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CÓD: OP-136ST-23

7908403541805

MARICÁ-RJ
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARICÁ - RIO DE JANEIRO

Agente Municipal de Trânsito


EDITAL Nº 1/2023
• A Opção não está vinculada às organizadoras de Concurso Público. A aquisição do material não garante sua inscrição ou ingresso na
carreira pública,

• Sua apostila aborda os tópicos do Edital de forma prática e esquematizada,

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no prazo de até 05 dias úteis.,

• É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal.

Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização.


ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Língua portuguesa, a variedade padrão e a variação: variantes diatópicas, diastráticas, diafásicas, diacrônicas e diamési-
cas............................................................................................................................................................................................... 5
2. Ortografia oficial. ....................................................................................................................................................................... 9
3. Léxico e significação das palavras. ............................................................................................................................................. 9
4. Classes, estrutura e formação de palavras. ................................................................................................................................ 10
5. Flexão nominal e verbal. ............................................................................................................................................................ 18
6. Emprego de tempos e modos verbais. ....................................................................................................................................... 23
7. Concordância, regência e colocação. ......................................................................................................................................... 23
8. Estrutura sintática da frase. ....................................................................................................................................................... 27
9. Processos de conexões e conectores. ........................................................................................................................................ 30
10. Estilo e figuras de linguagem...................................................................................................................................................... 30
11. Texto e discurso.......................................................................................................................................................................... 34
12. Fatores pragmáticos da textualidade: coesão, coerência, informatividade, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade
e intertextualidade. Processos de referenciação........................................................................................................................ 36
13. Gêneros textuais e tipos de textos: descritivo, narrativo, expositivo, argumentativo e injuntivo.............................................. 38
14. Pontuação................................................................................................................................................................................... 38

Raciocínio Lógico
1. Sequências lógicas e leis de formação: verbais, numéricas e geométricas. ............................................................................... 53
2. Teoria dos conjuntos: simbologia, operações e diagramas de Venn-Euler. ................................................................................ 54
3. Problemas sobre as quatro operações fundamentais da Matemática. ...................................................................................... 56
4. Proporções. ................................................................................................................................................................................ 58
5. Regra de três simples e composta. ............................................................................................................................................ 60
6. Regra de sociedade. ................................................................................................................................................................... 61
7. Análise combinatória. ................................................................................................................................................................ 64
8. Aplicações do Princípio Fundamental da Contagem e do Princípio da Casa de Pombos. .......................................................... 67
9. Noções de probabilidades: definições, propriedades e problemas............................................................................................ 68

Noções de Informática
1. Hardware e Software. ................................................................................................................................................................ 71
2. Sistemas Operacionais e Redes de Computadores: Conceitos................................................................................................... 71
3. MS-Windows 7/8/10/11 (Português), Conceitos, pastas, diretórios, arquivos e atalhos; Área de trabalho, Área de transferên-
cia; Manipulação de arquivos e pastas; Uso dos menus, programas e aplicativos;.................................................................... 79
4. Interação com o conjunto de aplicativos MS-Office. MS-Word 2010/2013/2016/2019 (Português): Conceitos; Estru-
tura básica dos documentos; Edição, impressão e formatação de textos; Comandos, recursos e usabilidade; MS-Excel
2010/2013/2016/2019 (Português): Conceitos; Comandos; recursos e usabilidade; Estrutura básica das planilhas; Interface,
Fórmulas, Funções e Gráficos. MSPowerpoint 2010/2013/2016/2019 (Português): Conceitos, estrutura básica das apresen-
tações; Comandos, recursos e usabilidade; ............................................................................................................................... 87
5. LibreOffice 7.6.0 (Português): conceitos, recursos e usabilidade............................................................................................... 92
ÍNDICE

6. Correio Eletrônico: Webmail e gerenciadores de correio eletrônico, uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensa-
gens, anexação de arquivos........................................................................................................................................................ 96
7. Internet: Conceitos, navegadores, grupos de discussão, redes sociais e comunicadores instantâneos, domínios, URL, links,
sites, busca e impressão de páginas........................................................................................................................................... 96
8. Segurança da Informação: Conceitos, proteção e segurança, vulnerabilidades, ameaças e tipos de ataques, backup, cripto-
grafia e assinatura digital............................................................................................................................................................ 96

Conhecimentos Específicos
Agente Municipal de Trânsito
1. Estatuto dos Funcionários Públicos Civis Municipais: Lei Complementar nº 01, de 09 de maio de 1990, com as alterações da
Lei Complementar nº 13, de 16 de outubro de 1991, e da Lei Complementar nº 34, de 1 de setembro de 1993..................... 101
2. Criação dos cargos de Agente Municipal de Trânsito e Analista de Trânsito: Lei Complementar nº 382, de 23/08/2023:
altera a Lei 1.517/1996, extinguindo e criando cargos no quadro de provimento efetivo de servidores no poder executivo
municipal.................................................................................................................................................................................... 121
3. Legislação de trânsito: Lei Federal n.º 9.503/97 – Código de Trânsito Brasileiro: CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES.
CAPÍTULO II - DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO. CAPÍTULO III - DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA.
CAPÍTULO IV - DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS. CAPÍTULO V - DO CIDADÃO. CAPÍTULO
VI - DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO. CAPÍTULO VII - DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO. CAPÍTULO VIII - DA ENGENHARIA DE
TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA FISCALIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO. CAPÍTULO IX - DOS VEÍCULOS.
CAPÍTULO XV - DAS INFRAÇÕES. CAPÍTULO XVI - DAS PENALIDADES. CAPÍTULO XVII - DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS. CAPÍ-
TULO XVIII - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. CAPÍTULO XIX - DOS CRIMES DE TRÂNSITO. CAPÍTULO XX - DISPOSIÇÕES FINAIS
E TRANSITÓRIAS. ANEXO I - DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES...................................................................................................... 122
4. Resoluções do CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito: Resolução nº 798/2020, alterada pela Resolução nº 804/2020:
Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para a fiscalização da velocidade de veículos automotores, elétricos, reboques e
semirreboques............................................................................................................................................................................ 166
5. Resolução nº 909/2022: Consolida normas de fiscalização de trânsito por intermédio de videomonitoramento.................... 171
6. Resolução nº 973/2022: Institui o Regulamento de Sinalização Viária. Vol. I - Sinalização Vertical de Regulamentação (Anexo
I); Vol. II - Sinalização Vertical de Advertência (Anexo II); Vol. III - Sinalização Vertical de Indicação (Anexo III); Vol. IV - Si-
nalização Horizontal (Anexo IV); Vol. V - Sinalização Semafórica (Anexo V); Vol. VI - Dispositivos Auxiliares (Anexo VI); Vol.
VII - Sinalização Temporária (Anexo VII); Vol. VIII - Sinalização Cicloviária (Anexo VIII); Vol. IX - Sinalização de Cruzamentos
Rodoferroviários (Anexo IX)........................................................................................................................................................ 172
7. Resolução nº 985/2022: Aprova o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito (MBFT) e anexos........................................... 173
LÍNGUA PORTUGUESA

Um homem magro, de bigodinho e cabelo glostorado, apare-


LÍNGUA PORTUGUESA, A VARIEDADE PADRÃO E A ceu:
VARIAÇÃO: VARIANTES DIATÓPICAS, DIASTRÁTICAS, “Ah, comissário Pádua... Que prazer! Que alegria!”
DIAFÁSICAS, DIACRÔNICAS E DIAMÉSICAS. “Não quero papo-furado, Almeidinha. Quero falar com dona
Laura.”
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA “Ela no momento está muito ocupada. Não pode ser comigo?”
“Não, não pode ser com você. Dá o fora e chama logo a Laura.”
Assim como outras, a língua portuguesa no Brasil é extrema- “Vou mandar servir um uisquinho.”
mente heterogênea. As diferentes manifestações e realizações da “Não queremos nenhum uisquinho. Chama a dona.”2
língua, as diversas formas que a língua possui, decorrentes de fa-
tores de natureza histórica, regional, sociocultural ou situacional As variações que distinguem uma variante de outra se manifes-
constituem o que chamamos de variações linguísticas. Essas varia- tam em quatro planos distintos, a saber: fônico, morfológico, sintá-
ções podem ocorrer nas camadas fonológica, morfológica, sintáti- tico e lexical.
ca, léxica e semântica; em certos momentos ocorrem duas ou mais
variações ao mesmo tempo em um discurso. Variações Fônicas
Entenda: a variação linguística é inerente ao discurso dos falan- São as que ocorrem no modo de pronunciar os sons constituin-
tes de qualquer língua, pois a língua é a forma que o homem tem tes da palavra. Os exemplos de variação fônica são abundantes e,
de entender o seu universo interno e externo; portanto, a idade, o ao lado do vocabulário, constituem os domínios em que se percebe
sexo, o meio social, o espaço geográfico, tudo isso torna a língua com mais nitidez a diferença entre uma variante e outra. Entre es-
peculiar.1 ses casos, podemos citar:
- A queda do “r” final dos verbos, muito comum na linguagem
Os dois aspectos mais facilmente perceptíveis da variação lin- oral no português: falá, vendê, curti (em vez de curtir), compô.
guística são a pronúncia e o vocabulário. - O acréscimo de vogal no início de certas palavras: eu me alem-
bro, o pássaro avoa, formas comuns na linguagem clássica, hoje
Tipos de Variações frequentes na fala caipira.
- A queda de sons no início de palavras: ocê, cê, ta, tava, marelo
a) As variações de uma região para outra são chamadas varian- (amarelo), margoso (amargoso), características na linguagem oral
tes diatópicas. Como por exemplo: “Abóbora” em certos locais é coloquial.
conhecida como “Jerimum”. - A redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis (Petró-
polis), fórfi (fósforo), porva (pólvora), todas elas formas típicas de
b) As variações de um grupo social para outro são chamadas pessoas de baixa condição social.
variantes diastráticas. Essas variações são muito numerosas e po- - A pronúncia do “l” final de sílaba como “u” (na maioria das
dem ser observadas em: gírias, jargões, linguagem dos advogados, regiões do Brasil) ou como “l” (em certas regiões do Rio Grande
na classe médica, entre os skatistas, etc. do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na linguagem caipira):
quintau, quintar, quintal; pastéu, paster, pastel; faróu, farór, farol.
c) As variações de uma época para outra são chamadas varian- - Deslocamento do “r” no interior da sílaba: largato, preguntar,
tes diacrônicas. Antigamente usava-se o Vossa Mercê, depois Vos estrupo, cardeneta, típicos de pessoas de baixa condição social.
Mecê, depois Você, depois Ocê, depois o Cê, e por último, atual-
mente VC. Variações Morfológicas
São as que ocorrem nas formas constituintes da palavra. Nes-
d) As variações de uma situação de comunicação para outra são se domínio, as diferenças entre as variantes não são tão numero-
denominadas variantes diafásicas. sas quanto as de natureza fônica, mas não são desprezíveis. Como
Todos sabemos que há situações que permitem uma linguagem exemplos, podemos citar:
bem informal (uma conversa com os amigos num bar) e outras que - O uso do prefixo hiper- em vez do sufixo -íssimo para criar o
exigem um nível mais formal de linguagem (um jantar de cerimô- superlativo de adjetivos, recurso muito característico da linguagem
nia). jovem urbana: um cara hiper-humano (em vez de humaníssimo),
Cada uma dessas situações tem construções e termos apro- uma prova hiperdifícil (em vez de dificílima), um carro hiperpossan-
priados. Observe no texto a seguir, retirado do romance Agosto, de te (em vez de possantíssimo).
Rubem Fonseca, o uso de expressões e construções da linguagem - A conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos regulares:
coloquial: ele interviu (interveio), se ele manter (mantiver), se ele ver (vir) o
recado, quando ele repor (repuser).

1 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier.2013. 2 PLATÃO, Fiorin, Lições de Texto. Ática. 2011.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- A conjugação de verbos regulares pelo modelo de irregulares: paz chamava a namorada de broto (hoje se diz gatinha ou forma
vareia (varia), negoceia (negocia). semelhante), e um homem bonito era um pão; na linguagem antiga,
- Uso de substantivos masculinos como femininos ou vice-versa: médico era designado pelo nome físico; um bobalhão era chamado
duzentas gramas de presunto (duzentos), a champanha (o champa- de coió ou bocó; em vez de refrigerante usava-se gasosa; algo muito
nha), tive muita dó dela (muito dó), mistura do cal (da cal). bom, de qualidade excelente, era supimpa.
- A omissão do “s” como marca de plural de substantivos e ad- - Neologismo: é o contrário do arcaísmo. Trata-se de palavras
jetivos (típicos do falar paulistano): os amigo e as amiga, os livro recém-criadas, muitas das quais mal ou nem entraram para os di-
indicado, as noite fria, os caso mais comum. cionários. A moderna linguagem da computação tem vários exem-
- O enfraquecimento do uso do modo subjuntivo: Espero que o plos, como escanear, deletar, printar; outros exemplos extraídos da
Brasil reflete (reflita) sobre o que aconteceu nas últimas eleições; Se tecnologia moderna são mixar (fazer a combinação de sons), robo-
eu estava (estivesse) lá, não deixava acontecer; Não é possível que tizar, robotização.
ele esforçou (tenha se esforçado) mais que eu. - Estrangeirismo: trata-se do emprego de palavras emprestadas
de outra língua, que ainda não foram aportuguesadas, preservando
Variações Sintáticas a forma de origem. Nesse caso, há muitas expressões latinas, sobre-
Dizem respeito às correlações entre as palavras da frase. No tudo da linguagem jurídica, tais como: habeas-corpus (literalmen-
domínio da sintaxe, como no da morfologia, não são tantas as dife- te, “tenhas o corpo” ou, mais livremente, “estejas em liberdade”),
renças entre uma variante e outra. Como exemplo, podemos citar: ipso facto (“pelo próprio fato de”, “por isso mesmo”), ipsis litteris
- O uso de pronomes do caso reto com outra função que não a (textualmente, “com as mesmas letras”), grosso modo (“de modo
de sujeito: encontrei ele (em vez de encontrei-o) na rua; não irão grosseiro”, “impreciso”), sic (“assim, como está escrito”), data venia
sem você e eu (em vez de mim); nada houve entre tu (em vez de (“com sua permissão”).
ti) e ele. As palavras de origem inglesas são inúmeras: insight (com-
- O uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe (em vez de preensão repentina de algo, uma percepção súbita), feeling (“sensi-
“o”) convidei; eu lhe (em vez de “o”) vi ontem. bilidade”, capacidade de percepção), briefing (conjunto de informa-
- A ausência da preposição adequada antes do pronome relativo ções básicas), jingle (mensagem publicitária em forma de música).
em função de complemento verbal: são pessoas que (em vez de: de Do francês, hoje são poucos os estrangeirismos que ainda não
que) eu gosto muito; este é o melhor filme que (em vez de a que) se aportuguesaram, mas há ocorrências: hors-concours (“fora de
eu assisti; você é a pessoa que (em vez de em que) eu mais confio. concurso”, sem concorrer a prêmios), tête-à-tête (palestra particu-
- A substituição do pronome relativo “cujo” pelo pronome “que” lar entre duas pessoas), esprit de corps (“espírito de corpo”, cor-
no início da frase mais a combinação da preposição “de” com o pro- porativismo), menu (cardápio), à la carte (cardápio “à escolha do
nome “ele” (=dele): É um amigo que eu já conhecia a família dele freguês”), physique du rôle (aparência adequada à caracterização
(em vez de cuja família eu já conhecia). de um personagem).
- A mistura de tratamento entre tu e você, sobretudo quando se - Jargão: é o vocabulário típico de um campo profissional como
trata de verbos no imperativo: Entra, que eu quero falar com você a medicina, a engenharia, a publicidade, o jornalismo. No jargão
(em vez de contigo); Fala baixo que a sua (em vez de tua) voz me médico temos uso tópico (para remédios que não devem ser inge-
irrita. ridos), apneia (interrupção da respiração), AVC ou acidente vascu-
- Ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles chegou lar cerebral (derrame cerebral). No jargão jornalístico chama-se de
tarde (em grupos de baixa extração social); Faltou naquela semana gralha, pastel ou caco o erro tipográfico como a troca ou inversão
muitos alunos; Comentou-se os episódios. de uma letra. A palavra lide é o nome que se dá à abertura de uma
notícia ou reportagem, onde se apresenta sucintamente o assun-
Variações Léxicas to ou se destaca o fato essencial. Quando o lide é muito prolixo, é
É o conjunto de palavras de uma língua. As variantes do plano chamado de nariz-de-cera. Furo é notícia dada em primeira mão.
do léxico, como as do plano fônico, são muito numerosas e caracte- Quando o furo se revela falso, foi uma barriga. Entre os jornalistas
rizam com nitidez uma variante em confronto com outra. Eis alguns, é comum o uso do verbo repercutir como transitivo direto: __ Vá
entre múltiplos exemplos possíveis de citar: lá repercutir a notícia de renúncia! (esse uso é considerado errado
- A escolha do adjetivo maior em vez do advérbio muito para pela gramática normativa).
formar o grau superlativo dos adjetivos, características da lingua- - Gíria: é o vocabulário especial de um grupo que não deseja ser
gem jovem de alguns centros urbanos: maior legal; maior difícil; entendido por outros grupos ou que pretende marcar sua identida-
Esse amigo é um carinha maior esforçado. de por meio da linguagem. Existe a gíria de grupos marginalizados,
- As diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas e, às de grupos jovens e de segmentos sociais de contestação, sobretudo
vezes, tão surpreendentes, que têm sido objeto de piada de lado a quando falam de atividades proibidas. A lista de gírias é numerosís-
lado do Oceano. Em Portugal chamam de cueca aquilo que no Brasil sima em qualquer língua: ralado (no sentido de afetado por algum
chamamos de calcinha; o que chamamos de fila no Brasil, em Por- prejuízo ou má-sorte), ir pro brejo (ser malsucedido, fracassar, pre-
tugal chamam de bicha; café da manhã em Portugal se diz pequeno judicar-se irremediavelmente), cara ou cabra (indivíduo, pessoa),
almoço; camisola em Portugal traduz o mesmo que chamamos de bicha (homossexual masculino), levar um lero (conversar).
suéter, malha, camiseta. - Preciosismo: diz-se que é preciosista um léxico excessiva-
mente erudito, muito raro, afetado: Escoimar (em vez de corrigir);
Designações das Variantes Lexicais procrastinar (em vez de adiar); discrepar (em vez de discordar); ci-
- Arcaísmo: diz-se de palavras que já caíram de uso e, por isso, nesíforo (em vez de motorista); obnubilar (em vez de obscurecer
denunciam uma linguagem já ultrapassada e envelhecida. É o caso ou embaçar); conúbio (em vez de casamento); chufa (em vez de
de reclame, em vez de anúncio publicitário; na década de 60, o ra- caçoada, troça).

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Vulgarismo: é o contrário do preciosismo, ou seja, o uso de um “__ Mas você tem medo dele... [de um feiticeiro chamado Man-
léxico vulgar, rasteiro, obsceno, grosseiro. É o caso de quem diz, por golô!].
exemplo, de saco cheio (em vez de aborrecido), se ferrou (em vez de __ Há-de-o!... Agora, abusar e arrastar mala, não faço. Não
se deu mal, arruinou-se), feder (em vez de cheirar mal), ranho (em faço, porque não paga a pena... De primeiro, quando eu era moço,
vez de muco, secreção do nariz). isso sim!... Já fui gente. Para ganhar aposta, já fui, de noite, foras
d’hora, em cemitério... (...). Quando a gente é novo, gosta de fazer
Atenção: as variações mais importantes, para o interesse do bonito, gosta de se comparecer. Hoje, não, estou percurando é sos-
concurso público, seria a sociocultural, a geográfica, a histórica e sego...”
a de situação.
- Histórica: as línguas não são estáticas, fixas, imutáveis. Elas
Vejamos: se alteram com o passar do tempo e com o uso. Muda a forma de
- Sóciocultural: Esse tipo de variação pode ser percebido com falar, mudam as palavras, a grafia e o sentido delas. Essas alterações
certa facilidade. Por exemplo, alguém diz a seguinte frase: recebem o nome de variações históricas.
“Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.” (frase Os dois textos a seguir são de Carlos Drummond de Andrade.
1) Neles, o escritor, meio em tom de brincadeira, mostra como a lín-
gua vai mudando com o tempo. No texto I, ele fala das palavras de
Que tipo de pessoa comumente fala dessa maneira? Vamos antigamente e, no texto II, fala das palavras de hoje.
caracterizá-la, por exemplo, pela sua profissão: um advogado? Um
trabalhador braçal de construção civil? Um médico? Um garimpei- TEXTO I
ro? Um repórter de televisão? ANTIGAMENTE
E quem usaria a frase abaixo?
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram
“Obviamente faltou-lhe coragem para enfrentar os ladrões.” todas mimosas e prendadas. Não fazia anos; completavam prima-
(frase 2) veras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões,
faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos
Sem dúvida, associamos à frase 1 os falantes pertencentes a meses debaixo do balaio. E se levantam tábua, o remédio era tirar
grupos sociais economicamente mais pobres. Pessoas que, muitas o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. (...) Os mais ido-
vezes, não frequentaram nem a escola primária, ou, quando muito, sos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar a fresca; e
fizeram-no em condições não adequadas. também tomava cautela de não apanhar sereno. Os mais jovens,
Por outro lado, a frase 2 é mais comum aos falantes que tiveram esses iam ao animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo, chupan-
possibilidades socioeconômicas melhores e puderam, por isso, ter do balas de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano; os quais,
um contato mais duradouro com a escola, com a leitura, com pes- de pouco siso, se metiam em camisas de onze varas, e até em calças
soas de um nível cultural mais elevado e, dessa forma, “aperfeiçoa- pardas; não admira que dessem com os burros n’agua.
ram” o seu modo de utilização da língua. (...) Embora sem saber da missa a metade, os presunçosos que-
Convém ficar claro, no entanto, que a diferenciação feita acima riam ensinar padre-nosso ao vigário, e com isso punham a mão em
está bastante simplificada, uma vez que há diversos outros fatores cumbuca. Era natural que com eles se perdesse a tramontana. A
que interferem na maneira como o falante escolhe as palavras e pessoa cheia de melindres ficava sentida com a desfeita que lhe
constrói as frases. Por exemplo, a situação de uso da língua: um faziam quando, por exemplo, insinuavam que seu filho era artioso.
advogado, num tribunal de júri, jamais usaria a expressão “tá na Verdade seja que às vezes os meninos eram mesmo encapetados;
cara”, mas isso não significa que ele não possa usá-la numa situação chegavam a pitar escondido, atrás da igreja. As meninas, não: ver-
informal (conversando com alguns amigos, por exemplo). dadeiros cromos, umas teteias.
Da comparação entre as frases 1 e 2, podemos concluir que as (...) Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os me-
condições sociais influem no modo de falar dos indivíduos, geran- ninos, lombrigas; asthma os gatos, os homens portavam ceroulas,
do, assim, certas variações na maneira de usar uma mesma língua. bortinas a capa de goma (...). Não havia fotógrafos, mas retratistas,
A elas damos o nome de variações socioculturais. e os cristãos não morriam: descansavam.
Mas tudo isso era antigamente, isto é, doutora.
- Geográfica: é, no Brasil, bastante grande e pode ser facilmente
notada. Ela se caracteriza pelo acento linguístico, que é o conjunto TEXTO II
das qualidades fisiológicas do som (altura, timbre, intensidade), por ENTRE PALAVRAS
isso é uma variante cujas marcas se notam principalmente na pro-
núncia. Ao conjunto das características da pronúncia de uma deter- Entre coisas e palavras – principalmente entre palavras – circu-
minada região dá-se o nome de sotaque: sotaque mineiro, sotaque lamos. A maioria delas não figura nos dicionários de há trinta anos,
nordestino, sotaque gaúcho etc. A variação geográfica, além de ou figura com outras acepções. A todo momento impõe-se tornar
ocorrer na pronúncia, pode também ser percebida no vocabulário, conhecimento de novas palavras e combinações.
em certas estruturas de frases e nos sentidos diferentes que algu- Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar nenhuma pa-
mas palavras podem assumir em diferentes regiões do país. lavra ou locução atual, pelo seu ouvido, sem registrá-la. Amanhã,
Leia, como exemplo de variação geográfica, o trecho abaixo, em pode precisar dela. E cuidado ao conversar com seu avô; talvez ele
que Guimarães Rosa, no conto “São Marcos”, recria a fala de um não entenda o que você diz.
típico sertanejo do centro-norte de Minas:

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LÍNGUA PORTUGUESA

O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o copião, a Vemaguet, a As variações de acordo com a situação costumam ser chamadas
chacrete, o linóleo, o nylon, o nycron, o ditafone, a informática, a de níveis de fala ou, simplesmente, variações de estilo e são classi-
dublagem, o sinteco, o telex... Existiam em 1940? ficadas em duas grandes divisões:
Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, a mo-
toneta, a Velo-Solex, o biquíni, o módulo lunar, o antibiótico, o en- - Estilo Formal: aquele em que é alto o grau de reflexão sobre
farte, a acupuntura, a biônica, o acrílico, o ta legal, a apartheid, o o que se diz, bem como o estado de atenção e vigilância. É na lin-
som pop, as estruturas e a infraestrutura. guagem escrita, em geral, que o grau de formalidade é mais tenso.
Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro Mundo, a
descapitalização, o desenvolvimento, o unissex, o bandeirinha, o - Estilo Informal (ou coloquial): aquele em que se fala com des-
mass media, o Ibope, a renda per capita, a mixagem. preocupação e espontaneidade, em que o grau de reflexão sobre o
Só? Não. Tem seu lugar ao sol a metalinguagem, o servomeca- que se diz é mínimo. É na linguagem oral íntima e familiar que esse
nismo, as algias, a coca-cola, o superego, a Futurologia, a homeos- estilo melhor se manifesta.
tasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o Incra, a Unesco, o Como exemplo de estilo coloquial vem a seguir um pequeno
Isop, a Oea, e a ONU. trecho da gravação de uma conversa telefônica entre duas univer-
Estão reclamando, porque não citei a conotação, o conglomera- sitárias paulistanas de classe média, transcrito do livro Tempos Lin-
do, a diagramação, o ideologema, o idioleto, o ICM, a IBM, o falou, guísticos, de Fernando Tarallo. As reticências indicam as pausas.
as operações triangulares, o zoom, e a guitarra elétrica.
Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra tenso- Eu não sei tem dia... depende do meu estado de espírito, tem dia
ra, vela de ignição, engarrafamento, Detran, poliéster, filhotes de que minha voz... mais ta assim, sabe? taquara rachada? Fica assim
bonificação, letra imobiliária, conservacionismo, carnet da girafa, aquela voz baixa. Outro dia eu fui lê um artigo, lê?! Um menino lá
poluição. que faiz pós-graduação na, na GV, ele me, nóis ficamo até duas hora
Fundos de investimento, e daí? Também os de incentivos fiscais. da manhã ele me explicando toda a matéria de economia, das nove
Knon-how. Barbeador elétrico de noventa microrranhuras. Fenoli- da noite.
te, Baquelite, LP e compacto. Alimentos super congelados. Viagens
pelo crediário, Circuito fechado de TV Rodoviária. Argh! Pow! Click! Como se pode notar, não há preocupação com a pronúncia nem
Não havia nada disso no Jornal do tempo de Venceslau Brás, ou com a continuidade das ideias, nem com a escolha das palavras.
mesmo, de Washington Luís. Algumas coisas começam a aparecer Para exemplificar o estilo formal, eis um trecho da gravação de uma
sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na esquina, para consumo geral. aula de português de uma professora universitária do Rio de Janei-
A enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo Spitzer. ro, transcrito do livro de Dinah Callou. A linguagem falada culta na
Está aí, na vida de todos os dias. Entre palavras circulamos, vivemos, cidade do Rio de Janeiro. As pausas são marcadas com reticências.
morremos, e palavras somos, finalmente, mas com que significado?
(Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa, Rio de Janeiro, O que está ocorrendo com nossos alunos é uma fragmentação
Nova Aguiar, 1988) do ensino... ou seja... ele perde a noção do todo... e fica com uma
série... de aspectos teóricos... isolados... que ele não sabe vincular
- De Situação: aquelas que são provocadas pelas alterações a realidade nenhuma de seu idioma... isto é válido também para a
das circunstâncias em que se desenrola o ato de comunicação. Um faculdade de letras... ou seja... né? há uma série... de conceitos teó-
modo de falar compatível com determinada situação é incompatí- ricos... que têm nomes bonitos e sofisticados... mas que... na hora
vel com outra: de serem empregados... deixam muito a desejar...

Ô mano, ta difícil de te entendê.


Nota-se que, por tratar-se de exposição oral, não há o grau de
Esse modo de dizer, que é adequado a um diálogo em situação formalidade e planejamento típico do texto escrito, mas trata-se de
informal, não tem cabimento se o interlocutor é o professor em si- um estilo bem mais formal e vigiado que o da menina ao telefone.
tuação de aula.
Assim, um único indivíduo não fala de maneira uniforme em to- Preconceito Linguístico
das as circunstâncias, excetuados alguns falantes da linguagem cul-
ta, que servem invariavelmente de uma linguagem formal, sendo, É aquele3 gerado pelas diferenças linguísticas existentes dentre
por isso mesmo, considerados excessivamente formais ou afetados. de um mesmo idioma.
São muitos os fatores de situação que interferem na fala de um De tal maneira, está associado as diferenças regionais desde
indivíduo, tais como o tema sobre o qual ele discorre (em princípio dialetos, regionalismo, gírias e sotaques, os quais são desenvolvidos
ninguém fala da morte ou de suas crenças religiosas como falaria ao longo do tempo e que envolvem os aspectos históricos, sociais e
de um jogo de futebol ou de uma briga que tenha presenciado), o culturais de determinado grupo.
ambiente físico em que se dá um diálogo (num templo não se usa O preconceito linguístico é um dos tipos de preconceito mais
a mesma linguagem que numa sauna), o grau de intimidade entre empregados na atualidade e pode ser um importante propulsor da
os falantes (com um superior, a linguagem é uma, com um colega exclusão social.
de mesmo nível, é outra), o grau de comprometimento que a fala
implica para o falante (num depoimento para um juiz no fórum es-
colhem-se as palavras, num relato de uma conquista amorosa para
um colega fala-se com menos preocupação).
3 https://www.todamateria.com.br/preconceito-linguistico/

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LÍNGUA PORTUGUESA

Parônimos e homônimos
ORTOGRAFIA OFICIAL. As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro-
núncia semelhantes, porém com significados distintos.
A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfe-
à escrita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso go (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).
analisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memo- Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma
rizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo
também faz aumentar o vocabulário do leitor. “rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta).
Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes
entre os falantes do português. No entanto, é importante ressaltar LÉXICO E SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS.
que existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique
atento!
Este é um estudo da semântica, que pretende classificar os
Alfabeto sentidos das palavras, as suas relações de sentido entre si. Conheça
O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é co- as principais relações e suas características:
nhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o
alfabeto se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e Sinonímia e antonímia
consoantes (restante das letras). As palavras sinônimas são aquelas que apresentam significado
Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram semelhante, estabelecendo relação de proximidade. Ex: inteligente
reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo <—> esperto
que elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de Já as palavras antônimas são aquelas que apresentam signifi-
nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional. cados opostos, estabelecendo uma relação de contrariedade. Ex:
Uso do “X” forte <—> fraco
Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o
X no lugar do CH: Parônimos e homônimos
• Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxer- As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro-
gar) núncia semelhantes, porém com significados distintos.
• Depois de ditongos (ex: caixa) Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfe-
• Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá) go (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).
Uso do “S” ou “Z” As palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma
Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser ob- grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo
servadas: “rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta).
• Depois de ditongos (ex: coisa) As palavras homófonas são aquelas que possuem a mesma
• Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S” pronúncia, mas com escrita e significado diferentes. Ex: cem (nu-
(ex: casa > casinha) meral) X sem (falta); conserto (arrumar) X concerto (musical).
• Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou As palavras homógrafas são aquelas que possuem escrita igual,
origem. (ex: portuguesa) porém som e significado diferentes. Ex: colher (talher) X colher (ver-
• Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex: bo); acerto (substantivo) X acerto (verbo).
populoso)
Uso do “S”, “SS”, “Ç” Polissemia e monossemia
• “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex: As palavras polissêmicas são aquelas que podem apresentar
diversão) mais de um significado, a depender do contexto em que ocorre a
• “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo) frase. Ex: cabeça (parte do corpo humano; líder de um grupo).
• “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passa- Já as palavras monossêmicas são aquelas apresentam apenas
ram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela) um significado. Ex: eneágono (polígono de nove ângulos).

Os diferentes porquês Denotação e conotação


Palavras com sentido denotativo são aquelas que apresentam
um sentido objetivo e literal. Ex: Está fazendo frio. / Pé da mulher.
Usado para fazer perguntas. Pode ser
POR QUE Palavras com sentido conotativo são aquelas que apresentam
substituído por “por qual motivo”
um sentido simbólico, figurado. Ex: Você me olha com frieza. / Pé
Usado em respostas e explicações. Pode ser da cadeira.
PORQUE
substituído por “pois”
O “que” é acentuado quando aparece como Hiperonímia e hiponímia
POR QUÊ a última palavra da frase, antes da pontuação Esta classificação diz respeito às relações hierárquicas de signi-
final (interrogação, exclamação, ponto final) ficado entre as palavras.
Desse modo, um hiperônimo é a palavra superior, isto é, que
É um substantivo, portanto costuma vir
tem um sentido mais abrangente. Ex: Fruta é hiperônimo de limão.
PORQUÊ acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo
ou pronome

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LÍNGUA PORTUGUESA

Já o hipônimo é a palavra que tem o sentido mais restrito, portanto, inferior, de modo que o hiperônimo engloba o hipônimo. Ex:
Limão é hipônimo de fruta.

Formas variantes
São as palavras que permitem mais de uma grafia correta, sem que ocorra mudança no significado. Ex: loiro – louro / enfarte – infarto
/ gatinhar – engatinhar.

Arcaísmo
São palavras antigas, que perderam o uso frequente ao longo do tempo, sendo substituídas por outras mais modernas, mas que ainda
podem ser utilizadas. No entanto, ainda podem ser bastante encontradas em livros antigos, principalmente. Ex: botica <—> farmácia /
franquia <—> sinceridade.

CLASSES, ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS.

Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes
morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in-
terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo.
Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas.

CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS


Menina inteligente...
Expressar características, qualidades ou estado dos seres Roupa azul-marinho...
ADJETIVO
Sofre variação em número, gênero e grau Brincadeira de criança...
Povo brasileiro...
A ajuda chegou tarde.
Indica circunstância em que ocorre o fato verbal
ADVÉRBIO A mulher trabalha muito.
Não sofre variação
Ele dirigia mal.
Determina os substantivos (de modo definido ou indefinido) A galinha botou um ovo.
ARTIGO
Varia em gênero e número Uma menina deixou a mochila no ônibus.
Liga ideias e sentenças (conhecida também como conectivos) Não gosto de refrigerante nem de pizza.
CONJUNÇÃO
Não sofre variação Eu vou para a praia ou para a cachoeira?
Exprime reações emotivas e sentimentos Ah! Que calor...
INTERJEIÇÃO
Não sofre variação Escapei por pouco, ufa!
Atribui quantidade e indica posição em alguma sequência Gostei muito do primeiro dia de aula.
NUMERAL
Varia em gênero e número Três é a metade de seis.
Posso ajudar, senhora?
Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivo Ela me ajudou muito com o meu trabalho.
PRONOME
Varia em gênero e número Esta é a casa onde eu moro.
Que dia é hoje?
Relaciona dois termos de uma mesma oração Espero por você essa noite.
PREPOSIÇÃO
Não sofre variação Lucas gosta de tocar violão.
Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc. A menina jogou sua boneca no rio.
SUBSTANTIVO
Flexionam em gênero, número e grau. A matilha tinha muita coragem.
Ana se exercita pela manhã.
Indica ação, estado ou fenômenos da natureza
Todos parecem meio bobos.
Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, tempo,
VERBO Chove muito em Manaus.
número, pessoa e voz.
A cidade é muito bonita quando vista do
Verbos não significativos são chamados verbos de ligação
alto.

Substantivo
Tipos de substantivos
Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo:
• Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade...
• Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte...

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LÍNGUA PORTUGUESA

• Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, Novo Acordo Ortográfico
para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mes- De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portugue-
ma espécie. Ex: matilha; enxame; cardume... sa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de
• Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes
outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; ca- geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas
chorro; praça... e festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou
• Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designan- abreviaturas.
do sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede; Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana,
imaginação... meses, estações do ano e em pontos cardeais.
• Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula
livro; água; noite... é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber,
• Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedrei- disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em pala-
ro; livraria; noturno... vras de categorização.
• Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radi-
cal). Ex: casa; pessoa; cheiro... Adjetivo
• Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-
de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol... -educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem
flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e
Flexão de gênero o singular (bonito) e o plural (bonitos).
Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles
dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino. que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua naciona-
O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino lidade (brasileiro; mineiro).
e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjun-
o final da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / to de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo.
menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / São formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo:
acentuação (Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou pre- • de criança = infantil
sença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora). • de mãe = maternal
O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma for- • de cabelo = capilar
ma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto
ao gênero a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o Variação de grau
acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epi- Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfa-
ceno (refere-se aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e ses), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e su-
comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo). perlativo.
É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com • Normal: A Bruna é inteligente.
alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, • Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente
trazendo alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fru- que o Lucas.
to X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao • Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente
órgão que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é que a Bruna.
o termo popular para um tipo específico de fruto. • Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto
a Maria.
Flexão de número • Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inte-
No português, é possível que o substantivo esteja no singu- ligente da turma.
lar, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar • Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos
(Ex: bola; escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores inteligente da turma.
quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último repre- • Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente.
sentado, geralmente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra. • Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima.
Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de
modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do Adjetivos de relação
contexto, pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis). São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem so-
frer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo,
Variação de grau isto é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além
Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufi-
substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumenta- xação de um substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno).
tivo e diminutivo.
Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza
ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino
pequeno).
Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou di-
minuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Advérbio
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela
abaixo:

CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS


DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes
ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; primei- logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de
DE TEMPO
ramente noite
DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali Ao redor de; em frente a; à esquerda; por perto
DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muito menos
DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente; certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas
DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum
DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe

Advérbios interrogativos
São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de:
• Lugar: onde, aonde, de onde
• Tempo: quando
• Modo: como
• Causa: por que, por quê

Grau do advérbio
Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos.
• Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto
• Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que
• Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que
• Superlativo analítico: muito cedo
• Superlativo sintético: cedíssimo

Curiosidades
Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o uso
de alguns prefixos (supercedo).
Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo) e
ordem (ultimamente; depois; primeiramente).
Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um sentido
próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designação (eis); de
realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou melhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí).

Pronomes
Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no enunciado,
ele pode ser classificado da seguinte maneira:
• Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e podem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...).
• Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu, nossos...)
• Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...)
• Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questionamentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...)
• Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...)
• Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...)
• Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...)

Colocação pronominal
Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, la,
no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo).
Veja, então, quais as principais situações para cada um deles:
• Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demonstrati-
vos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no gerúndio antecedidos por “em”.
Nada me faria mais feliz.

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LÍNGUA PORTUGUESA

• Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerúndio não
acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal.
Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho.

• Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração.


Orgulhar-me-ei de meus alunos.

DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou orações, nem após ponto-e-vírgula.

Verbos
Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro pos-
suem subdivisões.
Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo (certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é
passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando).
• Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do pre-
sente, futuro do pretérito.
• Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito imperfeito, futuro.

Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre flexão em
tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no particípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”.
• Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito.
• Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro.
As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem, aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando, fa-
zendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particípio) ou
advérbio (gerúndio).

Tipos de verbos
Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal. Desse modo, os verbos se dividem em:
Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar, vender, abrir...)
• Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas terminações quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...)
• Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados (ser, ir...)
• Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais (falir, banir, colorir, adequar...)
• Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sempre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...)
• Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar,
acontecer...)
• Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado)
• Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se, pente-
ar-se...)
• Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções verbais (ser, estar, ter, haver, ir...)
• Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si próprios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...)
• De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...)

Vozes verbais
As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação, podendo ser três tipos diferentes:
• Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro)
• Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto)
• Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo do lago)

Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equiva-
lente ao verbo “ser”.

Conjugação de verbos
Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são
aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de origem.
• 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...)
• 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...)
• 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Confira os exemplos de conjugação apresentados abaixo:

Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar

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LÍNGUA PORTUGUESA

Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor

Preposições
As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas entre
essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (palavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como preposição
em determinadas sentenças).
Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, para, per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, entre.
Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.
Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de, defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a etc.

Ao conectar os termos das orações, as preposições estabelecem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de:
• Causa: Morreu de câncer.
• Distância: Retorno a 3 quilômetros.
• Finalidade: A filha retornou para o enterro.

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LÍNGUA PORTUGUESA

• Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura. Estrutura das palavras
• Modo: Os rebeldes eram colocados em fila. As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas
• Lugar: O vírus veio de Portugal. menores - os morfemas, também chamados de elementos mórfi-
• Companhia: Ela saiu com a amiga. cos:
• Posse: O carro de Maria é novo. – radical e raiz;
• Meio: Viajou de trem. – vogal temática;
– tema;
Combinações e contrações – desinências;
Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras pa- – afixos;
lavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e – vogais e consoantes de ligação.
havendo perda fonética (contração).
• Combinação: ao, aos, aonde Radical: Elemento que contém a base de significação do vocá-
• Contração: de, dum, desta, neste, nisso bulo.
Exemplos
Conjunção VENDer, PARTir, ALUNo, MAR.
As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabe-
lecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante Desinências: Elementos que indicam as flexões dos vocábulos.
de conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois
reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e Dividem-se em:
interpretação de textos, além de ser um grande diferencial no mo-
mento de redigir um texto. Nominais
Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e Indicam flexões de gênero e número nos substantivos.
conjunções subordinativas. Exemplos
pequenO, pequenA, alunO, aluna.
Conjunções coordenativas pequenoS, pequenaS, alunoS, alunas.
As orações coordenadas não apresentam dependência sintáti-
ca entre si, servindo também para ligar termos que têm a mesma Verbais
função gramatical. As conjunções coordenativas se subdividem em Indicam flexões de modo, tempo, pessoa e número nos verbos
cinco grupos: Exemplos
• Aditivas: e, nem, bem como. vendêSSEmos, entregáRAmos. (modo e tempo)
• Adversativas: mas, porém, contudo. vendesteS, entregásseIS. (pessoa e número)
• Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer.
• Conclusivas: logo, portanto, assim. Indica, nos verbos, a conjugação a que pertencem.
• Explicativas: que, porque, porquanto. Exemplos
1ª conjugação: – A – cantAr
Conjunções subordinativas 2ª conjugação: – E – fazEr
As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação 3ª conjugação: – I – sumIr
de dependência entre a oração principal e a oração subordinada.
Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sentido) Observação
se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada. Nos substantivos ocorre vogal temática quando ela não indica
Elas podem se classificar de dez maneiras diferentes: oposição masculino/feminino.
• Integrantes: usadas para introduzir as orações subordinadas Exemplos
substantivas, definidas pelas palavras que e se. livrO, dentE, paletó.
• Causais: porque, que, como.
• Concessivas: embora, ainda que, se bem que. Tema: União do radical e a vogal temática.
• Condicionais: e, caso, desde que. Exemplos
• Conformativas: conforme, segundo, consoante. CANTAr, CORREr, CONSUMIr.
• Comparativas: como, tal como, assim como.
• Consecutivas: de forma que, de modo que, de sorte que. Vogal e consoante de ligação: São os elementos que se inter-
• Finais: a fim de que, para que. põem aos vocábulos por necessidade de eufonia.
• Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que. Exemplos
• Temporais: quando, enquanto, agora. chaLeira, cafeZal.

Estrutura e formação das palavras Afixos


As palavras são formadas por estruturas menores, com signifi- Os afixos são elementos que se acrescentam antes ou depois
cados próprios. Para isso, há vários processos que contribuem para do radical de uma palavra para a formação de outra palavra. Divi-
a formação das palavras. dem-se em:
Prefixo: Partícula que se coloca antes do radical.
Exemplos
DISpor, EMpobrecer, DESorganizar.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Sufixo Nota-se o emprego desses prefixos em palavras como: abor-


Afixo que se coloca depois do radical. dar, além-mar, bem-aventurado, desleal, engarrafar, maldição, me-
Exemplos nosprezar, sem-cerimônia, sopé, sobpor, sobre-humano, etc.
contentaMENTO, reallDADE, enaltECER.
Latinos: Prefixos que conservam até hoje a sua forma latina
Processos de formação das palavras original:
Composição: Formação de uma palavra nova por meio da jun- a, ab, abs – afastamento: aversão, abjurar.
ção de dois ou mais vocábulos primitivos. Temos: a, ad – aproximação, direção: amontoar.
ambi – dualidade: ambidestro.
Justaposição: Formação de palavra composta sem alteração na bis, bin, bi – repetição, dualidade: bisneto, binário.
estrutura fonética das primitivas. centum – cem: centúnviro, centuplicar, centígrado.
Exemplos circum, circun, circu – em volta de: circumpolar, circunstante.
passa + tempo = passatempo cis – aquem de: cisalpino, cisgangético.
gira + sol = girassol com, con, co – companhia, concomitância: combater, contem-
porâneo.
Aglutinação: Formação de palavra composta com alteração da contra – oposição, posição inferior: contradizer.
estrutura fonética das primitivas. de – movimento de cima para baixo, origem, afastamento: de-
Exemplos crescer, deportar.
em + boa + hora = embora des – negação, separação, ação contrária: desleal, desviar.
vossa + merce = você dis, di – movimento para diversas partes, ideia contrária: dis-
trair, dimanar.
Derivação: entre – situação intermediaria, reciprocidade: entrelinha, en-
Formação de uma nova palavra a partir de uma primitiva. Te- trevista.
mos: ex, es, e – movimento de dentro para fora, intensidade, priva-
ção, situação cessante: exportar, espalmar, ex-professor.
Prefixação: Formação de palavra derivada com acréscimo de extra – fora de, além de, intensidade: extravasar, extraordiná-
um prefixo ao radical da primitiva. rio.
Exemplos im, in, i – movimento para dentro; ideia contraria: importar, in-
CONter, INapto, DESleal. grato.
inter – no meio de: intervocálico, intercalado.
Sufixação: Formação de palavra nova com acréscimo de um su- intra – movimento para dentro: intravenoso, intrometer.
fixo ao radical da primitiva. justa – perto de: justapor.
Exemplos multi – pluralidade: multiforme.
cafezAL, meninINHa, loucaMENTE. ob, o – oposição: obstar, opor, obstáculo.
pene – quase: penúltimo, península.
Parassíntese: Formação de palavra derivada com acréscimo de per – movimento através de, acabamento de ação; ideia pejo-
um prefixo e um sufixo ao radical da primitiva ao mesmo tempo. rativa: percorrer.
Exemplos post, pos – posteridade: postergar, pospor.
EMtardECER, DESanimADO, ENgravidAR. pre – anterioridade: predizer, preclaro.
preter – anterioridade, para além: preterir, preternatural.
Derivação imprópria: Alteração da função de uma palavra pri- pro – movimento para diante, a favor de, em vez de: prosseguir,
mitiva. procurador, pronome.
Exemplo re – movimento para trás, ação reflexiva, intensidade, repeti-
Todos ficaram encantados com seu andar: verbo usado com ção: regressar, revirar.
valor de substantivo. retro – movimento para trás: retroceder.
satis – bastante: satisdar.
Derivação regressiva: Ocorre a alteração da estrutura fonética sub, sob, so, sus – inferioridade: subdelegado, sobraçar, sopé.
de uma palavra primitiva para a formação de uma derivada. Em ge- subter – por baixo: subterfúgio.
ral de um verbo para substantivo ou vice-versa. super, supra – posição superior, excesso: super-homem, super-
Exemplos povoado.
combater – o combate trans, tras, tra, tres – para além de, excesso: transpor.
chorar – o choro tris, três, tri – três vezes: trisavô, tresdobro.
ultra – para além de, intensidade: ultrapassar, ultrabelo.
Prefixos uni – um: unânime, unicelular.
Os prefixos existentes em Língua Portuguesa são divididos em:
vernáculos, latinos e gregos. Grego: Os principais prefixos de origem grega são:
a, an – privação, negação: ápode, anarquia.
Vernáculos: Prefixos latinos que sofreram modificações ou fo- ana – inversão, parecença: anagrama, analogia.
ram aportuguesados: a, além, ante, aquém, bem, des, em, entre, anfi – duplicidade, de um e de outro lado: anfíbio, anfiteatro.
mal, menos, sem, sob, sobre, soto. anti – oposição: antipatia, antagonista.

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apo – afastamento: apólogo, apogeu. Palavras Simples


arqui, arque, arce, arc – superioridade: arcebispo, arcanjo. 1) Na maioria das vezes, acrescenta-se S.
caco – mau: cacofonia. Ex.: ponte – pontes / bonito – bonitos.
cata – de cima para baixo: cataclismo, catalepsia.
deca – dez: decâmetro. 2) Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES.
dia – através de, divisão: diáfano, diálogo. Ex.: éter – éteres / avestruz – avestruzes.
dis – dualidade, mau: dissílabo, dispepsia. Observação: o pronome qualquer faz o plural no meio: quais-
en – sobre, dentro: encéfalo, energia. quer.
endo – para dentro: endocarpo.
epi – por cima: epiderme, epígrafe. 3) Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES.
eu – bom: eufonia, eugênia, eupepsia. Ex.: ananás – ananases.
hecto – cem: hectômetro. Observação: as paroxítonas e as proparoxítonas são invariáveis.
hemi – metade: hemistíquio, hemisfério. Ex.: o pires − os pires / o ônibus − os ônibus.
hiper – superioridade: hipertensão, hipérbole.
hipo – inferioridade: hipoglosso, hipótese, hipotermia. 4) Palavras terminadas em IL:
homo – semelhança, identidade: homônimo. a) átono: trocam IL por EIS. Ex.: fóssil – fósseis.
meta – união, mudança, além de: metacarpo, metáfase. b) tônico: trocam L por S. Ex.: funil – funis.
míria – dez mil: miriâmetro.
mono – um: monóculo, monoculista. 5) Palavras terminadas em EL:
neo – novo, moderno: neologismo, neolatino. a) átono: plural em EIS. Ex.: nível – níveis.
para – aproximação, oposição: paráfrase, paradoxo. b) tônico: plural em ÉIS. Ex.: carretel – carretéis.
penta – cinco: pentágono.
peri – em volta de: perímetro. 6) Palavras terminadas em X são invariáveis.
poli – muitos: polígono, polimorfo. Ex.: o clímax − os clímax.
pro – antes de: prótese, prólogo, profeta.
7) Há palavras cuja sílaba tônica avança.
Sufixos Ex.: júnior – juniores / caráter – caracteres.
Os sufixos podem ser: nominais, verbais e adverbial. Observação: a palavra caracteres é plural tanto de caractere
quanto de caráter.
Nominais
Coletivos: -aria, -ada, -edo, -al, -agem, -atro, -alha, -ama. 8) Palavras terminadas em ÃO, ÃOS, ÃES e ÕES.
Aumentativos e diminutivos: -ão, -rão, -zão, -arrão, -aço, -as- Fazem o plural, por isso veja alguns muito importantes:
tro, -az. a) Em ões: balões, corações, grilhões, melões, gaviões.
Agentes: -dor, -nte, -ário, -eiro, -ista. b) Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos.
Lugar: -ário, -douro, -eiro, -ório.
Estado: -eza, -idade, -ice, -ência, -ura, -ado, -ato. Observação: os paroxítonos, como os dois últimos, sempre fa-
Pátrios: -ense, -ista, -ano, -eiro, -ino, -io, -eno, -enho, -aico. zem o plural em ÃOS.
Origem, procedência: -estre, -este, -esco.
c) Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, alemães.
Verbais d) Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos, anões/
Comuns: -ar, -er, -ir. anãos
Frequentativos: -açar, -ejar, -escer, -tear, -itar. e) Em ões ou ães: charlatões/charlatães, guardiões/guardiães,
Incoativos: -escer, -ejar, -itar. cirugiões/cirurgiães.
Diminutivos: -inhar, -itar, -icar, -iscar. f) Em ões, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães, ermitões/ermi-
tãos/ermitães.
Adverbial = há apenas um
MENTE: mecanicamente, felizmente etc. 9) Plural dos diminutivos com a letra Z
Coloca-se a palavra no plural, corta-se o S e acrescenta-se zi-
nhos (ou zinhas). Exemplo:
FLEXÃO NOMINAL E VERBAL. Coraçãozinho → corações → coraçõe → coraçõezinhos.
Azulzinha → azuis → azui → azuizinhas.
FLEXÃO NOMINAL E VERBAL
10) Plural com metafonia (ô → ó)
FLEXÃO NOMINAL Algumas palavras, quando vão ao plural, abrem o timbre da vo-
gal o; outras, não. Veja a seguir.
Flexão de número
Os nomes (substantivo, adjetivo etc.), de modo geral, admitem Com metafonia singular (ô) e plural (ó)
a flexão de número: singular e plural. coro - coros
Ex.: animal – animais. corvo - corvos
destroço - destroços

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LÍNGUA PORTUGUESA

forno - fornos Observações:


fosso - fossos - Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma altera-
poço - poços ção nos elementos, ou seja, não serem iguais.
rogo - rogos - Se forem verbos repetidos, admite-se também pôr os dois no
plural. Ex.: pisca-pisca − pisca-piscas ou piscas-piscas.
Sem metafonia singular (ô) e plural (ô)
adorno - adornos 4) Quando nenhum elemento varia.
bolso - bolsos - Quando há verbo mais palavra invariável. Ex.: o cola-tudo − os
endosso - endossos cola-tudo.
esgoto - esgotos - Quando há dois verbos de sentido oposto. Ex.: o perde-ganha
estojo - estojos − os perde-ganha.
gosto - gostos - Nas frases substantivas (frases que se transformam em subs-
tantivos). Ex.: O maria-vai-com-as-outras − os maria-vai-com-as-ou-
11) Casos especiais: tras.
aval − avales e avais
cal − cales e cais Observações:
cós − coses e cós - São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha, sem-te-
fel − feles e féis to e sem-terra.
mal e cônsul − males e cônsules Ex.: Os sem-terra apreciavam os arco-íris.

Palavras Compostas - Admitem mais de um plural:


Quanto a variação das palavras compostas: pai-nosso − pais-nossos ou pai-nossos
padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos
1) Variação de dois elementos: neste caso os compostos são for- terra-nova − terras-novas ou terra-novas
mados por substantivo mais palavra variável (adjetivo, substantivo, salvo-conduto − salvos-condutos ou salvo-condutos
numeral, pronome). Ex.: xeque-mate − xeques-mates ou xeques-mate
amor-perfeito − amores-perfeitos
couve-flor − couves-flores - Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras.
segunda-feira − segundas-feiras o bem-me-quer − os bem-me-queres
o joão-ninguém − os joões-ninguém
2) Variação só do primeiro elemento: neste caso quando há pre- o lugar-tenente − os lugar-tenentes
posição no composto, mesmo que oculto. Ex.: o mapa-múndi − os mapas-múndi
pé-de-moleque − pés-de-moleque
cavalo-vapor − cavalos-vapor (de ou a vapor) Flexão de gênero

3) A palavra também irá variar quando o segundo substantivo Os substantivos e as palavras que o acompanham na frase admi-
determina o primeiro (fim ou semelhança). Ex.: tem a flexão de gênero: masculino e feminino. Ex.:
banana-maçã − bananas-maçã (semelhante a maçã) Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário.
navio-escola − navios-escola (a finalidade é a escola) Minha amiga diretora recebeu a primeira prestação.
A flexão de feminino pode ocorrer de duas maneiras.
Observações:
- Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos, porém é 1) Com a troca de o ou e por a. Ex.: lobo – loba / mestre – mes-
uma situação polêmica. tra.
Ex.: mangas-espada (preferível) ou mangas-espadas.
2) Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero, muitas
- Quando apenas o último elemento varia: vezes com alterações do radical. Veja alguns femininos importantes:
a) Quando os elementos são adjetivos. Ex.: hispano-americano ateu − ateia
− hispano-americanos. bispo − episcopisa
Observação: a exceção é surdo-mudo, em que os dois adjetivos conde − condessa
se flexionam: surdos-mudos. duque − duquesa
b) Nos compostos em que aparecem os adjetivos GRÃO, GRÃ e frade − freira
BEL. Ex.: grão-duque − grão-duques / grã-cruz − grã-cruzes / bel-pra- ilhéu − ilhoa
zer − bel-prazeres. judeu − judia
c) Quando o composto é formado por verbo ou qualquer ele- marajá − marani
mento invariável (advérbio, interjeição, prefixo etc.) mais substan- monje − monja
tivo ou adjetivo. Ex.: arranha-céu − arranha-céus / sempre-viva − pigmeu − pigmeia
sempre-vivas / super-homem − super-homens.
d) Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos (re- Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou seja,
presentam sons). Ex.: reco-reco − reco-recos / pingue-pongue − pin- possuem uma única forma para masculino e feminino. E podem ser
gue-pongues / bem-te-vi − bem-te-vis. divididos em:

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LÍNGUA PORTUGUESA

a) Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo designar b) Relativo:


os dois sexos. Ex.: a pessoa, o cônjuge, a testemunha. De superioridade: João é o mais forte da turma.
b) Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos, podendo De inferioridade: João é o menos forte da turma.
então ser masculinos ou femininos. Ex.: o estudante − a estudante,
o cientista − a cientista, o patriota − a patriota. Observações:
c) Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os animais. a) O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento do
Ex.: O jacaré, a cobra, o polvo. adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo ou imo)
ou uma palavra de apoio, como muito, bastante, demasiadamente,
Observações: enorme etc.
- O feminino de elefante é elefanta, e não elefoa. Aliá é correto,
mas designa apenas uma espécie de elefanta. b) As palavras maior, menor, melhor e pior constituem sempre
- Mamão, para alguns gramáticos, deve ser considerado epice- graus de superioridade. Ex.:
no. É algo discutível. O carro é menor que o ônibus. (menor - mais pequeno = compa-
- Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas costu- rativo de superioridade.)
mam trocar. Veja alguns que convém gravar. Ele é o pior do grupo. (pior - mais mau = superlativo relativo de
Masculinos - Femininos superioridade.)
champanha - aguardente
dó - alface c) Alguns superlativos absolutos sintéticos também podem
eclipse - cal apresentar dúvidas.
formicida - cataplasma acre − acérrimo
grama (peso) - grafite amargo − amaríssimo
milhar - libido amigo − amicíssimo
plasma - omoplata antigo − antiquíssimo
soprano - musse cruel − crudelíssimo
suéter - preá doce − dulcíssimo
telefonema fácil − facílimo
feroz − ferocíssimo
- Existem substantivos que admitem os dois gêneros. Ex.: diabe- fiel − fidelíssimo
tes (ou diabete), laringe, usucapião etc. geral − generalíssimo
humilde − humílimo
Flexão de grau magro − macérrimo
negro − nigérrimo
Por razões meramente didáticas, incluo, aqui, o grau entre os pobre − paupérrimo
processos de flexão. sagrado − sacratíssimo
sério − seriíssimo
Grau do substantivo soberbo – superbíssimo
1) Normal ou positivo: sem nenhuma alteração. Ex.: chapéu.

