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7908403543113
SPTRANS
SÃO PAULO TRANSPORTE S.A.
Língua Portuguesa
1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários)......................................................................... 5
2. Sinônimos e antônimos. ............................................................................................................................................................. 5
3. Sentido próprio e figurado das palavras. ................................................................................................................................... 5
4. Pontuação. ................................................................................................................................................................................. 6
5. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, artigo, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e
sentido que imprimem às relações que estabelecem................................................................................................................ 9
6. Concordância verbal e nominal. ................................................................................................................................................ 16
7. Regência verbal e nominal. ........................................................................................................................................................ 18
8. Colocação pronominal. .............................................................................................................................................................. 19
9. Crase........................................................................................................................................................................................... 20
Matemática
1. Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação ou radiciação com
números racionais, nas suas representações fracionária ou decimal;........................................................................................ 25
2. Mínimo múltiplo comum; Máximo divisor comum;................................................................................................................... 27
3. Porcentagem; ............................................................................................................................................................................. 29
4. Razão e proporção; .................................................................................................................................................................... 30
5. Regra de três simples ou composta; .......................................................................................................................................... 31
6. Equações do 1º ou do 2º graus; ................................................................................................................................................. 33
7. Sistema de equações do 1º grau; ............................................................................................................................................... 36
8. Grandezas e medidas – quantidade, tempo, comprimento, superfície, capacidade e massa;................................................... 38
9. Relação entre grandezas – tabela ou gráfico; ............................................................................................................................ 40
10. Tratamento da informação – média aritmética simples;............................................................................................................ 42
11. Noções de Geometria – forma, ângulos, área, perímetro, volume............................................................................................ 44
Noções de Informática
1. MS-Windows 10: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação de
arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de aplicativos MS-Office 2016. ......... 57
2. MS-Word 2016: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes, colunas,
marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas, legendas, índices,
inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto. MS-Excel 2016: estrutura básica das planilhas, conceitos de
células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão,
inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos,
classificação de dados. MS-PowerPoint 2016: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua,
guias, cabeçalhos e rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de pági-
nas, botões de ação, animação e transição entre slides. ........................................................................................................... 59
3. Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. Internet: navegação
na Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas. ............................................................................... 64
4. Tópicos básicos de ambientes Google Workspace (Gmail, Agenda, Meet, Chat, Drive, Documentos, Planilhas, Apresenta-
ções, Formulários) e Microsoft Teams (chats, chamadas de áudio e vídeo, criação de grupos, trabalho em equipe: Word,
Excel, PowerPoint)...................................................................................................................................................................... 71
ÍNDICE
Conhecimentos Específicos
Técnico de Processos Administrativos Júnior
1. Rotina administrativa.................................................................................................................................................................. 77
2. Conhecimentos básicos de administração pública..................................................................................................................... 77
3. Organização administrativa......................................................................................................................................................... 82
4. Organização de arquivos: conceitos fundamentais da arquivologia (físico e digital). Tipos de arquivo..................................... 91
5. Gestão de documentos............................................................................................................................................................... 97
6. Protocolo.................................................................................................................................................................................... 99
7. Organização do trabalho na repartição pública: utilização da agenda, uso e manutenção preventiva de equipamentos,
economia de suprimentos.......................................................................................................................................................... 99
8. Comunicação interpessoal.......................................................................................................................................................... 105
9. Solução de conflitos.................................................................................................................................................................... 113
10. Relações pessoais no ambiente de trabalho: hierarquia............................................................................................................ 115
11. Excelência no atendimento ao cidadão; o enfoque na qualidade; o atendimento presencial e por telefone............................ 116
12. Redação Oficial: Documentos oficiais, tipos, composição e estrutura. Aspectos gerais da redação oficial. Correspondência
oficial: definição, formalidade e padronização; impessoalidade, linguagem dos atos e comunicações oficiais (ofício, e-mail,
mensagem), concisão e clareza, editoração de textos (Manual de Redação da Presidência da República – 3ª edição, revista,
atualizada e ampliada)................................................................................................................................................................ 121
Legislação
1. Regulamentação do Sistema de Transporte – Lei Municipal 13.241/2001................................................................................. 137
2. Lei das Estatais (Lei Federal nº. 13.303/2016)............................................................................................................................ 142
3. Lei Geral de Proteção de Dados (Lei Federal n° 13.709/2018)................................................................................................... 161
4. Lei de acesso à informação (Lei Federal n° 12.527/2011 e Decreto Municipal n° 53.623/2012)............................................... 174
5. Lei Orgânica do Município de São Paulo: Capítulo do Planejamento......................................................................................... 192
LÍNGUA PORTUGUESA
Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje- SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS.
tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é
importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o
texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO
completo.
A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e É possível empregar as palavras no sentido próprio ou no sen-
de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explíci- tido figurado.
ta. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua Ex.:
interpretação. – Construí um muro de pedra. (Sentido próprio).
A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do – Dalton tem um coração de pedra. (Sentido figurado).
conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que – As águas pingavam da torneira. (Sentido próprio).
está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta- – As horas iam pingando lentamente. (Sentido figurado).
ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper-
tório do leitor. Denotação
Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, É o sentido da palavra interpretada ao pé da letra, ou seja, de
é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi- acordo com o sentido geral que ela tem na maioria dos contextos
suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido em que ocorre. Trata-se do sentido próprio da palavra, aquele en-
de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar contrado no dicionário. Por exemplo: “Uma pedra no meio da rua
expressões, gestos e cores quando se trata de imagens. foi a causa do acidente”.
A palavra “pedra” aqui está usada em sentido literal, ou seja, o
Dicas práticas objeto mesmo.
1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con-
ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa- Conotação
rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível, É o sentido da palavra desviado do usual, ou seja, aquele que se
adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações. distancia do sentido próprio e costumeiro. Por exemplo: “As pedras
2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca atiradas pela boca ferem mais do que as atiradas pela mão”.
por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe- “Pedras”, neste contexto, não está indicando o que usualmente
cidas. significa (objeto), mas um insulto, uma ofensa produzida pelas pa-
3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon- lavras, capazes de machucar assim como uma pedra “objeto” que é
te de referências e datas. atirada em alguém.
4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de
opiniões. Ampliação de Sentido
5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques- Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a de-
tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin- signar uma quantidade mais ampla de significado do que o seu ori-
tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de ginal.
acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do “Embarcar”, por exemplo, originariamente era utilizada para
texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto designar o ato de viajar em um barco. Seu sentido foi ampliado
que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor consideravelmente, passando a designar a ação de viajar em outros
quando afirma que... veículos também. Hoje se diz, por ampliação de sentido, que um
passageiro:
– Embarcou em um trem.
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. – Embarcou no ônibus das dez.
– Embarcou no avião da força aérea.
Sinonímia e antonímia – Embarcou num transatlântico.
As palavras sinônimas são aquelas que apresentam significado
semelhante, estabelecendo relação de proximidade. Ex: inteligente
<—> esperto
5
LÍNGUA PORTUGUESA
“Alpinista”, em sua origem, era utilizada para indicar aquele que – Não, podem atirar! (entende-se que é permitido atirar)
escala os Alpes (cadeia montanhosa europeia). Depois, por amplia-
ção de sentido, passou a designar qualquer tipo de praticante de — Ponto
escalar montanhas. Este ponto simples final (.) encerra períodos que terminem por
qualquer tipo de oração que não seja interrogativa direta, a excla-
Restrição de Sentido mativa e as reticências.
Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento inverso, Outra função do ponto é a da pausa oracional, ao acompanhar
isto é, uma palavra passa a designar uma quantidade mais restrita muitas palavras abreviadas, como: p., 2.ª, entre outros.
de objetos ou noções do que originariamente designava. Se o período, oração ou frase terminar com uma abreviatura,
É o caso, por exemplo, das palavras que saem da língua geral e o ponto final não é colocado após o ponto abreviativo, já que este,
passam a ser usadas com sentido determinado, dentro de um uni- quando coincide com aquele, apresenta dupla serventia.
verso restrito do conhecimento. Ex.: “O ponto abreviativo põe-se depois das palavras indicadas
A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura gramati- abreviadamente por suas iniciais ou por algumas das letras com que
cal, é bom exemplo de especialização de sentido. Na língua geral, se representam, v.g. ; V. S.ª ; Il.mo ; Ex.a ; etc.” (Dr. Ernesto Carneiro
ela significa qualquer junção de elementos para formar um todo, Ribeiro)
todavia, em Gramática designa apenas um tipo de formação de pa- O ponto, com frequência, se aproxima das funções do ponto e
lavras por composição em que a junção dos elementos acarreta al- vírgula e do travessão, que às vezes surgem em seu lugar.
teração de pronúncia, como é o caso de pernilongo (perna + longa).
Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais aglu- Obs.: Estilisticamente, pode-se usar o ponto para, em períodos
tinação, mas justaposição. A palavra Pernalonga, por exemplo, que curtos, empregar dinamicidade, velocidade à leitura do texto: “Era
designa uma personagem de desenhos animados, não se formou um garoto pobre. Mas tinha vontade de crescer na vida. Estudou.
por aglutinação, mas por justaposição. Subiu. Foi subindo mais. Hoje é juiz do Supremo.”. É muito utilizado
Em linguagem científica é muito comum restringir-se o significa- em narrações em geral.
do das palavras para dar precisão à comunicação.
A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol, não — Ponto Parágrafo
pode ser usada para designar, por exemplo, um astro que gira em Separa-se por ponto um grupo de período formado por ora-
torno do Sol, seu sentido sofreu restrição, e ela serve para designar ções que se prendem pelo mesmo centro de interesse. Uma vez que
apenas um tipo de flor que tem a propriedade de acompanhar o o centro de interesse é trocado, é imposto o emprego do ponto pa-
movimento do Sol. rágrafo se iniciando a escrever com a mesma distância da margem
Existem certas palavras que, além do significado explícito, con- com que o texto foi iniciado, mas em outra linha.
têm outros implícitos (ou pressupostos). Os exemplos são muitos. É O parágrafo é indicado por ( § ) na linguagem oficial dos artigos
o caso do pronome outro, por exemplo, que indica certa pessoa ou de lei.
coisa, pressupondo necessariamente a existência de ao menos uma
além daquela indicada. — Ponto de Interrogação
Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que nunca É um sinal (?) colocado no final da oração com entonação inter-
lançou um livro, dizer que ele estará autografando seu outro livro. rogativa ou de incerteza, seja real ou fingida.
