consecutivas: de forma que, de modo que, de sorte que.
tre. • Finais: a fim de que, para que.
Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, du- • Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que.
rante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc. • Temporais: quando, enquanto, agora.
Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de,
defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a etc.
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL.
Ao conectar os termos das orações, as preposições estabele-
cem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de: Concordância é o efeito gramatical causado por uma relação
• Causa: Morreu de câncer. harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser
• Distância: Retorno a 3 quilômetros. verbal — refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal —
• Finalidade: A filha retornou para o enterro. refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas.
• Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura. • Concordância em gênero: flexão em masculino e feminino
• Modo: Os rebeldes eram colocados em fila. • Concordância em número: flexão em singular e plural
• Lugar: O vírus veio de Portugal. • Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa
• Companhia: Ela saiu com a amiga.
• Posse: O carro de Maria é novo. Concordância nominal
• Meio: Viajou de trem. Para que a concordância nominal esteja adequada, adjetivos,
artigos, pronomes e numerais devem flexionar em número e gêne-
Combinações e contrações ro, de acordo com o substantivo. Há algumas regras principais que
Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras pa- ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar
lavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e atento, também, aos casos específicos.
havendo perda fonética (contração). Quando há dois ou mais adjetivos para apenas um substantivo,
• Combinação: ao, aos, aonde o substantivo permanece no singular se houver um artigo entre os
• Contração: de, dum, desta, neste, nisso adjetivos. Caso contrário, o substantivo deve estar no plural:
• A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e
Conjunção japonesa.
As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabe-
lecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante Quando há dois ou mais substantivos para apenas um adjetivo,
de conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adjetivo
reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o subs-
interpretação de textos, além de ser um grande diferencial no mo- tantivo mais próximo:
mento de redigir um texto. • Linda casa e bairro.
Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e
conjunções subordinativas. Se o adjetivo vem depois dos substantivos, ele pode concordar
tanto com o substantivo mais próximo, ou com todos os substanti-
Conjunções coordenativas vos (sendo usado no plural):
As orações coordenadas não apresentam dependência sintáti- • Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arru-
ca entre si, servindo também para ligar termos que têm a mesma mada.
função gramatical. As conjunções coordenativas se subdividem em • Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arru-
cinco grupos: mados.
• Aditivas: e, nem, bem como.
• Adversativas: mas, porém, contudo. Quando há a modificação de dois ou mais nomes próprios ou
• Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer. de parentesco, os adjetivos devem ser flexionados no plural:
• Conclusivas: logo, portanto, assim. • As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão
• Explicativas: que, porque, porquanto. entre os melhores escritores brasileiros.

Conjunções subordinativas Quando o adjetivo assume função de predicativo de um sujeito


As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação ou objeto, ele deve ser flexionado no plural caso o sujeito ou objeto
de dependência entre a oração principal e a oração subordinada. seja ocupado por dois substantivos ou mais:
Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sentido) • O operário e sua família estavam preocupados com as conse-
se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada. quências do acidente.
Elas podem se classificar de dez maneiras diferentes:

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CASOS ESPECÍFICOS REGRA EXEMPLO


É PROIBIDO Deve concordar com o substantivo quando há
É proibida a entrada.
É PERMITIDO presença de um artigo. Se não houver essa determinação,
É proibido entrada.
É NECESSÁRIO deve permanecer no singular e no masculino.
Mulheres dizem “obrigada” Homens
OBRIGADO / OBRIGADA Deve concordar com a pessoa que fala.
dizem “obrigado”.
As bastantes crianças ficaram doentes
Quando tem função de adjetivo para um com a volta às aulas.
substantivo, concorda em número com o substantivo. Bastante criança ficou doente com a
BASTANTE
Quando tem função de advérbio, permanece volta às aulas.
invariável. O prefeito considerou bastante a respeito
da suspensão das aulas.
É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas” não Havia menos mulheres que homens na
MENOS
existe na língua portuguesa. fila para a festa.
As crianças mesmas limparam a sala
MESMO Devem concordar em gênero e número com a depois da aula.
PRÓPRIO pessoa a que fazem referência. Eles próprios sugeriram o tema da
formatura.
Quando tem função de numeral adjetivo, deve
Adicione meia xícara de leite.
concordar com o substantivo.
MEIO / MEIA Manuela é meio artista, além de ser
Quando tem função de advérbio, modificando um
engenheira.
adjetivo, o termo é invariável.
Segue anexo o orçamento.
Seguem anexas as informações
Devem concordar com o substantivo a que se adicionais
ANEXO INCLUSO
referem. As professoras estão inclusas na greve.
O material está incluso no valor da
mensalidade.

Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver flexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeito com o
qual ele se relaciona.

Quando o sujeito composto é colocado anterior ao verbo, o verbo ficará no plural:


• A menina e seu irmão viajaram para a praia nas férias escolares.

Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto ficar no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo:
• Discutiram marido e mulher. / Discutiu marido e mulher.

Se o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo deve ficar no plural e concordando com a pessoa que
tem prioridade, a nível gramatical — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele,
eles):
• Eu e vós vamos à festa.

Quando o sujeito apresenta uma expressão partitiva (sugere “parte de algo”), seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo
pode ficar tanto no singular quanto no plural:
• A maioria dos alunos não se preparou para o simulado. / A maioria dos alunos não se prepararam para o simulado.

Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concordar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um subs-
tantivo (expressão partitiva), o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com o substantivo:
• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo.

Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique quantidade aproximada, o verbo concorda com o substantivo que segue
a expressão:
• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifestação. / Mais de um aluno ficou abaixo da média na prova.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre na terceira pessoa do singular:
• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista.

Quando o sujeito é coletivo, o verbo permanece no singular, concordando com o coletivo partitivo:
• A multidão delirou com a entrada triunfal dos artistas. / A matilha cansou depois de tanto puxar o trenó.

Quando não existe sujeito na oração, o verbo fica na terceira pessoa do singular (impessoal):
• Faz chuva hoje

Quando o pronome relativo “que” atua como sujeito, o verbo deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração principal
ao qual o pronome faz referência:
• Foi Maria que arrumou a casa.

Quando o sujeito da oração é o pronome relativo “quem”, o verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quanto com
o próprio nome, na 3ª pessoa do singular:
• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa.

Quando o pronome indefinido ou interrogativo, atuando como sujeito, estiver no singular, o verbo deve ficar na 3ª pessoa do singular:
• Nenhum de nós merece adoecer.

Quando houver um substantivo que apresenta forma plural, porém com sentido singular, o verbo deve permanecer no singular. Ex-
ceto caso o substantivo vier precedido por determinante:
• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos sumiram.

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL.

A regência estuda as relações de concordâncias entre os termos que completam o sentido tanto dos verbos quanto dos nomes. Dessa
maneira, há uma relação entre o termo regente (principal) e o termo regido (complemento).
A regência está relacionada à transitividade do verbo ou do nome, isto é, sua complementação necessária, de modo que essa relação
é sempre intermediada com o uso adequado de alguma preposição.

Regência nominal
Na regência nominal, o termo regente é o nome, podendo ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, e o termo regido é o
complemento nominal, que pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral.
Vale lembrar que alguns nomes permitem mais de uma preposição. Veja no quadro abaixo as principais preposições e as palavras que
pedem seu complemento:

PREPOSIÇÃO NOMES
acessível; acostumado; adaptado; adequado; agradável; alusão; análogo; anterior; atento; benefício; comum;
A contrário; desfavorável; devoto; equivalente; fiel; grato; horror; idêntico; imune; indiferente; inferior; leal; necessário;
nocivo; obediente; paralelo; posterior; preferência; propenso; próximo; semelhante; sensível; útil; visível...
amante; amigo; capaz; certo; contemporâneo; convicto; cúmplice; descendente; destituído; devoto; diferente;
DE dotado; escasso; fácil; feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno; inimigo; inseparável; isento; junto; longe; medo;
natural; orgulhoso; passível; possível; seguro; suspeito; temeroso...
SOBRE opinião; discurso; discussão; dúvida; insistência; influência; informação; preponderante; proeminência; triunfo...
acostumado; amoroso; analogia; compatível; cuidadoso; descontente; generoso; impaciente; ingrato;
COM
intolerante; mal; misericordioso; ocupado; parecido; relacionado; satisfeito; severo; solícito; triste...
abundante; bacharel; constante; doutor; erudito; firme; hábil; incansável; inconstante; indeciso; morador;
EM
negligente; perito; prático; residente; versado...
atentado; blasfêmia; combate; conspiração; declaração; fúria; impotência; litígio; luta; protesto; reclamação;
CONTRA
representação...
PARA bom; mau; odioso; próprio; útil...

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Regência verbal Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?


Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo regi- Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante-
do poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) quanto posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!
um objeto indireto (preposicionado), podendo ser caracterizado Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
também por adjuntos adverbiais. Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não se-
Com isso, temos que os verbos podem se classificar entre tran- jam reduzidas: Percebia que o observavam.
sitivos e intransitivos. É importante ressaltar que a transitividade do Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando,
verbo vai depender do seu contexto. tudo dá.
Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus in-
Verbos intransitivos: não exigem complemento, de modo que tentos são para nos prejudicarem.
fazem sentido por si só. Em alguns casos, pode estar acompanhado
de um adjunto adverbial (modifica o verbo, indicando tempo, lugar, Ênclise
modo, intensidade etc.), que, por ser um termo acessório, pode ser Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.
retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática:
• Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem. Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do
indicativo: Trago-te flores.
Verbos transitivos diretos: exigem complemento (objeto dire- Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!
to), sem preposição, para que o sentido do verbo esteja completo: Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre-
• A aluna entregou o trabalho. / A criança quer bolo. posição em: Saí, deixando-a aflita.
Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com
Verbos transitivos indiretos: exigem complemento (objeto in- outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise:
direto), de modo que uma preposição é necessária para estabelecer Apressei-me a convidá-los.
o sentido completo:
• Gostamos da viagem de férias. / O cidadão duvidou da cam- Mesóclise
panha eleitoral. Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.

Verbos transitivos diretos e indiretos: em algumas situações, o É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no
verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem preposi- futuro do pretérito que iniciam a oração.
ção) e de um objeto indireto (com preposição): Dir-lhe-ei toda a verdade.
• Apresentou a dissertação à banca. / O menino ofereceu ajuda Far-me-ias um favor?
à senhora.
Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de
qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL. Eu lhe direi toda a verdade.
Tu me farias um favor?
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da
frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do prono-
me antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma Colocação do pronome átono nas locuções verbais
culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal
após o verbo – ênclise. não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve-
De acordo com a norma culta, no português escrito não se ini- rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
cia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lingua- Exemplos:
gem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, Devo-lhe dizer a verdade.
formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele. Devo dizer-lhe a verdade.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem
as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes
não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que preju- do auxiliar ou depois do principal.
dique a eufonia da frase. Exemplos:
Não lhe devo dizer a verdade.
Próclise Não devo dizer-lhe a verdade.
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.
Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise,
Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade. o pronome átono ficará depois do auxiliar.
Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pa- Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.
cientemente.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do
Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus. auxiliar.
Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui. Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.
Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois

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LÍNGUA PORTUGUESA

do infinitivo.
Exemplos: QUESTÕES
Hei de dizer-lhe a verdade.
Tenho de dizer-lhe a verdade. 1. (ENEM - 2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu
biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava de-
Observação safetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim
Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções: era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guara-
Devo-lhe dizer tudo. ni e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.
Estava-lhe dizendo tudo. Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nati-
Havia-lhe dito tudo. vistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor
de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e
CRASE. até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas fa-
cetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito
será digitalizada.
Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma
só: preposição “a” + artigo “a” em palavras femininas. Ela é de- História Viva, n.º 99, 2011.
marcada com o uso do acento grave (à), de modo que crase não
é considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão. Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alen-
Veja, abaixo, as principais situações em que será correto o em- car e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que
prego da crase: (A) a digitalização dos textos é importante para que os leitores
• Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela alu- possam compreender seus romances.
na. (B) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante
• Indicação de horas, em casos de horas definidas e especifica- porque deixou uma vasta obra literária com temática atempo-
das: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas. ral.
• Locuções prepositivas: A aluna foi aprovada à custa de muito (C) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digi-
estresse. talização, demonstra sua importância para a história do Brasil
• Locuções conjuntivas: À medida que crescemos vamos dei- Imperial.
xando de lado a capacidade de imaginar. (D) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importan-
• Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire na próxima te papel na preservação da memória linguística e da identidade
à esquerda. nacional.
(E) o grande romancista José de Alencar é importante porque
Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a cra- se destacou por sua temática indianista.
se:
• Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé. 2. (FUVEST - 2013) A essência da teoria democrática é a su-
• Palavras repetidas (mesmo quando no feminino): Melhor ter- pressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou
mos uma reunião frente a frente. na crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos,
• Antes de verbo: Gostaria de aprender a pintar. políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela
• Expressões que sugerem distância ou futuro: A médica vai te cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida.
atender daqui a pouco. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos
• Dia de semana (a menos que seja um dia definido): De terça melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica
a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras. nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais
• Antes de numeral (exceto horas definidas): A casa da vizinha deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difu-
fica a 50 metros da esquina. são desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em
termos que os tornem acessíveis a todos.
Há, ainda, situações em que o uso da crase é facultativo
• Pronomes possessivos femininos: Dei um picolé a minha filha. (Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.)
/ Dei um picolé à minha filha.
• Depois da palavra “até”: Levei minha avó até a feira. / Levei No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo
minha avó até à feira. “chamadas” indica que o autor
• Nomes próprios femininos (desde que não seja especificado): (A) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise
Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o convite à crítica da sociedade.
Ana da faculdade. (B) considera utópicos os objetivos dessas ciências.
(C) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ci-
DICA: Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em ências sociais”.
caso de dúvida, basta substituir por uma palavra equivalente no (D) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências.
masculino. Se aparecer “ao”, deve-se usar a crase: Amanhã iremos (E) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.
à escola / Amanhã iremos ao colégio.

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LÍNGUA PORTUGUESA

3. (UERJ - 2016)

A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento fundamental para a instalação de um
tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado.
Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet:
(A) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo.
(B) configuram julgamentos vazios, ainda que existam crimes comprovados.
(C) emitem juízos sobre os outros, mas não se veem na posição de acusados.
(D) apressam-se em opiniões superficiais, mesmo que possuam dados concretos.

4 - (UEA - 2017) Leia o trecho de Quincas Borba, de Machado de Assis:


E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo
rindo cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas1, soluços e sarabandas2, acaba por trazer à alma do mundo a variedade
necessária, e faz-se o equilíbrio da vida.
(Quincas Borba, 1992.)
1
polca: tipo de dança.
2
sarabandas: tipo de dança.

De acordo com o narrador,


(A) os erros do passado não afetam o presente.
(B) a existência é marcada por antagonismos.
(C) a sabedoria está em perseguir a felicidade.
(D) cada instante vivido deve ser festejado.
(E) os momentos felizes são mais raros que os tristes.

5 – (ENEM 2013)

Cartum de Caulos, disponível em www.caulos.com

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LÍNGUA PORTUGUESA

O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está em 8. (UMESP) Na frase “As negociações estariam meio abertas só
oposição às outras e representa a depois de meio período de trabalho”, as palavras destacadas são,
(A) opressão das minorias sociais. respectivamente:
(B) carência de recursos tecnológicos. (A) adjetivo, adjetivo
(C) falta de liberdade de expressão. (B) advérbio, advérbio
(D) defesa da qualificação profissional. (C) advérbio, adjetivo
(E) reação ao controle do pensamento coletivo. (D) numeral, adjetivo
(E) numeral, advérbio
6. (UNIFESP - 2015) Leia o seguinte texto:
Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? 9. (ITA-SP)
Uma organização não governamental holandesa está propondo Beber é mal, mas é muito bom.
um desafio que muitos poderão considerar impossível: ficar 99 dias (FERNANDES, Millôr. Mais! Folha de S. Paulo, 5 ago. 2001, p. 28.)
sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o
grau de felicidade dos usuários longe da rede social. A palavra “mal”, no caso específico da frase de Millôr, é:
O projeto também é uma resposta aos experimentos psicológi- (A) adjetivo
cos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é que (B) substantivo
o teste é completamente voluntário. Ironicamente, para poder par- (C) pronome
ticipar, o usuário deve trocar a foto do perfil no Facebook e postar (D) advérbio
um contador na rede social.
(E) preposição
Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e felicidade
dos participantes no 33º dia, no 66º e no último dia da abstinência.
10. (PUC-SP) “É uma espécie... nova... completamente nova!
Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gastam
(Mas já) tem nome... Batizei-(a) logo... Vou-(lhe) mostrar...”. Sob o
em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso,
a soma média seria equivalente a mais de 28 horas, 2que poderiam ponto de vista morfológico, as palavras destacadas correspondem
ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”. pela ordem, a:
(A) conjunção, preposição, artigo, pronome
(http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.) (B) advérbio, advérbio, pronome, pronome
(C) conjunção, interjeição, artigo, advérbio
Após ler o texto acima, examine as passagens do primeiro pa- (D) advérbio, advérbio, substantivo, pronome
rágrafo: “Uma organização não governamental holandesa está pro- (E) conjunção, advérbio, pronome, pronome
pondo um desafio” “O objetivo é medir o grau de felicidade dos
usuários longe da rede social.” 11. (BANCO DO BRASIL) Opção que preenche corretamente as
A utilização dos artigos destacados justifica-se em razão: lacunas: O gerente dirigiu-se ___ sua sala e pôs-se ___ falar ___
(A) da retomada de informações que podem ser facilmente de- todas as pessoas convocadas.
preendidas pelo contexto, sendo ambas equivalentes seman- (A) à - à – à
ticamente. (B) a - à – à
(B) de informações conhecidas, nas duas ocorrências, sendo (C) à - a – a
possível a troca dos artigos nos enunciados, pois isso não alte- (D) a - a – à
raria o sentido do texto. (E) à - a - à
(C) da generalização, no primeiro caso, com a introdução de
informação conhecida, e da especificação, no segundo, com 12. (FEI) Assinalar a alternativa que preenche corretamente as
informação nova. lacunas das seguintes orações:
(D) da introdução de uma informação nova, no primeiro caso, I. Precisa falar ___ cerca de três mil operários.
e da retomada de uma informação já conhecida, no segundo. II. Daqui ___ alguns anos tudo estará mudado.
(E) de informações novas, nas duas ocorrências, motivo pelo III. ___ dias está desaparecido.
qual são introduzidas de forma mais generalizada IV. Vindos de locais distantes, todos chegaram ___ tempo ___
reunião.
7. (UFMG-ADAPTADA) As expressões em negrito correspon-
(A) a - a - há - a – à
dem a um adjetivo, exceto em:
(B) à - a - a - há – a
(A) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo.
(C) a - à - a - a – há
(B) Demorava-se de propósito naquele complicado banho.
(D) há - a - à - a – a
(C) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira.
(D) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga (E) a - há - a - à – a.
sem fim.
(E) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça. 13. (TRE) O uso do acento grave (indicativo de crase ou não)
está incorreto em:
(A) Primeiro vou à feira, depois é que vou trabalhar.
(B) Às vezes não podemos fazer o que nos foi ordenado.
(C) Não devemos fazer referências àqueles casos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

(D) Sairemos às cinco da manhã. (A) em I e II


(E) Isto não seria útil à ela. (B) apenas em IV
(C) apenas em III
14. (ITA) Analisando as sentenças: (D) em II, III e IV
I. A vista disso, devemos tomar sérias medidas. (E) apenas em II
II. Não fale tal coisa as outras.
III. Dia a dia a empresa foi crescendo. 19. (CESCEM–SP) Já ___ anos, ___ neste local árvores e flores.
IV. Não ligo aquilo que me disse. Hoje, só ___ ervas daninhas.
(A) fazem, havia, existe
Podemos deduzir que: (B) fazem, havia, existe
(A) Apenas a sentença III não tem crase. (C) fazem, haviam, existem
(B) As sentenças III e IV não têm crase. (D) faz, havia, existem
(C) Todas as sentenças têm crase. (E) faz, havia, existe
(D) Nenhuma sentença tem crase.
(E) Apenas a sentença IV não tem crase. 20. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concor-
dância verbal, de acordo com a norma culta:
15. (UFABC) A alternativa em que o acento indicativo de crase (A) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
não procede é: (B) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
(A) Tais informações são iguais às que recebi ontem. (C) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
(B) Perdi uma caneta semelhante à sua. (D) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
(C) A construção da casa obedece às especificações da Prefei- (E) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
tura.
(D) O remédio devia ser ingerido gota à gota, e não de uma só 21. (FUVEST – 2001) A única frase que NÃO apresenta desvio
vez. em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma
(E) Não assistiu a essa operação, mas à de seu irmão. culta é:
(A) O governador insistia em afirmar que o assunto principal
16. (FUNRIO – 2012) “Todos querem que nós seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam
____________________.” líderes pefelistas.
(B) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do
Apenas uma das alternativas completa coerente e adequada- qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros pa-
mente a frase acima. Assinale-a. íses passou despercebida.
(A) desfilando pelas passarelas internacionais. (C) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a
(B) desista da ação contra aquele salafrário. dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação
(C) estejamos prontos em breve para o trabalho. social.
(D) recuperássemos a vaga de motorista da firma. (D) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um
(E) tentamos aquele emprego novamente. morador não muito consciente com a limpeza da cidade.
(E) O roteiro do filme oferece uma versão de como consegui-
17. (ITA - 1997) Assinale a opção que completa corretamente mos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra,
as lacunas do texto a seguir: a aventura à repetição.
“Todas as amigas estavam _______________ ansiosas
_______________ ler os jornais, pois foram informadas de que as 22. (FUVEST) Assinale a alternativa que preenche corretamente
críticas foram ______________ indulgentes ______________ ra- as lacunas correspondentes.
paz, o qual, embora tivesse mais aptidão _______________ ciên- A arma ___ se feriu desapareceu.
cias exatas, demonstrava uma certa propensão _______________ Estas são as pessoas ___ lhe falei.
arte.” Aqui está a foto ___ me referi.
(A) meio - para - bastante - para com o - para - para a Encontrei um amigo de infância ___ nome não me lembrava.
(B) muito - em - bastante - com o - nas - em Passamos por uma fazenda ___ se criam búfalos.
(C) bastante - por - meias - ao - a - à
(A) que, de que, à que, cujo, que.
(D) meias - para - muito - pelo - em - por
(B) com que, que, a que, cujo qual, onde.
(E) bem - por - meio - para o - pelas – na
(C) com que, das quais, a que, de cujo, onde.
(D) com a qual, de que, que, do qual, onde.
18. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo (E) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja.
com a gramática:
I - Os brasileiros somos todos eternos sonhadores. 23. (FESP) Observe a regência verbal e assinale a opção falsa:
II - Muito obrigadas! – disseram as moças. (A) Avisaram-no que chegaríamos logo.
III - Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada. (B) Informei-lhe a nota obtida.
IV - A pobre senhora ficou meio confusa. (C) Os motoristas irresponsáveis, em geral, não obedecem aos
V - São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso. sinais de trânsito.