2) Aumentativo: FLEXÃO VERBAL


a) Sintético: chapelão;
b) Analítico: chapéu grande, chapéu enorme etc. 1) Número: singular ou plural
Ex.: ando, andas, anda → singular
3) Diminutivo: andamos, andais, andam → plural
a) Sintético: chapeuzinho;
b) Analítico: chapéu pequeno, chapéu reduzido etc. 2) Pessoas: são três.
Obs.: Um grau é sintético quando formado por sufixo; analítico, a) A primeira é aquela que fala; corresponde aos pronomes eu
por meio de outras palavras. (singular) e nós (plural).
Ex.: escreverei, escreveremos.
Grau do adjetivo
1) Normal ou positivo: João é forte. b) A segunda é aquela com quem se fala; corresponde aos pro-
nomes tu (singular) e vós (plural).
2) Comparativo: Ex.: escreverás, escrevereis.
a) De superioridade: João é mais forte que André. (ou do que);
b) De inferioridade: João é menos forte que André. (ou do que); c) A terceira é aquela acerca de quem se fala; corresponde aos
c) De igualdade: João é tão forte quanto André. (ou como); pronomes ele ou ela (singular) e eles ou elas (plural).
Ex.: escreverá, escreverão.
3) Superlativo:
a) Absoluto 3) Modos: são três.
Sintético: João é fortíssimo. a) Indicativo: apresenta o fato verbal de maneira positiva, indu-
Analítico: João é muito forte. (bastante forte, forte demais etc.) bitável. Ex.: vendo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

b) Subjuntivo: apresenta o fato verbal de maneira duvidosa, hi- Ex.: beba


potética. Ex.: que eu venda. bebas → não bebas (tu)
beba → não beba (você)
c) Imperativo: apresenta o fato verbal como objeto de uma or- bebamos → não bebamos (nós)
dem. Ex.: venda! bebais → não bebais (vós)
bebam → não bebam (vocês)
4) Tempos: são três. Assim, temos: não bebas, não beba, não bebamos, não bebais,
a) Presente: falo não bebam.

b) Pretérito: Observações:
- Perfeito: falei a) No imperativo não existe a primeira pessoa do singular, eu; a
- Imperfeito: falava terceira pessoa é você.
- Mais-que-perfeito: falara
b) O verbo ser não segue a regra nas pessoas que saem do pre-
Obs.: O pretérito perfeito indica uma ação extinta; o imperfeito, sente do indicativo. Eis o seu imperativo:
uma ação que se prolongava num determinado ponto do passado; - Afirmativo: sê, seja, sejamos, sede, sejam.
o mais-que-perfeito, uma ação passada em relação a outra ação, - Negativo: não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não se-
também passada. Ex.: jam.
Eu cantei aquela música. (perfeito)
Eu cantava aquela música. (imperfeito) c) O tratamento dispensado a alguém numa frase não pode mu-
Quando ele chegou, eu já cantara. (mais-que-perfeito) dar. Se começamos a tratar a pessoa por você, não podemos passar
para tu, e vice-versa.
c) Futuro: Ex.: Pede agora a tua comida. (tratamento: tu)
- Do presente: estudaremos Peça agora a sua comida. (tratamento: você)
- Do pretérito: estudaríamos
d) Os verbos que têm z no radical podem, no imperativo afirma-
Obs.: No modo subjuntivo, com relação aos tempos simples, tivo, perder também a letra e que aparece antes da desinência s.
temos apenas o presente, o pretérito imperfeito e o futuro (sem Ex.: faze (tu) ou faz (tu)
divisão). Os tempos compostos serão estudados mais adiante. dize (tu) ou diz (tu)

5) Vozes: são três. e) Procure ter “na ponta da língua” a formação e o emprego do
a) Ativa: o sujeito pratica a ação verbal. imperativo. É assunto muito cobrado em concursos públicos.
Ex.: O carro derrubou o poste.
Tempos Primitivos e Tempos Derivados
b) Passiva: o sujeito sofre a ação verbal. 1) O presente do indicativo é tempo primitivo. Da primeira pes-
- Analítica ou verbal: com o particípio e um verbo auxiliar. soa do singular sai todo o presente do subjuntivo.
Ex.: O poste foi derrubado pelo carro. Ex.: digo → que eu diga, que tu digas, que ele diga etc.
dizes
- Sintética ou pronominal: com o pronome apassivador se. diz
Ex.: Derrubou-se o poste. Obs.: isso não ocorre apenas com os poucos verbos que não
apresentam a desinência o na primeira pessoa do singular.
Obs.: Estudaremos bem o pronome apassivador (ou partícula Ex.: eu sou → que eu seja.
apassivadora) na sétima lição: concordância verbal. eu sei → que eu saiba.

c) Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação verbal; aparece um 2) O pretérito perfeito é tempo primitivo. Da segunda pessoa
pronome reflexivo. Ex.: O garoto se machucou. do singular saem:

Formação do Imperativo a) o mais-que-perfeito.


1) Afirmativo: tu e vós saem do presente do indicativo menos a Ex.: coubeste → coubera, couberas, coubera, coubéramos, cou-
letra s; você, nós e vocês, do presente do subjuntivo. béreis, couberam.
Ex.: Imperativo afirmativo do verbo beber
Bebo → beba b) o imperfeito do subjuntivo.
bebes → bebe (tu) bebas Ex.: coubeste → coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos,
bebe beba → beba (você) coubésseis, coubessem.
bebemos bebamos → bebamos (nós)
bebeis → bebei (vós) bebais c) o futuro do subjuntivo.
bebem bebam → bebam (vocês) Ex.: coubeste → couber, couberes, couber, coubermos, couber-
Reunindo, temos: bebe, beba, bebamos, bebei, bebam. des, couberem.

2) Negativo: sai do presente do subjuntivo mais a palavra não. 3) Do infinitivo impessoal derivam:

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LÍNGUA PORTUGUESA

a) o imperfeito do indicativo. 4) Rever, prever, antever etc.: seguem integralmente o verbo


Ex.: caber → cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabiam. ver.
Ex.: vi → revi, previ etc.
b) o futuro do presente. víssemos → prevíssemos, antevíssemos etc.
Ex.: caber → caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis, ca-
berão. Observações:
- Como se vê nesses quatro itens iniciais, o verbo derivado se-
c) o futuro do pretérito. gue a conjugação do seu primitivo. Basta conjugar o verbo primitivo
Ex.: caber → caberia, caberias, caberia, caberíamos, caberíeis, e recolocar o prefixo. Há outros verbos que dão origem a verbos
caberiam. derivados. Por exemplo, dizer, haver e fazer. Para eles, vale a mesma
regra explicada acima.
d) o infinitivo pessoal. Ex.: eu houve → eu reouve (e não reavi, como normalmente se
Ex.: caber → caber, caberes, caber, cabermos, caberdes, cabe- fala por aí).
rem.
- Requerer e prover não seguem integralmente os verbos querer
e) o gerúndio. e ver. Eles serão mostrados mais adiante.
Ex.: caber → cabendo.
5) Crer, no pretérito perfeito do indicativo: cri, creste, creu, cre-
f) o particípio. mos, crestes, creram.
Ex.: caber → cabido.
6) Estourar, roubar, aleijar, inteirar etc.: mantém o ditongo fe-
Tempos Compostos chado em todos os tempos, inclusive o presente do indicativo. Ex.:
Formam-se os tempos compostos com o verbo auxiliar (ter ou A bomba estoura. (e não estóra, como normalmente se diz).
haver) mais o particípio do verbo que se quer conjugar.
7) Aderir, competir, preterir, discernir, concernir, impelir, expelir,
1) Perfeito composto: presente do verbo auxiliar mais particípio repelir:
do verbo principal. a) presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos, ade-
Ex.: tenho falado ou hei falado → perfeito composto do indicati- rimos, aderem.
vo tenha falado ou haja falado → perfeito composto do subjuntivo.
b) presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos, adirais,
2) Mais-que-perfeito composto: imperfeito do auxiliar mais par- adiram.
ticípio do principal.
Ex.: tinha falado → mais-que-perfeito composto do indicativo. Obs.: Esses verbos mudam o e do infinitivo para i na primeira
tivesse falado → mais-que-perfeito composto do subjuntivo. pessoa do singular do presente do indicativo e em todas do presen-
te do subjuntivo.
3) Demais tempos: basta classificar o verbo auxiliar.
Ex.: terei falado → futuro do presente composto (terei é futuro 8) Aguar, desaguar, enxaguar, minguar:
do presente). a) presente do indicativo: águo, águas, água; enxáguo, enxá-
guas, enxágua.
Verbos Irregulares Comuns em Concursos
É importante saber a conjugação dos verbos que seguem. Eles b) presente do subjuntivo: águe, águes, águe; enxágue, enxá-
estão conjugados apenas nas pessoas, tempos e modos mais pro- gues, enxágue.
blemáticos.
1) Compor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem integral- 9) Arguir, no presente do indicativo: arguo, argúis, argúi, argui-
mente o verbo pôr. mos, arguis, argúem.
Ex.: ponho → componho, imponho, deponho etc.
pus → compus, repus, expus etc. 10) Apaziguar, averiguar, obliquar, no presente do subjuntivo:
apazigúe, apazigúes, apazigúe, apaziguemos, apazigueis, apazi-
2) Deter, conter, reter, manter etc.: seguem integralmente o ver- gúem.
bo ter.
Ex.: tivermos → contivermos, mantivermos etc. 11) Mobiliar:
tiveste → retiveste, mantiveste etc. a) presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília, mobilia-
mos, mobiliais, mobíliam.
3) Intervir, advir, provir, convir etc.: seguem integralmente o ver-
bo vir. b) presente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie, mobilie-
Ex.: vierem → intervierem, provierem etc. mos, mobilieis, mobíliem.
vim → intervim, convim etc.
12) Polir, no presente do indicativo: pulo, pules, pule, polimos,
polis, pulem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

13) Passear, recear, pentear, ladear (e todos os outros termina-


dos em ear) CONCORDÂNCIA, REGÊNCIA E COLOCAÇÃO.
a) presente do indicativo: passeio, passeias, passeia, passea-
mos, passeais, passeiam. Concordância
b) presente do subjuntivo: passeie, passeies, passeie, passee- Concordância é o efeito gramatical causado por uma relação
mos, passeeis, passeiem. harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser
verbal — refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal —
Observações: refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas.
- Os verbos desse grupo (importantíssimo) apresentam o diton- • Concordância em gênero: flexão em masculino e feminino
go ei nas formas rizotônicas, mas apenas nos dois presentes. • Concordância em número: flexão em singular e plural
- Os verbos estrear e idear apresentam ditongo aberto. • Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa
Ex.: estreio, estreias, estreia; ideio, ideias, ideia.
Concordância nominal
14) Confiar, renunciar, afiar, arriar etc.: verbos regulares. Para que a concordância nominal esteja adequada, adjetivos,
Ex.: confio, confias, confia, confiamos, confiais, confiam. artigos, pronomes e numerais devem flexionar em número e gêne-
ro, de acordo com o substantivo. Há algumas regras principais que
Observações: ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar
- Esses verbos não têm o ditongo ei nas formas rizotônicas. atento, também, aos casos específicos.
Quando há dois ou mais adjetivos para apenas um substantivo,
- Mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar, apesar o substantivo permanece no singular se houver um artigo entre os
de terminarem em iar, apresentam o ditongo ei. adjetivos. Caso contrário, o substantivo deve estar no plural:
Ex.: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais, medeiam, • A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e
medeie, medeies, medeie, mediemos, medieis, medeiem. japonesa.
15) Requerer: só é irregular na 1ª pessoa do singular do pre- Quando há dois ou mais substantivos para apenas um adjetivo,
sente do indicativo e, consequentemente, em todo o presente do a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adjetivo
subjuntivo. vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o subs-
Ex.: requeiro, requeres, requer tantivo mais próximo:
requeira, requeiras, requeira • Linda casa e bairro.
requeri, requereste, requereu
Se o adjetivo vem depois dos substantivos, ele pode concordar
16) Prover: conjuga-se como verbo regular no pretérito perfei- tanto com o substantivo mais próximo, ou com todos os substanti-
to, no mais-que-perfeito, no imperfeito do subjuntivo, no futuro do vos (sendo usado no plural):
subjuntivo e no particípio; nos demais tempos, acompanha o verbo • Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arru-
ver. mada.
Ex.: Provi, proveste, proveu; provera, proveras, provera; proves- • Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arru-
se, provesses, provesse etc. mados.
provejo, provês, provê; provia, provias, provia; proverei, prove-
rás, proverá etc. Quando há a modificação de dois ou mais nomes próprios ou
de parentesco, os adjetivos devem ser flexionados no plural:
17) Reaver, precaver-se, falir, adequar, remir, abolir, colorir, res- • As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão
sarcir, demolir, acontecer, doer são verbos defectivos. Estude o que entre os melhores escritores brasileiros.
falamos sobre eles na lição anterior, no item sobre a classificação
dos verbos. Ex.: Reaver, no presente do indicativo: reavemos, rea- Quando o adjetivo assume função de predicativo de um sujeito
veis. ou objeto, ele deve ser flexionado no plural caso o sujeito ou objeto
seja ocupado por dois substantivos ou mais:
EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. • O operário e sua família estavam preocupados com as conse-
quências do acidente.

Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado


em tópicos anteriores.

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LÍNGUA PORTUGUESA

CASOS ESPECÍFICOS REGRA EXEMPLO


É PROIBIDO Deve concordar com o substantivo quando há presença
É proibida a entrada.
É PERMITIDO de um artigo. Se não houver essa determinação, deve
É proibido entrada.
É NECESSÁRIO permanecer no singular e no masculino.
Mulheres dizem “obrigada” Homens dizem
OBRIGADO / OBRIGADA Deve concordar com a pessoa que fala.
“obrigado”.
As bastantes crianças ficaram doentes com a
volta às aulas.
Quando tem função de adjetivo para um substantivo,
Bastante criança ficou doente com a volta às
BASTANTE concorda em número com o substantivo.
aulas.
Quando tem função de advérbio, permanece invariável.
O prefeito considerou bastante a respeito da
suspensão das aulas.
É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas” não Havia menos mulheres que homens na fila
MENOS
existe na língua portuguesa. para a festa.
As crianças mesmas limparam a sala depois
MESMO Devem concordar em gênero e número com a pessoa a
da aula.
PRÓPRIO que fazem referência.
Eles próprios sugeriram o tema da formatura.
Quando tem função de numeral adjetivo, deve
Adicione meia xícara de leite.
concordar com o substantivo.
MEIO / MEIA Manuela é meio artista, além de ser
Quando tem função de advérbio, modificando um
engenheira.
adjetivo, o termo é invariável.
Segue anexo o orçamento.
Seguem anexas as informações adicionais
ANEXO INCLUSO Devem concordar com o substantivo a que se referem. As professoras estão inclusas na greve.
O material está incluso no valor da
mensalidade.

Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver flexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeito com o
qual ele se relaciona.

Quando o sujeito composto é colocado anterior ao verbo, o verbo ficará no plural:


• A menina e seu irmão viajaram para a praia nas férias escolares.

Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto ficar no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo:
• Discutiram marido e mulher. / Discutiu marido e mulher.

Se o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo deve ficar no plural e concordando com a pessoa que
tem prioridade, a nível gramatical — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele,
eles):
• Eu e vós vamos à festa.

Quando o sujeito apresenta uma expressão partitiva (sugere “parte de algo”), seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo
pode ficar tanto no singular quanto no plural:
• A maioria dos alunos não se preparou para o simulado. / A maioria dos alunos não se prepararam para o simulado.

Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concordar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um subs-
tantivo (expressão partitiva), o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com o substantivo:
• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo.

Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique quantidade aproximada, o verbo concorda com o substantivo que segue
a expressão:
• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifestação. / Mais de um aluno ficou abaixo da média na prova.

Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre na terceira pessoa do singular:
• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quando o sujeito é coletivo, o verbo permanece no singular, concordando com o coletivo partitivo:
• A multidão delirou com a entrada triunfal dos artistas. / A matilha cansou depois de tanto puxar o trenó.

Quando não existe sujeito na oração, o verbo fica na terceira pessoa do singular (impessoal):
• Faz chuva hoje

Quando o pronome relativo “que” atua como sujeito, o verbo deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração principal
ao qual o pronome faz referência:
• Foi Maria que arrumou a casa.

Quando o sujeito da oração é o pronome relativo “quem”, o verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quanto com
o próprio nome, na 3ª pessoa do singular:
• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa.

Quando o pronome indefinido ou interrogativo, atuando como sujeito, estiver no singular, o verbo deve ficar na 3ª pessoa do singular:
• Nenhum de nós merece adoecer.

Quando houver um substantivo que apresenta forma plural, porém com sentido singular, o verbo deve permanecer no singular. Ex-
ceto caso o substantivo vier precedido por determinante:
• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos sumiram.

Regência
A regência estuda as relações de concordâncias entre os termos que completam o sentido tanto dos verbos quanto dos nomes. Dessa
maneira, há uma relação entre o termo regente (principal) e o termo regido (complemento).
A regência está relacionada à transitividade do verbo ou do nome, isto é, sua complementação necessária, de modo que essa relação
é sempre intermediada com o uso adequado de alguma preposição.

Regência nominal
Na regência nominal, o termo regente é o nome, podendo ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, e o termo regido é o
complemento nominal, que pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral.
Vale lembrar que alguns nomes permitem mais de uma preposição. Veja no quadro abaixo as principais preposições e as palavras que
pedem seu complemento:

PREPOSIÇÃO NOMES
acessível; acostumado; adaptado; adequado; agradável; alusão; análogo; anterior; atento; benefício; comum;
A contrário; desfavorável; devoto; equivalente; fiel; grato; horror; idêntico; imune; indiferente; inferior; leal; necessário;
nocivo; obediente; paralelo; posterior; preferência; propenso; próximo; semelhante; sensível; útil; visível...
amante; amigo; capaz; certo; contemporâneo; convicto; cúmplice; descendente; destituído; devoto; diferente;
DE dotado; escasso; fácil; feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno; inimigo; inseparável; isento; junto; longe; medo;
natural; orgulhoso; passível; possível; seguro; suspeito; temeroso...
SOBRE opinião; discurso; discussão; dúvida; insistência; influência; informação; preponderante; proeminência; triunfo...
acostumado; amoroso; analogia; compatível; cuidadoso; descontente; generoso; impaciente; ingrato; intolerante;
COM
mal; misericordioso; ocupado; parecido; relacionado; satisfeito; severo; solícito; triste...
abundante; bacharel; constante; doutor; erudito; firme; hábil; incansável; inconstante; indeciso; morador; negligente;
EM
perito; prático; residente; versado...
atentado; blasfêmia; combate; conspiração; declaração; fúria; impotência; litígio; luta; protesto; reclamação;
CONTRA
representação...
PARA bom; mau; odioso; próprio; útil...

Regência verbal
Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo regido poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) quanto um
objeto indireto (preposicionado), podendo ser caracterizado também por adjuntos adverbiais.
Com isso, temos que os verbos podem se classificar entre transitivos e intransitivos. É importante ressaltar que a transitividade do
verbo vai depender do seu contexto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Verbos intransitivos: não exigem complemento, de modo que Ênclise


fazem sentido por si só. Em alguns casos, pode estar acompanhado Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.
de um adjunto adverbial (modifica o verbo, indicando tempo, lugar,
modo, intensidade etc.), que, por ser um termo acessório, pode ser Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do
retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática: indicativo: Trago-te flores.
• Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem. Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!
Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre-
Verbos transitivos diretos: exigem complemento (objeto dire- posição em: Saí, deixando-a aflita.
to), sem preposição, para que o sentido do verbo esteja completo: Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com
• A aluna entregou o trabalho. / A criança quer bolo. outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise:
Apressei-me a convidá-los.
Verbos transitivos indiretos: exigem complemento (objeto in-
direto), de modo que uma preposição é necessária para estabelecer Mesóclise
o sentido completo: Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.
• Gostamos da viagem de férias. / O cidadão duvidou da cam-
panha eleitoral. É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no
futuro do pretérito que iniciam a oração.
Verbos transitivos diretos e indiretos: em algumas situações, o Dir-lhe-ei toda a verdade.
verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem preposi- Far-me-ias um favor?
ção) e de um objeto indireto (com preposição):
• Apresentou a dissertação à banca. / O menino ofereceu ajuda Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de
à senhora. qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.
Eu lhe direi toda a verdade.
Colocação Tu me farias um favor?
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da
frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do prono-
me antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma Colocação do pronome átono nas locuções verbais
culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal
após o verbo – ênclise. não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve-
De acordo com a norma culta, no português escrito não se ini- rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
cia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lingua- Exemplos:
gem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, Devo-lhe dizer a verdade.
formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele. Devo dizer-lhe a verdade.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem
as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes
não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que preju- do auxiliar ou depois do principal.
dique a eufonia da frase. Exemplos:
Não lhe devo dizer a verdade.
Próclise Não devo dizer-lhe a verdade.
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.
Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise,
Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade. o pronome átono ficará depois do auxiliar.
Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pa- Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.
cientemente.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do
Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus. auxiliar.
Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui. Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.
Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa? Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois
Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante- do infinitivo.
posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor! Exemplos:
Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita! Hei de dizer-lhe a verdade.
Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não se- Tenho de dizer-lhe a verdade.
jam reduzidas: Percebia que o observavam.
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando, Observação
tudo dá. Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções:
Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus in- Devo-lhe dizer tudo.
tentos são para nos prejudicarem. Estava-lhe dizendo tudo.
Havia-lhe dito tudo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

As notícias corriam rápidas como pólvora. (Corriam, no plural,


ESTRUTURA SINTÁTICA DA FRASE. concordando com as notícias.)

Frase O núcleo do sujeito é a palavra principal do sujeito, que encerra


É todo enunciado capaz de transmitir a outrem tudo aquilo que a essência de sua significação. Em torno dela, como que gravitam
pensamos, queremos ou sentimos. as demais.
Exemplo: Os teus lírios brancos embelezam os campos. (Lí-
Exemplos rios é o núcleo do sujeito.)
Caía uma chuva.
Dia lindo. Podem exercer a função de núcleo do sujeito o substantivo e
palavras de natureza substantiva. Veja:
Oração O medo salvou-lhe a vida. (substantivo)
É a frase que apresenta estrutura sintática (normalmente, su- Os medrosos fugiram. (Adjetivo exercendo papel de substanti-
jeito e predicado, ou só o predicado). vo: adjetivo substantivado.)

Exemplos A definição mais adequada para sujeito é: sujeito é o termo da


Ninguém segura este menino. (Ninguém: sujeito; segura este oração com o qual o verbo normalmente concorda.
menino: predicado)
Havia muitos suspeitos. (Oração sem sujeito; havia muitos sus- Sujeito simples: tem um só núcleo.
peitos: predicado) Exemplo: As flores morreram.

Termos da oração Sujeito composto: tem mais de um núcleo.


Exemplo: O rapaz e a moça foram encostados ao muro.

Termos sujeito Sujeito elíptico (ou oculto): não expresso e que pode ser de-
1. terminado pela desinência verbal ou pelo contexto.
essenciais predicado
Exemplo: Viajarei amanhã. (sujeito oculto: eu)

Sujeito indeterminado: é aquele que existe, mas não podemos


ou não queremos identificá-lo com precisão.
complemento objeto Ocorre:
verbal direto - quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem referência a
Termos nenhum substantivo anteriormente expresso.
2. complemento objeto
integrantes Exemplo: Batem à porta.
nominal indireto
agente da passiva
- com verbos intransitivo (VI), transitivo indireto (VTI) ou de li-
gação (VL) acompanhados da partícula SE, chamada de índice de
indeterminação do sujeito (IIS).
Adjunto Exemplos:
Termos adnominal Vive-se bem. (VI)
3. Precisa-se de pedreiros. (VTI)
acessórios adjunto adverbial
aposto Falava-se baixo. (VI)
Era-se feliz naquela época. (VL)
4. Vocativo
Orações sem sujeito
Diz-se que sujeito e predicado são termos “essenciais”, mas São orações cujos verbos são impessoais, com sujeito inexis-
note que o termo que realmente é o núcleo da oração é o verbo: tente.
Chove. (Não há referência a sujeito.)
Cansei. (O sujeito e eu, implícito na forma verbal.) Ocorrem nos seguintes casos:
Os termos “acessórios” são assim chamados por serem supos- - com verbos que se referem a fenômenos meteorológicos.
tamente dispensáveis, o que nem sempre é verdade. Exemplo: Chovia. Ventava durante a noite.
Sujeito e predicado - haver no sentido de existir ou quando se refere a tempo de-
Sujeito é o termo da oração com o qual, normalmente, o verbo corrido.
concorda. Exemplo: Há duas semanas não o vejo. (= Faz duas semanas)
Exemplos - fazer referindo-se a fenômenos meteorológicos ou a tempo
A notícia corria rápida como pólvora. (Corria está no singular decorrido.
concordando com a notícia.) Exemplo: Fazia 40° à sombra.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- ser nas indicações de horas, datas e distâncias. Exemplo: Os ministros informaram a nova política econômi-
Exempl: São duas horas. ca aos trabalhadores. (VTDI)

Predicado nominal Complementos verbais


O núcleo, em torno do qual as demais palavras do predicado Os complementos verbais são representados pelo objeto direto
gravitam e que contém o que de mais importante se comunica a (OD) e pelo objeto indireto (OI).
respeito do sujeito, e um nome (isto é, um substantivo ou adjetivo,
ou palavra de natureza substantiva). O verbo e de ligação (liga o nú- Objeto indireto
cleo ao sujeito) e indica estado (ser, estar, continuar, ficar, perma- É o complemento verbal que se liga ao verbo pela preposição
necer; também andar, com o sentido de estar; virar, com o sentido por ele exigida. Nesse caso o verbo pode ser transitivo indireto ou
de transformar-se em; e viver, com o sentido de estar sempre). transitivo direto e indireto. Normalmente, as preposições que ligam
Exemplo: o objeto indireto ao verbo são a, de, em, com, por, contra, para etc.
Os príncipes viraram sapos muito feios. (verbo de ligação mais Exemplo: Acredito em você.
núcleo substantivo: sapos)
Objeto direto
Verbos de ligação Complemento verbal que se liga ao verbo sem preposição obri-
São aqueles que, sem possuírem significação precisa, ligam um gatória. Nesse caso o verbo pode ser transitivo direto ou transitivo
sujeito a um predicativo. São verbos de ligação: ser, estar, ficar, pa- direto e indireto.
recer, permanecer, continuar, tornar-se etc. Exemplo: Comunicaram o fato aos leitores.
Exemplo: A rua estava calma.
Objeto direto preposicionado
Predicativo do sujeito É aquele que, contrariando sua própria definição e característi-
É o termo da oração que, no predicado, expressa qualificação ca, aparece regido de preposição (geralmente preposição a).
ou classificação do sujeito. O pai dizia aos filhos que adorava a ambos.
Exemplo: Você será engenheiro.
Objeto pleonástico
- O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de liga- É a repetição do objeto (direto ou indireto) por meio de um
ção, pode também ocorrer com verbos intransitivos ou com ver- pronome. Essa repetição assume valor enfático (reforço) da noção
bos transitivos. contida no objeto direto ou no objeto indireto.
Exemplos
Predicado verbal Ao colega, já lhe perdoei. (objeto indireto pleonástico)
Ocorre quando o núcleo é um verbo. Logo, não apresenta pre- Ao filme, assistimos a ele emocionados. (objeto indireto pleo-
dicativo. E formado por verbos transitivos ou intransitivos. nástico)
Exemplo: A população da vila assistia ao embarque. (Núcleo
do sujeito: população; núcleo do predicado: assistia, verbo transi- Predicado verbo-nominal
tivo indireto) Esse predicado tem dois núcleos (um verbo e um nome), é for-
mado por predicativo com verbo transitivo ou intransitivo.
Verbos intransitivos Exemplos:
São verbos que não exigem complemento algum; como a ação A multidão assistia ao jogo emocionada. (predicativo do sujei-
verbal não passa, não transita para nenhum complemento, rece- to com verbo transitivo indireto)
bem o nome de verbos intransitivos. Podem formar predicado sozi- A riqueza tornou-o orgulhoso. (predicativo do objeto com ver-
nhos ou com adjuntos adverbiais. bo transitivo direto)
Exemplo: Os visitantes retornaram ontem à noite.
Predicativo do sujeito
Verbos transitivos O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de ligação,
São verbos que, ao declarar alguma coisa a respeito do sujei- pode também ocorrer com verbos intransitivos ou transitivos. Nes-
to, exigem um complemento para a perfeita compreensão do que se caso, o predicado é verbo-nominal.
se quer dizer. Tais verbos se denominam transitivos e a pessoa ou Exemplo: A criança brincava alegre no parque.
coisa para onde se dirige a atividade transitiva do verbo se denomi-
na objeto. Dividem-se em: diretos, indiretos e diretos e indiretos. Predicativo do objeto
Exprime qualidade, estado ou classificação que se referem ao
Verbos transitivos diretos: Exigem um objeto direto. objeto (direto ou indireto).
Exemplo: Espero-o no aeroporto.
Exemplo de predicativo do objeto direto:
Verbos transitivos indiretos: Exigem um objeto indireto. O juiz declarou o réu culpado.
Exemplo: Gosto de flores. Exemplo de predicativo do objeto indireto:
Gosto de você alegre.
Verbos transitivos diretos e indiretos: Exigem um objeto direto
e um objeto indireto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Adjunto adnominal As orações independentes de um período são chamadas de


É o termo acessório que vem junto ao nome (substantivo), res- orações coordenadas (OC), e o período formado só de orações co-
tringindo-o, qualificando-o, determinando-o (adjunto: “que vem ordenadas é chamado de período composto por coordenação.
junto a”; adnominal: “junto ao nome”). Observe: As orações coordenadas podem ser assindéticas e sindéticas.
Os meus três grandes amigos [amigos: nome substantivo] vie- As orações são coordenadas assindéticas (OCA) quando não
ram me fazer uma visita [visita: nome substantivo] agradável on- vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
tem à noite. Os jogadores correram, / chutaram, / driblaram.
São adjuntos adnominais os (artigo definido), meus (pronome OCA OCA OCA
possessivo adjetivo), três (numeral), grandes (adjetivo), que estão
gravitando em torno do núcleo do sujeito, o substantivo amigos; - As orações são coordenadas sindéticas (OCS) quando vêm in-
o mesmo acontece com uma (artigo indefinido) e agradável (adje- troduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
tivo), que determinam e qualificam o núcleo do objeto direto, o A mulher saiu do prédio / e entrou no táxi.
substantivo visita. OCA OCS

O adjunto adnominal prende-se diretamente ao substantivo, As orações coordenadas sindéticas se classificam de acordo
ao passo que o predicativo se refere ao substantivo por meio de com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas que as in-
um verbo. troduzem. Pode ser:

Complemento nominal - Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só...


É o termo que completa o sentido de substantivos, adjetivos e mas também, não só... mas ainda.
advérbios porque estes não têm sentido completo. A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa
- Objeto – recebe a atividade transitiva de um verbo. ideia de acréscimo ou adição com referência à oração anterior, ou
- Complemento nominal – recebe a atividade transitiva de um seja, por uma conjunção coordenativa aditiva.
nome.
O complemento nominal é sempre ligado ao nome por prepo- - Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, porém,
sição, tal como o objeto indireto. todavia, contudo, entretanto, no entanto.
Exemplo: Tenho necessidade de dinheiro. A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa
ideia de oposição à oração anterior, ou seja, por uma conjunção
Adjunto adverbial coordenativa adversativa.
É o termo da oração que modifica o verbo ou um adjetivo ou
o próprio advérbio, expressando uma circunstância: lugar, tempo, - Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, por
fim, meio, modo, companhia, exclusão, inclusão, negação, afirma- isso, pois, logo.
ção, duvida, concessão, condição etc. A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expres-
sa ideia de conclusão de um fato enunciado na oração anterior, ou
Período seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.
Enunciado formado de uma ou mais orações, finalizado por:
ponto final ( . ), reticencias (...), ponto de exclamação (!) ou ponto - Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou, ou... ou,
de interrogação (?). De acordo com o número de orações, classifi- ora... ora, seja... seja, quer... quer.
ca-se em: A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que estabele-
Apresenta apenas uma oração que é chamada absoluta. ce uma relação de alternância ou escolha com referência à oração
O período é simples quando só traz uma oração, chamada anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa alternativa.
absoluta; o período é composto quando traz mais de uma oração.
Exemplo: Comeu toda a refeição. (Período simples, oração absolu- - Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, porque,
ta.); Quero que você leia. (Período composto.) pois, porquanto.
Uma maneira fácil de saber quantas orações há num período A 2ª oração é introduzida por uma conjunção que expressa
é contar os verbos ou locuções verbais. Num período haverá tan- ideia de explicação, de justificativa em relação à oração anterior, ou
tas orações quantos forem os verbos ou as locuções verbais nele seja, por uma conjunção coordenativa explicativa.
existentes.
Há três tipos de período composto: por coordenação, por su- Período Composto por Subordinação
bordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo tempo Nesse período, a segunda oração exerce uma função sintática
(também chamada de misto). em relação à primeira, sendo subordinada a ela. Quando um perío-
do é formado de pelo menos um conjunto de duas orações em que
Período Composto por Coordenação uma delas (a subordinada) depende sintaticamente da outra (prin-
cipal), ele é classificado como período composto por subordinação.
As três orações que formam esse período têm sentido próprio As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função
e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: são inde- que exercem.
pendentes. Há entre elas uma relação de sentido, mas uma não de-
pende da outra sintaticamente.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Orações Subordinadas Adverbiais Orações Subordinadas Adjetivas


Exercem a função de adjunto adverbial da oração principal Exercem a função de adjunto adnominal de algum termo da
(OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa oração principal.
que as introduz: As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas por
- Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração prin- um pronome relativo (que, qual, cujo, quem, etc.) e são classifica-
cipal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, visto das em:
que. - Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas quando
- Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a ocor- restringem ou especificam o sentido da palavra a que se referem.
rência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, contanto - Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas quan-
que, a menos que, a não ser que, desde que. do apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se referem,
- Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da oração esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem restringi-lo ou
principal, sem, no entanto, impedir sua realização. Conjunções: em- especificá-lo.
bora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que, mesmo que.
- Conformativas: Expressam a conformidade de um fato com Orações Reduzidas
outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo. São caracterizadas por possuírem o verbo nas formas de gerún-
- Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao que dio, particípio ou infinitivo. Ao contrário das demais orações subor-
foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim que, dinadas, as orações reduzidas não são ligadas através dos conecti-
logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que). vos. Há três tipos de orações reduzidas:
- Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi enun-
ciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de que, por- - Orações reduzidas de infinitivo:
que (=para que), que. Infinitivo: terminações –ar, -er, -ir.
- Consecutivas: Expressam a consequência do que foi enuncia-
do na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), Reduzida: Meu desejo era ganhar na loteria.
pois que, visto que. Desenvolvida: Meu desejo era que eu ganhasse na loteria.
- Comparativas: Expressam ideia de comparação com referência (Oração Subordinada Substantiva Predicativa)
à oração principal. Conjunções: como, assim como, tal como, (tão)...
como, tanto como, tal qual, que (combinado com menos ou mais). - Orações Reduzidas de Particípio:
- Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona pro- Particípio: terminações –ado, -ido.
porcionalmente ao que foi enunciado na principal. Conjunções: à
medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto Reduzida: A mulher sequestrada foi resgatada.
menos. Desenvolvida: A mulher que sequestraram foi resgatada. (Ora-
Orações Subordinadas Substantivas ção Subordinada Adjetiva Restritiva)
São aquelas que, num período, exercem funções sintáticas pró-
prias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjun- - Orações Reduzidas de Gerúndio:
ções integrantes que e se. Gerúndio: terminação –ndo.
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É aquela
que exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal. Reduzida: Respeitando as regras, não terão problemas.
Observe: O filho quer a sua ajuda. (objeto direto) Desenvolvida: Desde que respeitem as regras, não terão pro-
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É aquela blemas. (Oração Subordinada Adverbial Condicional)
que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração princi-
pal. Observe: Preciso de sua ajuda. (objeto indireto)
- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela que
PROCESSOS DE CONEXÕES E CONECTORES.
exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. Observe: É
importante sua ajuda. (sujeito) Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado
- Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: É em tópicos anteriores.
aquela que exerce a função de complemento nominal de um ter-
mo da oração principal. Observe: Estamos certos de sua inocência.
(complemento nominal) ESTILO E FIGURAS DE LINGUAGEM.
- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela que
exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal, vindo
FIGURAS DE LINGUAGEM4
sempre depois do verbo ser. Observe: O principal é sua felicidade.
(predicativo)
Também chamadas de Figuras de Estilo. É possível classificá-las
- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela que
em quatro tipos:
exerce a função de aposto de um termo da oração principal. Obser-
– Figuras de Palavras (ou semânticas);
ve: Ela tinha um objetivo: a felicidade de todos. (aposto)
– Figuras Sonoras;
– Figuras de Construção (ou de sintaxe);
– Figuras de Pensamento.
4 SCHICAIR. Nelson M. Gramática do Português Instrumental. 2ª. ed Niterói:
Impetus, 2007.

30
LÍNGUA PORTUGUESA

— Figuras de Palavras Metonímia


5
São as que dependem do uso de determinada palavra com sen- Troca-se uma palavra por outra com a qual ela se relaciona.
tido novo ou com sentido incomum. Vejamos: Ocorre quando um único nome é citado para representar um todo
referente a ele.
Metáfora A metonímia ocorre quando substituímos:
É um tipo de comparação (mental) sem uso de conectivos com- – O autor ou criador pela obra. Ex.: Gosto de ler Jorge Amado
parativos, com utilização de verbo de ligação explícito na frase. Con- (observe que o nome do autor está sendo usado no lugar de suas
siste em usar uma palavra referente a algo no lugar da característica obras).
propriamente dita, depreendendo uma relação de semelhança que – O efeito pela causa e vice-versa. Ex.: Ganho a vida com o suor
pode ser compreendida por conta da flexibilidade da linguagem. do meu rosto. (o suor é o efeito ou resultado e está sendo usado no
Ex.: “Sua boca era um pássaro escarlate.” (Castro Alves) lugar da causa, ou seja, o “trabalho”).
– O continente pelo conteúdo. Ex.: Ela comeu uma caixa de do-
Catacrese ces. (= doces).
Consiste em transferir a uma palavra o sentido próprio de ou- – O abstrato pelo concreto e vice-versa. Ex.: A velhice deve ser
tra, fazendo uso de formas já incorporadas aos usos da língua. Se respeitada. (= pessoas velhas).
a metáfora surpreende pela originalidade da associação de ideias, – O instrumento pela pessoa que o utiliza. Ex.: Ele é bom no
o mesmo não ocorre com a catacrese, que já não chama a atenção volante. (= piloto ou motorista).
por ser tão repetidamente usada. Toma-se emprestado um termo já – O lugar pelo produto. Ex.: Gosto muito de tomar um Porto. (=
existente e o “emprestamos” para outra coisa. o vinho da cidade do Porto).
Ex.: Batata da perna; Pé da mesa; Cabeça de alho; Asa da xícara. – O símbolo ou sinal pela coisa significada. Ex.: Os revolucioná-
rios queriam o trono. (= império, o poder).
Comparação ou Símile – A parte pelo todo. Ex.: Não há teto para os necessitados. (=
É a comparação entre dois elementos comuns, semelhantes, de a casa).
forma mais explícita. Como assim? Normalmente se emprega uma – O indivíduo pela classe ou espécie. Exemplo: Ele foi o judas
conjunção comparativa: como, tal qual, assim como, que nem. do grupo. (= espécie dos homens traidores).
Ex.: “Como um anjo caído, fiz questão de esquecer...” (Legião – O singular pelo plural. Ex.: O homem é um animal racional.
Urbana) (o singular homem está sendo usado no lugar do plural homens).
– O gênero ou a qualidade pela espécie. Ex.: Nós mortais, so-
Sinestesia mos imperfeitos. (= seres humanos).
É a fusão de no mínimo dois dos cinco sentidos físicos, sendo – A matéria pelo objeto. Ex.: Ele não tem um níquel. (= moeda).
bastante utilizada na arte, principalmente em músicas e poesias.
Ex.: “De amargo e então salgado ficou doce, - Paladar Observação: os últimos 5 casos recebem também o nome de
Assim que teu cheiro forte e lento - Olfato Sinédoque.
Fez casa nos meus braços e ainda leve - Tato
E forte e cego e tenso fez saber - Visão Sinédoque
Que ainda era muito e muito pouco.” (Legião Urbana) Significa a troca que ocorre por relação de compreensão e que
consiste no uso do todo, pela parte do plural pelo singular, do gêne-
Antonomásia ro pela espécie, ou vice-versa.
Quando substituímos um nome próprio pela qualidade ou ca- Ex.: O mundo é violento. (= os homens)
racterística que o distingue. Pode ser utilizada para eliminar repe-
tições e tornar o texto mais rico, devendo apresentar termos que Perífrase
sejam conhecidos pelo público, para não prejudicar a compreensão. Trata-se da substituição de um nome por uma expressão por
Ex.: O Águia de Haia (= Rui Barbosa) alguma característica marcante ou por algum fato que o tenha tor-
O Pai da Aviação (= Santos Dumont) nado célebre.
Ex.: O país do futebol acredita no seu povo. (país do futebol =
Brasil)
Epíteto
Significa “posto ao lado”, “acrescentado”. É um termo que de- Analogia
signa “apelido” ou “alcunha”, isto é, expressões ou palavras que são Trata-se de uma espécie de comparação, contudo, neste caso,
acrescentados a um nome. Epíteto vem do Grego EPÍTHETON, “algo realizada por meio de uma correspondência entre duas entidades
adicionado, apelido”, de EPI-, “sobre”, e TITHENAI, “colocar”. diferentes.
Aparece logo após o nome da pessoa, de personagens literários, Na escrita, pode ocorrer a analogia quando o autor pretender
da história de militares, de reis e de muitos outros. estabelecer uma aproximação equivalente entre elementos através
Ex.: Nelson Rodrigues: o “Anjo Pornográfico”, por sua obra de do sentido figurado e dos conectivos de comparação.
cunho bastante sexual. Ex.: A árvore é um ser vivo. Tem metabolismo e reproduz-se.
Augusto Dos Anjos: o “Poeta da Morte”, já que seu principal O ser humano também. Nisto são semelhantes. Ora se são seme-
tema era a morte. lhantes nestas coisas e a árvore cresce podemos concluir que o ser
humano também cresce.

5 https://bit.ly/37nLTfx

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LÍNGUA PORTUGUESA

Hipérbole equalizarmos o cotidiano a uma “montanha russa” e, na sequência,


É a figura do exagero, a fim de proporcionar uma imagem cho- cria relações contínuas entre os dias e os movimentos propiciados
cante ou emocionante. É a exaltação de uma ideia, visando causar pelo mecanismo de brinquedo.)
maior impacto.
Ex.: “Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo Bilac) Simbologia
“Estou morta de fome”. É o uso de simbologias para indicar algo.
Ex.: “A pomba branca simboliza a paz.”
Eufemismo
Figura que atenua, que dá um tom mais leve a uma expressão. Figuras de Harmonia
Ex.: “E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir São as que reproduzem os efeitos de repetição de sons, ou ain-
Deus lhe pague.” (Chico Buarque) da quando se busca representa-los. São elas:
Paz derradeira = morte
“Aquele homem de índole duvidosa apropriou-se (ladrão) inde- Aliteração
vidamente dos meus pertences.” (roubou) Repetição consonantal fonética (som da letra) geralmente no
início da palavra. Dá ritmo e também pode criar trava-línguas.
Disfemismo Ex.: “O rato roeu a roupa do rei de Roma”;
Expressão grosseira em lugar de outra, que poderia ser mais “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”.
suave, branda.
Ex.: “Você não passa de um porco ... um pobretão.” Assonância
Repetição da vogal tônica ou de sílabas com as mesmas con-
Pleonasmo soantes e vogais distintas.
Repetição da ideia, ou seja, redundância semântica e sintática, Ex.: “É a moda / da menina muda / da menina trombuda / que
divide-se em: muda de modos / e dá medo” (Moda da Menina Trombuda - Cecília
– Gramatical: com objetos direto ou indireto redundantes, cha- Meireles)
mam-nos pleonásticos.
Ex.: “Perdoo-te a ti, meu amor.” Paronomásia
“O carro velho, eu o vendi ontem.” É o uso de palavras iguais ou com sons semelhantes, porém que
– Vicioso: deve ser evitado por não acrescentar informação possuem sentidos distintos.
nova ao que já havia sido dito anteriormente. Ex.: “Berro pelo aterro pelo desterro
Ex.: subir para cima; descer para baixo; repetir de novo; hemor- Berro por seu berro pelo seu erro” (Caetano Veloso)
ragia sanguínea; protagonista principal; monopólio exclusivo. “Quem casa, quer casa”.

Anáfora Cacofonia
É a repetição intencional de palavras, no início de um período, Trata-se da junção de duas palavras (as últimas sílabas de uma
frase ou verso. + as sílabas iniciais da outra), que podem tornar o som diferente e
Ex.: “Eu quase não saio criar um novo significado. A cacofonia é notada ao falar, com o som
Eu quase não tenho amigo fazendo parecer algo diferente daquilo que realmente foi dito.
Eu quase não consigo Ex.: A boca dela. (cadela)
Ficar na cidade sem viver contrariado.” A prova valia 10 pontos, um por cada acerto. (porcada)
(Gilberto Gil)
Onomatopeia
Ambiguidade ou Anfibologia Este é um recurso empregado com a intenção de reproduzir um
Esta é uma figura de linguagem bastante utilizada no meio artís- barulho, som ou ruído. É muito usada em histórias em quadrinhos
tico, de forma poética e literária. Entretanto, em textos técnicos e e na literatura. No exemplo a seguir, o “tic-tac” reproduz o som de
redações, ela é considerada um vício (e precisa ser evitada). Ocorre um relógio.
quando uma frase fica com duplo sentido, dificultando sua inter- Ex: “Passa, tempo, tic-tac / Tic-tac, passa, hora / Chega logo,
pretação. tic-tac / Tic-tac, e vai-te embora” (O Relógio - Vinícius de Moraes)
Ex.: A mãe avisou à filha que estava terminando o serviço.
(Quem terminava o serviço: a mãe ou a filha?) Figuras de Construção
Dizem respeito aos desvios de padrão de concordância quer
quanto à ordem, omissões ou excessos. Dão maior fluidez ao texto.
Alegoria Dividem-se em:
Utilizada de maneira retórica, com o objetivo de ampliar o signi-
ficado de uma palavra (ou oração). A alegoria ajuda a transmitir um Assíndeto
(ou mais) sentidos do texto, além do literal. Ocorre por falta ou supressão de conectivos. Geralmente, é
Ex.: “Vivemos em uma constante montanha russa: estamos em substituído por vírgula.
alta velocidade e os altos e baixos se revezam de maneira vertigino- Ex.: “Saí, bebi, enfim, vivi.” (Nel de Moraes)
sa, sem que possamos pensar direito.” (Aqui, o enunciador propõe “Meu filho não quer trabalhar, estudar, ser autônomo, ser in-
dependente”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Polissíndeto de ao pé do Alfeu Tarro escultado bebe.” (Alberto de Oliveira)


Repetição enfática de conectivos que ligam termos da oração “Uma linfa corre entre vinhedo e sebe, e ele bebe no seu Tarro
ou períodos. Na maioria das vezes, as conjunções coordenativas são escultado, de faia, ao pé do Alfeu.”
repetidas.
Ex.: “E saber, e crescer, e ser, e haver Silepse
E perder, e sofrer, e ter horror.” Ocorre quando há concordância com uma ideia, e não com uma
(Vinícius de Morais) palavra — isto é, é feita com um elemento implícito. Pode aconte-
cer nos seguintes âmbitos: de gênero, de número e de pessoa.
Elipse Ex.: “O casal se atrasou, estavam se arrumando”
É a omissão de um termo que não prejudica ou altera o sentido Neste exemplo, há uma silepse de número. Num primeiro mo-
da frase. mento, a frase aparenta estar errada — uma vez que o verbo “es-
Ex.: “Queria ser um pássaro dentro da noite.” (omissão de “Eu”) tar” deveria aparecer no singular, para concordar com “casal” —,
“Quero mais respeito.” (omissão de “Eu” e “receber”) porém não se preocupe, essa construção é permitida.

Zeugma – De Gênero: masculino e feminino não concordam.


Elipse especial que consiste na supressão de um termo já ex- Ex.: “A vítima era lindo e o carrasco estava temerosa quanto à
presso, anteriormente, no contexto. reação da população.”
Ex.: “Nós nos desejamos e não nos possuímos.” (supressão de Perceba que vítima e carrasco não receberam de seus adjetivos
“nós”) lindo e temerosa a ‘atenção’ devida, por quê? Isso se deve à ideia
“Eu prefiro literatura, ele, linguística” (supressão de “prefere”) de que os substantivos sobrecomuns designam ambos os sexos, e
não ambos os gêneros, portanto, por questões estilísticas, o autor
Anacoluto do texto preferiu a ideia à regra gramatical rígida que impõe que
É uma alteração na estrutura da frase, que é interrompida por adjetivos concordem em gênero com o substantivo, não em sexo.
algum elemento inserido de maneira “solta”. Há estudiosos que de-
fendem que o anacoluto é um erro gramatical. O anacoluto é pare- – De Pessoa: sujeito e verbo não concordam entre si.
cido com o pleonasmo, ou melhor, na tentativa de um pleonasmo Ex.: “A gente não sabemos escolher presidente.”
sintático, muitas vezes, acaba-se por criar a ruptura. “A gente não sabemos tomar conta da gente.” (Ultraje a Rigor)
Ex.: “Os meus vizinhos, não confio mais neles.” - a função sintá- Nos casos de silepse de pessoa há, por parte do autor, uma cla-
tica de “os meus vizinhos” é nula; entretanto, se houvesse preposi- ra intromissão, característica do discurso indireto livre, quando, ao
ção (“Nos meus vizinhos, não confio mais neles”), o termo seria ob- informar, o emissor se coloca como parte da ação.
jeto indireto, enquanto “neles” seria o objeto indireto pleonástico.
— Figuras de Pensamento
Anástrofe São recursos de linguagem que se referem ao aspecto semânti-
Inversão sintática leve. co, ou seja, ao significado dentro de um contexto.
Ex.: “Tão leve estou que já nem sombra tenho.” (ordem inversa)
(Mário Quintana) Antítese
“Estou tão leve que já não tenho sombra.” (ordem direta) É a aproximação de palavras de sentidos contrários, antagôni-
cos.
Hipálage Ex.: “Onde queres prazer, sou o que dói
Inversão de um adjetivo (uma qualidade que pertence a um é E onde queres tortura, mansidão
atribuída a outro substantivo). Onde, queres um lar, Revolução
Ex.: “A mulher degustava lânguida cigarrilha.” E onde queres bandido, sou herói.”
Lânguida = sensual, portanto lânguida é a mulher, e não a cigar- (Caetano Veloso)
rilha como faz supor.
“Em cada olho um grito castanho de ódio.” (Dalton Trevisan) Paradoxo ou Oximoro
Castanhos são os olhos, e não o grito. É mais que a aproximação antitética; é a própria ideia que se
contradiz.
Hipérbato ou Inversão Ex.: “O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa)
É a inversão da ordem direta da frase (sujeito-verbo-objeto- “Mas tão certo quanto o erro de seu barco a motor é insistir em
-complementos). usar remos.” (Legião Urbana)
Ex.: “Enquanto manda as ninfas amorosas grinaldas nas cabeças
pôr de rosas.” (Camões) Apóstrofe
“Enquanto manda as ninfas amorosas pôr grinaldas de rosas na É a evocação, o chamamento. Identifica-se facilmente na função
cabeça.” sintática do vocativo.
Ex.: “Minha Nossa Senhora!” (usada quando alguém se espanta
Sínquise com algo)
Há uma inversão violenta de distantes partes da oração. É um
hipérbato “hiperbólico”. Quiasmo
Ex.: “...entre vinhedo e sebe Cruzamento de palavras que se repetem. Muito utilizado sado
corre uma linfa e ele no seu de faia para enfatizar algum feito.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ex.: “Tinha uma pedra no meio do meu caminho. / No meio do Observe que, no exemplo dado, a fala da personagem é intro-
meu caminho tinha uma pedra.” (C. D. Andrade) duzida por um travessão, que deve estar alinhado dentro do pará-
grafo.
Gradação ou Clímax O narrador, ao reproduzir diretamente a fala das personagens,
É uma sequência de palavras ou ideias que servem de intensifi- conserva características do linguajar de cada uma, como termos de
cação numa sequência temporal. O clímax é obtido com a gradação gíria, vícios de linguagem, palavrões, expressões regionais ou caco-
ascendente, já o anticlímax, é a organização de forma contrária. etes pessoais.
Ex.: “Mais dez, mais cem, mais mil e mais um bilião, uns cingidos O discurso direto geralmente apresenta verbos de elocução (ou
de luz, outros ensanguentados.” (Ocidentais - Machado de Assis) declarativos ou dicendi) que indicam quem está emitindo a mensa-
gem.
Ironia Os verbos declarativos ou de elocução mais comuns são:
Consiste em dizer o oposto do que se pensa, com intenção sar- acrescentar
cástica ou depreciativa. afirmar
Ex.: “A excelente Dona lnácia era mestra na arte de judiar de concordar
criança.” (Monteiro Lobato) consentir
“Dona Clotilde, o arcanjo do seu filho, quebrou minhas vidra- contestar
ças.” continuar
declamar
Personificação ou Prosopopeia determinar
É a atribuição de características humanas e qualidades a objetos dizer
inanimados e irracionais. esclarecer
Ex.: “O vento beija meus cabelos exclamar
As ondas lambem minhas pernas explicar
O sol abraça o meu corpo.” (Lulu Santos - Nelson Motta) gritar
indagar
Reificação insistir
Consiste em “coisificar” os seres humanos. interrogar
Ex.: “Tia, já botei os candidatos na lista.” interromper
“Fiquei plantada duas horas no consultório médico.” intervir
mandar
Lítotes ordenar, pedir
Consiste em negar por afirmação ou vice-versa. perguntar
Ex.: “Ela até que não é feia.” (logo, é bonita) prosseguir
“Você está exagerando. Não subestime a sua inteligência.” (por- protestar
que ela é inteligente) reclamar
repetir
Alusão replicar
Este é um recurso usado para fazer referência ou citação, rela- responder
cionando uma ideia a outra — podendo ocorrer de maneira explí- retrucar
cita ou não. Ao realizar referência a um acontecimento, pessoas, solicitar
personagens ou outros trabalhos, a alusão ajuda na compreensão
da ideia que se deseja passar. Os verbos declarativos podem, além de introduzir a fala, indicar
Ex.: “Eles estavam apaixonados como Romeu e Julieta.” atitudes, estados interiores ou situações emocionais das persona-
Neste exemplo, a intenção é explicar a grande paixão que uma gens como, por exemplo, os verbos protestar, gritar, ordenar e ou-
pessoa sente pela outra. tros. Esse efeito pode ser também obtido com o uso de adjetivos ou
advérbios aliados aos verbos de elocução: falou calmamente, gritou
histérica, respondeu irritada, explicou docemente.
TEXTO E DISCURSO.
Exemplo:
Discurso direto — O amor, prosseguiu sonhadora, é a grande realização de nos-
É a fala da personagem reproduzida fielmente pelo narrador, sas vidas.
ou seja, reproduzida nos termos em que foi expressa. Ao utilizar o discurso direto – diálogos (com ou sem travessão)
— Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores com- entre as personagens –, você deve optar por um dos três estilos a
pletamente bêbados, não é? seguir:
Foi aí que um dos bêbados pediu:
— Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é Estilo 1:
o seu marido que os outros querem ir para casa. João perguntou:
(Stanislaw Ponte Preta) — Que tal o carro?