O uso de outro pressupõe, necessariamente, ao menos um livro A interrogação conclusa aparece no final do enunciado e re-
além daquele que está sendo autografado. quer que a palavra seguinte se inicie por maiúscula. Já a interro-
gação interna (quase sempre fictícia), não requer que a próxima
palavra se inicia com maiúscula.
PONTUAÇÃO. Ex.: — Você acha que a gramática da Língua Portuguesa é com-
plicada?
Para a elaboração de um texto escrito, deve-se considerar o uso — Meu padrinho? É o Excelentíssimo Senhor coronel Paulo Vaz
adequado dos sinais de pontuação como: pontos, vírgula, ponto e Lobo Cesar de Andrade e Sousa Rodrigues de Matos.
vírgula, dois pontos, travessão, parênteses, reticências, aspas, etc.
Tais sinais têm papéis variados no texto escrito e, se utilizados Assim como outros sinais, o ponto de interrogação não requer
corretamente, facilitam a compreensão e entendimento do texto. que a oração termine por ponto final, a não ser que seja interna.
Ex.: “Esqueceu alguma cousa? perguntou Marcela de pé, no
— A Importância da Pontuação patamar”.
1
As palavras e orações são organizadas de maneira sintática,
semântica e também melódica e rítmica. Sem o ritmo e a melodia, Em diálogos, o ponto de interrogação pode aparecer acompa-
os enunciados ficariam confusos e a função comunicativa seria pre- nhando do ponto de exclamação, indicando o estado de dúvida de
judicada. um personagem perante diante de um fato.
O uso correto dos sinais de pontuação garante à escrita uma Ex.: — “Esteve cá o homem da casa e disse que do próximo mês
solidariedade sintática e semântica. O uso inadequado dos sinais de em diante são mais cinquenta...
pontuação pode causar situações desastrosas, como em: — ?!...”
– Não podem atirar! (entende-se que atirar está proibido)
— Ponto de Exclamação
1 BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, Este sinal (!) é colocado no final da oração enunciada com en-
2009. tonação exclamativa.
6
LÍNGUA PORTUGUESA
Ex.: “Que gentil que estava a espanhola!” Caso denote equivalência, o ou posto entre os dois termos não
“Mas, na morte, que diferença! Que liberdade!” é separado por vírgula.
Ex.: Solteiro ou solitário se prende ao mesmo termo latino.
Este sinal é colocado após uma interjeição.
Ex.: — Olé! exclamei. - Em aposições, a não ser no especificativo.
— Ah! brejeiro! Ex.: “ora enfim de uma casa que ele meditava construir, para
residência própria, casa de feitio moderno...”
As mesmas observações vistas no ponto de interrogação, em
relação ao emprego do ponto final e ao uso de maiúscula ou mi- - Para separar os pleonasmos e as repetições, quando não tive-
núscula inicial da palavra seguinte, são aplicadas ao ponto de ex- rem efeito superlativamente.
clamação. Ex.: “Nunca, nunca, meu amor!”
A casa é linda, linda.
— Reticências
As reticências (...) demonstram interrupção ou incompletude - Para intercalar ou separar vocativos e apostos.
de um pensamento. Ex.: Brasileiros, é chegada a hora de buscar o entendimento.
Ex.: — “Ao proferir estas palavras havia um tremor de alegria É aqui, nesta querida escola, que nos encontramos.
na voz de Marcela: e no rosto como que se lhe espraiou uma onda
de ventura...” - Para separar orações adjetivas de valor explicativo.
— “Não imagina o que ela é lá em casa: fala na senhora a todos Ex.: “perguntava a mim mesmo por que não seria melhor depu-
os instantes, e aqui aparece uma pamonha. Ainda ontem... tado e melhor marquês do que o lobo Neves, — eu, que valia mais,
muito mais do que ele, — ...”
Quando colocadas no fim do enunciado, as reticências dispen-
sam o ponto final, como você pode observar nos exemplos acima. - Para separar, na maioria das vezes, orações adjetivas restritiva
As reticências, quando indicarem uma enumeração inconclusa, de certa extensão, ainda mais quando os verbos de duas orações
podem ser substituídas por etc. distintas se juntam.
Ao transcrever um diálogo, elas indicam uma não resposta do Ex.: “No meio da confusão que produzira por toda a parte este
interlocutor. Já em citações, elas podem ser postas no início, no acontecimento inesperado e cujo motivo e circunstâncias inteira-
meio ou no fim, indicando supressão do texto transcrito, em cada mente se ignoravam, ninguém reparou nos dois cavaleiros...”
uma dessas partes.
Quando ocorre a supressão de um trecho de certa extensão, IMPORTANTE!
geralmente utiliza-se uma linha pontilhada. Mesmo separando por vírgula o sujeito expandido pela oração
As reticências podem aparecer após um ponto de exclamação adjetiva, esta pontuação pode acontecer.
ou interrogação. Ex.: Os que falam em matérias que não entendem, parecem
fazer gala da sua própria ignorância.