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LÍNGUA PORTUGUESA

(D) Há bastante tempo que assistimos em São Paulo.   menos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno
(E) Muita gordura não implica saúde. e sua família para definir atividades e de auxiliar os docentes do
período regular nas técnicas pedagógicas.
24. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem Não faltam casos exemplares na rede oficial de ensino. Compe-
ser seguidos pela mesma preposição: te ao Estado disseminar essas iniciativas exitosas por seus estabele-
(A) ávido / bom / inconsequente cimentos. Assim se combate a tendência ainda existente a segregar
(B) indigno / odioso / perito em salas especiais os estudantes com deficiência – que não se con-
(C) leal / limpo / oneroso funde com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo.
(D) orgulhoso / rico / sedento
(E) oposto / pálido / sábio (Editorial. Folha de S.Paulo, 16.10.2019. Adaptado)

25. (TRE-MG) Observe a regência dos verbos das frases reescri- Assinale a alternativa em que, com a mudança da posição do
tas nos itens a seguir: pronome em relação ao verbo, conforme indicado nos parênteses,
I - Chamaremos os inimigos de hipócritas. Chamaremos aos ini- a redação permanece em conformidade com a norma-padrão de
migos de hipócritas; colocação dos pronomes.
II - Informei-lhe o meu desprezo por tudo. Informei-lhe do meu (A) ... há melhora nas escolas quando se incluem alunos com
desprezo por tudo; deficiência. (incluem-se)
III - O funcionário esqueceu o importante acontecimento. O (B) ... em educação especial inclusiva, contam-se não muito
funcionário esqueceu-se do importante acontecimento. mais que 100 mil deles no país. (se contam)
(C) Não se concebe que possa haver um especialista em cada
A frase reescrita está com a regência correta em: sala de aula. (concebe-se)
(A) I apenas (D) Aí, ao menos um profissional preparado se encarrega de
(B) II apenas receber o aluno... (encarrega-se)
(C) III apenas (E) ... que não se confunde com incapacidade, como felizmente
(D) I e III apenas já vamos aprendendo. (confunde-se)
(E) I, II e III
27. (Prefeitura de Caranaíba - MG - Agente Comunitário de Saú-
26. (Prefeitura de Piracicaba - SP - Professor - Educação Infantil de - FCM - 2019)
- VUNESP - 2020)
Dieta salvadora
Escola inclusiva A ciência descobre um micróbio adepto de um
alimento abundante: o lixo plástico no mar.
É alvissareira a constatação de que 86% dos brasileiros
concordam que há melhora nas escolas quando se incluem alunos O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o
com deficiência. câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um des-
Uma década atrás, quando o país aderiu à Convenção sobre tino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os
os Direitos das Pessoas com Deficiência e assumiu o dever de uma mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também
educação inclusiva, era comum ouvir previsões negativas para tal com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças
perspectiva generosa. Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água,
lei em 2015 e criou raízes no tecido social. subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente
A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualifi- para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da
cados até para o mais básico, como o ensino de ciências; o que dizer Guanabara ao Pacífico.
então de alunos com gama tão variada de dificuldades. De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália,
Os empecilhos vão desde o acesso físico à escola, como o en- China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um
frentado por cadeirantes, a problemas de aprendizado criados por micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico
limitações sensoriais – surdez, por exemplo – e intelectuais. jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado
Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o
minorar preconceitos. A maioria dos entrevistados (59%), hoje, dis- das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios,
corda de que crianças com deficiência devam aprender só na com- de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os
panhia de colegas na mesma condição. cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que
Tal receptividade decerto não elimina o imperativo de contar eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.
com pessoal capacitado, em cada estabelecimento, para lidar com Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco
necessidades específicas de cada aluno. O censo escolar indica 1,2 Karel Čapek (pronuncia-se tchá-pek), um explorador descobre na
milhão de alunos assim categorizados. Embora tenha triplicado o costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher
número de professores com alguma formação em educação espe- pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as
cial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país. salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defende-
Não se concebe que possa haver um especialista em cada sala de rem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se re-
aula. produzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar
As experiências mais bem-sucedidas criaram na escola uma es- e inundam os continentes. São agora bilhões e tomam o mundo.
trutura para o atendimento inclusivo, as salas de recursos. Aí, ao Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem

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LÍNGUA PORTUGUESA

se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras homem. Os geocêntricos piamente entendem que a natureza deva
aprendem a gerir o mundo melhor do que nós. Com os micróbios ser protegida por próprios e intrínsecos fundamentos e característi-
no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo. cas. Posições se radicalizam.
A linha de argumento do ambientalista ingênuo lembra-nos o
Ruy Castro, jornalista, biógrafo e escritor brasileiro. Folha de S. Paulo. “salto do tigre” enunciado pelo filósofo da cultura Walter Benjamin,
Caderno Opinião, p. A2, 20 mai. 2019. em uma de suas teses sobre a filosofia da história. Qual um tigre
mergulhamos no passado, e apenas apreendemos o que interessa
Os pronomes pessoais oblíquos átonos, em relação ao verbo, para nossa argumentação. É o que se faz, a todo tempo.
possuem três posições: próclise (antes do verbo), mesóclise (no
meio do verbo) e ênclise (depois do verbo). (Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy. Disponível em: https://www.
Avalie as afirmações sobre o emprego dos pronomes oblíquos conjur.com.br/2011. Acesso em: 10.08.2019. Adaptado)
nos trechos a seguir.
I – A próclise se justifica pela presença da palavra negativa: “E (*) Referência ao personagem Bambi, filhote de cervo conhe-
não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus pró- cido como “Príncipe da Floresta”, em sua saga pela sobrevivência
prios dejetos.” na natureza.
II – A ênclise ocorre por se tratar de oração iniciada por verbo:
“Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, Assinale a alternativa que reescreve os trechos destacados em-
sofás e até carcaças de automóveis.” pregando pronomes, de acordo com a norma-padrão de regência e
III – A próclise é sempre empregada quando há locução verbal: colocação.
“Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam-
tornar as salamandras de Čapek.” bém rondaria a discussão. / Alguma ingenuidade conceitual pode-
IV – O sujeito expresso exige o emprego da ênclise: “O ser hu- ria marcar o ambientalismo apologético.
mano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e pro- (A) ... lhe rondaria ... o poderia marcar
duzir um ‘Dom Quixote’”. (B) ... rondá-la-ia ... poderia marcar ele
(C) ... rondaria-a ... podê-lo-ia marcar
Está correto apenas o que se afirma em (D) ... rondaria-lhe ... poderia o marcar
(A) I e II. (E) ... a rondaria ... poderia marcá-lo
(B) I e III.
(C) II e IV. 29. (Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - Técnico em
(D) III e IV. Saneamento - IBFC - 2019)

28. (Prefeitura de Birigui - SP - Educador de Creche - VUNESP Vou-me embora pra Pasárgada,
- 2019) lá sou amigo do Rei”.
(M.Bandeira)
Certo discurso ambientalista tradicional recorrentemente bus-
ca indícios de que o problema ambiental seja universal (e de fato
é), atemporal (nem tanto) e generalizado (o que é desejável). Algu- Quanto à regra de colocação pronominal utilizada, assinale a
ma ingenuidade conceitual poderia marcar o ambientalismo apo- alternativa correta.
logético; haveria dilemas ambientais em todos os lugares, tempos, (A) Ênclise: em orações iniciadas com verbos no presente ou
culturas. É a bambificação(*) da natureza. Necessária, no entanto, pretérito afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado pos-
como condição de sobrevivência. Há quem tenha encontrado nor- posto ao verbo.
mas ambientais na Bíblia, no Direito grego, e até no Direito romano. (B) Próclise: em orações iniciadas com verbos no presente ou
São Francisco de Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro pretérito afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado pos-
das causas ambientais; falava com plantas e animais. posto ao verbo.
A proteção do meio ambiente seria, nesse contexto, instintiva, (C) Mesóclise: em orações iniciadas com verbos no presente ou
predeterminando objeto e objetivo. Por outro lado, e este é o meu pretérito afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado pos-
argumento, quando muito, e agora utilizo uma categoria freudiana, posto ao verbo.
a pretensão de proteção ambiental seria pulsional, dado que resiste (E) Próclise: em orações iniciadas com verbos no imperativo
a uma pressão contínua, variável na intensidade. Assim, numa di- afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado posposto ao
mensão qualitativa, e não quantitativa, é que se deveria enfrentar verbo.
a questão, que também é cultural. E que culturalmente pode ser
abordada. 30. (Prefeitura de Peruíbe - SP - Inspetor de Alunos - VUNESP
O problema, no entanto, é substancialmente econômico. O - 2019)
dilema ambiental só se revela como tal quando o meio ambiente
passa a ser limite para o avanço da atividade econômica. É nesse Pelo fim das fronteiras
sentido que a chamada internalização da externalidade negativa
exige justificativa para uma atuação contra-fática. Imigração é um fenômeno estranho. Do ponto de vista pura-
Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam- mente racional, ela é a solução para vários problemas globais. Mas,
bém rondaria a discussão. Antropocêntricos acreditam que a prote- como o mundo é um lugar menos racional do que deveria, pessoas
ção ambiental seria narcisística, centrada e referenciada no próprio que buscam refúgio em outros países costumam ser recebidas com

25
LÍNGUA PORTUGUESA

desconfiança quando não com violência, o que diminui o valor da 8 B


imigração como remédio multiuso.
No plano econômico, a plena mobilidade da mão de obra se- 9 B
ria muito bem-vinda. Segundo algumas estimativas, ela faria o PIB 10 E
mundial aumentar em até 50%. Mesmo que esses cálculos estejam
inflados, só uma fração de 10% já significaria um incremento da or- 11 C
dem de US$ 10 trilhões (uns cinco Brasis). 12 A
Uma das principais razões para o mundo ser mais pobre do
13 E
que poderia é que enormes contingentes de humanos vivem sob
sistemas que os impedem de ser produtivos. Um estudo de 2016 14 A
de Clemens, Montenegro e Pritchett estimou que só tirar um tra- 15 D
balhador macho sem qualificação de seu país pobre de origem e
transportá-lo para os EUA elevaria sua renda anual em US$ 14 mil. 16 C
A imigração se torna ainda mais tentadora quando se considera 17 A
que é a resposta perfeita para países desenvolvidos que enfrentam
o problema do envelhecimento populacional. 18 C
Não obstante tantas virtudes, imigrantes podem ser maltrata- 19 D
dos e até perseguidos quando cruzam a fronteira, especialmente
20 C
se vêm em grandes números. Isso está acontecendo até no Brasil,
que não tinha histórico de xenofobia. Desconfio de que estão em 21 E
operação aqui vieses da Idade da Pedra, tempo em que membros 22 C
de outras tribos eram muito mais uma ameaça do que uma solução.
De todo modo, caberia às autoridades incentivar a imigração, 23 A
tomando cuidado para evitar que a chegada dos estrangeiros dê 24 D
pretexto para cenas de barbárie. Isso exigiria recebê-los com inte-
25 E
ligência, minimizando choques culturais e distribuindo as famílias
por regiões e cidades em que podem ser mais úteis. É tudo o que 26 D
não estamos fazendo. 27 A
(Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ 28 E
colunas/.28.08.2018. Adaptado) 29 A
Considere as frases:
• países desenvolvidos que enfrentam o problema do envelhe- 30 C
cimento populacional. (4º parágrafo)
• ... minimizando choques culturais e distribuindo as famí-
lias por regiões e cidades em que podem ser mais ANOTAÇÕES
úteis. (6º parágrafo)
______________________________________________________
A substituição das expressões em destaque por pronomes está
de acordo com a norma-padrão de emprego e colocação em: ______________________________________________________
(A) enfrentam-no; distribuindo-lhes.
(B) o enfrentam; lhes distribuindo. ______________________________________________________
(C) o enfrentam; distribuindo-as.
(D) enfrentam-no; lhes distribuindo. ______________________________________________________
(E) lhe enfrentam; distribuindo-as.
______________________________________________________

GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________
1 D
______________________________________________________
2 E
______________________________________________________
3 C
4 B ______________________________________________________
5 E ______________________________________________________
6 D
______________________________________________________
7 B

26
MATEMÁTICA

OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS.

Conjunto dos números inteiros - z


O conjunto dos números inteiros é a reunião do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...},(N C Z); o conjunto dos opos-
tos dos números naturais e o zero. Representamos pela letra Z.

N C Z (N está contido em Z)

Subconjuntos:

SÍMBOLO REPRESENTAÇÃO DESCRIÇÃO


* Z* Conjunto dos números inteiros não nulos
+ Z+ Conjunto dos números inteiros não negativos
*e+ Z*+ Conjunto dos números inteiros positivos
- Z_ Conjunto dos números inteiros não positivos
*e- Z*_ Conjunto dos números inteiros negativos

Observamos nos números inteiros algumas características:


• Módulo: distância ou afastamento desse número até o zero, na reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. O módulo de
qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.

• Números Opostos: dois números são opostos quando sua soma é zero. Isto significa que eles estão a mesma distância da origem
(zero).

Somando-se temos: (+4) + (-4) = (-4) + (+4) = 0

27
MATEMÁTICA

Operações
• Soma ou Adição: Associamos aos números inteiros positivos a ideia de ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de perder.

ATENÇÃO: O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode ser
dispensado.

• Subtração: empregamos quando precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade; temos duas quantidades e queremos saber
quanto uma delas tem a mais que a outra; temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a outra. A
subtração é a operação inversa da adição. O sinal sempre será do maior número.

ATENÇÃO: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., entre outros, precedidos de sinal negativo, tem o seu sinal invertido,
ou seja, é dado o seu oposto.

Exemplo:
(FUNDAÇÃO CASA – AGENTE EDUCACIONAL – VUNESP) Para zelar pelos jovens internados e orientá-los a respeito do uso adequado
dos materiais em geral e dos recursos utilizados em atividades educativas, bem como da preservação predial, realizou-se uma dinâmica
elencando “atitudes positivas” e “atitudes negativas”, no entendimento dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um classificasse
suas atitudes como positiva ou negativa, atribuindo (+4) pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude negativa. Se um jovem classi-
ficou como positiva apenas 20 das 50 atitudes anotadas, o total de pontos atribuídos foi
(A) 50.
(B) 45.
(C) 42.
(D) 36.
(E) 32.

Resolução:
50-20=30 atitudes negativas
20.4=80
30.(-1)=-30
80-30=50
Resposta: A

• Multiplicação: é uma adição de números/ fatores repetidos. Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado por
a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras.

• Divisão: a divisão exata de um número inteiro por outro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo pelo
módulo do divisor.

ATENÇÃO:
1) No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa e não tem a propriedade da existência do elemento neutro.
2) Não existe divisão por zero.
3) Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero é igual a
zero.

Na multiplicação e divisão de números inteiros é muito importante a REGRA DE SINAIS:

Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo.


Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre negativo.

Exemplo:
(PREF.DE NITERÓI) Um estudante empilhou seus livros, obtendo uma única pilha 52cm de altura. Sabendo que 8 desses livros possui
uma espessura de 2cm, e que os livros restantes possuem espessura de 3cm, o número de livros na pilha é:
(A) 10
(B) 15
(C) 18
(D) 20
(E) 22

28
MATEMÁTICA

Resolução:
São 8 livros de 2 cm: 8.2 = 16 cm
Como eu tenho 52 cm ao todo e os demais livros tem 3 cm, temos:
52 - 16 = 36 cm de altura de livros de 3 cm
36 : 3 = 12 livros de 3 cm
O total de livros da pilha: 8 + 12 = 20 livros ao todo.
Resposta: D

• Potenciação: A potência an do número inteiro a, é definida como um produto de n fatores iguais. O número a é denominado a base
e o número n é o expoente.an = a x a x a x a x ... x a , a é multiplicado por a n vezes. Tenha em mente que:
– Toda potência de base positiva é um número inteiro positivo.
– Toda potência de base negativa e expoente par é um número inteiro positivo.
– Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um número inteiro negativo.

Propriedades da Potenciação
1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e somam-se os expoentes. (–a)3 . (–a)6 = (–a)3+6 = (–a)9
2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e subtraem-se os expoentes. (-a)8 : (-a)6 = (-a)8 – 6 = (-a)2
3) Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes. [(-a)5]2 = (-a)5 . 2 = (-a)10
4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (-a)1 = -a e (+a)1 = +a
5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual a 1. (+a)0 = 1 e (–b)0 = 1

Conjunto dos números racionais – Q


m
Um número racional é o que pode ser escrito na forma n , onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser diferente de
zero. Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n.

N C Z C Q (N está contido em Z que está contido em Q)

Subconjuntos:

SÍMBOLO REPRESENTAÇÃO DESCRIÇÃO


* Q* Conjunto dos números racionais não nulos
+ Q+ Conjunto dos números racionais não negativos
*e+ Q*+ Conjunto dos números racionais positivos
- Q_ Conjunto dos números racionais não positivos
*e- Q*_ Conjunto dos números racionais negativos

Representação decimal
Podemos representar um número racional, escrito na forma de fração, em número decimal. Para isso temos duas maneiras possíveis:
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:

2
= 0,4
5

29
MATEMÁTICA

2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se periodicamente Decimais
Periódicos ou Dízimas Periódicas:
1
= 0,333...
3

Representação Fracionária
É a operação inversa da anterior. Aqui temos duas maneiras possíveis:

1) Transformando o número decimal em uma fração numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto pelo
numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do número decimal dado. Ex.:
0,035 = 35/1000

2) Através da fração geratriz. Aí temos o caso das dízimas periódicas que podem ser simples ou compostas.
– Simples: o seu período é composto por um mesmo número ou conjunto de números que se repeti infinitamente. Exemplos:

Procedimento: para transformarmos uma dízima periódica simples em fração basta utilizarmos o dígito 9 no denominador para cada
quantos dígitos tiver o período da dízima.

– Composta: quando a mesma apresenta um ante período que não se repete.

a)

Procedimento: para cada algarismo do período ainda se coloca um algarismo 9 no denominador. Mas, agora, para cada algarismo do
antiperíodo se coloca um algarismo zero, também no denominador.

b)

30
MATEMÁTICA

Procedimento: é o mesmo aplicado ao item “a”, acrescido na frente da parte inteira (fração mista), ao qual transformamos e obtemos
a fração geratriz.

Exemplo:
(PREF. NITERÓI) Simplificando a expressão abaixo

Obtém-se :

(A) ½
(B) 1
(C) 3/2
(D) 2
(E) 3

Resolução:

Resposta: B

Caraterísticas dos números racionais


O módulo e o número oposto são as mesmas dos números inteiros.

Inverso: dado um número racional a/b o inverso desse número (a/b)–n, é a fração onde o numerador vira denominador e o denomi-
nador numerador (b/a)n.

Representação geométrica

Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem infinitos números racionais.

31
MATEMÁTICA

Operações
• Soma ou adição: como todo número racional é uma fração
ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição
entre os números racionais a e c , da mesma forma que a soma
de frações, através de: b d
• Divisão: a divisão de dois números racionais p e q é a própria
operação de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p
÷ q = p × q-1

• Subtração: a subtração de dois números racionais p e q é a


própria operação de adição do número p com o oposto de q, isto é:
p – q = p + (–q)
Exemplo:
(PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB) Numa operação
policial de rotina, que abordou 800 pessoas, verificou-se que 3/4
dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram detidos. Já entre as
mulheres abordadas, 1/8 foram detidas.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial?
ATENÇÃO: Na adição/subtração se o denominador for igual,
(A) 145
conserva-se os denominadores e efetua-se a operação apresen-
(B) 185
tada.
(C) 220
(D) 260
Exemplo:
(E) 120
(PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS
– MAKIYAMA) Na escola onde estudo, ¼ dos alunos tem a língua
Resolução:
portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática como
favorita e os demais têm ciências como favorita. Sendo assim, qual
fração representa os alunos que têm ciências como disciplina favo-
rita?
(A) 1/4
(B) 3/10
(C) 2/9
(D) 4/5
(E) 3/2

Resolução:
Somando português e matemática:

O que resta gosta de ciências: Resposta: A

• Potenciação: é válido as propriedades aplicadas aos núme-


ros inteiros. Aqui destacaremos apenas as que se aplicam aos nú-
meros racionais.
A) Toda potência com expoente negativo de um número racio-
nal diferente de zero é igual a outra potência que tem a base igual
Resposta: B ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expo-
ente anterior.
• Multiplicação: como todo número racional é uma fração ou
pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o produto de
dois números racionais a e c , da mesma forma que o produto de
b d
frações, através de:

32
MATEMÁTICA

B) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da (C) 1


base. (D) 2,5
(E) 1,5

Resolução:
Vamos resolver cada expressão separadamente:

C) Toda potência com expoente par é um número positivo.

Expressões numéricas
São todas sentenças matemáticas formadas por números, suas
operações (adições, subtrações, multiplicações, divisões, potencia-
ções e radiciações) e também por símbolos chamados de sinais de
associação, que podem aparecer em uma única expressão.
Resposta: E
Procedimentos
1) Operações:
- Resolvermos primeiros as potenciações e/ou radiciações na MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM E MÁXIMO DIVISOR
ordem que aparecem; COMUM.
- Depois as multiplicações e/ou divisões;
- Por último as adições e/ou subtrações na ordem que apare-
cem. Múltiplos
Dizemos que um número é múltiplo de outro quando o primei-
2) Símbolos: ro é resultado da multiplicação entre o segundo e algum número
- Primeiro, resolvemos os parênteses ( ), até acabarem os cál- natural e o segundo, nesse caso, é divisor do primeiro. O que sig-
culos dentro dos parênteses, nifica que existem dois números, x e y, tal que x é múltiplo de y se
-Depois os colchetes [ ]; existir algum número natural n tal que:
- E por último as chaves { }. x = y·n

ATENÇÃO: Se esse número existir, podemos dizer que y é um divisor de x e


– Quando o sinal de adição (+) anteceder um parêntese, col- podemos escrever: x = n/y
chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou
chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos Observações:
com os seus sinais originais. 1) Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
– Quando o sinal de subtração (-) anteceder um parêntese, col- 2) Todo número natural é múltiplo de 1.
chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou 3) Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múl-
chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos tiplos.
com os seus sinais invertidos. 4) O zero é múltiplo de qualquer número natural.
5) Os múltiplos do número 2 são chamados de números pares,
Exemplo: e a fórmula geral desses números é 2k (k ∈ N). Os demais são
(MANAUSPREV – ANALISTA PREVIDENCIÁRIO – ADMINISTRATI- chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses números
VA – FCC) Considere as expressões numéricas, abaixo. é 2k + 1 (k ∈ N).
6) O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k ∈ Z.
A = 1/2 + 1/4+ 1/8 + 1/16 + 1/32 e
B = 1/3 + 1/9 + 1/27 + 1/81 + 1/243 Critérios de divisibilidade
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número
O valor, aproximado, da soma entre A e B é é ou não divisível por outro, sem que seja necessário efetuarmos
(A) 2 a divisão.
(B) 3 No quadro abaixo temos um resumo de alguns dos critérios:

33
MATEMÁTICA

Divisores
Os divisores de um número n, é o conjunto formado por todos
os números que o dividem exatamente. Tomemos como exemplo o
número 12.

Um método para descobrimos os divisores é através da fato-


ração numérica. O número de divisores naturais é igual ao produto
dos expoentes dos fatores primos acrescidos de 1.
Logo o número de divisores de 12 são:

Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos cada


fator da decomposição e seu respectivo expoente natural que varia
de zero até o expoente com o qual o fator se apresenta na decom-
posição do número natural.
12 = 22 . 31 =
22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
(Fonte: https://www.guiadamatematica.com.br/criterios-de-divisibili- 20 . 30=1
dade/ - reeditado) 20 . 31=3
21 . 30=2
Vale ressaltar a divisibilidade por 7: Um número é divisível por 21 . 31=2.3=6
7 quando o último algarismo do número, multiplicado por 2, subtra- 22 . 31=4.3=12
ído do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo de 22 . 30=4
7. Neste, o processo será repetido a fim de diminuir a quantidade O conjunto de divisores de 12 são: D (12)={1, 2, 3, 4, 6, 12}
de algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade por 7. A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28
Outros critérios Máximo divisor comum (MDC)
Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é É o maior número que é divisor comum de todos os números
divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo. dados. Para o cálculo do MDC usamos a decomposição em fatores
Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando é primos. Procedemos da seguinte maneira:
divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo. Após decompor em fatores primos, o MDC é o produto dos FA-
TORES COMUNS obtidos, cada um deles elevado ao seu MENOR
Fatoração numérica EXPOENTE. Exemplo:
Trata-se de decompor o número em fatores primos. Para de- MDC (18,24,42) =
compormos este número natural em fatores primos, dividimos o
mesmo pelo seu menor divisor primo, após pegamos o quociente
e dividimos o pelo seu menor divisor, e assim sucessivamente até
obtermos o quociente 1. O produto de todos os fatores primos re-
presenta o número fatorado. Exemplo:

34
MATEMÁTICA

Observe que os fatores comuns entre eles são: 2 e 3, então pegamos os de menores expoentes: 2x3 = 6. Logo o Máximo Divisor Co-
mum entre 18,24 e 42 é 6.

Mínimo múltiplo comum (MMC)


É o menor número positivo que é múltiplo comum de todos os números dados. A técnica para acharmos é a mesma do MDC, apenas
com a seguinte ressalva:
O MMC é o produto dos FATORES COMUNS E NÃO-COMUNS, cada um deles elevado ao SEU MAIOR EXPOENTE.
Pegando o exemplo anterior, teríamos:
MMC (18,24,42) =
Fatores comuns e não-comuns= 2,3 e 7
Com maiores expoentes: 2³x3²x7 = 8x9x7 = 504. Logo o Mínimo Múltiplo Comum entre 18,24 e 42 é 504.

Temos ainda que o produto do MDC e MMC é dado por: MDC (A,B). MMC (A,B)= A.B

POTÊNCIAS E RAÍZES.

Considere o quadrado ao lado.


Podemos dizer que a área desse quadrado é 42 = 16

Sabendo que a área é 16 podemos calcular a medida de seu lado fazendo 16 = 4, pois 42 = 16.

Observe o cubo abaixo:


Podemos dizer que o volume do cubo é 53 = 125

Sabendo que o volume é 125, podemos calcular a medida de sua aresta fazendo
3
125 = 5, pois 5 3
= 125.

35
MATEMÁTICA

Da mesma forma: A raiz de índice par de um número positivo é um número po-


sitivo.

= 4, porque 43 = 64; = 3, porque 34 = 81; = 2, 3º Caso: n é ímpar


porque 2 = 32.
5 Considere como exemplos as raízes:
Ou, de modo geral, indicando a raiz enésima de a por b, pode-
mos escrever:
– , na qual a = 64 (positivo) e n = 3 (ímpar).
n
a = b ⇔ b n = a (n ∈ N e n ≥1) Temos:

= 4, porque 43 = 64
Na raiz
n
a , o número n é chamado índice e o número a, ra-
dicando.
, na qual a = - 64 (negativo) e n = 3 (ímpar). Temos:
Veja os exemplos:

= - 4, porque (- 4)3 = - 64
– Na raiz , o radicando é 25 e o índice é 2.
A raiz de índice ímpar tem o mesmo sinal do radicando.
Observação: A raiz de índice n do número zero é zero, ou seja:
– Na raiz , o radicando é 27 e o índice é 3.

Observação: Podemos omitir o índice 2 na indicação da raiz n


0 = 0, para todo n ∈ N*
quadrada. Assim:
4º Caso: n é par e a < 0
— Raiz de um Número Real Considere como exemplo a raiz quadrada de -36, onde a = -36
(negativo) e n = 2 (par).
1º Caso: n = 1 Não existe raiz quadrada real de -36, porque não existe número
real que, elevado ao quadrado, dê -36.
Não existe a raiz real de índice par de um número real negativo.
Se n = 1, então
1
a =a
— Potência com Expoente Fracionário
Observe as equivalências em que as bases das potências são
Exemplos:
positivas:

= 10, porque 101 = 10 6


(7 )3 2 2 6
= 7 ⇔ 7 = 7 ou 3 6
7 =7 2


1
−8 = – 8, porque (– 8)1 = – 8 6- Expoente do radicando
2- Índice da raiz
A raiz de índice 1 é igual ao próprio radicando.
Essas equivalências nos sugerem que todo radical de radicando
2º Caso: n é par e a > 0 positivo pode ser escrito em forma de potência com expoente
fracionário. Assim:

Considere como exemplo a raiz . Nele o radicando a = 25 m


*
é positivo e o índice n = 2 é par. a m = a n ( a ∈ R+ , m ∈ Z e n ∈ N )
n *

Temos: Exemplos:
(– 5)2 = 25 e (+ 5)2 = 25
3
Deveríamos então dizer que a raiz quadrada de 25 é 5 ou –5, 5
– 23 = 2 5
porém o resultado de uma operação deve ser único e, para que não
haja dúvida quanto ao sinal da raiz, convencionaremos que:

1
=5 –
4
3 =3 4

36
MATEMÁTICA

4ª Propriedade:
— Propriedade dos Radicais Observe:
1ª Propriedade: 8 2
12
38 = 312 = 3 3 = 3 3 2
3

Considere o radical
3
5 = 5 = 51 = 5
3 3
Então:

De modo geral, se a ∈ R+ , n ∈ N * , então: 12


38 = 3 32 e3 32 = 12 38
n
an = a
De modo geral, para a ∈ R+ , m ∈ N , n ∈ N * , se p ∈ N *
O radical de índice n de uma potência com expoente também , temos:
igual a n dá como resultado a base daquela potência.
n. p
2ª Propriedade: n
am = a m. p
Observe:
Se p é divisor de m e n, temos:
1 1 1
3.5 = (3.5) 2 = 3 .5 = 3. 5
2 2 n: p
n
am = a m: p

De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * , então:


Multiplicando-se ou dividindo-se o índice e o expoente do ra-
dicando por um mesmo número natural maior que zero, o valor do
radical não se altera.
n
a.b = n a .n b — Simplificação de Radicais
— Radical de um produto – Produto dos radicais 1º Caso
O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado O índice do radical e o expoente do radicando têm fator co-
é igual ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do mum. De acordo com a 4ª propriedade dos radicais podemos dividir
radicando. o índice e o expoente pelo fator comum.
3ª Propriedade: Exemplo:
Observe: Dividindo o índice 9 e o expoente 3 e 6 por 3, temos:

1
1 9
2 3.a 6 = 9:3 2 3:3.a 6:3 = 3 2a 2
2  2 2 22 2
=  = 1 =
3 3 3 2º Caso
32 Os expoentes dos fatores do radicando são múltiplos do índice.