Estilo 2:

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LÍNGUA PORTUGUESA

João perguntou: “Que tal o carro?” (As aspas são optativas) o narrador pode, não apenas reproduzir indiretamente falas das
Antônio respondeu: “horroroso” (As aspas são optativas) personagens, mas também o que elas não falam, mas pensam, so-
nham, desejam etc. Neste caso, discurso indireto livre corresponde
Estilo 3: ao monólogo interior das personagens, mas expresso pelo narrador.
Verbos de elocução no meio da fala: As orações do discurso indireto livre são, em regra, indepen-
— Estou vendo, disse efusivamente João, que você adorou o dentes, sem verbos dicendi, sem pontuação que marque a passa-
carro. gem da fala do narrador para a da personagem, mas com transpo-
— Você, retrucou Antônio, está completamente enganado. sições do tempo do verbo (pretérito imperfeito) e dos pronomes
(terceira pessoa). O foco narrativo deve ser de terceira pessoa. Esse
Verbos de elocução no fim da fala: discurso é muito empregado na narrativa moderna, pela fluência e
— Estou vendo que você adorou o carro — disse efusivamente ritmo que confere ao texto.
João.
— Você está completamente enganado — retrucou Antônio. Fabiano ouviu o relatório desconexo do bêbado, caiu numa in-
decisão dolorosa. Ele também dizia palavras sem sentido, conversa
Os trechos que apresentam verbos de elocução podem vir com à toa. Mas irou-se com a comparação, deu marradas na parede. Era
travessões ou com vírgulas. Observe os seguintes exemplos: bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se.
Estava preso por isso? Como era? Então mete- se um homem na
— Não posso, disse ela daí a alguns instantes, não deixo meu cadeia por que ele não sabe falar direito?
filho. (Machado de Assis) (Graciliano Ramos)

— Não vá sem eu lhe ensinar a minha filosofia da miséria, disse Observe que se o trecho “Era bruto, sim” estivesse um discur-
ele, escarrachando-se diante de mim. (Machado de Assis) so direto, apresentaria a seguinte formulação: Sou bruto, sim; em
discurso indireto: Ele admitiu que era bruto; em discurso indireto
— Vale cinquenta, ponderei; Sabina sabe que custou cinquenta livre: Era bruto, sim.
e oito. (Machado de Assis)
Para produzir discurso indireto livre que exprima o mundo inte-
— Ainda não, respondi secamente. (Machado de Assis) rior da personagem (seus pensamentos, desejos, sonhos, fantasias
etc.), o narrador precisa ser onisciente. Observe que os pensamen-
Verbos de elocução depois de orações interrogativas e excla- tos da personagem aparecem, no trecho transcrito, principalmente
mativas: nas orações interrogativas, entremeadas com o discurso do narra-
— Nunca me viu? perguntou Virgília vendo que a encarava com dor.
insistência. (Machado de Assis)
— Para quê? interrompeu Sabina. (Machado de Assis) Transposição de discurso
— Isso nunca; não faço esmolas! disse ele. (Machado de Assis) Na narração, para reconstituir a fala da personagem, utiliza-se
a estrutura de um discurso direto ou de um discurso indireto. O
Observe que os verbos de elocução aparecem em letras minús- domínio dessas estruturas é importante tanto para se empregar
culas depois dos pontos de exclamação e interrogação. corretamente os tipos de discurso na redação.
Os sinais de pontuação (aspas, travessão, dois-pontos) e outros
Discurso indireto recursos como grifo ou itálico, presentes no discurso direto, não
No discurso indireto, o narrador exprime indiretamente a fala aparecem no discurso indireto, a não ser que se queira insistir na
da personagem. O narrador funciona como testemunha auditiva e atribuição do enunciado à personagem, não ao narrador. Tal insis-
passa para o leitor o que ouviu da personagem. Na transcrição, o tência, porém, é desnecessária e excessiva, pois, se o texto for bem
verbo aparece na terceira pessoa, sendo imprescindível a presen- construído, a identificação do discurso indireto livre não oferece
ça de verbos dicendi (dizer, responder, retrucar, replicar, perguntar, dificuldade.
pedir, exclamar, contestar, concordar, ordenar, gritar, indagar, de-
clamar, afirmar, mandar etc.), seguidos dos conectivos que (dicendi
afirmativo) ou se (dicendi interrogativo) para introduzir a fala da
personagem na voz do narrador.

A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava


muito conhecer Carlota e perguntou por que não a levei comigo.
(Ciro dos Anjos)

Fui ter com ela, e perguntei se a mãe havia dito alguma coisa;
respondeu-me que não.
(Machado de Assis)
Discurso indireto livre
Resultante da mistura dos discursos direto e indireto, existe
uma terceira modalidade de técnica narrativa, o chamado discurso
indireto livre, processo de grande efeito estilístico. Por meio dele,

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LÍNGUA PORTUGUESA

Discurso Direto Discurso Indireto


• Presente • Pretérito imperfeito
A enfermeira afirmou: A enfermeira afirmou que era uma menina.
– É uma menina. • Futuro do pretérito
Pedrinho gritou que não sairia do carro.
• Pretérito perfeito • Pretérito mais-que-perfeito
– Já esperei demais, retrucou com indignação. Retrucou com indignação que já esperara (ou tinha esperado)
demais.
• Futuro do presente • Pretérito imperfeito do subjuntivo
Pedrinho gritou: Olhou-a e disse secamente que o deixasse em paz.
– Não sairei do carro. Outras alterações
• Terceira pessoa
• Imperativo Maria disse que não queria sair com Roberto naquele dia.
Olhou-a e disse secamente: • Objeto indireto na oração principal
– Deixe-me em paz. A prima perguntou a João se ele queria café.
• Forma declarativa
Outras alterações Abriu o estojo, contou os lápis e depois perguntou ansiosa pelo
• Primeira ou segunda pessoa amarelo.
Maria disse: lá, dali, de lá, naquele momento, naquele dia, no dia anterior,
– Não quero sair com Roberto hoje. na véspera, no dia seguinte, aquela(s), aquele(s), aquilo, seu,
sua (dele, dela), seu, sua (deles, delas)
• Vocativo
– Você quer café, João?, perguntou a prima.

• Objeto indireto na oração principal FATORES PRAGMÁTICOS DA TEXTUALIDADE: COESÃO,


A prima perguntou a João se ele queria café. COERÊNCIA, INFORMATIVIDADE, INTENCIONALIDADE,
ACEITABILIDADE, SITUACIONALIDADE
• Forma interrogativa ou imperativa E INTERTEXTUALIDADE. PROCESSOS DE
Abriu o estojo, contou os lápis e depois perguntou ansiosa: REFERENCIAÇÃO.
– E o amarelo?
Coesão e coerência
• Advérbios de lugar e de tempo A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpre-
aqui, daqui, agora, hoje, ontem, amanhã tação de textos. Ambos se referem à relação adequada entre os
• Pronomes demonstrativos e possessivos componentes do texto, de modo que são independentes entre si.
essa(s), esta(s) Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente,
esse(s), este(s) e vice-versa.
isso, isto Enquanto a coesão tem foco nas questões gramaticais, ou seja,
meu, minha ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência diz respeito
teu, tua ao conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias.
nosso, nossa
Coesão
A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de co-
nectivos (preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser obtida
a partir da anáfora (retoma um componente) e da catáfora (anteci-
pa um componente).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Confira, então, as principais regras que garantem a coesão textual:

REGRA CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS


Pessoal (uso de pronomes pessoais ou possessivos) –
João e Maria são crianças. Eles são irmãos.
anafórica
Fiz todas as tarefas, exceto esta: colonização
REFERÊNCIA Demonstrativa (uso de pronomes demonstrativos e
africana.
advérbios) – catafórica
Mais um ano igual aos outros...
Comparativa (uso de comparações por semelhanças)
Substituição de um termo por outro, para evitar Maria está triste. A menina está cansada de ficar
SUBSTITUIÇÃO
repetição em casa.
No quarto, apenas quatro ou cinco convidados.
ELIPSE Omissão de um termo
(omissão do verbo “haver”)
Conexão entre duas orações, estabelecendo relação Eu queria ir ao cinema, mas estamos de
CONJUNÇÃO
entre elas quarentena.
Utilização de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos
A minha casa é clara. Os quartos, a sala e a
COESÃO LEXICAL ou palavras que possuem sentido aproximado e
cozinha têm janelas grandes.
pertencente a um mesmo grupo lexical.

Coerência
Nesse caso, é importante conferir se a mensagem e a conexão de ideias fazem sentido, e seguem uma linha clara de raciocínio.
Existem alguns conceitos básicos que ajudam a garantir a coerência. Veja quais são os principais princípios para um texto coerente:
• Princípio da não contradição: não deve haver ideias contraditórias em diferentes partes do texto.
• Princípio da não tautologia: a ideia não deve estar redundante, ainda que seja expressa com palavras diferentes.
• Princípio da relevância: as ideias devem se relacionar entre si, não sendo fragmentadas nem sem propósito para a argumentação.
• Princípio da continuidade temática: é preciso que o assunto tenha um seguimento em relação ao assunto tratado.
• Princípio da progressão semântica: inserir informações novas, que sejam ordenadas de maneira adequada em relação à progressão
de ideias.

Para atender a todos os princípios, alguns fatores são recomendáveis para garantir a coerência textual, como amplo conhecimento
de mundo, isto é, a bagagem de informações que adquirimos ao longo da vida; inferências acerca do conhecimento de mundo do leitor;
e informatividade, ou seja, conhecimentos ricos, interessantes e pouco previsíveis.

Intertextualidade
A intertextualidade pode ser entendida como a influência de um texto sobre outro, bem como suas referências, sejam elas explícitas
ou implícitas. Os textos lidos previamente são chamados texto-fonte.
Pode-se dizer que todo texto é, em maior ou menor grau, um intertexto, já que os textos acessados ao longo da vida interferem de
alguma maneira naquilo que pensamos e escrevemos, tanto a nível de conteúdo quanto a nível de forma.
A intertextualidade é considerada explícita quando é clara e facilmente identificada pelo leitor, estabelecendo uma relação direta com
o texto-fonte. Por outro lado, a intertextualidade implícita exige conhecimento prévio do leitor, que desempenha um papel de análise e
dedução.
Com isso, temos que a intertextualidade é um certo diálogo entre os textos, podendo ocorrer em diversas linguagens (visual, escrita,
auditiva), sendo bastante expressa nas artes, em programas midiáticos e na publicidade.
Sendo assim, veja os principais tipos de intertextualidade e suas características:
• Paródia: modifica o texto-fonte, normalmente em forma de crítica ou sátira, muitas vezes acompanhada de ironia e de algum ele-
mento de humor.
• Paráfrase: modifica o texto-fonte de modo que a ideia seja mantida, fazendo, assim, o uso recorrente de sinônimos.
• Epígrafe: repetição de uma frase ou parágrafo que se relacione com o que é apresentado no texto a seguir, encontrado com frequên-
cia em obras literárias e acadêmicas.
• Citação: acréscimo de trechos literais ao longo de uma produção textual, geralmente aparecendo demarcada graficamente ou por
meio de gestos, em se tratando da linguagem oral. Ela deve ser devidamente referenciada, vindo a ser um ótimo exemplo de intertextua-
lidade explícita.
• Alusão: referência a elementos presentes em outros textos, de modo indireto, ou por meio de simbologias.
• Tradução: interpretações e transcrição do texto-fonte em outra língua.
• Bricolagem: montagem de um texto a partir de fragmentos de diversos outros textos, bastante encontrado nas artes.
• Pastiche: mistura de vários estilos em uma só obra, sendo uma intertextualidade direta a partir da imitação do estilo demonstrado
por outros autores. Diferente da paródia, não tem a intenção de criticar.
• Crossover: aparição de personagens do texto-fonte, ou encontro de personagens pertencentes a um mesmo universo fictício.

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• Bilhete
GÊNEROS TEXTUAIS E TIPOS DE TEXTOS: DESCRITIVO, • Bula
NARRATIVO, EXPOSITIVO, ARGUMENTATIVO E • Carta
INJUNTIVO. • Conto
• Crônica
A partir da estrutura linguística, da função social e da finali- • E-mail
dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele • Lista
pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas • Manual
classificações. • Notícia
• Poema
Tipos textuais • Propaganda
A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali- • Receita culinária
dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se • Resenha
apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão • Seminário
específico para se fazer a enunciação.
Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas características: Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em
determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um tex-
to literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária,
Apresenta um enredo, com ações por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finali-
e relações entre personagens, que dade e à função social de cada texto analisado.
ocorre em determinados espaço e
TEXTO NARRATIVO tempo. É contado por um narrador,
e se estrutura da seguinte maneira: PONTUAÇÃO.
apresentação > desenvolvimento >
clímax > desfecho Para a elaboração de um texto escrito, deve-se considerar o uso
Tem o objetivo de defender adequado dos sinais de pontuação como: pontos, vírgula, ponto e
determinado ponto de vista, vírgula, dois pontos, travessão, parênteses, reticências, aspas, etc.
TEXTO DISSERTATIVO- persuadindo o leitor a partir do Tais sinais têm papéis variados no texto escrito e, se utilizados
ARGUMENTATIVO uso de argumentos sólidos. Sua corretamente, facilitam a compreensão e entendimento do texto.
estrutura comum é: introdução >
desenvolvimento > conclusão. — A Importância da Pontuação
Procura expor ideias, sem a
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As palavras e orações são organizadas de maneira sintática, se-
necessidade de defender algum mântica e também melódica e rítmica. Sem o ritmo e a melodia, os
ponto de vista. Para isso, usa- enunciados ficariam confusos e a função comunicativa seria preju-
TEXTO EXPOSITIVO se comparações, informações, dicada.
definições, conceitualizações O uso correto dos sinais de pontuação garante à escrita uma
etc. A estrutura segue a do texto solidariedade sintática e semântica. O uso inadequado dos sinais de
dissertativo-argumentativo. pontuação pode causar situações desastrosas, como em:
– Não podem atirar! (entende-se que atirar está proibido)
Expõe acontecimentos, lugares, – Não, podem atirar! (entende-se que é permitido atirar)
pessoas, de modo que sua finalidade
TEXTO DESCRITIVO é descrever, ou seja, caracterizar algo — Ponto
ou alguém. Com isso, é um texto rico Este ponto simples final (.) encerra períodos que terminem por
em adjetivos e em verbos de ligação. qualquer tipo de oração que não seja interrogativa direta, a excla-
Oferece instruções, com o objetivo mativa e as reticências.
de orientar o leitor. Sua maior Outra função do ponto é a da pausa oracional, ao acompanhar
TEXTO INJUNTIVO muitas palavras abreviadas, como: p., 2.ª, entre outros.
característica são os verbos no modo
imperativo. Se o período, oração ou frase terminar com uma abreviatura,
o ponto final não é colocado após o ponto abreviativo, já que este,
Gêneros textuais quando coincide com aquele, apresenta dupla serventia.
A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe- Ex.: “O ponto abreviativo põe-se depois das palavras indicadas
cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir abreviadamente por suas iniciais ou por algumas das letras com que
da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo se representam, v.g. ; V. S.ª ; Il.mo ; Ex.a ; etc.” (Dr. Ernesto Carneiro
não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual, Ribeiro)
podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o O ponto, com frequência, se aproxima das funções do ponto e
padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as- vírgula e do travessão, que às vezes surgem em seu lugar.
sim como a própria língua e a comunicação, no geral.
Alguns exemplos de gêneros textuais:
• Artigo 6 BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2009.

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Obs.: Estilisticamente, pode-se usar o ponto para, em períodos — “Não imagina o que ela é lá em casa: fala na senhora a todos
curtos, empregar dinamicidade, velocidade à leitura do texto: “Era os instantes, e aqui aparece uma pamonha. Ainda ontem...
um garoto pobre. Mas tinha vontade de crescer na vida. Estudou.
Subiu. Foi subindo mais. Hoje é juiz do Supremo.”. É muito utilizado Quando colocadas no fim do enunciado, as reticências dispen-
em narrações em geral. sam o ponto final, como você pode observar nos exemplos acima.
As reticências, quando indicarem uma enumeração inconclusa,
— Ponto Parágrafo podem ser substituídas por etc.
Separa-se por ponto um grupo de período formado por orações Ao transcrever um diálogo, elas indicam uma não resposta do
que se prendem pelo mesmo centro de interesse. Uma vez que o interlocutor. Já em citações, elas podem ser postas no início, no
centro de interesse é trocado, é imposto o emprego do ponto pa- meio ou no fim, indicando supressão do texto transcrito, em cada
rágrafo se iniciando a escrever com a mesma distância da margem uma dessas partes.
com que o texto foi iniciado, mas em outra linha. Quando ocorre a supressão de um trecho de certa extensão,
O parágrafo é indicado por ( § ) na linguagem oficial dos artigos geralmente utiliza-se uma linha pontilhada.
de lei. As reticências podem aparecer após um ponto de exclamação
ou interrogação.
— Ponto de Interrogação
É um sinal (?) colocado no final da oração com entonação inter- — Vírgula
rogativa ou de incerteza, seja real ou fingida. A vírgula (,) é utilizada:
A interrogação conclusa aparece no final do enunciado e requer - Para separar termos coordenados, mesmo quando ligados por
que a palavra seguinte se inicie por maiúscula. Já a interrogação conjunção (caso haja pausa).
interna (quase sempre fictícia), não requer que a próxima palavra Ex.: “Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado”.
se inicia com maiúscula.
Ex.: — Você acha que a gramática da Língua Portuguesa é com- IMPORTANTE!
plicada? Quando há uma série de sujeitos seguidos imediatamente de
— Meu padrinho? É o Excelentíssimo Senhor coronel Paulo Vaz verbo, não se separa do verbo (por vírgula) o ultimo sujeito da série
Lobo Cesar de Andrade e Sousa Rodrigues de Matos. .
Ex.: Carlos Gomes, Vítor Meireles, Pedro Américo, José de Alen-
Assim como outros sinais, o ponto de interrogação não requer car tinham-nas começado.
que a oração termine por ponto final, a não ser que seja interna.
Ex.: “Esqueceu alguma cousa? perguntou Marcela de pé, no pa- - Para separar orações coordenadas aditivas, mesmo que estas
tamar”. se iniciem pela conjunção e, proferidas com pausa.
Ex.: “Gostava muito das nossas antigas dobras de ouro, e eu le-
Em diálogos, o ponto de interrogação pode aparecer acompa- vava-lhe quanta podia obter”.
nhando do ponto de exclamação, indicando o estado de dúvida de
um personagem perante diante de um fato. - Para separar orações coordenadas alternativas (ou, quer, etc.),
Ex.: — “Esteve cá o homem da casa e disse que do próximo mês quando forem proferidas com pausa.
em diante são mais cinquenta... Ex.: Ele sairá daqui logo, ou eu me desligarei do grupo.
— ?!...”
IMPORTANTE!
— Ponto de Exclamação Quando ou exprimir retificação, esta mesma regra vigora.
Este sinal (!) é colocado no final da oração enunciada com ento- Ex.: Teve duas fases a nossa paixão, ou ligação, ou qualquer ou-
nação exclamativa. tro nome, que eu de nome não curo.
Ex.: “Que gentil que estava a espanhola!” Caso denote equivalência, o ou posto entre os dois termos não
“Mas, na morte, que diferença! Que liberdade!” é separado por vírgula.
Ex.: Solteiro ou solitário se prende ao mesmo termo latino.
Este sinal é colocado após uma interjeição.
Ex.: — Olé! exclamei. - Em aposições, a não ser no especificativo.
— Ah! brejeiro! Ex.: “ora enfim de uma casa que ele meditava construir, para
residência própria, casa de feitio moderno...”
As mesmas observações vistas no ponto de interrogação, em re-
lação ao emprego do ponto final e ao uso de maiúscula ou minúscu- - Para separar os pleonasmos e as repetições, quando não tive-
la inicial da palavra seguinte, são aplicadas ao ponto de exclamação. rem efeito superlativamente.
Ex.: “Nunca, nunca, meu amor!”
— Reticências A casa é linda, linda.
As reticências (...) demonstram interrupção ou incompletude de
um pensamento. - Para intercalar ou separar vocativos e apostos.
Ex.: — “Ao proferir estas palavras havia um tremor de alegria Ex.: Brasileiros, é chegada a hora de buscar o entendimento.
na voz de Marcela: e no rosto como que se lhe espraiou uma onda É aqui, nesta querida escola, que nos encontramos.
de ventura...”
- Para separar orações adjetivas de valor explicativo.

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Ex.: “perguntava a mim mesmo por que não seria melhor depu- Não se separa por vírgula:
tado e melhor marquês do que o lobo Neves, — eu, que valia mais, - sujeito de predicado;
muito mais do que ele, — ...” - objeto de verbo;
- adjunto adnominal de nome;
- Para separar, na maioria das vezes, orações adjetivas restritiva - complemento nominal de nome;
de certa extensão, ainda mais quando os verbos de duas orações - oração principal da subordinada substantiva (desde que esta
distintas se juntam. não seja apositiva nem apareça na ordem inversa).
Ex.: “No meio da confusão que produzira por toda a parte este
acontecimento inesperado e cujo motivo e circunstâncias inteira- — Dois Pontos
mente se ignoravam, ninguém reparou nos dois cavaleiros...” São utilizados:
- Na enumeração, explicação, notícia subsidiária.
IMPORTANTE! Ex.: Comprou dois presentes: um livro e uma caneta.
Mesmo separando por vírgula o sujeito expandido pela oração “que (Viegas) padecia de um reumatismo teimoso, de uma
adjetiva, esta pontuação pode acontecer. asma não menos teimosa e de uma lesão de coração: era um hos-
Ex.: Os que falam em matérias que não entendem, parecem fa- pital concentrado”
zer gala da sua própria ignorância. “Queremos governos perfeitos com homens imperfeitos: dispa-
rate”

- Para separar orações intercaladas. - Em expressões que se seguem aos verbos dizer, retrucar, res-
Ex.: “Não lhe posso dizer com certeza, respondi eu” ponder (e semelhantes) e que dão fim à declaração textual, ou que
assim julgamos, de outrem.
- Para separar, geralmente, adjuntos adverbiais que precedem Ex.: “Não me quis dizer o que era: mas, como eu instasse muito:
o verbo e as orações adverbiais que aparecem antes ou no meio da — Creio que o Damião desconfia alguma coisa”
sua principal.
Ex.: “Eu mesmo, até então, tinha-vos em má conta...” - Em alguns casos, onde a intenção é caracterizar textualmente
o discurso do interlocutor, a transcrição aparece acompanhada de
- Para separar o nome do lugar em datas. aspas, e poucas vezes de travessão.
Ex.: São Paulo, 14 de janeiro de 2020. Ex.: “Ao cabo de alguns anos de peregrinação, atendi às suplicas
de meu pai:
- Para separar os partículas e expressões de correção, continua- — Vem, dizia ele na última carta; se não vieres depressa acharás
ção, explicação, concessão e conclusão. tua mãe morta!”
Ex.: “e, não obstante, havia certa lógica, certa dedução”
Sairá amanhã, aliás, depois de amanhã. Em expressões que, ao serem enunciadas com entonação espe-
cial, o contexto acaba sugerindo causa, consequência ou explicação.
- Para separar advérbios e conjunções adversativos (porém, to- Ex.: “Explico-me: o diploma era uma carta de alforria”
davia, contudo, entretanto), principalmente quando pospostos.
Ex.: “A proposta, porém, desdizia tanto das minhas sensações - Em expressões que possuam uma quebra na sequência das
últimas...” ideias.
Ex.: Sacudiu o vestido, ainda molhado, e caminhou.
- Algumas vezes, para indicar a elipse do verbo. “Não! bradei eu; não hás de entrar... não quero... Ia a lançar-lhe
Ex.: Ele sai agora: eu, logo mais. (omitiu o verbo “sairei” após as mãos: era tarde; ela entrara e fechara-se”
“eu”; elipse do verbo sair)
— Ponto e Vírgula
- Omissão por zeugma. Sinal (;) que denota pausa mais forte que a vírgula, porém mais
Ex.: Na classe, alguns alunos são interessados; outros, (são) re- fraca que o ponto. É utilizado:
lapsos. (Supressão do verbo “são” antes do vocábulo “relapsos”)
- Em trechos longos que já possuam vírgulas, indicando uma
- Para indicar a interrupção de um seguimento natural das ideias pausa mais forte.
e se intercala um juízo de valor ou uma reflexão subsidiária. Ex.: “Enfim, cheguei-me a Virgília, que estava sentada, e travei-
-lhe da mão; D. Plácida foi à janela”
- Para evitar e desfazer alguma interpretação errônea que pode
ocorrer quando os termos estão distribuídos de forma irregular na - Para separar as adversativas onde se deseja ressaltar o con-
oração, a expressão deslocada é separada por vírgula. traste.
Ex.: De todas as revoluções, para o homem, a morte é a maior Ex.: “Não se disse mais nada; mas de noite Lobo Neves insistiu
e a derradeira. no projeto”

- Em enumerações - Em leis, separando os incisos.


sem gradação: Coleciono livros, revistas, jornais, discos.
com gradação: Não compreendo o ciúme, a saudade, a dor da - Enumeração com explicitação.
despedida.

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Ex.: Comprei alguns livros: de matemática, para estudar para Ex.: Refiro-me aos soldados da Primeira Guerra Mundial (1914-
o concurso; um romance, para me distrair nas horas vagas; e um 1918).
dicionário, para enriquecer meu vocabulário.
- Isolar siglas.
- Enumeração com ponto e vírgula, mas sem vírgula, para mar- Ex.: A taxa de desemprego subiu para 5,3% da população eco-
car distribuição. nomicamente ativa (PEA)...
Ex.: Comprei os produtos no supermercado: farinha para um
bolo; tomates para o molho; e pão para o café da manhã. - Isolar explicações ou retificações.
Ex.: Eu expliquei uma vez (ou duas vezes) o motivo de minha
— Travessão preocupação.
É importante não confundir o travessão (—) com o traço de
união ou hífen e com o traço de divisão empregado na partição de Os parênteses e os colchetes estão ligados pela sua função dis-
sílabas. cursiva, mas estes são utilizados quando os parênteses já foram em-
O uso do travessão pode substituir vírgulas, parênteses, colche- pregados, com o objetivo de introduzir uma nova inserção.
tes, indicando uma expressão intercalada: São utilizados, também, com a finalidade de preencher lacunas
Ex.: “... e eu falava-lhe de mil cousas diferentes — do último bai- de textos ou para introduzir, em citações principalmente, explica-
le, da discussão das câmaras, berlindas e cavalos, de tudo, menos ções ou adendos que deixam a compreensão do texto mais simples.
dos seus versos ou prosas”
— Aspas
Se a intercalação terminar o texto, o travessão é simples; caso A forma mais geral do uso das aspas é o sinal (“ ”), entretanto,
contrário, se utiliza o travessão duplo. há a possibilidade do uso das aspas simples (‘ ’) para diferentes fina-
Ex.: “Duas, três vezes por semana, havia de lhe deixar na algi- lidades, como em trabalhos científicos sobre línguas, onde as aspas
beira das calças — umas largas calças de enfiar —, ou na gaveta da simples se referem a significados ou sentidos: amare, lat. ‘amar’
mesa, ou ao pé do tinteiro, uma barata morta” port.
As aspas podem ser utilizadas, também, para dar uma expres-
IMPORTANTE! são de sentido particular, ressaltando uma expressão dentro do
Como é possível observar no exemplo, pode haver vírgula após contexto ou indicando uma palavra como estrangeirismo ou uma
o travessão. gíria.
Se a pausa coincidir com o final da sentença ou expressão que
O travessão pode, também, denotar uma pausa mais forte. está entre aspas, o competente sinal de pontuação deve ser utili-
Ex.: “... e se estabelece uma cousa que poderemos chamar —, zado após elas, se encerrarem somente uma parte da proposição;
solidariedade do aborrecimento humano” mas se as aspas abarcarem todo o período, frase, expressão ou sen-
tença, a respectiva pontuação é abrangida por elas.
Além disso, ainda pode indicar a mudança de interlocutor, na Ex.: “Aí temos a lei”, dizia o Florentino. “Mas quem as há de
transcrição de um diálogo, com ou sem aspas. segurar? Ninguém.”
Ex.: — Ah! respirou Lobo Neves, sentando-se preguiçosamente “Mísera, tivesse eu aquela enorme, aquela Claridade imortal,
no sofá. que toda a luz resume!”
— Cansado? perguntei eu. “Por que não nasce eu um simples vaga-lume?”
— Muito; aturei duas maçadas de primeira ordem (...)
- Delimitam transcrições ou citações textuais.
Neste caso, pode, ou não, combinar-se com as aspas. Ex.: Segundo Rui Barbosa: “A política afina o espírito.”

— Parênteses e Colchetes — Alínea


Estes sinais ( ) [ ] apontam a existência de um isolamento sin- Apresenta a mesma função do parágrafo, uma vez que denota
tático e semântico mais completo dentro de um enunciado, assim diferentes centros de assuntos. Como o parágrafo, requer a mudan-
como estabelecem uma intimidade maior entre o autor e seu leitor. ça de linha.
Geralmente, o uso do parêntese é marcado por uma entonação es- De forma geral, aparece em forma de número ou letra seguida
pecial. de um traço curvo.
Se a pausa coincidir com o início da construção parentética, o Ex.: Os substantivos podem ser:
sinal de pontuação deve aparecer após os parênteses, contudo, se a) próprios
a proposição ou frase inteira for encerrada pelos parênteses, a no- b) comuns
tação deve aparecer dentro deles.
Ex.: “Não, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que — Chave
seja, convosco, este suavíssimo nome); não: o coração não é tão Este sinal ({ }) é mais utilizado em obras científicas. Indicam a
frívolo, tão exterior, tão carnal, quanto se cuida” reunião de diversos itens relacionados que formam um grupo.
“A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que 7
Ex.: Múltiplos de 5: {0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35,… }.
se tem inventado para a divulgação do pensamento”. (Carta inserta Na matemática, as chaves agrupam vários elementos de uma
nos Anais da Biblioteca Nacional, vol. I) [Carlos de Laet] operação, definindo sua ordem de resolução.
Ex.: 30x{40+[30x(84-20x4)]}
- Isolar datas. 7 https://bit.ly/2RongbC.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Também podem ser utilizadas na linguística, representando morfemas.


Ex.: O radical da palavra menino é {menin-}.

— Asterisco
Sinal (*) utilizado após ou sobre uma palavra, com a intenção de se fazer um comentário ou citação a respeito do termo, ou uma expli-
cação sobre o trecho (neste caso o asterisco se põe no fim do período).
Emprega-se ainda um ou mais asteriscos depois de uma inicial, indicando uma pessoa cujo nome não se quer ou não se pode declinar:
o Dr.*, B.**, L.***

— Barra
Aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.

QUESTÕES

1. (INSTITUTO AOCP/2017 – EBSERH) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão adequadamente grafadas.
(A) Silhueta, entretenimento, autoestima.
(B) Rítimo, silueta, cérebro, entretenimento.
(C) Altoestima, entreterimento, memorização, silhueta.
(D) Célebro, ansiedade, auto-estima, ritmo.
(E) Memorização, anciedade, cérebro, ritmo.

2. (ALTERNATIVE CONCURSOS/2016 – CÂMARA DE BANDEIRANTES-SC) Algumas palavras são usadas no nosso cotidiano de forma
incorreta, ou seja, estão em desacordo com a norma culta padrão. Todas as alternativas abaixo apresentam palavras escritas erroneamen-
te, exceto em:
(A) Na bandeija estavam as xícaras antigas da vovó.
(B) É um privilégio estar aqui hoje.
(C) Fiz a sombrancelha no salão novo da cidade.
(D) A criança estava com desinteria.
(E) O bebedoro da escola estava estragado.

3. (SEDUC/SP – 2018) Preencha as lacunas das frases abaixo com “por que”, “porque”, “por quê” ou “porquê”. Depois, assinale a alter-
nativa que apresenta a ordem correta, de cima para baixo, de classificação.
“____________ o céu é azul?”
“Meus pais chegaram atrasados, ____________ pegaram trânsito pelo caminho.”
“Gostaria muito de saber o ____________ de você ter faltado ao nosso encontro.”
“A Alemanha é considerada uma das grandes potências mundiais. ____________?”
(A) Porque – porquê – por que – Por quê
(B) Porque – porquê – por que – Por quê
(C) Por que – porque – porquê – Por quê
(D) Porquê – porque – por quê – Por que
(E) Por que – porque – por quê – Porquê

4. (AL/MT - Professor Língua Portuguesa - FGV) Sobre as variações linguísticas em geral, pode‐se afirmar que:
(A) todas as variações linguísticas devem ser aprendidas na escola
(B) algumas das variações linguísticas devem ser desprezadas, por serem deficientes.
(C) as variações de caráter regional estão intimamente relacionadas às variações de caráter profissional.
(D) as variações são testemunhos de pouco valor cultural, mas que não podem ser afastados dos estudos linguísticos.
(E) a variação de maior prestígio social é a norma culta que, por isso mesmo, é ensinada como língua padrão.

5. (Pref. de Cruzeiro/SP - Professor Língua Portuguesa - INST.EXCELENCIA/2016) As variações linguísticas ocorrem principalmente nos
âmbitos geográficos, temporais e sociais.
Defina variações históricas:
(A) São variações que ocorrem de acordo com o local onde vivem os falantes, sofrendo sua influência. Este tipo de variação ocorre
porque diferentes regiões têm diferentes culturas, com diferentes hábitos, modos e tradições, estabelecendo assim diferentes estru-
turas linguísticas.
(B) São variações que ocorrem de acordo com os hábitos e cultura de diferentes grupos sociais. Este tipo de variação ocorre porque
diferentes grupos sociais possuem diferentes conhecimentos, modos de atuação e sistemas de comunicação.

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(C) São variações que ocorrem de acordo com o contexto ou situação em que decorre o processo comunicativo. Há momentos em que
é utilizado um registro formal e outros em que é utilizado um registro informal.
(D) São variações que ocorrem de acordo com as diferentes épocas vividas pelos falantes, sendo possível distinguir o português arcai-
co do português moderno, bem como diversas palavras que ficam em desuso.

5. (CODENI/RJ - Analista de Sistema - MSCONCURSOS)

Cereja e Magalhães definem as variedades linguísticas como variações que uma língua apresenta em razão das condições sociais, cul-
turais, regionais nas quais é utilizada. Assim, a variação linguística expressa na tirinha deve ser considerada:
(A) Gíria.
(B) Regional.
(C) Estilística.
(D) Sociológica.

7. (FMPA – MG)
Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente aplicada:
(A) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
(B) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.
(C) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
(D) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.
(E) A cessão de terras compete ao Estado.

8. (UEPB – 2010)
Um debate sobre a diversidade na escola reuniu alguns, dos maiores nomes da educação mundial na atualidade.
Carlos Alberto Torres

1O tema da diversidade tem a ver com o tema identidade. Portanto, 2quando você discute diversidade, um tema que cabe muito no
3
pensamento pós-modernista, está discutindo o tema da 4diversidade não só em ideias contrapostas, mas também em 5identidades que se
mexem, que se juntam em uma só pessoa. E 6este é um processo de aprendizagem. Uma segunda afirmação é 7que a diversidade está relacio-
nada com a questão da educação 8e do poder. Se a diversidade fosse a simples descrição 9demográfica da realidade e a realidade fosse uma
boa articulação 10dessa descrição demográfica em termos de constante articulação 11democrática, você não sentiria muito a presença do tema
12
diversidade neste instante. Há o termo diversidade porque há 13uma diversidade que implica o uso e o abuso de poder, de uma 14perspectiva
ética, religiosa, de raça, de classe.
[…]
Rosa Maria Torres
1
5O tema da diversidade, como tantos outros, hoje em dia, abre 16muitas versões possíveis de projeto educativo e de projeto 17político
e social. É uma bandeira pela qual temos que reivindicar, 18e pela qual temos reivindicado há muitos anos, a necessidade 19de reconhecer
que há distinções, grupos, valores distintos, e 20que a escola deve adequar-se às necessidades de cada grupo. 21Porém, o tema da diversi-
dade também pode dar lugar a uma 22série de coisas indesejadas.
[…]
Adaptado da Revista Pátio, Diversidade na educação: limites e possibilidades. Ano V, nº 20, fev./abr. 2002, p. 29.
Do enunciado “O tema da diversidade tem a ver com o tema identidade.” (ref. 1), pode-se inferir que
I – “Diversidade e identidade” fazem parte do mesmo campo semântico, sendo a palavra “identidade” considerada um hiperônimo,
em relação à “diversidade”.
II – há uma relação de intercomplementariedade entre “diversidade e identidade”, em função do efeito de sentido que se instaura no
paradigma argumentativo do enunciado.
III – a expressão “tem a ver” pode ser considerada de uso coloquial e indica nesse contexto um vínculo temático entre “diversidade e
identidade”.
Marque a alternativa abaixo que apresenta a(s) proposição(ões) verdadeira(s).

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LÍNGUA PORTUGUESA

(A) I, apenas A utilização dos artigos destacados justifica-se em razão:


(B) II e III (A) da retomada de informações que podem ser facilmente de-
(C) III, apenas preendidas pelo contexto, sendo ambas equivalentes seman-
(D) II, apenas ticamente.
(E) I e II (B) de informações conhecidas, nas duas ocorrências, sendo
possível a troca dos artigos nos enunciados, pois isso não alte-
9. (UNIFOR CE – 2006) raria o sentido do texto.
Dia desses, por alguns momentos, a cidade parou. As televi- (C) da generalização, no primeiro caso, com a introdução de
sões hipnotizaram os espectadores que assistiram, sem piscar, ao informação conhecida, e da especificação, no segundo, com
resgate de uma mãe e de uma filha. Seu automóvel caíra em um informação nova.
rio. Assisti ao evento em um local público. Ao acabar o noticiário, o (D) da introdução de uma informação nova, no primeiro caso,
silêncio em volta do aparelho se desfez e as pessoas retomaram as e da retomada de uma informação já conhecida, no segundo.
suas ocupações habituais. Os celulares recomeçaram a tocar. Per- (E) de informações novas, nas duas ocorrências, motivo pelo
guntei-me: indiferença? Se tomarmos a definição ao pé da letra, qual são introduzidas de forma mais generalizada
indiferença é sinônimo de desdém, de insensibilidade, de apatia e
de negligência. Mas podemos considerá-la também uma forma de 11. (UFMG-ADAPTADA) As expressões em negrito correspon-
ceticismo e desinteresse, um “estado físico que não apresenta nada dem a um adjetivo, exceto em:
de particular”; enfim, explica o Aurélio, uma atitude de neutralida- (A) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo.
de. (B) Demorava-se de propósito naquele complicado banho.
Conclusão? Impassíveis diante da emoção, imperturbáveis (C) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira.
diante da paixão, imunes à angústia, vamos hoje burilando nossa (D) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga
indiferença. Não nos indignamos mais! À distância de tudo, segui- sem fim.
mos surdos ao barulho do mundo lá fora. Dos movimentos de mas- (E) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça.
sa “quentes” (lembram-se do “Diretas Já”?) onde nos fundíamos na
igualdade, passamos aos gestos frios, nos quais indiferença e dis- 12. (UMESP) Na frase “As negociações estariam meio abertas
tância são fenômenos inseparáveis. Neles, apesar de iguais, somos só depois de meio período de trabalho”, as palavras destacadas são,
estrangeiros ao destino de nossos semelhantes. […] respectivamente:
(Mary Del Priore. Histórias do cotidiano. São Paulo: Contexto, 2001. (A) adjetivo, adjetivo
p.68) (B) advérbio, advérbio
Dentre todos os sinônimos apresentados no texto para o vo- (C) advérbio, adjetivo
cábulo indiferença, o que melhor se aplica a ele, considerando-se (D) numeral, adjetivo
o contexto, é (E) numeral, advérbio
(A) ceticismo.
(B) desdém. 13. (FUNRIO – 2012) “Todos querem que nós
(C) apatia. ____________________.”
(D) desinteresse. Apenas uma das alternativas completa coerente e adequada-
(E) negligência. mente a frase acima. Assinale-a.
(A) desfilando pelas passarelas internacionais.
10. (UNIFESP - 2015) Leia o seguinte texto: (B) desista da ação contra aquele salafrário.
Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? (C) estejamos prontos em breve para o trabalho.
Uma organização não governamental holandesa está propondo (D) recuperássemos a vaga de motorista da firma.
um desafio que muitos poderão considerar impossível: ficar 99 dias (E) tentamos aquele emprego novamente.
sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o
grau de felicidade dos usuários longe da rede social. 14. (ITA - 1997) Assinale a opção que completa corretamente
O projeto também é uma resposta aos experimentos psicológi- as lacunas do texto a seguir:
cos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é que “Todas as amigas estavam _______________ ansiosas
o teste é completamente voluntário. Ironicamente, para poder par- _______________ ler os jornais, pois foram informadas de que as
ticipar, o usuário deve trocar a foto do perfil no Facebook e postar críticas foram ______________ indulgentes ______________ ra-
um contador na rede social. paz, o qual, embora tivesse mais aptidão _______________ ciên-
Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e felicidade cias exatas, demonstrava uma certa propensão _______________
dos participantes no 33º dia, no 66º e no último dia da abstinência. arte.”
Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gastam (A) meio - para - bastante - para com o - para - para a
em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso, (B) muito - em - bastante - com o - nas - em
a soma média seria equivalente a mais de 28 horas, 2que poderiam (C) bastante - por - meias - ao - a - à
ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”. (D) meias - para - muito - pelo - em - por
(http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.) (E) bem - por - meio - para o - pelas – na
Após ler o texto acima, examine as passagens do primeiro pa-
rágrafo: “Uma organização não governamental holandesa está pro-
pondo um desafio” “O objetivo é medir o grau de felicidade dos
usuários longe da rede social.”

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LÍNGUA PORTUGUESA

15. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo 19. (Prefeitura de Piracicaba - SP - Professor - Educação Infantil
com a gramática: - VUNESP - 2020)
I - Os brasileiros somos todos eternos sonhadores. Escola inclusiva
II - Muito obrigadas! – disseram as moças. É alvissareira a constatação de que 86% dos brasileiros
III - Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada. concordam que há melhora nas escolas quando se incluem alunos
IV - A pobre senhora ficou meio confusa. com deficiência.
V - São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso. Uma década atrás, quando o país aderiu à Convenção sobre
(A) em I e II os Direitos das Pessoas com Deficiência e assumiu o dever de uma
(B) apenas em IV educação inclusiva, era comum ouvir previsões negativas para tal
(C) apenas em III perspectiva generosa. Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou
(D) em II, III e IV lei em 2015 e criou raízes no tecido social.
(E) apenas em II A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualifi-
cados até para o mais básico, como o ensino de ciências; o que dizer
16. (FUVEST – 2001) A única frase que NÃO apresenta desvio então de alunos com gama tão variada de dificuldades.
em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma Os empecilhos vão desde o acesso físico à escola, como o en-
culta é: frentado por cadeirantes, a problemas de aprendizado criados por
(A) O governador insistia em afirmar que o assunto principal limitações sensoriais – surdez, por exemplo – e intelectuais.
seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para
líderes pefelistas. minorar preconceitos. A maioria dos entrevistados (59%), hoje, dis-
(B) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do corda de que crianças com deficiência devam aprender só na com-
qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros pa- panhia de colegas na mesma condição.
íses passou despercebida. Tal receptividade decerto não elimina o imperativo de contar
(C) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a com pessoal capacitado, em cada estabelecimento, para lidar com
dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação necessidades específicas de cada aluno. O censo escolar indica 1,2
social. milhão de alunos assim categorizados. Embora tenha triplicado o
(D) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um número de professores com alguma formação em educação espe-
morador não muito consciente com a limpeza da cidade. cial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país.
(E) O roteiro do filme oferece uma versão de como consegui- Não se concebe que possa haver um especialista em cada sala de
mos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra, aula.
a aventura à repetição. As experiências mais bem-sucedidas criaram na escola uma es-
trutura para o atendimento inclusivo, as salas de recursos. Aí, ao
17. (FUVEST) Assinale a alternativa que preenche corretamente menos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno
as lacunas correspondentes. e sua família para definir atividades e de auxiliar os docentes do
A arma ___ se feriu desapareceu. período regular nas técnicas pedagógicas.
Estas são as pessoas ___ lhe falei. Não faltam casos exemplares na rede oficial de ensino. Compe-
Aqui está a foto ___ me referi. te ao Estado disseminar essas iniciativas exitosas por seus estabele-
Encontrei um amigo de infância ___ nome não me lembrava. cimentos. Assim se combate a tendência ainda existente a segregar
Passamos por uma fazenda ___ se criam búfalos. em salas especiais os estudantes com deficiência – que não se con-
(A) que, de que, à que, cujo, que. funde com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo.
(B) com que, que, a que, cujo qual, onde. (Editorial. Folha de S.Paulo, 16.10.2019. Adaptado)
(C) com que, das quais, a que, de cujo, onde. Assinale a alternativa em que, com a mudança da posição do
(D) com a qual, de que, que, do qual, onde. pronome em relação ao verbo, conforme indicado nos parênteses,
(E) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja. a redação permanece em conformidade com a norma-padrão de
colocação dos pronomes.
18. (FESP) Observe a regência verbal e assinale a opção falsa: (A) ... há melhora nas escolas quando se incluem alunos com
(A) Avisaram-no que chegaríamos logo. deficiência. (incluem-se)
(B) Informei-lhe a nota obtida. (B) ... em educação especial inclusiva, contam-se não muito
(C) Os motoristas irresponsáveis, em geral, não obedecem aos mais que 100 mil deles no país. (se contam)
sinais de trânsito. (C) Não se concebe que possa haver um especialista em cada
(D) Há bastante tempo que assistimos em São Paulo.   sala de aula. (concebe-se)
(E) Muita gordura não implica saúde. (D) Aí, ao menos um profissional preparado se encarrega de
receber o aluno... (encarrega-se)
(E) ... que não se confunde com incapacidade, como felizmente
já vamos aprendendo. (confunde-se)

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LÍNGUA PORTUGUESA

20. (Prefeitura de Caranaíba - MG - Agente Comunitário de Saú- 21. (Prefeitura de Birigui - SP - Educador de Creche - VUNESP
de - FCM - 2019) - 2019)
Dieta salvadora Certo discurso ambientalista tradicional recorrentemente bus-
A ciência descobre um micróbio adepto de um ca indícios de que o problema ambiental seja universal (e de fato
alimento abundante: o lixo plástico no mar. é), atemporal (nem tanto) e generalizado (o que é desejável). Algu-
O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o ma ingenuidade conceitual poderia marcar o ambientalismo apo-
câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um des- logético; haveria dilemas ambientais em todos os lugares, tempos,
tino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os culturas. É a bambificação(*) da natureza. Necessária, no entanto,
mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também como condição de sobrevivência. Há quem tenha encontrado nor-
com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças mas ambientais na Bíblia, no Direito grego, e até no Direito romano.
de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, São Francisco de Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro
subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente das causas ambientais; falava com plantas e animais.
para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da A proteção do meio ambiente seria, nesse contexto, instintiva,
Guanabara ao Pacífico. predeterminando objeto e objetivo. Por outro lado, e este é o meu
De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, argumento, quando muito, e agora utilizo uma categoria freudiana,
China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um a pretensão de proteção ambiental seria pulsional, dado que resiste
micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico a uma pressão contínua, variável na intensidade. Assim, numa di-
jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado mensão qualitativa, e não quantitativa, é que se deveria enfrentar
pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o a questão, que também é cultural. E que culturalmente pode ser
das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, abordada.
de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os O problema, no entanto, é substancialmente econômico. O
cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que dilema ambiental só se revela como tal quando o meio ambiente
eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago. passa a ser limite para o avanço da atividade econômica. É nesse
Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco sentido que a chamada internalização da externalidade negativa
Karel Čapek (pronuncia-se tchá-pek), um explorador descobre na exige justificativa para uma atuação contra-fática.
costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam-
pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as bém rondaria a discussão. Antropocêntricos acreditam que a prote-
salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defende- ção ambiental seria narcisística, centrada e referenciada no próprio
rem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se re- homem. Os geocêntricos piamente entendem que a natureza deva
produzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar ser protegida por próprios e intrínsecos fundamentos e característi-
e inundam os continentes. São agora bilhões e tomam o mundo. cas. Posições se radicalizam.
Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem A linha de argumento do ambientalista ingênuo lembra-nos o
se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras “salto do tigre” enunciado pelo filósofo da cultura Walter Benjamin,
aprendem a gerir o mundo melhor do que nós. Com os micróbios em uma de suas teses sobre a filosofia da história. Qual um tigre
no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo. mergulhamos no passado, e apenas apreendemos o que interessa
Ruy Castro, jornalista, biógrafo e escritor brasileiro. Folha de S. para nossa argumentação. É o que se faz, a todo tempo.
Paulo. Caderno Opinião, p. A2, 20 mai. 2019. (Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy. Disponível em: https://www.
Os pronomes pessoais oblíquos átonos, em relação ao verbo, conjur.com.br/2011. Acesso em: 10.08.2019. Adaptado)
possuem três posições: próclise (antes do verbo), mesóclise (no (*) Referência ao personagem Bambi, filhote de cervo conhecido como
meio do verbo) e ênclise (depois do verbo). “Príncipe da Floresta”, em sua saga pela sobrevivência na natureza.
Avalie as afirmações sobre o emprego dos pronomes oblíquos Assinale a alternativa que reescreve os trechos destacados em-
nos trechos a seguir. pregando pronomes, de acordo com a norma-padrão de regência e
I – A próclise se justifica pela presença da palavra negativa: “E colocação.
não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus pró- Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam-
prios dejetos.” bém rondaria a discussão. / Alguma ingenuidade conceitual pode-
II – A ênclise ocorre por se tratar de oração iniciada por verbo: ria marcar o ambientalismo apologético.
“Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, (A) ... lhe rondaria ... o poderia marcar
sofás e até carcaças de automóveis.” (B) ... rondá-la-ia ... poderia marcar ele
III – A próclise é sempre empregada quando há locução verbal: (C) ... rondaria-a ... podê-lo-ia marcar
“Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se (D) ... rondaria-lhe ... poderia o marcar
tornar as salamandras de Čapek.” (E) ... a rondaria ... poderia marcá-lo
IV – O sujeito expresso exige o emprego da ênclise: “O ser hu-
mano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e pro-
duzir um ‘Dom Quixote’”.
Está correto apenas o que se afirma em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) III e IV.

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LÍNGUA PORTUGUESA

22. (IABAS – FARMACÊUTICO - IBADE - 2019) 23. (SEAP-GO - AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL - IADES -
Infestação de escorpiões no Brasil pode ser imparável 2019)
A infestação de escorpião no Brasil é o exemplo perfeito de
como a vida moderna se tornou imprevisível. É uma característica
do que, no complexo campo de problemas, chamamos de um mun-
do “VUCA” (Volatility, uncertainty, complexity and ambiguity em in-
glês) - um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo.
Escorpiões, como as baratas que eles comem, são um a espécie
incrivelmente adaptável. O número de pessoas picadas em todo o
Brasil aumentou de 12 mil em 2000 para 140 mil no ano passado,
de acordo com o Ministério da Saúde. A espécie que aterroriza os
brasileiros é o perigoso escorpião amarelo, ou Tityus serrulatus. Ele
se reproduz por meio do milagre da partenogênese, significando
que um escorpião feminino simplesmente gera cópias de si mesma COYLE, A. Administração penitenciária: uma abordagem de direitos
duas vezes por ano - nenhuma participação masculina é necessária. humanos. Manual para servidores penitenciários. Brasília: Ministé-
A infestação do escorpião urbano no Brasil é um clássico “pro- rio da Justiça, 2002, p. 21.
blema perverso”. Este termo, usado pela primeira vez em 1973, re- Com base nas relações morfossintáticas estabelecidas pelo au-
fere-se a enormes problemas sociais ou culturais como pobreza e tor no primeiro período, assinale a alternativa correta.
guerra - sem solução simples ou definitiva, e que surgem na interse- (A) Na linha 1, a conjunção “Quando” relaciona orações coor-
ção de outros problemas. Nesse caso, a infestação do escorpião ur- denadas entre si.
bano no Brasil é o resultado de uma gestão inadequada do lixo, sa- (B) Os termos “em prisões” (linha 1) e “seu aspecto físico” (li-
neamento inapropriado, urbanização rápida e mudanças climáticas. nha 2) funcionam como complementos verbais e classificam-
No VUCA, quanto mais recursos você der para os problemas, -se, respectivamente, como objeto indireto e objeto direto.
melhor. Isso pode significar tudo, desde campanhas de conscien- (C) As formas verbais “pensam” (linha 1) e “tendem a conside-
tização pública que educam brasileiros sobre escorpiões até for- rar” (linhas 1 e 2) referem-se ao mesmo sujeito sintático: “as
ças-tarefa exterminadoras que trabalham para controlar sua popu- pessoas” (linha 1).
lação em áreas urbanas. Os cientistas devem estar envolvidos. O (D) Na linha 1, a exclusão do pronome “elas” alteraria a estru-
sistema nacional de saúde pública do Brasil precisará se adaptar a tura do período, pois o predicado da segunda oração passaria a
essa nova ameaça. se referir a um sujeito indeterminado.
Apesar da obstinada cobertura da imprensa, as autoridades (E) Na linha 2, o adjetivo “físico” completa o sentido do subs-
federais de saúde mal falaram publicamente sobre o problema do tantivo “aspecto”, por isso desempenha a função de comple-
escorpião urbano no Brasil. E, além de alguns esforços mornos em mento nominal.
nível nacional e estadual para treinar profissionais de saúde sobre o
risco de escorpião, as autoridades parecem não ter nenhum plano 24. (IF-RO - ENGENHEIRO CIVIL - IBADE - 2019)
para combater a infestação no nível epidêmico para o qual ela está “Viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, sur-
se dirigindo. gir de ombros e braços nus, para dançar. A Lua destoldara-se nesse
Temo que os escorpiões amarelos venenosos tenham reivindi- momento, envolvendo-a na sua coma de prata, a cujo refulgir os
cado seu lugar ao lado de crimes violentos, tráfico brutal e outros meneios da mestiça melhor se acentuavam, cheios de uma graça
problemas crônicos com os quais os urbanitas no Brasil precisam irresistível, simples, primitiva, feita toda de pecado, toda de paraíso,
lidar diariamente. com muito de serpente e muito de mulher.
* Hamilton Coimbra Carvalho é pesquisador em Problemas So- Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebo-
ciais Complexos, na Universidade de São Paulo (USP). lando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda,
Texto adaptado de Revista Galileu ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num re-
(https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/MeioAmbiente/noti- quebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga
cia/2019/02/infestacao-de-escorpioes-no-brasilpode-ser-imparavel-di- empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como
z-pesquisador.html) se se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em que
Observe a oração destacada: se não toma pé e nunca se encontra fundo. Depois, como se voltas-
“A infestação do escorpião urbano no Brasil é um clássico “pro- se à vida, soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar
blema perverso.” e vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os
Sobre seus termos, é correto afirmar que: quadris, e em seguida sapateava, miúdo e cerrado, freneticamente,
(A) escorpião é núcleo do sujeito. erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora um, ora outro,
(B) urbano é predicativo do objeto. sobre a nuca, enquanto a carne lhe fervia toda, fibra por fibra, tiri-
(C) perverso é núcleo do sujeito. lando.”
(D) clássico é núcleo do predicativo do objeto. O cortiço, Aluísio de Azevedo.
(E) problema é núcleo do predicativo do sujeito. Em “como se se fosse afundando, num prazer grosso que nem
azeite”, é correto afirmar que:

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LÍNGUA PORTUGUESA

(A) o termo “que” é um pronome relativo e funciona como sujeito.


(B) em “como SE SE fosse afundando”, têm-se, respectivamente, uma conjunção subordinativa de natureza condicional e uma partí-
cula integrante do verbo.
(C) a expressão “que nem” é uma locução conjuntiva coordenativa aditiva.
(D) em “como se se fosse afundando”, o primeiro “se” é partícula apassivadora, enquanto o segundo “se” é um pronome clítico.
(E) o termo “num” é uma combinação, entre a preposição “em” e o artigo definido “um”, que apresenta caráter informal na língua
portuguesa.