— Vírgula
A vírgula (,) é utilizada: - Para separar orações intercaladas.
- Para separar termos coordenados, mesmo quando ligados por Ex.: “Não lhe posso dizer com certeza, respondi eu”
conjunção (caso haja pausa).
Ex.: “Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado”. - Para separar, geralmente, adjuntos adverbiais que precedem
o verbo e as orações adverbiais que aparecem antes ou no meio da
IMPORTANTE! sua principal.
Quando há uma série de sujeitos seguidos imediatamente de Ex.: “Eu mesmo, até então, tinha-vos em má conta...”
verbo, não se separa do verbo (por vírgula) o ultimo sujeito da série
. - Para separar o nome do lugar em datas.
Ex.: Carlos Gomes, Vítor Meireles, Pedro Américo, José de Ex.: São Paulo, 14 de janeiro de 2020.
Alencar tinham-nas começado.
- Para separar os partículas e expressões de correção, continu-
- Para separar orações coordenadas aditivas, mesmo que estas ação, explicação, concessão e conclusão.
se iniciem pela conjunção e, proferidas com pausa. Ex.: “e, não obstante, havia certa lógica, certa dedução”
Ex.: “Gostava muito das nossas antigas dobras de ouro, e eu Sairá amanhã, aliás, depois de amanhã.
levava-lhe quanta podia obter”.
- Para separar advérbios e conjunções adversativos (porém,
- Para separar orações coordenadas alternativas (ou, quer, todavia, contudo, entretanto), principalmente quando pospostos.
etc.), quando forem proferidas com pausa. Ex.: “A proposta, porém, desdizia tanto das minhas sensações
Ex.: Ele sairá daqui logo, ou eu me desligarei do grupo. últimas...”
7
MATEMÁTICA
25
MATEMÁTICA
Continuando... Solução:
A + B + C = 96 S+T+H=42
x + x + 2x = 96 S = 2 . 2x = 4x
4x = 96 T = 2x
H=x
x= T=?
x = 24
Continuando...
Continuando S + T + H = 42
C = 2x 4x + 2x + x = 42
C= 2 . 24 7x = 42
C=48
x=
Resposta: Alternativa A x=6
26
MATEMÁTICA
Solução: (D) 55
Razão é a mesma coisa que divisão (E) 66
Total = 153
Solução:
= Presente:
C=? A=x
B = 3x
Continuando... Futuro: ( + 11 anos)
Colocando o K (constante de proporcionalidade) para descobrir B = 2A
seu valor. 3x + 11 = 2 (x + 11)
= Continuando...
2K + 7K = 153 3x + 11 = 2 (x + 11)
9K = 153 3 x + 11 = 2x + 22
K= 3x – 2x = 22 -11
K = 17 x = 11
Continuando... Continuando...
C= 7K Soando as idades.
C= 7 . 17 = 119 A+B=?
A = x = 11
Resposta: Alternativa B B = 3x = 3 . 11 = 33
7 – Na venda de um automóvel, a comissão referente a essa A + B = 11+ 33 = 44
venda foi dividida entre dois corretores, A e B, em partes direta-
mente proporcionais a 3 e 5, respectivamente. Se B recebeu R$ Resposta: Alternativa C
500,00 a mais que A, então o valor total recebido por A foi:
(A) R$ 550,00. MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM; MÁXIMO DIVISOR
(B) R$ 650,00. COMUM;
(C) R$ 750,00.
(D) R$ 850,00.
Múltiplos
Solução: Dizemos que um número é múltiplo de outro quando o primei-
Colocando a proporcionalidade ro é resultado da multiplicação entre o segundo e algum número
A= 3K natural e o segundo, nesse caso, é divisor do primeiro. O que sig-
B = 5K nifica que existem dois números, x e y, tal que x é múltiplo de y se
B – A = 500 existir algum número natural n tal que:
A=? x = y·n
8 – Uma pessoa possui o triplo da idade de uma outra. Daqui Critérios de divisibilidade
a 11 anos terá o dobro. Qual é a soma das idades atuais dessas São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número
pessoas? é ou não divisível por outro, sem que seja necessário efetuarmos
(A) 22 a divisão.
(B) 33 No quadro abaixo temos um resumo de alguns dos critérios:
(C) 44
27
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Área de transferência
A área de transferência é muito importante e funciona em se-
gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários
tipos de itens, tais como arquivos, informações etc.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”,
estamos copiando dados para esta área intermediária.
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”,
estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na
área de transferência.
57
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Inicialização e finalização
– Ferramentas do sistema
• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o pró-
prio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente
confirmar sua exclusão.
Quando fizermos login no sistema, entraremos direto no Windows,
porém para desligá-lo devemos recorrer ao e:
58
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Microsoft Office
• Alinhamentos
Ao digitar um texto, frequentemente temos que alinhá-lo para
atender às necessidades. Na tabela a seguir, verificamos os alinha-
mentos automáticos disponíveis na plataforma do Word.