De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * , então:


Considere o radical
n
a n. p , com *
a ∈ R+ , n ∈ N e
p ∈ Z.
Temos:
a a
n
n =n
b b
n. p
— Radical de um quociente – Quociente dos radicais n
a n. p = a n
= ap
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente indicado
é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos termos do Assim, podemos dizer que, num radical, os fatores do radican-
radicando. do cujos expoentes são múltiplos do índice podem ser colocados
fora do radical, tendo como novo expoente o quociente entre o ex-
poente e o índice.

37
MATEMÁTICA

Exemplo:
2º Caso: Denominadores do tipo
Vamos utilizar o conceito de produto notável para resolvermos
81 a 2 b 8 = 3 4.a 2 .b 8 = 3 4 . a 2 . b 8 = 3 2.a.b 4 = 9ab 4
a questão:
(A+B).(A-B)= A2 – B2, aplicando ao denominador obteremos um
3º Caso resultado racional.
Os expoentes dos fatores do radicando são maiores que o
índice, mas não múltiplos deste. Transforma-se o radicando num
produto de potências de mesma base, sendo um dos expoentes
múltiplos do índice.

Exemplo: Para este caso basta multiplicarmos o denominador pelo seu


conjugado, eliminando assim o radical do denominador.
Assim:
a 5 .b 3 = a 4 .a.b 2 .b = a 4 .b 2 . a.b = a 2 b ab Denominador: → conjugado
— Passagem de um fator para fora e para dentro de um radical
Decompõe-se o radicando num produto de fatores primos e Denominador: → conjugado
aplica-se a propriedade da multiplicação de radicais.
Para passar um fator para dentro do radical eleva-se este ao
índice do radical.
RAZÃO E PROPORÇÃO.
Exemplos:
√108 Razão
É uma fração, sendo a e b dois números a sua razão, chama-se
razão de a para b: a/b ou a:b , assim representados, sendo b ≠ 0.
Temos que:

Exemplo:
2√5 = √(22´5) = √20 (SEPLAN/GO – PERITO CRIMINAL – FUNIVERSA) Em uma ação
33√52 = 3√(33´52) = 3√(27´25) = 3√675 policial, foram apreendidos 1 traficante e 150 kg de um produto
parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou
— Racionalização de Denominadores que o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma
Vamos transformar o radical de um denominador em um nú- mistura da Cannabis sativa com outras ervas. Interrogado, o trafi-
mero racional a fim de facilitar o cálculo da divisão, eliminando-o do cante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava
denominador. Esta racionalização pode ser feita multiplicando-se o apenas 2 kg da Cannabis sativa; o restante era composto por várias
numerador e o denominador da fração por um mesmo fator, obten- “outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que, para fabricar todo
do-se uma fração equivalente à anterior. Esse fator recebe o nome o produto apreendido, o traficante usou
de fator de racionalização ou racionalizante. (A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
Vejamos os casos: (B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas.
1º Caso: Denominadores do tipo (E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas.
Observemos que:
Resolução:
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg
da Cannabis sativa e os demais outras ervas. Podemos escrever em
forma de razão , logo :
Assim quando encontrarmos um denominador do tipo
bastas multiplicar o seu numerador e o seu denominador por
(fator racionalizante) para eliminarmos o radical do deno-
minador.

38
MATEMÁTICA

Resposta: C

Razões Especiais
São aquelas que recebem um nome especial. Vejamos algu-
mas:
Velocidade: é razão entre a distância percorrida e o tempo gas-
to para percorrê-la.
Exemplo:
(MP/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA I – ADMINISTRATIVO –
VUNESP) A medida do comprimento de um salão retangular está
para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso
desse salão, foram colocados somente ladrilhos quadrados inteiros,
Densidade: é a razão entre a massa de um corpo e o seu volu- revestindo-o totalmente. Se cada fileira de ladrilhos, no sentido do
me ocupado por esse corpo. comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número míni-
mo de ladrilhos necessários para revestir totalmente esse piso foi
igual a
(A) 588.
(B) 350.
(C) 454.
Proporção (D) 476.
É uma igualdade entre duas frações ou duas razões. (E) 382.

Resolução:

Lemos: a esta para b, assim como c está para d.


Ainda temos:
Fazendo C = 28 e substituindo na proporção, temos:

4L = 28 . 3
L = 84 / 4
L = 21 ladrilhos
Assim, o total de ladrilhos foi de 28 . 21 = 588
Resposta: A
• Propriedades da Proporção
– Propriedade Fundamental: o produto dos meios é igual ao PORCENTAGEM.
produto dos extremos:
a.d=b.c
São chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
– A soma/diferença dos dois primeiros termos está para o pri- simplesmente de porcentagem, as razões de denominador 100, ou
meiro (ou para o segundo termo), assim como a soma/diferença seja, que representam a centésima parte de uma grandeza. Costu-
dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo). mam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo %. (Lê-se:
“por cento”).

– A soma/diferença dos antecedentes está para a soma/dife-


rença dos consequentes, assim como cada antecedente está para
o seu consequente.

39
MATEMÁTICA

Exemplo: Resolução:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANA- Preço de venda: V
LISTA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) O Preço de compra: C
departamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcio- V – 0,16V = 1,4C
nários, sendo que 15% deles são estagiários. O departamento de 0,84V = 1,4C
Recursos Humanos tem 10 funcionários, sendo 20% estagiários. Em
relação ao total de funcionários desses dois departamentos, a fra-
ção de estagiários é igual a
(A) 1/5.
(B) 1/6.
(C) 2/5. O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.
(D) 2/9.
(E) 3/5. Resposta: A
Resolução: Aumento e Desconto em porcentagem
– Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por

Logo:

Resposta: B
- Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por
Lucro e Prejuízo em porcentagem
É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo. Se
a diferença for POSITIVA, temos o LUCRO (L), caso seja NEGATIVA,
temos PREJUÍZO (P).
Logo: Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C). Logo:

Fator de multiplicação

É o valor final de , é o que chama-


mos de fator de multiplicação, muito útil para resolução de cálculos
de porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo
no valor do produto.

Exemplo:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
FCC) O preço de venda de um produto, descontado um imposto de
16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de com-
pra em 40%, os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em
quantos por cento, aproximadamente, o preço de venda é superior
ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.

40
MATEMÁTICA

Aumentos e Descontos sucessivos em porcentagem


São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos uso dos fato-
res de multiplicação. Basta multiplicarmos o Valor pelo fator de multiplicação (acréscimo e/ou decréscimo).
Exemplo: Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida, um desconto de 20%. Qual o
preço desse produto após esse acréscimo e desconto?

Resolução:
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e
VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA.

Regra de três simples


Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou inversamente proporcionais podem ser resolvidos através de um proces-
so prático, chamado REGRA DE TRÊS SIMPLES.

• Duas grandezas são DIRETAMENTE PROPORCIONAIS quando ao aumentarmos/diminuirmos uma a outra também aumenta/diminui.
• Duas grandezas são INVERSAMENTE PROPORCIONAIS quando ao aumentarmos uma a outra diminui e vice-versa.

Exemplos:
(PM/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Em 3 de maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte informação
sobre o número de casos de dengue na cidade de Campinas.

De acordo com essas informações, o número de casos registrados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014, teve um aumento
em relação ao número de casos registrados em 2007, aproximadamente, de
(A) 70%.

41
MATEMÁTICA

(B) 65%. (C) 7 horas e 45 minutos.


(C) 60%. (D) 7 horas e 30 minutos.
(D) 55%. (E) 5 horas e 30 minutos.
(E) 50%.
Resolução:
Resolução: Comparando- se cada grandeza com aquela onde está o x.
Utilizaremos uma regra de três simples:
M² ↑ varredores ↓ horas ↑
ano % 6000 18 5
11442 100 7500 15 x
17136 x
Quanto mais a área, mais horas (diretamente proporcionais)
11442.x = 17136 . 100 Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente pro-
x = 1713600 / 11442 = 149,8% (aproximado) porcionais)
149,8% – 100% = 49,8%
Aproximando o valor, teremos 50%
Resposta: E

(PRODAM/AM – AUXILIAR DE MOTORISTA – FUNCAB) Numa


transportadora, 15 caminhões de mesma capacidade transportam
toda a carga de um galpão em quatro horas. Se três deles quebras-
sem, em quanto tempo os outros caminhões fariam o mesmo tra-
balho?
(A) 3 h 12 min
(B) 5 h Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 ho-
(C) 5 h 30 min ras e 30 minutos.
(D) 6 h Resposta: D
(E) 6 h 15 min
(PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL) Uma equipe cons-
Resolução: tituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por dia durante 60
Vamos utilizar uma Regra de Três Simples Inversa, pois, quanto dias, realiza o calçamento de uma área igual a 4800 m². Se essa
menos caminhões tivermos, mais horas demorará para transportar equipe fosse constituída por 15 operários, trabalhando 10 horas
a carga: por dia, durante 80 dias, faria o calçamento de uma área igual a:
(A) 4500 m²
cami- ho- (B) 5000 m²
nhões ras (C) 5200 m²
15 4 (D) 6000 m²
(E) 6200 m²
(15 – 3) x
Resolução:
12.x = 4 . 15
x = 60 / 12
x=5h Operários
horas ↑ dias ↑ área ↑
Resposta: B ↑

20 8 60 4800
Regra de três composta
Chamamos de REGRA DE TRÊS COMPOSTA, problemas que 15 10 80 x
envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
proporcionais. Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:

Exemplos:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO
– FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m² de calçada é feita em
um dia de trabalho por 18 varredores trabalhando 5 horas por dia.
Mantendo-se as mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500
m² de calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o tempo de Resposta: D
(A) 8 horas e 15 minutos.
(B) 9 horas.

42
MATEMÁTICA

• Ponderada: é a soma dos produtos de cada elemento multi-


MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES E PONDERADA. plicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos.
Para o cálculo
Média Aritmética
Ela se divide em:

• Simples: é a soma de todos os seus elementos, dividida pelo


número de elementos n.
Para o cálculo: ATENÇÃO: A palavra média, sem especificações (aritmética ou
Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto numéri- ponderada), deve ser entendida como média aritmética.
co A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição:
Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – PRO-
GRAMADOR DE COMPUTADOR – FIP) A média semestral de um cur-
so é dada pela média ponderada de três provas com peso igual a 1
na primeira prova, peso 2 na segunda prova e peso 3 na terceira.
Exemplo: Qual a média de um aluno que tirou 8,0 na primeira, 6,5 na segunda
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANALIS- e 9,0 na terceira?
TA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) Na festa (A) 7,0
de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de João estavam (B) 8,0
presentes. A idade de João nessa ocasião representava 2 vezes a (C) 7,8
média aritmética da idade de seus filhos, e a razão entre a soma das (D) 8,4
idades deles e a idade de João valia (E) 7,2
(A) 1,5.
(B) 2,0. Resolução:
(C) 2,5. Na média ponderada multiplicamos o peso da prova pela sua
(D) 3,0. nota e dividimos pela soma de todos os pesos, assim temos:
(E) 3,5.

Resolução:
Foi dado que: J = 2.M

Resposta: B

(I)
JUROS SIMPLES.

Foi pedido: Juros simples (ou capitalização simples)


Os juros são determinados tomando como base de cálculo o
capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que
Na equação ( I ), temos que: empresta) no final da operação. Devemos ter em mente:
– Os juros são representados pela letra J*.
– O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de ca-
pital e é representado pela letra C (capital) ou P(principal) ou VP ou
PV (valor presente) *.
– O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela
letra t ou n.*
– A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um ca-
pital durante certo tempo. É representado pela letra i e utilizada
para calcular juros.
*Varia de acordo com a bibliografia estudada.

ATENÇÃO: Devemos sempre relacionar a taxa e o tempo na


Resposta: E mesma unidade para efetuarmos os cálculos.

43
MATEMÁTICA

Usamos a seguinte fórmula: Usamos a seguinte fórmula:

O (1+i)t ou (1+i)n é chamado de fator de acumulação de capital.


Em juros simples:
– O capital cresce linearmente com o tempo;
ATENÇÃO: as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e
– O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
do período (t), tem de ser necessariamente iguais.
– A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
– Devemos expressar a taxa i na forma decimal.
– Montante (M) ou FV (valor futuro) é a soma do capital com
os juros, ou seja:
M=C+J
M = C.(1+i.t)

Exemplo:
(PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Qual é o capital que,
investido no sistema de juros simples e à taxa mensal de 2,5 %, pro-
duzirá um montante de R$ 3.900,00 em oito meses?
(A) R$ 1.650,00
(B) R$ 2.225,00
(C) R$ 3.250,00
(D) R$ 3.460,00
(E) R$ 3.500,00

Resolução: O crescimento do principal (capital) em:


Montante = Capital + juros, ou seja: j = M – C , que fica: j = – juros simples é LINEAR, CONSTANTE;
3900 – C ( I ) – juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, portanto
Agora, é só substituir ( I ) na fórmula do juros simples: tem um crescimento muito mais “rápido”;
Observe no gráfico que:
– O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de
juros simples como para juros compostos;
– Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de
juros simples;
– Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de
juros compostos.

390000 – 100.C = 2,5 . 8 . C Exemplo:


– 100.C – 20.C = – 390000 . (– 1) (PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA
120.C = 390000 – CAIPIMES) Um capital foi aplicado por um período de 3 anos, com
C = 390000 / 120 taxa de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que essa
C = R$ 3250,00 aplicação rendeu juros que corresponderam a, exatamente:
Resposta: C (A) 30% do capital aplicado.
(B) 31,20% do capital aplicado.
Juros compostos (capitalização composta) (C) 32% do capital aplicado.
A taxa de juros incide sobre o capital de cada período. Também (D) 33,10% do capital aplicado.
conhecido como “juros sobre juros”.

44
MATEMÁTICA

Resolução:

Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos:


j = 1,331.C – C = 0,331 . C
0,331 = 33,10 / 100 = 33,10%
Resposta: D

Juros Compostos utilizando Logaritmos


Algumas questões que envolvem juros compostos, precisam de conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisamos
achar o tempo/prazo. Normalmente as questões informam os valores do logaritmo, então não é necessário decorar os valores da tabela.

Exemplo:
(FGV-SP) Uma aplicação financeira rende juros de 10% ao ano, compostos anualmente. Utilizando para cálculos a aproximação de ,
pode-se estimar que uma aplicação de R$ 1.000,00 seria resgatada no montante de R$ 1.000.000,00 após:
(A) Mais de um século.
(B) 1 século
(C) 4/5 de século
(D) 2/3 de século
(E) ¾ de século

Resolução:
A fórmula de juros compostos é M = C(1 + i)t e do enunciado temos que M = 1.000.000, C = 1.000, i = 10% = 0,1:
1.000.000 = 1.000(1 + 0,1)t

(agora para calcular t temos que usar logaritmo nos dois lados da equação para pode utilizar a propriedade
, o expoente m passa multiplicando)

t.0,04 = 3

Resposta: E

45
MATEMÁTICA

(D) R$ 1.480,00
EQUAÇÃO DO 1º E 2º GRAUS. (E) R$ 1.520,00

Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma Resolução:


relação de igualdade e uma incógnita ou variável (x, y, z,...). Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
16 . x = Total
Equação do 1º grau Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
As equações do primeiro grau são aquelas que podem ser re- Combinando as duas equações, temos:
presentadas sob a forma ax + b = 0, em que a e b são constantes 16.x = 10.x + 570
reais, com a diferente de 0, e x é a variável. A resolução desse tipo 16.x – 10.x = 570
de equação é fundamentada nas propriedades da igualdade descri- 6.x = 570
tas a seguir. x = 570 / 6
Adicionando um mesmo número a ambos os membros de uma x = 95
equação, ou subtraindo um mesmo número de ambos os membros, O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.
a igualdade se mantém. Resposta: E
Dividindo ou multiplicando ambos os membros de uma equa-
ção por um mesmo número não-nulo, a igualdade se mantém. Equação do 2º grau
As equações do segundo grau são aquelas que podem ser re-
• Membros de uma equação presentadas sob a forma ax² + bx +c = 0, em que a, b e c são cons-
Numa equação a expressão situada à esquerda da igualdade é tantes reais, com a diferente de 0, e x é a variável.
chamada de 1º membro da equação, e a expressão situada à direita
da igualdade, de 2º membro da equação. • Equação completa e incompleta
1) Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.
Ex.: x2 - 7x + 11 = 0= 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 7,
c = 11).

2) Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se


• Resolução de uma equação diz incompleta.
Colocamos no primeiro membro os termos que apresentam Exs.:
variável, e no segundo membro os termos que não apresentam va- x² - 81 = 0 é uma equação incompleta (b=0).
riável. Os termos que mudam de membro têm os sinais trocados. x² +6x = 0 é uma equação incompleta (c = 0).
5x – 8 = 12 + x 2x² = 0 é uma equação incompleta (b = c = 0).
5x – x = 12 + 8
4x = 20 • Resolução da equação
X = 20/4 1º) A equação é da forma ax2 + bx = 0 (incompleta)
X=5 x2 – 16x = 0  colocamos x em evidência
x . (x – 16) = 0,
Ao substituirmos o valor encontrado de x na equação obtemos x=0
o seguinte: x – 16 = 0
5x – 8 = 12 + x x = 16
5.5 – 8 = 12 + 5 Logo, S = {0, 16} e os números 0 e 16 são as raízes da equação.
25 – 8 = 17
17 = 17 ( V) 2º) A equação é da forma ax2 + c = 0 (incompleta)
x2 – 49= 0  Fatoramos o primeiro membro, que é uma dife-
Quando se passa de um membro para o outro se usa a ope- rença de dois quadrados.
ração inversa, ou seja, o que está multiplicando passa dividindo e (x + 7) . (x – 7) = 0,
o que está dividindo passa multiplicando. O que está adicionando x+7=0 x–7=0
passa subtraindo e o que está subtraindo passa adicionando.
x=–7 x=7
Exemplo:
(PRODAM/AM – AUXILIAR DE MOTORISTA – FUNCAB) Um gru- ou
po formado por 16 motoristas organizou um churrasco para suas
famílias. Na semana do evento, seis deles desistiram de participar. x2 – 49 = 0
Para manter o churrasco, cada um dos motoristas restantes pagou x2 = 49
R$ 57,00 a mais. x2 = 49
O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi: x = 7, (aplicando a segunda propriedade).
(A) R$ 570,00 Logo, S = {–7, 7}.
(B) R$ 980,50
(C) R$ 1.350,00 3º) A equação é da forma ax² + bx + c = 0 (completa)
Para resolvê-la usaremos a formula de Bháskara.

46
MATEMÁTICA

Conforme o valor do discriminante Δ existem três possibilidades quanto á natureza da equação dada.

Quando ocorre a última possibilidade é costume dizer-se que não existem raízes reais, pois, de fato, elas não são reais já que não
existe, no conjunto dos números reais, √a quando a < 0.

• Relações entre raízes e coeficientes

Exemplo:
(CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC) Qual a equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 3/2?
(A) x²-3x+4=0
(B) -3x²-5x+1=0
(C) 3x²+5x+2=0
(D) 2x²-5x+3=0

Resolução:
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas raízes somadas resultam no valor numérico de b; e P= duas raízes multi-
plicadas resultam no valor de c.

Resposta: D

47
MATEMÁTICA

Inequação do 1º grau (A) x > 2


Uma inequação do 1° grau na incógnita x é qualquer expressão (B) x - 5
do 1° grau que pode ser escrita numa das seguintes formas: (C) x > - 5
(D) x < 2
ax + b > 0 (E) x 2
ax + b < 0
ax + b ≥ 0 Resolução:
ax + b ≤ 0
Onde a, b são números reais com a ≠ 0

• Resolvendo uma inequação de 1° grau


Uma maneira simples de resolver uma equação do 1° grau é
isolarmos a incógnita x em um dos membros da igualdade. O méto-
do é bem parecido com o das equações. Ex.:
Resolva a inequação -2x + 7 > 0.
Solução:
-2x > -7
Multiplicando por (-1)
2x < 7
x < 7/2 Resposta: B
Portanto a solução da inequação é x < 7/2.
Inequação do 2º grau
Atenção: Chamamos de inequação da 2º toda desigualdade pode ser re-
Toda vez que “x” tiver valor negativo, devemos multiplicar por presentada da seguinte forma:
(-1), isso faz com que o símbolo da desigualdade tenha o seu sen-
tido invertido.
ax2 + bx + c > 0
Pode-se resolver qualquer inequação do 1° grau por meio do ax2 + bx + c < 0
estudo do sinal de uma função do 1° grau, com o seguinte proce- ax2 + bx + c ≥ 0
dimento: ax2 + bx + c ≤ 0
1. Iguala-se a expressão ax + b a zero; Onde a, b e c são números reais com a ≠ 0
2. Localiza-se a raiz no eixo x;
3. Estuda-se o sinal conforme o caso. Resolução da inequação
Para resolvermos uma inequação do 2o grau, utilizamos o estu-
Pegando o exemplo anterior temos: do do sinal. As inequações são representadas pelas desigualdades:
-2x + 7 > 0 > , ≥ , < , ≤.
-2x + 7 = 0 Ex.: x2 -3x + 2 > 0
x = 7/2
Resolução:
x2 -3x + 2 > 0
x ‘ =1, x ‘’ = 2
Como desejamos os valores para os quais a função é maior que
zero devemos fazer um esboço do gráfico e ver para quais valores
de x isso ocorre.

Exemplo:
(SEE/AC – PROFESSOR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA MATEMÁ-
TICA E SUAS TECNOLOGIAS – FUNCAB) Determine os valores de
que satisfazem a seguinte inequação: Vemos, que as regiões que tornam positivas a função são: x<1
e x>2. Resposta: { x|R| x<1 ou x>2}

Exemplo:
(VUNESP) O conjunto solução da inequação 9x2 – 6x + 1 ≤ 0, no
universo dos números reais é:
(A) ∅

48
MATEMÁTICA

(B) R Resolução de sistemas


Existem dois métodos de resolução dos sistemas. Vejamos:
(C)
Método da substituição
Consiste em escolher uma das duas equações, isolar uma das
incógnitas e substituir na outra equação, veja como:
(D)

(E)
Dado o sistema , enumeramos as equações.
Resolução:
Resolvendo por Bháskara:

Escolhemos a equação 1 (pelo valor da incógnita de x ser 1) e


isolamos x. Teremos: x = 20 – y e substituímos na equação 2.
3 (20 – y) + 4y = 72, com isso teremos apenas 1 incógnita. Re-
solvendo:
60 – 3y + 4y = 72 → -3y + 4y = 72 -60 → y = 12
Para descobrir o valor de x basta substituir 12 na equação x =
20 – y. Logo:
Fazendo o gráfico, a > 0 parábola voltada para cima: x = 20 – y → x = 20 – 12 →x = 8
Portanto, a solução do sistema é S = (8, 12)

Método da adição
Esse método consiste em adicionar as duas equações de tal
forma que a soma de uma das incógnitas seja zero. Para que isso
aconteça será preciso que multipliquemos algumas vezes as duas
equações ou apenas uma equação por números inteiros para que a
soma de uma das incógnitas seja zero.

Dado o sistema :

Para adicionarmos as duas equações e a soma de uma das in-


cógnitas de zero, teremos que multiplicar a primeira equação por
– 3.
Resposta: C

SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1.º GRAU.

SISTEMA DE EQUAÇÕES Teremos:

— Sistema do 1º grau
Um sistema de equação de 1º grau com duas incógnitas é for-
mado por: duas equações de 1º grau com duas incógnitas diferen-
tes em cada equação. Veja um exemplo:

49
MATEMÁTICA

Adicionando as duas equações: (E) 15

Resolução:
Considerando:
Vitórias: x
Para descobrirmos o valor de x basta escolher uma das duas Empate: y
equações e substituir o valor de y encontrado: Derrotas: 2
x + y = 20 → x + 12 = 20 → x = 20 – 12 → x = 8
Portanto, a solução desse sistema é: S = (8, 12). 1) Pelo número de partida temos:
x + y + 2 = 30
Exemplos: x + y = 30 – 2
(SABESP – APRENDIZ – FCC) Em uma gincana entre as três equi- x + y = 28
pes de uma escola (amarela, vermelha e branca), foram arrecada- y = 28 - x
dos 1 040 quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou
50 quilogramas a mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30 2) A segunda parte nos baseamos nos pontos, assim sendo:
quilogramas a menos que a equipe branca. A quantidade de alimen- 3.x + 1.y + 0.2 = 58
tos arrecadada pela equipe vencedora foi, em quilogramas, igual a 3x + y = 58
(A) 310
(B) 320 Substituindo y da primeira parte na segunda temos:
(C) 330 3x + y = 58
(D) 350 3x + (28 – x) = 58
(E) 370 2x = 58 – 28
2x = 30
Resolução: x = 30 /2
Amarela: x x = 15
Vermelha: y
Branca: z Resposta: E
x = y + 50
y = z - 30 — Sistema do 2º grau
z = y + 30 Utilizamos o mesmo princípio da resolução dos sistemas de
1º grau, por adição, substituições, etc. A diferença é que teremos
como solução um sistema de pares ordenados.

Sequência prática
– Estabelecer o sistema de equações que traduzam o problema
para a linguagem matemática;
Substituindo a II e a III equação na I:
– Resolver o sistema de equações;
– Interpretar as raízes encontradas, verificando se são compatí-
veis com os dados do problema.

Exemplos:
(CPTM - MÉDICO DO TRABALHO – MAKIYAMA) Sabe-se que o
Substituindo na equação II produto da idade de Miguel pela idade de Lucas é 500. Miguel é
x = 320 + 50 = 370 5 anos mais velho que Lucas. Qual a soma das idades de Miguel e
z=320+30=350 Lucas?
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg (A) 40.
Resposta: E (B) 55.
(C) 65.
(SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDADE – FCC) Em (D) 50.
um campeonato de futebol, as equipes recebem, em cada jogo, três (E) 45.
pontos por vitória, um ponto em caso de empate e nenhum ponto
se forem derrotadas. Após disputar 30 partidas, uma das equipes Resolução:
desse campeonato havia perdido apenas dois jogos e acumulado 58 Sendo Miguel M e Lucas L:
pontos. O número de vitórias que essa equipe conquistou, nessas M.L = 500 (I)
30 partidas, é igual a M = L + 5 (II)
(A) 12 substituindo II em I, temos:
(B) 14 (L + 5).L = 500
(C) 16 L2 + 5L – 500 = 0, a = 1, b = 5 e c = - 500
(D) 13 ∆ = b2 – 4ac

50
MATEMÁTICA

∆ = 52 – 4.1.(- 500)
∆ = 25 + 2000
∆ = 2025

Então L = 20
M.20 = 500
m = 500 : 20 = 25
M + L = 25 + 20 = 45

Resposta: E

(TJ- FAURGS) Se a soma de dois números é igual a 10 e o seu produto é igual a 20, a soma de seus quadrados é igual a:
(A) 30
(B) 40
(C) 50
(D) 60
(E) 80

Resolução:

Eu quero saber a soma de seus quadrados x2 + y2


Vamos elevar o x + y ao quadrado:
(x + y)2 = (10)2
x2 + 2xy + y2 = 100 , como x . y=20 substituímos o valor :
x2 + 2.20 + y2 = 100
x2 + 40 + y2 = 100
x2 + y2 = 100 – 40
x2 + y2 = 60

Resposta: D

RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS: TABELAS E GRÁFICOS.