25. (AL-AP - AUXILIAR LEGISLATIVO - AUXILIAR OPERACIONAL – FCC – 2020)


Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
− Em que espelho ficou perdida
a minha face?
(Cecília Meirelles)
− Em que espelho ficou perdida a minha face? (3ª estrofe)
Caso a frase acima seja transposta para o discurso indireto, o elemento sublinhado assumirá a seguinte forma:
(A) ficasse.
(B) ficará.
(C) ficou.
(D) ficava.
(E) ficara.

26. ( PREFEITURA DE CARANAÍBA - MG – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – FCM – 2019)


Texto
“Linguagem é a expressão individual e social do ser humano e, ao mesmo tempo, o elemento comum que possibilita o processo co-
municativo entre os sujeitos que vivem em sociedade.”(CEREJA & MAGALHÃES, 2013, p.13).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Tendo por base o conceito veiculado no Texto, qual tipo de lin- 28. (ENEM – 2014) Há qualquer coisa de especial nisso de botar
guagem apresenta-se na tirinha? a cara na janela em crônica de jornal ‒ eu não fazia isso há muitos
(A) Oral. anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica algumas
(B) Verbal. vezes também é feita, intencionalmente, para provocar. Além do
(C) Escrita. mais, em certos dias mesmo o escritor mais escolado não está lá
(D) Não verbal. grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo para recla-
mar: moderna demais, antiquada demais.
27. (CREMERJ - AGENTE ADMINISTRATIVO – IDIB – 2019) Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar
ideias. Há os textos que parecem passar despercebidos, outros ren-
dem um montão de recados: “Você escreveu exatamente o que eu
sinto”, “Isso é exatamente o que falo com meus pacientes”, “É isso
que digo para meus pais”, “Comentei com minha namorada”. Os es-
tímulos são valiosos pra quem nesses tempos andava meio assim: é
como me botarem no colo ‒ também eu preciso. Na verdade, nunca
fui tão posta no colo por leitores como na janela do jornal. De modo
que está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos que
iam acabar neste livro, outros espalhados por aí. Porque eu levo a
sério ser sério… mesmo quando parece que estou brincando: essa
é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi há muitos anos e
continua sendo a minha verdade: palavras são meu jeito mais se-
creto de calar.
LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de janeiro: Record, 2004.
Os textos fazem uso constante de recurso que permitem a ar-
ticulação entre suas partes. Quanto à construção do fragmento, o
elemento
(A) “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em
crônica de jornal”.
(B) “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.
(C) “isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.
(D) “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus
pais”.
(E) “essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”.

29. (FCC – 2007) O emprego do elemento sublinhado compro-


mete a coerência da frase:
(A) Cada época tem os adolescentes que merece, pois estes são
influenciados pelos valores socialmente dominantes.
(B) Os jovens perderam a capacidade de sonhar alto, por conse-
guinte alguns ainda resistem ao pragmatismo moderno.
(C) Nos tempos modernos, sonhar faz muita falta ao adolescen-
te, bem como alimentar a confiança em sua própria capacidade
criativa.
(D) A menos que se mudem alguns paradigmas culturais, as ge-
rações seguintes serão tão conformistas quanto a atual.
O tipo textual predominante no texto de Martha Medeiros é: (E) Há quem fique desanimado com os jovens de hoje, por-
(A) argumentativo, pois o seu principal interesse é a discussão quanto parece faltar-lhes a capacidade de sonhar mais alto.
de um determinado tema, apresentando argumentos que rati-
fiquem a opinião defendida. 30. (UDESC – 2008) Identifique a ordem em que os períodos
(B) descritivo, pois apresenta a descrição pormenorizada do devem aparecer, para que constituam um texto coeso e coerente.
que se pode considerar como “ocasião especial”. (Texto de Marcelo Marthe: Tatuagem com bobagem. Veja, 05
(C) narrativo, pois seu objetivo é contar uma história, valendo- mar. 2008, p. 86.)
-se de uma sequência de acontecimentos. I - Elas não são mais feitas em locais precários, e sim em gran-
(D) injuntivo, pois visa ao fornecimento de informações que des estúdios onde há cuidado com a higiene.
condicionem a conduta do leitor II - As técnicas se refinaram: há mais cores disponíveis, os pig-
mentos são de melhor qualidade e ferramentas como o laser tor-
naram bem mais simples apagar uma tatuagem que já não se quer
mais.
III - Vão longe, enfim, os tempos em que o conceito de tatua-
gem se resumia à velha âncora de marinheiro.

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LÍNGUA PORTUGUESA

IV - Nos últimos dez ou quinze anos, fazer uma tatuagem dei- 32. (UERJ – 2008)
xou de ser símbolo de rebeldia de um estilo de vida marginal. Ideologia
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, em que Meu partido
os períodos devem aparecer. É um coração partido
(A) II, I, III, IV E as ilusões estão todas perdidas
(B) IV, II, III, I Os meus sonhos foram todos vendidos
(C) IV, I, II, III Tão barato que eu nem acredito
(D) III, I, IV, II Eu nem acredito
(E) I, III, II, IV Que aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
31. (ENEM – 2003) Frequenta agora as festas do “Grand Monde”
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Eu quero uma pra viver
O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs não tem nenhum rock ‘n’ roll
Eu vou pagar a conta do analista
Pra nunca mais ter que saber quem eu sou
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Agora assiste a tudo em cima do muro
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Operários, 1933, óleo sobre tela, 150x205 cm, (P122), Acervo Ar- Eu quero uma pra viver
tístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo Ideologia
Desiguais na fisionomia, na cor e na raça, o que lhes assegura Eu quero uma pra viver.
identidade peculiar, são iguais enquanto frente de trabalho. Num (Cazuza e Roberto Frejat - 1988)
dos cantos, as chaminés das indústrias se alçam verticalmente. No E as ilusões estão todas perdidas (v. 3)
mais, em todo o quadro, rostos colados, um ao lado do outro, em Esse verso pode ser lido como uma alusão a um livro intitulado
pirâmide que tende a se prolongar infinitamente, como mercadoria Ilusões perdidas, de Honoré de Balzac.
que se acumula, pelo quadro afora. Tal procedimento constitui o que se chama de:
(Nádia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista.) (A) metáfora
O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que (B) pertinência
também se encontra nos versos transcritos em: (C) pressuposição
(A) “Pensem nas meninas/ Cegas inexatas/ Pensem nas mulhe- (D) intertextualidade
res/ Rotas alteradas.” (Vinícius de Moraes) (E) metonímia
(B) “Somos muitos severinos/ iguais em tudo e na sina:/ a de
abrandar estas pedras/ suando-se muito em cima.” (João Ca- 33. (ENEM) Quem não passou pela experiência de estar lendo
bral de Melo Neto) um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os tex-
(C) “O funcionário público não cabe no poema/ com seu salário tos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno
de fome/ sua vida fechada em arquivos.” (Ferreira Gullar) tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:
(D) “Não sou nada./ Nunca serei nada./ Não posso querer ser I. Quando nasci, um anjo torto
nada./À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.” Desses que vivem na sombra
(Fernando Pessoa) Disse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida.
(E) “Os inocentes do Leblon/ Não viram o navio entrar (...)/ Os (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Ja-
inocentes, definitivamente inocentes/ tudo ignoravam,/ mas a neiro: Nova Aguilar, 1964)
areia é quente, e há um óleo suave que eles passam pelas cos- II. Quando nasci veio um anjo safado
tas, e aquecem.” (Carlos Drummond de Andrade) O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim.
(BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras,
1989)
III. Quando nasci um anjo esbelto

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LÍNGUA PORTUGUESA

Desses que tocam trombeta, anunciou: O texto apresentado é um verbete. Assinale a alternativa que
Vai carregar bandeira. representa sua definição
Carga muito pesada pra mulher (A) é um tipo textual dissertativo-argumentativo, com o intuito
Esta espécie ainda envergonhada. de persuadir o leitor.
(PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986) (B) é um tipo e gênero textual de caráter descritivo para de-
Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, talhar em adjetivos e advérbios o que é necessário entender.
em relação a Carlos Drummond de Andrade, por (C) é um gênero textual de viés narrativo para contar em crono-
(A) reiteração de imagens. logia obrigatória o enredo por meio de personagens.
(B) oposição de ideias. (D) é um gênero textual de caráter informativo, que tem por in-
(C) falta de criatividade. tuito explicar um conceito, mais comumente em um dicionário
(D) negação dos versos. ou enciclopédia.
(E) ausência de recursos. (E) é um tipo textual expositivo, típico em redações escolares.

34. (FUNDEP – 2014) As tipologias textuais são constructos te-


óricos inerentes aos gêneros, ou seja, lança-se mão dos tipos para a
GABARITO
produção dos gêneros diversos. Um professor, ao solicitar à turma a
escrita das “regras de um jogo”, espera que os estudantes utilizem,
predominantemente, a tipologia 1 A
(A) descritiva, devido à presença de adjetivos e verbos de liga- 2 B
ção.
3 C
(B) narrativa, devido à forte presença de verbos no passado.
(C) injuntiva, devido à presença dos verbos no imperativo. 4 E
(D) dissertativa, devido à presença das conjunções. 5 D
35. (ENEM 2010) 6 D
MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COM- 7 C
PUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS.
Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006. 8 B
Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas 9 D
de linguagem, assumindo funções específicas, formais e de conte-
10 D
údo. Considerando o contexto em que circula o texto publicitário,
seu objetivo básico é 11 B
(A) definir regras de comportamento social pautadas no com- 12 B
bate ao consumismo exagerado.
(B) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos 13 C
que visam à adesão ao consumo. 14 A
(C) defender a importância do conhecimento de informática
15 C
pela população de baixo poder aquisitivo.
(D) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes 16 E
sociais economicamente desfavorecidas. 17 C
(E) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a
máquina, mesmo a mais moderna. 18 A
19 D
35. (IBADE – 2020 adaptada)
20 A
21 E
22 E
23 B
24 B
25 E
26 D
27 A
28 A
29 A
https://www.dicio.com.br/partilhar/ acesso em fevereiro de 2020 30 C

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LÍNGUA PORTUGUESA

31 B ___________________________________________
32 D ___________________________________________
33 A
___________________________________________
___________________________________________
34 C
___________________________________________
35 B
___________________________________________
36 D
___________________________________________
___________________________________________
ANOTAÇÕES ___________________________________________
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RACIOCÍNIO LÓGICO

SEQUÊNCIAS LÓGICAS E LEIS DE FORMAÇÃO: VERBAIS, NUMÉRICAS E GEOMÉTRICAS.

As sequências podem ser formadas por números, letras, pessoas, figuras, etc. Existem várias formas de se estabelecer uma sequência,
o importante é que existem pelo menos três elementos que caracterize a lógica de sua formação, entretanto algumas séries necessitam
de mais elementos para definir sua lógica1. Um bom conhecimento em Progressões Algébricas (PA) e Geométricas (PG), fazem com que
deduzir as sequências se tornem simples e sem complicações. E o mais importante é estar atento a vários detalhes que elas possam ofe-
recer. Exemplos:

Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um mesmo número.

Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente um mesmo número.

Sequência de Figuras: Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão visto na sequência de pessoas ou simplesmente sofrer
rotações, como nos exemplos a seguir. Exemplos:

Exemplos:
Analise a sequência a seguir:

Admitindo-se que a regra de formação das figuras seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar que a figura que ocuparia a 277ª
posição dessa sequência é:

Resolução:
A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim, continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A figura de número 277 ocu-
pa, então, a mesma posição das figuras que representam número 5n + 2, com n N. Ou seja, a 277ª figura corresponde à 2ª figura, que é
representada pela letra “B”.
Resposta: B

1 https://centraldefavoritos.com.br/2017/07/21/sequencias-com-numeros-com-figuras-de-palavras/

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RACIOCÍNIO LÓGICO

(CÂMARA DE ARACRUZ/ES - AGENTE ADMINISTRATIVO E LEGISLATIVO - IDECAN) A sequência formada pelas figuras representa as
posições, a cada 12 segundos, de uma das rodas de um carro que mantém velocidade constante. Analise-a.

Após 25 minutos e 48 segundos, tempo no qual o carro permanece nessa mesma condição, a posição da roda será:

Resolução:
A roda se mexe a cada 12 segundos. Percebe-se que ela volta ao seu estado inicial após 48 segundos.
O examinador quer saber, após 25 minutos e 48 segundos qual será a posição da roda. Vamos transformar tudo para segundos:
25 minutos = 1500 segundos (60x25)
1500 + 48 (25m e 48s) = 1548
Agora é só dividir por 48 segundos (que é o tempo que levou para roda voltar à posição inicial)
1548 / 48 = vai ter o resto “12”.
Portanto, após 25 minutos e 48 segundos, a roda vai estar na posição dos 12 segundos.
Resposta: B

TEORIA DOS CONJUNTOS: SIMBOLOGIA, OPERAÇÕES E DIAGRAMAS DE VENN-EULER.

A teoria dos conjuntos é a teoria matemática capaz de agrupar elementos2.


Dessa forma, os elementos (que podem ser qualquer coisa: números, pessoas, frutas) são indicados por letra minúscula e definidos
como um dos componentes do conjunto.

Exemplo: o elemento “a” ou a pessoa “x”

Assim, enquanto os elementos do conjunto são indicados pela letra minúscula, os conjuntos, são representados por letras maiúsculas
e, normalmente, dentro de chaves ({ }).
Além disso, os elementos são separados por vírgula ou ponto e vírgula, por exemplo:
A = {a,e,i,o,u}

— Diagrama de Euler-Venn
No modelo de Diagrama de Euler-Venn (Diagrama de Venn), os conjuntos são representados graficamente:

2 https://www.todamateria.com.br/teoria-dos-conjuntos/

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RACIOCÍNIO LÓGICO

— Relação de Pertinência Logo:


A relação de pertinência é um conceito muito importante na CD = {b, c, d}
“Teoria dos Conjuntos”.
Ela indica se o elemento pertence (e) ou não pertence (ɇ) ao
determinado conjunto, por exemplo:
D = {w,x,y,z}
Logo:
w e D (w pertence ao conjunto D);
j ɇ D (j não pertence ao conjunto D).

— Relação de Inclusão
A relação de inclusão aponta se tal conjunto está contido (C),
não está contido (Ȼ) ou se um conjunto contém o outro (Ɔ), por
exemplo:
A = {a,e,i,o,u}
B = {a,e,i,o,u,m,n,o}
C = {p,q,r,s,t} A diferença entre conjuntos corresponde ao conjunto de ele-
mentos que estão no primeiro conjunto, e não aparecem no segun-
Logo: do, por exemplo:
A C B (A está contido em B, ou seja, todos os elementos de A A = {a, b, c, d, e} – B = {b, c, d}
estão em B);
C Ȼ B (C não está contido em B, na medida em que os elemen- Logo:
tos do conjunto são diferentes); A-B = {a,e}
B Ɔ A (B contém A, donde os elementos de A estão em B).

— Conjunto Vazio
O conjunto vazio é o conjunto em que não há elementos; é re-
presentado por duas chaves { } ou pelo símbolo Ø. Note que o con-
junto vazio está contido (C) em todos os conjuntos.

— União, Intersecção e Diferença entre Conjuntos


A união dos conjuntos, representada pela letra (U), correspon-
de a união dos elementos de dois conjuntos, por exemplo:
A = {a,e,i,o,u}
B = {1,2,3,4}
— Igualdade dos Conjuntos
Logo: Na igualdade dos conjuntos, os elementos de dois conjuntos
AB = {a,e,i,o,u,1,2,3,4}. são idênticos, por exemplo nos conjuntos A e B:
A = {1,2,3,4,5}
B = {3,5,4,1,2}

Logo:
A = B (A igual a B).

— Conjuntos Numéricos
Os conjuntos numéricos são formados pelos:
- Números Naturais: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12...}.
- Números Inteiros: Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3...}.
- Números Racionais: Q = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,4,5,6...}.
- Números Irracionais: I = {..., √2, √3, √7, 3, 141592…}.
- Números Reais (R): N (números naturais) + Z (números intei-
A intersecção dos conjuntos, representada pelo símbolo (∩), ros) + Q (números racionais) + I (números irracionais).
corresponde aos elementos em comum de dois conjuntos, por
exemplo:
C = {a, b, c, d, e} ∩ D = {b, c, d}

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RACIOCÍNIO LÓGICO

PROBLEMAS SOBRE AS QUATRO OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS DA MATEMÁTICA.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

A resolução de problemas na matemática é um processo que envolve a aplicação de conceitos matemáticos para solucionar questões
ou situações que requerem raciocínio lógico e análise quantitativa. É um processo criativo que requer habilidades de pensamento crítico
e estratégias específicas para chegar a uma solução.
Aqui estão algumas etapas comuns que podem ajudar a resolver problemas matemáticos:
– Compreensão do problema: Leia cuidadosamente o enunciado do problema e certifique-se de entendê-lo completamente. Identifi-
que os dados fornecidos, as incógnitas a serem encontradas e as restrições dadas.
– Planejamento: Desenvolva um plano ou estratégia para resolver o problema. Isso pode envolver a identificação de fórmulas ou
conceitos matemáticos relevantes, a criação de diagramas ou representações visuais, a divisão do problema em etapas menores ou a
consideração de casos específicos.
– Execução: Implemente o plano que você desenvolveu, realizando os cálculos e aplicando as estratégias escolhidas. Organize suas
informações e seja cuidadoso com os cálculos para evitar erros.
– Verificação: Após chegar a uma solução, verifique se ela faz sentido e está de acordo com as restrições do problema. Faça uma revisão
dos cálculos e verifique se a resposta obtida é razoável.
– Comunicação: Expresse sua solução de forma clara e coerente, utilizando termos matemáticos apropriados e explicando o raciocínio
utilizado. Se necessário, apresente sua solução em um formato compreensível para outras pessoas.
Dentro deste prisma vamos elencar a técnica abaixo:

— Técnica para interpretar problemas de Matemática

A linguagem matemática para algebrizar problemas:

Linguagem da questão Linguagem Matemática


Preposição da, de, do Multiplicação
Preposição por divisão
Verbos Equivale, será, tem, e, etc. igualdade
Pronomes interrogativos qual, quanto x?
Um número x
O dobro de um número 2x
O triplo de um número 3x
A metade de um número x/2
A terça parte de um número x/3
Dois números consecutivos x, x + 1
Três números consecutivos x, x + 1, x + 2
Um número Par 2x
Um número Ímpar 2x - 1
Dois números pares consecutivos 2x, 2x + 2
Dois números ímpares consecutivos 2x -1, 2x -1 + 2 (2x + 1)
O oposto de X ( na adição ) -x
O inverso de X ( na multiplicação) 1/x
Soma Aumentar, maior que, mais, ganhar, adicionar
Subtração menos, menor que, diferença, diminuir, perder, tirar
Divisão Razão

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplos de aplicação da técnica para a resolução de proble- Solução:


mas: A + V + B = 108
1 – O dobro de um número somado ao triplo do mesmo número A = 2x
é igual a 7. Qual é esse número? V=x
Vamos verificar a tabela para algebrizar este problema: B = 3 . 2x = 6x
V=?
Solução:
2x + 3x = 7 Continuando...
5x =7 A + V + B = 108
2x + x + 6x = 108
X= 9x = 108
x = 1,4
X=
Resposta: x = 1,4 x = 12
V = x = 12
2 – Um relatório contém as seguintes informações sobre as tur-
mas A, B e C: Resposta: Alternativa B
– As três turmas possuem, juntas, 96 alunos;
– A turma A e a turma B possuem a mesma quantidade de alu- 4 – Um fazendeiro dividirá seu terreno de modo a plantar soja,
nos; trigo e hortaliças. A parte correspondente à soja terá o dobro da
– A turma C possui o dobro de alunos da turma A. área da parte em que será plantado trigo que, por sua vez, terá o
Estas informações permitem concluir que a turma C possui a se- dobro da área da parte correspondente às hortaliças. Sabe-se que
guinte quantidade de alunos: a área total desse terreno é de 42 ha, assim a área em que se irá
A) 48 plantar trigo é de:
B) 42 (A) 6 ha
C) 28 (B) 12 ha
D) 24 (C) 14 ha
(D) 18 ha
Solução: (E) 24 ha
A + B + C = 96
A=x Solução:
B=x S+T+H=42
C = 2x S = 2 . 2x = 4x
C=? T = 2x
H=x
Continuando... T=?
A + B + C = 96
x + x + 2x = 96 Continuando...
4x = 96 S + T + H = 42
4x + 2x + x = 42
X= 7x = 42
x = 24
X=
Continuando x=6
C = 2x
C= 2 . 24 Continuando…
C=48 T = 2x
T = 2,6
Resposta: Alternativa A T = 12
Resposta: Alternativa B
3 – Uma urna contém bolas azuis, vermelhas e brancas. Ao todo
são 108 bolas. O número de bolas azuis é o dobro do de vermelhas, 5 – Maria e Ana se encontram de três em três dias, Maria e Jo-
e o número de bolas brancas é o triplo do de azuis. Então, o número ana se encontram de cinco em cinco dias e Maria e Carla se encon-
de bolas vermelhas é: tram de dez em dez dias. Hoje as quatro amigas se encontraram. A
(A)10 próxima vez que todas irão se encontrar novamente será daqui a:
(B) 12 (A) 15 dias
(C) 20 (B) 18 dias
(D) 24 (C) 28 dias
(E) 36 (D) 30 dias
(E) 50 dias

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Conforme mencionado a resolução de problemas é a aplicação Continuando


de vários conceitos de matemática. Aqui uma questão onde envolve B - A = 500
o MMC. 5K – 3K = 500
2K = 500
Solução:
Calculando o MMC de 3 – 5 - 10 : K=
3 – 5 – 10 | 2 K = 250
3–5–5 |3
1–5–5 |5 Continuando...
1 – 1 – 1 | 30 dias. A = 3K
A = 3 . 250
Resposta: Alternativa D A = 750

6 – Uma doceria vendeu 153 doces dos tipos casadinho e briga- Resposta: Alternativa C
deiro. Se a razão entre brigadeiros e casadinhos foi de 217, determi-
ne o número de casadinhos vendidos. 8 – Uma pessoa possui o triplo da idade de uma outra. Daqui
(A) 139 a 11 anos terá o dobro. Qual é a soma das idades atuais dessas
(B) 119 pessoas?
(C) 94 (A) 22
(D) 34 (B) 33
(C) 44
Solução: (D) 55
Razão é a mesma coisa que divisão (E) 66
Total = 153
Solução:
= Presente:
C=? A=x
B = 3x
Continuando... Futuro: ( + 11 anos)
Colocando o K (constante de proporcionalidade) para descobrir B = 2A
seu valor. 3x + 11 = 2 (x + 11)

= Continuando...
2K + 7K = 153 3x + 11 = 2 (x + 11)
9K = 153 3 x + 11 = 2x + 22
3x – 2x = 22 -11
K= x = 11
K = 17
Continuando...
Continuando... Soando as idades.
C= 7K A+B=?
C= 7 . 17 = 119 A = x = 11
B = 3x = 3 . 11 = 33
Resposta: Alternativa B A + B = 11+ 33 = 44
7 – Na venda de um automóvel, a comissão referente a essa ven-
da foi dividida entre dois corretores, A e B, em partes diretamente Resposta: Alternativa C
proporcionais a 3 e 5, respectivamente. Se B recebeu R$ 500,00 a
mais que A, então o valor total recebido por A foi:
(A) R$ 550,00. PROPORÇÕES.
(B) R$ 650,00.
(C) R$ 750,00.
Razão
(D) R$ 850,00.
É uma fração, sendo a e b dois números a sua razão, chama-se
razão de a para b: a/b ou a:b , assim representados, sendo b ≠ 0.
Solução:
Temos que:
Colocando a proporcionalidade
A= 3K
B = 5K
B – A = 500
A=?

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo: Lemos: a esta para b, assim como c está para d.


(SEPLAN/GO – PERITO CRIMINAL – FUNIVERSA) Em uma ação Ainda temos:
policial, foram apreendidos 1 traficante e 150 kg de um produto
parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou
que o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma
mistura da Cannabis sativa com outras ervas. Interrogado, o trafi-
cante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava
apenas 2 kg da Cannabis sativa; o restante era composto por vá-
rias “outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que, para fabricar
todo o produto apreendido, o traficante usou
(A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas. • Propriedades da Proporção
(E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas. – Propriedade Fundamental: o produto dos meios é igual ao
produto dos extremos:
Resolução: a.d=b.c
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg
da Cannabis sativa e os demais outras ervas. Podemos escrever em – A soma/diferença dos dois primeiros termos está para o
forma de razão , logo : primeiro (ou para o segundo termo), assim como a soma/diferença
dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).

Resposta: C
– A soma/diferença dos antecedentes está para a soma/dife-
Razões Especiais rença dos consequentes, assim como cada antecedente está para
São aquelas que recebem um nome especial. Vejamos algu- o seu consequente.
mas:
Velocidade: é razão entre a distância percorrida e o tempo
gasto para percorrê-la.

Densidade: é a razão entre a massa de um corpo e o seu volu- Exemplo:


me ocupado por esse corpo. (MP/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA I – ADMINISTRATIVO –
VUNESP) A medida do comprimento de um salão retangular está
para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso
desse salão, foram colocados somente ladrilhos quadrados intei-
ros, revestindo-o totalmente. Se cada fileira de ladrilhos, no senti-
do do comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número
Proporção
mínimo de ladrilhos necessários para revestir totalmente esse piso
É uma igualdade entre duas frações ou duas razões.
foi igual a
(A) 588.
(B) 350.
(C) 454.
(D) 476.
(E) 382.

59
RACIOCÍNIO LÓGICO

Resolução: De acordo com essas informações, o número de casos regis-


trados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014, teve um
aumento em relação ao número de casos registrados em 2007,
aproximadamente, de
(A) 70%.
Fazendo C = 28 e substituindo na proporção, temos: (B) 65%.
(C) 60%.
(D) 55%.
(E) 50%.

Resolução:
4L = 28 . 3 Utilizaremos uma regra de três simples:
L = 84 / 4
L = 21 ladrilhos ano %
Assim, o total de ladrilhos foi de 28 . 21 = 588
Resposta: A 11442 100
17136 x
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA. 11442.x = 17136 . 100
x = 1713600 / 11442 = 149,8% (aproximado)
Regra de três simples 149,8% – 100% = 49,8%
Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou Aproximando o valor, teremos 50%
inversamente proporcionais podem ser resolvidos através de um Resposta: E
processo prático, chamado REGRA DE TRÊS SIMPLES.
(PRODAM/AM – AUXILIAR DE MOTORISTA – FUNCAB) Numa
• Duas grandezas são DIRETAMENTE PROPORCIONAIS quando transportadora, 15 caminhões de mesma capacidade transportam
ao aumentarmos/diminuirmos uma a outra também aumenta/di- toda a carga de um galpão em quatro horas. Se três deles quebras-
minui. sem, em quanto tempo os outros caminhões fariam o mesmo tra-
• Duas grandezas são INVERSAMENTE PROPORCIONAIS quan- balho?
do ao aumentarmos uma a outra diminui e vice-versa. (A) 3 h 12 min
(B) 5 h
Exemplos: (C) 5 h 30 min
(PM/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Em 3 de maio (D) 6 h
de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte informação (E) 6 h 15 min
sobre o número de casos de dengue na cidade de Campinas.
Resolução:
Vamos utilizar uma Regra de Três Simples Inversa, pois, quanto
menos caminhões tivermos, mais horas demorará para transportar
a carga:

caminhões horas
15 4
(15 – 3) x

12.x = 4 . 15
x = 60 / 12
x=5h
Resposta: B

Regra de três composta


Chamamos de REGRA DE TRÊS COMPOSTA, problemas que
envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
proporcionais.

60
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplos: Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:


(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO
– FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m² de calçada é feita em
um dia de trabalho por 18 varredores trabalhando 5 horas por dia.
Mantendo-se as mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500
m² de calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o tempo de
(A) 8 horas e 15 minutos.
(B) 9 horas.
(C) 7 horas e 45 minutos. Resposta: D
(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos. REGRA DE SOCIEDADE.

Resolução:
Comparando- se cada grandeza com aquela onde está o x. DIVISÃO PROPORCIONAL

Uma forma de divisão no qual determinam-se valores(a,b,c,..)


M² ↑ varredores ↓ horas ↑
que, divididos por quocientes(x,y,z..) previamente determinados,
6000 18 5 mantêm-se uma razão que não tem variação.
7500 15 x
Divisão Diretamente Proporcional
Quanto mais a área, mais horas (diretamente proporcionais)
Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente pro- - Divisão em duas partes diretamente proporcionais
porcionais) Para decompor um número M em duas partes A e B diretamen-
te proporcionais a p e q, montamos um sistema com duas equações
e duas incógnitas, de modo que a soma das partes seja A + B = M,
mas

A solução segue das propriedades das proporções:

Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 ho- O valor de K é que proporciona a solução pois: A = K.p e B = K.q
ras e 30 minutos. Exemplos:
Resposta: D 1) Para decompor o número 200 em duas partes A e B direta-
mente proporcionais a 2 e 3, montaremos o sistema de modo que A
(PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL) Uma equipe cons- + B = 200, cuja solução segue de:
tituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por dia durante 60
dias, realiza o calçamento de uma área igual a 4800 m². Se essa
equipe fosse constituída por 15 operários, trabalhando 10 horas
por dia, durante 80 dias, faria o calçamento de uma área igual a:
(A) 4500 m²
(B) 5000 m² Fazendo A = K.p  e  B = K.q ; temos que A = 40.2 = 80 e B=40.3
(C) 5200 m² = 120
(D) 6000 m²
(E) 6200 m² 2) Determinar números A e B diretamente proporcionais a 8 e
3, sabendo-se que a diferença entre eles é 40. Para resolver este
Resolução: problema basta tomar A – B = 40 e escrever:

Operários ↑ horas ↑ dias ↑ área ↑

20 8 60 4800
15 10 80 x Fazendo A = K.p  e  B = K.q ; temos que A = 8.8 = 64 e B = 8.3 = 24

61
RACIOCÍNIO LÓGICO

- Divisão em várias partes diretamente proporcionais 2 - Determinar números A e B inversamente proporcionais a 6


Para decompor um número M em partes x1, x2, ..., xn diretamen- e 8, sabendo-se que a diferença entre eles é 10. Para resolver este
te proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema com n problema, tomamos A – B = 10. Assim:
equações e n incógnitas, sendo as somas x1 + x2 + ... + xn= M e p1 +
p2 + ... + pn = P.

Assim A = K/p → A = 240/6 = 40 e B = K/q → B = 240/8 = 30


A solução segue das propriedades das proporções:
- Divisão em várias partes inversamente proporcionais
Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn inversa-
mente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor este número
M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2,
Observa-se que partimos do mesmo princípio da divisão em ..., 1/pn.
duas partes proporcionais. A montagem do sistema com n equações e n incógnitas, assume
que x1 + x2 + ... + xn= M e além disso
Exemplos:
1) Para decompor o número 240 em três partes A, B e C direta-
mente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um sistema com 3
equações e 3 incógnitas tal que A + B + C = 240 e 2 + 4 + 6 = P. Assim:

Cuja solução segue das propriedades das proporções:

Logo: A = 20.2 = 40; B = 20.4 = 80 e C = 20.6 =120

2) Determinar números A, B e C diretamente proporcionais a 2,


4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 480
A solução segue das propriedades das proporções:

Exemplos:
Logo: A = - 60.2 = -120 ; B = - 60.4 = - 240 e C = - 60.6 = - 360. 1-Para decompor o número 220 em três partes A, B e C inversa-
Também existem proporções com números negativos. mente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um sistema com 3
Divisão Inversamente Proporcional equações e 3 incógnitas, de modo que A + B + C = 220. Desse modo:
- Divisão em duas partes inversamente proporcionais
Para decompor um número M em duas partes A e B inversa-
mente proporcionais a p e q, deve-se decompor este número M em
duas partes A e B diretamente proporcionais a 1/p e 1/q, que são,
A solução é A = K/p1 → A = 240/2 = 120, B = K/p2 → B = 240/4
respectivamente, os inversos de p e q.
= 60 e C = K/p3 → C = 240/6 = 40
Assim basta montar o sistema com duas equações e duas incóg-
nitas tal que A + B = M. Desse modo:
2-Para obter números A, B e C inversamente proporcionais a 2, 4
e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 10, devemos montar as proporções:

O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = K/q.

Exemplos: logo A = 60/13, B = 30/13 e C = 20/13


1) Para decompor o número 120 em duas partes A e B inversa- Existem proporções com números fracionários!
mente proporcionais a 2 e 3, deve-se montar o sistema tal que A +
B = 120, de modo que:

Assim A = K/p → A = 144/2 = 72 e B = K/q → B = 144/3 = 48

62
RACIOCÍNIO LÓGICO

Divisão em partes direta e inversamente proporcionais

- Divisão em duas partes direta e inversamente proporcionais


Para decompor um número M em duas partes A e B diretamen-
te proporcionais a, c e d e inversamente proporcionais a p e q, de- Logo A = K.p1/q1 = (1/4)100 = 25, B = K.p2/q2 = (2/5)100 = 40 e C
ve-se decompor este número M em duas partes A e B diretamen- = K.p3/q3 = (3/6)100 = 50
te proporcionais a c/q e d/q, basta montar um sistema com duas
equações e duas incógnitas de forma que A + B = M e além disso: 2) Determinar números A, B e C diretamente proporcionais a
1, 10 e 2 e inversamente proporcionais a 2, 4 e 5, de modo que 2A
+ 3B - 4C = 10.
A montagem do problema fica na forma:

O valor de K proporciona a solução pois: A = K.c/p e B = K.d/q.

Exemplos:
1) Para decompor o número 58 em duas partes A e B direta- A solução é A = K.p1/q1 = 50/69, B = K.p2/q2 = 250/69 e C = K.p3/
mente proporcionais a 2 e 3, e, inversamente proporcionais a 5 e 7, q3 = 40/69
deve-se montar as proporções:
Problemas envolvendo Divisão Proporcional
1) As famílias de duas irmãs, Alda e Berta, vivem na mesma casa
e a divisão de despesas mensais é proporcional ao número de pes-
soas de cada família. Na família de Alda são três pessoas e na de
Berta, cinco. Se a despesa, num certo mês foi de R$ 1.280,00, quan-
Assim A = K.c/p = (2/5).70 = 28 e B = K.d/q = (3/7).70 = 30 to pagou, em reais, a família de Alda?
A) 320,00
2) Para obter números A e B diretamente proporcionais a 4 e 3 B) 410,00
e inversamente proporcionais a 6 e 8, sabendo-se que a diferença C) 450,00
entre eles é 21. Para resolver este problema basta escrever que A – D) 480,00
B = 21 resolver as proporções: E) 520,00

Resolução:
Alda: A = 3 pessoas
Berta: B = 5 pessoas
Assim A = K.c/p = (4/6).72 = 48 e B = K.d/q = (3/8).72 = 27 A + B = 1280

Divisão em n partes direta e inversamente proporcionais


Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn direta-
mente proporcionais a p1, p2, ..., pn e inversamente proporcionais a A = K.p = 160.3 = 480
q1, q2, ..., qn, basta decompor este número M em n partes x1, x2, ..., Resposta D
xn diretamente proporcionais a p1/q1, p2/q2, ..., pn/qn.
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas exige 2) Dois ajudantes foram incumbidos de auxiliar no transporte
que x1 + x2 + ... + xn = M e além disso de 21 caixas que continham equipamentos elétricos. Para executar
essa tarefa, eles dividiram o total de caixas entre si, na razão inversa
de suas respectivas idades. Se ao mais jovem, que tinha 24 anos,
coube transportar 12 caixas, então, a idade do ajudante mais velho,
em anos era?
A solução segue das propriedades das proporções: A) 32
B) 34
C) 35
D) 36
E) 38

Exemplos: Resolução:
1) Para decompor o número 115 em três partes A, B e C direta- v = idade do mais velho
mente proporcionais a 1, 2 e 3 e inversamente proporcionais a 4, 5 Temos que a quantidade de caixas carregadas pelo mais novo:
e 6, deve-se montar um sistema com 3 equações e 3 incógnitas de Qn = 12
forma de A + B + C = 115 e tal que: Pela regra geral da divisão temos:
Qn = k.1/24 → 12 = k/24 → k = 288
A quantidade de caixas carregadas pelo mais velho é: 21 – 12 = 9

63
RACIOCÍNIO LÓGICO

Pela regra geral da divisão temos: B, e que existem mais cinco opções da cidade B para Roma, qual a
Qv = k.1/v → 9 = 288/v → v = 32 anos quantidade de caminhos que se pode tomar para ir de A até Roma,
Resposta A passando necessariamente por B?
(A) Oito.
3) Em uma seção há duas funcionárias, uma com 20 anos de (B) Dez.
idade e a outra com 30. Um total de 150 processos foi dividido entre (C) Quinze.
elas, em quantidades inversamente proporcionais às suas respecti- (D) Dezesseis.
vas idades. Qual o número de processos recebido pela mais jovem? (E) Vinte.
A) 90
B) 80 Resolução:
C) 60 Observe que temos uma sucessão de escolhas:
D) 50 Primeiro, de A para B e depois de B para Roma.
E) 30 1ª possibilidade: 3 (A para B).
Obs.: o número 3 representa a quantidade de escolhas para a
Estamos trabalhando aqui com divisão em duas partes inversa- primeira opção.
mente proporcionais, para a resolução da mesma temos que:
2ª possibilidade: 5 (B para Roma).
Temos duas possibilidades: A para B depois B para Roma, logo,
uma sucessão de escolhas.
Resultado: 3 . 5 = 15 possibilidades.
Resposta: C.
O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = K/q.
(PREF. CHAPECÓ/SC – ENGENHEIRO DE TRÂNSITO – IOBV) Em
Vamos chamar as funcionárias de p e q respectivamente:
um restaurante os clientes têm a sua disposição, 6 tipos de carnes,
p = 20 anos (funcionária de menor idade)
4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5 tipos de sucos. Se o
q = 30 anos
cliente quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de cereal, 1 tipo de sobre-
Como será dividido os processos entre as duas, logo cada uma
mesa e 1 tipo de suco, então o número de opções diferentes com
ficará com A e B partes que totalizam 150:
que ele poderia fazer o seu pedido, é:
A + B = 150 processos
(A) 19
(B) 480
(C) 420
(D) 90

Resolução:
A questão trata-se de princípio fundamental da contagem,
logo vamos enumerar todas as possibilidades de fazermos o pedi-
A = k/p → A = 1800 / 20 → A = 90 processos. do:
6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras.
Resposta: B.
ANÁLISE COMBINATÓRIA.
Fatorial
Sendo n um número natural, chama-se de n! (lê-se: n fatorial)
A Análise Combinatória é a parte da Matemática que de-
a expressão:
senvolve meios para trabalharmos com problemas de contagem.
n! = n (n - 1) (n - 2) (n - 3). ... .2 . 1, como n ≥ 2.
Vejamos eles:
Exemplos:
Princípio fundamental de contagem (PFC)
5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120.
É o total de possibilidades de o evento ocorrer.
7! = 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 5.040.
• Princípio multiplicativo: P1. P2. P3. ... .Pn.(regra do “e”). É
um princípio utilizado em sucessão de escolha, como ordem. ATENÇÃO
• Princípio aditivo: P1 + P2 + P3 + ... + Pn. (regra do “ou”). É o 0! = 1
princípio utilizado quando podemos escolher uma coisa ou outra.
1! = 1
Exemplos: Tenha cuidado 2! = 2, pois 2 . 1 = 2. E 3!
(BNB) Apesar de todos os caminhos levarem a Roma, eles pas- Não é igual a 3, pois 3 . 2 . 1 = 6.
sam por diversos lugares antes. Considerando-se que existem três
caminhos a seguir quando se deseja ir da cidade A para a cidade

64
RACIOCÍNIO LÓGICO

Arranjo simples • Sem repetição


Arranjo simples de n elementos tomados p a p, onde n>=1 e p
é um número natural, é qualquer ordenação de p elementos den-
tre os n elementos, em que cada maneira de tomar os elementos
se diferenciam pela ordem e natureza dos elementos.
Atenção: Todas as questões de permutação simples podem ser
resolvidas pelo princípio fundamental de contagem (PFC).
Atenção: Observe que no grupo dos elementos: {1,2,3} um dos
arranjos formados, com três elementos, 123 é DIFERENTE de 321, e
Exemplo:
assim sucessivamente.
(PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR SOCIAL –
IDECAN) Renato é mais velho que Jorge de forma que a razão en-
• Sem repetição
tre o número de anagramas de seus nomes representa a diferença
A fórmula para cálculo de arranjo simples é dada por:
entre suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28.
Onde: Resolução:
n = Quantidade total de elementos no conjunto. Anagramas de RENATO
P =Quantidade de elementos por arranjo ______
6.5.4.3.2.1=720
Exemplo: Uma escola possui 18 professores. Entre eles, serão
escolhidos: um diretor, um vice-diretor e um coordenador pedagó- Anagramas de JORGE
gico. Quantas as possibilidades de escolha? _____
n = 18 (professores) 5.4.3.2.1=120
p = 3 (cargos de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógico)
Razão dos anagramas: 720/120=6
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos.
Resposta: C.

• Com repetição • Com repetição


Os elementos que compõem o conjunto podem aparecer re- Na permutação com elementos repetidos ocorrem permuta-
petidos em um agrupamento, ou seja, ocorre a repetição de um ções que não mudam o elemento, pois existe troca de elementos
mesmo elemento em um agrupamento. iguais. Por isso, o uso da fórmula é fundamental.
A fórmula geral para o arranjo com repetição é representada
por:

Exemplo: Seja P um conjunto com elementos: P = {A,B,C,D}, Exemplo:


tomando os agrupamentos de dois em dois, considerando o ar- (CESPE) Considere que um decorador deva usar 7 faixas colo-
ranjo com repetição quantos agrupamentos podemos obter em ridas de dimensões iguais, pendurando-as verticalmente na vitrine
relação ao conjunto P. de uma loja para produzir diversas formas. Nessa situação, se 3
Resolução: faixas são verdes e indistinguíveis, 3 faixas são amarelas e indistin-
P = {A, B, C, D} guíveis e 1 faixa é branca, esse decorador conseguirá produzir, no
n=4 máximo, 140 formas diferentes com essas faixas.
p=2 ( ) Certo
A(n,p)=np ( ) Errado
A(4,2)=42=16
Resolução:
Permutação Total: 7 faixas, sendo 3 verdes e 3 amarelas.
É a TROCA DE POSIÇÃO de elementos de uma sequência.
Utilizamos todos os elementos.

Resposta: Certo.

65
RACIOCÍNIO LÓGICO

• Circular
A permutação circular é formada por pessoas em um formato circular. A fórmula é necessária, pois existem algumas permutações
realizadas que são iguais. Usamos sempre quando:
a) Pessoas estão em um formato circular.
b) Pessoas estão sentadas em uma mesa quadrada (retangular) de 4 lugares.

Exemplo:
(CESPE) Uma mesa circular tem seus 6 lugares, que serão ocupados pelos 6 participantes de uma reunião. Nessa situação, o número
de formas diferentes para se ocupar esses lugares com os participantes da reunião é superior a 102.
( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
É um caso clássico de permutação circular.
Pc = (6 - 1) ! = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 possibilidades.
Resposta: CERTO.

Combinação
Combinação é uma escolha de um grupo, SEM LEVAR EM CONSIDERAÇÃO a ordem dos elementos envolvidos.

• Sem repetição
Dados n elementos distintos, chama-se de combinação simples desses n elementos, tomados p a p, a qualquer agrupamento de p
elementos distintos, escolhidos entre os n elementos dados e que diferem entre si pela natureza de seus elementos.

Fórmula:

Exemplo:
(CRQ 2ª REGIÃO/MG – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FUNDEP) Com 12 fiscais, deve-se fazer um grupo de trabalho com 3 deles. Como
esse grupo deverá ter um coordenador, que pode ser qualquer um deles, o número de maneiras distintas possíveis de se fazer esse grupo é:
(A) 4
(B) 660
(C) 1 320
(D) 3 960

Resolução:
Como trata-se de Combinação, usamos a fórmula:

Onde n = 12 e p = 3

Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo tem 3 pessoas, logo temos 220 x 3 = 660.
Resposta: B.

66
RACIOCÍNIO LÓGICO

As questões que envolvem combinação estão relacionadas a duas coisas:


– Escolha de um grupo ou comissões.
– Escolha de grupo de elementos, sem ordem, ou seja, escolha de grupo de pessoas, coisas, objetos ou frutas.

• Com repetição
É uma escolha de grupos, sem ordem, porém, podemos repetir elementos na hora de escolher.

Exemplo:
Em uma combinação com repetição classe 2 do conjunto {a, b, c}, quantas combinações obtemos?
Utilizando a fórmula da combinação com repetição, verificamos o mesmo resultado sem necessidade de enumerar todas as possibi-
lidades:
n=3ep=2

APLICAÇÕES DO PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM E DO PRINCÍPIO DA CASA DE POMBOS.

Temos dois princípios de contagem: o aditivo e o multiplicativo. Vejamos

Princípio aditivo
Se existem m1 possibilidades de ocorrer um evento E1, m2 possibilidades de ocorrer um evento E2 e m3 para ocorrer o evento E3, o
número total de possibilidades de ocorrer o evento E1 ou o evento E2 ou o evento E3, será de m1+m2+m3.
O conectivo que caracteriza a aplicação do princípio aditivo é o “OU”, que está associado a união de conjuntos.

Exemplo:
(CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/MT – OFICIAL BOMBEIRO MILITAR – COVEST – UNEMAT) A maioria das pizzarias disponibilizam
uma grande variedade de sabores aos seus clientes. A pizzaria “Vários Sabores” disponibiliza dez sabores diferentes. No entanto, as piz-
zas pequenas podem ser feitas somente com um sabor; as médias, com até dois sabores, e as grandes podem ser montadas com até três
sabores diferentes.
Imagine que um cliente peça uma pizza grande.
De quantas maneiras diferentes a pizza pode ser montada no que diz respeito aos sabores?
(A) 10
(B) 720
(C) 100
(D) 820
(E) 730

Resolução:
As pizzas grandes podem ser montadas com ATÉ 3 sabores:
* 1 sabor: 10 maneiras
* 2 sabores: 10 . 9 = 90 maneiras
* 3 sabores: 10 . 9 . 8 = 720 maneiras

Como as pizzas podem ter 1 OU 2 OU 3 sabores, basta SOMAR cada uma das possibilidades, temos: 10 + 90 + 720 = 820 maneiras.
Resposta: D

Princípio multiplicativo ou fundamental da contagem (PFC)


Constitui a ferramenta básica para resolver problemas de contagem sem que seja necessário enumerar seus elementos, através das
possibilidades dadas. Podemos dizer que, um evento B pode ser feito de n maneiras, então, existem m • n maneiras de fazer e executar o
evento B.

67
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo: Probabilidade
(CÂMARA DE CHAPECÓ/SC – ASSISTENTE DE LEGISLAÇÃO E Considere um experimento aleatório de espaço amostral E com
ADMINISTRAÇÃO – OBJETIVA) Quantos são os gabaritos possíveis n(E) amostras equiprováveis. Seja A um evento com n(A) amostras.
para uma prova com 6 questões, sendo que cada questão possui 4
alternativas, e apenas uma delas é a alternativa correta?
(A) 1.296
(B) 3.474
(C) 2.348
(D) 4.096 Eventos complementares
Seja E um espaço amostral finito e não vazio, e seja A um even-
Resolução: to de E. Chama-se complementar de A, e indica-se por , o evento
formado por todos os elementos de E que não pertencem a A.
4 . 4 . 4 . 4 . 4 . 4 = 4096

Resposta: D

NOÇÕES DE PROBABILIDADES: DEFINIÇÕES, PROPRIE-


DADES E PROBLEMAS.

Experimento Aleatório
Qualquer experiência ou ensaio cujo resultado é imprevisível,
por depender exclusivamente do acaso, por exemplo, o lançamento
NOTE QUE
de um dado.

Espaço Amostral
Num experimento aleatório, o conjunto de todos os resultados
possíveis é chamado espaço amostral, que se indica por E. Exemplo
No lançamento de um dado, observando a face voltada para UMA BOLA É RETIRADA DE UMA URNA QUE CONTÉM BOLAS
cima, tem-se: COLORIDAS. SABE-SE QUE A PROBABILIDADE DE TER SIDO
E={1,2,3,4,5,6} RETIRADA UMA BOLA VERMELHA É .CALCULAR A PROBA-
BILIDADE DE TER SIDO RETIRADA UMA BOLA QUE NÃO SEJA
No lançamento de uma moeda, observando a face voltada para VERMELHA.
cima:
E={Ca,Co} Solução
Evento
É qualquer subconjunto de um espaço amostral.
No lançamento de um dado, vimos que São complementares.
E={1,2,3,4,5,6}

Esperando ocorrer o número 5, tem-se o evento {5}: Ocorrer


um número par, tem-se {2,4,6}. Adição de probabilidades
Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral E, finito e não
Exemplo vazio. Tem-se:
Considere o seguinte experimento: registrar as faces voltadas
para cima em três lançamentos de uma moeda.

a) Quantos elementos tem o espaço amostral?


Exemplo
b) Descreva o espaço amostral.
No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de se obter
um número par ou menor que 5, na face superior?
Solução
a) O espaço amostral tem 8 elementos, pois cada lançamento,
Solução
há duas possibilidades.
E={1,2,3,4,5,6} n(E)=6
2x2x2=8
Sejam os eventos
A={2,4,6} n(A)=3
b)
B={1,2,3,4} n(B)=4
E={(C,C,C), (C,C,R),(C,R,C),(R,C,C),(R,R,C),(R,C,R),(C,R,R),(R,R,R)}

68
RACIOCÍNIO LÓGICO

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Probabilidade Condicional
É a probabilidade de ocorrer o evento A dado que ocorreu o ______________________________________________________
evento B, definido por:
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______________________________________________________
E={1,2,3,4,5,6}, n(E)=6
B={2,4,6} n(B)=3 ______________________________________________________
A={2} ______________________________________________________

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Eventos Simultâneos
Considerando dois eventos, A e B, de um mesmo espaço amos- ______________________________________________________
tral, a probabilidade de ocorrer A e B é dada por:
______________________________________________________

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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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RACIOCÍNIO LÓGICO

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70
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tipos:
HARDWARE E SOFTWARE.
PERIFÉRICOS
Utilizados para a entrada de dados;
Hardware DE ENTRADA
Hardware refere-se a parte física do computador, isto é, são os PERIFÉRICOS
dispositivos eletrônicos que necessitamos para usarmos o compu- Utilizados para saída/visualização de dados
DE SAÍDA
tador. Exemplos de hardware são: CPU, teclado, mouse, disco rígi-
do, monitor, scanner, etc. • Periféricos de entrada mais comuns.
– O teclado é o dispositivo de entrada mais popular e é um item
Software essencial. Hoje em dia temos vários tipos de teclados ergonômicos
Software, na verdade, são os programas usados para fazer ta- para ajudar na digitação e evitar problemas de saúde muscular;
refas e para fazer o hardware funcionar. As instruções de software – Na mesma categoria temos o scanner, que digitaliza dados
são programadas em uma linguagem de computador, traduzidas para uso no computador;
em linguagem de máquina e executadas por computador. – O mouse também é um dispositivo importante, pois com ele
O software pode ser categorizado em dois tipos: podemos apontar para um item desejado, facilitando o uso do com-
– Software de sistema operacional putador.
– Software de aplicativos em geral
• Periféricos de saída populares mais comuns
• Software de sistema operacional – Monitores, que mostra dados e informações ao usuário;
O software de sistema é o responsável pelo funcionamento do – Impressoras, que permite a impressão de dados para mate-
computador, é a plataforma de execução do usuário. Exemplos de rial físico;
software do sistema incluem sistemas operacionais como Windo- – Alto-falantes, que permitem a saída de áudio do computador;
ws, Linux, Unix , Solaris etc. – Fones de ouvido.
• Software de aplicação Sistema Operacional
O software de aplicação é aquele utilizado pelos usuários para O software de sistema operacional é o responsável pelo funcio-
execução de tarefas específicas. Exemplos de software de aplicati- namento do computador. É a plataforma de execução do usuário.
vos incluem Microsoft Word, Excel, PowerPoint, Access, etc. Exemplos de software do sistema incluem sistemas operacionais
como Windows, Linux, Unix , Solaris etc.
Para não esquecer:
• Aplicativos e Ferramentas
HARDWARE É a parte física do computador São softwares utilizados pelos usuários para execução de tare-
São os programas no computador (de fun- fas específicas. Exemplos: Microsoft Word, Excel, PowerPoint, Ac-
SOFTWARE cess, além de ferramentas construídas para fins específicos.
cionamento e tarefas)

Periféricos SISTEMAS OPERACIONAIS E REDES DE


Periféricos são os dispositivos externos para serem utilizados COMPUTADORES: CONCEITOS.
no computador, ou mesmo para aprimora-lo nas suas funcionali-
dades. Os dispositivos podem ser essenciais, como o teclado, ou
aqueles que podem melhorar a experiencia do usuário e até mesmo Tipos de rede de computadores
melhorar o desempenho do computador, tais como design, qualida- • LAN: Rele Local, abrange somente um perímetro definido.
de de som, alto falantes, etc. Exemplos: casa, escritório, etc.

71
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Navegação e navegadores da Internet

• Internet
É conhecida como a rede das redes. A internet é uma coleção
global de computadores, celulares e outros dispositivos que se co-
municam.

• Procedimentos de Internet e intranet


Através desta conexão, usuários podem ter acesso a diversas
informações, para trabalho, laser, bem como para trocar mensa-
gens, compartilhar dados, programas, baixar documentos (down-
load), etc.

• MAN: Rede Metropolitana, abrange uma cidade, por exem-


plo.

• Sites
Uma coleção de páginas associadas a um endereço www. é
chamada web site. Através de navegadores, conseguimos acessar
web sites para operações diversas.

• Links
O link nada mais é que uma referência a um documento, onde
o usuário pode clicar. No caso da internet, o Link geralmente aponta
• WAN: É uma rede com grande abrangência física, maior que para uma determinada página, pode apontar para um documento
a MAN, Estado, País; podemos citar até a INTERNET para entender- qualquer para se fazer o download ou simplesmente abrir.
mos o conceito.
Dentro deste contexto vamos relatar funcionalidades de alguns
dos principais navegadores de internet: Microsoft Internet Explorer,
Mozilla Firefox e Google Chrome.

Internet Explorer 11

• Identificar o ambiente

72
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Internet Explorer é um navegador desenvolvido pela Microsoft, no qual podemos acessar sites variados. É um navegador simplifi-
cado com muitos recursos novos.
Dentro deste ambiente temos:
– Funções de controle de privacidade: Trata-se de funções que protegem e controlam seus dados pessoais coletados por sites;
– Barra de pesquisas: Esta barra permite que digitemos um endereço do site desejado. Na figura temos como exemplo: https://www.
gov.br/pt-br/
– Guias de navegação: São guias separadas por sites aberto. No exemplo temos duas guias sendo que a do site https://www.gov.br/
pt-br/ está aberta.
– Favoritos: São pastas onde guardamos nossos sites favoritos
– Ferramentas: Permitem realizar diversas funções tais como: imprimir, acessar o histórico de navegação, configurações, dentre ou-
tras.

Desta forma o Internet Explorer 11, torna a navegação da internet muito mais agradável, com textos, elementos gráficos e vídeos que
possibilitam ricas experiências para os usuários.

• Características e componentes da janela principal do Internet Explorer

À primeira vista notamos uma grande área disponível para visualização, além de percebemos que a barra de ferramentas fica automa-
ticamente desativada, possibilitando uma maior área de exibição.

Vamos destacar alguns pontos segundo as indicações da figura:


1. Voltar/Avançar página
Como o próprio nome diz, clicando neste botão voltamos página visitada anteriormente;

2. Barra de Endereços
Esta é a área principal, onde digitamos o endereço da página procurada;

3. Ícones para manipulação do endereço da URL


Estes ícones são pesquisar, atualizar ou fechar, dependendo da situação pode aparecer fechar ou atualizar.

4. Abas de Conteúdo
São mostradas as abas das páginas carregadas.

5. Página Inicial, favoritos, ferramentas, comentários

6. Adicionar à barra de favoritos

73
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Mozila Firefox Google Chrome

Vamos falar agora do funcionamento geral do Firefox, objeto


de nosso estudo: O Chrome é o navegador mais popular atualmente e disponi-
biliza inúmeras funções que, por serem ótimas, foram implementa-
das por concorrentes.
Vejamos:

• Sobre as abas
No Chrome temos o conceito de abas que são conhecidas tam-
bém como guias. No exemplo abaixo temos uma aba aberta, se qui-
sermos abrir outra para digitar ou localizar outro site, temos o sinal
(+).
Vejamos de acordo com os símbolos da imagem: A barra de endereços é o local em que se digita o link da página
visitada. Uma outra função desta barra é a de busca, sendo que ao
digitar palavras-chave na barra, o mecanismo de busca do Google é
1 Botão Voltar uma página acionado e exibe os resultados.