59
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico de Processos Administrativos Júnior
77
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A Administração Pública também possui elementos que a com- Regime Jurídico Administrativo: é composto por todos os prin-
põe, são eles: as pessoas jurídicas de direito público e de direito cípios e demais dispositivos legais que formam o Direito Adminis-
privado por delegação, órgãos e agentes públicos que exercem a trativo. As diretrizes desse regime são lançadas por dois princípios
função administrativa estatal. centrais, ou supraprincípios que são a Supremacia do Interesse Pú-
blico e a Indisponibilidade do Interesse Público.
— Observação importante:
Pessoas jurídicas de direito público são entidades estatais aco-
Conclama a necessidade da sobreposi-
pladas ao Estado, exercendo finalidades de interesse imediato da SUPREMACIA DO
ção dos interesses da coletividade sobre
coletividade. Em se tratando do direito público externo, possuem INTERESSE PÚBLICO
os individuais.
a personalidade jurídica de direito público cometida à diversas na-
ções estrangeiras, como à Santa Sé, bem como a organismos inter- Sua principal função é orientar a
INDISPONIBILIDA-
nacionais como a ONU, OEA, UNESCO.(art. 42 do CC). atuação dos agentes públicos para que
DE DO INTERESSE
No direito público interno encontra-se, no âmbito da adminis- atuem em nome e em prol dos interes-
PÚBLICO
tração direta, que cuida-se da Nação brasileira: União, Estados, Dis- ses da Administração Pública.
trito Federal, Territórios e Municípios (art. 41, incs. I, II e III, do CC).
No âmbito do direito público interno encontram-se, no campo Ademais, tendo o agente público usufruído das prerrogativas
da administração indireta, as autarquias e associações públicas (art. de atuação conferidas pela supremacia do interesse público, a in-
41, inc. IV, do CC). Posto que as associações públicas, pessoas jurídi- disponibilidade do interesse público, com o fito de impedir que tais
cas de direito público interno dispostas no inc. IV do art. 41 do CC, prerrogativas sejam utilizadas para a consecução de interesses pri-
pela Lei n.º 11.107/2005,7 foram sancionadas para auxiliar ao con- vados, termina por colocar limitações aos agentes públicos no cam-
sórcio público a ser firmado entre entes públicos (União, Estados, po de sua atuação, como por exemplo, a necessidade de aprovação
Municípios e Distrito Federal). em concurso público para o provimento dos cargos públicos.
78
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
O princípio da moralidade exige que o administrador tenha especializado de certas atividades, são consideradas como sendo
conduta pautada de acordo com a ética, com o bom senso, bons manifestação da descentralização por serviço, funcional ou técnica,
costumes e com a honestidade. O ato administrativo terá que obe- de modo geral.
decer a Lei, bem como a ética da própria instituição em que o agen-
te atua. Entretanto, não é suficiente que o ato seja praticado apenas Desconcentração e Descentralização
nos parâmetros da Lei, devendo, ainda, obedecer à moralidade. Consiste a desconcentração administrativa na distribuição in-
terna de competências, na esfera da mesma pessoa jurídica. Assim
– Princípio da Publicidade: Trata-se de um mecanismo de con- sendo, na desconcentração administrativa, o trabalho é distribuído
trole dos atos administrativos por meio da sociedade. A publicidade entre os órgãos que integram a mesma instituição, fato que ocorre
está associada à prestação de satisfação e informação da atuação de forma diferente na descentralização administrativa, que impõe
pública aos administrados. Via de regra é que a atuação da Admi- a distribuição de competência para outra pessoa, física ou jurídica.
nistração seja pública, tornando assim, possível o controle da socie- Ocorre a desconcentração administrativa tanto na administra-
dade sobre os seus atos. ção direta como na administração indireta de todos os entes fede-
Ocorre que, no entanto, o princípio em estudo não é abso- rativos do Estado. Pode-se citar a título de exemplo de desconcen-
luto. Isso ocorre pelo fato deste acabar por admitir exceções pre- tração administrativa no âmbito da Administração Direta da União,
vistas em lei. Assim, em situações nas quais, por exemplo, devam os vários ministérios e a Casa Civil da Presidência da República; em
ser preservadas a segurança nacional, relevante interesse coletivo e âmbito estadual, o Ministério Público e as secretarias estaduais,
intimidade, honra e vida privada, o princípio da publicidade deverá dentre outros; no âmbito municipal, as secretarias municipais e
ser afastado. as câmaras municipais; na administração indireta federal, as várias
agências do Banco do Brasil que são sociedade de economia mista,
Sendo a publicidade requisito de eficácia dos atos administra- ou do INSS com localização em todos os Estados da Federação.
tivos que se voltam para a sociedade, pondera-se que os mesmos Ocorre que a desconcentração enseja a existência de vários
não poderão produzir efeitos enquanto não forem publicados. órgãos, sejam eles órgãos da Administração Direta ou das pessoas
jurídicas da Administração Indireta, e devido ao fato desses órgãos
– Princípio da Eficiência: A atividade administrativa deverá ser estarem dispostos de forma interna, segundo uma relação de su-
exercida com presteza, perfeição, rendimento, qualidade e econo- bordinação de hierarquia, entende-se que a desconcentração admi-
micidade. Anteriormente era um princípio implícito, porém, hodier- nistrativa está diretamente relacionada ao princípio da hierarquia.