Tabelas
A tabela é a forma não discursiva de apresentar informações, das quais o dado numérico se destaca como informação central. Sua
finalidade é apresentar os dados de modo ordenado, simples e de fácil interpretação, fornecendo o máximo de informação num mínimo
de espaço.

Elementos da tabela
Uma tabela estatística é composta de elementos essenciais e elementos complementares. Os elementos essenciais são:
− Título: é a indicação que precede a tabela contendo a designação do fato observado, o local e a época em que foi estudado.
− Corpo: é o conjunto de linhas e colunas onde estão inseridos os dados.
− Cabeçalho: é a parte superior da tabela que indica o conteúdo das colunas.
− Coluna indicadora: é a parte da tabela que indica o conteúdo das linhas.

51
MATEMÁTICA

Os elementos complementares são: Tipos de Gráficos


− Fonte: entidade que fornece os dados ou elabora a tabela.
− Notas: informações de natureza geral, destinadas a esclare- • Estereogramas: são gráficos onde as grandezas são repre-
cer o conteúdo das tabelas. sentadas por volumes. Geralmente são construídos num sistema
− Chamadas: informações específicas destinadas a esclarecer de eixos bidimensional, mas podem ser construídos num sistema
ou conceituar dados numa parte da tabela. Deverão estar indica- tridimensional para ilustrar a relação entre três variáveis.
das no corpo da tabela, em números arábicos entre parênteses, à
esquerda nas casas e à direita na coluna indicadora. Os elementos
complementares devem situar-se no rodapé da tabela, na mesma
ordem em que foram descritos.

• Cartogramas: são representações em cartas geográficas (ma-


pas).

Gráficos
Outro modo de apresentar dados estatísticos é sob uma forma
ilustrada, comumente chamada de gráfico. Os gráficos constituem-
-se numa das mais eficientes formas de apresentação de dados.
Um gráfico é, essencialmente, uma figura construída a partir de
uma tabela; mas, enquanto a tabela fornece uma ideia mais precisa
e possibilita uma inspeção mais rigorosa aos dados, o gráfico é mais
indicado para situações que visem proporcionar uma impressão
mais rápida e maior facilidade de compreensão do comportamento
do fenômeno em estudo.
Os gráficos e as tabelas se prestam, portanto, a objetivos distin-
tos, de modo que a utilização de uma forma de apresentação não
exclui a outra.
Para a confecção de um gráfico, algumas regras gerais devem
ser observadas:
Os gráficos, geralmente, são construídos num sistema de eixos
chamado sistema cartesiano ortogonal. A variável independente é
localizada no eixo horizontal (abscissas), enquanto a variável de-
pendente é colocada no eixo vertical (ordenadas). No eixo vertical,
o início da escala deverá ser sempre zero, ponto de encontro dos
eixos.
− Iguais intervalos para as medidas deverão corresponder a
iguais intervalos para as escalas. Exemplo: Se ao intervalo 10-15 kg
corresponde 2 cm na escala, ao intervalo 40-45 kg também deverá
corresponder 2 cm, enquanto ao intervalo 40-50 kg corresponderá
4 cm.
− O gráfico deverá possuir título, fonte, notas e legenda, ou
seja, toda a informação necessária à sua compreensão, sem auxílio • Pictogramas ou gráficos pictóricos: são gráficos puramente
do texto. ilustrativos, construídos de modo a ter grande apelo visual, dirigi-
− O gráfico deverá possuir formato aproximadamente quadra- dos a um público muito grande e heterogêneo. Não devem ser uti-
do para evitar que problemas de escala interfiram na sua correta lizados em situações que exijam maior precisão.
interpretação.

52
MATEMÁTICA

c) Gráfico de linhas ou curvas: neste gráfico os pontos são dis-


postos no plano de acordo com suas coordenadas, e a seguir são li-
gados por segmentos de reta. É muito utilizado em séries históricas
e em séries mistas quando um dos fatores de variação é o tempo,
como instrumento de comparação.

• Diagramas: são gráficos geométricos de duas dimensões, de


fácil elaboração e grande utilização. Podem ser ainda subdivididos
em: gráficos de colunas, de barras, de linhas ou curvas e de setores.
a) Gráfico de colunas: neste gráfico as grandezas são compa-
radas através de retângulos de mesma largura, dispostos vertical-
mente e com alturas proporcionais às grandezas. A distância entre
os retângulos deve ser, no mínimo, igual a 1/2 e, no máximo, 2/3 da
largura da base dos mesmos.

d) Gráfico em setores: é recomendado para situações em que


se deseja evidenciar o quanto cada informação representa do total.
A figura consiste num círculo onde o total (100%) representa 360°,
subdividido em tantas partes quanto for necessário à representa-
ção. Essa divisão se faz por meio de uma regra de três simples. Com
o auxílio de um transferidor efetuasse a marcação dos ângulos cor-
respondentes a cada divisão.

b) Gráfico de barras: segue as mesmas instruções que o gráfico


de colunas, tendo a única diferença que os retângulos são dispostos
horizontalmente. É usado quando as inscrições dos retângulos fo-
rem maiores que a base dos mesmos.

53
MATEMÁTICA

Exemplo:
(PREF. FORTALEZA/CE – PEDAGOGIA – PREF. FORTALEZA) “Estar alfabetizado, neste final de século, supõe saber ler e interpretar da-
dos apresentados de maneira organizada e construir representações, para formular e resolver problemas que impliquem o recolhimento
de dados e a análise de informações. Essa característica da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma demanda em abor-
dar elementos da estatística, da combinatória e da probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997).
Observe os gráficos e analise as informações.

A partir das informações contidas nos gráficos, é correto afirmar que:


(A) nos dias 03 e 14 choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.
(B) a quantidade de chuva acumulada no mês de março foi maior em Fortaleza.
(C) Fortaleza teve mais dias em que choveu do que Florianópolis.
(D) choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.

Resolução:
A única alternativa que contém a informação correta com os gráficos é a C.
Resposta: C

SISTEMAS DE MEDIDAS USUAIS.

O sistema métrico decimal é parte integrante do Sistema de Medidas. É adotado no Brasil tendo como unidade fundamental de me-
dida o metro.
O Sistema de Medidas é um conjunto de medidas usado em quase todo o mundo, visando padronizar as formas de medição.

Medidas de comprimento
Os múltiplos do metro são usados para realizar medição em grandes distâncias, enquanto os submúltiplos para realizar medição em

54
MATEMÁTICA

pequenas distâncias.

UNIDADE
MÚLTIPLOS SUBMÚLTIPLOS
FUNDAMENTAL
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
km hm Dam m dm cm mm
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Para transformar basta seguir a tabela seguinte (esta transformação vale para todas as medidas):

Medidas de superfície e área


As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro quadrado, o me-
tro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o nome de hectare (ha): 1 hm2 = 1 ha.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como nos comprimentos.
Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100 = 102. A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento
acrescidas de quadrado.

Vejamos as relações entre algumas essas unidades que não fazem parte do sistema métrico e as do sistema métrico decimal (valores
aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 centímetros

Medidas de Volume e Capacidade


Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o centímetro cúbico(cm3).
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, o sistema
continua sendo decimal. Acrescentamos a nomenclatura cúbico.
A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. A unidade fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.

Medidas de Massa
O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g). Assim as denominamos:
Kg – Quilograma; hg – hectograma; dag – decagrama; g – grama; dg – decigrama; cg – centigrama; mg – miligrama
Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t). Medidas Especiais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg
1 Quilate = 0,2 g

Em resumo temos:

55
MATEMÁTICA

Relações importantes

1 kg = 1l = 1 dm3
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
1 m3 = 1000 l

Exemplos:
(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Uma peça de um determinado tecido tem 30 metros, e para se confeccionar
uma camisa desse tecido são necessários 15 decímetros. Com duas peças desse tecido é possível serem confeccionadas:
(A) 10 camisas
(B) 20 camisas
(C) 40 camisas
(D) 80 camisas

Resolução:
Como eu quero 2 peças desse tecido e 1 peça possui 30 metros logo:
30 . 2 = 60 m. Temos que trabalhar com todas na mesma unidade: 1 m é 10dm assim temos 60m . 10 = 600 dm, como cada camisa
gasta um total de 15 dm, temos então:
600/15 = 40 camisas.
Resposta: C

(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Um veículo tem capacidade para transportar duas toneladas de carga. Se a
carga a ser transportada é de caixas que pesam 4 quilogramas cada uma, o veículo tem capacidade de transportar no máximo:
(A) 50 caixas
(B) 100 caixas
(C) 500 caixas
(D) 1000 caixas

Resolução:
Uma tonelada(ton) é 1000 kg, logo 2 ton. 1000kg= 2000 kg
Cada caixa pesa 4kg
2000 kg/ 4kg = 500 caixas.
Resposta: C

GEOMETRIA: FORMA, PERÍMETRO, ÁREA, VOLUME, ÂNGULO

Geometria plana
Aqui nos deteremos a conceitos mais cobrados como perímetro e área das principais figuras planas. O que caracteriza a geometria
plana é o estudo em duas dimensões.

Perímetro
É a soma dos lados de uma figura plana e pode ser representado por P ou 2p, inclusive existem umas fórmulas de geometria que
aparece p que é o semiperímetro (metade do perímetro). Basta observamos a imagem:

56
MATEMÁTICA

Observe que a planta baixa tem a forma de um retângulo.

Exemplo:
(CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à venda em uma imobiliária. Sabe-se que
sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago
por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

Resolução:
O perímetro do retângulo é dado por = 2(b+h);
Pelo enunciado temos que: sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento, logo 2 (x + (x-28)) = 2 (2x -28) = 4x – 56. Como ele
já dá o perímetro que é 200, então
200 = 4x -56  4x = 200+56  4x = 256  x = 64
Comprimento = 64, largura = 64 – 28 = 36
Área do retângulo = b.h = 64.36 = 2304 m2
Logo o valor da área é: 2304.50 = 115200
Resposta: D

• Área
É a medida de uma superfície. Usualmente a unidade básica de área é o m2 (metro quadrado). Que equivale à área de um quadrado
de 1 m de lado.

Quando calculamos que a área de uma determinada figura é, por exemplo, 12 m2; isso quer dizer que na superfície desta figura cabem
12 quadrados iguais ao que está acima.

57
MATEMÁTICA

Planta baixa de uma casa com a área total

Para efetuar o cálculo de áreas é necessário sabermos qual a figura plana e sua respectiva fórmula. Vejamos:

(Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/57/97/5797a651dfb37-areas-de-figuras-planas.jpg)

Geometria espacial
Aqui trataremos tanto das figuras tridimensionais e dos sólidos geométricos. O importante é termos em mente todas as figuras planas,
pois a construção espacial se dá através da junção dessas figuras. Vejamos:

58
MATEMÁTICA

Diedros
Sendo dois planos secantes (planos que se cruzam) π e π’, o
espaço entre eles é chamado de diedro. A medida de um diedro é
feita em graus, dependendo do ângulo formado entre os planos.

Poliedros
São sólidos geométricos ou figuras geométricas espaciais for-
madas por três elementos básicos: faces, arestas e vértices. Cha-
mamos de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos
planos, pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois so-
mente uma aresta em comum. Veja alguns exemplos:

Poliedros Regulares
Um poliedro e dito regular quando:
- suas faces são polígonos regulares congruentes;
- seus ângulos poliédricos são congruentes;
Por essas condições e observações podemos afirmar que todos
os poliedros de Platão são ditos Poliedros Regulares.

Exemplo:
(PUC/RS) Um poliedro convexo tem cinco faces triangulares e
três pentagonais. O número de arestas e o número de vértices des-
te poliedro são, respectivamente:
(A) 30 e 40
Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos (B) 30 e 24
polígonos são as arestas e os vértices do poliedro. (C) 30 e 8
Um poliedro é convexo se qualquer reta (não paralela a ne- (D) 15 e 25
nhuma de suas faces) o corta em, no máximo, dois pontos. Ele não (E) 15 e 9
possuí “reentrâncias”. E caso contrário é dito não convexo.
Resolução:
Relação de Euler O poliedro tem 5 faces triangulares e 3 faces pentagonais, logo,
Em todo poliedro convexo sendo V o número de vértices, A o tem um total de 8 faces (F = 8). Como cada triângulo tem 3 lados e
número de arestas e F o número de faces, valem as seguintes rela- o pentágono 5 lados. Temos:
ções de Euler:
Poliedro Fechado: V – A + F = 2
Poliedro Aberto: V – A + F = 1

Para calcular o número de arestas de um poliedro temos que


multiplicar o número de faces F pelo número de lados de cada face
n e dividir por dois. Quando temos mais de um tipo de face, basta
somar os resultados.
Resposta: E
A = n.F/2
Não Poliedros
Poliedros de Platão
Eles satisfazem as seguintes condições:
- todas as faces têm o mesmo número n de arestas;
- todos os ângulos poliédricos têm o mesmo número m de ares-
tas;
- for válida a relação de Euler (V – A + F = 2).

Os sólidos acima são. São considerados não planos pois pos-


suem suas superfícies curvas.
Cilindro: tem duas bases geometricamente iguais definidas por
curvas fechadas em superfície lateral curva.

59
MATEMÁTICA

Cone: tem uma só base definida por uma linha curva fechada e c) O cubo e o paralelepípedo retângulo são prismas;
uma superfície lateral curva. d) O volume do cilindro também se pode calcular da mesma
Esfera: é formada por uma única superfície curva. forma que o volume de um prisma reto.

Planificações de alguns Sólidos Geométricos Área e Volume dos sólidos geométricos

PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases iguais


e paralelas.

Exemplo:
(PREF. JUCÁS/CE – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – INSTITUTO
NEO EXITUS) O número de faces de um prisma, em que a base é um
polígono de n lados é:
(A) n + 1.
(B) n + 2.
(C) n.
Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-WWDbQ-Gh5zU/Wb7iCjR42BI/AA-
(D) n – 1.
AAAAAAIR0/kfRXIcIYLu4Iqf7ueIYKl39DU-9Zw24lgCLcBGAs/s1600/re-
(E) 2n + 1.
vis%25C3%25A3o%2Bfiguras%2Bgeom%25C3%25A9tricas-page-001.
jpg
Resolução:
Sólidos geométricos
Se a base tem n lados, significa que de cada lado sairá uma face.
O cálculo do volume de figuras geométricas, podemos pedir
Assim, teremos n faces, mais a base inferior, e mais a base su-
que visualizem a seguinte figura:
perior.
Portanto, n + 2
Resposta: B

PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um


vértice superior.

a) A figura representa a planificação de um prisma reto;


b) O volume de um prisma reto é igual ao produto da área da
base pela altura do sólido, isto é:
V = Ab. a
Onde a é igual a h (altura do sólido)

60
MATEMÁTICA

CONE: é um sólido geométrico que tem uma base circular e


vértice superior.
Exemplo:
Uma pirâmide triangular regular tem aresta da base igual a 8
cm e altura 15 cm. O volume dessa pirâmide, em cm3, é igual a:
(A) 60
(B) 60
(C) 80
(D) 80
(E) 90

Resolução:
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a fórmula
da área do triângulo equilátero é . A aresta da base é a = 8 cm e h
= 15 cm.
Cálculo da área da base:

Cálculo do volume:

Exemplo:
Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone,
em cm, é:

(A)

(B)

(C)
Resposta: D
CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais, (D)
paralelas e circulares.
(E) 8

61
MATEMÁTICA

Resolução:
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio
é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16 cm.
g2 = h2 + r2
162 = h2 + 82
256 = h2 + 64
256 – 64 = h2
h2 = 192

xemplo:
(ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTI-
Resposta: D CA – TÉCNICA/AVIAÇÃO – EXÉRCITO BRASILEIRO) O volume de um
tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas áreas das bases são
ESFERA: superfície curva, possui formato de uma bola. iguais a 36 dm² e 144 dm² vale:
(A) 330 cm³
(B) 720 dm³
(C) 330 m³
(D) 360 dm³
(E) 336 dm³

Resolução:

AB=144 dm²
Ab=36 dm²

Resposta: E

Geometria analítica
Um dos objetivos da Geometria Analítica é determinar a reta
que representa uma certa equação ou obter a equação de uma reta
dada, estabelecendo uma relação entre a geometria e a álgebra.

Sistema cartesiano ortogonal (PONTO)


Para representar graficamente um par ordenado de números
reais, fixamos um referencial cartesiano ortogonal no plano. A reta
TRONCOS: são cortes feitos nas superfícies de alguns dos sóli- x é o eixo das abscissas e a reta y é o eixo das ordenadas. Como se
dos geométricos. São eles: pode verificar na imagem é o Sistema cartesiano e suas proprieda-
des.

62
MATEMÁTICA

Ponto médio de um segmento

Para determinarmos as coordenadas de um ponto P, traçamos


linhas perpendiculares aos eixos x e y.
• xp é a abscissa do ponto P;
• yp é a ordenada do ponto P;
• xp e yp constituem as coordenadas do ponto P.

Baricentro
O baricentro (G) de um triângulo é o ponto de intersecção das
medianas do triângulo. O baricentro divide as medianas na razão
de 2:1.

Mediante a esse conhecimento podemos destacar as formulas


que serão uteis ao cálculo.

Distância entre dois pontos de um plano


Por meio das coordenadas de dois pontos A e B, podemos lo-
calizar esses pontos em um sistema cartesiano ortogonal e, com
isso, determinar a distância d(A, B) entre eles. O triângulo formado Condição de alinhamento de três pontos
é retângulo, então aplicamos o Teorema de Pitágoras. Consideremos três pontos de uma mesma reta (colineares),
A(x1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3).

63
MATEMÁTICA

Estes pontos estarão alinhados se, e somente se: Reta

Equação da reta
A equação da reta é determinada pela relação entre as abscis-
sas e as ordenadas. Todos os pontos desta reta obedecem a uma
mesma lei. Temos duas maneiras de determinar esta equação:

1) Um ponto e o coeficiente angular


Exemplo:
Por outro lado, se D ≠ 0, então os pontos A, B e C serão vértices Consideremos um ponto P(1, 3) e o coeficiente angular m = 2.
de um triângulo cuja área é: Dados P(x1, y1) e Q(x, y), com P ∈ r, Q ∈ r e m a declividade da
reta r, a equação da reta r será:

onde o valor do determinante é sempre dado em módulo, pois


a área não pode ser um número negativo.

Inclinação de uma reta e Coeficiente angular de uma reta (ou


declividade)
À medida do ângulo α, onde α é o menor ângulo que uma reta
forma com o eixo x, tomado no sentido anti-horário, chamamos de
inclinação da reta r do plano cartesiano.

2) Dois pontos: A(x1, y1) e B(x2, y2)


Consideremos os pontos A(1, 4) e B(2, 1). Com essas informa-
ções, podemos determinar o coeficiente angular da reta:

Já a declividade é dada por: m = tgα

Cálculo do coeficiente angular


Se a inclinação α nos for desconhecida, podemos calcular o co-
eficiente angular m por meio das coordenadas de dois pontos da Com o coeficiente angular, podemos utilizar qualquer um dos
reta, como podemos verificar na imagem. dois pontos para determinamos a equação da reta. Temos A(1, 4),
m = -3 e Q(x, y)
y - y1 = m.(x - x1) ⇒ y - 4 = -3. (x - 1) ⇒ y - 4 = -3x + 3 ⇒ 3x +
y - 4 - 3 = 0 ⇒ 3x + y - 7 = 0

Equação reduzida da reta


A equação reduzida é obtida quando isolamos y na equação da
reta y - b = mx

64
MATEMÁTICA

Posições relativas de duas retas


Em relação a sua posição elas podem ser:
A) Retas concorrentes: Se r1 e r2 são concorrentes, então seus
ângulos formados com o eixo x são diferentes e, como consequên-
cia, seus coeficientes angulares são diferentes.

– Equação segmentária da reta


É a equação da reta determinada pelos pontos da reta que in-
terceptam os eixos x e y nos pontos A (a, 0) e B (0,b).

B) Retas paralelas: Se r1 e r2 são paralelas, seus ângulos com o


eixo x são iguais e, em consequência, seus coeficientes angulares
são iguais (m1 = m2). Entretanto, para que sejam paralelas, é neces-
sário que seus coeficientes lineares n1 e n2 sejam diferentes

Equação geral da reta


Toda equação de uma reta pode ser escrita na forma:
ax + by + c = 0

onde a, b e c são números reais constantes com a e b não si-


multaneamente nulos.

65
MATEMÁTICA

C) Retas coincidentes: Se r1 e r2 são coincidentes, as retas cor- Distância entre um ponto e uma reta
tam o eixo y no mesmo ponto; portanto, além de terem seus coe- A distância de um ponto a uma reta é a medida do segmento
ficientes angulares iguais, seus coeficientes lineares também serão perpendicular que liga o ponto à reta. Utilizamos a fórmula a seguir
iguais. para obtermos esta distância.

onde d(P, r) é a distância entre o ponto P(xP, yP) e a reta r .

Exemplo:
(UEPA) O comandante de um barco resolveu acompanhar a
procissão fluvial do Círio-2002, fazendo o percurso em linha reta.
Para tanto, fez uso do sistema de eixos cartesianos para melhor
orientação. O barco seguiu a direção que forma 45° com o sentido
positivo do eixo x, passando pelo ponto de coordenadas (3, 5). Este
trajeto ficou bem definido através da equação:
Intersecção de retas (A) y = 2x – 1
Duas retas concorrentes, apresentam um ponto de intersecção (B) y = - 3x + 14
P(a, b), em que as coordenadas (a, b) devem satisfazer as equações (C) y = x + 2
de ambas as retas. Para determinarmos as coordenadas de P, basta (D) y = - x + 8
resolvermos o sistema constituído pelas equações dessas retas. (E) y = 3x – 4
Condição de perpendicularismo Resolução:
Se duas retas, r1 e r2, são perpendiculares entre si, a seguinte xo = 3, yo = 5 e = 1. As alternativas estão na forma de equação
relação deverá ser verdadeira. reduzida, então:
y – yo = m(x – xo)
y – 5 = 1.(x – 3)
y–5=x–3
y=x–3+5
y=x+2
Resposta: C

onde m1 e m2 são os coeficientes angulares das retas r1 e r2, Circunferência


respectivamente.
É o conjunto dos pontos do plano equidistantes de um ponto
fixo O, denominado centro da circunferência.
A medida da distância de qualquer ponto da circunferência ao
centro O é sempre constante e é denominada raio.

66
MATEMÁTICA

Equação reduzida da circunferência Elipse


Dados um ponto P(x, y) qualquer, pertencente a uma circunfe-
rência de centro O(a,b) e raio r, sabemos que: d(O,P) = r. É o conjunto dos pontos de um plano cuja soma das distâncias
a dois pontos fixos do plano é constante. Onde F1 e F2 são focos:

Equação Geral da circunferência


A equação geral de uma circunferência é obtida através do de-
Mesmo que mudemos o eixo maior da elipse do eixo x para
senvolvimento da equação reduzida.
o eixo y, a relação de Pitágoras (a2 =b2 + c2) continua sendo válida.

Exemplo:
(VUNESP) A equação da circunferência, com centro no ponto
C(2, 1) e que passa pelo ponto P(0, 3), é:
(A) x2 + (y – 3)2 = 0
(B) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 4
(C) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8 Equações da elipse
(D) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 16 a) Centrada na origem e com o eixo maior na horizontal.
(E) x2 + (y – 3)2 = 8

Resolução:
Temos que C(2, 1), então a = 2 e b = 1. O raio não foi dado no
enunciado.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2
(x – 2)2 + (y – 1)2 = r2 (como a circunferência passa pelo ponto P,
basta substituir o x por 0 e o y por 3 para achar a raio.
(0 – 2)2 + (3 – 1)2 = r2
(- 2)2 + 22 = r2
4 + 4 = r2 b) Centrada na origem e com o eixo maior na vertical.
r2 = 8
(x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
Resposta: C

67
MATEMÁTICA

TEOREMA DE PITÁGORAS.

Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de hipotenusa e os outros dois lados são os catetos. Deste triângulo tiramos a
seguinte relação:

“Em todo triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”.
a2 = b2 + c2

Exemplo:
Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o oeste chegando a um ponto B, depois 5 milhas para o sul chegando a um
ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D e finalmente 9 milhas para o norte chegando a um ponto E. Onde o barco
parou relativamente ao ponto de partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.