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Voltar para a página inicial do Firefox

5 Barra de Endereços

6 Ver históricos e favoritos

Mostra um painel sobre os favoritos (Barra,


7
Menu e outros)
Sincronização com a conta FireFox (Vamos
8
detalhar adiante) Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:
Mostra menu de contexto com várias op-
9
ções
1 Botão Voltar uma página
– Sincronização Firefox: Ato de guardar seus dados pessoais na
2 Botão avançar uma página
internet, ficando assim disponíveis em qualquer lugar. Seus dados
como: Favoritos, históricos, Endereços, senhas armazenadas, etc.,
sempre estarão disponíveis em qualquer lugar, basta estar logado 3 Botão atualizar a página
com o seu e-mail de cadastro. E lembre-se: ao utilizar um computa-
dor público sempre desative a sincronização para manter seus da- 4 Barra de Endereço.
dos seguros após o uso.
5 Adicionar Favoritos

6 Usuário Atual
Exibe um menu de contexto que iremos relatar
7
seguir.

74
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O que vimos até aqui, são opções que já estamos acostuma- • Pesquisar palavras
dos ao navegar na Internet, mesmo estando no Ubuntu, percebe- Muitas vezes ao acessar um determinado site, estamos em
mos que o Chrome é o mesmo navegador, apenas está instalado busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso, utilizamos
em outro sistema operacional. Como o Chrome é o mais comum o atalho do teclado Ctrl + F para abrir uma caixa de texto na qual
atualmente, a seguir conferimos um pouco mais sobre suas funcio- podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado.
nalidades.
• Salvando Textos e Imagens da Internet
• Favoritos Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão
No Chrome é possível adicionar sites aos favoritos. Para adi- direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.
cionar uma página aos favoritos, clique na estrela que fica à direita
da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido, e • Downloads
pronto. Fazer um download é quando se copia um arquivo de algum
Por padrão, o Chrome salva seus sites favoritos na Barra de Fa- site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.). Nes-
voritos, mas você pode criar pastas para organizar melhor sua lista. te caso, o Chrome possui um item no menu, onde podemos ver o
Para removê-lo, basta clicar em excluir. progresso e os downloads concluídos.

• Histórico
O Histórico no Chrome funciona de maneira semelhante ao
Firefox. Ele armazena os endereços dos sites visitados e, para aces-
sá-lo, podemos clicar em Histórico no menu, ou utilizar atalho do
teclado Ctrl + H. Neste caso o histórico irá abrir em uma nova aba, • Sincronização
onde podemos pesquisá-lo por parte do nome do site ou mesmo Uma nota importante sobre este tema: A sincronização é im-
dia a dia se preferir. portante para manter atualizadas nossas operações, desta forma,
se por algum motivo trocarmos de computador, nossos dados esta-
rão disponíveis na sua conta Google.
Por exemplo:
– Favoritos, histórico, senhas e outras configurações estarão
disponíveis.
– Informações do seu perfil são salvas na sua Conta do Google.

No canto superior direito, onde está a imagem com a foto do


usuário, podemos clicar no 1º item abaixo para ativar e desativar.

75
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Safari

O Safari é o navegador da Apple, e disponibiliza inúmeras funções implementadas.


Vejamos:

• Guias

– Para abrirmos outras guias podemos simplesmente teclar CTRL + T ou

Vejamos os comandos principais de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Barra de Endereço.

5 Adicionar Favoritos

6 Ajustes Gerais

7 Menus para a página atual.

8 Lista de Leitura

76
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Perceba que o Safari, como os outros, oferece ferramentas bas- • Pesquisar palavras
tante comuns. Muitas vezes, ao acessar um determinado site, estamos em
Vejamos algumas de suas funcionalidades: busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso utilizamos o
atalho do teclado Ctrl + F, para abrir uma caixa de texto na qual po-
• Lista de Leitura e Favoritos demos digitar parte do que procuramos, e será localizado.
No Safari é possível adicionar sites à lista de leitura para pos-
terior consulta, ou aos favoritos, caso deseje salvar seus endere- • Salvando Textos e Imagens da Internet
ços. Para adicionar uma página, clique no “+” a que fica à esquerda Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão
da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido e direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.
pronto.
Por padrão, o Safari salva seus sites na lista de leitura, mas você • Downloads
pode criar pastas para organizar melhor seus favoritos. Para remo- Fazer um download é quando se copia um arquivo de um al-
vê-lo, basta clicar em excluir. gum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.).
Neste caso, o Safari possui um item no menu onde podemos ver o
progresso e os downloads concluídos.

Correio Eletrônico
• Histórico e Favoritos O correio eletrônico, também conhecido como e-mail, é um
serviço utilizado para envio e recebimento de mensagens de texto
e outras funções adicionais como anexos junto com a mensagem.
Para envio de mensagens externas o usuário deverá estar co-
nectado a internet, caso contrário ele ficará limitado a sua rede lo-
cal.
Abaixo vamos relatar algumas características básicas sobre o
e-mail
– Nome do Usuário: é o nome de login escolhido pelo usuário
na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso este é
nome do usuário;
– @ : Símbolo padronizado para uso em correios eletrônicos;
– Nome do domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria
das vezes, a empresa;

Vejamos um exemplo: joaodasilva@gmail.com.br / @hotmail.


com.br / @editora.com.br

77
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

– Caixa de Entrada: Onde ficam armazenadas as mensagens – Verificar com cuidado os destinatários para o envio correto
recebidas; de e-mails, evitando assim problemas de envios equivocados.
– Caixa de Saída: Onde ficam armazenadas as mensagens ainda
não enviadas; • Anexação de arquivos
– E-mails Enviados: Como o próprio nome diz, é onde ficam os
e-mails que foram enviados;
– Rascunho: Guarda as mensagens que você ainda não termi-
nou de redigir;
– Lixeira: Armazena as mensagens excluídas.

Ao escrever mensagens, temos os seguintes campos:


– Para: é o campo onde será inserido o endereço do destinatá-
rio do e-mail;
– CC: este campo é usado para mandar cópias da mesma men-
sagem. Ao usar esse campo os endereços aparecerão para todos os
destinatários envolvidos;
– CCO: sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior, no
entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos da Uma função adicional quando criamos mensagens é de ane-
mensagem; xar um documento à mensagem, enviando assim juntamente com
– Assunto: campo destinado ao assunto da mensagem; o texto.

– Anexos: são dados que são anexados à mensagem (imagens, • Boas práticas para anexar arquivos à mensagem
programas, música, textos e outros); – E-mails tem limites de tamanho, não podemos enviar coisas
– Corpo da Mensagem: espaço onde será escrita a mensagem. que excedem o tamanho, estas mensagens irão retornar;
– Deveremos evitar arquivos grandes pois além do limite do
• Uso do correio eletrônico e-mail, estes demoram em excesso para serem carregados.
– Inicialmente o usuário deverá ter uma conta de e-mail; Computação de nuvem (Cloud Computing)
– Esta conta poderá ser fornecida pela empresa ou criada atra-
vés de sites que fornecem o serviço. As diretrizes gerais sobre a cria- • Conceito de Nuvem (Cloud)
ção de contas estão no tópico acima;
– Uma vez criada a conta, o usuário poderá utilizar um cliente
de e-mail na internet ou um gerenciador de e-mail disponível;
– Atualmente existem vários gerenciadores disponíveis no
mercado, tais como: Microsoft Outlook, Mozila Thunderbird, Opera
Mail, Gmail, etc.;
– O Microsoft outlook é talvez o mais conhecido gerenciador
de e-mail, dentro deste contexto vamos usá-lo como exemplo nos
tópicos adiante, lembrando que todos funcionam de formas bas-
tante parecidas.

• Preparo e envio de mensagens A “Nuvem”, também referenciada como “Cloud”, são os servi-
ços distribuídos pela INTERNET que atendem as mais variadas de-
mandas de usuários e empresas.

• Boas práticas para criação de mensagens


– Uma mensagem deverá ter um assunto. É possível enviar
mensagem sem o Assunto, porém não é o adequado;
– A mensagem deverá ser clara, evite mensagens grandes ao
extremo dando muitas voltas;

78
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A internet é a base da computação em nuvem, os servidores


remotos detêm os aplicativos e serviços para distribuí-los aos usuá- MS-WINDOWS 7/8/10/11 (PORTUGUÊS), CONCEITOS,
rios e às empresas. PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS E ATALHOS;
A computação em nuvem permite que os consumidores alu- ÁREA DE TRABALHO, ÁREA DE TRANSFERÊNCIA;
guem uma infraestrutura física de um data center (provedor de ser- MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS; USO DOS
viços em nuvem). Com acesso à Internet, os usuários e as empresas MENUS, PROGRAMAS E APLICATIVOS;
usam aplicativos e a infraestrutura alugada para acessarem seus
arquivos, aplicações, etc., a partir de qualquer computador conec- Windows 7
tado no mundo.
Desta forma todos os dados e aplicações estão localizadas em
um local chamado Data Center dentro do provedor.
A computação em nuvem tem inúmeros produtos, e esses pro-
dutos são subdivididos de acordo com todos os serviços em nuvem,
mas os principais aplicativos da computação em nuvem estão nas
áreas de: Negócios, Indústria, Saúde, Educação, Bancos, Empresas
de TI, Telecomunicações.

• Armazenamento de dados da nuvem (Cloud Storage)

Conceito de pastas e diretórios


Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pas-
A ideia de armazenamento na nuvem ( Cloud Storage ) é sim- ta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armaze-
ples. É, basicamente, a gravação de dados na Internet. nar e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos
Este envio de dados pode ser manual ou automático, e uma vez de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos).
que os dados estão armazenados na nuvem, eles podem ser aces- Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o
sados em qualquer lugar do mundo por você ou por outras pessoas nome do usuário onde são armazenados dados pessoais.
que tiverem acesso. Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas.
São exemplos de Cloud Storage: DropBox, Google Drive, One-
Drive.
As informações são mantidas em grandes Data Centers das
empresas que hospedam e são supervisionadas por técnicos res-
ponsáveis por seu funcionamento. Estes Data Centers oferecem
relatórios, gráficos e outras formas para seus clientes gerenciarem
seus dados e recursos, podendo modificar conforme a necessidade.
O armazenamento em nuvem tem as mesmas características
que a computação em nuvem que vimos anteriormente, em termos
de praticidade, agilidade, escalabilidade e flexibilidade.
Além dos exemplos citados acima, grandes empresas, tais
como a IBM, Amazon, Microsoft e Google possuem serviços de nu-
vem que podem ser contratados.

79
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No caso da figura acima, temos quatro pastas e quatro arqui- Área de trabalho do Windows 7
vos.

Arquivos e atalhos
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização,
vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado.
Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determina-
da pasta ou arquivo propriamente dito.

Área de transferência
A área de transferência é muito importante e funciona em se-
gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários
tipos de itens, tais como arquivos, informações etc.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”,
estamos copiando dados para esta área intermediária.

– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”,


estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na
área de transferência.

Manipulação de arquivos e pastas


A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e
pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos
executar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pas-
tas, criar atalhos etc.

80
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Uso dos menus

Ferramentas do sistema
• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o pró-
prio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente
confirmar sua exclusão.

Programas e aplicativos
• Media Player
• Media Center
• Limpeza de disco
• Desfragmentador de disco
• Os jogos do Windows.
• Ferramenta de captura
• Backup e Restore

Interação com o conjunto de aplicativos


Vamos separar esta interação do usuário por categoria para en-
tendermos melhor as funções categorizadas.

Facilidades

O Windows possui um recurso muito interessante que é o Cap-


turador de Tela , simplesmente podemos, com o mouse, recortar a
parte desejada e colar em outro lugar.

Música e Vídeo
Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas
e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma excelente expe-
riência de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas
de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar CDs, criar
playlists e etc., isso também é válido para o media center.

81
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• O desfragmentador de disco é uma ferramenta muito impor- Conceito de pastas e diretórios


tante, pois conforme vamos utilizando o computador os arquivos Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pas-
ficam internamente desorganizados, isto faz que o computador fi- ta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armaze-
que lento. Utilizando o desfragmentador o Windows se reorganiza nar e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos
internamente tornando o computador mais rápido e fazendo com de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos).
que o Windows acesse os arquivos com maior rapidez. Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o
nome do usuário onde são armazenados dados pessoais.
Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas.

• O recurso de backup e restauração do Windows é muito im-


portante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mes- No caso da figura acima temos quatro pastas e quatro arquivos.
mo escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma có-
pia de segurança. Arquivos e atalhos
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização,
vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado.
Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determina-
da pasta ou arquivo propriamente dito.

Windows 8

82
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Uso dos menus

Área de trabalho do Windows 8

Programas e aplicativos

Área de transferência
A área de transferência é muito importante e funciona em se-
gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários
tipos de itens, tais como arquivos, informações etc.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”,
estamos copiando dados para esta área intermediária.
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”,
estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na
área de transferência. Interação com o conjunto de aplicativos
Vamos separar esta interação do usuário por categoria para en-
Manipulação de arquivos e pastas tendermos melhor as funções categorizadas.
A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e
pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos Facilidades
executar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pas-
tas, criar atalhos etc.

O Windows possui um recurso muito interessante que é o Cap-


turador de Tela, simplesmente podemos, com o mouse, recortar a
parte desejada e colar em outro lugar.

Música e Vídeo
Temos o Media Player como player nativo para ouvir músicas
e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma excelente expe-
riência de entretenimento, nele pode-se administrar bibliotecas
de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar CDs, criar
playlists e etc., isso também é válido para o media center.

83
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Windows 10

Conceito de pastas e diretórios


Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pas-
ta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armaze-
nar e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos
de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos).
Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o
nome do usuário onde são armazenados dados pessoais.
Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas.

Jogos
Temos também jogos anexados ao Windows 8.

No caso da figura acima temos quatro pastas e quatro arquivos.

Arquivos e atalhos
Transferência Como vimos anteriormente: pastas servem para organização,
O recurso de transferência fácil do Windows 8 é muito impor- vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
tante, pois pode ajudar na escolha de seus arquivos para serem sal- • Arquivo é um item único que contém um determinado dado.
vos, tendo assim uma cópia de segurança. Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determina-
da pasta ou arquivo propriamente dito.

A lista de aplicativos é bem intuitiva, talvez somente o Skydrive


mereça uma definição:
• Skydrive é o armazenamento em nuvem da Microsoft, hoje
portanto a Microsoft usa o termo OneDrive para referenciar o ar-
mazenamento na nuvem (As informações podem ficar gravadas na
internet).

84
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Área de trabalho Uso dos menus

Área de transferência
A área de transferência é muito importante e funciona em se-
gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários Programas e aplicativos e interação com o usuário
tipos de itens, tais como arquivos, informações etc. Vamos separar esta interação do usuário por categoria para en-
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”, tendermos melhor as funções categorizadas.
estamos copiando dados para esta área intermediária. – Música e Vídeo: Temos o Media Player como player nativo
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”, para ouvir músicas e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma
estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na excelente experiência de entretenimento, nele pode-se administrar
área de transferência. bibliotecas de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar
CDs, criar playlists e etc., isso também é válido para o media center.
Manipulação de arquivos e pastas
A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e
pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos
executar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pas-
tas, criar atalhos etc.

– Ferramentas do sistema
• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o pró-
prio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente
confirmar sua exclusão.

• O desfragmentador de disco é uma ferramenta muito impor-


tante, pois conforme vamos utilizando o computador os arquivos
ficam internamente desorganizados, isto faz que o computador fi-

85
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

que lento. Utilizando o desfragmentador o Windows se reorganiza Windows 11


internamente tornando o computador mais rápido e fazendo com O Windows 11 foi desenvolvido pela Microsoft e anunciado em
que o Windows acesse os arquivos com maior rapidez. 24 de junho de 2021, tendo sido lançado em foi em 5 de outubro
de 2021.
Nele temos novos recursos e novas tecnologias e uma atuali-
zação gratuita para usuários que já possuem o Windows 10 devida-
mente registrado.

Mudanças Visuais
— Nova barra de tarefas centralizada, é possível descentralizar
esta barra se desejado;
— As janelas são arredondadas;
— Restruturação do menu iniciar;
— O Windows 11 possui vários Widgets (tipo de atalho para
um determinado aplicativo que oferece valor ao usuário: informa-
ções sobre a temperatura, mapas, etc.)
— Introdução da tecnologia DirectStorage: Esta tecnologia pro-
mete o carregamento mais rápido, aproveitando a tecnologia SSD;
— Possibilidade da Instalação de aplicativos de celulares;
• O recurso de backup e restauração do Windows é muito im- — O sistema permite a criação de várias áreas de trabalho.
portante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mes-
mo escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma có- Requerimentos para o Windows 11
pia de segurança. Veremos aqui os requisitos mínimos do sistema para instalar
o Windows 11 em um Computador. Se você não tiver certeza se o
computador atende a esses requisitos, pode verificar com o OEM
(fabricante original do equipamento) do computador.
Use um aplicativo para verificação de Integridade do PC para
avaliar a compatibilidade. Observe que esse aplicativo não verifica
a placa gráfica ou tela, visto que a maioria atende aos requisitos
indicados abaixo.
O computador deve ter o Windows 10, versão 2004 ou poste-
rior, para fazer upgrade. As atualizações gratuitas estão disponíveis
por meio do Windows Update em Configuração e atualização e se-
Inicialização e finalização gurança.
Dentro deste contexto temos os seguintes requisitos mínimos:
• Processador: 1 GHz (gigahertz) ou mais rápido com 2 ou mais
núcleos em um Processador de 64 bits compatível ou SoC (System
on a Chip).
• RAM: 4 GB (gigabytes).
• Armazenamento: Dispositivo com armazenamento de 64 GB
ou mais.
• Firmware do sistema: UEFI, compatível com Inicialização Se-
gura.
• TPM: TPM (Trusted Platform Module) versão 2.0.
• Placa gráfica: Compatível com DirectX 12 ou posterior com
Quando fizermos login no sistema, entraremos direto no Windows, driver WDDM 2.0.
• Tela: Tela de alta definição (720p) com mais de 9 polegadas
porém para desligá-lo devemos recorrer ao e: na diagonal, 8 bits por canal de cor.
• Conexão com a Internet e conta Microsoft: O Windows 11
Home Edition requer conectividade com a Internet.

Tirar um dispositivo do Windows 11 Home no modo S (simplifi-


cado) também requer conectividade com a Internet.
Em todas as edições do Windows 11, o acesso à internet é ne-
cessário para realizar atualizações e para baixar e aproveitar alguns
recursos. Uma conta Microsoft também é necessária.
Por fim, concluímos que o Windows 11 melhorou a experiência
de usuário e o desempenho através da introdução de nova tecnolo-
gias e implementações funcionais no sistema.

86
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Iniciando um novo documento


INTERAÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATIVOS
MS-OFFICE. MS-WORD 2010/2013/2016/2019
(PORTUGUÊS): CONCEITOS; ESTRUTURA BÁSICA DOS
DOCUMENTOS; EDIÇÃO, IMPRESSÃO E FORMATAÇÃO
DE TEXTOS; COMANDOS, RECURSOS E USABILIDADE;
MS-EXCEL 2010/2013/2016/2019 (PORTUGUÊS):
CONCEITOS; COMANDOS; RECURSOS E USABILIDADE;
ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS; INTERFACE,
FÓRMULAS, FUNÇÕES E GRÁFICOS. MSPOWERPOINT
2010/2013/2016/2019 (PORTUGUÊS): CONCEITOS,
ESTRUTURA BÁSICA DAS APRESENTAÇÕES;
COMANDOS, RECURSOS E USABILIDADE;

Microsoft Office

A partir deste botão retornamos para a área de trabalho do


Word, onde podemos digitar nossos textos e aplicar as formatações
desejadas.

• Alinhamentos
Ao digitar um texto, frequentemente temos que alinhá-lo para
atender às necessidades. Na tabela a seguir, verificamos os alinha-
mentos automáticos disponíveis na plataforma do Word.

GUIA PÁGINA TECLA DE


ALINHAMENTO
INICIAL ATALHO
Justificar (arruma a direito
e a esquerda de acordo Ctrl + J
O Microsoft Office é um conjunto de aplicativos essenciais para com a margem
uso pessoal e comercial, ele conta com diversas ferramentas, mas
em geral são utilizadas e cobradas em provas o Editor de Textos – Alinhamento à direita Ctrl + G
Word, o Editor de Planilhas – Excel, e o Editor de Apresentações –
PowerPoint. A seguir verificamos sua utilização mais comum: Centralizar o texto Ctrl + E

Word Alinhamento à esquerda Ctrl + Q


O Word é um editor de textos amplamente utilizado. Com ele
podemos redigir cartas, comunicações, livros, apostilas, etc. Vamos • Formatação de letras (Tipos e Tamanho)
então apresentar suas principais funcionalidades. Presente em Fonte, na área de ferramentas no topo da área de
trabalho, é neste menu que podemos formatar os aspectos básicos
• Área de trabalho do Word de nosso texto. Bem como: tipo de fonte, tamanho (ou pontuação),
Nesta área podemos digitar nosso texto e formata-lo de acordo se será maiúscula ou minúscula e outros itens nos recursos auto-
com a necessidade. máticos.

GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO

Tipo de letra

Tamanho

Aumenta / diminui tamanho

87
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Mas como é uma planilha de cálculo?


Recursos automáticos de caixa-altas
– Quando inseridos em alguma célula da planilha, os dados são
e baixas
calculados automaticamente mediante a aplicação de fórmulas es-
pecíficas do aplicativo.
Limpa a formatação
– A unidade central do Excel nada mais é que o cruzamento
entre a linha e a coluna. No exemplo coluna A, linha 2 ( A2 )
• Marcadores
Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da se-
guinte forma:

Podemos então utilizar na página inicial os botões para operar


diferentes tipos de marcadores automáticos:

– Podemos também ter o intervalo A1..B3

• Outros Recursos interessantes:

GUIA ÍCONE FUNÇÃO


- Mudar Forma
- Mudar cor de
Página inicial Fundo
- Mudar cor do
texto

- Inserir Tabelas
Inserir – Para inserirmos dados, basta posicionarmos o cursor na cé-
- Inserir Imagens
lula, selecionarmos e digitarmos. Assim se dá a iniciação básica de
uma planilha.

• Formatação células
Verificação e cor-
Revisão
reção ortográfica

Arquivo Salvar

Excel
O Excel é um editor que permite a criação de tabelas para cál-
culos automáticos, análise de dados, gráficos, totais automáticos,
dentre outras funcionalidades importantes, que fazem parte do dia
a dia do uso pessoal e empresarial.
São exemplos de planilhas:
– Planilha de vendas;
– Planilha de custos.

Desta forma ao inserirmos dados, os valores são calculados au-


tomaticamente.

88
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Fórmulas básicas Perceba que a formatação dos textos é padronizada. O mesmo


tipo de padrão é encontrado para utilizarmos entre o PowerPoint, o
ADIÇÃO =SOMA(célulaX;célulaY) Word e o Excel, o que faz deles programas bastante parecidos, no que
diz respeito à formatação básica de textos. Confira no tópico referen-
SUBTRAÇÃO =(célulaX-célulaY) te ao Word, itens de formatação básica de texto como: alinhamentos,
MULTIPLICAÇÃO =(célulaX*célulaY) tipos e tamanhos de letras, guias de marcadores e recursos gerais.
Especificamente sobre o PowerPoint, um recurso amplamente
DIVISÃO =(célulaX/célulaY)
utilizado a guia Design. Nela podemos escolher temas que mudam
a aparência básica de nossos slides, melhorando a experiência no
• Fórmulas de comum interesse trabalho com o programa.

MÉDIA (em um intervalo de


=MEDIA(célula X:célulaY)
células)
MÁXIMA (em um intervalo
=MAX(célula X:célulaY)
de células)
MÍNIMA (em um intervalo
=MIN(célula X:célulaY)
de células)

PowerPoint
O PowerPoint é um editor que permite a criação de apresenta-
ções personalizadas para os mais diversos fins. Existem uma série
de recursos avançados para a formatação das apresentações, aqui
veremos os princípios para a utilização do aplicativo.

• Área de Trabalho do PowerPoint

Com o primeiro slide pronto basta duplicá-lo, obtendo vários


no mesmo formato. Assim liberamos uma série de miniaturas, pe-
las quais podemos navegador, alternando entre áreas de trabalho.
A edição em cada uma delas, é feita da mesma maneira, como já
apresentado anteriormente.

Nesta tela já podemos aproveitar a área interna para escre-


ver conteúdos, redimensionar, mover as áreas delimitadas ou até
mesmo excluí-las. No exemplo a seguir, perceba que já movemos as
caixas, colocando um título na superior e um texto na caixa inferior,
também alinhamos cada caixa para ajustá-las melhor.

89
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Percebemos agora que temos uma apresentação com quatro • Atualizações no PowerPoint
slides padronizados, bastando agora editá-lo com os textos que se – O visual teve melhorias significativas, o PowerPoint do Offi-
fizerem necessários. Além de copiar podemos mover cada slide de ce2013 tem um grande número de templates para uso de criação
uma posição para outra utilizando o mouse. de apresentações profissionais;
As Transições são recursos de apresentação bastante utilizados – O recurso de uso de múltiplos monitores foi aprimorado;
no PowerPoint. Servem para criar breves animações automáticas – Um recurso de zoom de slide foi incorporado, permitindo o
para passagem entre elementos das apresentações. destaque de uma determinada área durante a apresentação;
– No modo apresentador é possível visualizar o próximo slide
antecipadamente;
– Estão disponíveis também o recurso de edição colaborativa
de apresentações.

Office 2016
O Office 2016 foi um sistema concebido para trabalhar junta-
mente com o Windows 10. A grande novidade foi o recurso que
permite que várias pessoas trabalhem simultaneamente em um
mesmo projeto. Além disso, tivemos a integração com outras fer-
Tendo passado pelos aspectos básicos da criação de uma apre- ramentas, tais como Skype. O pacote Office 2016 também roda em
sentação, e tendo a nossa pronta, podemos apresentá-la bastando smartfones de forma geral.
clicar no ícone correspondente no canto inferior direito.
• Atualizações no Word
– No Word 2016 vários usuários podem trabalhar ao mesmo
tempo, a edição colaborativa já está presente em outros produtos,
mas no Word agora é real, de modo que é possível até acompanhar
quando outro usuário está digitando;
– Integração à nuvem da Microsoft, onde se pode acessar os
documentos em tablets e smartfones;
– É possível interagir diretamente com o Bing (mecanismo de
pesquisa da Microsoft, semelhante ao Google), para utilizar a pes-
Um último recurso para chamarmos atenção é a possibilidade quisa inteligente;
de acrescentar efeitos sonoros e interativos às apresentações, le- – É possível escrever equações como o mouse, caneta de to-
vando a experiência dos usuários a outro nível. que, ou com o dedo em dispositivos touchscreen, facilitando assim
a digitação de equações.
Office 2013
A grande novidade do Office 2013 foi o recurso para explorar • Atualizações no Excel
a navegação sensível ao toque (TouchScreen), que está disponível – O Excel do Office 2016 manteve as funcionalidades dos ante-
nas versões 32 e 64. Em equipamentos com telas sensíveis ao toque riores, mas agora com uma maior integração com dispositivos mó-
(TouchScreen) pode-se explorar este recurso, mas em equipamen- veis, além de ter aumentado o número de gráficos e melhorado a
tos com telas simples funciona normalmente. questão do compartilhamento dos arquivos.
O Office 2013 conta com uma grande integração com a nuvem,
desta forma documentos, configurações pessoais e aplicativos po- • Atualizações no PowerPoint
dem ser gravados no Skydrive, permitindo acesso através de smart- – O PowerPoint 2016 manteve as funcionalidades dos ante-
fones diversos. riores, agora com uma maior integração com dispositivos moveis,
além de ter aumentado o número de templates melhorado a ques-
• Atualizações no Word tão do compartilhamento dos arquivos;
– O visual foi totalmente aprimorado para permitir usuários – O PowerPoint 2016 também permite a inserção de objetos
trabalhar com o toque na tela (TouchScreen); 3D na apresentação.
– As imagens podem ser editadas dentro do documento;
– O modo leitura foi aprimorado de modo que textos extensos Office 2019
agora ficam disponíveis em colunas, em caso de pausa na leitura; O OFFICE 2019 manteve a mesma linha da Microsoft, não hou-
– Pode-se iniciar do mesmo ponto parado anteriormente; ve uma mudança tão significativa. Agora temos mais modelos em
– Podemos visualizar vídeos dentro do documento, bem como 3D, todos os aplicativos estão integrados como dispositivos sensí-
editar PDF(s). veis ao toque, o que permite que se faça destaque em documentos.

• Atualizações no Excel • Atualizações no Word


– Além de ter uma navegação simplificada, um novo conjunto – Houve o acréscimo de ícones, permitindo assim um melhor
de gráficos e tabelas dinâmicas estão disponíveis, dando ao usuário desenvolvimento de documentos;
melhores formas de apresentar dados.
– Também está totalmente integrado à nuvem Microsoft.

90
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Atualizações no PowerPoint
– Foram adicionadas a ferramenta transformar e a ferramenta
de zoom facilitando assim o desenvolvimento de apresentações;
– Outro recurso que foi implementado foi o “Ler em voz alta”. – Inclusão de imagens 3D na apresentação.
Ao clicar no botão o Word vai ler o texto para você.

• Atualizações no Excel
– Foram adicionadas novas fórmulas e gráficos. Tendo como
destaque o gráfico de mapas que permite criar uma visualização de
algum mapa que deseja construir.

Office 365
O Office 365 é uma versão que funciona como uma assinatura
semelhante ao Netflix e Spotif. Desta forma não se faz necessário
sua instalação, basta ter uma conexão com a internet e utilizar o
Word, Excel e PowerPoint.

Observações importantes:
– Ele é o mais atualizado dos OFFICE(s), portanto todas as me-
lhorias citadas constam nele;
– Sua atualização é frequente, pois a própria Microsoft é res-
ponsável por isso;
– No nosso caso o Word, Excel e PowerPoint estão sempre
atualizados.

91
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Iniciando um novo documento


LIBREOFFICE 7.6.0 (PORTUGUÊS): CONCEITOS,
RECURSOS E USABILIDADE.

Conhecendo a Barra de Ferramentas

Alinhamentos
Ao digitar um texto frequentemente temos que alinhá-lo para
atender as necessidades do documento em que estamos trabalha-
LibreOffice é uma suíte de aplicativos voltados para atividades mos, vamos tratar um pouco disso a seguir:
de escritório semelhantes aos do Microsoft Office (Word, Excel,
PowerPoint ...). Vamos verificar então os aplicativos do LibreOffice:
Writer, Calc e o Impress).
O LibreOffice está disponível para Windows, Unix, Solaris, Linux
e Mac OS X, mas é amplamente utilizado por usuários não Win-
dows, visto a sua concorrência com o OFFICE. GUIA PÁGINA
Abaixo detalharemos seus aplicativos: ALINHAMENTO TECLA DE ATALHO
INCIAL
LibreOffice Writer Alinhamento a
Control + L
O Writer é um editor de texto semelhante ao Word embutido esquerda
na suíte LibreOffice, com ele podemos redigir cartas, livros, aposti-
Centralizar o texto Control + E
las e comunicações em geral.
Vamos então detalhar as principais funcionalidades.
Alinhamento a direita Control + R
Área de trabalho do Writer Justificar (isto é
Nesta área podemos digitar nosso texto e formatá-lo de acordo arruma os dois lados,
com a necessidade. Suas configurações são bastante semelhantes direita e esquerda Control + J
às do conhecido Word, e é nessa área de trabalho que criaremos de acordo com as
nossos documentos. margens.

Formatação de letras (Tipos e Tamanho)

GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO

Tipo de letra

Tamanho da letra

Aumenta / diminui tamanho

92
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Itálico

Sublinhado

Taxado

Sobrescrito

Subescrito

Marcadores e listas numeradas


Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da seguinte
forma:

OU
Vamos à algumas funcionalidades
— Formatação de letras (Tipos e Tamanho)

Nesse caso podemos utilizar marcadores ou a lista numerada


na barra de ferramentas, escolhendo um ou outro, segundo a nossa
necessidade e estilo que ser aplicado no documento.
GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO

Tipo de letra

Outros Recursos interessantes: Tamanho da letra

Aumenta / diminui
ÍCONE FUNÇÃO tamanho
Mudar cor de Fundo
Mudar cor do texto Itálico
Inserir Tabelas Cor da Fonte
Inserir Imagens
Inserir Gráficos Cor Plano de Fundo
Inserir Caixa de Texto

Verificação e correção ortográfica Outros Recursos interessantes

Salvar ÍCONE FUNÇÃO


Ordenar
LibreOffice Calc Ordenar em ordem
O Calc é um editor de planilhas semelhante ao Excel embutido crescente
na suíte LibreOffice, e com ele podemos redigir tabelas para cálcu- Auto Filtro
los, gráficos e estabelecer planilhas para os mais diversos fins. Inserir Caixa de Texto
Inserir imagem
Área de trabalho do CALC Inserir gráfico
Nesta área podemos digitar nossos dados e formatá-los de Verificação e correção
acordo com a necessidade, utilizando ferramentas bastante seme- ortográfica
lhantes às já conhecidas do Office.

Salvar

93
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Cálculos automáticos Formatação células


Além das organizações básicas de planilha, o Calc permite a
criação de tabelas para cálculos automáticos e análise de dados e
gráficos totais.
São exemplos de planilhas CALC.
— Planilha para cálculos financeiros.
— Planilha de vendas
— Planilha de custos

Desta forma ao inserirmos dados, os valores são calculados


automaticamente. Mas como funciona uma planilha de cálculo?
Veja:

Fórmulas básicas
— SOMA
A função SOMA faz uma soma de um intervalo de células. Por
exemplo, para somar números de B2 até B6 temos
=SOMA(B2;B6)

— MÉDIA
A unidade central de uma planilha eletrônica é a célula que A função média faz uma média de um intervalo de células. Por
nada mais é que o cruzamento entre a linha e a coluna. Neste exemplo, para calcular a média de B2 até B6 temos
exemplo coluna A, linha 2 ( Célula A2 ) =MÉDIA(B2;B6)
Podemos também ter o intervalo A1..B3
LibreOffice impress
O IMPRESS é o editor de apresentações semelhante ao Power-
Point na suíte LibreOffice, com ele podemos redigir apresentações
para diversas finalidades.
São exemplos de apresentações IMPRESS.
— Apresentação para uma reunião;
— Apresentação para uma aula;
— Apresentação para uma palestra.

A apresentação é uma excelente forma de abordagem de um


tema, pois podemos resumir e ressaltar os principais assuntos
abordados de forma explicativa. As ferramentas que veremos a
seguir facilitam o processo de trabalho com a aplicação. Confira:

Área de trabalho
Para inserirmos dados basta posicionarmos o cursor na célula Ao clicarmos para entrar no LibreOffice Impress vamos nos
e digitarmos, a partir daí iniciamos a criação da planilha. deparar com a tela abaixo. Nesta tela podemos selecionar um
modelo para iniciar a apresentação. O modelo é uma opção inte-
ressante visto que já possui uma formatação prévia facilitando o
início e desenvolvimento do trabalho.

94
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

— Marcadores e numerações: Organização dos elementos e


tópicos.

Outros Recursos interessantes:

ÍCONE FUNÇÃO
Inserir Tabelas
Inserir Imagens
Inserir Gráficos
Inserir Caixa de Texto
Verificação e correção
Neste momento já podemos aproveitar a área interna para ortográfica
escrever conteúdos, redimensionar, mover as áreas delimitadas,
ou até mesmo excluí-las.
No exemplo a seguir perceba que já escrevi um título na caixa Salvar
superior e um texto na caixa inferior, também movi com o mouse
os quadrados delimitados para adequá-los melhor. Com o primeiro slide pronto basta duplicá-lo obtendo vários
no mesmo formato, e podemos apenas alterar o texto e imagens
para criar os próximos.

Formatação dos textos:

Itens demarcados na figura acima:


— Texto: Largura, altura, espaçamento, efeitos.
— Caractere: Letra, estilo, tamanho.
— Parágrafo: Antes, depois, alinhamento.

95
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A partir daí estamos com a apresentação pronta, bastando cli-


car em F5 para exibirmos o trabalho em tela cheia, também acessí-
vel no menu “Apresentação”, conforme indicado na figura abaixo.

Percebemos agora que temos uma apresentação com dois


slides padronizados, bastando agora alterá-los com os textos cor- CORREIO ELETRÔNICO: WEBMAIL E GERENCIADORES
retos. Além de copiar podemos movê-los de uma posição para DE CORREIO ELETRÔNICO, USO DE CORREIO
outra, trocando a ordem dos slides ou mesmo excluindo quando ELETRÔNICO, PREPARO E ENVIO DE MENSAGENS,
se fizer necessário. ANEXAÇÃO DE ARQUIVOS.
Transições
Um recurso amplamente utilizado é o de inserir as transições, Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado
que é a maneira como os itens dos slides vão surgir na apresenta- em tópicos anteriores.
ção. No canto direito, conforme indicado a seguir, podemos sele-
cionar a transição desejada:
INTERNET: CONCEITOS, NAVEGADORES, GRUPOS
DE DISCUSSÃO, REDES SOCIAIS E COMUNICADORES
INSTANTÂNEOS, DOMÍNIOS, URL, LINKS, SITES, BUSCA
E IMPRESSÃO DE PÁGINAS.

Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado


em tópicos anteriores.

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: CONCEITOS,


PROTEÇÃO E SEGURANÇA, VULNERABILIDADES,
AMEAÇAS E TIPOS DE ATAQUES, BACKUP,
CRIPTOGRAFIA E ASSINATURA DIGITAL.

Noções de vírus, worms e pragas virtuais (Malwares)


– Malwares (Pragas): São programas mal intencionados, isto é,
programas maliciosos que servem pra danificar seu sistema e dimi-
nuir o desempenho do computador;
– Vírus: São programas maliciosos que, para serem iniciados, é
necessária uma ação (por exemplo um click por parte do usuário);
– Worms: São programas que diminuem o desempenho do
sistema, isto é, eles exploram a vulnerabilidade do computador se
instalam e se replicam, não precisam de clique do mouse por parte
do usuário ou ação automática do sistema.

96
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, antispyware etc.)

• Antivírus
O antivírus é um software que encontra arquivos e programas maléficos no computador. Nesse sentido o antivírus exerce um papel
fundamental protegendo o computador. O antivírus evita que o vírus explore alguma vulnerabilidade do sistema ou até mesmo de uma
ação inesperada em que o usuário aciona um executável que contém um vírus. Ele pode executar algumas medidas como quarentena,
remoção definitiva e reparos.
O antivírus também realiza varreduras procurando arquivos potencialmente nocivos advindos da Internet ou de e-mails e toma as
medidas de segurança.

• Firewall
Firewall, no caso, funciona como um filtro na rede. Ele determina o que deve passar em uma rede, seja ela local ou corporativa, blo-
queando entradas indesejáveis e protegendo assim o computador. Pode ter regras simples ou complexas, dependendo da implementação,
isso pode ser limitado a combinações simples de IP / porta ou fazer verificações completas.

• Antispyware
Spyware é um software espião, que rouba as informações, em contrário, o antispyware protege o computador funcionando como o
antivírus em todos os sentidos, conforme relatado acima. Muitos antivírus inclusive já englobam tais funções em sua especificação.

Procedimentos de backup
Backup é uma cópia dos dados para segurança e proteção. É uma forma de proteger e recuperar os dados na ocorrência de algum
incidente. Desta forma os dados são protegidos contra corrupção, perda, desastres naturais ou causados pelo homem.
Nesse contexto, temos quatro modelos mais comumente adotados: o backup completo, o incremental, o diferencial e o espelho.
Geralmente fazemos um backup completo na nuvem (Através da Internet) e depois um backup incremental para atualizar somente o que
mudou, mas vamos detalhar abaixo os tipos para um entendimento mais completo.

• Backup completo
Como o próprio nome diz, é uma cópia de tudo, geralmente para um disco e fita, mas agora podemos copiar para a Nuvem, visto que
hoje temos acesso a computadores através da internet. Apesar de ser uma cópia simples e direta, é demorada, nesse sentido não é feito
frequentemente. O ideal é fazer um plano de backup combinado entre completo, incremental e diferencial.

• Backup incremental
Nesse modelo apenas os dados alterados desde a execução do último backup serão copiados. Geralmente as empresas usam a data
e a hora armazenada para comparar e assim atualizar somente os arquivos alterados. Geralmente é uma boa opção por demorar menos
tempo, afinal só as alterações são copiadas, inclusive tem um tamanho menor por conta destes fatores.

• Backup diferencial
Este modelo é semelhante ao modelo incremental. A primeira vez ele copia somente o que mudou do backup completo anterior. Nas
próximas vezes, porém, ele continua fazendo a cópia do que mudou do backup anterior, isto é, engloba as novas alterações. Os backups
diferenciais são maiores que os incrementais e menores que os backups completos.

• Backup Espelho
Como o próprio nome diz, é uma cópia fiel dos dados, mas requer uma estrutura complexa para ser mantido. Imaginem dois lugares
para gravar dados ao mesmo tempo, daí o nome de espelho. Este backup entra em ação rápido na falha do principal, nesse sentido este
modelo é bom, mas ele não guarda versões anteriores. Se for necessária uma recuperação de uma hora específica, ele não atende, se os
dados no principal estiverem corrompidos, com certeza o espelho também estará.

SEQUÊNCIA DE BACKUP BACKUP COMPLETO BACKUP ESPELHO BACKUP INCREMENTAL BACKUP DIFERENCIAL
Seleciona tudo e
Backup 1 Copia tudo - -
copia
Seleciona tudo e Copia as mudanças do Copia as mudanças do
Backup 2 Copia tudo
copia backup 1 backup 1
Seleciona tudo e Copia as mudanças do Copia as mudanças do
Backup 3 Copia tudo
copia backup 2 backup 1
Seleciona tudo e Copia as mudanças do Copia as mudanças do
Backup 4 Copia tudo
copia backup 3 backup 1

97
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

6. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e modos


QUESTÕES de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimen-
tos associados à Internet, julgue o próximo item.
1. (FGV-SEDUC -AM) O dispositivo de hardware que tem como Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Inter-
principal função a digitalização de imagens e textos, convertendo as net para diversas finalidades, ainda não é possível extrair apenas o
versões em papel para o formato digital, é denominado áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, por exemplo, no
(A) joystick. Youtube (http://www.youtube.com).
(B) plotter. ( ) CERTO
(C) scanner. ( ) ERRADO
(D) webcam.
(E) pendrive. 7. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7 e
Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura não exe-
2. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) João comprou um cuta?
novo jogo para seu computador e o instalou sem que ocorressem (A) Capturar qualquer item da área de trabalho.
erros. No entanto, o jogo executou de forma lenta e apresentou (B) Capturar uma imagem a partir de um scanner.
baixa resolução. Considerando esse contexto, selecione a alterna- (C) Capturar uma janela inteira
tiva que contém a placa de expansão que poderá ser trocada ou (D) Capturar uma seção retangular da tela.
adicionada para resolver o problema constatado por João. (E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse ou
(A) Placa de som uma caneta eletrônica
(B) Placa de fax modem
(C) Placa usb 8. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 8, as-
(D) Placa de captura sinale a alternativa INCORRETA:
(E) Placa de vídeo (A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são desenvolvidos
pela Microsoft.
3. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) Há vários tipos de pe- (B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na interfa-
riféricos utilizados em um computador, como os periféricos de saída ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está sem-
e os de entrada. Dessa forma, assinale a alternativa que apresenta pre visível ao usuário.
um exemplo de periférico somente de entrada. (C) É possível executar aplicativos desenvolvidos para Windows
(A) Monitor 7 dentro do Windows 8.
(B) Impressora (D) O Windows 8 possui um antivírus próprio, denominado
(C) Caixa de som Kapersky.
(D) Headphone (E) O Windows 7 possui versões direcionadas para computado-
(E) Mouse res x86 e 64 bits.

4. (VUNESP-2019 – SEDUC-SP) Na rede mundial de computado- 9. (QUADRIX – CRMV -RN) No que diz respeito ao programa
res, Internet, os serviços de comunicação e informação são disponi- Microsoft Excel 2013, ao sistema operacional Windows 8 e aos con-
bilizados por meio de endereços e links com formatos padronizados ceitos de redes de computadores, julgue o item. As pastas Docu-
URL (Uniform Resource Locator). Um exemplo de formato de ende- mentos, Imagens e Downloads são exemplos de pastas que estão
reço válido na Internet é: armazenadas na pasta pessoal do usuário do sistema operacional
(A) http:@site.com.br Windows 8.
(B) HTML:site.estado.gov ( ) CERTO
(C) html://www.mundo.com ( ) ERRADO
(D) https://meusite.org.br
(E) www.#social.*site.com 10. (CESP -UERN) Na suíte Microsoft Office, o aplicativo
(A) Excel é destinado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô-
5. (IBASE PREF. DE LINHARES – ES) Quando locamos servido- nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção
res e armazenamento compartilhados, com software disponível e de textos organizados por linhas e colunas identificadas por nú-
localizados em Data-Centers remotos, aos quais não temos acesso meros e letras.
presencial, chamamos esse serviço de: (B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração
(A) Computação On-Line. e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT.
(B) Computação na nuvem. (C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é
(C) Computação em Tempo Real. útil na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos
(D) Computação em Block Time. que o Excel.
(E) Computação Visual (D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa-
gens de correio eletrônico.
(E) Outlook é utilizado, por usuários cadastrados, para o envio
e recebimento de páginas web.

98
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

11. (FUNDEP – UFVJM-MG) Assinale a alternativa que apresen- 6 ERRADO


ta uma ação que não pode ser realizada pelas opções da aba “Pági-
na Inicial” do Word 2010. 7 B
(A) Definir o tipo de fonte a ser usada no documento. 8 D
(B) Recortar um trecho do texto para incluí-lo em outra parte
do documento. 9 CERTO
(C) Definir o alinhamento do texto. 10 A
(D) Inserir uma tabela no texto
11 D
12. (CESPE – TRE-AL) Considerando a janela do PowerPoint 12 CERTO
2002 ilustrada abaixo julgue os itens a seguir, relativos a esse apli- 13 CERTO
cativo.
A apresentação ilustrada na janela contém 22 slides ?. 14 CERTO
15 C

ANOTAÇÕES
___________________________________________
( ) CERTO ___________________________________________
( ) ERRADO ___________________________________________
___________________________________________
12. (CESPE – CAIXA) O PowerPoint permite adicionar efeitos so-
noros à apresentação em elaboração. ___________________________________________
( ) CERTO ___________________________________________
( ) ERRADO ___________________________________________
14. (CESP-MEC WEB DESIGNER) Na utilização de um browser, a ___________________________________________
execução de JavaScripts ou de programas Java hostis pode provocar ___________________________________________
danos ao computador do usuário. ___________________________________________
( ) CERTO
( ) ERRADO
___________________________________________
___________________________________________
15. (FGV – SEDUC -AM) Um Assistente Técnico recebe um ___________________________________________
e-mail com arquivo anexo em seu computador e o antivírus acusa
existência de vírus.
___________________________________________
Assinale a opção que indica o procedimento de segurança a ser ___________________________________________
adotado no exemplo acima. ___________________________________________
(A) Abrir o e-mail para verificar o conteúdo, antes de enviá-lo ___________________________________________
ao administrador de rede.
(B) Executar o arquivo anexo, com o objetivo de verificar o tipo ___________________________________________
de vírus. ___________________________________________
(C) Apagar o e-mail, sem abri-lo. ___________________________________________
(D) Armazenar o e-mail na área de backup, para fins de moni-
toramento. ___________________________________________
(E) Enviar o e-mail suspeito para a pasta de spam, visando a ___________________________________________
analisá-lo posteriormente. ___________________________________________
___________________________________________
GABARITO ___________________________________________
___________________________________________
1 C ___________________________________________
2 E ___________________________________________
3 E ___________________________________________
4 D
___________________________________________
___________________________________________
5 B
___________________________________________

99
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

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100
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente Municipal de Trânsito

Parágrafo Único – em casos excepcionais, para atender situa-


ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS ções com a falta de professores, afastados de regência por razão de
MUNICIPAIS: LEI COMPLEMENTAR Nº 01, DE 09 férias, doenças ou licenças, poderá ser concedido aos professores
DE MAIO DE 1990, COM AS ALTERAÇÕES DA LEI que acumulem a substituição, a gratificação de até 100% (cem por
COMPLEMENTAR Nº 13, DE 16 DE OUTUBRO DE 1991, cento) sobre os seus vencimentos.
E DA LEI COMPLEMENTAR Nº 34, DE 1 DE SETEMBRO Art. 2º - O artigo 103 da Lei Complementar nº 001 de 1990,
DE 1993. passa a Ter a seguinte redação:
Art. 103 – Após cada decênio de efetivo serviço, ao funcionário
LEI COMPLEMENTAR Nº 034 DE 01 DE SETEMBRO DE 1993. que a requerer, conceder-se-á LICENÇA ESPECIAL de 06 (seis) meses
com todos os vencimentos e demais vantagens.
ALTERA A REDAÇÃO DO ARTIGO 83, DA LEI COMPLEMENTAR Art. 3º - Esta Lei Complementar entrará em vigor na data de sua
Nº 01 DE 09/05/90, E REGULAMENTA O PARÁGRAFO 3º DO ARTI- publcação, revogando-se as disposições em contrário.
GO 72, DA MESMA LEI, QUE DISPÕE SOBRE A REMUNERAÇÃO DOS Prefeitura Municipal de Maricá, 16 de outubro de 1991.
CARGOS EM COMISSÃO. O artigo 272, incisos, letras e parágrafo, teerá a seguinte reda-
ção:
A CÂMARA MUNICIPAL DE MARICÁ APROVOU E EU SANCIONO Art. 272 – os saldos das contas do Fundo de Garrantia por tem-
A SEGUINTE LEI: po de serviço – F.G.T.S, em nome dos servidores optantes regidos
pela CLT, que passa a ser submetidos ao regime estatutário, será
Art. 1º - O Artigo 83, da Lei complementar nº 01 maio de 1990, objeto de Lei Ordinária, a ser editada no prazo de 90 (noventa)
que instituiu o Estatuto dos Funcionários do Município, passa a vigir dias da aprovação desta Lei, para o encontro da solução que melhor
com a seguinte redação: atenda os interesses dos Servidores Municipais.
Art. 83 – O adicional por tempo de serviço, será conferido ao Parágrafo Único – A situação dos Servidores não optantes será
funcionário em razão da tabela abaixo, incidindo sobrre o valor do igualmente objeto do encontro da melhor solução.
seu vencimento, como dispõe o inciso IX, do artigo 60, da Lei Orgâ-
nica do Município, e artigo 54, da Lei Complementar nº 01/90. Sala das Comissões, 19 de abril de 1990.
Art. 2º - Os ocupantes de cargos de confiança, em comisão, de ORPHEU SANTOS SALLES – PRESIDENTE RELATOR
livre nomeação e exoneração do Prefeito Municipal, o disposto no JUVANDIR COUTINHO VALENTE – MEMBRO MILTON CEZAR
inciso II, do artigo 12, da Lei Complementar 01/90, sejam funcioná- MARINS BRUM - MEMBRO
rios ou não, somente perceberão além vencimento do cargo, o adi- Ofício PMM/GP Nº 336/90
cional de férias, a gratificação alina, e se fizerem jus, as gratificações Maricá, 10 de maio de 1990.
como dispõe os artigos nºs 77, 78 e79, da citada Lei Complementar
nº 01/90. Senhor Presidente:
Art. 3º - Os funcionários efetivos, quando ocupantes cargos de Tenho a honra de me dirigir a essa Colenda Câmara de Verea-
confianças, em comissão, poderão optar pelo recemento do venci- dores, por intermédio de Vossa Excelência, para comunicar a San-
mento do seu cargo e das gratificações e adicionais que a Lei faculta ção da Lei Complementar nº 001, a qual dispõe sobre o ESTATUTO
ao funcionário efetivo, mas ficam impedidos de acumular o venci- DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO MUNICÍPIO.
mento do cargo de confiança. Renov. Na oportunidadde, os elevados protestos de es-
Art. 4º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, tima e distinta
revogando-se as disposições em contrário. consideração.
Prefeitura Municipal de Maricá, de 01 de setembro de 1993. HÉLIO DE ASSIS MARQUES PREFEITO
Ao Exmo. Senhor
LEI COMPLEMENTAR Nº 013 DE 16 DE OUTUBRO DE 1991. Vereador Dilson de Souza Bezerra DD. Presidente da Câmara
Municipal
EMENTA: Retifica e recompõe a redação do parágrafo único do
artigo 90 e o artigo 103 da Lei Complementar nº 001 de 1990. LEI COMPLEMENTAR Nº 001 DE 09 DE MAIO DE 1990.

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARICÁ APROVOU E EU SANCIONO DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CI-
A SEGUINTE LEI: VIS MUNICIPAIS.