namente, foi acrescentado, de forma expressa, na CFB/88, com a Registra-se que na descentralização administrativa, ao invés
EC n. 19/1998. de executar suas atividades administrativas por si mesmo, o Estado
transfere a execução dessas atividades para particulares e, ainda a
São decorrentes do princípio da eficiência: outras pessoas jurídicas, de direito público ou privado.
a. A possibilidade de ampliação da autonomia gerencial, orça- Explicita-se que, mesmo que o ente que se encontre distribuin-
mentária e financeira de órgãos, bem como de entidades adminis- do suas atribuições e detenha controle sobre as atividades ou ser-
trativas, desde que haja a celebração de contrato de gestão. viços transferidos, não existe relação de hierarquia entre a pessoa
b. A real exigência de avaliação por meio de comissão especial que transfere e a que acolhe as atribuições.
para a aquisição da estabilidade do servidor Efetivo, nos termos do
art. 41, § 4º da CFB/88. Criação, extinção e capacidade processual dos órgãos públicos
Os arts. 48, XI e 61, § 1º da CFB/1988 dispõem que a criação
Administração direta e indireta e a extinção de órgãos da administração pública dependem de lei
A princípio, infere-se que Administração Direta é correspon- de iniciativa privativa do chefe do Executivo a quem compete, de
dente aos órgãos que compõem a estrutura das pessoas federativas forma privada, e por meio de decreto, dispor sobre a organização
que executam a atividade administrativa de maneira centralizada. O e funcionamento desses órgãos públicos, quando não ensejar au-
vocábulo “Administração Direta” possui sentido abrangente vindo a mento de despesas nem criação ou extinção de órgãos públicos
compreender todos os órgãos e agentes dos entes federados, tanto (art. 84, VI, b, CF/1988). Desta forma, para que haja a criação e ex-
os que fazem parte do Poder Executivo, do Poder Legislativo ou do tinção de órgãos, existe a necessidade de lei, no entanto, para dis-
Poder Judiciário, que são os responsáveis por praticar a atividade por sobre a organização e o funcionamento, denota-se que poderá
administrativa de maneira centralizada. ser utilizado ato normativo inferior à lei, que se trata do decreto.
Já a Administração Indireta, é equivalente às pessoas jurídicas Caso o Poder Executivo Federal desejar criar um Ministério a mais,
criadas pelos entes federados, que possuem ligação com as Admi- o presidente da República deverá encaminhar projeto de lei ao Con-
nistrações Diretas, cujo fulcro é praticar a função administrativa de gresso Nacional. Porém, caso esse órgão seja criado, sua estrutu-
maneira descentralizada. ração interna deverá ser feita por decreto. Na realidade, todos os
Tendo o Estado a convicção de que atividades podem ser exer- regimentos internos dos ministérios são realizados por intermédio
cidas de forma mais eficaz por entidade autônoma e com persona- de decreto, pelo fato de tal ato se tratar de organização interna do
lidade jurídica própria, o Estado transfere tais atribuições a particu- órgão. Vejamos:
lares e, ainda pode criar outras pessoas jurídicas, de direito público
ou de direito privado para esta finalidade. Optando pela segunda ÓRGÃO — é criado por meio de lei.
opção, as novas entidades passarão a compor a Administração Indi- ORGANIZAÇÃO INTERNA — pode ser feita por DECRETO, des-
reta do ente que as criou e, por possuírem como destino a execução de que não provoque aumento de despesas, bem como a criação
ou a extinção de outros órgãos.
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III - objeto da permissão: delegação, a título precário, da pres- e) extinguir a concessão, nos casos previstos nesta lei e nos
tação e exploração do Serviço de Transporte Coletivo Público de contratos;
Passageiros, no Subsistema Local, nos limites do Município; f) revogar e extinguir a permissão, nos casos previstos nesta lei
IV - operador do serviço: pessoas físicas ou jurídicas, inclusive e nos contratos;
consórcio de empresas, a quem for delegada a execução do Serviço g) homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas, me-
de Transporte Coletivo Público de Passageiros; diante as normas pertinentes e os contratos;
V - poder concedente e permitente: Poder Público; h) zelar pela boa qualidade do serviço, observadas as condições
VI - tarifa: preço público fixado pelo Poder Público, a ser pago de eficiência, regularidade, segurança, rapidez, continuidade, con-
pelo usuário pela utilização do Serviço de Transporte Coletivo Públi- forto, modicidade tarifária, manutenção dos equipamentos, atua-
co de Passageiros; lidade tecnológica e acessibilidade, particularmente para pessoas
VII - remuneração dos operadores: valor a ser pago aos opera- com deficiência, idosos e gestantes;
dores e definido em procedimento licitatório. i) receber, apurar e solucionar denúncias e reclamações dos
Art. 6º - Fica o Poder Público autorizado a delegar a terceiros, usuários, que serão cientificados das providências tomadas;
por meio de concessão ou permissão, a prestação e a exploração do j) estimular o aumento da produtividade dos serviços e da pre-
Serviço de Transporte Coletivo Público de Passageiros, no todo ou servação do meio ambiente;
em parte, conforme disposto nos artigos 128 e 172 da Lei Orgânica l) implantar mecanismos permanentes de informação sobre os
do Município de São Paulo: serviços prestados para facilitar o seu acesso aos usuários.