Resolução:

x 2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
x2 = 25
Resposta: E

68
MATEMÁTICA

RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

A resolução de problemas na matemática é um processo que envolve a aplicação de conceitos matemáticos para solucionar questões
ou situações que requerem raciocínio lógico e análise quantitativa. É um processo criativo que requer habilidades de pensamento crítico
e estratégias específicas para chegar a uma solução.
Aqui estão algumas etapas comuns que podem ajudar a resolver problemas matemáticos:
– Compreensão do problema: Leia cuidadosamente o enunciado do problema e certifique-se de entendê-lo completamente. Identifi-
que os dados fornecidos, as incógnitas a serem encontradas e as restrições dadas.
– Planejamento: Desenvolva um plano ou estratégia para resolver o problema. Isso pode envolver a identificação de fórmulas ou
conceitos matemáticos relevantes, a criação de diagramas ou representações visuais, a divisão do problema em etapas menores ou a
consideração de casos específicos.
– Execução: Implemente o plano que você desenvolveu, realizando os cálculos e aplicando as estratégias escolhidas. Organize suas
informações e seja cuidadoso com os cálculos para evitar erros.
– Verificação: Após chegar a uma solução, verifique se ela faz sentido e está de acordo com as restrições do problema. Faça uma revisão
dos cálculos e verifique se a resposta obtida é razoável.
– Comunicação: Expresse sua solução de forma clara e coerente, utilizando termos matemáticos apropriados e explicando o raciocínio
utilizado. Se necessário, apresente sua solução em um formato compreensível para outras pessoas.
Dentro deste prisma vamos elencar a técnica abaixo:

— Técnica para interpretar problemas de Matemática

A linguagem matemática para algebrizar problemas:

Linguagem da questão Linguagem Matemática


Preposição da, de, do Multiplicação
Preposição por divisão
Verbos Equivale, será, tem, e, etc. igualdade
Pronomes interrogativos qual, quanto x?
Um número x
O dobro de um número 2x
O triplo de um número 3x
A metade de um número x/2
A terça parte de um número x/3
Dois números consecutivos x, x + 1
Três números consecutivos x, x + 1, x + 2
Um número Par 2x
Um número Ímpar 2x - 1
Dois números pares consecutivos 2x, 2x + 2
Dois números ímpares consecutivos 2x -1, 2x -1 + 2 (2x + 1)
O oposto de X ( na adição ) -x
O inverso de X ( na multiplicação) 1/x
Soma Aumentar, maior que, mais, ganhar, adicionar
menos, menor que, diferença, diminuir, per-
Subtração
der, tirar
Divisão Razão

69
MATEMÁTICA

Exemplos de aplicação da técnica para a resolução de proble- Solução:


mas: A + V + B = 108
1 – O dobro de um número somado ao triplo do mesmo número A = 2x
é igual a 7. Qual é esse número? V=x
Vamos verificar a tabela para algebrizar este problema: B = 3 . 2x = 6x
V=?
Solução:
2x + 3x = 7 Continuando...
5x =7 A + V + B = 108
2x + x + 6x = 108
x= 9x = 108
x = 1,4
x=
Resposta: x = 1,4 x = 12
V = x = 12
2 – Um relatório contém as seguintes informações sobre as tur-
mas A, B e C: Resposta: Alternativa B
– As três turmas possuem, juntas, 96 alunos;
– A turma A e a turma B possuem a mesma quantidade de alu- 4 – Um fazendeiro dividirá seu terreno de modo a plantar soja,
nos; trigo e hortaliças. A parte correspondente à soja terá o dobro da
– A turma C possui o dobro de alunos da turma A. área da parte em que será plantado trigo que, por sua vez, terá o
Estas informações permitem concluir que a turma C possui a dobro da área da parte correspondente às hortaliças. Sabe-se que
seguinte quantidade de alunos: a área total desse terreno é de 42 ha, assim a área em que se irá
A) 48 plantar trigo é de:
B) 42 (A) 6 ha
C) 28 (B) 12 ha
D) 24 (C) 14 ha
(D) 18 ha
Solução: (E) 24 ha
A + B + C = 96
A=x Solução:
B=x S+T+H=42
C = 2x S = 2 . 2x = 4x
C=? T = 2x
H=x
Continuando... T=?
A + B + C = 96
x + x + 2x = 96 Continuando...
4x = 96 S + T + H = 42
4x + 2x + x = 42
x= 7x = 42
x = 24
x=
Continuando x=6
C = 2x
C= 2 . 24 Continuando…
C=48 T = 2x
T = 2,6
Resposta: Alternativa A T = 12

3 – Uma urna contém bolas azuis, vermelhas e brancas. Ao Resposta: Alternativa B


todo são 108 bolas. O número de bolas azuis é o dobro do de ver-
melhas, e o número de bolas brancas é o triplo do de azuis. Então, 5 – Maria e Ana se encontram de três em três dias, Maria e
o número de bolas vermelhas é: Joana se encontram de cinco em cinco dias e Maria e Carla se en-
(A)10 contram de dez em dez dias. Hoje as quatro amigas se encontraram.
(B) 12 A próxima vez que todas irão se encontrar novamente será daqui a:
(C) 20 (A) 15 dias
(D) 24 (B) 18 dias
(E) 36 (C) 28 dias
(D) 30 dias

70
MATEMÁTICA

(E) 50 dias Solução:


Colocando a proporcionalidade
Conforme mencionado a resolução de problemas é a aplicação A= 3K
de vários conceitos de matemática. Aqui uma questão onde envolve B = 5K
o MMC. B – A = 500
A=?
Solução:
Calculando o MMC de 3 – 5 - 10 : Continuando
3 – 5 – 10 | 2 B - A = 500
3–5–5 |3 5K – 3K = 500
1–5–5 |5 2K = 500
1 – 1 – 1 | 30 dias.
K=
Resposta: Alternativa D K = 250

6 – Uma doceria vendeu 153 doces dos tipos casadinho e bri- Continuando...
gadeiro. Se a razão entre brigadeiros e casadinhos foi de 217, deter- A = 3K
mine o número de casadinhos vendidos. A = 3 . 250
(A) 139 A = 750
(B) 119
(C) 94 Resposta: Alternativa C
(D) 34
8 – Uma pessoa possui o triplo da idade de uma outra. Daqui
Solução: a 11 anos terá o dobro. Qual é a soma das idades atuais dessas
Razão é a mesma coisa que divisão pessoas?
Total = 153 (A) 22
(B) 33
= (C) 44
C=? (D) 55
(E) 66
Continuando...
Colocando o K (constante de proporcionalidade) para descobrir Solução:
seu valor. Presente:
A=x
= B = 3x
2K + 7K = 153 Futuro: ( + 11 anos)
9K = 153 B = 2A
3x + 11 = 2 (x + 11)
K=
K = 17 Continuando...
3x + 11 = 2 (x + 11)
Continuando... 3 x + 11 = 2x + 22
C= 7K 3x – 2x = 22 -11
C= 7 . 17 = 119 x = 11

Resposta: Alternativa B Continuando...


7 – Na venda de um automóvel, a comissão referente a essa Soando as idades.
venda foi dividida entre dois corretores, A e B, em partes direta- A+B=?
mente proporcionais a 3 e 5, respectivamente. Se B recebeu R$ A = x = 11
500,00 a mais que A, então o valor total recebido por A foi: B = 3x = 3 . 11 = 33
(A) R$ 550,00. A + B = 11+ 33 = 44
(B) R$ 650,00.
(C) R$ 750,00. Resposta: Alternativa C
(D) R$ 850,00.

71
MATEMÁTICA

ANOTAÇÕES

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MS-WINDOWS 7: CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS,


ARQUIVOS E ATALHOS, ÁREA DE TRABALHO, ÁREA
DE TRANSFERÊNCIA, MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E
PASTAS, USO DOS MENUS, PROGRAMAS E APLICATI-
VOS, INTERAÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATIVOS
MS-OFFICE 2010.

No caso da figura acima, temos quatro pastas e quatro arqui-


vos.

Arquivos e atalhos
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização,
vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado.
Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determina-
da pasta ou arquivo propriamente dito.

Conceito de pastas e diretórios


Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pas-
ta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armaze-
nar e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos
de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos).
Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o
nome do usuário onde são armazenados dados pessoais.
Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas.

73
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Área de trabalho do Windows 7

Uso dos menus

Área de transferência
A área de transferência é muito importante e funciona em se-
gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários
tipos de itens, tais como arquivos, informações etc.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”,
estamos copiando dados para esta área intermediária.
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”,
estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na
área de transferência.

Manipulação de arquivos e pastas


A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e
pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos
executar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pas-
tas, criar atalhos etc.
Programas e aplicativos
• Media Player
• Media Center
• Limpeza de disco
• Desfragmentador de disco
• Os jogos do Windows.
• Ferramenta de captura
• Backup e Restore

Interação com o conjunto de aplicativos


Vamos separar esta interação do usuário por categoria para en-
tendermos melhor as funções categorizadas.

74
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Facilidades

O Windows possui um recurso muito interessante que é o Cap-


turador de Tela , simplesmente podemos, com o mouse, recortar a
parte desejada e colar em outro lugar.

Música e Vídeo
Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas
e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma excelente expe-
riência de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas
de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar CDs, criar
playlists e etc., isso também é válido para o media center.

• O desfragmentador de disco é uma ferramenta muito impor-


tante, pois conforme vamos utilizando o computador os arquivos
ficam internamente desorganizados, isto faz que o computador fi-
que lento. Utilizando o desfragmentador o Windows se reorganiza
internamente tornando o computador mais rápido e fazendo com
Ferramentas do sistema
que o Windows acesse os arquivos com maior rapidez.
• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o pró-
prio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente
confirmar sua exclusão.

• O recurso de backup e restauração do Windows é muito im-


portante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mes-
mo escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma có-
pia de segurança.

75
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Microsoft Office é um conjunto de aplicativos essenciais para


uso pessoal e comercial, ele conta com diversas ferramentas, mas
em geral são utilizadas e cobradas em provas o Editor de Textos –
Word, o Editor de Planilhas – Excel, e o Editor de Apresentações –
PowerPoint. A seguir verificamos sua utilização mais comum:

Word
O Word é um editor de textos amplamente utilizado. Com ele
podemos redigir cartas, comunicações, livros, apostilas, etc. Vamos
então apresentar suas principais funcionalidades.

• Área de trabalho do Word


Nesta área podemos digitar nosso texto e formata-lo de acordo
com a necessidade.

MS-WORD 2010: ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCU-


MENTOS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEXTOS,
CABEÇALHOS, PARÁGRAFOS, FONTES, COLUNAS,
MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS, TABELAS,
IMPRESSÃO, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO
DE PÁGINAS, LEGENDAS, ÍNDICES, INSERÇÃO DE OB-
JETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAIXAS DE TEXTO.
MS-EXCEL 2010: ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS,
CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS, COLUNAS, PASTAS
E GRÁFICOS, ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS,
USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS, IMPRES- • Iniciando um novo documento
SÃO, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS,
CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS,
OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS, CLASSIFICAÇÃO DE
DADOS. MS-POWERPOINT 2010: ESTRUTURA BÁSICA
DAS APRESENTAÇÕES, CONCEITOS DE SLIDES, ANO-
TAÇÕES, RÉGUA, GUIAS, CABEÇALHOS E RODAPÉS,
NOÇÕES DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE APRESEN-
TAÇÕES, INSERÇÃO DE OBJETOS, NUMERAÇÃO DE
PÁGINAS, BOTÕES DE AÇÃO, ANIMAÇÃO E TRANSIÇÃO
ENTRE SLIDES.

Microsoft Office

A partir deste botão retornamos para a área de trabalho do


Word, onde podemos digitar nossos textos e aplicar as formatações
desejadas.

• Alinhamentos
Ao digitar um texto, frequentemente temos que alinhá-lo para
atender às necessidades. Na tabela a seguir, verificamos os alinha-
mentos automáticos disponíveis na plataforma do Word.

GUIA PÁGINA TECLA DE


ALINHAMENTO
INICIAL ATALHO
Justificar (arruma a direito
e a esquerda de acordo Ctrl + J
com a margem

76
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Outros Recursos interessantes:


Alinhamento à direita Ctrl + G
GUIA ÍCONE FUNÇÃO
Centralizar o texto Ctrl + E
- Mudar Forma
Alinhamento à esquerda Ctrl + Q - Mudar cor de
Página inicial Fundo
- Mudar cor do
• Formatação de letras (Tipos e Tamanho)
texto
Presente em Fonte, na área de ferramentas no topo da área de
trabalho, é neste menu que podemos formatar os aspectos básicos
de nosso texto. Bem como: tipo de fonte, tamanho (ou pontuação),
- Inserir Tabelas
se será maiúscula ou minúscula e outros itens nos recursos auto- Inserir
- Inserir Imagens
máticos.

Verificação e cor-
Revisão
reção ortográfica
GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO

Tipo de letra
Arquivo Salvar
Tamanho
Excel
O Excel é um editor que permite a criação de tabelas para cál-
Aumenta / diminui tamanho culos automáticos, análise de dados, gráficos, totais automáticos,
dentre outras funcionalidades importantes, que fazem parte do dia
Recursos automáticos de caixa-altas a dia do uso pessoal e empresarial.
e baixas São exemplos de planilhas:
– Planilha de vendas;
Limpa a formatação – Planilha de custos.

Desta forma ao inserirmos dados, os valores são calculados au-


• Marcadores tomaticamente.
Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da se-
guinte forma: • Mas como é uma planilha de cálculo?
– Quando inseridos em alguma célula da planilha, os dados são
calculados automaticamente mediante a aplicação de fórmulas es-
pecíficas do aplicativo.
– A unidade central do Excel nada mais é que o cruzamento
entre a linha e a coluna. No exemplo coluna A, linha 2 ( A2 )

Podemos então utilizar na página inicial os botões para operar


diferentes tipos de marcadores automáticos:

– Podemos também ter o intervalo A1..B3

77
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

PowerPoint
O PowerPoint é um editor que permite a criação de apresenta-
ções personalizadas para os mais diversos fins. Existem uma série
de recursos avançados para a formatação das apresentações, aqui
veremos os princípios para a utilização do aplicativo.

• Área de Trabalho do PowerPoint

– Para inserirmos dados, basta posicionarmos o cursor na cé-


lula, selecionarmos e digitarmos. Assim se dá a iniciação básica de
uma planilha.

• Formatação células

Nesta tela já podemos aproveitar a área interna para escre-


ver conteúdos, redimensionar, mover as áreas delimitadas ou até
mesmo excluí-las. No exemplo a seguir, perceba que já movemos as
caixas, colocando um título na superior e um texto na caixa inferior,
também alinhamos cada caixa para ajustá-las melhor.

Perceba que a formatação dos textos é padronizada. O mesmo


• Fórmulas básicas tipo de padrão é encontrado para utilizarmos entre o PowerPoint, o
Word e o Excel, o que faz deles programas bastante parecidos, no que
ADIÇÃO =SOMA(célulaX;célulaY) diz respeito à formatação básica de textos. Confira no tópico referen-
te ao Word, itens de formatação básica de texto como: alinhamentos,
SUBTRAÇÃO =(célulaX-célulaY) tipos e tamanhos de letras, guias de marcadores e recursos gerais.
MULTIPLICAÇÃO =(célulaX*célulaY) Especificamente sobre o PowerPoint, um recurso amplamente
utilizado a guia Design. Nela podemos escolher temas que mudam
DIVISÃO =(célulaX/célulaY)
a aparência básica de nossos slides, melhorando a experiência no
trabalho com o programa.
• Fórmulas de comum interesse

MÉDIA (em um intervalo de


=MEDIA(célula X:célulaY)
células)
MÁXIMA (em um intervalo
=MAX(célula X:célulaY)
de células)
MÍNIMA (em um intervalo
=MIN(célula X:célulaY)
de células)

78
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Com o primeiro slide pronto basta duplicá-lo, obtendo vários Office 2013
no mesmo formato. Assim liberamos uma série de miniaturas, pe- A grande novidade do Office 2013 foi o recurso para explorar
las quais podemos navegador, alternando entre áreas de trabalho. a navegação sensível ao toque (TouchScreen), que está disponível
A edição em cada uma delas, é feita da mesma maneira, como já nas versões 32 e 64. Em equipamentos com telas sensíveis ao toque
apresentado anteriormente. (TouchScreen) pode-se explorar este recurso, mas em equipamen-
tos com telas simples funciona normalmente.
O Office 2013 conta com uma grande integração com a nuvem,
desta forma documentos, configurações pessoais e aplicativos po-
dem ser gravados no Skydrive, permitindo acesso através de smart-
fones diversos.

• Atualizações no Word
– O visual foi totalmente aprimorado para permitir usuários
trabalhar com o toque na tela (TouchScreen);
– As imagens podem ser editadas dentro do documento;
– O modo leitura foi aprimorado de modo que textos extensos
agora ficam disponíveis em colunas, em caso de pausa na leitura;
– Pode-se iniciar do mesmo ponto parado anteriormente;
– Podemos visualizar vídeos dentro do documento, bem como
editar PDF(s).

• Atualizações no Excel
– Além de ter uma navegação simplificada, um novo conjunto
de gráficos e tabelas dinâmicas estão disponíveis, dando ao usuário
melhores formas de apresentar dados.
– Também está totalmente integrado à nuvem Microsoft.

Percebemos agora que temos uma apresentação com quatro • Atualizações no PowerPoint
slides padronizados, bastando agora editá-lo com os textos que se – O visual teve melhorias significativas, o PowerPoint do Offi-
fizerem necessários. Além de copiar podemos mover cada slide de ce2013 tem um grande número de templates para uso de criação
uma posição para outra utilizando o mouse. de apresentações profissionais;
As Transições são recursos de apresentação bastante utilizados – O recurso de uso de múltiplos monitores foi aprimorado;
no PowerPoint. Servem para criar breves animações automáticas – Um recurso de zoom de slide foi incorporado, permitindo o
para passagem entre elementos das apresentações. destaque de uma determinada área durante a apresentação;
– No modo apresentador é possível visualizar o próximo slide
antecipadamente;
– Estão disponíveis também o recurso de edição colaborativa
de apresentações.

Office 2016
O Office 2016 foi um sistema concebido para trabalhar junta-
mente com o Windows 10. A grande novidade foi o recurso que
permite que várias pessoas trabalhem simultaneamente em um
mesmo projeto. Além disso, tivemos a integração com outras fer-
Tendo passado pelos aspectos básicos da criação de uma apre- ramentas, tais como Skype. O pacote Office 2016 também roda em
sentação, e tendo a nossa pronta, podemos apresentá-la bastando smartfones de forma geral.
clicar no ícone correspondente no canto inferior direito.
• Atualizações no Word
– No Word 2016 vários usuários podem trabalhar ao mesmo
tempo, a edição colaborativa já está presente em outros produtos,
mas no Word agora é real, de modo que é possível até acompanhar
quando outro usuário está digitando;
– Integração à nuvem da Microsoft, onde se pode acessar os
documentos em tablets e smartfones;
– É possível interagir diretamente com o Bing (mecanismo de
pesquisa da Microsoft, semelhante ao Google), para utilizar a pes-
Um último recurso para chamarmos atenção é a possibilidade quisa inteligente;
de acrescentar efeitos sonoros e interativos às apresentações, le- – É possível escrever equações como o mouse, caneta de to-
vando a experiência dos usuários a outro nível. que, ou com o dedo em dispositivos touchscreen, facilitando assim
a digitação de equações.

79
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Atualizações no Excel
– O Excel do Office 2016 manteve as funcionalidades dos ante-
riores, mas agora com uma maior integração com dispositivos mó-
veis, além de ter aumentado o número de gráficos e melhorado a
questão do compartilhamento dos arquivos.

• Atualizações no PowerPoint
– O PowerPoint 2016 manteve as funcionalidades dos ante-
riores, agora com uma maior integração com dispositivos moveis,
além de ter aumentado o número de templates melhorado a ques-
tão do compartilhamento dos arquivos;
– O PowerPoint 2016 também permite a inserção de objetos
3D na apresentação.

Office 2019
O OFFICE 2019 manteve a mesma linha da Microsoft, não hou-
ve uma mudança tão significativa. Agora temos mais modelos em
3D, todos os aplicativos estão integrados como dispositivos sensí-
veis ao toque, o que permite que se faça destaque em documentos.

• Atualizações no Word
– Houve o acréscimo de ícones, permitindo assim um melhor
desenvolvimento de documentos;

• Atualizações no PowerPoint
– Foram adicionadas a ferramenta transformar e a ferramenta
de zoom facilitando assim o desenvolvimento de apresentações;
– Inclusão de imagens 3D na apresentação.

– Outro recurso que foi implementado foi o “Ler em voz alta”.


Ao clicar no botão o Word vai ler o texto para você.

• Atualizações no Excel Office 365


– Foram adicionadas novas fórmulas e gráficos. Tendo como O Office 365 é uma versão que funciona como uma assinatura
destaque o gráfico de mapas que permite criar uma visualização de semelhante ao Netflix e Spotif. Desta forma não se faz necessário
algum mapa que deseja construir. sua instalação, basta ter uma conexão com a internet e utilizar o
Word, Excel e PowerPoint.

80
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Observações importantes: sua mensagem de forma textual no editor oferecido pelo cliente
– Ele é o mais atualizado dos OFFICE(s), portanto todas as me- de e-mail e endereçar este e-mail para um destinatário que possui
lhorias citadas constam nele; o formato “nome@dominio.com.br“. Quando clicamos em enviar,
– Sua atualização é frequente, pois a própria Microsoft é res- nosso cliente de e-mail conecta-se com o servidor de e-mail, comu-
ponsável por isso; nicando-se com o programa SMTP, entregando a mensagem a ser
– No nosso caso o Word, Excel e PowerPoint estão sempre enviada. A mensagem é dividida em duas partes: o nome do desti-
atualizados. natário (nome antes do @) e o domínio, i.e., a máquina servidora
de e-mail do destinatário (endereço depois do @). Com o domínio,
o servidor SMTP resolve o DNS, obtendo o endereço IP do servi-
CORREIO ELETRÔNICO: USO DE CORREIO ELETRÔNI- dor do e-mail do destinatário e comunicando-se com o programa
CO, PREPARO E ENVIO DE MENSAGENS, ANEXAÇÃO SMTP deste servidor, perguntando se o nome do destinatário existe
DE ARQUIVOS. naquele servidor. Se existir, a mensagem do remetente é entregue
ao servidor POP3 ou IMAP, que armazena a mensagem na caixa de
E-mail e-mail do destinatário.
O e-mail revolucionou o modo como as pessoas recebem men-
sagem atualmente1. Qualquer pessoa que tenha um e-mail pode Ações no correio eletrônico
mandar uma mensagem para outra pessoa que também tenha Independente da tecnologia e recursos empregados no correio
e-mail, não importando a distância ou a localização. eletrônico, em geral, são implementadas as seguintes funções:
Um endereço de correio eletrônico obedece à seguinte estru- – Caixa de Entrada: caixa postal onde ficam todos os e-mails
tura: à esquerda do símbolo @ (ou arroba) fica o nome ou apelido recebidos pelo usuário, lidos e não-lidos.
do usuário, à direita fica o nome do domínio que fornece o acesso. – Lixeira: caixa postal onde ficam todos os e-mails descarta-
O resultado é algo como: dos pelo usuário, realizado pela função Apagar ou por um ícone de
Lixeira. Em geral, ao descartar uma mensagem ela permanece na
maria@apostilassolucao.com.br lixeira, mas não é descartada, até que o usuário decida excluir as
mensagens definitivamente (este é um processo de segurança para
Atualmente, existem muitos servidores de webmail – correio garantir que um usuário possa recuperar e-mails apagados por en-
eletrônico – na Internet, como o Gmail e o Outlook. gano). Para apagar definitivamente um e-mail é necessário entrar,
Para possuir uma conta de e-mail nos servidores é necessário de tempos em tempos, na pasta de lixeira e descartar os e-mails
preencher uma espécie de cadastro. Geralmente existe um conjun- existentes.
to de regras para o uso desses serviços. – Nova mensagem: permite ao usuário compor uma mensa-
gem para envio. Os campos geralmente utilizados são:
Correio Eletrônico – Para: designa a pessoa para quem será enviado o e-mail. Em
Este método utiliza, em geral, uma aplicação (programa de cor- geral, pode-se colocar mais de um destinatário inserindo os e-mails
reio eletrônico) que permite a manipulação destas mensagens e um de destino separados por ponto-e-vírgula.
protocolo (formato de comunicação) de rede que permite o envio – CC (cópia carbono): designa pessoas a quem também repas-
e recebimento de mensagens2. Estas mensagens são armazenadas samos o e-mail, ainda que elas não sejam os destinatários principais
no que chamamos de caixa postal, as quais podem ser manipuladas da mensagem. Funciona com o mesmo princípio do Para.
por diversas operações como ler, apagar, escrever, anexar, arquivos – CCo (cópia carbono oculta): designa pessoas a quem repas-
e extração de cópias das mensagens. samos o e-mail, mas diferente da cópia carbono, quando os destina-
tários principais abrirem o e-mail não saberão que o e-mail também
Funcionamento básico de correio eletrônico foi repassado para os e-mails determinados na cópia oculta.
Essencialmente, um correio eletrônico funciona como dois pro- – Assunto: título da mensagem.
gramas funcionando em uma máquina servidora: – Anexos: nome dado a qualquer arquivo que não faça parte
– Servidor SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): protocolo de da mensagem principal e que seja vinculada a um e-mail para envio
transferência de correio simples, responsável pelo envio de men- ao usuário. Anexos, comumente, são o maior canal de propagação
sagens. de vírus e malwares, pois ao abrirmos um anexo, obrigatoriamente
– Servidor POP3 (Post Office Protocol – protocolo Post Office) ele será “baixado” para nosso computador e executado. Por isso,
ou IMAP (Internet Mail Access Protocol): protocolo de acesso de recomenda-se a abertura de anexos apenas de remetentes confiá-
correio internet), ambos protocolos para recebimento de mensa- veis e, em geral, é possível restringir os tipos de anexos que podem
gens. ser recebidos através de um e-mail para evitar propagação de vírus
e pragas. Alguns antivírus permitem analisar anexos de e-mails an-
Para enviar um e-mail, o usuário deve possuir um cliente de tes que sejam executados: alguns serviços de webmail, como por
e-mail que é um programa que permite escrever, enviar e receber exemplo, o Gmail, permitem analisar preliminarmente se um anexo
e-mails conectando-se com a máquina servidora de e-mail. Inicial- contém arquivos com malware.
mente, um usuário que deseja escrever seu e-mail, deve escrever – Filtros: clientes de e-mail e webmails comumente fornecem
a função de filtro. Filtros são regras que escrevemos que permitem
1 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20 que, automaticamente, uma ação seja executada quando um e-mail
Avan%E7ado.pdf cumpre esta regra. Filtros servem assim para realizar ações simples
2 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/11/correio-eletronico- e padronizadas para tornar mais rápida a manipulação de e-mails.
-webmail-e-mozilla-thunderbird/

81
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Por exemplo, imagine que queremos que ao receber um e-mail de “joao@blabla.com”, este e-mail seja diretamente descartado, sem apa-
recer para nós. Podemos escrever uma regra que toda vez que um e-mail com remetente “joao@blabla.com” chegar em nossa caixa de
entrada, ele seja diretamente excluído.

Respondendo uma mensagem


Os ícones disponíveis para responder uma mensagem são:
– Responder ao remetente: responde à mensagem selecionada para o autor dela (remetente).
– Responde a todos: a mensagem é enviada tanto para o autor como para as outras pessoas que estavam na lista de cópias.
– Encaminhar: envia a mensagem selecionada para outra pessoa.

Clientes de E-mail
Um cliente de e-mail é essencialmente um programa de computador que permite compor, enviar e receber e-mails a partir de um
servidor de e-mail, o que exige cadastrar uma conta de e-mail e uma senha para seu correto funcionamento. Há diversos clientes de e-mails
no mercado que, além de manipular e-mails, podem oferecer recursos diversos.
– Outlook: cliente de e-mails nativo do sistema operacional Microsoft Windows. A versão Express é uma versão mais simplificada e
que, em geral, vem por padrão no sistema operacional Windows. Já a versão Microsoft Outlook é uma versão que vem no pacote Microsoft
Office possui mais recursos, incluindo, além de funções de e-mail, recursos de calendário.
– Mozilla Thunderbird: é um cliente de e-mails e notícias Open Source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma criadora do
Mozilla Firefox).

Webmails
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que não necessita de instalação no computador do usuário, já que funciona como uma
página de internet, bastando o usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com seu login e senha. Desta forma, o usuário ganha
mobilidade já que não necessita estar na máquina em que um cliente de e-mail está instalado para acessar seu e-mail. A desvantagem da
utilização de webmails em comparação aos clientes de e-mail é o fato de necessitarem de conexão de Internet para leitura dos e-mails,
enquanto nos clientes de e-mail basta a conexão para “baixar” os e-mails, sendo que a posterior leitura pode ser realizada desconectada
da Internet.
Exemplos de servidores de webmail do mercado são:
– Gmail
– Yahoo!Mail
– Microsoft Outlook: versão on-line do Outlook. Anteriormente era conhecido como Hotmail, porém mudou de nome quando a Mi-
crosoft integrou suas diversas tecnologias.