Art. 1º - O parágrafo único do artigo 90 da Lei Complementar nº


001 de 09 de maio de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:

101
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TÍTULO I I – Nomeação;
CAPÍTULO ÚNICO II – Promoção;
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES III - Ascensão;
IV - Acesso;
Art. 1º - Esta Lei institui o Estatuto dos Funcionários Públicos V - Transferência;
Civis do Município, das Autarquias e das Fundações Públicas. VI - Readaptação;
Art. 2º - Para os efeitos desta Lei, Funcionários é a pessoa legal- VII – Reversão;
mente investida em Cargos Públicos. VIII – Aproveitamento;
Art. 3º - Cargo Público, como unidade básica da estrutura orga- IX - Reintegração;
nizacional, é o conjunto das atribuições e responsabilidades come- X - Recondução
tidas, a um funcionário. Art. 12 - A nomeação far-se-á:
Parágrafo Único – os Cargos Públicos, acessíveis a todos os bra-
sileiros, são criados por Lei com denominação própria e vencimento SEÇÃO II
pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou DA NOMEAÇÃO
em comissão.
Art. 5º - As carreiras serão organizadas em classes de cargos I - Em caráter efeitvo, quando se tratar de cargo da classe inicial
dispostas de acordo com a natureza profissional e complexidade de de carreira; ou II – Em comissão, para cargos de confiança de livre
suas atribuições, guardando correlação com a finalidade do órgão exoneração;
ou entidade. Parágrafo Único - A designação, por acesso, para função de di-
Parágrafo 1º - Classe é a divisão básica de carreira, agrupando reção, chefia, assessoramento e assistência, recairá exclusivamen-
os cargos da mesma denominação, segundo o nível de atribuições te, em funcionários de carreira satisfeitos os requisitos de que trata
e complexidade. o Art. 13, Parágrafo Único.
Parágrafo 2º - As carreiras poderão compreender classes de Parágrafo Único - Os demais requisitos para o ingresso e o de-
cargos do mesmo grupo profissional, reunidas em seguidas em seg- senvolvimento do funcionário na carreira, mediante progresso, as-
mentos distintos, de acordo com a escolaridade exigida para ingres- censão, promoção e acesso serão estabelecidos pela Lei que fixar as
so nos níveis básico, médio e superior. diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Munici-
Art. 6º - Quadrro é o conjunto de cargos de carreira e em co- pal e seus regulamentos.
missão integrantes das estruturas dos órgãos municipais e das fun-
dações públicas que o município vier a criar. SEÇÃO III
Art. 7º - É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os DO CONCURSO PÚBLICO
casos previstos em Lei.
Art. 14 - O concurso será de provas, ou de provas de títulos,
CAPÍTULO II realizado em duas etapas, conforme se dispuser em Lei e regula-
DO PROVIMENTO, VACANCIA, REMOÇÃO, REDISTRIBUI- mento.
ÇÃO E SUBSTITUIÇÃO Art. 15 - O concurso público terá validade de até dois anos,
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.
CAPÍTULO I Parágrafo Único - O prazo da validade do concurso e as condi-
DO PROVIMENTO ções de sua realização, serão fixados em edital, que será publicado
em jornal diário de grande circulação no Município.
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS SEÇÃO IV

Art. 8º - São requisitos básicos para Ingresso no Serviço Público: Art. 16 - Posse é a aceitação expressa das atribuições, deveres e
I – a nacionalidade brasileira ou equiparada; responsabilidades inerentes ao cargo, com o compromisso de bem
II - o gozo dos direitos políticos; servir, formalizada com a assinatura do termo pela autoridade com-
III- a quitação com a obrigações militares e eleitorais; petente e pelo empossando.
IV- o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; Parágrafo 1º - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias con-
V - a idade mínima de 18 anos; e tados da publicação do ato de provimento, prorrogável por mais 30
VI - a boa saúde física e mental. (trinta) dias, a requerimento do interessado.
Parágrafo 1º - As atribuições do cargo podem justificar a exi- Parágrafo 2º - Só haverá posse no caso de provimento de cargo
gência de outros requisitos estabelecidos em Lei. por nomeação, acesso e ascensão.
Parágrafo 2º - As pessoas portadoras de deficiência é assegu- Parágrafo 3º - No ato da posse o funcionário apresentará, obri-
rado o direito de ser inscrever em concurso público para provimen- gatoriamente, declaração de bens e valores que constituem seu pa-
to de cargo cujas as atribuições sejam compatíveis com a deficiên- trimônio e declaração sobre exercício de outro cargo, emprego ou
cia de que são portadoras, para as quais serão reservadas até 10% função pública.
(dez por cento) das vagas oferecidas no concurso. Art. 17 - A posse em cargo público dependerá de prévia inspe-
Art. 9º - o provimento dos cargos públicos far-se-á por ato da ção médica oficial.
autoridade competente de cada Poder. Parágrafo 1º - Só poderá ser empossado aquele que for julgado
Art. 10 – A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. apto física e mentalmente para o exercício do cargo.
Art. 11 - São formas de provimento de cargos públicos:

102
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 18 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do Parágrafo 2º - O funcionário não aprovado no estágio será
cargo. exonerado ou, se estávvel, reconduzido ao cargo anteriormente
Parágrafo 1º - É de 30 (trinta) dias prazo para o funcionário en- ocupado observado o disposto no parágrafo 2º do art. 33.
trar em exercício, contados da data da posse.
Parágrafo 2º - Será tornado sem efeito o ato de provimento, SEÇÃO V
senão o ocorrerem a posse e o exercício nos prazos previstos nesta DA ESTABILIDADE
Lei.
Parágrafo 3º - A autoridade competente do órgão ou entidade Art. 25 - O funcionário habilitado em concurso público e
para onde for designado o funcionário compete dar-lhe exercício. empossado em cargo de carreira adquirirá estabilidade no serviço
Art. 19 - O início, a interrupção e o reinício do exercício serão público ao completar dois anos de efetivo exercício.
registrados no ascentamento individual do funcionário. Art. 26 - O funcionário estável so perderá o cargo, em virtude
Parágrafo Único - Ao entrar em exercício o funcionário apre- de sentença judicial transitada em julgado ou de processo adminis-
sentará ao órgão competente, os elementos necessários ao ascen- trativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
tamento individual.
Art. 20 - A promoção ou a ascenção não interropem o tem- SEÇÃO VI
po de serviço que é contado no novo posicionamento da carreira DA TRANSFERÊNCIA
a partir da data da publicação do ato que promover a ascender o
funcionário. Art. 27 - Transferência é a passagem do funcionário estável do
Art. 21 - O funcionário transferido, removido, redistribuido, re- cargo efetivo de carreira, para outro de igual denominação, classe e
quisitado ou cedido, que deverá Ter exercício em outra localidade, vencimento, pertencente a classe de pessoal diverso.
quando em virtude de férias, casamento e luto, terá 30 (trinta) dias, Parágrafo 1º - A transferência ocorrerá de ofício ou a pedido de
a partir do término do impedimento, para entrar em exercício, in- funcionário, atendido o interesse do serviço, mediante o preenchi-
cluído neste tempo o necessário ao deslocamento para a nova sede. mento de vaga.
Art. 22 - O funcionário não poderá ausentar-se do país para Parágrafo 2º - Será admitida a transferrência de funcionário
estudo ou missão oficial, sem autorização do Prefeito. ocupante de cargo de quatro em extinção, para igual situação em
Parágrafo 1º - A ausência não excederá de 4 (quatro) anos e, quadro de outro órgão ou entidade.
finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será
permitida nova ausência. SEÇÃO
Parágrafo 2º - Ao funcionário beneficiado pelo disposto neste DA READAPTAÇÃO
artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de in-
teresse paritucular, antes de decorrido período igual ao do afasta- Art. 28 - Readaptação é a investidura do funcionário em car-
mento, resalvada a hipótese do ressarcimento das despesas havidas go de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação
com seu afastamento. que tenha sofrido em sua capacidade física e mental, verificada em
Art. 23 - O ocupante de cargo de provimento, integrante do inspeção médica.
sistema de carreira, fica sujeito a 40 (quarenta) horas semanais de Parágrafo 1º - Se julgado incapaz para o serviço público, o rea-
trabalho, salvo quando a Lei estabelecer duração diversa. daptando será aposentado.
Parágrafo 1º - Além do cumprimento dos estabelecido neste Parágrafo 2º - A readaptação será efetivada em cargo de carrei-
artigo, o exercicio de cargo em comissão exigirá de seu ocupante ra de atribulações afins, respeitada a atribuição exigida.
integral dedicação ao serviço, podendo ser convocada sempre que Parágrafo 3º - Em qualquer hipótese, a readaptação não pode-
houve interesse da Administração. rá acarretar aumento ou redução da remuneração do funcionário.
Parágrafo 2º - Quando o funcionário de carreira for submetido
a jornada ininterrupta ou tiver o exercício em local insalubro, pe- SEÇÃO VIII
rigoso ou com risco de vida, bem como tarefas externas ou turno DA REVERSÃO
único de trabalho, a jornada será de 30 (trinta) horas semanais.
Parágrafo 3º - Os funcionários de carreira que tiverem os seus Art. 29 - Reversão é o retorno à atividade de funcionário apo-
horários de trabalho regulamentados por Lei Federal, ficarão sub- sentado por invalidez quando, por junta médica oficial, forem decla-
metidos horários de trabalho fixados nesta Legislação. rados insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria.
Art. 24 - Ao entrar em exercício, o funcionário nomeado para Art. 30 - A reserva far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resul-
cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por tante de sua transformação.
período de até 18 (dezoito) meses, durante o qual sua aptidão e Art. 31 - Não poderá reverter o aposentado que contar setenta
capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, anos de idade.
observados os seguintes requisitos:
I – Idoneidade moral; II – Assiduidade; SEÇÃO IX
III – Disciplina; e IV – Produtividade. DA REINTEGRAÇÃO
Parágrafo 1º - Findo esse período e no prazo máximo de 04
(quatro) meses, a autoridade competente fica obrigada a pronun- Art. 32 - Reitegração é a reinvestidura do funcionário estável
ciar-se sobre o atendimento, pelo estagiário, 02 (dois) requisitos no cargo anteriormente ocupado, quando invalidada a sua demis-
fixados para o estágio. são, por decisão administrativa ou judicial com ressarcimento de
todas as vantagens.

103
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo Único - Encontrando-se provido o cargo, o seu even- c)quando não entrar no exercício por prazo estabelecido.
tual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a Art. 40 - A exoneração do cargo em comissão dar-se-á:
indenização ou aproveitamento em outro cargo, ou ainda, posto em a)a juízo de autoridade competente; e
disponibilidade remunerada. b)a pedido do próprio funcionário.
Parágrafo Único - o afastamento do funcionário da função de
SEÇÃO X direção, chefia, assessoramento e assistência, dar-se-á:
DA RECONDUÇÃO I– a pedido; e
II- mediante a dispensa, nos casos de:
Art. 33 - Recondução é o retorno do funcionário estável ao car- a)promoção;
go anteriormente ocupado. b)cumprimento de prazo exigido para a rotatividade na função;
Parágrafo 1º - A recondução decorrerá de: c)por falta de exação do exercício de suas atribuições, segundo
a)inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; e o resultado do processo de avaliação, conforme estabelecido em
b)Reitegração do anterior ocupante Lei e regulamento.
Parágrafo 2º - Encontrando-se provido o cargo de origem, o
funcionário será aproveitado em outtro, observado o disposto no CAPÍTULO III
artigo 35. DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO SEÇÃO I
DA REMOÇÃO
SEÇÃO XI
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO Art. 41 - Remoção é o deslocamento do funcionário, a pedido
ou de ofício, com preenchimento claro de lotação, no âmbito do
Art. 34 - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
funcionário estável ficará em disponibilidade, com remuneração Parágrafo Único - Dar-se-á remoção a pedido para outra loca-
proporcional ao tempo de serviço. lidade, por motivo de saúde do funcionário, cônjuge, companheiro
Art. 35 - O retorno à atividade do funcionário em disponibilida- ou dependente, condicionada a comprovação por junta médica e
de far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atri- existência de clara relotação.
buições e vencimento compatíveis com o anteriormente ocupado.
Art. 36 - O aproveitamento dos funcionários que se encontram SEÇÃO II
em disponibilidade a mais de doze meses dependerá de prévia DA REDISTRIBUIÇÃO
comprovação de sua capacidade física e mental, por junta médica
oficial. Art.. 42 - Redisttribuiçã é a movimentação do servidor, com o
Parágrafo 1º - Se julgado apto, o funcionário assumirá o exercí- respectivo cargo, para quadro de pessoal de outro órgão ou entida-
cio do cargo no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de, cujos planos de cargos e vencimentos sejam idênticos, observa-
de aproveitamento. do sempre o interesse da administração.
Parágrafo 2º - Verificada a incapacidade definitiva, o funcioná- Parágrafo 1º - A redistribuição dar-se-á exclusivamente para
rio em disponibilidade será aposentado. ajustamento do quadro de pessoal às necessidades dos serviços,
Art. 37 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão
a disponibilidade se o funcionário não entrar em exercício no prazo ou entidade.
legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial. Parágrafo 2º - Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os
funcionários que não poderem ser redistribuidos, na forma deste
CAPÍTULO II artigo, serão colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento
DA VACÂNCIA na forma do art. 34.

Art. 38 - A vacância do cargo público decorrerá: CAPÍTULO IV


DA SUBSTITUIÇÃO
I - Exoneração;
II - Demissão; Art. 43 - Os ocupantes de cargos em comissão terão substitutos
III - Promoção; indicados no regime interno ou, no caso de omissão previamente
IV - Asccensão; designados pela autoridade competente.
V - Acesso; Parágrafo 1º - O substituto assumirá automaticamente o exercí-
VI - Transferência; cio de cargo nos afastamentos ou empedimentos do titular.
VII - Readaptação; Parágrafo 2º - O substituto fará jus à gratificação pelo exercício
VIII - Aposentadoria; de cargo em comissão de que trata o art. 72 Parágrafo 3º, paga na
IX - Posse em outro incomunável; e proporção dos dias de efetiva substituição.
X - Falecimento. Art. 44 - O disposto no art. Anterior aplica-se aos titulares de
Art. 39 - A exoneração do cargo efeitvo dar-se-á a pedido do unidades administrativas organizadas em nível de assessoria.
funcionário ou de ofício.
Parágrafo Único - A exoneração de ofício será aplicada:
a)quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
b)quando, for decorrência de prazo, fica estinta a punibilidade
para demissão por abondono de cargo; e

104
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TÍTULO III III– Gratificações e adicionais.


DOS DIREITOS E VANTAGENS Parágrafo 1º - As indenizações e os auxílios não se incorporam
ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
CAPÍTULO I Parágrafo 2º - As gratificações e os adicionais incorporam aos
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO vencimentos ou proventos nos casos e condições indicados em Lei.
Art. 55 - As vantagens pecuniares não serão computadas nem
Art. 45 - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício acumuladas para efeito de concessão de quaisquer outros acrésci-
de cargo público, com valor fixado em Lei. mos pecuniares ulteriores, do messmo título ou idênticos funda-
Art. 46 - A remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acres- mentos.
cido das vantagens pecuniária, permanente ou temporária estabe-
lecidas em Lei. SEÇÃO I
Parágrafo 1º - A rremuneração do funcionário investido no car- DAS INDENIZAÇÕES
go em comissão será paga na forma prevista no art. 72. Art. 56 - Constituem indenizações ao funcinário: I - Ajuda de
Parágrafo 2º - O funcionário investido em cargo em comissão custos;
de órgão ou entidade diversa da de sua lotação, receberá a remu- II- Diárias; e
neração de acordo com o estabelecido no artigo 109 parágrafo 1º. III- Transportes
Parágrafo 3º - O vencimento do argo efetivo, acrescido das van- Art. 57 - Os valores das indenizações assim como as condições
tagens de caráter permanente, é irredutível e observará o princípio para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento.
da isonomia, quando couber.
Art. 47 - Nenhum funcionário poderá perceber, mensalmente, SUBSEÇÃO I
a título de remuneração, importância superior a soma dos valores DA AJUDA DE CUSTO
fixados como remuneração, em espécie a qualquer título, pelo Pre-
ffeito Municipal. Art. 58 - O Município dará ajuda de custo ao funcionário des-
Parágrafo Único - Excluem-se do teto de remuneração as vanta- tinado a compensar as despesas de transportes, compreendendo
gens previstas no art. 71, II. passagens e bagagens, para aquele que, no interesse da Administra-
Art. 48 - A menor remuneração atribuída aos cargos de carrei- ção, tenha que se deslocar do Município para desempenhar missão
ras não será inferior a um sessenta avos (1/60) do teto da remune- expressamente designada pelo Prefeito.
ração fixada no artigo anterior. Art. 59 - A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração, não
Art. 49 - O funcionário perderá: podendo exceder a importância correspondente a 3 (três) meses.
I– A rremuneração dos dias que faltar ao serviço; Art. 60 - Não será concedida ajuda dcusto ao funcionário que
II- A parcela de remuneração diária proporcional aos atrasos, se afastar do cargo ou reassumi- lo, em virtude de mandato eletivo.
ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a 60 (sessenta) Art. 61 - Nos casos do afstamento dos funcionários Municipais
minutos; ou previstos nos artigos 109, letra a, a ajuda de custo será paga pelo
III- Metade da remuneração na hipótese prevista no artigo 142, órgão requisitante quando cabível.
parágrafo Único. Art. 62 - O funcionário ficará obrigado a restituir a ajuda de
Art. 50 - Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, ne- custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede
nhum desconto insidirá sobre a remuneração ou proventos. no prazo determinado no artigo 18 parágrafo 1º.
Parágrafo Único – Mediante autorização do funcionário, pode- Parágrafo Único - Não haverá obrigação de restituir a ajuda de
rá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, custo nos caasos de exoneração ou de ofício ou de retorno por mo-
a critério da administração e com reposição dos custos na forma tivo de doença comprovada.
definida em regulamento.
Art. 51 - As reposições e indenizações ao Erário serão desconta- SUBSEÇÃO II
das em parcelas mensais não excedentes a décima parte da remu- DAS DIÁRIAS
neração ou proventos.
Art. 52 - Os funcionários em débito com o Erário, que for demi- Art. 63 - O funcionário que, a serviço, se afastar da sede em
tido, e exonerado ou que tiver a sua disponibilidade cassada terá o caráter eventual ou provisório, para outro ponto de território na-
prazo de 60 (sessenta) dias para quitá-lo. cional, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as despesas de
Parágrafo Único - A não quitação do débito no prazo previsto posada, alimentação e locomoção urbana.
implicará em sua inscrição em dívida ativa. Parágrafo 1º - A diária será concedida por dia de afastamento,
Art. 53 - O vencimento, a remuneração e o provento, não será sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir per-
objeto de arresto, seguestro ou penhora, exceto nos casos de pres- noite fora da sede.
tação de alimentos resultantes de homologação ou decisão judicial. Parágrafo 2º - Nos casos em que o deslocamento da sede cons-
tituir exigência pernoite do cargo, o funcionário não fará jus às di-
CAPÍTULO II árias.
DAS VANTAGENS Art. 64 - O funcionário que receber diária e não se afastar da
sede por qualquer motivo, fica obrigado a restitui-la integralmente,
Art. 54 - Juntamente com os vencimentos poderão ser pagas ao no prazo de 05 (cinco) dias.
funcionário as seguintes vantages: Parágrafo Único - Na hipótese de o fucionário retornar à sede
I- Inddenizações; em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restitui-
II- Auxílios pecuniáres; e rá as diárias recebidas em excesso, em igual caso.

105
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SUBSEÇÃO III SEÇÃO III


DO TRANSPORTE DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS

Art. 65 - Conceder-se-á indenização de transporte ao funcio- Art. 71 - Além do vencimento e das vantagens previstas nes-
nário que realizar despesas com a utilização de meio próprio de ta Lei serão deferidas aos funcionários as seguintes gratificações e
locomoção para execução de serviços externos, por força das atri- adicionais:
buições própria do cargo conforme o regulamento. I – Gratificação pelo exercício de função de direção, chefia, as-
sessoramento ou assistência;
Parágrafo 1º - Somente fará jus a indenização de transporte II - Gratificação natalina;
pelo seu valor integral, o funcionário que, no mês, haja efetivamen- III- Gratificação pro representação de Gabinete;
te realizado erviços externos durante pelo menos 20 (vinte) dias. IV- Gratificação pelo desempenho de cargo técnico ou cientifi-
Parágrafo 2º - Se o número de dias e serviços externos for infe- co; V - Gratificação de produtividade fiscal;
rior ao previsto no parágrafo anterior, a indenização será devida na VI - Gratificação para regência de classe;
proporção de 1/20 (um vinte avos) por dia de realização do serviço. VII - Gratificação de difícil acesso;
VIII– Adicional por tempo de serviço;
SEÇÃO II IX– Adicional pelo exercício de atividades em condições peno-
DOS AUXÍLIOS PECUNIÁRIOS sas, insalubres ou perigosas;
X – Adicional para prestação de serviço extraordinário; e
Art. 66 - Serão concedidaos ao funcionário público municipal: XI – Adicional de férias.

I - Auxílio para diferença de caixa; SUBSEÇÃO I


II – Auxílio escolar; DAS GRATIFICAÇÕES PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE
III - Auxílio alimentação; e DIREÇÃO CHEFIA, ASSESSORAMENTO OU ASSISTÊNCIA
IV - Auxílio transportes.
Art. 72 - Ao funcionário investido em função de direção, chefia,
SUBEÇÃO I assessoramento ou assistência, é devida uma gratificação pelo seu
DO AUXÍLIO PARA DIFERENÇA DE CAIXA exercício.
Parágrafo 1º - Os percentuais de gratificação serão estabeleci-
Art. 67 - O auxílio para diferença de caixa, será concedido ao dos em Lei, em ordem descrescente, a partir dos vencimentos dos
funcionário que desempenhar atribuições de pagar ou receber em Secretários Municipais.
moeda corrente e será devida na forma do regulamento. Parágrafo 2º- A gratificação prevista neste artigo incorpora-se-á
a remuneração do funcionário na proporção de um quinto por um
SUBSEÇÃO II ano de exercício da função de direção, chefia,
DO AUXÍLIO ESCOLAR assessoramento ou assistência, a partir do sexto ano, até o limi-
te de cinco quintos, na forma estabelecida em regulamento.
Art. 68 - O auxílio escolar será devida ao funcionário, por filhos Parágrafo 3º - Lei específica estabelecerá a remuneração dos
de qualquer condição, enteado, menor sob guarda ou tutela, até a cargos em comissão de que trata o artigo 12 inciso e. inclusive
idade de 21 (vinte e um) anos, na forma estabelecida em regula- quando exercido por funcionário.
mento.
Parágrafo Único - O Município garantirá aos seus funcionários e SUBSEÇÃO II
dependentes matrícula na rede de ensino de 1º e 2º grau. DA GRATIFICAÇÃO NATALINA

SUBSEÇÃO III Art. 73 - A gratificação natalina corresponde a um doze avos da


DO AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO remuneração a que o funcionário faz jus no mês de dezembro, pr
mês de exercício, no respectivo ano.
Art. 69 - O auxílio alimentação será devido ao funcionário ativo, Parágrafo Único - A fração igual ou superior a quinze dias será
na forma e condições estabelecidas em regulamento. considerada como mês integral.
Art. 74 - A gratificação será paga até o dia 20 de dezembro de
SEÇÃO IV cada ano.
DO AUXÍLIO TRANSPORTE Parágrafo Único - Juntamente com a remuneração de junho
será paga, como adiantamento de gratificação natalina, metade da
Art. 70 - O auxílio transporte será devido ao funcionário ativo remuneração ou provento recebido no mês anterior.
no deslocamento da residência para o trabalho e do trabalho para a Art. 75 - O funcionário exonerado perceberá sua gratificação
residência, na forma estabelecida em regulamento. natalina, proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calcu-
lada sobre a remuneração do mês da exoneração.
Art. 76 - A gratificação natalina não será considerada para cál-
culo de quaisquer vantagens pecuniares.

106
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SUBSEÇÃO III Parágrafo Único - O percentual da gratificação que trata o pre-


DA GRATIFICAÇÃO POR REPRESENTAÇÃO DE GABINETE sente artigo, será de 20% (vinte por cento) sobre o vencimento do
funcionário.
Art. 77 - A gratificação por representação de Gabinete é devida
ao funcionário investido em cargo de direção, assessoramento e as- SUBSEÇÃO VIII
sistência superior e intermediário, bem como, aqueles que vierem a DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO.
representar o Município Judicial e Extrajudicialmente.
Parágrafo Único - Os percentuais a serem pagos, serão arbitra- Art. 83 - O adiniconal por tempo de serviço, será conferido ao
das pelo Prefeito Municipal em ordem decrescente a partir do cargo funcionário em razão da tabela abaixo, incidindo sobre a remunera-
de Secretário. ção de que trata o artigo 46, Parágrafo 3º desta Lei.
a)três anos de exercício 10%
SUBSEÇÃO IV b)seis anos de exercício 14%
DA GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE CARGO TÉCNICO c)nove anos de exercício 18%
OU CIENTÍFICO d)doze anos de exercício 22%
e)quinze anos de exercício 25%
Art. 78 - O funcionário investido em cargo de carreira técnico f)dezoito anos de exercício 30%
ou científico, será devida uma gratificação pelo efetivo e exercício g)vinte e um anos de exercício 32%
do cargo. h)vinte e quatro anos de exercício 35%
Parágrafo Único - Os percentuais da gratificação que trata este i)vinte e sete anos de exercício 40%
artigo será estabelecida em ordem decrescente a partir do cargo j)trinta anos de exercício 45%
de Secretário Municipal, Procurador, de Diretor, que farão jus a cin- k)ttrinta e três anos de exercício 50%
quenta por cento (50%) e quarenta por cento (40%), chefia interme- Parágrafo Único - As categorias de funcionários que gozam de
diária e demais cargos. aposentadoria especiais, com tempo de serviço reduzido, terão fi-
Art. 79 - Considera-se cargo técnico ou científico para efeito xadas as suas tabelas, por ato a ser baixado pelo Poder Executivo,
desta Lei: com critério proporcional.
a)O cargo de carreira para cujos exercícios seja exigida habilita-
ção em curso legalmente denominado como técnico de grau médio SUBSEÇÃO IX
ou superior de ensino. DO ADICIONAL PELO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES EM CON-
b)Os cargos de Secretários, Procuradores e Dirretores, Chefia DIÇÕES PENOSAS, INSALUBRES OU PERIGOSAS.
intermediária e assessoramento superior.
Art. 84 - Os funcionários que executem atividades penosas,
SUBSEÇÃO V ou que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em
DA GRATIFICAÇÃO DE PRODUTIVIDADE FISCAL contato permanente com substância tóxicas ou com risco de vida,
fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.
Art. 80 - Os funcionários do grupo fiscal, terão dentro de suas Art. 85 - O funcionário que fizer jus ao adicional de penosidade,
áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais se- insalubridade e periculosidade deverão optar por um deles.
tores administrativos, conforme estabelece o artigo 37, inciso XVIII Parágrafo Único - O direeito ao adicional de penosidade, insalu-
da Constituição Federal e, farão jus a perceberem a gratificação de bridade ou periculosidade cessam com a eliminação das condições
produtividade fiscal com base na Lei nº 225/81. ou dos riscos que deram causa a sua concessão.
Parágrafo Único - O Preffeito Municipal regulamentará com De- Art. 86 - É proibido a funcionária gestante ou lactante o traba-
creto as tarefas e forma de pontuação para verificação da produti- lho em atividade ou operações consideradas penosas, insalubres ou
vidade fiscal. perigosas.
Art. 87 - Na concessão dos adicionais de penosidades, insalu-
SUBSEÇÃO VI bridades e de periculosidades, serão observadas as situações es-
DA GRATIFICAÇÃO POR REGÊNCIA DE CLASSE pecíficas através de processo regular e obedecerá o percentual de
vinte pro cento (20%) do cargo efetivo.
Art. 81 - A gratificação por regência de classe, será paga aos Parágrafo Único - O adicional de insalubridade por trabalho
membros do Magistério Municipal, em razão do efetivo exercçio em com Raio X ou substância radioativa, corresponde a quarenta por
sala de aula na forma do regulamento. cernto (40%) do vencimento do cargo efetivo.
Parágrafo Único - O percentual da gratificação que trata o pre- Art. 88 - Os locais de trabalho e os funcionários que operam
sente artigo, será de 20% (vinte por cento) sobre o vencimento do com Raio X ou substância radioativas, devem ser mantidos em con-
funcionário, elevando-se em 1% (um por cento) a cada ano de efeti- trole permanente, de modo que as doses de radiações ionizantes
vo exercício do magistério na forma do regulamento. não ultrapassem o nível máximo previsto na Lei Federal.
Parágrafo Único - Os funcionários a que se refere este artigo,
SUBSEÇÃO VII devem ser submetidos a exame médico periódico.
DA GRATIFICAÇÃO DE DIFÍCIL ACESSO

Art. 82 - A gratificação de difícil acesso será devida ao funcio-


nário municipal que for lotado em unidade de serviço municipal,
assim designado pela Administração por Decreto.

107
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SUBSEÇÃO X CAPÍTULO IV
DO ADICIONAL DO SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO DAS LICENÇAS

Art. 89 - Os serviços extraordinários serão remunerados com SEÇÃO I


acréscimo de 50 % (cinquenta por cento) em relação a hora normal DISPOSIÇÕES GERAIS
de trabalho.
Parágrafo 1º - Em se tratando de serviço noturno, o valor da Art. 97 - Conceder-se-á licença ao funcionário:
hora será acrescido de mais de 20% (vinte por cento).
Parágrafo 2º - Compreende-se como trabalho notrurno, aquele I- Por motivo de doença em pessoa da família;
que ultrapassar de vinte e duas horas de um dia, limitando-se até às II– Por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
cinco horas do dia seguinte. III – Para o serviço militar;
Parágrafo 3º - Compreende-se como serviço Extraordinário a IV – Para atividade política;
participação do funcionário de carreira em comissão de Inquérito, V – Prêmio por assiduidade;
Membro de Banca Examinadora, Comissão Especial de Concurso ou VI – Para tratar de interesse particulares; e VII – Para desempe-
outras designações especiais qunado nomeada pelo Prefeito Mu- nho de mandato classista.
nicipal. Parágrafo 1º - A licença prevista no inciso I, será precedida dde
Art. 90 - Somente será permitido serviço extraordinário para exame por médico ou junta médica oficial.
atender situações excepcionais e temporárias, respeitando o limite Parágrafo 2º - O funcionário não poderá permanecer em licen-
máximo de duas horas diárias. ça da mesma espécie, por período superior a vinte e quatro meses
Parágrafo Único - Se ultrapassar o disposto no artigo anterior. salvo nos casos dos incisos II, III, IV e VII.
Parágrafo 3º - A licença concedida dentro de sessenta dias do
SUBSEÇÃO XI término da outra especie, será considerada como prorrogação.
DO ADICIONAL DE FÉRIAS
SEÇÃO II
Art. 91 - Independentemente de solicitação, será pago ao fun- DA LICENÇA POR MOTIVO DA DOENÇA EM PESSOA DA
cionário, por ocasião das férias, um adicional de pelo menos um FAMÍLIA
terço da remuneração correspondente ao período de férias.
Parágrafo Único - No caso do funcionário exercer função de Art. 99 - Poderá ser concedida a licença ao funcionário, por mo-
direção, chefia, acessoramento ou assistência ou ocupar cargo em tivo de doença do cônjuge ou companheiro, padastro ou madastra,
comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do excedentes, descedentes, enteados e colateral consanguineos ou
adicional de que trata este artigo. afins, até o segundo grau civil, mediante comprovação médica.
Artigo 92 - O funcionário em regime de acumulação lícita, per- Parágrafo 1º - A licença somente será deferida as assistêcia
ceberá o adicional de férias calculada sobre o vencimento dos dois direta do funcionário por indispensável e não puder ser prestada
cargos. simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apura-
do, através do acompanhamento social.
CAPÍTULO III Parágrafo 2º - A licença será concedida sem prejuizo da remu-
DAS FÉRIAS neração do cargo, efetivo, no prazo máximo de trinta dias e exce-
dendo este prazo, sem remuneração.
Art. 93 - O funcionário fará jus anualmente, a trinta dias conse- SEÇÃO III
cutivos de férias que podem ser acumulada até o máximo de dois DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CONJU-
períods, no caso de necessidade do serviço, ressalvada as hipóteses GE
em que haja legalização específica.
Parágrafo 1º - Para o primeiro período aquisitivo de férias, será Art. 100 - Poderá ser concedida a licença ao funcionário para
exigido doze meses de exercício. acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro
Parágrafo 2º - É vedado levar a contar de férias, qualquer falta ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de
ao serviço. mandato eletivo do Poder Executivo e Legislativo.
Art. 94 - É facultado ao funcionário converter um terço das fé- Parágrafo 1º - A licença será por prazo indeterminado e sem
rias em abono pecuniário, desde que requeira como pelo menos remuneração.
sessenta dias de antecedência de seu início. Parágrafo 2º - Na hipótese do deslocamento de que trata este
Parágrafo Único – No cálculo do abono pecuniário, será consi- artigo o funcionário poderá ser lotado, provisoriamente em repar-
derado o valor do adicional de férias, previsto no artigo 71. tição da Administração Federal direta, autarquias ou fundacional,
Art. 95 - O funcionário que opere direta e permanentemente desde que para exercício de atividade compatível com seu cargo e
com Raio X e substância radiotivas gozará obrigatoriamente vinte a critério do Prefeito.
dias consecutivos de férias, por semestre de atividades profissio-
nais, proibida, em qualquer hipótese a acumulação. SEÇÃO IV
Parágrafo Único - O funcionário referido neste não fará jus ao DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR
abono pecuniário de que trata o artigo anterior.
Art. 96 - As férias só poderão ser interrompidas por motivo de Art. 101 - Ao funcionário convocado para o serviço militar será
calamidade pública, comoção interna, convocação para juri, serviço concedida a licença na forma e condições previstas na Legislação
militar ou eleitoral ou por motivo de superior interesse público. específica.

108
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo Único – Concluindo o serviço militar, o funcionário Parágraafo 1º - Somente poderão ser licenciados funcionários
teerá até trinta dias sem remuneraçãao para reassumir o exercício eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas enti-
do cargo. dades, até o máximo de três, por entidade.
Art. 102 - O funcionário terá dirrreito a licença, sem remune-
ração durante o período que medir entre a sua escolha, em con- Parágrafo 2º - A licença terá duração igual ao mandato, poden-
venção partidária, como candidato a cargo eletivo e a véspera do do ser prorrogada no caso de reeleição e por uma única vez.
registro da sua candidatura perante a justiça eleitoral.
Parágrafo 1º - O funcionário candidato a cargo eletivo na locali- Parágrafo 3º - O poder Executivo conceder licença remunerada
dade onde desempenha sua função e que exerça cargo de direção, a funcionário para desempenho de atividade classista, desde que
chefia, assessoramento, assistência, arrecadação ou fiscalização, seja firmado convênio e aprovado pela Câmara Municipal.
dele será afastado, a partir do dia imediato ao registro de sua can-
didatura perante a Justiça Eleitoral, até o dia seguinte ao do Pleito. CAPÍTULO V
Parágrafo 2º - A partir do registro da candidatura, até o décimo DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU
quinto dia seguinte ao da eleição, o funcionário fará jus a licença ENTIDADES
remunerada, como se em efetivo exercício estivesse.
Art. 109 - O funcionário poderá ser cedido para ter exercício em
SEÇÃO VI outro órgão ou entidade no Poder da União dos Estados, do Distrito
DA LICENÇA PRÊMIO POR ASSIDUIDADE Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:
a)Para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
Art. 103 - Após cada decênio interrupto de exercício, o funcio- e
nário fará jus a seis meses de licença, a título de prêmio por assidui- b)Em casos previstos em Leis específicas.
dade, com a remuneração do cargo efeitvo. Parágrafo 1º - Na hipótese da alínea ä”deste artigo, o ônus da
OBS: ESTE ARTIGO MODIFICADO – VER LEI COMP. Nº 013/91 remuneração será do órgão ou entidade requisitante, se Estadual,
Art. 104 - Não se concederá licença ao funcionário que, no pe- Municipal ou Distrito Federal.
ríodo aquisitivo: Parágrafo 2º - Mediante autorização expressa do prefeito, o
I – Sofrer penalidade disciplinar de suspensão; e funcionário poderá Ter exercício em outro órgão da Administração
II – Afastar-se do cargo em virtude de: condenação a pena pri- Municipal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim
vativa de liberdade, por setença definitiva. determinado e a prazo certo.
Parágrafo Único - faltas injustificadas ao serviço retardarão a Art. 110 - O afastamento do funcionário para servir em orga-
concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de um mês nismo internacional com o qual o Brasil coopere, ou dele participe,
para cada falta. dar-se-á comperda total da remuneração.
Art. 105 – O número de funcionários em gozo simultaneo de Art. 111 – O afastamento para estudo ou missão oficial no Exte-
licença prêmio, não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da lotação rior obedecerá ao disposto em legislação específica.
da respectiva unidade administrativa ou órgão ou entidade.
Art. 106 - Para efeito de aposentadoria, será contado em dobro CAPÍTULO VI
o tempo de licença prêmio que o funcionário não houver gozado. DAS CONCESSÕES

SEÇÃO VII Art. 112 – Sem qualquer prejuizo, poderá o funcionário ausen-
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES tar-se do serviço:
I– Por um dia, para doação de sangue;
Art. 107 - A critério da Administração, poderá ser concedida II– Até dois dias, para alistar como eleitor; e
ao funcionário estável licença para o trato de assuntos particulares, III – Até cinco dias, por motivo de:
pelo prazo de dois anos consecutivos sem remuneração. a)casamento; e
Parágrafo 1º - A licença poderá ser interrompida a qualquer b)falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrastas, pa-
tempo, a pedido do funcionário ou no interesse do serviço. drastos, filhos ou entiados e irmãos.
Parágrafo 2º - Não concederá nova licença antes de decorridos Art. 113 - Poderá ser concedido horário especial ao funcionário
dois anos do término da anterior. estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horá-
Parágrafo 3º - Não se concederá a licença a funcionário nomea- rio escolar e o da repartição, sem prejuizo do exercício do cargo.
do, removido, redistribuido ou transferido, antes de completar dois Parágrafo Único – Para efeito do disposto neste artigo, será exi-
anos de exercício. gida a compensação de horários na repartição, respeitada a dura-
ção semanal do trabalho.
SEÇÃO VIII Art. 114 - Ao funcionário estudante, se mudar da sede no inte-
DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLAS- resse da Administração, é assegurada, na localidade da nova resi-
SISTA dência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino con-
gênere, em qualquer época, independentemente de vaga, na forma
Art. 108 – É assegurado ao funcionário o direito para o desem- e condições estabelecidas na legislação específica.
penho de mandato em confederação e federação de âmbito nacio- Parágrafo Único - O disposto neste artigo, estende-se ao cônju-
nal ou sindicato representativo da categoria ou entidade fiscaliza- ge, companheiro, aos filhos ou entiados do funcionário que vivam
dora da profissão, sem remuneração. em sua companhia, bem como aos menores sobre sua guarda, com
autorização judicial.

109
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CAPÍTULO VII Parágrafo 4º - É vedada para contagem cumulativa de tempo


DO TEMPO DE SERVIÇO de serviço de Estado comcomitantemente em mais de um cargo ou
função de órgão ou entidades dos poderes da União, Estado, Distri-
Art. 115 - É contado para todos os efeitos o tempo de serviço to Federal e Municípios, Autarquias, Fundação Pública, Sociedade
público municipal, incluindo o prestado as Forças Armadas. de Economia Mista e Empresa Pública.
Art. 116 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias
que serão convertidos em anos considerado o ano como de trezen- CAPÍTULO VIII
tos e sessenta e cinco dias. DO DIREITO DE PETIÇÃO
Parágrafo Único - Feita a conversão, os dias restantes, até cento
e oitenta e dois, não serão computados, arredondando-se para um Art. 119 - É assegurado ao funcionário o direito de requerer aos
ano quando excederem este número, para efeito de aposentadoria. Poderes Públicos, em defesa de direitos ou de interesse legítimo.
Art. 117 Além da ausência ao serviço previsto no artigo 112 Art. 120 - O requerimento será dirigido a autoridade compe-
serão considerados como de efetivo exercício os afastamentos em tente para decidi-lo e encaminhá- lo por intermédio daquela estiver
virtude de: imediatamente subordinado ao requerente.
I– Férias; Parágrafo Único – É de competencia exclusiva do Secretário
II– Exercício do cargo em comissão ou equivalente em órgão ou Municipal de Administração as decisões dos requerimentos em pri-
entidades de Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distritos meira instância, os Processos relacionados com direitos e vantagens
Federais; dos funcionários municipais.
III– Exercício de cargo ou função de governo ou administração, Art. 121 - Cabe pedido de reconsideração a autroidade que
em qualquer parte do Território Nacional, por nomeação do Presi- houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão não poden-
dente da República ou do Governador do Estado; do ser renovada.
IV– Participação em Programa e treinamento regularmente ins- Parágrafo 1º - O requerimento e o pedido de reconsideração
tituído; de que tratam os artigos anteriores, deverão ser despachados no
V– Desempenho de mandato eletivo Federal, estadual, Muni- praazo de cinco dias e decididos dentro de 30 dias
cipal ou no Distrito Federal; VI – Convocação para o serviço Militar; Parágrafo 2º - Os recuros administrativos que envolverem direi-
VII– juri e outros serviçosobrrigatórios por Lei; tos e vantagens dos funcionários municipais em Segunda instância
VIII– Missão ou estudo no estrangeiro, quando autorizado o serão julgados pela Junta de Recursos Administrativos.
afastamento; e IX – Licença: Art. 122 - Caberá recursos;
a)A gestante, a adotante e a paternidade; I- Do indeferimento no pedido de reconsideração; e
b)Para tratamento da própria saúde, até dois anos; II- Daas decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
c)Para o desempenho de mandato classista, exceto para efeito Parágrafo 1º - O recurso será dirigido a autoridade imediata-
de promoção por merecimento. mente superior a que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e
d)Por motivo de acidente em serviço ou doença prosfissional; e sucessivamente em escla ascendente, as demais autoridades.
e)Prêmio por assiduidade. Parágrafo 2º - O recurso será encaminhado por intermédio da
Art. 118 - Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente;
disponibilidade: Parágrafo 3º - Os recursos em que se trata o Parágrafo 2º do
I– O tempo de serviço público prestado a União, aos Estados e artigo 121 serão exclusivamente decididos em primeira instância
a outros Municípios e Distrito Federal; pelo Secretário Municipal de Administração, em Segunda instância
II– A liccença para tratamento de saúde de pessoa da família do pela junta de Recuros Administrativos e após o seu julgamento irá
funcionário, até 90 (noventa dias; ao prefeito Municipal para decisão final.
III- A liccença para atividades políticas, no caso do artigo 102 e Art. 123 - O prazo para interposição de pedido, de reconside-
Parágrafo 2º; ração ou de recuro é de trinta dias, a contar da publicação ou da
IV- O tempo correspondente ao desempenho de mandato ele- ciência pelo interessado, da decisão recorrida.
tivo Federal, Estadual, Municipal ou Distrital, anterior ao ingresso Art. 124 - O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo
no serviço público municipal; a juízo da autoridade competente.
V- O tempo de serviço em entidade privada, vinculado a Pre- Parágrafo Único - Em caso de provimento do pedido de recon-
vidência Social; e VI - O tempo de serviço relativo a tiro de guerra. sideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão a data do
Parágrafo 1º - O tempo de serviço a que se refere o inciso I ato impugnado.
deste artigo, não poderá ser contado com quaisquer acréscimo ou Art. 125 - Os direitos de requerer prescreve:
em dobro salvo se houver dispositivo correspondente na Legislação I- Em cinco anos, quando os atos de decisão e de cassação de
Federal; disponibilidade ou que afetem interesse patrimonial e crédito resul-
Parágrafo 2º - O tempo em que o funcionário esteve aposenta- tante das relações de trabalho, e
do ou em disponibilidade, será apenas para nova aposentadoria ou II- Em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo quando outro
disponibilidade. caso prazo for fixado em Lei.
Parágrafo 3º - Será contado em dobro o tempo de serviço pres- Parágrafo Único - O prazo de prescrição será contado da data
tado as Forças Armadas em operações de guerra. da publicação do ato impugnado ou da data da ciência, pelo interes-
sado, quando o ato não for publicado.
Art. 126 - O pedido de reconsideração e o recurso, quando ca-
bíveis interromper a prescrição.

110
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo Único - Interropinda a prescrição, o prazo recomeça- II- Determinar a publicação dos acórdãos de todos as suas de-
rá a correr pelo restante, no dia em que cessar a interrupção. cisões;
Art. 127 – A prescrição é de ordem pública, não podendo ser III- Requisitar as autoridades competentes a realização das dili-
relevada pela administração. gências necessárias o esclarecimento dos feitos sob sua apreciação,
Art. 128 - Para o exercício do direito de petição, é assegurada repres4entando contra aquelas que não atenderem a tais requisi-
vista do processo ou documento, na repartição, ao funcionário ou ções.
ao Procurador por ele constituído. Parágrafo 1º - A Junta de Recursos Administrativos só poderá
Art. 129 - A administração deverá rever seus atos, a qualquer julgar por maioria de seus competentes e o seu Presidente só vo-
tempo quando eivados de ilegalidade. tará em caso para completar o quorum de votação ou em caso de
Art. 130 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos desempate.
neste capítulo, salvo motivo de força maior. Parágrafo 2º - Nos casos de ausência ou impedimento do seu
Presidente, assumirá a mesma o Membro mais idoso entre os pre-
CAPÍTULO IX sentes.
DA JUNTA DE RECURSOS ADMINISTRATIVOS Parágrafo 3º - Por ausência da Junta de Recursos Administrati-
vos a que comparecerem, até o máximo de dez por mês, os mem-
Art. 131 - Fica criada, nos termos previstos na Lei Orgânica do bros farão jus a uma gratificação especial ou jeton de presença, cujo
Município, a Junta de Recursos Administrativos – JRA – com compe- o valor será fixado em Decreto.
tência para dirinir dúvidas e controvérsias entre Município e seus Art. 136 - A Junta de Recursos Administrativos na forma do re-
funcionários, servindo de Assessoramento para tomada de deci- gulameento farão os julgamentos dos Processos de sua competên-
sões pelo Prefeito Municipal. cia no prazo máximo de 45 dias e encaminharão o acórdão para
Art. 132 - A Junta de Recuros Administrativos terá a seguinte decisão final do prefeito Municipal.
composição: Parágrafo Único - Das decisões do Prefeito Municipal na forma
I- Três Procuradores Municipais, designados pelo Prefeito Mu- deste artigo não caberá mais recursos administrativos.
nicipal, e dentre os quais será escolhido o Presidente por votos dos
próprios membros componentes; TÍTULO IV
II- Dois representantes indicados pelos dois Sindicatos de maior DO REGIME DISCIPLINAR CAPÍTULO I
representatividade dentre as Categorias Funcionais e Profissionais DOS DEVERES
dos Servidores Municipais de Maricá.
Parágrafo 1º - Haverá um suplente para os Membros Procura- Art. 137 - São deveres dos funcionários:
dores Municipais e outro para Membros representantes dos Sindi-
catos. I - Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
Parágrafo 2º - Inexistindo Sindicato ou na ausência de indicação II – Lealdade as instruções a que servir;
do respectivo representante no prazo de trinta dias, a Associação III– Observância das normas legais e regulamentares;
mais antiga de representação da Classe dos Seridores será também IV– Cumprimento as ordens superiores, exceto quando mani-
notificada para proceder a indicação do membro para compor a festamente ilegais;
Junta de Recursos Administrativo. V - Atender com presteza:
Parágrafo 3º - Os membros da Junta de Recursos Administrati- a)Ao público em geral, prestando as informações requeridas,
vos serão designados, respeitadas as demais condições e exigências ressalvadas as protegidas por sigilo;
desta Lei, dentre Servidores que possuirem escolaridade de nível b)Ã expedição de certidões requeridas para despesa de direito
médio, maiores de 21 anos de idade, e mais de cinco anos de servi- ou esclarecimento de situações de interesses pessoal; e
ço público Municipal, para um mandato de dois anos. c)Às reqquisições para defesa da Fazenda Pública;
Parágrafo 4º - Na falta de indicação pelos Sindicatos ou Asso- VI- Levar ao conhecimento da autoridadde superior as irregula-
ciações mais antiga de nomes para membros representantes das ridades que tiver ciência em razão do cargo;
categorias funcionais ou profissionais, serão estes representantes VII– Guardar sigilo sobre assunto da repartição
livremente designados pelo Presidente da Junta de Recursos Admi- IX - Manter conduta compatível com a moralidade administra-
nistrativos, atendidos os requesitos para o exercício do mandato. tiva;
Art. 133 - O Prefeito Municipal deverá aprovar Regimento In- X - Ser assíduo e pontual ao serviço;
terno da Junta de Recursos Administrativos, por Decreto, ddentro XI- Tratar com urbalidade as pessoas;
do prazo de 30 dias após a formação da Junta. XII- Representar contra ilegalidade ou abuso de poder;
Art. 134 - O Prefeito Municipal designará os Procuradores Mu- XIII- Todos os funcionários são có-responsáveis pela Receita
nicipais membros da Junta de Recursos Administrativos dentro do Municipal devendo representar a Fazenda Pública, qualquer entra-
prazo de trinta dias contados da data da publicação desta Lei, e em ve ou sonegação de qualquer espécie que ele tiver conhecimento,
igual prazo notificará os Sindicatos para indicarem seus represen- inclusive a sonegação de Nota Fiscal obrigatória do Comércio e da
tantes. Indústria.
Art. 135 - Compete, ainda, a Junta de Recuros Administrativos:
I- Julgar todos os caos em Processos relacionados a remunera- Parágrafo Único - A representação de que trata o inciso XII será
ção, férias, indenizações e demais direitos vantagens, benefícios e encaminhada pela via hierárquica e obrigatoriamente apreciada
obrigações dos servidores públicos municipais, previstos no estatu- pela autoridade superior contra a qual é formulada.
to da Classe ou categoria e na Legislação Municipal.

111
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CAPÍTULO II Art. 141 - O funcionário não poderá exercer mais de um cargo


DAS PROIBIÇÕES em comissão, se remunerado pela participação em órgão de deli-
beração coletiva.
Art. 138 - Ao funcionário público é proibido: Art. 142 - O funcionário vinculado ao regime desta Lei, que
acumular lícitamente dois de carreira, quando investido em cargo
I– Ausentar-se do serviço durante o exposto,sem prévia autori- de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos
zação do chefe imediato; efetivos, recebendo remuneração nos termos da Lei referida no art.
II– Retirar, semprévia anuência da autoridade competente, 72, Parágrafo 3º.
qualquer documento ou objeto da repartição; Parágrafo Único - O afastamento previsto neste artigo ocorrerá
III- Recusar fé a documentos públicos; apenas em relação a um dos cargos, se houver compatibilidade de
IV- Opor resistência injustificada ao andamento de documento horários.
e processo ou execução de serviço;
V- Promoveer manifstação de preço ou despreço no recineto CAPÍTULO IV
da repartição;
VI- Referiri-se de modo depreciativo ou desrespeitoso as auto- DAS RESPONSABILIDADES
ridades públicas ou aos atos do Poder Público, mediante manifesta-
ção escrita ou oral; Art. 143 - O funcionário responde civil, penal e administrativa-
VII- Cometer a pessoa estranha a repartição, fora dos casos pre- mente pelo exercício irregular de suas atribuições.
vistos em Lei, o desempenho de encargo que seja de sua competên- Art. 144 - A responsabilidade civil decorre de atos omissivos
cia ou de seu subordinado; doloso, ou, culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a tercei-
VIII- Competir ou aliciar outro funcionário no ssentido de filia- ros.
ção a associação profissional ou sindical, ou a partido político; Parágrafo 1º - A indenização de prejuízo causados ao erário po-
IX- Manter sob sua chefia imediata, cônuge, companheiro ou derá ser liquidado na forma prevista no art. 51.
perante até o segundo grau civil; Parágrafo 2º - Tratando-se de danos causados a terceiros, res-
X- Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, ponderá o funcionário perante a Fazenda Pública, em ação regres-
em detrimento da dignidade da função pública; siva.
XI- Participar da gerência ou administração de empresa pri- Parágrafo 3º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos
vada, de ssociedade civil, ou exercer comércio, e nessa qualidade, sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da
transacionar com o Estado; herança recebida.
XII– Atuar como Procurador ou intermediário, junto as repar- Art. 145 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contra-
ti’~oes públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciá- venções imputadas ao funcionário, nesta qualidade.
rios ou assistenciais de parentes até segundo grau; Art. 146 - A responsabilidade administrativa resulta de ato co-
XIII- Receber propina, comissão, presentes ou vantagens de mossivos ou comissivo praticado no desempenho de cargo ou fun-
qualquer espécie, em razão de suas atribuições; ção.
XIV- Aceitar comissão, em razão, emprego ou pensão de Estado Art. 147 - As sanções civis, penais e administrativas poderão
estrangeeiro, sem licença do Prefeito Municipal; cumular-se, sendo independentes entre si.
XV- Praticar usura sob qualquer de suas formas; XVI - Proceder Art. 148 - A responsabilidade civil ou administrativa profissional
de forma desidiosa; será afastada do caso de absolvição criminal que negue a existência
do fato ou a sua autoria.
XVII- Cometer a outro funcionário atribuições estranhas as do
cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitória; CAPÍTULO V
XVIII– Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em DAS PENALIDADES
serviços ou atividades particulares; e
XIX- Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com Art. 149 - São penalidades disciplinarias:
o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho.
Art. 139 - É lícito ao funcionário criticar atos do Poder Público I - Advertência;
do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em tra- II - Suspensão;
balho assinado. III - Demisão;
IV– Cassação da disponibilidade; e
CAPÍTULO III V- Destituição do cargo em comissão.
DA ACUMULAÇÃO
Art. 150 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a
Art. 140 - Ressalvados os cargos previstos na constituição, é de- natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela
dada a acumulação remunerada de cargos públicos. provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou
Parágrafo 1º - A proibição de acumular estende-se a cargos, atenuantes e os antecedentes funcionais.
empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas Art. 151 - A advertência será quitada por escrito, nos casos de
públicas, sociedade de economia mista da União, do Distrito Fede- violação de proibição constante no artigo 138, inciso I a IX, e de
ral, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios. inobservância de dever funcional previsto em Lei, regulamento ou
Parágrafo 2º - A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica norma interna.
condicionada a comprovação da compatibilidade de horários.

112
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 152 - A suspensão será aplicada em caso de reincidência IV- pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se
das faltas punidas com advertência e de violação e demais proibi- trata de destituição de cargo em Comissão de não ocupante de car-
ções que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, go pequeno.
não podendo exceder a 90 (noventa) dias. Art. 161 - A ddemissão por infligência do artigo 138, Incisos
Parágrafo Único - Quando houver conveniência para o serviço a X e XII e a destituição de função prevista no Artigo 156, Inciso V,
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base incompatibiliza o ex funcionário para a nova infestidura em cargo
de 50% (cinquenta por cento por dia) ou remuneração, ficando, o ou função pública municipal pelo prazo de 25 (vinte e cinco) anos.
funcionário obrigado a permanecer em serviço. Parágrafo Único - não poderá retornar ao serviço público mu-
Art. 153 - As penalidades de advertência e suspensão terão nicipal o funcionário que for demitido por infligência do Artigo 154,
seus registros cancelados, após o percurso de três e cinco anos de Incisos I, IV, VIII, X e XI.
efetivo exercício, respectivamente, se o funcionário não houver, Art. 162 - Será cassada a disponibilidade do inativo:
nesse período, praticado nova infração disciplinar. I- Que infligir a proibição constante do artigo 138, Inciso XV; e
Parágrafo Único - O cancelamento da penalidade não surtirá II- Que houver praticado,na atividade, falta punível com a de-
efeitos retroativos. missão.
Art.15 4 - A demissão será aplicada nos seguintes casos: Art. 163 - Será punido com a suspensão até 15 (quinze) dias o
I - Crime contra a adminstração pública; funcionário que, injustificavelmente, recusar-se a ser submetido a
II - Abandono de cargo; inspeção médica determinada pela autoridade competente, nas hi-
III- Inassiduidade habitual; póteses previstas no Artigo 88, Parágrafo Único, cessando os efeitos
IV– Improbidade administrativa; da penalidade logo que se verifique a inspeção médica.
V- Incontinência pública e conduta escandalosa; Art. 164 - A ação disciplinar prescreverá:
VI– Ofensa física, em serviço, o funcionário ou particular, salvo I- Em 05 (cinco) anos, quando as inflações puníveis com demi-
em legítima defesa própria ou de outrem; são, cassação de disponibilidade e destituição do cargo em comis-
VII- Insubordinação grave em serviço; são;
VIII- Aplicação irregular de dinheiros públicos; II- Em 02 (dois) anos, quando a suspensão; e
IX- Revelação de segredo apropriado em razão de cargo; III- Em 180 (cento e oitenta) dias, quando a repreensão.
X- Lesão aos cofres públicos dilapidação ao patrimônio munici- Parágrafo 1º - O prazo de prescrição começa da data em que o
pal; XI - Corrupção; lícito foi praticado.
XII - Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públi- Parágrafo 2º - Os prazos de prescrição previstos na Lei Penal
cas; e XIII - Transgressão do art. 138, Inciso X e XVII. aplicam-se as infrações disciplinares capituladas também como cri-
Art. 155 - A acumulação que trata o Inciso XII do art. Anterior me.
acarreta a demissão de um dos cargos, empregos ou funções, dan- Parágrafo 3º - A abertura de sindicância ou a instauração de
do ao funcionário o prazo de 15 (quinze) dias para opção. processo disciplinar interrompe a prescrição.
Parágrafo 1º - Se comprovado que a acumulação se Parágrafo 4º - Interrompido o curso da prescrição, este reco-
deu por má fé, o funcionário será demitido de ambos os cargos e meçará a correr, pelo prazo restante a partir do dia em que cessar
obrigado a devolver o que houver recebido dos cofres públicos. a interrupção.
Parágrafo 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos TÍTULO V
cargos, emprego, ou função exercido no Estado, Município ou Dis- DO PROCESSO DISCIPLINAR
trito Federal, a demissão será comunicada a outro Distrito Federal,
a demissão será comunicada a outro órgão ou entidade onde ocor- Art. 165 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no
re a acumulação. serviço é obrigada a promover a sua apuração, mediante sindicân-
Art. 156 - A demissão dos cargos dos Incisos IV, VIII e X do artigo cia ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado
15º implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento do erá- ampla defesa.
rio, sem prejuízo da ação penal cabível. Art. 166 - As denúncias sobre irregularidade serão objeto de
Art. 157 - Configura abandono de cargo a ausência internacio- apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do
nal do funcionário do serviço, com mais de 30 (trinta) dias conse- denunciante e sejam foemuladas por petição, confirmada a auten-
cutivos. ticidade.
Art. 158 - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao ser- Parágrafo Único - Quando o fato narrado não configurar evi-
viço, sem causa justificada, por 70 (setenta) dias, intercaladamente, dente infração disciplinar ou ilícito penal, a denuncia arquivada por
durante o período de 12 (doze) meses. falta de objeto.
Art. 159 - O ato de imposição da penalidade mencionará sem- Art. 167 - Da sindicância instaurada pela autoridade poderá re-
pre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar. sultar: I - Arquivamento do processo;
Art. 160 - As penalidades disciplinares serão aplicadas: II - Aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de
I- pelo Prefeito Municipal ou dirigente superior de autarquia ou até 30 (trinta) dias; e III - Abertura de inquérito administrativo.
fundação, as de demissão e cassação de disponibilidade; Art. 168 - Sempre que o lícito praticado pelo funcionário en-
II- peelo Secretário Municipal ou autoridade equivalente a de sejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trin-
suspensão superior a 30 (trinta) dias; ta) dias de demissão, cassação de disponibilidade ou destituição
III- Pelo chefe da repartição e outras autoridades, na forma dos de cargo em comissão será obrigatória a instauração de processo
respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência disciplinar.
ou de suspensão até 30 (trinta) dias; e

113
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CAPÍTULO II Art. 178 - É assegurado ao funcionário o deireito de acompa-


DO AFASTAMENTO PREVISTO nhar o processo, pessoalmente ou por intermédio de procurador,
e arrolar e inquirir testemunhas, produzir provas e contra-provas e
Art. 169 - Como medida cautelar e a fim de que o funcionário formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.
não venha a influir na apuração de irregularidade, a autoridade ins- Partágrafo 1º - O Presiente da Comissão poderá denegar pedi-
tauradora do inquérito, sempre que julgar necessário, poderá orde- dos considerados impertinentes, meramente peotelatórios ou de
nar o seu afastamento do cargo pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, nenhum interesse para os esclarecimentos dos fatos.
semprejuízo da remuneração. Parágrafo 2º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quan-
Parágrafo Único - O afastamento poderá ser prorrogado, por do a comprovação, do fato independer de conhecimento especial
igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não de perito.
concluido o processo. Art. 179 - As testemunhas serão intimadas a depor mediante
mandado expedido pelo Presidente da Comissão devendo a Segun-
CAPÍTULO III da via, com o ciente do interessado ser anexado aos autos.
DO PROCESSO DISCIPLINAR Parágrafo Único - Se a testemunha for funcionário público, a
expedição do mandato será imediatamente comunicada ao chefe
Art. 170 - O processo disciplinar é o instrumento destinado a da repartição onde serve, com indicação do dia e hora marcados
apurar responsabilidade de funcionário por infração praticada no para a inquisição.
exercício de suas atribuições, ou que tenha relação mediata com as Art. 180 - O depoimento será prestado oralmente reduzido a
atribuições do cargo em que se encontre investido. termo, não sendo lícito a testemunha traze-lo por escrito.
Art. 171 - O processo disciplinar será conduzido por comissão Parágrafo 1º - As testemunhas serão ingueridas separadamen-
de inquérito, composta de três funcionários estáveis, designados te;
pela autoridade competente que indicará, dentre eles, o seu pre- Parágrafo 2º - Na Hipótese de depoimentos contraditórios ou
sidente. que se infirme, proceder-se-á a acareação entre os depoentes.
Parágrafo 2º - Não poderá participar de Comissão de Sindicân- Art. 181 - Concluída a inguisição daas testemunhas, a Comissão
cia ou de inquérito parente do acusado, consanguíneo ou afim, em promoverá o interrogatório do acusado, observando os proedimen-
linha reta ou colateral, até o terceiro grau. tos previstos nos artigos 179 e 180.
Art. 172 - A Comissão de inquérito exercerá suas atividades Parágrafo 1º - No caso de mais de um acusado cada um de-
com independência e imparcialidade assegurado o sigilo necessário les será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas
a elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração. declarações sobre ou circunstâncias, será promovida a acareação
Art. 173 – O processo ddisciplinar inicia-se com a publicação do entre eles.
ato que construir a Comissão e compeenderá: Parágrafo 2º - O Procurador do acusado poderá assistir ao in-
I – inquérito administrativo; e terrogatório, bem como a inquiriação das testemunhas, sendo-lhe
II – julgamento do feito. vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando- lhe, po-
rém, reiquiri-la, por intermédio do Presidente da Comissão.
SEÇÃO I Art. 182 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do
DO INQUÉRITO acusado, a Comissão proporá à autoridade competente que ele seja
submetido a exame com junta médica oficial da qual participe pelo
Art. 174 – O inquérito administrativo será contraditória, asse- menos um médico psiquiatra.
gurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos dos meios e Parágrafo Único - O incidente de sanidade mental será proces-
recuros admitidos em direito. sado em auto apartado e apresentado ao processo Municipal, após
Art. 175 - O relatório da sindicância integrará o inquérito admi- a expedição do laudo pericial.
nistrativo, como peça informativa da instrução do processo. Art. 183 - Tipificada a infração disciplinar será elaborada a
Parágrafo Único – Na hipótese do relatório da sindicância con- peça de instrução do processo, com a indicação do funcionário.
cluir pela prática de crime, a autoridade competente oficiará a auto- Parágrafo 1º - O indicado será citado por mantdato expedido
ridade policial, para abertura do inquérito independentemente da pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no pra-
imediata instauração do processo disciplinar. zo de dez dias, assegurando-se-lhe vista no processo da repartição.
Art. 176 – O prazo para a conclusão do inquérito não excederá Parágrafo 2º - Havendo dois ou mais indicados, o prazo será de
sessenta dias, contados da data de publicação do ato que constituir vinte dias.
a Comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as Parágrafo 3º - O prazo da defesa poderá ser prorrogado pelo
circunstâncias o exigirem. dobro, para diligência, reputadas indispensáveis.
Parágrafo 1º - Sempre que necessário, a Comissão dedicará Parágrafo 4º - No caso de recusa, o indicado tomará ciência na
tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus Membros dispen- cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada
sados do ponto, até a entrega do relatório final. em termos próprios, pelo membro da comissão que fez citação.
Parágrafo 2º - As reuniões da Comissão serão registradas em Art. 184 - O indicado que mudar de residência ficará obrigado
atas que deverão detalhar as deliberações adotadas. a comunicar à Comissão o lugar onde poderá se encontrar.
Art. 177 – Na fase do Inquérito, a Comissão promoverá a toma- Art. 185 - Achando-se 0 indicado em lugar incerto e não sabido
da de depoimentos, acareações, investigações e deligências cabí- será citado por edital, publicado no Diário Oficial do Estado ou em
veis, objetivando a coleta de provas recorrendo, quando necessá- Jornal de grande circulação na localidade do último domicílio co-
rio, a técnicos e peritos de modo a permitir a completa alucidação nhecido, para apresentar defesa.
dos fatos.