I - a concessão será outorgada à pessoa jurídica ou consórcio de Parágrafo único - Para o exercício das atribuições dispostas nes-
empresas brasileiras, constituído para o procedimento licitatório; te artigo, o Poder Público poderá contratar serviços especializados
II - a permissão, a título precário, será outorgada a pessoa física de empresas de engenharia e de arquitetura consultivas, mediante
ou jurídica. prévio procedimento licitatório, nos termos do artigo 128 da Lei Or-
§1º - O disposto no “caput” deste artigo, respeitados os contra- gânica do Município de São Paulo, aplicando-se as regras previstas
tos firmados, não impede o Poder Público de utilizar outras formas nesta lei e as demais disposições legais federais e municipais perti-
ou instrumentos jurídicos para transferir a terceiros a operação di- nentes.
reta do Serviço de Transporte Coletivo Público de Passageiros, me- Art. 9° - Constitui obrigação dos operadores prestar o serviço
diante prévio procedimento licitatório, nos termos do §1º do artigo delegado, de forma adequada à plena satisfação dos usuários, con-
128 da Lei Orgânica do Município, aplicando-se as regras previstas forme disposições estabelecidas na Lei Federal nº 8.987, de 13 de
nesta lei e as demais disposições legais federais e municipais perti- fevereiro de 1995, bem como na Lei Federal nº 8.666, de 21 de ju-
nentes. nho de 1993, e alterações subseqüentes, nos regulamentos, editais
§2º - Em caráter emergencial e a título precário, o Poder Pú- e contratos, e em especial:
blico poderá utilizar outros instrumentos jurídicos para transferir a I - prestar todas as informações solicitadas pelo Poder Público;
operação do serviço, objeto do “caput” deste artigo, até que seja II - efetuar e manter atualizada sua escrituração contábil e de
possível o restabelecimento da normalidade de sua execução. qualquer natureza, elaborando demonstrativos mensais, semes-
Art. 7º - Fica o Poder Público autorizado a delegar a terceiros, trais e anuais, de acordo com o plano de contas, modelos e padrões
operadores ou não, individualmente ou em consórcio, sob o regime determinados pelo Poder Público, de modo a possibilitar a fiscali-
de concessão, a exploração dos bens públicos vinculados ao Serviço zação pública;
de Transporte Coletivo Público de Passageiros do Município, me- III - cumprir as normas de operação e arrecadação, inclusive as
diante prévio procedimento licitatório. atinentes à cobrança de tarifa;
Parágrafo único - O disposto no “caput” deste artigo não im- IV - operar somente com pessoal devidamente capacitado e ha-
pede o Poder Executivo de conceder o uso de próprios municipais bilitado, mediante contratações regidas pelo direito privado e legis-
para serem utilizados pelo operador diretamente na exploração do lação trabalhista, assumindo todas as obrigações delas decorrentes,
serviço concedido ou em empreendimentos associados, de acordo não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros
com as condições que serão definidas no edital e no contrato. contratados pelo operador e o Poder Público;
Art. 8º - Constituem atribuições do Poder Público: V - utilizar somente veículos que preencham os requisitos de
I - planejar os serviços do Sistema de Transporte Coletivo Urba- operação, conforme previsto nas normas regulamentares ou gerais
no de Passageiros; pertinentes;
II - autorizar e regular todas as linhas ou trechos de linha dos VI - promover a atualização e o desenvolvimento tecnológico
Serviços de Transporte Coletivo Urbano, terminais e paradas, que das instalações, equipamentos e sistemas, com vistas a assegurar
estejam em território do Município, independentemente de sua ori- a melhoria da qualidade do serviço e a preservação do meio am-
gem ou do poder delegador, disciplinando a sua inserção no espaço biente;
urbano do Município, especialmente quanto ao Sistema Integrado; VII - executar as obras previstas no edital e no contrato de con-
III - regulamentar o Serviço de Transporte Coletivo Público de cessão, com a prévia autorização e acompanhamento do Poder Exe-
Passageiros, observando-se as seguintes diretrizes: cutivo;
a) cumprir e fazer cumprir as disposições que regem o Serviço, VIII - adequar a frota às necessidades do serviço, obedecidas as
bem como as cláusulas do contrato; normas fixadas pelo Poder Executivo;
b) fiscalizar e controlar permanentemente a prestação do ser- IX - garantir a segurança e a integridade física dos usuários;
viço; X - apresentar periodicamente a comprovação de regularidade
c) aplicar as penalidades legais, regulamentares e contratuais; das obrigações previdenciárias, tributárias e trabalhistas.