3 https://support.microsoft.com/pt-br/office/ler-e-enviar-emails-na-vers%C3%A3o-light-do-outlook-582a8fdc-152c-4b61-85fa-ba5ddf07050b

82
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Diferença entre webmail e correio eletrônico


O webmail (Yahoo ou Gmail) você acessa através de seu navegador (Firefox ou Google Chrome) e só pode ler conectado na internet.
Já o correio eletrônico (Thunderbird ou Outlook) você acessa com uma conexão de internet e pode baixar seus e-mails, mas depois pode
ler na hora que quiser sem precisar estar conectado na internet.

INTERNET: NAVEGAÇÃO NA INTERNET, CONCEITOS DE URL, LINKS, SITES, BUSCA E IMPRESSÃO DE PÁGINAS.

Navegação e navegadores da Internet

• Internet
É conhecida como a rede das redes. A internet é uma coleção global de computadores, celulares e outros dispositivos que se comu-
nicam.

• Procedimentos de Internet e intranet


Através desta conexão, usuários podem ter acesso a diversas informações, para trabalho, laser, bem como para trocar mensagens,
compartilhar dados, programas, baixar documentos (download), etc.

4 https://www.dialhost.com.br/ajuda/abrir-uma-nova-janela-para-escrever-novo-email

83
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Sites
Uma coleção de páginas associadas a um endereço www. é chamada web site. Através de navegadores, conseguimos acessar web
sites para operações diversas.

• Links
O link nada mais é que uma referência a um documento, onde o usuário pode clicar. No caso da internet, o Link geralmente aponta
para uma determinada página, pode apontar para um documento qualquer para se fazer o download ou simplesmente abrir.

Dentro deste contexto vamos relatar funcionalidades de alguns dos principais navegadores de internet: Microsoft Internet Explorer,
Mozilla Firefox e Google Chrome.

Internet Explorer 11

• Identificar o ambiente

O Internet Explorer é um navegador desenvolvido pela Microsoft, no qual podemos acessar sites variados. É um navegador simplifi-
cado com muitos recursos novos.
Dentro deste ambiente temos:
– Funções de controle de privacidade: Trata-se de funções que protegem e controlam seus dados pessoais coletados por sites;
– Barra de pesquisas: Esta barra permite que digitemos um endereço do site desejado. Na figura temos como exemplo: https://www.
gov.br/pt-br/
– Guias de navegação: São guias separadas por sites aberto. No exemplo temos duas guias sendo que a do site https://www.gov.br/
pt-br/ está aberta.
– Favoritos: São pastas onde guardamos nossos sites favoritos
– Ferramentas: Permitem realizar diversas funções tais como: imprimir, acessar o histórico de navegação, configurações, dentre ou-
tras.

Desta forma o Internet Explorer 11, torna a navegação da internet muito mais agradável, com textos, elementos gráficos e vídeos que
possibilitam ricas experiências para os usuários.

• Características e componentes da janela principal do Internet Explorer

84
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

3 Botão atualizar a página

4 Voltar para a página inicial do Firefox

5 Barra de Endereços
À primeira vista notamos uma grande área disponível para vi-
6 Ver históricos e favoritos
sualização, além de percebemos que a barra de ferramentas fica
automaticamente desativada, possibilitando uma maior área de
Mostra um painel sobre os favoritos (Barra,
exibição. 7
Menu e outros)
Vamos destacar alguns pontos segundo as indicações da figura: Sincronização com a conta FireFox (Vamos
8
1. Voltar/Avançar página detalhar adiante)
Como o próprio nome diz, clicando neste botão voltamos pági- Mostra menu de contexto com várias op-
na visitada anteriormente; 9
ções
2. Barra de Endereços – Sincronização Firefox: Ato de guardar seus dados pessoais na
Esta é a área principal, onde digitamos o endereço da página internet, ficando assim disponíveis em qualquer lugar. Seus dados
procurada; como: Favoritos, históricos, Endereços, senhas armazenadas, etc.,
sempre estarão disponíveis em qualquer lugar, basta estar logado
3. Ícones para manipulação do endereço da URL com o seu e-mail de cadastro. E lembre-se: ao utilizar um computa-
Estes ícones são pesquisar, atualizar ou fechar, dependendo da dor público sempre desative a sincronização para manter seus da-
situação pode aparecer fechar ou atualizar. dos seguros após o uso.
4. Abas de Conteúdo Google Chrome
São mostradas as abas das páginas carregadas.

5. Página Inicial, favoritos, ferramentas, comentários

6. Adicionar à barra de favoritos

Mozila Firefox

O Chrome é o navegador mais popular atualmente e disponi-


biliza inúmeras funções que, por serem ótimas, foram implementa-
das por concorrentes.
Vejamos:

• Sobre as abas
Vamos falar agora do funcionamento geral do Firefox, objeto
No Chrome temos o conceito de abas que são conhecidas tam-
de nosso estudo:
bém como guias. No exemplo abaixo temos uma aba aberta, se qui-
sermos abrir outra para digitar ou localizar outro site, temos o sinal
(+).
A barra de endereços é o local em que se digita o link da página
visitada. Uma outra função desta barra é a de busca, sendo que ao
digitar palavras-chave na barra, o mecanismo de busca do Google é
acionado e exibe os resultados.

Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

85
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Histórico
Vejamos de acordo com os símbolos da imagem: O Histórico no Chrome funciona de maneira semelhante ao
Firefox. Ele armazena os endereços dos sites visitados e, para aces-
sá-lo, podemos clicar em Histórico no menu, ou utilizar atalho do
1 Botão Voltar uma página teclado Ctrl + H. Neste caso o histórico irá abrir em uma nova aba,
onde podemos pesquisá-lo por parte do nome do site ou mesmo
2 Botão avançar uma página dia a dia se preferir.

3 Botão atualizar a página

4 Barra de Endereço.

5 Adicionar Favoritos

6 Usuário Atual
Exibe um menu de contexto que iremos relatar
7
seguir.

O que vimos até aqui, são opções que já estamos acostuma-


dos ao navegar na Internet, mesmo estando no Ubuntu, percebe-
mos que o Chrome é o mesmo navegador, apenas está instalado
em outro sistema operacional. Como o Chrome é o mais comum
atualmente, a seguir conferimos um pouco mais sobre suas funcio-
nalidades.

• Favoritos
No Chrome é possível adicionar sites aos favoritos. Para adi- • Pesquisar palavras
cionar uma página aos favoritos, clique na estrela que fica à direita Muitas vezes ao acessar um determinado site, estamos em
da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido, e busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso, utilizamos
pronto. o atalho do teclado Ctrl + F para abrir uma caixa de texto na qual
Por padrão, o Chrome salva seus sites favoritos na Barra de Fa- podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado.
voritos, mas você pode criar pastas para organizar melhor sua lista.
Para removê-lo, basta clicar em excluir. • Salvando Textos e Imagens da Internet
Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão
direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.

• Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de algum
site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.). Nes-
te caso, o Chrome possui um item no menu, onde podemos ver o
progresso e os downloads concluídos.

86
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Sincronização
Uma nota importante sobre este tema: A sincronização é importante para manter atualizadas nossas operações, desta forma, se por
algum motivo trocarmos de computador, nossos dados estarão disponíveis na sua conta Google.
Por exemplo:
– Favoritos, histórico, senhas e outras configurações estarão disponíveis.
– Informações do seu perfil são salvas na sua Conta do Google.

No canto superior direito, onde está a imagem com a foto do usuário, podemos clicar no 1º item abaixo para ativar e desativar.

Safari

O Safari é o navegador da Apple, e disponibiliza inúmeras funções implementadas.

87
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Vejamos:

• Guias

– Para abrirmos outras guias podemos simplesmente teclar CTRL + T ou

Vejamos os comandos principais de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Barra de Endereço.

5 Adicionar Favoritos

6 Ajustes Gerais

7 Menus para a página atual.

8 Lista de Leitura

Perceba que o Safari, como os outros, oferece ferramentas bastante comuns.


Vejamos algumas de suas funcionalidades:

• Lista de Leitura e Favoritos


No Safari é possível adicionar sites à lista de leitura para posterior consulta, ou aos favoritos, caso deseje salvar seus endereços. Para
adicionar uma página, clique no “+” a que fica à esquerda da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido e pronto.
Por padrão, o Safari salva seus sites na lista de leitura, mas você pode criar pastas para organizar melhor seus favoritos. Para removê-lo,
basta clicar em excluir.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de um al-
gum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.).
Neste caso, o Safari possui um item no menu onde podemos ver o
progresso e os downloads concluídos.

• Histórico e Favoritos

QUESTÕES

1. (CESP -UERN) Na suíte Microsoft Office, o aplicativo


(A) Excel é destinado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô-
nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção
de textos organizados por linhas e colunas identificadas por nú-
meros e letras.
(B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração
e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT.
(C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é
útil na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos
que o Excel.
(D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa-
gens de correio eletrônico.
(E) Outlook é utilizado, por usuários cadastrados, para o envio
• Pesquisar palavras e recebimento de páginas web.
Muitas vezes, ao acessar um determinado site, estamos em
busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso utilizamos o 2. (FUNDEP – UFVJM-MG) Assinale a alternativa que apresenta
atalho do teclado Ctrl + F, para abrir uma caixa de texto na qual po- uma ação que não pode ser realizada pelas opções da aba “Página
demos digitar parte do que procuramos, e será localizado. Inicial” do Word 2010.
(A) Definir o tipo de fonte a ser usada no documento.
• Salvando Textos e Imagens da Internet (B) Recortar um trecho do texto para incluí-lo em outra parte
Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão do documento.
direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta. (C) Definir o alinhamento do texto.
(D) Inserir uma tabela no texto

3. (CESPE – TRE-AL) Considerando a janela do PowerPoint 2002


ilustrada abaixo julgue os itens a seguir, relativos a esse aplicativo.

89
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A apresentação ilustrada na janela contém 22 slides ?. ( ) Mensagens de e-mail não desejadas e enviadas em massa
para múltiplas pessoas.
( ) Uma das duas seções principais das mensagens de e-mail.
A alternativa CORRETA para a correspondência entre colunas é:
(A) 1, 2, 3, 4.
(B) 3, 1, 2, 4.
(C) 2, 1, 4, 3.
(D) 2, 4, 1, 3.
(E) 1, 3, 4, 2.
( ) CERTO
( ) ERRADO 9. (PREFEITURA DE BRASÍLIA DE MINAS/MG - ENGENHEIRO
AMBIENTAL - COTEC/2020) LEIA as afirmações a seguir:
4. (CESPE – CAIXA) O PowerPoint permite adicionar efeitos so- I - É registrada a data e a hora de envio da mensagem.
noros à apresentação em elaboração. II - As mensagens devem ser lidas periodicamente para não
( ) CERTO acumular.
( ) ERRADO III - Não indicado para assuntos confidenciais.
IV - Utilizada para comunicações internacionais e regionais,
5. (VUNESP-2019 – SEDUC-SP) Na rede mundial de computado- economizando despesas com telefone e evitando problemas com
res, Internet, os serviços de comunicação e informação são disponi- fuso horário.
bilizados por meio de endereços e links com formatos padronizados V - As mensagens podem ser arquivadas e armazenadas, per-
URL (Uniform Resource Locator). Um exemplo de formato de ende- mitindo-se fazer consultas posteriores.
reço válido na Internet é: São vantagens do correio eletrônico aquelas dispostas em ape-
(A) http:@site.com.br nas:
(B) HTML:site.estado.gov (A) I, IV e V.
(C) html://www.mundo.com (B) I, III e IV.
(D) https://meusite.org.br (C) II, III e V.
(E) www.#social.*site.com (D) II, IV e V.
(E) III, IV e V.
6. (IBASE PREF. DE LINHARES – ES) Quando locamos servido-
res e armazenamento compartilhados, com software disponível e 10. (FITO - TÉCNICO EM GESTÃO - VUNESP/2020) Um usuário,
localizados em Data-Centers remotos, aos quais não temos acesso ao preparar um e-mail e não enviá-lo imediatamente, pode, para
presencial, chamamos esse serviço de: não perder o trabalho feito, salvar o e-mail para envio posterior-
(A) Computação On-Line. mente.
(B) Computação na nuvem. O recurso que permite salvar um e-mail ainda não enviado é
(C) Computação em Tempo Real. (A) Favorito.
(D) Computação em Block Time. (B) Lembrete.
(E) Computação Visual (C) Acompanhamento.
(D) Rascunho.
7. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e modos (E) Marcas.
de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimen-
tos associados à Internet, julgue o próximo item. 11. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7 e
Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Inter- Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura não exe-
net para diversas finalidades, ainda não é possível extrair apenas o cuta?
áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, por exemplo, no (A) Capturar qualquer item da área de trabalho.
Youtube (http://www.youtube.com). (B) Capturar uma imagem a partir de um scanner.
( ) CERTO (C) Capturar uma janela inteira
( ) ERRADO (D) Capturar uma seção retangular da tela.
(E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse ou
8. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE ADMI- uma caneta eletrônica
NISTRATIVO - COTEC/2020) Em observação aos conceitos e compo-
nentes de e-mail, faça a relação da denominação de item, presente 12. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 8,
na 1.ª coluna, com a sua definição, na 2.ª coluna. assinale a alternativa INCORRETA:
Item (A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são desenvolvidos
1- Spam pela Microsoft.
2- IMAP (B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na interfa-
3- Cabeçalho ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está sem-
4- Gmail pre visível ao usuário.
Definição (C) É possível executar aplicativos desenvolvidos para Windows
( ) Protocolo de gerenciamento de correio eletrônico. 7 dentro do Windows 8.
( ) Um serviço gratuito de webmail.

90
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

(D) O Windows 8 possui um antivírus próprio, denominado ___________________________________________


Kapersky.
___________________________________________
(E) O Windows 7 possui versões direcionadas para computado-
res x86 e 64 bits. ___________________________________________
___________________________________________
GABARITO ___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
1 A
___________________________________________
2 D
___________________________________________
3 CERTO ___________________________________________
4 CERTO ___________________________________________
5 D ___________________________________________
6 B ___________________________________________
7 ERRADO ___________________________________________
8 D ___________________________________________
9 A ___________________________________________
10 D ___________________________________________
11 B
___________________________________________
___________________________________________
12 D
___________________________________________
___________________________________________
ANOTAÇÕES ___________________________________________
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91
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente Escolar

CONSTITUIÇÃO FEDERAL: ARTIGO 5.º, INCISOS I A X, ARTIGOS 205, 206, 208, 211 , 213, 214, 227, 228, 229 E
XII, XLII, XLIII 230

TÍTULO II – Educação
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS A educação é tratada nos artigos 205 a 214, da Constituição.
Constituindo-se em um direito de todos e um dever do Estado e da
CAPÍTULO I família, a educação visa ao desenvolvimento da pessoa, seu prepa-
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS ro para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de – Organização dos Sistemas de Ensino
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros Prevê o Art. 211, da CF, que: A União, os Estados, o Distrito Fe-
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à deral e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: sistemas de ensino.
I- homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição;
II- ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coi- ENTE FEDERADO ÂMBITO DE ATUAÇÃO
sa senão em virtude de lei; (PRIORITÁRIA)
III- ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desu- União Ensino superior e técnico
mano ou degradante;
IV- é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o ano- Estados e DF Ensino fundamental e médio
nimato; Municípios Educação infantil e ensino
V- é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, fundamental
além da indenização por dano material, moral ou à imagem; https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:Zf8RGtlp-
VI- é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo QiwJ:https://www.grancursosonline.com.br/download-demonstrativo/
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na for- download-aula-pdf-demo/codigo/47mLWGgdrdc%253D+&cd=3&hl=p-
ma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; t-BR&ct=clnk&gl=b
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; CAPÍTULO III
VIII- ninguém será privado de direitos por motivo de crença re- DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
ligiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir SEÇÃO I
prestação alternativa, fixada em lei; DA EDUCAÇÃO
IX - é livre a expressão de atividade intelectual, artística, cientí-
fica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a ima- família, será promovida e incentivada com a colaboração da socie-
gem das pessoas, assegurado o direito à indenização por dano ma- dade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo
terial ou moral decorrente de sua violação; para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
( ) Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes
XII- é inviolável o sigilo da correspondência e das comunica- princípios:
ções telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, I - igualdade de condições para o acesso e permanência na es-
no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a cola;
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução pro- II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pen-
cessual penal; samento, a arte e o saber;
( ) III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexis-
XLII- a prática do racismo constitui crime inafiançável e impres- tência de instituições públicas e privadas de ensino;
critível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
XLIII- a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de V - valorização dos profissionais da educação escolar, garanti-
graça ou anistia a prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecen- dos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamen-
tes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hedion- te por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
dos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
podendo evitá-los, se omitirem; VII - garantia de padrão de qualidade.

93
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da § 7º O padrão mínimo de qualidade de que trata o § 1º deste
educação escolar pública, nos termos de lei federal. artigo considerará as condições adequadas de oferta e terá como
IX - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo referência o Custo Aluno Qualidade (CAQ), pactuados em regime de
da vida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) colaboração na forma disposta em lei complementar, conforme o
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalha- parágrafo único do art. 23 desta Constituição. (Incluído pela Emen-
dores considerados profissionais da educação básica e sobre a fi- da Constitucional nº 108, de 2020)
xação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de ( )
carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas pú-
Municípios. blicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais
( ) ou filantrópicas, definidas em lei, que:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado me- I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus exce-
diante a garantia de: dentes financeiros em educação;
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola
(dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no
para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; caso de encerramento de suas atividades.
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; § 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser
III - atendimento educacional especializado aos portadores de destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede
(cinco) anos de idade; pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua
criação artística, segundo a capacidade de cada um; rede na localidade.
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições § 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo
do educando; e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da edu- instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber
cação básica, por meio de programas suplementares de material apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. Constitucional nº 85, de 2015)
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de
subjetivo. duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de
§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos,
Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da metas e estratégias de implementação para assegurar a manuten-
autoridade competente. ção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas
§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos
ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais das diferentes esferas federativas que conduzam a:
ou responsáveis, pela frequência à escola. I - erradicação do analfabetismo;
( ) II - universalização do atendimento escolar;
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios III - melhoria da qualidade do ensino;
organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. IV - formação para o trabalho;
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos
e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e em educação como proporção do produto interno bruto.
supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades ( )
educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante
assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e Família, Criança, Adolescente e Idoso
aos Municípios;
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino – Família
fundamental e na educação infantil. É importante nos atentarmos, qual abrangente o conceito do
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente termo “família”, já que engloba combinações mais amplas (uniões
no ensino fundamental e médio. plúrimas, homoafetivas etc.), não previstas no texto constitucional.
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de co- – Criança e Adolescente
laboração, de forma a assegurar a universalização, a qualidade e a Quanto à criança e ao adolescente, deve-se dar atenção espe-
equidade do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda Cons- cial para a responsabilização por atos infracionais.
titucional nº 108, de 2020) Além disso, o tema relativo ao jovem, apesar de não ser muito
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao cobrado, chama-se a atenção apenas ao plano nacional da juventu-
ensino regular. de e sua duração.
§ 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
exercerão ação redistributiva em relação a suas escolas. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

94
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

– Idoso § 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou


Por fim, o idoso tem repercussões relevantes na jurisprudência por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas
e na interpretação de algumas leis, como é o caso do Estatuto do quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Idoso. § 7º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente
levar-se- á em consideração o disposto no art. 204.
CAPÍTULO VII § 8º A lei estabelecerá:
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos
DO IDOSO jovens;
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegu- à articulação das várias esferas do poder público para a execução
rar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta priorida- de políticas públicas.
de, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade anos, sujeitos às normas da legislação especial.
e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os
crueldade e opressão. pais na velhice, carência ou enfermidade.
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de am-
à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a parar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comuni-
participação de entidades não governamentais, mediante políticas dade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o
específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: direito à vida.
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à § 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados
saúde na assistência materno-infantil; preferencialmente em seus lares.
II - criação de programas de prevenção e atendimento especia- § 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a
lizado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou gratuidade dos transportes coletivos urbanos.
mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem
portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e
a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coleti-
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO: ARTIGOS
vos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as
6.º, 7.º, 119 E 227
formas de discriminação.
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros TÍTULO II
e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas
portadoras de deficiência. CAPÍTULO I
§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, ( )
observado o disposto no art. 7º, XXXIII; Artigo 6º - O Município de São Paulo é a Capital do Estado.
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; Artigo 7º - São símbolos do Estado a bandeira, o brasão de ar-
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à mas e o hino.
escola; ( )
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de
ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica SEÇÃO II
por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar DAS OBRAS, SERVIÇOS PÚBLICOS, COMPRAS E ALIENAÇÕES
específica; ( )
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e Artigo 119 - Os serviços concedidos ou permitidos ficarão sem-
respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quan- pre sujeitos à regulamentação e fiscalização do Poder Público e po-
do da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade; derão ser retomados quando não atendam satisfatoriamente aos
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, in- seus fins ou às condições do contrato.
centivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a Parágrafo único - Os serviços de que trata este artigo não serão
forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado; subsidiados pelo Poder Público, em qualquer medida, quando pres-
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à tados por particulares.
criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes ( )
e drogas afins.
§ 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração
sexual da criança e do adolescente.
§ 5º A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da
lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte
de estrangeiros.

95
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TÍTULO VII d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas rela-


DA ORDEM SOCIAL cionadas com a proteção à infância e à juventude.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qual-
SEÇÃO II quer forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
DA SAÚDE crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado,
por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Artigo 227 - O Estado incentivará e auxiliará os Órgãos Públicos Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins
e entidades filantrópicas de estudos, pesquisa e combate ao câncer, sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos
constituídos na forma da lei, respeitando a sua autonomia e inde- e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e
pendência de atuação científica. do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
( )
LEI FEDERAL N.º 8.069, DE 17 DE JULHO DE 1990 (ECA): CAPÍTULO II
ARTIGOS 1.º AO 6.º, 15 AO 18, 53 AO 59, 70 A 73 E 136 DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE

LEI FEDERAL Nº 8.069/1990 Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao
respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de de-
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá ou- senvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais
tras providências. garantidos na Constituição e nas leis.
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspec-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Na- tos:
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: I-ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitá-
rios, ressalvadas as restrições legais;
TÍTULO I II-opinião e expressão;
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES III-crença e culto religioso;
IV-brincar, praticar esportes e divertir-se;
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao V-participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
adolescente. VI-participar da vida política, na forma da lei;
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa VII-buscar refúgio, auxílio e orientação.
até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da inte-
doze e dezoito anos de idade. gridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abran-
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excep- gendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos
cionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
anos de idade. Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano,
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da prote- violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
ção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educa-
por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de dos e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel
lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou
social, em condições de liberdade e de dignidade. qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de
todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de
situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (Incluído pela Lei
deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, nº 13.010, de 2014)
condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: (Incluído
outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comuni- pela Lei nº 13.010, de 2014)
dade em que vivem. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) I-castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplica-
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em da com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efe- resulte em: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
tivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à edu- a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
cação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignida- b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
de, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. II-tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: tratamento em relação à criança ou ao adolescente que: (Incluído
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer cir- pela Lei nº 13.010, de 2014)
cunstâncias; a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de re- b) ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de
levância pública; 2014)
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
públicas;

96
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os res- VI-oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
ponsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioeduca- adolescente trabalhador;
tivas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de VII-atendimento no ensino fundamental, através de programas
adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem suplementares de material didático-escolar, transporte, alimenta-
castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de ção e assistência à saúde.
correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão §1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público
sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes me- subjetivo.
didas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: (In- §2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder pú-
cluído pela Lei nº 13.010, de 2014) blico ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autorida-
I-encaminhamento a programa oficial ou comunitário de prote- de competente.
ção à família; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) §3º Compete ao poder público recensear os educandos no en-
II-encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; sino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) responsável, pela frequ ência à escola.
III-encaminhamento a cursos ou programas de orientação; (In- Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular
cluído pela Lei nº 13.010, de 2014) seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
IV-obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializa- Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino funda-
do; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) mental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
V-advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) I-maus-tratos envolvendo seus alunos;
VI-garantia de tratamento de saúde especializado à vítima. (In- II-reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgota-
cluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência dos os recursos escolares;
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão apli- III-elevados níveis de repetência.
cadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e
legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo, metodo-
( ) logia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e ado-
CAPÍTULO IV lescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.
DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E AO Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores cul-
LAZER turais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, vi- e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o
sando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o acesso às fontes de cultura.
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando- Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, es-
-se-lhes: timularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para pro-
I-igualdade de condições para o acesso e permanência na es- gramações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância
cola; e a juventude.
II-direito de ser respeitado por seus educadores; ( )
III-direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer
às instâncias escolares superiores; TÍTULO III
IV-direito de organização e participação em entidades estudan- DA PREVENÇÃO
tis;
V-acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residên- CAPÍTULO I
cia, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que DISPOSIÇÕES GERAIS
frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.
(Redação dada pela Lei nº 13.845, de 2019) Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência violação dos direitos da criança e do adolescente.
do processo pedagógico, bem como participar da definição das pro- Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
postas educacionais. pios deverão atuar de forma articulada na elaboração de políticas
Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e agremia- públicas e na execução de ações destinadas a coibir o uso de castigo
ções recreativas e de estabelecimentos congêneres assegurar me- físico ou de tratamento cruel ou degradante e difundir formas não
didas de conscientização, prevenção e enfrentamento ao uso ou de- violentas de educação de crianças e de adolescentes, tendo como
pendência de drogas ilícitas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) principais ações: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: I-a promoção de campanhas educativas permanentes para a di-
I-ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os vulgação do direito da criança e do adolescente de serem educados
que a ele não tiveram acesso na idade própria; e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou
II-progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao en- degradante e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos;
sino médio; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
III-atendimento educacional especializado aos portadores de II-a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do Ministério
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; Público e da Defensoria Pública, com o Conselho Tutelar, com os
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente e com as en-
a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016) tidades não governamentais que atuam na promoção, proteção e
V-acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da defesa dos direitos da criança e do adolescente; (Incluído pela Lei
criação artística, segundo a capacidade de cada um; nº 13.010, de 2014)

97
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

III-a formação continuada e a capacitação dos profissionais de XIII-o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de
saúde, educação e assistência social e dos demais agentes que atu- ensino, dos conteúdos relativos à prevenção, à identificação e à res-
am na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do posta à violência doméstica e familiar. (Incluído pela Lei nº 14.344,
adolescente para o desenvolvimento das competências necessárias de 2022) Vigência
à prevenção, à identificação de evidências, ao diagnóstico e ao en- Parágrafo único. As famílias com crianças e adolescentes com
frentamento de todas as formas de violência contra a criança e o deficiência terão prioridade de atendimento nas ações e políticas
adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) públicas de prevenção e proteção. (Incluído pela Lei nº 13.010, de
IV-o apoio e o incentivo às práticas de resolução pacífica de 2014)
conflitos que envolvam violência contra a criança e o adolescente; Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que atuem nas
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) áreas da saúde e da educação, além daquelas às quais se refere
V-a inclusão, nas políticas públicas, de ações que visem a garan- o art. 71 desta Lei, entre outras, devem contar, em seus quadros,
tir os direitos da criança e do adolescente, desde a atenção pré-na- com pessoas capacitadas a reconhecer e a comunicar ao Conselho
tal, e de atividades junto aos pais e responsáveis com o objetivo de Tutelar suspeitas ou casos de crimes praticados contra a criança e o
promover a informação, a reflexão, o debate e a orientação sobre adolescente. (Redação dada pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
alternativas ao uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou de- Parágrafo único. São igualmente responsáveis pela comunica-
gradante no processo educativo; (Incluído pela Lei nº 13.010, de ção de que trata este artigo, as pessoas encarregadas, por razão de
2014) cargo, função, ofício, ministério, profissão ou ocupação, do cuidado,
VI-a promoção de espaços intersetoriais locais para a articula- assistência ou guarda de crianças e adolescentes, punível, na forma
ção de ações e a elaboração de planos de atuação conjunta focados deste Estatuto, o injustificado retardamento ou omissão, culposos
nas famílias em situação de violência, com participação de profis- ou dolosos. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014)
sionais de saúde, de assistência social e de educação e de órgãos de Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação,
promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adoles- cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e servi-
cente. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) ços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvol-
VII-a promoção de estudos e pesquisas, de estatísticas e de ou- vimento.
tras informações relevantes às consequências e à frequência das Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem da pre-
formas de violência contra a criança e o adolescente para a sistema- venção especial outras decorrentes dos princípios por ela adotados.
tização de dados nacionalmente unificados e a avaliação periódica Art. 73. A inobservância das normas de prevenção importará
dos resultados das medidas adotadas; (Incluído pela Lei nº 14.344, em responsabilidade da pessoa física ou jurídica, nos termos desta
de 2022) Vigência Lei.
VIII-o respeito aos valores da dignidade da pessoa humana, de ( )
forma a coibir a violência, o tratamento cruel ou degradante e as CAPÍTULO II
formas violentas de educação, correção ou disciplina; (Incluído pela DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO
Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
IX-a promoção e a realização de campanhas educativas direcio- Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
nadas ao público escolar e à sociedade em geral e a difusão desta I-atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas
Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das crian- nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a
ças e dos adolescentes, incluídos os canais de denúncia existentes; VII;
(Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência II-atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as
X-a celebração de convênios, de protocolos, de ajustes, de ter- medidas previstas no art. 129, I a VII;
mos e de outros instrumentos de promoção de parceria entre ór- III-promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
gãos governamentais ou entre estes e entidades não governamen- a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação,
tais, com o objetivo de implementar programas de erradicação da serviço social, previdência, trabalho e segurança;
violência, de tratamento cruel ou degradante e de formas violentas b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de des-
de educação, correção ou disciplina; (Incluído pela Lei nº 14.344, de cumprimento injustificado de suas deliberações.
2022) Vigência IV-encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que cons-
XI-a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da titua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança
Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros, dos profissionais nas ou adolescente;
escolas, dos Conselhos Tutelares e dos profissionais pertencentes V-encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua compe-
aos órgãos e às áreas referidos no inciso II deste caput, para que tência;
identifiquem situações em que crianças e adolescentes vivenciam VI-providenciar a medida estabelecida pela autoridade judici-
violência e agressões no âmbito familiar ou institucional; (Incluído ária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente
pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência autor de ato infracional;
XII-a promoção de programas educacionais que disseminem VII-expedir notificações;
valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana, VIII-requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou
bem como de programas de fortalecimento da parentalidade po- adolescente quando necessário;
sitiva, da educação sem castigos físicos e de ações de prevenção e IX-assessorar o Poder Executivo local na elaboração da propos-
enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a criança e ta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direi-
o adolescente; (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência tos da criança e do adolescente;

98
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

X-representar, em nome da pessoa e da família, contra a viola-


ção dos direitos previstos no art. 220,§3º, inciso II, da Constituição LEI MUNICIPAL N.º 5.507/03 - DISPÕE SOBRE O
Federal ; CONSELHO DE ESCOLA
XI-representar ao Ministério Público para efeito das ações de
perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibili- LEI Nº 5507 DE 25 DE JUNHO DE 2003
dades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família
natural. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência DISPÕE SOBRE O FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE ESCOLA
XII-promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profis- DAS ESCOLAS MUNICIPAIS, E DETERMINA OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
sionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento
de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. (Incluído O PREFEITO MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZES, FAÇO SABER
pela Lei nº 13.046, de 2014) QUE A CÂMARA MUNICIPAL DECRETA E EU PROMULGO A SEGUIN-
XIII-adotar, na esfera de sua competência, ações articuladas TE LEI:
e efetivas direcionadas à identificação da agressão, à agilidade no
atendimento da criança e do adolescente vítima de violência do- Art. 1º Esta lei dispõe sobre o funcionamento do Conselho de
méstica e familiar e à responsabilização do agressor; (Incluído pela Escola nas Escolas da rede municipal de ensino.
Lei nº 14.344, de 2022) Vigência Art. 2º O Conselho de Escola, órgão colegiado de natureza con-
XIV-atender à criança e ao adolescente vítima ou testemunha sultiva e deliberativa, eleito anualmente até o termino do primeiro
de violência doméstica e familiar, ou submetido a tratamento cruel mês letivo, terá seu numero de membros proporcional ao numero
ou degradante ou a formas violentas de educação, correção ou dis- de alunos matriculados na Unidade Escolar, num total de 5% (cinco
ciplina, a seus familiares e a testemunhas, de forma a prover orien- por cento) do numero de alunos, até o maximo de 20 (vinte) mem-
tação e aconselhamento acerca de seus direitos e dos encaminha- bros.
mentos necessários; (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência Parágrafo Único - As Escolas Municipais Rurais contarão com
XV-representar à autoridade judicial ou policial para requerer um Conselho de Escola composto por, no mínimo, 4 (quatro) mem-
o afastamento do agressor do lar, do domicílio ou do local de con- bros.
vivência com a vítima nos casos de violência doméstica e familiar Art. 3º O Conselho de Escola será composto por 2 (dois) seg-
contra a criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº 14.344, de mentos e obedecerá a seguinte proporcionalidade:
2022) Vigência I - 1º segmento 50% (cinqüenta por cento) de docentes e espe-
XVI-representar à autoridade judicial para requerer a conces- cialistas de educação e demais funcionários;
são de medida protetiva de urgência à criança ou ao adolescente II - 2º segmento: 25% (vinte e cinco por cento) de pais de alu-
vítima ou testemunha de violência doméstica e familiar, bem como nos e 25% (vinte e cinco por cento) de alunos.
a revisão daquelas já concedidas; (Incluído pela Lei nº 14.344, de § 1º Os integrantes dos dois segmentos ao Conselho de Escola,
2022) Vigência serão escolhidos entre seus pares por meio de processo eletivo.
XVII-representar ao Ministério Público para requerer a propo- § 2º Em cada segmento, os dois mais voltados, logo depois dos
situra de ação cautelar de antecipação de produção de prova nas eleitos, assumem a condição de suplentes, substituindo os mem-
causas que envolvam violência contra a criança e o adolescente; bros efetivos em suas ausências e impedimentos.
(Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência § 3º O suplente, na presença do titular, poderá participar das
XVIII-tomar as providências cabíveis, na esfera de sua compe- reuniões do Conselho de Escola, com direito a voz, mas sem direito
tência, ao receber comunicação da ocorrência de ação ou omissão, a voto.
praticada em local público ou privado, que constitua violência do- § 4º No caso de vacância, o Conselheiro será substituído, ime-
méstica e familiar contra a criança e o adolescente; (Incluído pela diatamente, pelo suplente, Na inexistência deste, será empossado
Lei nº 14.344, de 2022) Vigência o candidato que obtiver maior numero de votos após os eleitos,
XIX-receber e encaminhar, quando for o caso, as informações conservada a vinculação da representatividade.
reveladas por noticiantes ou denunciantes relativas à prática de Art. 4º O diretor da Unidade Escolar é o Presidente nato do
violência, ao uso de tratamento cruel ou degradante ou de formas Conselho de Escola e a ele cabe, com exclusividade, tomar as pro-
violentas de educação, correção ou disciplina contra a criança e o vidências seguintes:
adolescente; (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência I - convocar assembléia geral de pais e funcionários da Unidade
XX-representar à autoridade judicial ou ao Ministério Público Escolar para eleição dos integrantes, por segmento, do Conselho
para requerer a concessão de medidas cautelares direta ou indire- de Escola;
tamente relacionada à eficácia da proteção de noticiante ou denun- II - dar posse aos Conselheiros eleitos;
ciante de informações de crimes que envolvam violência domésti- III - tomar as providencias necessárias ao normal funcionamen-
ca e familiar contra a criança e o adolescente. (Incluído pela Lei nº to do órgão colegiado.
14.344, de 2022) Vigência Art. 5º São atribuições do Conselho de Escola:
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conse- I - deliberar sobre:
lho Tutelar entender necessário o afastamento do convívio familiar, a) diretrizes e metas da Unidade Escolar;
comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe b) alternativas para solução dos problemas de natureza admi-
informações sobre os motivos de tal entendimento e as providên- nistrativa e pedagógica;
cias tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da fa- c) programas especial visando à integração Escola, Família e
mília. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Comunidade;

99
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

d) criação e regulamentação das instituições auxiliares da Es- V - missão de estudo no exterior ou território nacional, quando
cola; autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento;
e) a permanência do Diretor substituto, após avaliação de seu VI - licença:
desempenho, ao final de cada ano letivo; a) à gestante, à adotante, maternidade e paternidade;
f) prioridades para aplicação de recursos da Escola e das insti- b) para tratamento da própria saúde;
tuições auxiliares; c) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
g) penalidades disciplinares a que estiverem sujeitos funcioná- d) por convocação para o serviço militar obrigatório;
rios, servidores e os alunos da Unidade Escolar; e) licença-prêmio por assiduidade.
II - a participação da elaboração e aprovação da proposta pe- I - convocação para integrar delegações esportivas ou culturais,
dagógica e do calendário escolar, observada a legislação pertinente; de interesse municipal, estadual ou nacional, pelo prazo oficial da
III - aprovar as ações e/ou projetos a serem desenvolvidas na convocação e devidamente autorizado pela Autoridade Municipal;
Escola em parceria com diferentes segmentos da sociedade. II - processo disciplinar de que não resulte pena.
IV - apreciar os relatórios anuais da Escolas, analisando seu de- ( )
sempenho em face das diretrizes e das metas estabelecidas.
Art. 6º O integrante do Conselho de Escola não poderá: votar TÍTULO IV
por outro Conselheiro, não sendo permitido, também, o voto por DO REGIME DISCIPLINAR
procuração.
§ 1º O Presidente do Conselho de Escola do votará quando CAPÍTULO I
houver empate nas deliberações adotadas por maioria simples, DOS DEVERES
presente a maioria absoluta de seus membros.
§ 2º Por maioria absoluta entende-se a metade mais um dos Art. 141 São deveres do servidor:
membros que compõe o Conselho. I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
§ 3º Por maioria simples entende-se a metade mais um dos II - ser leal às instituições a que servir;
membros presentes à reunião. III - observar as normas legais e regulamentares;
Art. 7º O Conselho de Escola reunir-se-á ordinariamente, uma IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifesta-
vez por bimestre e extraordinariamente, por convocação do Diretor mente ilegais;
de Escola ou por proposta de 1/3 (um terço) dos Conselheiros. V - atender com presteza:
Art. 8º As deliberações adotadas nas reuniões do Conselho de a) ao público em geral, prestando as informações requeridas,
Escola constarão de ata lavrada em livro próprio, que ficará sempre ressalvadas as protegidas por sigilo;
a disposição dos professores, funcionários, pais e alunos. b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito
Art. 9º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, re- ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
vogadas as disposições em contrário. c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes, em 25 de junho de VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregula-
2003, 442º da Fundação da Cidade de Mogi das Cruzes. ridades de que tiver ciência em razão do cargo;
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patri-
mônio público;
LEI COMPLEMENTAR N.º 82/11 (ESTATUTO DO VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL): ARTIGOS E SEUS IX - manter conduta compatível com a moralidade administra-
INCISOS: 127, 141, 142 E 152 tiva;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
LEI COMPLEMENTAR Nº 82, DE 7 DE JANEIRO DE 2011 XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Institui o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do Mu- Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII deste
nicípio de Mogi das Cruzes. artigo será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela auto-
ridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se
CAPÍTULO VIII ao representado, ampla defesa.
DO TEMPO DE SERVIÇO
CAPÍTULO II
Art. 127 Além das ausências ao serviço previstas no artigo 125 DAS PROIBIÇÕES
desta Lei Complementar, são considerados como de efetivo exercí-
cio os afastamentos em virtude de: Art. 142 Ao servidor é proibido:
I - férias; I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia au-
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão torização do chefe imediato;
ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Dis- II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
trito Federal; qualquer documento ou objeto da repartição;
III - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, munici- III - recusar fé a documentos públicos;
pal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento
IV - júri e outros serviços obrigatórios por Lei; e processo ou execução de serviço;
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto
da repartição;

100
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos pre- CAPÍTULO I


vistos em Lei, o desempenho de atribuição que seja de sua respon-
sabilidade ou de seu subordinado; Art. 1º Fica instituído o Plano de Carreira, Remuneração, Pro-
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a grama de Qualificação Profissional e Formação Continua, dos Servi-
associação profissional ou sindical, ou a partido político; dores Públicos do Município de Mogi das Cruzes e suas Autarquias,
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de que observará os seguintes princípios e diretrizes:
confiança, cônjuge, companheiro, ou parente até o terceiro grau I - racionalização da estrutura de cargos, empregos públicos e
civil; carreiras;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de ou- II - estabelecimento de padrões e critérios de ascensão para
trem, em detrimento da dignidade da função pública; todos os servidores públicos efetivos que compõem a estrutura or-
X - participar de gerência ou administração privada personi- ganizacional;
ficada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, co- III - reconhecimento dos servidores públicos efetivos com me-
tista, ou comanditário, salvo quando estiver de licença para tratar lhor nível de desempenho e qualificação profissional por meio de
de interesse particular ou em disponibilidade durante o período de instrumentos de evolução funcional;
afastamento; IV - valorização do servidor público efetivo, privilegiando crité-
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a reparti- rios que proporcionem igualdade de oportunidades profissionais e
ções públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários estimulem a busca da qualidade dos serviços prestados à população
ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou do município;
companheiro; V - administração dos vencimentos e salários dentro dos pa-
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qual- drões estabelecidos por lei, considerando as características do mer-
quer espécie, em razão de suas atribuições; cado e os critérios de evolução profissional;
XIII - praticar usura sob qualquer de suas formas; VI - criação das bases de uma política de recursos humanos ca-
XIV - proceder de forma desidiosa; paz de conduzir de forma mais eficaz a melhoria do desempenho,
XV - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em ser- da qualidade, da produtividade e do comprometimento com os re-
viços ou atividades particulares; sultados do seu trabalho.
XVI - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo
que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; SEÇÃO I
XVII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis DOS CONCEITOS
com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;
XVIII - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando so- Art. 2º Para efeito desta lei complementar considera-se:
licitado. I - Cargo Público: o instituído na organização do funcionalismo,
( ) criado por lei, em número certo, com denominação própria, ao qual
corresponde um conjunto de tarefas e responsabilidades atribuídas
CAPÍTULO V a um servidor público,
II - Cargo de Provimento Efetivo: aquele provido por servidor
DAS PENALIDADES habilitado por concurso público, nos termos da Constituição Fede-
Art. 152 São penalidades disciplinares: ral;
I - advertência; III - Cargo de Provimento em Comissão: o declarado em lei, de
II - suspensão; livre provimento, nomeação e exoneração dos termos da Constitui-
III - demissão; ção Federal;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; IV - Função de Confiança: exercida exclusivamente por servido-
V - destituição de cargo em comissão; res ocupantes de cargo de provimento efetivo e destina-se apenas
VI - destituição de função de confiança. às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
V - Emprego Público: a soma geral das atribuições e responsa-
bilidades atribuídas a um empregado público,
LEI COMPLEMENTAR N.º 83/11: ARTIGOS 1.º AO 32 VI - Empregado Público: a pessoa admitida no serviço público,
mediante prévia aprovação em concurso público de provas ou de
LEI COMPLEMENTAR Nº 83, DE 07 DE JANEIRO DE 2011. provas e títulos, criado por lei e regido pela Consolidação das Leis
Trabalhistas;
DISPÕE SOBRE O PLANO DE CARREIRA, REMUNERAÇÃO, PRO- VII - Servidor Público: a pessoa ocupante de cargo ou emprego
GRAMA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E FORMAÇÃO CONTÍNUA público nos termos do artigo 37, inciso II, da Constituição Federal;
DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE MOGI DAS CRUZES E VIII - Servidor Público Efetivo; o ocupante de cargo ou emprego
SUAS AUTARQUIAS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. público, mediante prévia aprovação em concurso público de provas
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MOGI DAS CRUZES, Faço Saber cargo ou emprego;
que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei Com- IX - Vencimento ou Salário: a retribuição pecuniária básica fixa-
plementar: da em lei, paga mensalmente ao servidor público;
X - Remuneração: o valor do vencimento ou do salário acresci-
do das vantagens pecuniárias, incorporadas ou não, a que o servi-
dor público tem direito;

101
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

XI - Grau: o valor indicativo de cada posição de vencimento ou grau de instrução de ensino médio, com habilitação nas áreas defi-
salário em que o servidor público efetivo se enquadra classe e nível nidas em editai de concurso público, observados os requisitos legais
a que pertence, identificados por letras maiúsculas; constituídos por dois níveis com doze referências cada;
XII - Nível; o indicativo de cada posição de vencimento ou salá- III - Classe III - suporte técnico auxiliar - constituída por ocu-
rio em que o servidor público efetivo se enquadre na classe a que pantes de cargos de provimento efetivo e empregos públicos que
pertence, identificado por algarismos romanos; executam procedimentos administrativos e operacionais inerentes
XIII - Classe: o conjunto de cargos e empregos públicos vincu- à gestão municipal, para cujo desempenho é exigido o grau de ins-
lados a uma mesma tabela de vencimento ou salário, com atribui- trução de ensino médio técnico ou profissionalizante reconhecido
ções semelhantes e substancialmente idênticas quanto ao grau de pelo Ministério da Educação - MEC, observados os requisitos legais,
dificuldade e responsabilidade para o seu exercício, identificada por com habilitação nas áreas definidas em edital de concurso público
algarismos romanos; e registro no conselho de classe ou outro órgão de fiscalização do
XIV - Carreira: a evolução funcional do servidor público efetivo exercício profissional, quando houver, constituídos por dois níveis
por meio de progressão vertical e horizontal; com doze referências cada;
XV - Evolução Funcional: a mobilidade do servidor público efe- IV - Classe IV - suporte técnico de nível superior constituída por
tivo para nível e grau imediatamente superior na respectiva classe, ocupantes de cargos de provimento efetivo e empregos públicos
mediante o preenchimento de requisitos; cujas atribuições envolvem análise e diagnóstico das demandas
XVI - Quadro Geral; o conjunto de cargos ou empregos públicos ambientais e da comunidade, a elaboração, execução, acompanha-
integrantes da estrutura administrativa do Poder Executivo e suas mento, avaliação e revisão de programas, planos, projetos e ações
Autarquias, composto dos quadros de pessoal permanente, em co- para viabilizar as diretrizes do gestor municipal no atendimento
missão e em extinção; dessas demandas, sendo exigido o grau de instrução de nível uni-
XVII - Padrão de Vencimento ou Salário: o indicativo do valor versitário reconhecido pelo Ministério da Educação e registro no
do vencimento ou salário pago ao servidor público de acordo com o Conselho de Ciasse ou outro órgão de fiscalização do exercício pro-
grau, nível e classe a que pertence. fissional, quando houver, constituídos por dois níveis com doze re-
ferências cada.
SEÇÃO II § 1º Os cargos de provimento efetivo e empregos públicos que
DO QUADRO DE PESSOAL compõem cada uma das Classes previstas no caput deste artigo, es-
tão organizados no Anexo VI desta lei complementar.
Art. 3º O Quadro Geral de Cargos e Empregos Públicos do Po- § 2º O ingresso no cargo de provimento efetivo se dará no nível
der Executivo do Município de Mogi das Cruzes e suas Autarquias e grau inicial da respectiva Ciasse, conforme requisitos estabeleci-
fica constituído na forma desta lei complementar e compreende: dos no Anexo V - Quadro de Atribuições e Habilitação, definidos em
I - Quadro Permanente, constante do Anexo I, composto dos edital de concurso público.
cargos de provimento efetivo;
II - Quadro Complementar, constante do Anexo II, composto de CAPÍTULO II
empregos públicos, com as novas denominações e a serem trans- DA EVOLUÇÃO FUNCIONAL
formados em cargos de provimento efetivo na vacância;
III - Quadro dos Cargos e Empregos Públicos de Provimento Art. 5º A evolução funcional na classe a que pertence o servidor
Efetivo, constante do Anexo III, destinados à extinção na vacância; público efetivo, consiste na mobilidade de nível e de grau, mediante
IV - Quadro dos Cargos e Empregos Públicos Extintos, constan- Progressão Horizontal e Vertical.
tes do Anexo IV; § 1º Não terá direito à Evolução Funcional o servidor publico
V - Quadro das Atribuições dos Cargos e Empregos Públicos, e efetivo que:
as exigências de habilitação para ingresso mediante concurso públi- I - Não tenha concluído o estagio probatório;
co, constantes dos Anexos V, V-A e V-B as quais poderão ser atuali- II - tenha sofrido penalidade de suspensão, por processo admi-
zadas por decreto. nistrativo disciplinar ou sindicância, no período aquisitivo da evolu-
Parágrafo único. Os atuais cargos e empregos públicos de provi- ção funcional;
mento efetivo, constantes dos Anexos I e II, relacionados na “situa- III - Esteja em gozo de licença sem vencimento. (Redação dada
ção atual” ficam com a nomenclatura alterada para “situação nova”. pela Lei Complementar nº 120/2015)
Art. 4º O Quadro Permanente e o Quadro Complementar do § 2º Terá direito à Evolução funcional o servidor publico que
Poder Executivo e suas Autarquias ficam constituídos de 4 (quatro) estiver exercendo cargo de provimento em comissão e funções de
Classes com as seguintes especificações: confiança, conforme disposto no§ 6º do artigo 18 da Lei Comple-
I - Classe I serviços auxiliares - constituída por ocupantes de mentar nº 82, de 7 de janeiro de 2011. (Redação acrescida pela Lei
cargos de provimento efetivo e empregos públicos que executam Complementar nº 120/2015)
serviços de suporte administrativos e operacionais da administra-
ção municipal, para cujo desempenho é exigido o grau de instrução SEÇÃO I
de ensino fundamental, equivalente ao antigo 1º Grau, com habili- DA PROGRESSÃO HORIZONTAL
tação nas áreas definidas em edital de concurso público, constituí-
dos por dois níveis com doze referências cada; Art. 6º A Progressão Horizontal consiste na mobilidade do ser-
II - Ciasse II - suporte administrativo e operacional - constituída vidor público efetivo de um grau para o imediatamente superior
por ocupantes de cargos de provimento efetivo e empregos públi- dentro do mesmo nível e classe mediante a avaliação de desempe-
cos que executam procedimentos administrativos e operacionais nho, respeitando o interstício mínimo de 3 (três) anos. (Vide regula-
inerentes à gestão municipal, para cujo desempenho é exigido o mentação dada pelo Decreto nº 13483/2013)