d) intervir na concessão, nos casos e condições previstos na Lei
nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;
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Parágrafo único - Na hipótese de deficiências no Serviço de V - os direitos dos usuários, notadamente aqueles referentes à
Transporte Coletivo Público de Passageiros, decorrentes de caso qualidade do serviço;
fortuito ou força maior, a prestação do serviço será atribuída a ou- VI - os prazos de início de etapas de execução, conforme o caso;
tros operadores, que responderão por sua continuidade, na forma VII - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução,
estabelecida em decreto. quando exigidas;
Art. 10 - As concessões e permissões para a prestação dos ser- VIII - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da
viços serão outorgadas mediante prévia licitação, que obedecerá classificação funcional programática e da categoria econômica;
às normas da legislação municipal e federal sobre licitações e con- IX - as penalidades contratuais e administrativas a que se sujei-
tratos administrativos, bem como à lei federal que dispõe sobre as ta o operador e sua forma de aplicação;
concessões e permissões de serviços públicos, observando-se sem- X - os critérios e as fórmulas de cálculo das amortizações e de-
pre a garantia dos princípios constitucionais da legalidade, da mora- preciações de investimentos que se fizerem necessários;
lidade, da publicidade e da impessoalidade, e os princípios básicos XI - os bens reversíveis;
da seleção da proposta mais vantajosa para o interesse coletivo, da XII - os casos de rescisão;
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocató- XIII - a legislação aplicável à execução do contrato e especial-
rio e do julgamento objetivo. mente aos casos omissos;
§1º - No procedimento licitatório de que trata o “caput”, o Po- XIV - a obrigação do contratado de manter, durante toda a sua
der Público poderá conjugar uma área local e uma área estrutural execução, em compatibilidade com as obrigações por ele assumi-
para efeitos de outorga da concessão. das, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na
§2º - No julgamento de cada licitação, deverão ser aplicados os licitação.
critérios estabelecidos no artigo 15 da Lei Federal nº 8.987, de 13 de Art. 14 - Incumbe ao operador a execução do serviço delegado,
fevereiro de 1995, e suas alterações. cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados, por dolo
Art. 11 - Decreto elaborado pelo Poder Executivo, com base em ou culpa, devidamente comprovados em processo administrativo,
prévios estudos técnicos e econômicos, determinará em especial: ao Poder Público, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização
I - o prazo de concessão e de permissão, bem como sua pos- exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsa-
sibilidade de prorrogação, obedecidos os prazos máximos fixados bilidade.
nesta lei; §1º - Sem prejuízo da responsabilidade a que se refere o
II - a região ou área, a modalidade e forma de prestação dos “caput” deste artigo, o operador poderá contratar com terceiros
serviços a que se refere cada contrato de concessão ou de permis- o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou comple-
são; mentares ao serviço concedido, bem como a implementação de
III - as características básicas da infra-estrutura, dos equipa- projetos associados.
mentos e dos veículos mais adequados para a execução do objeto §2º - Os contratos celebrados entre o operador e os terceiros a
de cada contrato; que se refere o parágrafo anterior reger-se-ão pelas normas do di-
IV - a possibilidade ou a obrigação de investimentos do opera- reito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre
dor em obras públicas; os terceiros e o Poder Público.
V - o ônus da delegação, quando existente; §3º - A execução das atividades contratadas com terceiros pres-
VI - as formas de remuneração do serviço. supõe o cumprimento das normas estabelecidas em decreto.
Art. 12 - A concessão ou permissão de que trata o artigo 6º Art. 15 - É vedada a subconcessão dos serviços delegados.
desta lei implicará, automaticamente, na vinculação ao serviço dos Art. 16 - A operadora poderá transferir a concessão e o controle
meios materiais e humanos utilizados pelo operador, quaisquer que acionário, bem como realizar fusões, incorporações e cisões, desde
sejam. que com a anuência do Poder Público, sob pena de caducidade da
Art. 13 - Os contratos para a execução dos serviços de que tra- concessão.
ta esta lei, regulam-se pelas cláusulas e pelos preceitos de direito Parágrafo único - Para fins da anuência de que trata o “caput”
público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da Teoria deste artigo, o pretendente deverá:
Geral dos Contratos e as disposições de direito privado. I - atender integralmente às exigências estabelecidas no proce-
Parágrafo único - Os contratos devem estabelecer, com clareza dimento licitatório que precedeu a concessão;
e precisão, as condições para sua execução expressas em cláusulas II - comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do contrato
que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em vigor, sub-rogando-se em todos os direitos e obrigações do ce-
em conformidade com os termos da licitação e das propostas a que dente e prestando todas as garantias necessárias.
se vinculam, sendo cláusulas necessárias as previstas no artigo 23 Art. 17 - Extingue-se a concessão nos seguintes casos:
da Lei nº 8.987/95, bem como as a seguir arroladas: I - advento do termo do contrato;
I - o objeto, seus elementos característicos, e prazos da con- II - encampação;
cessão; III - caducidade;
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; IV - rescisão;
III - o valor da remuneração e as condições de pagamento, os V - anulação;
critérios, a data-base e periodicidade do reajustamento de preços, VI - falência ou extinção da empresa concessionária e faleci-
os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento mento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
das obrigações e a do efetivo pagamento; §1º - Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos
IV - os direitos, garantias e obrigações do Poder Público e dos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessio-
operadores, em relação a alterações e expansões a serem realiza- nário, conforme previsto no edital e estabelecido no contrato.
das no futuro, para garantir a continuidade da prestação do serviço;
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