102
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 7º A Avaliação de Desempenho tem por finalidade o apri- § 1º As progressões previstas neste artigo serão efetivadas me-
moramento dos métodos de gestão, melhoria da qualidade e efici- diante requerimento do servidor público efetivo, devidamente ins-
ência do serviço e a valorização do servidor público efetivo. (Vide truído, com a apresentação do respectivo diploma ou certificado,
regulamentação dada pelo Decreto nº 13483/2013) nos prazos especificados em regulamento.
Art. 8º O processo de avaliação de desempenho será defini- § 2º Deferida a respectiva progressão, o servidor público efeti-
do em regulamento, devendo contemplar, no mínimo, os seguin- vo será posicionado no novo nível, mantendo-se o mesmo grau do
tes fatores funcionais: (Vide regulamentação dada pelo Decreto nº nível anterior.
13483/2013) Art. 10 O curso de pós-graduação de que trata o inciso IV, do
I - assiduidade; artigo 9º desta lei complementar, deverá ter relação direta com as
II - postura profissional; atribuições desenvolvidas pelo servidor público efetivo e serem
III - relacionamento profissional; ministrados por entidades legalmente habilitadas, com registro no
IV - responsabilidade; órgão de educação competente. (Regulamentado pelo Decreto nº
V - observância de normas e procedimentos de serviço: 12096/2011)
VI - aproveitamento do trabalho; Art. 11 Para efeito das progressões de que trata o artigo 9º des-
VII - disponibilidade e participação na área de trabalho; ta Lei Complementar, independentemente da classe, a progressão
VIII - utilização de recursos materiais; vertical ocorrerá uma única vez. (Redação dada pela Lei Comple-
IX - conhecimento do trabalho; mentar nº 115/2015) (Regulamentado pelo Decreto nº 12096/2011)
X - qualidade do trabalho; Art. 12 Não serão considerados para fins de progressão os
XI - rendimento do trabalho; cursos de formação inerentes ao ensino fundamental, médio e su-
XII - evolução dos conhecimentos teóricos e práticos; perior quando exigidos como pré-requisitos para o provimento do
XIII - iniciativa. cargo ou emprego ocupado pelo servidor público efetivo. (Regula-
§ 1º Considerando a reprovação da evolução funcional relati- mentado pelo Decreto nº 12096/2011)
va à Progressão Horizontal, deverá o órgão competente propor a Art. 13 Excepcionalmente no primeiro processo de progressão
abertura de processo administrativo disciplinar em função do não vertical, serão considerados para fins de cumprimento dos requisi-
atendimento dos fatores que compõem a avaliação de desempenho tos exigidos no artigo 9º desta lei complementar: (Regulamentado
a que alude o caput deste artigo. (Redação acrescida pela Lei Com- pelo Decreto nº 12096/2011)
plementar nº 120/2015) I - independentemente da época em que forem concluídos:
§ 2º O processo administrativo disciplinar a que se refere o § 1º a) para os cargos de nível superior: os cursos de pós-graduação
deste artigo será instaurado na forma estabelecida naLei Comple- lato sensu ou stricto sensu, voltados para a área de atuação;
mentar nº 82, de 7 de janeiro de 2011. (Redação acrescida pela Lei b) para cargos e empregos de nível médio: os cursos de nível
Complementar nº 120/2015) superior,
c) para cargos e empregos de nível fundamental: os cursos de
SEÇÃO II nível médio.
DA PROGRESSÃO VERTICAL II - os cursos vinculados à área de atuação, desde que apresen-
tados os respectivos certificados de conclusão, com a indicação das
Art. 9º A Progressão Vertical consiste na mobilidade do servi- horas de curso concluídas.
dor público efetivo de um nível para outro imediatamente superior
dentro da mesma classe a que pertence, decorrente da conclusão CAPÍTULO III
de cursos de formação, observados os seguintes critérios: (Regula- DO PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E FORMA-
mentado pelo Decreto nº 12096/2011) ÇÃO CONTÍNUA
I - classe com requisito de ensino fundamental progressão para
o Nível II da mesma classe de cargos efetivos e empregos públicos Art. 14 Fica criado o Programa de Qualificação Profissional e
a que pertence, por ter concluído O curso de formação no ensino Formação Continua dos Servidores Públicos Efetivos do Poder Exe-
médio. cutivo e suas Autarquias, cujas ações deverão ser articuladas como
II - classe com requisito de ensino médio progressão para o o planejamento institucional e com os critérios de avaliação de de-
Nível II da mesma classe de cargos efetivos e empregos públicos sempenho, definido no Capítulo II, Seção I, desta lei complementar,
a que pertence, por ter concluído O curso de formação no ensino obedecendo aos seguintes objetivos:
superior. I - conscientizar o servidor para a compreensão e assunção do
III - classe com requisito de ensino médio técnico ou profissio- seu papel social, enquanto sujeito do processo de construção de
nalizante - progressão para o Nível II da mesma classe de cargos metas institucionais e da construção do planejado;
efetivos e empregos públicos a que pertence, por ter concluído o II - promover e incentivar a integração dos servidores no pro-
curso de formação no ensino superior. cesso de educação formal;
IV - classe com requisito de formação no ensino superior - pro- III - promover a formação contínua para preparar os servidores
gressão para o Nível II da mesma classe de cargos efetivos e empre- para o desenvolvimento na carreira, capacitando-os profissional-
gos públicos a que pertence, por ter concluído curso de pós-gradu- mente para o exercício eficaz de suas tarefas individuais no contex-
ação lato sensu ou stricto sensu reconhecido pelo MEC, na sua área to da função social coletiva da unidade de trabalho a que pertença,
de atuação. contribuindo para a superação da alienação funcional;
IV - preparar os servidores para uma gestão voltada para a qua-
lidade e eficiência na satisfação das necessidades coletivas.
Art. 15 Serão quatro os tipos de qualificação e formação:

103
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

I - de adaptação, com a finalidade de preparar o servidor para o Parágrafo único. Caberá à Administração Municipal, se for o
exercício de novas funções quando a tecnologia absorver ou tornar caso, a prévia capacitação pedagógica dos servidores que se dis-
obsoletas aquelas que vinha exercendo até o momento; puserem às atividades previstas no caput deste artigo, podendo
II - de integração, tendo como finalidade integrar o servidor no adotar-se processos seletivos nos casos em que houver mais de um
ambiente de trabalho, proporcionando sua relação entre os servi- interessado na atividade.
dores dos demais setores e por meio de informações sobre a orga- Art. 20 A critério da Administração Municipal, tendo em vista o
nização e o funcionamento do órgão a que pertença; planejamento institucional e a necessidade do serviço, poderá ser
III - de aperfeiçoamento, por meio de cursos, objetivando dotar concedido ao servidor abrangido por esta lei complementar afasta-
o servidor de conhecimentos e técnicas referentes às atribuições mento para participação em estágios profissionais, visitas técnicas,
que desempenha, mantendo-o permanentemente atualizado e congressos, seminários, atividades diversas de capacitação, cursos
preparando-o para a execução de tarefas mais complexas; profissionalizantes e de educação formal básica ou superior, nesta
IV - de atualização, para reforço do conteúdo de diretrizes e incluiu a pós-graduação, desde que atendidos os requisitos conti-
normas relativas à atuação profissional. dos na regulamentação do Programa de Capacitação e Formação
Art. 16 As chefias de todos os níveis hierárquicos deverão par- Contínua, previsto nesta lei complementar.
ticipar do Programa de Qualificação Profissional e Formação Con-
tinua: CAPÍTULO IV
I - identificando e analisando, no âmbito de cada órgão, as ne- DA REMUNERAÇÃO
cessidades de formação contínua e propondo medidas necessárias
ao atendimento das carências identificadas e à execução dos pro- Art. 21 Os padrões de vencimentos e salários, obedecerão aos
gramas propostos; valores fixados nas tabelas que constituem o Anexos VII e VIII da
II - sugerindo temas para os cursos de qualificação profissional; presente lei complementar, de acordo com a jornada semanal de
III - facilitando a participação de seus subordinados nos progra- trabalho cumprida pelos servidores públicos.
mas e tomando as medidas necessárias para que os afastamentos,
quando ocorrerem, não causem prejuízos ao funcionamento regu- CAPÍTULO V
lar da unidade administrativa; DO ENQUADRAMENTO
IV - desempenhando, dentro dos programas de qualificação ou
de formação contínua aprovados, atividades de instrutor; Art. 22 Os servidores públicos efetivos serão enquadrados no
V - submetendo-se a programas de qualificação e ou de forma- grau da classe a que pertencem, na seguinte conformidade:
ção contínua relacionados ás suas atribuições. I - A partir de 3 (três) até 6 (seis) anos, grau B;
Art. 17 Independentemente dos programas previstos, cada II - Acima de 6 (seis) até 9 (nove) anos, grau C;
chefia desenvolverá com seus subordinados atividades de formação III - Acima de 9 (nove) até 12 (doze) anos, grau D;
contínua, em consonância com o programa de qualificação estabe- IV - Acima de 12 (doze) até 15 (quinze) anos, grau E;
lecido pela Administração, por meio de: V - Acima de 15 (quinze) até 18 (dezoito) anos, grau F;
I - reuniões para estudo e discussão de assuntos de serviço; VI - Acima de 18 (dezoito) até 21 (vinte e um) anos, grau G;
II - divulgação de normas legais e aspectos técnicos relativos VII - Acima de 21 (vinte e um) até 24 (vinte e quatro) anos, grau
ao trabalho e orientação quanto ao seu cumprimento e discussão; H;
III - discussão dos programas de trabalho do órgão que chefia e VIII - Acima de 24 (vinte e quatro) até 27 (vinte e sete) anos,
de sua contribuição para o sistema administrativo; grau I;
IV - utilização de outros métodos de formação continua, ade- IX - Acima de 27 (vinte e sete) até 30 (trinta) anos, grau J; (Re-
quados a cada caso. dação dada pela Lei Complementar nº 101/2013)
Art. 18 O Programa de Qualificação Profissional e Formação X - Acima de 30 (trinta) anos, grau K. (Redação acrescida pela
Contínua dos Servidores será desenvolvido por intermédio da Se- Lei Complementar nº 101/2013)
cretaria Municipal de Gestão, de forma direta ou por meio de parce- Art. 23 No enquadramento inicial no grau da classe a que per-
rias com instituições externas, públicas ou privadas, ou com outros tence o servidor, serão consideradas as suspensões e as penalida-
órgãos do Município de Mogi das Cruzes. des efetivamente aplicadas, bem como, as ausências ao serviço,
Parágrafo único. É assegurada ao servidor, por iniciativa pró- inclusive as faltas abonadas e as licenças por motivo de tratamento
pria, a participação em cursos de qualificação profissional e forma- de saúde, no total igual ou superior a 90 (noventa) dias, no período
ção contínua, dentro da sua área de atuação, observada a conveni- de 3 (três) anos imediatamente anterior a vigência desta lei com-
ência e a necessidade do serviço. plementar.
Art. 19 Desde que haja interesse da Administração Municipal, Parágrafo único. O servidor que se encontrar na situação pre-
os servidores ocupantes dos cargos e empregos regidos por esta vista no caput, será enquadrado na letra imediatamente anterior do
lei complementar poderão exercer parcialmente a sua jornada de grau a que teria direito.
trabalho em atividades de qualificação profissional e de formação Art. 24 Os enquadramentos serão efetuados por ato adminis-
contínua, realizando atividades técnicas, administrativas e de mo- trativo próprio.
nitoria, ministrando aulas e palestras ou atuando como instrutores Art. 25 As regras de enquadramento previstas no artigo 23 des-
técnicos na sua área. ta lei complementar aplicam-se, no que couber, aos atuais inativos
e pensionistas alcançados pelo artigo 7º da Emenda Constitucional
nº 41, de 19 de dezembro de 2003.

104
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 25-A Para fins de enquadramento, entende-se como tempo PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZES, 07 de janeiro
de serviço público de efetivo exercício, o que tenha sido prestado de 2011, 450º da Fundação da Cidade de Mogi das Cruzes.
em cargo ou emprego público, exceto o de provimento em comis-
são, ininterruptamente ou não, na Administração Direta ou Indireta
do Município de Mogi das Cruzes, apurado em vista dos registros de
LEI N.º 7.279/17 - PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO:
frequência, certidões, folhas de pagamento ou de elementos regu-
ARTIGOS 1.º AO 11
larmente averbados no assentamento individual do servidor públi-
co. (Redação dada pela Lei Complementar nº 122/2015) LEI Nº 7279, DE 5 DE MAIO DE 2017
CAPÍTULO VI Aprova o Plano Municipal de Educação de Mogi das Cruzes -
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS PME para o biênio de 2017/2018 e dá outras providências.
Art. 26 Fica criada a Comissão de Gestão do Plano de Carreira, O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MOGI DAS CRUZES, FAÇO SABER
Remuneração e Programa de Qualificação Profissional e Formação QUE A CÂMARA MUNICIPAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE
Contínua dos Servidores Públicos do Município de Mogi das Cruzes LEI:
e suas Autarquias, instituído pela presente lei complementar, com Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de Educação para o
a finalidade de orientar sua implantação, operacionalização e revi- biênio 2017/2018, composto por 26 (vinte e seis) laudas, elaborado
são, a ser integrada por, no mínimo, 06 (seis) servidores públicos pelo Conselho Municipal de Educação nos termos do artigo 204 da
efetivos, a saber: Lei Orgânica do Município de Mogi das Cruzes, na forma do Anexo
I - um representante do Gabinete do Prefeito; único, que fica fazendo parte integrante da presente lei, com vistas
II - um representante da Secretaria de Finanças; ao cumprimento do disposto no inciso I do artigo 11 da Lei Federal
III - um representante da Secretaria de Gestão Pública; nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
IV - um representante da Secretaria de Assuntos Jurídicos; Parágrafo único. O Plano Municipal de Educação - PME está em
V - um representante do Serviço Municipal de Águas e Esgotos consonância com as diretrizes, metas e estratégias do Plano Nacio-
- SEMAE; nal de Educação - PNE, aprovado pela Lei Federal nº 13.005, de 25
VI - um representante do Instituto de Previdência Municipal - de junho de 2014, e o Plano Estadual de Educação - PEE, aprovado
IPREM. pela Lei Estadual nº 16.279, de 8 de julho de 2016.
Parágrafo único. A Comissão, a que se refere este artigo, de- Art. 2º São diretrizes do PME:
verá proceder a gestão plena do Plano de Carreira, Remuneração I - erradicação do analfabetismo;
e Programa de Qualificação Profissional e Formação Contínua e II - universalização do atendimento escolar;
desenvolver suas atribuições analisando e opinando sobre eventu- III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na
ais pedidos relativos a direitos e obrigações dos servidores públi- promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de dis-
cos efetivos, bem como sugestões de alterações, especificamente criminação;
quanto à esta lei complementar, sempre que necessário. IV - melhoria da qualidade social da educação, com vistas à
Art. 27 O servidor que estiver designado para substituição será educação integral;
enquadrado de acordo com o cargo ou emprego de origem, não se V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase
considerando para esse efeito a condição de substituto. nos princípios éticos em que se fundamenta a sociedade e no forta-
Art. 28 Aos integrantes dos Quadros do Magistério e da Secre- lecimento das relações familiares;
taria de Segurança, aplicam-se as regras de evolução funcional do VI - promoção do principio da gestão democrática da educação
Programa de Qualificação Profissional e Formação Contínua, defini- pública;
das em legislação especifica. VII - promoção humanística, cultural, científica e tecnológica do
Art. 29 Os dispositivos desta lei complementar aplicam-se, no Município;
que couber, aos servidores efetivos da Câmara Municipal de Mogi VIII - valorização dos profissionais de educação;
das Cruzes, por meio de regulamentos próprios. IX - difusão dos princípios de equidade e do respeito à dignida-
Art. 30 A Lei de Diretrizes Orçamentárias definirá as regras para de da pessoa humana.
a revisão anual das remunerações dos servidores do Poder Executi- Art. 3º As metas e estratégias, constantes no Anexo único desta
vo e suas Autarquias, na forma do inciso X, do artigo 37 da Consti- lei, serão cumpridas na vigência do PME, observados os prazos pre-
tuição Federal, sem distinção de índices, extensivos aos proventos vistos para a respectiva consecução.
de inatividade e pensões previstos no artigo 7º, da Emenda Consti- Art. 4º O monitoramento da execução do PME e do cumpri-
tucional nº 41 de 19 de dezembro de 2003. mento de suas metas, por meio de avaliações periódicas, será reali-
Art. 31 As despesas com a execução da presente lei comple- zado pelas seguintes instâncias:
mentar correrão por conta das dotações próprias do orçamento, I - Secretaria Municipal de Educação - SME;
das quais, para atender sua eficácia e aplicação, poderão ser aloca- II - Conselho Municipal de Educação- CME;
das e remanejadas mediante decreto do Executivo, emitindo inclu- III - Conselho de Alimentação Escolar - CAE;
sive abertura de créditos adicionais, sem comprometer a margem IV - Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundo
de suplementação autorizada em lei específica. de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valori-
Art. 32 Esta lei complementar entrará em vigor na data de sua zação dos Profissionais da Educação - CACS/FUNDEB;
publicação, produzindo efeitos, inclusive financeiros a partir de 1º V - Grupo Articulador de Fortalecimento dos Conselhos Escola-
de janeiro de 2011, para a progressão horizontal e 1º de janeiro de res de Mogi das Cruzes - GAFCEM;
2012, para a progressão vertical.

105
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

VI - Comissão de Educação da Câmara Municipal de Vereado- Art. 10 O Conselho Municipal de Educação, em parceria com
res. a Secretaria de Educação, coordena o processo de elaboração da
§ 1º Compete às instâncias referidas nos incisos I a VI deste proposta de PME, que deverá ser realizado com ampla participação
artigo: de representantes da comunidade educacional e da sociedade civil
I - divulgar os resultados do monitoramento e das avaliações e, posteriormente, encaminhar tal proposta pelo Poder Executivo.
nos respectivos sítios institucionais da internet; Parágrafo único. Será assegurada a participação das famílias no
II - analisar e propor políticas públicas de âmbito municipal acompanhamento da execução das metas e estratégias do PME nas
para assegurar a implementação das estratégias e o cumprimento instâncias dos Conselhos de Escola e demais colegiados, na forma
das metas; da lei.
III - analisar e propor a ampliação progressiva do investimento Art. 11 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
público em educação, para atender às necessidades financeiras que Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes, 5 de maio de 2017,
permitam o cumprimento das demais metas deste PME; 456º da Fundação da Cidade de Mogi das Cruzes.
IV - avaliar a execução das metas e estratégias do PME e sub-
sidiar a elaboração do Plano Municipal de Educação para o biênio
subsequente.
QUESTÕES
§ 2º Durante o período de vigência deste PME, o Conselho Mu-
nicipal de Educação em parceria com a Secretaria Municipal de Edu- 1. VUNESP - 2023 - Prefeitura de Guarulhos - SP - Assistente de
cação, constituirá um Fórum Permanente de Discussão, por meio Gestão Escolar
de Comunidade Virtual, para seu acompanhamento e avaliação, De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil
integrando neste Fórum representantes do GAFCEM, CME, CACS/ de 1988, art. 206, o ensino será ministrado com base em alguns
FUNDEB e CAE, assim como demais Conselhos devidamente insti- princípios, entre eles:
tuídos pelo Município e envolvidos na construção participativa da (A) administração centralizada do ensino público, com hierar-
Educação. quia definida e cargos e funções bem especificados pelo diretor
Art. 5º Fica assegurado o regime de colaboração entre o Muni- escolar.
cípio, o Estado e a União para a consecução das metas deste PME e (B) igualdade de condições para o acesso à escola e permanên-
a implementação das estratégias a serem realizadas. cia conforme o desempenho ao longo do ano letivo.
Parágrafo único. O Sistema Municipal de Ensino deverá prever (C) gratuidade do ensino em estabelecimentos públicos e auxí-
mecanismos de acompanhamento para consecução das metas e lio financeiro aos que estudarem em instituições privadas.
para o desenvolvimento dos mecanismos de colaboração e coope- (D) pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e coexis-
ração definidos nesta lei. tência de instituições públicas e privadas de ensino.
Art. 6º Para garantir a equidade educacional, o Município, por (E) valorização dos profissionais da educação escolar, garantido
meio dos entes federados das redes municipal e estadual deverá o reajuste salarial ao menos uma vez ao ano.
considerar o atendimento às necessidades específicas da Educação
Especial, assegurando um sistema inclusivo em todos os níveis, eta- 2. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Peruíbe - SP - Secretário de
pas e modalidades. Escola
Art. 7º O Plano Municipal de Educação do Município de Mogi De acordo com preceito constitucional, presente no art. 205 da
das Cruzes abrangerá, prioritariamente, o Sistema Municipal de En- Constituição Federal de 1988, a educação é um direito de todos e
sino, definindo metas e estratégias que atendam às incumbências deve ser fomentada
que lhe forem destinadas por lei. (A) pela equipe escolar.
Art. 8º O Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os or- (B) pela sociedade.
çamentos anuais do Município deverão ser formulados de modo (C) pelos pais.
a assegurar a consignação de dotações orçamentárias compatíveis (D) pelo professor.
com as diretrizes, metas e estratégias do PME, a fim de viabilizar sua (E) pelo envolvimento do aluno.
plena execução.
Parágrafo único. Os investimentos em educação pública re- 3. VUNESP - 2023 - Prefeitura de Guarulhos - SP - Assistente de
presentarão, até o final do biênio 25% (vinte e cinco por cento) da Gestão Escolar
receita do Município, que serão destinados à qualificação e remu- Conforme a Constituição da República Federativa do Brasil de
neração do pessoal docente e dos demais profissionais da educa- 1988, art. 208, o dever do Estado com a educação será efetivado
ção pública, despesas de manutenção, construção e conservação de mediante a garantia de, entre outros:
instalações e equipamentos necessários ao ensino, como também a (A) educação infantil gratuita, em creche e pré-escola, dos
aquisição de material didático-escolar, alimentação, transporte es- 3 (três) aos 7 (sete) anos de idade, próximo à residência das
colar e uniforme e complementarão os recursos financeiros com a crianças.
colaboração dos entes federados. (B) acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
Art. 9º Até o final do segundo semestre do segundo ano de criação artística, segundo a capacidade de cada um.
vigência deste PME, o Poder Executivo encaminhará à Câmara Mu- (C) progressiva universalização do ensino médio e do ensino
nicipal de Mogi das Cruzes, sem prejuízo das prerrogativas deste superior gratuito em estabelecimentos oficiais de ensino.
Poder, o projeto de lei referente ao Plano Municipal de Educação (D) atendimento educacional especializado aos portadores de
a vigorar no período subsequente, que incluirá diagnóstico, diretri- deficiência, preferencialmente em Centros de Educação Espe-
zes, metas e estratégias para o próximo biênio. cial (CEEs).

106
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

(E) oferta de ensino noturno regular, adequando-se o educan- (D) apresentou o regimento escolar explicitando as punições
do às condições oferecidas pela instituição de ensino. para quem brincar em sala.
(E) esclareceu que cabe a professora explicar à criança que não
4. VUNESP - 2020 - Prefeitura de Cananéia - SP - Auxiliar Femi- é permitido brincar nessa instituição.
nino da Casa da Criança e do Adolescente
A Constituição Federal determina, em seu artigo 227, que é 8. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Agente de Inclu-
dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao são Escolar
adolescente e ao jovem, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à Mirela, aluna do 6° ano de uma escola de Itapevi, procurou a
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao diretora para conversar sobre três assuntos:
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além a. que a diretora converse com a professora de Geografia, ten-
de colocá- -los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, do em vista que ela está desrespeitando um aluno de forma recor-
exploração, violência, crueldade e opressão, com rente;
(A) pleno respeito. b. questionar os critérios avaliativos das provas adotados pelo
(B) amplo cuidado. professor de Matemática;
(C) absoluta prioridade. c. propor a organização de um grêmio estudantil.
(D) completo interesse. Diante do exposto, é correto afirmar que
(E) profunda convicção. (A) os três pedidos de Mirela são procedentes e a diretora pode
acatá-los porque estão assegurados pela Lei nº 8.069, de 1990
5. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Agente de Inclu- (ECA).
são Escolar (B) Mirela está equivocada, pois seus pedidos não estão garan-
Requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, ser- tidos por nenhuma lei, e os dois primeiros desrespeitam o po-
viço social, previdência, trabalho e segurança, bem como encami- der de liderança do professor.
nhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração (C) a Lei n° 8.069, de 1990 (ECA), não menciona a possibilidade
administrativa ou penal contra os direitos da criança e do adoles- de os alunos organizarem entidades estudantis, tampouco de
cente, conforme art. 136 da Lei n° 8.069, de 1990, são consideradas questionarem procedimentos de avaliação dos docentes.
atribuições (D) o professor não pode ter os critérios de avaliação de provas
(A) da família da criança e/ou adolescente. questionados, mas a formação do grêmio estudantil é possível,
(B) do poder executivo do município. pois é respaldada pela Lei n° 8069, de 1990 (ECA).
(C) do juizado da infância e juventude. (E) a forma como o professor trata o aluno faz parte de sua me-
(D) da gestão da escola. todologia de ensino, não cabendo interferências. Os dois ou-
(E) do Conselho Tutelar. tros pedidos poderão ser atendidos, em função da Lei n° 8.069,
de 1990 (ECA).
6. VUNESP - 2022 - Prefeitura de Bebedouro - SP - Oficial de
Escola 9. VUNESP - 2022 - Prefeitura de Piracicaba - SP - Secretário de
O Estatuto da Criança e do Adolescente define, em seu artigo Escola
1º , que a Lei se destina A diretora de uma escola pública de Piracicaba adotou algumas
(A) a um segmento específico da infância e da juventude. medidas na unidade escolar sobre conscientização e prevenção ao
(B) à proteção a menores infratores que cometem crime. uso e dependência de drogas ilícitas, sem a responsabilidade pelo
(C) aos menores de idade que ainda não gozam de seus direitos enfrentamento ao seu uso e dependência. Considerando o art. 53-A
como cidadãos. do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069/1990), a ati-
(D) às famílias pobres cujos filhos encontrem-se em situação de tude desta diretora está
exclusão e vulnerabilidade. (A) totalmente correta, pois é dever da instituição de ensino
(E) à proteção integral ao conjunto das crianças e dos adoles- assegurar medidas de conscientização e prevenção de drogas
centes do Brasil. ilícitas, cabendo aos pais as medidas de enfrentamento.
(B) parcialmente correta, pois é dever da instituição de ensino
7. VUNESP - 2020 - Prefeitura de Sorocaba - SP - Secretário de assegurar medidas de conscientização sem a preocupação com
Escola a prevenção de drogas ilícitas, e com o enfrentamento ao seu
Durante o atendimento a uma família que procurou a escola uso ou dependência.
para matricular seu filho no primeiro ano do ensino fundamental, (C) parcialmente correta, pois é dever da instituição de ensino
a genitora explicava para criança que durante sua permanência na assegurar medidas de conscientização e prevenção de drogas
escola não mais iria brincar, praticar esportes e divertir-se. Voltan- ilícitas e também lícitas, visto que estas últimas também cau-
do-se ao secretário, pedindo que confirmasse sua fala, o funcioná- sam dependência.
rio, acertadamente, em acordo com o art. 16, inciso IV, do Estatuto (D) parcialmente correta, pois é dever da instituição de ensino
da Criança e do Adolescente, assegurar medidas de conscientização, prevenção e também
(A) explicou que tais aspectos fazem parte do direito à liberda- de enfrentamento ao uso ou dependência de drogas ilícitas.
de de crianças e adolescentes. (E) totalmente incorreta, pois essas medidas não cabem à ne-
(B) confirmou que escola não comporta tais atitudes. nhuma instituição de ensino, pois são de competência do po-
(C) elucidou que somente nas aulas de educação física esportes der público e do Conselho Tutelar do município.
são admitidos.

107
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

10. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Sorocaba - SP - Conselheiro ___________________________________________


Tutelar
___________________________________________
Entre as principais mudanças introduzidas pelo ECA, destaca-
-se a nova feição dada ao Ministério Público, alçado a guardião dos ___________________________________________
direitos infanto-juvenis e legitimado para propor medidas em defe- ___________________________________________
sa dos direitos de crianças e adolescentes. Também compõe essas ___________________________________________
mudanças a instituição dos Conselhos Tutelares, dos Conselhos de
Direitos, instrumentos capazes de transformar a lei em realidade e ___________________________________________
operar a mudança social pretendida pelo legislador. Em se tratando ___________________________________________
de proposta orçamentária para planos e programas de atendimento ___________________________________________
dos direitos da criança e do adolescente, o Conselho Tutelar tem,
entre suas atribuições junto ao Poder Executivo local, a seguinte: ___________________________________________
(A) assessorar sua elaboração. ___________________________________________
(B) apresentar suas demandas. ___________________________________________
(C) rever decisão judicial.
(D) definir estratégias de comunicação.
___________________________________________
___________________________________________
GABARITO ___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
1 D
___________________________________________
2 B ___________________________________________
3 B ___________________________________________
4 C ___________________________________________
5 E ___________________________________________
6 E ___________________________________________
7 A ___________________________________________
8 A ___________________________________________
9 D ___________________________________________
10 A ___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
ANOTAÇÕES
___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________

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