114
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo Único - Na hipótese deste artigo, o prazo para defe- Art. 195 – Serão assegurados transportes em diárias:
sa será de quinze dias a partir da última publicação do edital. I- ao funcionário convocado para prestar depoimento fora da
Art. 186 - Considera-se-á revel o indiciado que, regulamente sede de sua repartição, na condição de testemunha, denunciando
citado, não apresentar defesano prazo legal. ou indiciando; e
Parágrafo 1º - A relvelia será declarada por termo nos autos do II- aos Membros da Comissão de Inquérito e ou secretário
processo e devolverá o prazo para defesa. quando obrigado a se deslocarem da sde do trabalho para realiza-
Parágrafo 2º - Para defender o indiciado revel, a autoridade ins- ção de missão especial ao esclarecimento dos fatos.
tauradora do processo designará um defensor dativo.
Art. 187 - Apreciada a defesa, a Comissão elaborará relatório SEÇÃO III
minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos mencionará DA REVISÃO DO PROCESSO
as peças principais dos autos mencionará.
Parágrafo 1º - O relatório será sempre conclusivo quanto a Art. 196 - O processo disciplinar pode ser revisto, a qualquer
inocência ou a responsabilidade do funcionário. tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou
Parágrafo 2º - Reconhecida a responsabilidade do funcionário, circunstâncias suscetivas de justificar a inocência do punido ou a
a Comissão indicará ddispositivo legal ou regulamentar transgredi- inadequação da penalidade aplicada.
do, bem como as circunstâncias agravantes e as atenuantes. Parágrafo 1º - Em caso de falecimento, ausência ou desapare-
Art. 188 - O processo disciplinar, como o relatóro da Comissão, cimento do funcionário qualquer pessoa da família, pderá requerer
será remetido a autoridade que determinou a sua instauração, para a revisão do processo.
julgamento. Parágrafo 2º - No caso de incapacidade mental do funcionário,
a revisão será requerido pelo respectivo curador.
SEÇÃO II Art. 197 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao re-
DO JULGAMENTO querente.
Art. 198 - A simples alegação de injustiça da penalidade não
Art. 189 - No prazo de sessenta dias, contados do recebimento constitui fundamento para a revisão que requer elementos novos,
do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão. ainda não apreciados, no processo original.
Parágrafo 1º - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada Art. 199 - O regulamento da revisão do processo será dirigido
da autoridade instauradora do processo, este será encaminhado a autoridade competente que autoriza a revisão, que encaminhará
caberá a autoridade competente para a imposição da pena mais o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou o pro-
grave. cesso disciplinar.
Parágrafo 2º - Havendo mais de um indiciado e deversidade de Parágrafo Único – recebida a petição, o dirigente do órgão ou
sanções o julgamento caberá a autoridade competente para a im- entidade, providenciará a constituição de Comissão, na forma pre-
posição da pena mais grave.. vista no artigo 171.
Parágrafo 3º - Se a penalidade prevista for a de demissão ou Art. 200 - A revisão correrá em apreço ao processo original.
cassação de disponibilidade, o julgamento caberá ao Prefeito Muni- Parágrafo Único - Na petição inicial, o requerente pedirá dia e
cipal ou ao dirigente superior de autarquia ou fundação. hora para a produção de provas e inquérição das testemunhas que
Art. 190 - O julgamento acatará o relatório da Comissão de In- arrolhar.
quérito, salvo quando contrárias as provas dos autos. Art. 201 – A Comissão revisora terá até sessenta dias para a
Parágrafo Único - Quando o relatório da Comissão contrariar as conclusão dos trabalhos, prorrogável por igual prazo, quando as cir-
provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, custâncias o exigirem.
agravar a penalidade proposta, ablandá-la ou isentar o funcionário Art. 202 - Aplicam-se aos trabalhos da Comissão revisora, no
da responsabilidade. que couber, as normas e procedimentos próprios da Comissão de
Art. 191 - Verificada a existência de vívio insanável, a autorida- Inquérito.
de julgadora declarará anulidade total ou parcial do processo e or- Art. 203 - O julgamento caberá:
denará a constituição de outra Comissão, para instauração de novo I- ao Prefeito Municipal ou dirigente superior da autarquia ou
processo. fundação, quando doprocesso revisto houver resultado penalida-
Parágrafo 1º - Os julgamentos fora do prazo legal não implica des de demissão ou cassação de disponibilidade;
nulidade do processo. II- ao Secretário Municipal ou autoridade equivalente, quando
Parágrafo 2º - A autoridade julgadora que dê causa a prescrição houver resultados penalidades de suspensão ou de advertência;
que trata do artigo 164, Parágrafo 2º será responsabilizada no for- III- À autoridade responsável pela designação, quando a pena-
ma do Capítulo V do Título IV desta Lei. lidade for destituição de cargo em Comissão.
Art. 192 - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade Parágrafo 1º - O prazo para julgamento será de sessenta dias
julgadora determinará o registro do fato nos assentamentos indivi- contados do recebimento do processo, no curso do qual a autorida-
duais do funcionário. de julgadora poderá determinar diligências.
Art. 193 - Quando a infração estiver capitulada com crime, o Parágrafo 2º - Concluídas as diligências, será renovado o prazo
processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para ins- para julgamento.
tauração penal, ficando translado na repartição. Art. 204 – Julgada procedente a revisão, será declarada sem
Art. 194 - O funcionário que responde ao processo disciplinar efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos
só poderá ser exonerado, a pedido, do cargo, ou aposentado vo- atingidos, exceto em relação a destituição de conversão da penali-
luntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da dade em exoneração.
penalidade, a caso aplicado.

115
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo Único - Da revisão do processo não poderá resultar c)aos trinta anos de serviço, se homem e aos vinte e cinco anos
agravamento da penalidade. se mulher, com proventos proporcionais a este tempo;
d)aos setenta e cinco anos de idade, se homem e aos setenta se
TÍTULO VI mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
DISPOSIÇÕES GERAIS Parágrafo 1º - Consideram-se doenças graves, contagiosas ou
incuráveis a que se refere o inciso I deste artigo: tuberculose ati-
CAPÍTULO I va, alienação emental, neoplasia malígna, cegueira posterior ao in-
DISPOSIÇÕES GERAIS gresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, estados
avançados do mal de pagt (osteite deformante), sindrome de imu-
Art. 205 - O Município manterá Plano de Seguridade Social para nodeficiência adquirida-AIDS e outras que a Lei indicar, com base na
o funcionário submetido ao regime Jurídico de que trata esta Lei, e medicina especializada.
para sua família. Parágrafo 2º - Nos casos de exercçios de atividades considera-
Art. 206 - O plano de Seguridade Social visa dar cobertura aos das perigosas, a aposentadoria de que trata o inciso III, alínea ä”e
riscos a que está sujeito o funcionário e a sua família, e compreen- “c”, observará o disposto em Lei específica Federal.
de um conjunto de benefícios e ações que atendam as seguintes Art. 209 - A aposentadoria compulsória será automática e de-
finalidades: clarada por ato, com vigência a partir do dia imediato aquele em
I- Garantir meios de subsistência nos eventos de doença inva- que o funcionário atingir a idade de permanência no serviçoativo.
lidez, velhice, acidente em serviço, inatividade falecimento e reclu- Art. 210 - A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará
são; a partir da data da publicação do respectivo ato.
II- proteção a maternidade, a adoção e a paternidade; e III - Parágrafo 1º - A aposentadoria por invalidez será precedida de
Assistência a saúde. licença para tratamento de saúde, por período não excedente a vin-
Parágrafo Único - Os benefícios serão concedidos, nos termos te e quatro meses.
e condições definidos em regulamentos, observada as disposições Parágrafo 2º - Expirado o período de licença e não estando em
desta Lei. condições de reassumir o cargo, ou de ser readaptado, o funcioná-
Art. 207 - Os benefícios do Plano de Seguridade Social do Fun- rio será aposentado.
cionário compreende: I - Quanto ao funcionário: Parágrafo 3º - O lapso de tempo compreendido em término da
a)aposentadoria; licença e a publicação do ato de aposentadoria será considerado
b)auxílio natalidade; com de prorrogação da licença.
c)salário família; Art. 211 - O provento da aposentadoria será revisto na mesma
d)licença para tratamento de saúde; data e proporção, sempre que se modificar a remuneração do fun-
e)licença a gestante, a adotante e paternidade; e cionário em atividade.
f)licença por acidente de serviço. Parágrafo Único - São estendidos aos inativos quaisquer bene-
II - Quanto ao dependente: fício ou vantagens posteriormente concedidos ao funcionário em
a)pensão vitalícia e temporária; atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou re-
b)pecúlio; classificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria
c)auxílio funeral; e Art. 212 - O funcionário aposentado com proventos proporcio-
d)auxílio reclusão. nal ao tempo de serviço, se acometido de qualquer das moléstias
Parágrafo Único - O recebimento indevido de benefícios havi- especificadas no Artigo 208, Parágrafo 1º terá o provento integra-
dos por fraulde, dolo ou má fé, implicará devolução ao erário do lizado.
total auferido, sem prejuízo de ação penal cabível. Art. 213 - Quando proporcional ao tempo de serviço, o proven-
to não seráinferior a um terço da remuneração da atividade, nem o
CAPÍTULO II valor do eicmento mínimo do respectivo plano de carreira.
DOS BENEFÍCIOS Art. 214 - O funcionário que contar tempo de serviço para a
aposentadoria com proventos integral, será aposentado com pro-
SEÇÃO I ventos correspondentes a remuneração da classe imediatamente
DA APOSENTADORIA superrior ou com proventos aumentado em vinte por cento, quan-
do ocupante da última classe da respecitiva carreira.
Art. 208 - O funcionário será aposentado: Art. 215 - Ao funcionário aposentado será paga a gratificação
I- por invalidez permanente, sendo os proventos integrais natalina no mês de dezembro, em valor equivalente ao respectivo
quando decorrentes de acidentes em serviços, moléstia profissio- provento, deduzido o adiantamento recebido.
nal ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em Lei, e
proporcionais nos demais casos; SEÇÃO II
II- Compulsoriamente, aos setenta anos de iddade, com pro- DO AUXÍLIO NATALIDADE
ventos proporcionais ao tempo de serviço;
III- Voluntariamente; Art. 216 - O auxílio natalidade é devido a funcionária por mo-
a)aos trinta e cinco anos de serviço, se homem e aos trinta , se tivo de nascimento de filhos, em quantia equivalente a um venci-
mulher, com proventos integrais; mento mínimo do plano de carreira do órgão ou entidade, inclusive
b)aos trinta anos de serviço em função de magistério, se pro- no caso de nati-morto.
fessor, e vinte e cinco se professora, com proventos integrais; Parágrafo 1º - Na hipótese de parto múltiplo o valor será acres-
cido de cinquenta por cento.

116
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo 2º - Não sendo a parturiente funcionária, o aauxílio SEÇÃO V


será pago ao cônjuge ou companheiro, funcionário público. DA LECENÇA GESTANTE, ADOTANTE E PATERNIDADE

SEÇÃO III Art. 227 - Será concedida licença a funcionária gestante, por
DO SALÁRIO-FAMÍLIA 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo de remunera-
ção, e paternidade no período de 05 (cinco) dias.
Art. 217 - O salário-família é devido ao funcionário ativo ou ina- Parágrafo 1º - A licença poderá Ter início no primeiro dia do
tivo, por dependente econômico, na razão de cinco por cento do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
salário mínimo vigente no país. Parágrafo 2º - No caso do nascimento prematuro, a licença terá
Parágrafo Único - Consideram-se dependentes econômicos início a partir do parto.
para efeitos de percepção do salário-família: Parágrafo 3º - No caso de anti morto, decorrido 30 (trinta) dias
I- O cônjuge ou companheiro ou os filhos, de qualquer condi- do evento, a funcionária será submetida a exame médico e se julga-
ção, inclusive os enteados até quinze anos de idade, ou se estudan- da apta, reassumirá o exercício.
te, até os dezoito anos ou, se inválido, de qualquer idade; Parágrafo 4º - No caso de aborto não criminoso, atestado por
II- O menor de dezoito anos, que mediante autorização judicial, médico oficial, a funcionária terá direito a 30 (trinta) dias de repou-
viver na companiha e as expensas do funcionário ou do inativo e; so remunerado.
III- A mãe e o pai inválido sem economia própria. Art. 228 - Para amantar o prórpio filho, até a idade de 06 (seis
Art. 218 - Não se configura a dependência econômica quando meses, a funcionária lactante terá direito, durante a jornada de tra-
benefíciário do salário-família perceber rendimento do trabalho ou balho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em 02
de qualqueer outra fonte, inclusive pensão ou proventos de apo- (dois) períodos de meia hora.
sentadoria, em valor igual ou superior ao salário mínimo. Art. 229 - A funcionária que adotar ou obtiver guarda judicial
Art. 219 - Quando o pai e a mãe forem funcionários públicos e de criança até um ano de idade, será concedido 90 (noventa) dias
viverem em comum, p salário- família será pago a um deles, quando de licença remunerada, para ajustamento do adotado no novo lar.
separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição do Parágrafo Único - No caso de adoção ou guarda oficial de crian-
dependente. ça com mais de um ano de idade, o prazo de que trata este artigo
Parágrafo Único - ao pai e a mãe equiparem-se o padastro a será de 30 (trinta) dias.
madastra e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.
Art. 220 - O salário-família não está sujeito a qualquer tribu- SEÇÃO VI
to, nem servirá de base para qualquer contribuição inclusive para a DA LICENÇA POR ACIDDENTE EM SERVIÇO
previdência social.
Art. 221 - O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, Art. 230 - Será licenciado, como remuneração integral, o fun-
não acarreta a suspensão do pagamento do salário-família. cionário que se acidentar em serviço.
Art. 231 - Configura aciddente em serviço, o dano físico mental
SEÇÃO IV soffrido pelo funcionário e que se relacione mediata ou imediata-
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE mente, com as atribuições no cargo exercido.
Parágrafo Único – Equipara-se ao acidente em serviço o dano:
Art. 222 - Será concedida ao funcionário, licença para trata- I- Decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo funcio-
mento de saúde, a pedido ou de ofício, com base e perícia médica, nário no exercício do cargo; e
sem prejuízo da remuneração a que se fizer jus. II- Sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-ver-
Art. 223 - Para licença até 30 (trinta) dias, a inspeção será feita sa.
por médico do setor de assistência do órgão de pessoal e, se por Art. 232 - O funcionário aciddentado em serviço que necessite
prazo superior, por junta médica oficial. de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição pri-
Parágrafo 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica será vada, a conta de recursos públicos.
realizada na residência do funcionário ou no estabelecimento hos- Parágrafo Único - O tratamento recomendado por junta médica
pitalar onde se encontra internado. oficial constitui médida e excecão e somente será admissível quan-
Parágrafo 2º - Inexistindo médico do órgão ou entidade no local do enexistirem meios e recuros adequados, em instituição pública.
onde se encontra o funcionário, será aceito atestado passado por Art. 233 - A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez)
médico particular. dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.
Parágrafo 3º - No caso do parágrafo anterior, o atestado só pro-
duzirá efeito depois de homologado pelo setor médico do respecti- SEÇÃO VII
vo órgão ou entidade. DA PENSÃO
Art. 224 - Findo o prazo da licença. O funcionário será submeti-
do a nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela Art. 234 - Por morte do funcionário, os dependentes fazem jus
prorrogação da liçença ou pela aposentadoria. a uma pensão mensal de valor correspondente ao da respectiva re-
Art. 225 - O atestado e o laudo da junta médica não se referirão muneração ou provento.
ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões Art. 235 - As pensões distinguem-se, quanto a natureza, em vi-
produzidas por acidente de serviço, doença profissional ou quaisq- talícia e temporária.
quer das doenças especificadas no artigo 208, parágrafo 1º. Parágrafo 1º - A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas
Art. 226 - O funcionário que apresentar indícios de lesões orgâ- permanentes, que somente se exxtinguem ou revertem com a mor-
nicas ou funcionais, será submetido a inspeção médica. te de seus beneficiários.

117
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo 2º - Pensão temporária é composta de cota ou cotas Parágrafo Único – A pensão provisória será transformada em
que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte, sensação vitalícia ou temporário, conforme o caso, decorrido cinco anos de
da invalidez ou maioridade beneficiária. sua vigência, resalvado o eventual reaparecimento do funcionário,
Art. 236 - São beneficiárias das pensões: hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado.

I- Vitalícia: Art. 241 - Acarretará perda da qualidade de benefíciário:


a)ou cônjuge;
b)a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, a)O seu falecimento;
com percepção de pensão alimentícia; b)A anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a
c)a companheira que tenha sido designada pelo funcionário e concessão da pensão ao cônjuge;
comprove que viva em comum há 05 (cinco) anos ou, que tenha c)A cessação da invalidez, em se tratando de benefíciário in-
filho em comum com o funcionário; válido;
d)a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do d)A maioridade do filho, irmão órfão ou pessoa designada aos
funcionário vinte e um anos de idade;
e)a pessoa designada, maior de 70 (setenta) anos e a pessoa e)A acumulação de pensão na forma do artigo 245; e
portadora de deficiência, que vivam sobre a dependência econômi- f)A renúncia expressa.
ca do funcionário. Art. 242 - Por morte ou perda da qualidade de beneficiário a
respectiva cota reverterá:
II- Temporária: I- Da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou
os titulares da pensão temporária, senão houver pensionista rema-
a)Os filhos, de qualquer condição, ou enteados, até vinte e um nescente da pensão vitalícia;
anos de idade, ou, se inválidos, enquanto dura a invalidez; II- Da pensão temporária para os co-beneficiários ou, na falta
b)O menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de deste, para o beneficiário da pensão vitalícia.
idade; Art. 243 - A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo,
c)O irmão órfão de pai e sem padastro, até 21 (vinte e um) prescrevendo tão somente as prestações exigíveis a mais de cinco
anos, e o inválido, enquanto durar a invalidez, que comprovem de- anos.
pendência econômica do funcionário; e Art. 244 - As pensões serão automaticamente atualizadas na
d)A pessoa designada que viva na dependência econômica do mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos
funcionário, até 21 (vinte e um) anos ou, se inválida, enquanto du- dos funcionários.
rar a invalidez. Art. 245 - Ressalvado o direito de opção, é verdade a percepção
cumultativa de pensão, salvo a hipótese de duas pensões originá-
Art. 237 - A pensão será concedida integralmente ao titular da rias de cargos ou empregos públicos legalmente acumuláveis.
pensão vitalícia, exceto se existirem benefíciários de pensão tem-
porária. SEÇÃO VIII
Parágrafo 1º - Ocorrendo habilitação de vários titulares à pen- DO PECÚLIO ESPECIAL
são vitalícia, o seu valor será distribuido em partes iguais entre os
benefícios habilitados. Art. 246 - Aos beneficiários de funcionários felecidos, ativos ou
Parágrafo 2º - Ocorrendo habilitação as pensões vitalícias tem- inativos, será pago um pecúlio especial correspondente a três vezes
porárias, metade do valor caberá ao titular ou titulares da pensão o valor total da remuneração ou provento.
vitalícia, sendo a outra metade rateada, em partes iguais, entre os Parágrafo 1º - O pecúlio será concedido obedecida a seguinte
tutulares da pensão temporária. ordem de preferência:
Parágrafo 3º - Ocorrendo habilitação somente à pensão tem- a)Ao cônjuge sobrevivente;
porária, o valor integral da pensão será rateada, em partes iguais, b)Aos filhos de qualquer condiçãoi e aos enteados, menores de
entre os que se habilitarem. vinte e um anos;
Art. 238 – Copncedida a pensão, qualquer prova posterior ou c)Aos indicados por livre nomeação dos titulares; ou
habilitação tardia em implique exclusão de beneficiário ou redução d)Aos herdeiros, na forma da Lei Civil.
de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que foi oferecida. Parágrafo 2º - A declaração de beneficiário será feita ou altera-
Art. 239 - Não faz jus a pensão o beneficiário condenado pela da em qualquer tempo, nela selecionando o critério de divisão do
prática de crime doloso de que resultou a morte do funcionário. pecúlio, no caso de mais de um beneficiário.
Art. 240 - Será concedida pensão provisória por morte presu- Art. 247 - Não será concedido o pecúlui por morte ficta do fun-
mida do funcionário, nos seguintes casos: cionário, na hipótese prevista no artigo 240.
I- Declaração de ausência, pela autoridade judiciária compe- Art. 248 - No caso de morte presumida, o pecúlio somente será
tente; pago decorridos 60 (sessenta) dias contados da declaração de au-
II- Desaparecimento em desabamento, inudação, incêndio ou sência ou do desaparecimento do funcionário.
acidente não caracterizado como em serviço; Parágrafo Único – Reaparecendo o funcionário, o pecúlio se-
III- Desaparecimento do desempenho das atribuições do cargo rápor este restituído, mediante desconto em folha de pagamento
ou emissão de segurança. a razão de dez por cento (10%) da remuneração ou dos proventos
mensais.
Art. 249 - O direito de pecúlio caducará decorrido cinco anos
contados: I - do óbito do segurado, ou

118
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II - da data da declaração de ausência ou do dia de aparecimen- Parágrafo 1º - A conttribuição do funcionário,diferenciada em


to do funcionário. função da remuneração mensal, bem como dos órgãos e entidades
será fixada em Lei.
SEÇÃO IX Parágrafo 2º - O custeio da aposentadoria é de responsabilida-
DO AUXÍLIO FUNERAL de integral do Tesouro Municipal.

Art. 250 - O auxílio funeral é devido a família do funcionário TÍTULO VII


falecido na atividade ou do aposentado, em valor equivalente a um CAPÍTULO ÚNICO
mês de remuneração ou proventos. DA CONTRIBUIÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTE-
Parágrafo 1º - No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio RESSE PÚBLICO
será pago somente em razão do cargo de maior remuneração.
Parágrafo 2º - O auxílio será devido também, ao funcionário, Art. 256 - Para atender a necessidade temporária de excepcio-
por morte do cônjuge, companheiro ou filho menor ou inválido. nal interesse público, poderão ser efetuadas contratações de pesso-
Parágrafo 3º - O auxílio será pago no prazzo de 48 (quarenta al por tempo determinado.
e oito) horas por meio de procedimento sumaríssimo, a pessoa da Art. 257 - Consideram-se como necessidade temporária de ex-
família que houver custeando o funeral. cepcional interesse público, as contratações que visem a:
Art. 251 - Se o funeral for custeado por terceiros, este será in- I - Combater surtos epidêmicos; II - Fazer recenseamento;
denizado, observado o disposto no artigo anterior. III- Atender a situações de calamidade pública;
Art. 252 - Em caso de falecimento de funcionário em serviço IV- Substituir professor ou indicar professor visitante, inclusive
fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de trans- estrageiro;
portes do corpo correrão à conta dos recursos do Município, autar- V- Permitir a execução de serviço, por profissional de notória
quia ou fundação pública. especialização, inclusive estrangeiro, nas áreas de pesquisas cientí-
fica e tecnológica; e
SEÇÃO X VI- Atender a outras situações de urgência que vierem a ser
DO AUXÍLIO RECLUSÃO definidas em Lei.
Parágrafo 1º - As contratações de que se trata este artigo terão
Art. 253 - A família do funcionário ativo é devido o auxílio reclu- dotação específica e não poderão ultrapassar o prazo de 06 (seis)
são, dos seguintes valores: meses, exceto nas hipóteses dos incisos II e IV, cujo prazo máximo
a)dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de será de 12 (doze) meses e do inciso V cujo oprazo máximo será de
prisão preventiva, pronúncia do crime comum, denúncia por crime 24 (vinte e quatro) meses, prazos estes que serão improrrogáveis.
funcional, ou condenação por crime inafiançável, em processo do Parágrafo 2º - O recrutamento será feito mediante processo se-
qual não haja pronúncia; letivo simplificado, sujeito a ampla divulgação em jornal de grande
b)Metade da remuneração, durante o afastamento em virtude circulação e observará os critérios definidos em regulamento, exce-
de condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine to na hipótese prevista no inciso III deste artigo.
perda do cargo. Art. 258 - É vedado o desvio de função de pessoa contratada,
Parágrafo 1º - Nos casos previstos na alínea ä”deste artigo, o naforma deste título, bem como sua recontratação, sob pena de
funcionário terá direito a integralização da remuneração desde que nulidade do contrato e responsabilidade administrativa e civil da
absolvido. autoridade contratante.
Parágrafo Único - O pagamento do auxílio reclusão cessará a Art. 259 - Nas contratações por tempo determinado, serão
partir do dia imediato aquele em que o funcionário for posto em observados os níveis salarias dos planos de carreira do órgão ou
liberdade, ainda que condicional. entidade contratante exceto na hipótese do inciso V do artigo 257,
quando serão observados os valores do mercado de trabalho.
CAPÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE TÍTULO VIII
CAPÍTULO ÚNICO
Art. 254 - À assistência à saúde do funcionário e de sua famí- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
lia compreende assistência médica, hospitalar, odontológica e far-
maceutíca, prestada diretamente pelo órgão ou entidade ao qual Art. 260 - O dia do funcionário público será comemorado no dia
estiver vinculado o funcionário, ou mediante convênio, na forma 28 (vinte e oito) de outubro.
estabelecida em regulamento Art. 261 - Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Exe-
cutivo e Legislativo, os seguintes incentivos funcionais além daque-
CAPÍTULO IV les já previstos nos respectivos planos de carreira:
DO CUSTEIO I- Prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos
que favorecem o aumento da produtividade e a redução dos custos
Art. 255 - O Plano se Seguridade Social do funcionário será operacionais; e
custeado com o produto da arrecadação de contribuições sociais II- Concessão de medalhas, diplomas e honra ao mérito conde-
obrigatórias dos funcionários dos dois poderes do Município, das coração e elogio.
autarquias e das fundações públicas.

119
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 262 - Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias I- Os servidores contratados pela égide da CLT, que ingressaram
corridos, excluíndo-se do começo e incluindo-se o do vencimento, no serviço público por concurso, terão seus empregos transforma-
ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo venci- dos para cargos do novo regime, observando-se a nomenclatura
do em dia em que não haja expediente. dos atuais empregos, quando forem transformados em cargos.
Art. 263 - Por motivo de crença religiosa ou de conviccão filo- II- Os servidores regidos pela CLT e que possuíam mais de 5 (cin-
sófica ou política, nenhum funcionário poderá ser privado de quais- co) anos de serviço público na data da promulgação da Constituição
quer de seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, Federal, são estáveis, nos termos do artigo 19 das disposições tran-
nem eximir-se do cumprimento de seus deveres. sitórias daquela Carta Mágna, sendo o seu enquadramento feito no
Art. 264 - São assegurados ao funcionário público os direitos de regime Único mediante Concurso Interno e Prova de Habilitação na
associa’~ao profissional ou sindical e o de greve. forma do regulamento baixado pelo Preffeito Municipal, salvo as
Parágrafo Único - O direito de greve será exercido nos termos e retrições previstas no Parágrafo 1º do Artigo 273.
nos limites definidos em Lei Federal. III- Os servidores contratados pela CLT, que não se enquadra-
Art. 265 - Consideram-se da família do funcionário, além do ram nos Incisos I e II deste Artigo, o Município abrirá oportunidade
cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às expensas e cons- através de prova de habilitação e concurso interno de
tem de seu assetamento individual. acesso para o novo regime, devendo os mesmos serem enqua-
Parágrafo Único - Equiparam-se ao cônjuge a companheira ou drados no prazo máximo de 30 (trinta) dias, após as exigências con-
companheiro com mais de 05 (cinco) anos de vida em comum ou tidas neste Inciso.
por menor tempo, se da união houveer prole. Art. 271 - Após os enquadramentos dos servidores referidos no
Art. 266 - Para os fins desta Lei, considera-se sede o distrito Artigo anterior, aqueles que não conseguirem preencher as condi-
ou bairro onde a repartição estiver instalada e onde o servidor tiver ções necessárias previsto nesta Lei, farão parte de quadros suple-
exercício, em caráter permanente. mentares do regime Jurídico Único e automaticamente colocados
Art. 267 - Ao funcionário investido em mandato eletivo apli- em disponibilidade remunerada nos termos do Artigo 34 desta Lei.
cam-se as seguintes disposições: I - Tratando-se de mandato fede- Parágrafo 1º - Os cargos do Quadro Suplementar serão extintos
ral, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo; a medida em que forem vagando, não se permitindo nova investi-
II- Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, dura sobre qualquer hipótese;
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; e Parágrafo 2º - Os contratados individuais de trabalho se estin-
III- Investido no mandato de Vereador: guem automaticamente pela transformação dos empregos ou fun-
a)Havendo compatibilidade de horários, perceberá as vanta- ções, ficando assegurados aos respectivos ocupantes a continuida-
gens de seu cargo, sem prejuizo da remuneração do cargo eletivo; e de da contagem do tempo de serviço para fins de férias, gratificação
b)Não hevendo compatibilidade de horários, será afastado do natalina, anuênio, aposentadoria e disponibilidadde.
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. Art. 272 - Os saldos das contas do FUNDO DE GARANTIA POR
Parágrafo 1º - No caso de afastamento do cargo, o funcionário TEMPO DE SERVIÇO - F.G.T.S., em nome dos servidores optantes
contribuirá para a Seguridade Social como se em exercício estivesse. regidos pela C.L.T., que passam a ser submetidos ao Regime Esta-
Parágrafo 2º - O funcionário investido em mandato eletivo não tutário, será objeto de Lei Ordinária, a ser editada no prazo de 90
poderá ser removido ou redistribuido de ofício para localidade di- (noventa) dias da aprovação desta Lei, para o encontro da solução
versa daquela onde exerce o mandato. que melhor atender os interesses dos Servidores Municipais;
Art. 268 - A competência atribuída por esta Leri ao Prefeito será Parágrafo Único - A situação dos Servidores não optantes será
exercida, no âmbito das autarquias e das fundações públicas Muni- igualmente objeto do encontro da melhor solução.
cipais, pelo seu dirigente superior. Art. 273 – Para efeito do disposto no parágrafo 2º do artigo
255, haverá ajustes de contas com a Previdência Social, proporcio-
TÍTULO IX nal à parcela que é de sua contribuição por parte de servidores ce-
CAPÍTULO ÚNICO letistas abrangidas pelo artigo 269 e 270, Incisos I,II e III.
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS Parágrafo 1º - Os servidores contratados, sob a Egide de Con-
solidação desta Lei, estejam em benefícios previdenciários ou que
Art. 269 - Ficam submetidos ao Regime Jurídico desta Lei, na possuam menos de 60 (sessenta) meses de carência para participa-
qualidade de funcionários e servidores dos Poderes Executivo e rem da Seguridade Social do Município, principalmente no tocante
Legislativo do Município, das autarquias e das fundações públicas, a aposentadoria por velhice por tempo de serviço e a especial, se-
regidos pela Lei 72 de 17/11/1978 e suas alterações posteriores, rão mantidos sob o mesmo Regime (C.L.T.) e constituirão quadros
ou pela consolidação das Leis do trabalho, exceto os contratos por de empregos suplementares regidos pela Consolidação das Leis
prazo determinado, cujos contratos não poderão ser prorrogados Trabalhistas, sendo que a sua remuneração no Serviço Público será
após o vencimento do prazo de contratação. igual ao funcionário de carreira extinguindo as vagas a medida que
Parágrafo Único - Os funcionários estatutários regidos pela Lei se vagarem.
72 de 17/11/78, passam automaticamente para o novo Regime Parágrafo 2º - Os atuais aposentados e pencionistas sob o Re-
desta Lei, sendo mantido todos os direitos e vantagens do Regime gime da Lei 72, ficam mantidos seus atuais benefícios na forma em
anterior, observando-se no seu enquadramento os atuais cargos que se encontram.
ocupados. Parágrafo 3º - Os funcionários Municipal Estatutários que na
Art. 270 - Os servidores públicos que se referem ao artigo an- data da promulgação desta Lei estejam a menos de 60 (sessenta)
terior ocupantes de empregos no Município regidos pela Legislação meses dos benefícios de aposentadoria que trata o parágrafo 1º
Trabalhista (CLT) terão seus empregos transformados em cargos deste Artigo, serão mantidos suas aposentadorias na forma dos
públicos, observando-se os seguintes critérios e dispositivos legais: atuais aposentados.

120
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 274 - Até a data de vigência da Lei que trata o Artigo 255 Art. 3º Cria no Quadro Efetivo de servidores do Poder Executivo
parágrafo 1º, os funcionários abrangidos por esta Lei contribuirão Municipal, estabelecido pela Lei nº 1517, de 23 de abril de 1996,
com o percentual de 6% (seis por cento) de ssua remuneração, e o com lotação exclusiva no Órgão de Trânsito do Município o seguinte
produto da arrecadação será integralmente depositado em cader- cargo público, Analista de Trânsito, de provimento efetivo:
neta de poupança na Caixa Econômica Federal em nome da Segu- a) SUBGRUPO OPERACIONAL 3: CLASSE: A / REF. DE 31 A 41 /
ridade Social da Prefeitura Municipal, sendo responsável o Prefeito ESCOLARIDADE EQUIVALENTE AO 3º GRAU COMPLETO – FORMA-
Municipal e o Secretário de Fazenda. ÇÃO UNIVERSITÁRIA.
Parágrafo Único - Após a criação do Órgão de Seguridade Social
dos Funcionários Público Municipal, o Prefeito Municipal colocará à CARGO QUANTIDADE
disposição da diretoria, nos termos da Lei, o montante depositado
e também a parte da Municipalidade. ANALISTA DE TRÂNSITO 04 VAGAS
Art. 275 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, fi-
cando revogada a Lei nº 72 de 17/11/78 e as suas alterações poste- Art. 4º As atribuições, requisitos e carga horária para os cargos
riores e demais disposições em contrário ao Regime Jurídico Único de Agente Municipal de Trânsito e Analista de Trânsito são especifi
implantado por esta Lei. cados em tabela no Anexo I desta Lei Complementar.
Art. 5º Os concursos públicos para provimento de cargo de
Prefeitura Municipal de Maricá, em 09 de maio de 1990. Agente Municipal de Trânsito deverão aplicar, além das provas de
conhecimentos gerais e específi cos, prova de teste de aptidão física
de caráter eliminatório.
CRIAÇÃO DOS CARGOS DE AGENTE MUNICIPAL Parágrafo único. Os parâmetros das atividades, bem como a
DE TRÂNSITO E ANALISTA DE TRÂNSITO: LEI destreza e esforço exigidos no teste de aptidão física serão estabe-
COMPLEMENTAR Nº 382, DE 23/08/2023: ALTERA A LEI lecidos através de Edital de certame pela banca examinadora res-
1.517/1996, EXTINGUINDO E CRIANDO CARGOS NO ponsável pelo concurso público.
QUADRO DE PROVIMENTO EFETIVO DE SERVIDORES Art. 6º O Agente Municipal de Trânsito faz jus ao Adicional por
NO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL. Periculosidade conforme estabelece o Artigo 85 da Lei Complemen-
tar nº 01, de 09 de maio de 1990, cujo valor corresponde ao per-
LEI COMPLEMENTAR Nº 382, DE 23 DE AGOSTO DE 2023. centual de 20% do cargo efetivo, conforme estabelece o Artigo 87
da Lei supracitada.
ALTERA A LEI Nº 1.517, DE 23 DE ABRIL DE 1996, EXTINGUIN- § 1º A concessão ao Adicional por Periculosidade se caracteri-
DO E CRIANDO CARGOS NO QUADRO DE PROVIMENTO EFETIVO DE za pela situação da atividade profi ssional do Agente Municipal de
SERVIDORES NO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL. O POVO DO MU- Trânsito gerar perigo imediato de óbito ou lesão corporal grave pelo
NICÍPIO DE MARICÁ, por seus representantes na Câmara Municipal, fato de exercer a orientação, operação e fi scalização ostensiva do
aprovou e o Prefeito Municipal, em seu nome, sanciona a seguinte trânsito.
Lei Complementar: § 2º Fica o Órgão de Trânsito do Município responsável por no-
tifi car o setor de Recursos Humanos do município quando da in-
Art. 1º Fica extinto, no âmbito da administração pública muni- terrupção ao Adicional por Periculosidade, caracterizado pelo § 1º
cipal direta, o cargo efetivo vago de Agente de Trânsito, constante deste artigo, de acordo com o que versa o Parágrafo Único do Artigo
do Anexo Único da Lei nº 1.517, de 23 de abril de 1996. 85 e Artigo 86 da Lei Complementar nº 01, de 09 de maio de 1990.
a) SUBGRUPO OPERACIONAL 1: CLASSE: C / REF. DE 13 A 23 / Art. 7º O Agente Municipal de Trânsito e o Analista de Trânsi-
ESCOLARIDADE EQUIVALENTE A 5ª A 8ª SÉRIE DO 1º GRAU – CO- to quando exceder a sua carga horária normal, por implicação do
NHECIMENTOS ESPECIALIZADOS. serviço ou por solicitação da chefi a, fará jus a receber Horas-Extras
acrescidas de 50% (cinquenta por cento) se realizada em dia útil
ou ponto facultativo, e de 100% (cem por cento) se realizada em
CARGO QUANTIDADE VAGAS sábado, domingo ou feriado, não podendo ultrapassar o limite de
AGENTE DE 02 (duas) horas extras diárias.
10 10 Art. 8º Fica o Poder Público obrigado, em até 180 (cento e oi-
TRÂNSITO
tenta) dias a contar da publicação desta Lei Complementar, regula-
mentar Plano de Cargo, Carreira e Salários específi co ao cargo de
Art. 2º Cria no Quadro Efetivo de servidores do Poder Executivo
Agente Municipal de Trânsito.
Municipal, estabelecido pela Lei nº 1517, de 23 de abril de 1996,
Art. 9º Altera os Anexos da Lei Municipal nº 1517/1996, que
com lotação exclusiva no Órgão de Trânsito do Município o cargo
passam a viger com a alteração estabelecida nos artigos 1º, 2º e 3º
público, Agente Municipal de Trânsito, de provimento efetivo:
desta Lei Complementar.
a) SUBGRUPO OPERACIONAL 2: CLASSE: A / REF. DE 19 A 29 /
Art. 10. As despesas decorrentes da presente Lei correrão por
ESCOLARIDADE EQUIVALENTE AO 2º GRAU COMPLETO.
conta de dotações orçamentárias próprias.
Art. 11. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua
CARGO QUANTIDADE publicação.
AGENTE MUNICIPAL
150 VAGAS GABINETE DO PREFEITO DO MUNICIPIO DE MARICÁ, Estado do
DE TRÂNSITO
Rio de Janeiro, RJ, de 23 de agosto de 2023.

121
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Fabiano Taques Horta respeitado o limite total de 200 (duzentas) horas mensais.
PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MARICÁ

ANEXO I
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO: LEI FEDERAL N.º 9.503/97
ATRIBUIÇÕES, REQUISITOS E CARGA HORÁRIA
– CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO: CAPÍTULO
I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES. CAPÍTULO II - DO
a) CARGO: AGENTE MUNICIPAL DE TRÂNSITO
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO. CAPÍTULO III -
DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA.
ATRIBUIÇÕES
CAPÍTULO IV - DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE
Exercer a orientação, operação e a fi scalização ostensiva do
VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS. CAPÍTULO V - DO
trânsito e transportes do Município de Maricá, de acordo com as
CIDADÃO. CAPÍTULO VI - DA EDUCAÇÃO PARA O
determinações do Código de Trânsito Brasileiro e demais legisla-
TRÂNSITO. CAPÍTULO VII - DA SINALIZAÇÃO DE
ções pertinentes; lavrar autos de infração no exercício das ativida-
TRÂNSITO. CAPÍTULO VIII - DA ENGENHARIA DE
des de fiscalização de trânsito e transportes; participar de progra-
TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA FISCALIZAÇÃO E DO
mas, projetos e campanhas de educação e segurança do trânsito;
POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO. CAPÍTULO
desenvolver atividades de monitoramento do tráfego de veículos
IX - DOS VEÍCULOS. CAPÍTULO XV - DAS INFRAÇÕES.
e de operações de trânsito; realizar levantamentos de acidentes
CAPÍTULO XVI - DAS PENALIDADES. CAPÍTULO XVII
de trânsito sem vítimas; conduzir veículos e motocicletas do órgão
- DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS. CAPÍTULO XVIII -
responsável pelo trânsito do Município, no estrito exercício das atri-
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. CAPÍTULO XIX - DOS
buições do cargo.
CRIMES DE TRÂNSITO. CAPÍTULO XX - DISPOSIÇÕES
FINAIS E TRANSITÓRIAS. ANEXO I - DOS CONCEITOS E
Requisitos
DEFINIÇÕES.
- Escolaridade Exigida: Conclusão Nível Médio
- Carteira Nacional de Habilitação – No mínimo Categoria “A” e/ LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997
ou “B”;
- Aprovação em concurso público, com Prova de Conhecimen- Institui o Código de Trânsito Brasileiro.
tos Gerais e Específi cos e de Aptidão Física, conforme dispuser Edi-
tal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Carga Horária
Será em regime de escala de trabalho de 12 (doze) horas por 36 CAPÍTULO I
(trinta e seis) horas de descanso, com carga horária mensal de DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
200 (duzentas) horas.
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do
b) CARGO: ANALISTA DE TRÂNSITO território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código.
§1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, ve-
ATRIBUIÇÕES ículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para
fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou
Desenvolver estudos voltados ao planejamento e projetos de descarga.
trânsito e transportes, projetos de manutenção de sinalização, ava- §2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e
liação de projetos, acompanhamento e fi scalização de sua implan- dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de
tação; elaborar e avaliar relatórios ou estudos de impacto de trân- Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências,
sito nos empreendimentos ou obras; avaliar novas tecnologias e adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito.
produtos; elaborar especifi cações técnicas; elaborar e aplicar pro- §3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional
cedimentos de teste e de aceitação de equipamentos e sistemas; de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências,
desenvolver estudos de viabilidade técnica e econômica; analisar objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de
o desempenho de projetos implantados; participar na orientação e ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas,
treinamento de equipes técnicas; elaborar relatórios; dirigir veícu- projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito
los e executar outras tarefas que lhe forem atribuídas pelo superior seguro.
imediato. §4º (VETADO)
§5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema
Requisitos Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da
- Escolaridade Exigida: Conclusão Nível Superior em Engenha- vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente.
ria, Arquitetura ou Urbanismo. Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas,
- Carteira Nacional de Habilitação – Categoria “B”; os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodo-
- Aprovação em concurso público, com Prova de Conhecimen- vias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com
tos Gerais e Específicos, conforme dispuser Edital. circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e
as circunstâncias especiais.
Carga Horária
A carga horária semanal de trabalho é de 40 (quarenta) horas,

122
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas juridicamente interessados, para o fim específico de facilitar a au-
vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas tuação por descumprimento da legislação de trânsito.(Incluído pela
pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autôno- Lei nº 12.058, de 2009)
mas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos pri- §1º O convênio valerá para toda a área física do porto organiza-
vados de uso coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) do, inclusive, nas áreas dos terminais alfandegados, nas estações de
(Vigência) transbordo, nas instalações portuárias públicas de pequeno porte e
Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer nos respectivos estacionamentos ou vias de trânsito internas. (In-
veículo, bem como aos proprietários, condutores dos veículos na- cluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
cionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamente mencio- §2º (VETADO)(Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
nadas. §3º (VETADO)(Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os efeitos Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organi-
deste Código são os constantes do Anexo I. zarão os respectivos órgãos e entidades executivos de trânsito e
executivos rodoviários, estabelecendo os limites circunscricionais
CAPÍTULO II de suas atuações.
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO Art. 9º O Presidente da República designará o ministério ou
órgão da Presidência responsável pela coordenação máxima do Sis-
SEÇÃO I tema Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculado o CONTRAN e
DISPOSIÇÕES GERAIS subordinado o órgão máximo executivo de trânsito da União.
Art. 10. O Contran, com sede no Distrito Federal, é composto
Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de ór- dos Ministros de Estado responsáveis pelas seguintes áreas de com-
gãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos petência:(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades de I - (VETADO)
planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e II - (VETADO)
licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de II-A - (revogado);(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, III - ciência, tecnologia e inovações;(Redação dada pela Lei nº
policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e 14.599, de 2023)
aplicação de penalidades. IV - educação;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito: V - defesa;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com VI - meio ambiente;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e à VII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)
educação para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento; (Vigência)
II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização de VIII - (VETADO)
critérios técnicos, financeiros e administrativos para a execução das IX - (VETADO)
atividades de trânsito; X - (VETADO)
III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de infor- XI - (VETADO)
mações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim de facilitar XII - (VETADO)
o processo decisório e a integração do Sistema. XIII - (VETADO)
XIV - (VETADO)
SEÇÃO II XV - (VETADO)
DA COMPOSIÇÃO E DA COMPETÊNCIA DO SISTEMA XVI - (VETADO)
NACIONAL DE TRÂNSITO XVII - (VETADO)
XVIII - (VETADO)
Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes XIX - (VETADO)
órgãos e entidades: XX - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador (Vigência)
do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo; XXI - (VETADO)
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho XXII - saúde;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos normativos, XXIII - justiça;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
consultivos e coordenadores; XXIV - relações exteriores;(Redação dada pela Lei nº 14.599,
III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos de 2023)
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; XXV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)
IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos (Vigência)
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; XXVI - indústria e comércio;(Redação dada pela Lei nº 14.599,
V - a Polícia Rodoviária Federal; de 2023)
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e XXVII - agropecuária;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI. 2023)
Art. 7º -A.A autoridade portuária ou a entidade concessionária XXVIII - transportes terrestres;(Incluído pela Lei nº 14.599, de
de porto organizado poderá celebrar convênios com os órgãos pre- 2023)
vistos no art. 7º , com a interveniência dos Municípios e Estados, XXIX - segurança pública;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
XXX - mobilidade urbana.(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)

123
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§1º (VETADO) §1º As propostas de normas regulamentares de que trata o in-


§2º (VETADO) ciso I docaputdeste artigo serão submetidas a prévia consulta públi-
§3º (VETADO) ca, por meio da rede mundial de computadores, pelo período mí-
§3º-A. O Contran será presidido pelo Ministro de Estado ao nimo de 30 (trinta) dias, antes do exame da matéria pelo Contran.
qual estiver subordinado o órgão máximo executivo de trânsito da (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
União.(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) §2º As contribuições recebidas na consulta pública de que trata
§4º Os Ministros de Estado poderão fazer-se representar por o§1º deste artigo ficarão à disposição do público pelo prazo de 2
servidores de nível hierárquico igual ou superior ao Cargo Comis- (dois) anos, contado da data de encerramento da consulta pública.
sionado Executivo (CCE) nível 17, ou por oficial-general, na hipótese (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
de tratar-se de militar.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) §3º Em caso de urgência e de relevante interesse público, o
§5º Compete ao dirigente do órgão máximo executivo de trân- presidente do Contran poderá editar deliberação,ad referendumdo
sito da União atuar como Secretário-Executivo do Contran. (Reda- Plenário, para fins do disposto no inciso I docaputdeste artigo.(Re-
ção dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) dação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
§6º O quórum de votação e de aprovação no Contran é o de §4º A deliberação de que trata o§3º deste artigo:(Redação
maioria absoluta. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi- dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
gência) I - na hipótese de não ser aprovada pelo Plenário do Contran no
Art. 10-A. Poderão ser convidados a participar de reuniões do prazo de 120 (cento e vinte) dias, perderá sua eficácia, com manu-
Contran, sem direito a voto, representantes de órgãos e entidades tenção dos efeitos dela decorrentes; e(Incluído pela Lei nº 14.599,
setoriais responsáveis ou impactados pelas propostas ou matérias de 2023)
em exame. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) II - não está sujeita ao disposto nos§§1º e 2º deste artigo, veda-
Art. 11.(VETADO) da sua reedição.(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
Art. 12. Compete ao CONTRAN: §5º Norma do Contran poderá dispor sobre o uso de sinaliza-
I - estabelecer as normas regulamentares referidas neste Códi- ção horizontal ou vertical que utilize técnicas de estímulos compor-
go e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito; tamentais para a redução de sinistros de trânsito.(Redação dada
II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, obje- pela Lei nº 14.599, de 2023)
tivando a integração de suas atividades; Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados ao
III -(VETADO) CONTRAN, são integradas por especialistas e têm como objetivo es-
IV - criar Câmaras Temáticas; tudar e oferecer sugestões e embasamento técnico sobre assuntos
V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para o fun- específicos para decisões daquele colegiado.
cionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE; §1º Cada Câmara é constituída por especialistas representan-
VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI; tes de órgãos e entidades executivos da União, dos Estados, ou do
VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas conti- Distrito Federal e dos Municípios, em igual número, pertencentes
das neste Código e nas resoluções complementares; ao Sistema Nacional de Trânsito, além de especialistas representan-
VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para o en- tes dos diversos segmentos da sociedade relacionados com o trân-
quadramento das condutas expressamente referidas neste Código, sito, todos indicados segundo regimento específico definido pelo
para a fiscalização e a aplicação das medidas administrativas e das CONTRAN e designados pelo ministro ou dirigente coordenador
penalidades por infrações e para a arrecadação das multas aplica- máximo do Sistema Nacional de Trânsito.
das e o repasse dos valores arrecadados; (Redação dada pela Lei nº §2º Os segmentos da sociedade, relacionados no parágrafo
14.071, de 2020)(Vigência) anterior, serão representados por pessoa jurídica e devem atender
IX - responder às consultas que lhe forem formuladas, relativas aos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN.
à aplicação da legislação de trânsito; §3º A coordenação das Câmaras Temáticas será exercida por
X - normatizar os procedimentos sobre a aprendizagem, habili- representantes do órgão máximo executivo de trânsito da União ou
tação, expedição de documentos de condutores, e registro e licen- dos Ministérios representados no Contran, conforme definido no
ciamento de veículos; ato de criação de cada Câmara Temática. (Redação dada pela Lei nº
XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de sinali- 14.071, de 2020)(Vigência)
zação e os dispositivos e equipamentos de trânsito; §4º (VETADO)
XII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) I -(VETADO)
(Vigência) II -(VETADO)
XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre conflitos III -(VETADO)
de competência ou circunscrição, ou, quando necessário, unificar as IV -(VETADO)
decisões administrativas; e Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN
XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE:
trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal. I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito,
XV - normatizar o processo de formação do candidato à obten- no âmbito das respectivas atribuições;
ção da Carteira Nacional de Habilitação, estabelecendo seu conte- II - elaborar normas no âmbito das respectivas competências;
údo didático-pedagógico, carga horária, avaliações, exames, execu- III - responder a consultas relativas à aplicação da legislação e
ção e fiscalização. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) dos procedimentos normativos de trânsito;
IV - estimular e orientar a execução de campanhas educativas
de trânsito;
V - julgar os recursos interpostos contra decisões:

124
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

a) das JARI; III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de Trân-
b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de sito, de Transporte e de Segurança Pública, objetivando o combate
inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão física, à violência no trânsito, promovendo, coordenando e executando o
mental ou psicológica; controle de ações para a preservação do ordenamento e da segu-
VI - indicar um representante para compor a comissão exami- rança do trânsito;
nadora de candidatos portadores de deficiência física à habilitação IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de improbida-
para conduzir veículos automotores; de contra a fé pública, o patrimônio, ou a administração pública ou
VII - (VETADO) privada, referentes à segurança do trânsito;
VIII - acompanhar e coordenar as atividades de administração, V - supervisionar a implantação de projetos e programas rela-
educação, engenharia, fiscalização, policiamento ostensivo de trân- cionados com a engenharia, educação, administração, policiamento
sito, formação de condutores, registro e licenciamento de veículos, e fiscalização do trânsito e outros, visando à uniformidade de pro-
articulando os órgãos do Sistema no Estado, reportando-se ao CON- cedimento;
TRAN; VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e habi-
IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trân- litação de condutores de veículos, a expedição de documentos de
sito no âmbito dos Municípios; e condutores, de registro e licenciamento de veículos;
X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das exigências VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de
definidas nos§§1º e 2º do art. 333. Habilitação, os Certificados de Registro e o de Licenciamento Anual
XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipótese de mediante delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito
reavaliação dos exames, junta especial de saúde para examinar os Federal;
candidatos à habilitação para conduzir veículos automotores. (In- VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras de
cluído pela Lei nº 9.602, de 1998) Habilitação - RENACH;
Parágrafo único. Dos casos previstos no incisoV, julgados pelo IX - organizar e manter o Registro Nacional deVeículos Automo-
órgão, não cabe recurso na esfera administrativa. tores - RENAVAM;
Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do CONTRANDIFE são X - organizar a estatística geral de trânsito no território nacio-
nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito Federal, nal, definindo os dados a serem fornecidos pelos demais órgãos e
respectivamente, e deverão ter reconhecida experiência em maté- promover sua divulgação;
ria de trânsito. XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações sobre
§1º Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são nomea- as ocorrências de sinistros de trânsito e as estatísticas de trânsi-
dos pelos Governadores dos Estados e do Distrito Federal, respec- to;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
tivamente. XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à segu-
§2º Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE deverão ser rança e à educação de trânsito;
pessoas de reconhecida experiência em trânsito. XIII - coordenar a administração do registro das infrações de
§3º O mandato dos membros do CETRAN e do CONTRANDIFE é trânsito, da pontuação e das penalidades aplicadas no prontuário
de dois anos, admitida a recondução. do infrator, da arrecadação de multas e do repasse de que trata
Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade executivos de trânsito o§1º do art. 320;(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vi-
ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas de Recursos de In- gência)
frações - JARI, órgãos colegiados responsáveis pelo julgamento dos XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Nacional de
recursos interpostos contra penalidades por eles impostas. Trânsito informações sobre registros de veículos e de condutores,
Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, observado o mantendo o fluxo permanente de informações com os demais ór-
disposto no incisoVI do art. 12, e apoio administrativo e financeiro gãos do Sistema;
do órgão ou entidade junto ao qual funcionem. XV - promover, em conjunto com os órgãos competentes do
Art. 17. Compete às JARI: Ministério da Educação, de acordo com as diretrizes do Contran,
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; a elaboração e a implementação de programas de educação de
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e trânsito nos estabelecimentos de ensino;(Redação dada pela Lei nº
executivos rodoviários informações complementares relativas aos 14.599, de 2023)
recursos, objetivando uma melhor análise da situação recorrida; XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos para a edu-
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsito cação de trânsito;
e executivos rodoviários informações sobre problemas observados XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos sobre o
nas autuações e apontados em recursos, e que se repitam sistema- trânsito;
ticamente. XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e entidades
Art. 18. (VETADO) do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à aprovação do CON-
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da TRAN, a complementação ou alteração da sinalização e dos disposi-
União: tivos e equipamentos de trânsito;
I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a execução XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os manuais e
das normas e diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN, no âmbito de normas de projetos de implementação da sinalização, dos dispositi-
suas atribuições; vos e equipamentos de trânsito aprovados pelo CONTRAN;
II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos ór-
gãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução da Política
Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;

125
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

XX – expedir a permissão internacional para conduzir veículo e I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito,
o certificado de passagem nas alfândegas mediante delegação aos no âmbito de suas atribuições;
órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal ou a entidade II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações
habilitada para esse fim pelo poder público federal;(Redação dada relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de preservar
pela lei nº 13.258, de 2016) a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de
XXI - promover a realização periódica de reuniões regionais e terceiros;
congressos nacionais de trânsito, bem como propor a representa- III - executar a fiscalização de trânsito, aplicar as penalidades
ção do Brasil em congressos ou reuniões internacionais; de advertência por escrito e multa e as medidas administrativas ca-
XXII - propor acordos de cooperação com organismos interna- bíveis, com a notificação dos infratores e a arrecadação das multas
cionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações inerentes à segu- aplicadas e dos valores provenientes de estadia e remoção de ve-
rança e educação de trânsito; ículos, objetos e animais e de escolta de veículos de cargas super-
XXIII - elaborar projetos e programas de formação, treinamento dimensionadas ou perigosas; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de
e especialização do pessoal encarregado da execução das ativida- 2020)(Vigência)
des de engenharia, educação, policiamento ostensivo, fiscalização, IV - efetuar levantamento dos locais de sinistros de trânsito e
operação e administração de trânsito, propondo medidas que esti- dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas;(Re-
mulem a pesquisa científica e o ensino técnico-profissional de inte- dação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
resse do trânsito, e promovendo a sua realização; V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medi-
XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito interes- das de segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, es-
tadual e internacional; colta e transporte de carga indivisível;
XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as normas VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo
e requisitos de segurança veicular para fabricação e montagem de solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas emergenciais, e
veículos, consoante sua destinação; zelar pelo cumprimento das normas legais relativas ao direito de
XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do código vizinhança, promovendo a interdição de construções e instalações
marca-modelo dos veículos para efeito de registro, emplacamento não autorizadas;
e licenciamento; VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre sinis-
XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do CON- tros de trânsito e suas causas, adotando ou indicando medidas
TRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máximo do Sistema operacionais preventivas e encaminhando-os ao órgão rodoviário
Nacional de Trânsito; federal;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trânsito e VIII - implementar as medidas da Política Nacional de Seguran-
submetê-los, com proposta de solução, ao Ministério ou órgão co- ça e Educação de Trânsito;
ordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito; IX - promover e participar de projetos e programas de educa-
XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e finan- ção e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo
ceiro ao CONTRAN. CONTRAN;
XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infrações de X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacio-
Trânsito (Renainf).(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) nal de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas
XXXI - organizar, manter e atualizar o Registro Nacional Posi- impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do
tivo de Condutores (RNPC). (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020) licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de
(Vigência) veículos e de prontuários de condutores de uma para outra unidade
XXXII - organizar e manter o Registro Nacional de Sinistros e da Federação;
Estatísticas de Trânsito (Renaest).(Incluído pela Lei nº 14.599, de XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzi-
2023) dos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com
§1º Comprovada, por meio de sindicância, a deficiência técnica o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando solicitado, às
ou administrativa ou a prática constante de atos de improbidade ações específicas dos órgãos ambientais.
contra a fé pública, contra o patrimônio ou contra a administração XII - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir,
pública, o órgão executivo de trânsito da União, mediante aprova- quando prevista de forma específica para a infração cometida, e co-
ção do CONTRAN, assumirá diretamente ou por delegação, a exe- municar a aplicação da penalidade ao órgão máximo executivo de
cução total ou parcial das atividades do órgão executivo de trânsito trânsito da União. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
estadual que tenha motivado a investigação, até que as irregulari- XIII - realizar perícia administrativa nos locais de sinistros de
dades sejam sanadas. trânsito.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
§2º O regimento interno do órgão executivo de trânsito da Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários
União disporá sobre sua estrutura organizacional e seu funciona- da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âm-
mento. bito de sua circunscrição:
§3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito,
rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- no âmbito de suas atribuições;
pios fornecerão, obrigatoriamente, mês a mês, os dados estatísticos II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veí-
para os fins previstos no incisoX. culos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da
§4º (VETADO).(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) circulação e da segurança de ciclistas;
Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dis-
rodovias e estradas federais: positivos e os equipamentos de controle viário;

126
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os sinistros de trân- V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medi-
sito e suas causas;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) das administrativas cabíveis pelas infrações previstas neste Código,
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policiamento excetuadas aquelas de competência privativa dos órgãos e entida-
ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para o policiamento des executivos de trânsito dos Municípios previstas no§4º do art.
ostensivo de trânsito; 24 deste Código, no exercício regular do poder de polícia de trânsi-
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as pena- to;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
lidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e medidas VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste Código,
administrativas cabíveis, notificando os infratores e arrecadando as excetuadas aquelas de competência privativa dos órgãos e entida-
multas que aplicar; des executivos de trânsito dos Municípios previstas no§4º do art. 24
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de deste Código, notificando os infratores e arrecadando as multas que
veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas superdimensio- aplicar;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
nadas ou perigosas; VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas admi- veículos e objetos;
nistrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de peso, di- VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a sus-
mensões e lotação dos veículos, bem como notificar e arrecadar as pensão e a cassação do direito de dirigir e o recolhimento da Cartei-
multas que aplicar; ra Nacional de Habilitação;
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, apli- IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre sinis-
cando as penalidades e arrecadando as multas nele previstas; tros de trânsito e suas causas;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de
X - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito e 2023)
do Programa Nacional de Trânsito; X - credenciar órgãos ou entidades para a execução de ativida-
XI - promover e participar de projetos e programas de educa- des previstas na legislação de trânsito, na forma estabelecida em
ção e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo norma do CONTRAN;
CONTRAN; XI - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito e
XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacio- do Programa Nacional de Trânsito;
nal de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas XII - promover e participar de projetos e programas de educa-
impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do ção e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes estabeleci-
licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de das pelo CONTRAN;
veículos e de prontuários de condutores de uma para outra unidade XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacio-
da Federação; nal de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas
XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzi- impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do
dos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de
estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações específicas dos veículos e de prontuários de condutores de uma para outra unidade
órgãos ambientais locais, quando solicitado; da Federação;
XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização especial XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de trânsito e
para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a serem observa- executivos rodoviários municipais, os dados cadastrais dos veículos
dos para a circulação desses veículos. registrados e dos condutores habilitados, para fins de imposição e
XV - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir, notificação de penalidades e de arrecadação de multas nas áreas de
quando prevista de forma específica para a infração cometida, e co- suas competências;
municar a aplicação da penalidade ao órgão máximo executivo de XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzi-
trânsito da União. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) dos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com
Parágrafo único.(VETADO) o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando solicitado, às
Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de trânsi- ações específicas dos órgãos ambientais locais;
to dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua circunscrição: XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional de
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN.
no âmbito das respectivas atribuições; XVII - criar, implantar e manter escolas públicas de trânsito,
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, de destinadas à educação de crianças, adolescentes, jovens e adultos,
aperfeiçoamento, de reciclagem e de suspensão de condutores e por meio de aulas teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e
expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para Dirigir comportamento no trânsito.(Redação dada pela Lei nº 14.440, de
e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação do órgão 2022)
máximo executivo de trânsito da União; (Redação dada pela Lei nº §1º .As competências descritas no incisoII docaputdeste artigo
14.071, de 2020)(Vigência) relativas ao processo de suspensão de condutores serão exercidas
III - vistoriar, inspecionar as condições de segurança veicular, quando:(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
registrar, emplacar e licenciar veículos, com a expedição dos Certi- I - o condutor atingir o limite de pontos estabelecido no inciso I
ficados de Registro deVeículo e de Licenciamento Anual, mediante do art. 261 deste Código;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
delegação do órgão máximo executivo de trânsito da União; (Reda- II - a infração previr a penalidade de suspensão do direito de
ção dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) dirigir de forma específica e a autuação tiver sido efetuada pelo
IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as dire- próprio órgão executivo estadual de trânsito.(Incluído pela Lei nº
trizes para o policiamento ostensivo de trânsito; 14.599, de 2023)

127
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§2º Compete privativamente aos órgãos ou entidades executi- licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de
vos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal executar a fiscaliza- veículos e de prontuários dos condutores de uma para outra unida-
ção de trânsito, autuar e aplicar as medidas administrativas e pena- de da Federação;
lidades previstas nos arts. 165-D, 233, 240, 241, 242 e 243 e no§5º XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito e do
do art. 330 deste Código.(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) Programa Nacional de Trânsito;
Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do Distrito XV - promover e participar de projetos e programas de educa-
Federal: ção e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes estabeleci-
I -(VETADO) das pelo CONTRAN;
II -(VETADO) XVI - planejar e implantar medidas para redução da circulação
III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme con- de veículos e reorientação do tráfego, com o objetivo de diminuir a
vênio firmado, como agente do órgão ou entidade executivos de emissão global de poluentes;
trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com os de- XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos de
mais agentes credenciados; tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, autu-
IV -(VETADO) ando, aplicando penalidades e arrecadando multas decorrentes de
V -(VETADO) infrações;(Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
VI -(VETADO) XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de propul-
VII -(VETADO) são humana e de tração animal;
VIII - (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional de
Parágrafo único.(VETADO) Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN;
Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzi-
dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:(Redação dada pela dos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o
Lei nº 13.154, de 2015) estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações específicas de
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, órgão ambiental local, quando solicitado;
no âmbito de suas atribuições; XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização especial
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de ve- para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a serem observa-
ículos, de pedestres e de animais e promover o desenvolvimento, dos para a circulação desses veículos.
temporário ou definitivo, da circulação, da segurança e das áreas de XXII - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir,
proteção de ciclistas; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) quando prevista de forma específica para a infração cometida, e
(Vigência) comunicar a aplicação da penalidade ao órgão máximo executivo
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dis- de trânsito da União; (Incluído dada pela Lei nº 14.071, de 2020)
positivos e os equipamentos de controle viário; (Vigência)
IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os si- XXIII - criar, implantar e manter escolas públicas de trânsito,
nistros de trânsito e suas causas;(Redação dada pela Lei nº 14.599, destinadas à educação de crianças, adolescentes, jovens e adultos,
de 2023) por meio de aulas teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia ostensiva comportamento no trânsito.(Redação dada pela Lei nº 14.440, de
de trânsito, as diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; 2022)
VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, edi- §1º As competências relativas a órgão ou entidade municipal
ficações de uso público e edificações privadas de uso coletivo, au- serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão ou entidade exe-
tuar e aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa e cutivos de trânsito.
as medidas administrativas cabíveis pelas infrações previstas neste §2º Para exercer as competências estabelecidas neste artigo,
Código, excetuadas aquelas de competência privativa dos órgãos ou os Municípios deverão integrar-se ao Sistema Nacional de Trânsi-
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal to, por meio de órgão ou entidade executivos de trânsito ou dire-
previstas no§2º do art. 22 deste Código, notificando os infratores tamente por meio da prefeitura municipal, conforme previsto no
e arrecadando as multas que aplicar;(Redação dada pela Lei nº art. 333 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)
14.599, de 2023) (Vigência)
VII - (revogado);(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) §3º O exercício das atribuições previstas no incisoVI docapu-
VIII - (revogado);(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) tdeste artigo no âmbito de edificações privadas de uso coletivo
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, apli- somente se aplica para infrações de uso de vagas reservadas em
cando as penalidades e arrecadando as multas nele previstas; estacionamentos.(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento ro- §4º Compete privativamente aos órgãos e entidades executivos
tativo pago nas vias; de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição, execu-
XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de veí- tar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas adminis-
culos e objetos, e escolta de veículos de cargas superdimensionadas trativas e penalidades previstas nos arts. 95, 181, 182, 183, 218 e
ou perigosas; 219, nos incisos V eX docaputdo art. 231 e nos arts. 245, 246 e 279-
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar me- A deste Código.(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
didas de segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, Art. 24-A. Compete concorrentemente aos órgãos e entidades
escolta e transporte de carga indivisível; executivos de trânsito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacio- pios executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas
nal de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas
impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do

128
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

administrativas e penalidades previstas neste Código, observado o I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as
disposto no §2º do art. 22 e no§4º do art. 24 deste Código.(Incluído exceções devidamente sinalizadas;
pela Lei nº 14.599, de 2023) II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral
Parágrafo único. As competências privativas previstas no§2º do e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação
art. 22 e no§4º do art. 24 podem ser delegadas por meio do convê- ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e
nio de que trata o art. 25 deste Código.(Incluído pela Lei nº 14.599, as condições do local, da circulação, do veículo e as condições cli-
de 2023) máticas;
Art. 25. Os órgãos e entidades executivos do Sistema Nacional III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se
de Trânsito poderão celebrar convênio delegando as atividades pre- aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de passagem:
vistas neste Código, com vistas à maior eficiência e à segurança para a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia,
os usuários da via. aquele que estiver circulando por ela;
§1º . Os órgãos e entidades de trânsito poderão prestar servi- b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
ços de capacitação técnica, assessoria e monitoramento das ativi- c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
dades relativas ao trânsito durante prazo a ser estabelecido entre as IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas
partes, com ressarcimento dos custos apropriados. (Redação dada de circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao
pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, quando
§2º Quando não houver órgão ou entidade executivos de trân- não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, des-
sito no respectivo Município, o convênio de que trata ocaputdeste tinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior
artigo poderá ser celebrado diretamente pela prefeitura municipal velocidade;
com órgão ou entidade que integre o Sistema Nacional de Trânsito, V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acos-
permitido, inclusive, o consórcio com outro ente federativo. (Incluí- tamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos
do pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) imóveis ou áreas especiais de estacionamento;
Art. 25-A. Os agentes dos órgãos policiais da Câmara dos De- VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de
putados e do Senado Federal, a que se referem oincisoIV do caput passagem, respeitadas as demais normas de circulação;
do art. 51 e oincisoXIII do caput do art. 52 da Constituição Federal VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento,
, respectivamente, mediante convênio com o órgão ou entidade de os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambu-
trânsito com circunscrição sobre a via, poderão lavrar auto de in- lâncias, além de prioridade no trânsito, gozam de livre circulação,
fração de trânsito e remetê-lo ao órgão competente, nos casos em estacionamento e parada, quando em serviço de urgência, de poli-
que a infração cometida nas adjacências do Congresso Nacional ou ciamento ostensivo ou de preservação da ordem pública, observa-
nos locais sob sua responsabilidade comprometer objetivamente das as seguintes disposições:(Redação dada pela Lei nº 14.071, de
os serviços ou colocar em risco a incolumidade das pessoas ou o 2020)(Vigência)
patrimônio das respectivas Casas Legislativas.(Incluído pela Lei nº a) quando os dispositivos regulamentares de alarme sonoro e
14.071, de 2020)(Vigência) iluminação intermitente estiverem acionados, indicando a proximi-
Parágrafo único. Para atuarem na fiscalização de trânsito, os dade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a pas-
agentes mencionados nocaputdeste artigo deverão receber trei- sagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando,
namento específico para o exercício das atividades, conforme re- se necessário; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
gulamentação do Contran.(Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020) b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou avistarem a luz
(Vigência) intermitente, deverão aguardar no passeio e somente atravessar a
via quando o veículo já tiver passado pelo local; (Redação dada pela
CAPÍTULO III Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação inter-
mitente somente poderá ocorrer por ocasião da efetiva prestação
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem: de serviço de urgência;(Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstá- d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se
culo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segu-
causar danos a propriedades públicas ou privadas; rança, obedecidas as demais normas deste Código;
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atiran- e) as prerrogativas de livre circulação e de parada serão aplica-
do, depositando ou abandonando na via objetos ou substâncias, ou das somente quando os veículos estiverem identificados por dispo-
nela criando qualquer outro obstáculo. sitivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação intermiten-
Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públi- te; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
cas, o condutor deverá verificar a existência e as boas condições de f) a prerrogativa de livre estacionamento será aplicada so-
funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como mente quando os veículos estiverem identificados por dispositivos
assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao regulamentares de iluminação intermitente; (Incluído pela Lei nº
local de destino. 14.071, de 2020)(Vigência)
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública,
seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à quando em atendimento na via, gozam de livre parada e estacio-
segurança do trânsito. namento no local da prestação de serviço, desde que devidamente
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à cir- sinalizados, devendo estar identificados na forma estabelecida pelo
culação obedecerá às seguintes normas: CONTRAN;

129
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias
ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e as com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em cur-
demais normas estabelecidas neste Código, exceto quando o veí- vas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de nível,
culo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando
esquerda; houver sinalização permitindo a ultrapassagem.
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não
certificar-se de que: poderá efetuar ultrapassagem.
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma ma- Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deve-
nobra para ultrapassá-lo; rá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indica- usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele,
do o propósito de ultrapassar um terceiro; considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um
suficiente para que sua manobra não ponha em perigo ou obstrua deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu propósito de
o trânsito que venha em sentido contrário; forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz indica-
XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá: dora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando braço.
a luz indicadora de direção do veículo ou por meio de gesto conven- Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a trans-
cional de braço; posição de faixas, movimentos de conversão à direita, à esquerda
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal e retornos.
forma que deixe livre uma distância lateral de segurança; Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente de
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos veículos e
origem, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazen- pedestres que por ela estejam transitando.
do gesto convencional de braço, adotando os cuidados necessários Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à es-
para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que ul- querda e a operação de retorno deverão ser feitas nos locais apro-
trapassou; priados e, onde estes não existirem, o condutor deverá aguardar no
XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência acostamento, à direita, para cruzar a pista com segurança.
de passagem sobre os demais, respeitadas as normas de circulação. Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou
XIII - (VETADO).(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) em lotes lindeiros, o condutor deverá:
§1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneasaebdo in- I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo pos-
cisoX eaebdo incisoXI aplicam-se à transposição de faixas, que pode sível do bordo direito da pista e executar sua manobra no menor
ser realizada tanto pela faixa da esquerda como pela da direita. espaço possível;
§2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabe- II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo
lecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando houver,
porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os caso se trate de uma pista com circulação nos dois sentidos, ou do
motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um só sentido.
dos pedestres. Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o
§3º Compete ao Contran regulamentar os dispositivos de alar- condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos ve-
me sonoro e iluminação intermitente previstos no incisoVII docapu- ículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual
tdeste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem.
§4º Em situações especiais, ato da autoridade máxima federal Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser fei-
de segurança pública poderá dispor sobre a aplicação das exceções ta nos locais para isto determinados, quer por meio de sinalização,
tratadas no incisoVII docaputdeste artigo aos veículos oficiais des- quer pela existência de locais apropriados, ou, ainda, em outros lo-
caracterizados. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) cais que ofereçam condições de segurança e fluidez, observadas as
Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem características da via, do veículo, das condições meteorológicas e da
o propósito de ultrapassá-lo, deverá: movimentação de pedestres e ciclistas.
I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes de-
para a faixa da direita, sem acelerar a marcha; terminações:
II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, por meio da
na qual está circulando, sem acelerar a marcha. utilização da luz baixa: (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila, deve- (Vigência)
rão manter distância suficiente entre si para permitir que veículos a) à noite; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
que os ultrapassem possam se intercalar na fila com segurança. b) mesmo durante o dia, em túneis e sob chuva, neblina ou
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um cerração; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando embar- II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exce-
que ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a velocidade, to ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo;
dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo com vistas à III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto
segurança dos pedestres. período de tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, só
poderá ser utilizada para indicar a intenção de ultrapassar o veículo
que segue à frente ou para indicar a existência de risco à segurança
para os veículos que circulam no sentido contrário;

130
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada
(Vigência) deverá restringir-se ao tempo indispensável para embarque ou de-
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações: sembarque de passageiros, desde que não interrompa ou perturbe
a) em imobilizações ou situações de emergência; o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres.
b) quando a regulamentação da via assim o determinar; Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será regula-
VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa mentada pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e é
a luz de placa; considerada estacionamento.
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos
quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou desem- estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido do
barque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias. fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da
§1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros, quando calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas.
circularem em faixas ou pistas a eles destinadas, e as motocicletas, §1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados,
motonetas e ciclomotores deverão utilizar-se de farol de luz baixa estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão estar
durante o dia e à noite. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) situados fora da pista de rolamento.
(Vigência) §2º O estacionamento dos veículos motorizados de duas rodas
§2º Os veículos que não dispuserem de luzes de rodagem diur- será feito em posição perpendicular à guia da calçada (meio-fio) e
na deverão manter acesos os faróis nas rodovias de pista simples junto a ela, salvo quando houver sinalização que determine outra
situadas fora dos perímetros urbanos, mesmo durante o dia. (Inclu- condição.
ído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) §3º O estacionamento dos veículos sem abandono do condutor
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, poderá ser feito somente nos locais previstos neste Código ou na-
desde que em toque breve, nas seguintes situações: queles regulamentados por sinalização específica.
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar sinis- Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta
tros;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes se cer-
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a tificarem de que isso não constitui perigo para eles e para outros
um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo. usuários da via.
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veícu- Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem ocorrer
lo, salvo por razões de segurança. sempre do lado da calçada, exceto para o condutor.
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas adja-
constantemente as condições físicas da via, do veículo e da carga, as centes às estradas e rodovias obedecerá às condições de segurança
condições meteorológicas e a intensidade do trânsito, obedecendo do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade com circunscrição
aos limites máximos de velocidade estabelecidos para a via, além sobre a via.
de: Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios consti-
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em cir- tuídos por unidades autônomas, a sinalização de regulamentação
culação sem causa justificada, transitando a uma velocidade anor- da via será implantada e mantida às expensas do condomínio, após
malmente reduzida; aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com circunscrição
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo sobre a via.
deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem in- Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela di-
convenientes para os outros condutores, a não ser que haja perigo reita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou acostamento,
iminente; sempre que não houver faixa especial a eles destinada, devendo
III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a seus condutores obedecer, no que couber, às normas de circulação
sinalização devida, a manobra de redução de velocidade. previstas neste Código e às que vierem a ser fixadas pelo órgão ou
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o entidade com circunscrição sobre a via.
condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, transi- Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem circular
tando em velocidade moderada, de forma que possa deter seu veí- nas vias quando conduzidos por um guia, observado o seguinte:
culo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser
tenham o direito de preferência. divididos em grupos de tamanho moderado e separados uns dos
Art. 44-A. É livre o movimento de conversão à direita diante outros por espaços suficientes para não obstruir o trânsito;
de sinal vermelho do semáforo onde houver sinalização indicativa II - os animais que circularem pela pista de rolamento deverão
que permita essa conversão, observados os arts. 44, 45 e 70 deste ser mantidos junto ao bordo da pista.
Código. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomo-
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja tores só poderão circular nas vias:
favorável, nenhum condutor pode entrar em uma interseção se I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos pro-
houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na área tetores;
do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito II - segurando o guidom com as duas mãos;
transversal. III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especifi-
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária cações do CONTRAN.
de um veículo no leito viário, em situação de emergência, deverá Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomo-
ser providenciada a imediata sinalização de advertência, na forma tores só poderão ser transportados:
estabelecida pelo CONTRAN. I - utilizando capacete de segurança;

131
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suple- b) nas rodovias de pista simples:(Redação dada pela Lei nº
mentar atrás do condutor; 13.281, de 2016)(Vigência)
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especifi- 1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis, ca-
cações do CONTRAN. mionetas, caminhonetes e motocicletas;(Redação dada pela Lei nº
Art. 56.(VETADO) 14.440, de 2022)
Art. 56-A. (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi- 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veí-
gência) culos;(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por hora).(In-
pista de rolamento, preferencialmente no centro da faixa mais à di- cluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
reita ou no bordo direito da pista sempre que não houver acosta- §2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circuns-
mento ou faixa própria a eles destinada, proibida a sua circulação crição sobre a via poderá regulamentar, por meio de sinalização,
nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das vias urbanas. velocidades superiores ou inferiores àquelas estabelecidas no pa-
Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais fai- rágrafo anterior.
xas de trânsito e a da direita for destinada ao uso exclusivo de outro Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade
tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela faixa adjacen- da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as condições ope-
te à da direita. racionais de trânsito e da via.
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circu- Art. 63.(VETADO)
lação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ci- Art. 64. As crianças com idade inferior a 10 (dez) anos que não
clofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e cinco centíme-
destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de tros) de altura devem ser transportadas nos bancos traseiros, em
circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veí- dispositivo de retenção adequado para cada idade, peso e altura,
culos automotores. salvo exceções relacionadas a tipos específicos de veículos regula-
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição mentadas pelo Contran. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)
sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no sentido (Vigência)
contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que dotado o Parágrafo único. O Contran disciplinará o uso excepcional de
trecho com ciclofaixa. dispositivos de retenção no banco dianteiro do veículo e as especifi-
Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo cações técnicas dos dispositivos de retenção a que se refere ocaput-
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será permitida a deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
circulação de bicicletas nos passeios. Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condu-
Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua utiliza- tor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em
ção, classificam-se em: situações regulamentadas pelo CONTRAN.
I - vias urbanas: Art. 66.(VETADO)
a) via de trânsito rápido; Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive seus
b) via arterial; ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser realizadas me-
c) via coletora; diante prévia permissão da autoridade de trânsito com circunscri-
d) via local; ção sobre a via e dependerão de:
II - vias rurais: I - autorização expressa da respectiva confederação desportiva
a) rodovias; ou de entidades estaduais a ela filiadas;
b) estradas. II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via;
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada III - contrato de seguro contra riscos e sinistros em favor de
por meio de sinalização, obedecidas suas características técnicas e terceiros;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
as condições de trânsito. IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos
§1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade operacionais em que o órgão ou entidade permissionária incorrerá.
máxima será de: Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a via
I - nas vias urbanas: arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do contrato de
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido: seguro.
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras; CAPÍTULO III-A
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; (Incluído Lei nº 12.619, de 2012)(Vigência)
II - nas vias rurais: DA CONDUÇÃO DEVEÍCULOS POR MOTORISTAS
a) nas rodovias de pista dupla:(Redação dada pela Lei nº PROFISSIONAIS
13.281, de 2016)(Vigência)
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para automó- Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos motoristas
veis, camionetas, caminhonetes e motocicletas;(Redação dada pela profissionais: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência)
Lei nº 14.440, de 2022) I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros;(Incluído
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veí- pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência)
culos;(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) II - de transporte rodoviário de cargas. (Incluído pela Lei nº
3. (revogado);(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vi- 13.103, de 2015)(Vigência)
gência) §1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)
(Vigência)

132
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) §8º Regulamentação do Contran definirá as situações excepcio-
(Vigência) nais de inobservância justificada do tempo de direção e de descanso
§3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) pelos motoristas profissionais condutores de veículos ou composi-
(Vigência) ções de transporte rodoviário de cargas justificadas por indisponibi-
§4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) lidade de pontos de parada e de descanso na rota programada para
(Vigência) a viagem ou por exaurimento das vagas de estacionamento neles
§5º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) disponíveis.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
(Vigência) §9º O órgão competente da União ou, conforme o caso, a au-
§6º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) toridade do ente da Federação com circunscrição sobre a via pu-
(Vigência) blicará e revisará, periodicamente, relação dos espaços destinados
§7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) a pontos de parada e de descanso disponibilizados aos motoristas
(Vigência) profissionais condutores de veículos ou composições de transporte
§8º (VETADO).(Incluído Lei nº 12.619, de 2012)(Vigência) rodoviário de cargas, especialmente entre os previstos noart. 10 da
Art 67-B.VETADO).(Incluído Lei nº 12.619, de 2012)(Vigência) Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015, indicando o número de vagas
Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de de estacionamento disponíveis em cada localidade.(Incluído pela
5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de transporte rodovi- Lei nº 14.440, de 2022)
ário coletivo de passageiros ou de transporte rodoviário de cargas. Art. 67-D. (VETADO).(Incluído Lei nº 12.619, de 2012)(Vigência)
(Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência) Art. 67-E. O motorista profissional é responsável por controlar
§1º Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso dentro e registrar o tempo de condução estipulado no art. 67-C, com vis-
de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de transporte de car- tas à sua estrita observância.(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
ga, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo de direção (Vigência)
desde que não ultrapassadas 5 (cinco) horas e meia contínuas no §1º A não observância dos períodos de descanso estabelecidos
exercício da condução.(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigên- no art. 67-C sujeitará o motorista profissional às penalidades daí
cia) decorrentes, previstas neste Código.(Incluído pela Lei nº 13.103, de
§1º -A. Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso a 2015)(Vigência)
cada 4 (quatro) horas na condução de veículo rodoviário de passa- §1º -A. Não estará sujeito às penalidades previstas neste Códi-
geiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo de dire- go o motorista profissional condutor de veículos ou composições
ção.(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência) de transporte rodoviário de cargas que não observar os períodos de
§2º Em situações excepcionais de inobservância justificada do direção e de descanso quando ocorrer a situação excepcional des-
tempo de direção, devidamente registradas, o tempo de direção crita no§8º do art. 67-C deste Código.(Incluído pela Lei nº 14.440,
poderá ser elevado pelo período necessário para que o condutor, de 2022)
o veículo e a carga cheguem a um lugar que ofereça a segurança e §2º O tempo de direção será controlado mediante registrador
o atendimento demandados, desde que não haja comprometimen- instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, ou por meio de
to da segurança rodoviária.(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) anotação em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de trabalho ex-
(Vigência) terno, ou por meios eletrônicos instalados no veículo, conforme
§3º O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vinte e norma do Contran.(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência)
quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) horas de descanso, §3º O equipamento eletrônico ou registrador deverá funcio-
que podem ser fracionadas, usufruídas no veículo e coincidir com nar de forma independente de qualquer interferência do condutor,
os intervalos mencionados no§1º , observadas no primeiro perí- quanto aos dados registrados.(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
odo 8 (oito) horas ininterruptas de descanso.(Incluído pela Lei nº (Vigência)
13.103, de 2015)(Vigência) §4º A guarda, a preservação e a exatidão das informações con-
§4º Entende-se como tempo de direção ou de condução ape- tidas no equipamento registrador instantâneo inalterável de velo-
nas o período em que o condutor estiver efetivamente ao volante, cidade e de tempo são de responsabilidade do condutor.(Incluído
em curso entre a origem e o destino.(Incluído pela Lei nº 13.103, de pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência)
2015)(Vigência)
§5º Entende-se como início de viagem a partida do veículo na CAPÍTULOIV
ida ouno retorno, com ou sem carga, considerando-se como sua DOS PEDESTRES E CONDUTORES DEVEÍCULOS NÃO
continuação as partidas nos dias subsequentes até o destino.(Inclu- MOTORIZADOS
ído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência)
§6º O condutor somente iniciará uma viagem após o cumpri- Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou
mento integral do intervalo de descanso previsto no§3º deste arti- passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das
go.(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência) vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente per-
§7º Nenhum transportador de cargas ou coletivo de passagei- mitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que
ros, embarcador, consignatário de cargas, operador de terminais não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.
de carga, operador de transporte multimodal de cargas ou agente §1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se
de cargas ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda que ao pedestre em direitos e deveres.
subcontratado, que conduza veículo referido nocaputsem a obser-
vância do disposto no§6º .(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
(Vigência)

133
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou quan- CAPÍTULO V
do não for possível a utilização destes, a circulação de pedestres DO CIDADÃO
na pista de rolamento será feita com prioridade sobre os veículos,
pelos bordos da pista, em fila única, exceto em locais proibidos pela Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de soli-
sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida. citar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema Nacional de
§3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou quan- Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de equipamentos
do não for possível a utilização dele, a circulação de pedestres, na de segurança, bem como sugerir alterações em normas, legislação
pista de rolamento, será feita com prioridade sobre os veículos, pe- e outros assuntos pertinentes a este Código.
los bordos da pista, em fila única, em sentido contrário ao desloca- Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema Na-
mento de veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas cional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações e respon-
situações em que a segurança ficar comprometida. der, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a possibilidade ou
§4º (VETADO) não de atendimento, esclarecendo ou justificando a análise efetu-
§5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a se- ada, e, se pertinente, informando ao solicitante quando tal evento
rem construídas, deverá ser previsto passeio destinado à circulação ocorrerá.
dos pedestres, que não deverão, nessas condições, usar o acosta- Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem esclarecer
mento. quais as atribuições dos órgãos e entidades pertencentes ao Siste-
§6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para ma Nacional de Trânsito e como proceder a tais solicitações.
pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a via de-
verá assegurar a devida sinalização e proteção para circulação de CAPÍTULO VI
pedestres. DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará
precauções de segurança, levando em conta, principalmente, a visi- Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e consti-
bilidade, a distância e a velocidade dos veículos, utilizando sempre tui dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de
as faixas ou passagens a ele destinadas sempre que estas existirem Trânsito.
numa distância de até cinqüenta metros dele, observadas as se- §1º É obrigatória a existência de coordenação educacional em
guintes disposições: cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional de Trân-
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via sito.
deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo; §2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão pro-
II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou mover, dentro de sua estrutura organizacional ou mediante convê-
delimitada por marcas sobre a pista: nio, o funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, nos moldes e
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das padrões estabelecidos pelo CONTRAN.
luzes; Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e os
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o semáfo- cronogramas das campanhas de âmbito nacional que deverão ser
ro ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de veículos; promovidas por todos os órgãos ou entidades do Sistema Nacional
III - nas interseções e em suas proximidades, onde não existam de Trânsito, em especial nos períodos referentes às férias escolares,
faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a via na continu- feriados prolongados e à Semana Nacional de Trânsito.
ação da calçada, observadas as seguintes normas: §1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito
a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de que deverão promover outras campanhas no âmbito de sua circunscri-
podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos; ção e de acordo com as peculiaridades locais.
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres não §2º As campanhas de que trata este artigo são de caráter per-
deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar sobre ela manente, e os serviços de rádio e difusão sonora de sons e imagens
sem necessidade. explorados pelo poder público são obrigados a difundi-las gratuita-
Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre mente, com a freqüência recomendada pelos órgãos competentes
as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, do Sistema Nacional de Trânsito.
exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deverão ser res- Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-es-
peitadas as disposições deste Código. cola e nas escolas de 1º , 2º e 3º graus, por meio de planejamento
Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafó- e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Na-
rica de controle de passagem será dada preferência aos pedestres cional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito
que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso de mudança Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação.
do semáforo liberando a passagem dos veículos. Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o Mi-
Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via nistério da Educação, mediante proposta do Contran e do Conselho
manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de pedestres em de Reitores das Universidades Brasileiras, diretamente ou mediante
boas condições de visibilidade, higiene, segurança e sinalização. convênio, promoverá:(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo in-
terdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança de trân-
sito;
II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o trânsito
nas escolas de formação para o magistério e o treinamento de pro-
fessores e multiplicadores;

134
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para levanta- Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desacordo com
mento e análise de dados estatísticos relativos ao trânsito; as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D constitui infração punível
IV - a elaboração de planos de redução de sinistros de trânsi- com as seguintes sanções:(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
to com os núcleos interdisciplinares universitários de trânsito, com I – advertência por escrito;(Incluído pela Lei nº 12.006, de
vistas à integração universidades-sociedade na área de trânsito.(Re- 2009).
dação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) II – suspensão, nos veículos de divulgação da publicidade, de
Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito, caberá ao qualquer outra propaganda do produto, pelo prazo de até 60 (ses-
Ministério da Saúde, mediante proposta do Contran, estabelecer senta) dias;(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
campanha nacional para esclarecer condutas a serem seguidas nos III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e sete reais) a
primeiros socorros em caso de sinistros de trânsito.(Redação dada R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e cinco reais), cobrada do dobro
pela Lei nº 14.599, de 2023) até o quíntuplo em caso de reincidência.(Redação dada pela Lei nº
Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente por 13.281, de 2016)(Vigência)
intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, sendo intensificadas §1º As sanções serão aplicadas isolada ou cumulativamente,
nos períodos e na forma estabelecidos no art. 76. conforme dispuser o regulamento.(Incluído pela Lei nº 12.006, de
Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entidades compo- 2009).
nentes do Sistema Nacional de Trânsito os mecanismos instituídos §2º Sem prejuízo do disposto nocaputdeste artigo, qualquer
nos arts. 77-B a 77-E para a veiculação de mensagens educativas de infração acarretará a imediata suspensão da veiculação da peça pu-
trânsito em todo o território nacional, em caráter suplementar às blicitária até que sejam cumpridas as exigências fixadas nos arts.
campanhas previstas nos arts. 75 e 77.(Incluído pela Lei nº 12.006, 77-A a 77-D.(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
de 2009). Art. 77-F. (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) (Vi-
Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divulgação ou pro- gência)
moção, nos meios de comunicação social, de produto oriundo da Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação, do Trabalho
indústria automobilística ou afim, incluirá, obrigatoriamente, men- e Emprego, dos Transportes e da Justiça e Segurança Pública, por
sagem educativa de trânsito a ser conjuntamente veiculada.(Incluí- intermédio do Contran, desenvolverão e implementarão progra-
do pela Lei nº 12.006, de 2009). mas destinados à prevenção de sinistros.(Redação dada pela Lei nº
§1º Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram-se produ- 14.599, de 2023)
tos oriundos da indústria automobilística ou afins:(Incluído pela Lei Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos
nº 12.006, de 2009). valores arrecadados destinados à Previdência Social, do Prêmio do
I – os veículos rodoviários automotores de qualquer espé- Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados porVeículos Auto-
cie, incluídos os de passageiros e os de carga;(Incluído pela Lei nº motores deVia Terrestre - DPVAT, de que trata aLei nº 6.194, de 19
12.006, de 2009). de dezembro de 1974, serão repassados mensalmente ao Coorde-
II – os componentes, as peças e os acessórios utilizados nos nador do Sistema Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em
veículos mencionados no inciso I.(Incluído pela Lei nº 12.006, de programas de que trata este artigo.
2009). Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito poderão
§2º O disposto nocaputdeste artigo aplica-se à propaganda de firmar convênio com os órgãos de educação da União, dos Estados,
natureza comercial, veiculada por iniciativa do fabricante do pro- do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando o cumprimento
duto, em qualquer das seguintes modalidades:(Incluído pela Lei nº das obrigações estabelecidas neste capítulo.
12.006, de 2009).
I – rádio;(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). CAPÍTULO VII
II – televisão;(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
III – jornal;(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
IV – revista;(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da via,
V –outdoor.(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). sinalização prevista neste Código e em legislação complementar,
§3º Para efeito do disposto no§2º , equiparam-se ao fabricante destinada a condutores e pedestres, vedada a utilização de qual-
o montador, o encarroçador, o importador e o revendedor auto- quer outra.
rizado dos veículos e demais produtos discriminados no§1º deste §1º A sinalização será colocada em posição e condições que a
artigo.(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a noite, em
Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veiculada emoutdo- distância compatível com a segurança do trânsito, conforme nor-
orinstalado à margem de rodovia, dentro ou fora da respectiva faixa mas e especificações do CONTRAN.
de domínio, a obrigação prevista no art. 77-B estende-se à propa- §2º O órgão máximo executivo de trânsito da União poderá
ganda de qualquer tipo de produto e anunciante, inclusive àquela autorizar, em caráter experimental e por período prefixado, a uti-
de caráter institucional ou eleitoral.(Incluído pela Lei nº 12.006, de lização de sinalização e equipamentos não previstos neste Código.
2009). (Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) especifi- §3ºA responsabilidade pela instalação da sinalização nas vias
cará o conteúdo e o padrão de apresentação das mensagens, bem internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades
como os procedimentos envolvidos na respectiva veiculação, em autônomas e nas vias e áreas de estacionamento de estabelecimen-
conformidade com as diretrizes fixadas para as campanhas educati- tos privados de uso coletivo é de seu proprietário.(Incluído pela Lei
vas de trânsito a que se refere o art. 75.(Incluído pela Lei nº 12.006, nº 13.281, de 2016)(Vigência)
de 2009).

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar luzes, CAPÍTULO VIII
publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que possam gerar DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA
confusão, interferir na visibilidade da sinalização e comprometer a FISCALIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE
segurança do trânsito. TRÂNSITO
Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e res-
pectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de publicidade, Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e regulamentos
inscrições, legendas e símbolos que não se relacionem com a men- a serem adotados em todo o território nacional quando da imple-
sagem da sinalização. mentação das soluções adotadas pela Engenharia de Tráfego, assim
Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer legendas como padrões a serem praticados por todos os órgãos e entidades
ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à prévia aprovação do do Sistema Nacional de Trânsito.
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via. Art. 92.(VETADO)
Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição so- Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa transformar-
bre a via poderá retirar ou determinar a imediata retirada de qual- -se em pólo atrativo de trânsito poderá ser aprovado sem prévia
quer elemento que prejudique a visibilidade da sinalização viária anuência do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e sem
e a segurança do trânsito, com ônus para quem o tenha colocado. que do projeto conste área para estacionamento e indicação das
Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou entidade de trânsito vias de acesso adequadas.
com circunscrição sobre a via à travessia de pedestres deverão ser Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança de
sinalizados com faixas pintadas ou demarcadas no leito da via. veículos e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso não possa
Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina, oficinas, es- ser retirado, deve ser devida e imediatamente sinalizado.
tacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão ter suas entra- Parágrafo único. É proibida a utilização das ondulações trans-
das e saídas devidamente identificadas, na forma regulamentada versais e de sonorizadores como redutores de velocidade, salvo em
pelo CONTRAN. casos especiais definidos pelo órgão ou entidade competente, nos
Art. 86-A. As vagas de estacionamento regulamentado de que padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN.
trata o incisoXVII do art. 181 desta Lei deverão ser sinalizadas com Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou in-
as respectivas placas indicativas de destinação e com placas infor- terromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em
mando os dados sobre a infração por estacionamento indevido.(In- risco sua segurança, será iniciada sem permissão prévia do órgão ou
cluído pela Lei nº 13.146, de 2015)(Vigência) entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.
Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em: §1º A obrigação de sinalizar é do responsável pela execução ou
I - verticais; manutenção da obra ou do evento.
II - horizontais; §2º Salvo em casos de emergência, a autoridade de trânsito
III - dispositivos de sinalização auxiliar; com circunscrição sobre a via avisará a comunidade, por intermédio
IV - luminosos; dos meios de comunicação social, com quarenta e oito horas de
V - sonoros; antecedência, de qualquer interdição da via, indicando-se os cami-
VI - gestos do agente de trânsito e do condutor. nhos alternativos a serem utilizados.
Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue após §3ºO descumprimento do disposto neste artigo será punido
sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização de obras com multa de R$ 81,35 (oitenta e um reais e trinta e cinco centavos)
ou de manutenção, enquanto não estiver devidamente sinalizada, a R$ 488,10 (quatrocentos e oitenta e oito reais e dez centavos), in-
vertical e horizontalmente, de forma a garantir as condições ade- dependentemente das cominações cíveis e penais cabíveis, além de
quadas de segurança na circulação. multa diária no mesmo valor até a regularização da situação, a par-
Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em obras deverá tir do prazo final concedido pela autoridade de trânsito, levando-se
ser afixada sinalização específica e adequada. em consideração a dimensão da obra ou do evento e o prejuízo cau-
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência: sado ao trânsito.(Redação pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circula- §4º Ao servidor público responsável pela inobservância de
ção e outros sinais; qualquer das normas previstas neste e nos arts. 93 e 94, a autorida-
II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; de de trânsito aplicará multa diária na base de cinqüenta por cento
III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito. do dia de vencimento ou remuneração devida enquanto permane-
Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste Código cer a irregularidade.
por inobservância à sinalização quando esta for insuficiente ou in-
correta. CAPÍTULO IX
§1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre DOS VEÍCULOS
a via é responsável pela implantação da sinalização, respondendo
pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação. SEÇÃO I
§2º O CONTRAN editará normas complementares no que se re- DISPOSIÇÕES GERAIS
fere à interpretação, colocação e uso da sinalização.
Art. 96. Os veículos classificam-se em:
I - quanto à tração:
a) automotor;
b) (revogada);(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
c) de propulsão humana;
d) de tração animal;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

e) reboque ou semi-reboque; Art. 97. As características dos veículos, suas especificações


II - quanto à espécie: básicas, configuração e condições essenciais para registro, licencia-
a) de passageiros: mento e circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN, em função
1 - bicicleta; de suas aplicações.
2 - ciclomotor; Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem pré-
3 - motoneta; via autorização da autoridade competente, fazer ou ordenar que
4 - motocicleta; sejam feitas no veículo modificações de suas características de fá-
5 - triciclo; brica.
6 - quadriciclo; §1º Os veículos e motores novos ou usados que sofrerem alte-
7 - automóvel; rações ou conversões são obrigados a atender aos mesmos limites
8 - microônibus; e exigências de emissão de poluentes e ruído previstos pelos órgãos
9 - ônibus; ambientais competentes e pelo CONTRAN, cabendo à entidade exe-
10 - bonde; cutora das modificações e ao proprietário do veículo a responsabi-
11 - reboque ou semi-reboque; lidade pelo cumprimento das exigências. (Redação dada pela Lei nº
12 - charrete; 14.071, de 2020)(Vigência)
b) de carga: §2º Veículos classificados na espécie misto, tipo utilitário, car-
1 - motoneta; roçaria jipe poderão ter alterado o diâmetro externo do conjunto
2 - motocicleta; formado por roda e pneu, observadas restrições impostas pelo
3 - triciclo; fabricante e exigências fixadas pelo Contran. (Incluído pela Lei nº
4 - quadriciclo; 14.071, de 2020)(Vigência)
5 - caminhonete; Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o veícu-
6 - caminhão; lo cujo peso e dimensões atenderem aos limites estabelecidos pelo
7 - reboque ou semi-reboque; CONTRAN.
8 - carroça; §1º O excesso de peso será aferido por equipamento de pesa-
9 - carro-de-mão; gem ou pela verificação de documento fiscal, na forma estabelecida
c) misto: pelo CONTRAN.
1 - camioneta; §2º Será tolerado um percentual sobre os limites de peso bruto
2 - utilitário; total e peso bruto transmitido por eixo de veículos à superfície das
3 - outros; vias, quando aferido por equipamento, na forma estabelecida pelo
d) de competição; CONTRAN.
e) de tração: §3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pesagem de
1 - caminhão-trator; veículos serão aferidos de acordo com a metodologia e na periodi-
2 - trator de rodas; cidade estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão ou entidade
3 - trator de esteiras; de metrologia legal.
4 - trator misto; §4º Somente poderá haver autuação, por ocasião da pesagem
f) especial:(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) do veículo, quando o veículo ou a combinação de veículos ultrapas-
1. motocicleta;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) sar os limites de peso fixados, acrescidos da respectiva tolerância.
2. triciclo;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) (Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021)(Vigência)
3. automóvel;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) §5º O fabricante fará constar em lugar visível da estrutura do
4. micro-ônibus;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) veículo e no Renavam o limite técnico de peso por eixo, na forma
5. ônibus;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) definida pelo Contran.(Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021)(Vigên-
6. reboque ou semirreboque;(Incluído pela Lei nº 14.599, de cia)
2023) Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de veículos poderá
7. camioneta;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) transitar com lotação de passageiros, com peso bruto total, ou com
8. caminhão;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) peso bruto total combinado com peso por eixo, superior ao fixado
9. caminhão-trator;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) pelo fabricante, nem ultrapassar a capacidade máxima de tração da
10. caminhonete;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) unidade tratora.
11. utilitário;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) §1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros poderão
12. motor-casa;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) ser dotados de pneus extralargos.(Incluído pela Lei nº 13.281, de
g) de coleção; 2016)(Vigência)
III - quanto à categoria: §2º O Contran regulamentará o uso de pneus extralargos para
a) oficial; os demais veículos.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
b) de representação diplomática, de repartições consulares de §3º É permitida a fabricação de veículos de transporte de pas-
carreira ou organismos internacionais acreditados junto ao Gover- sageiros de até 15 m (quinze metros) de comprimento na configu-
no brasileiro; ração de chassi 8x2.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
c) particular; Art. 101. Ao veículo ou à combinação de veículos utilizados no
d) de aluguel; transporte de carga que não se enquadre nos limites de peso e di-
e) de aprendizagem. mensões estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, pela
autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de
trânsito, com prazo certo, válida para cada viagem ou por perío-

137
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

do, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias, §6º Estarão isentos da inspeção de que trata ocaputdeste ar-
conforme regulamentação do Contran. (Redação dada pela Lei nº tigo, durante 3 (três) anos a partir do primeiro licenciamento, os
14.071, de 2020)(Vigência) veículos novos classificados na categoria particular, com capacidade
§1º A autorização será concedida mediante requerimento que para até 7 (sete) passageiros, desde que mantenham suas caracte-
especificará as características do veículo ou combinação de veículos rísticas originais de fábrica e não se envolvam em sinistro de trân-
e de carga, o percurso, a data e o horário do deslocamento inicial. sito com danos de média ou grande monta.(Redação dada pela Lei
§2º A autorização não exime o beneficiário da responsabilida- nº 14.599, de 2023)
de por eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos §7º Para os demais veículos novos, o período de que trata o§6º
causar à via ou a terceiros. deste artigo será de 2 (dois) anos, desde que mantenham suas ca-
§3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões poderá racterísticas originais de fábrica e não se envolvam em sinistro de
ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, auto- trânsito com danos de média ou grande monta.(Redação dada pela
rização especial de trânsito, com prazo de seis meses, atendidas as Lei nº 14.599, de 2023)
medidas de segurança consideradas necessárias. Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre
§4º O Contran estabelecerá os requisitos mínimos e específicos outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
a serem observados pela autoridade com circunscrição sobre a via I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica do
para a concessão da autorização de que trata ocaputdeste artigo CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao transporte de
quando o veículo ou a combinação de veículos trafegar exclusiva- passageiros em percursos em que seja permitido viajar em pé;
mente em via rural não pavimentada, os quais deverão contemplar II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os de
o caráter diferenciado e regional dessas vias.(Incluído pela Lei nº transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de carga
14.229, de 2021)(Vigência) com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e trinta e
Art. 102. O veículo de carga deverá estar devidamente equi- seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo inalterável
pado quando transitar, de modo a evitar o derramamento da carga de velocidade e tempo;
sobre a via. III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos automo-
Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos mínimos e a tores, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN;
forma de proteção das cargas de que trata este artigo, de acordo IV -(VETADO)
com a sua natureza. V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases po-
luentes e de ruído, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN.
SEÇÃOII VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna dian-
DA SEGURANÇA DOSVEÍCULOS teira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado es-
querdo.
Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via quando aten- VII - equipamento suplementar de retenção -air bagfrontal
didos os requisitos e condições de segurança estabelecidos neste para o condutor e o passageiro do banco dianteiro.(Incluído pela
Código e em normas do CONTRAN. Lei nº 11.910, de 2009)
§1º Os fabricantes, os importadores, os montadores e os en- VIII - luzes de rodagem diurna. (Incluído pela Lei nº 14.071, de
carroçadores de veículos deverão emitir certificado de segurança, 2020)(Vigência) (Vide Lei nº 14.071, de 2020)
indispensável ao cadastramento no RENAVAM, nas condições esta- §1º O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos obrigató-
belecidas pelo CONTRAN. rios dos veículos e determinará suas especificações técnicas.
§2º O CONTRAN deverá especificar os procedimentos e a perio- §2º Nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou
dicidade para que os fabricantes, os importadores, os montadores e acessório proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades e medi-
os encarroçadores comprovem o atendimento aos requisitos de se- das administrativas previstas neste Código.
gurança veicular, devendo, para isso, manter disponíveis a qualquer §3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, os encar-
tempo os resultados dos testes e ensaios dos sistemas e componen- roçadores de veículos e os revendedores devem comercializar os
tes abrangidos pela legislação de segurança veicular. seus veículos com os equipamentos obrigatórios definidos neste
§3º O Contran poderá autorizar, em caráter experimental e por artigo, e com os demais estabelecidos pelo CONTRAN.
período prefixado, a circulação de veículos ou combinação de veícu- §4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendimento do
los em condições não previstas nocaputdeste artigo.(Incluído pela disposto neste artigo.
Lei nº 14.599, de 2023) §5º A exigência estabelecida no incisoVII docaputdeste artigo
Art. 104. Os veículos em circulação terão suas condições de se- será progressivamente incorporada aos novos projetos de automó-
gurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruído ava- veis e dos veículos deles derivados, fabricados, importados, monta-
liadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e periodi- dos ou encarroçados, a partir do 1º (primeiro) ano após a definição
cidade estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de segurança e pelo Contran das especificações técnicas pertinentes e do respecti-
pelo CONAMA para emissão de gases poluentes e ruído. vo cronograma de implantação e a partir do 5º (quinto) ano, após
§1º (VETADO) esta definição, para os demais automóveis zero quilômetro de mo-
§2º (VETADO) delos ou projetos já existentes e veículos deles derivados.(Incluído
§3º(VETADO) pela Lei nº 11.910, de 2009)
§4º (VETADO) §6º A exigência estabelecida no incisoVII docaputdeste artigo
§5º Será aplicada a medida administrativa de retenção aos veí- não se aplica aos veículos destinados à exportação.(Incluído pela
culos reprovados na inspeção de segurança e na de emissão de ga- Lei nº 11.910, de 2009)
ses poluentes e ruído.

138
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modificação §1º A gravação será realizada pelo fabricante ou montador, de
de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição de equipamento modo a identificar o veículo, seu fabricante e as suas características,
de segurança especificado pelo fabricante, será exigido, para licen- além do ano de fabricação, que não poderá ser alterado.
ciamento e registro, certificado de segurança expedido por institui- §2º As regravações, quando necessárias, dependerão de prévia
ção técnica credenciada por órgão ou entidade de metrologia legal, autorização da autoridade executiva de trânsito e somente serão
conforme norma elaborada pelo CONTRAN. processadas por estabelecimento por ela credenciado, mediante a
Parágrafo único. Quando se tratar de blindagem de veículo, comprovação de propriedade do veículo, mantida a mesma identi-
não será exigido qualquer outro documento ou autorização para o ficação anterior, inclusive o ano de fabricação.
registro ou o licenciamento. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020) §3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da au-
(Vigência) toridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se faça, modi-
Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte in- ficações da identificação de seu veículo.
dividual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer, além das Art. 115. O veículo será identificado externamente por meio
exigências previstas neste Código, às condições técnicas e aos re- de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua estrutura,
quisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo poder obedecidas as especificações e modelos estabelecidos pelo CON-
competente para autorizar, permitir ou conceder a exploração des- TRAN.
sa atividade. §1º Os caracteres das placas serão individualizados para cada
Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a autorida- veículo e o acompanharão até a baixa do registro, sendo vedado seu
de com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a título precário, reaproveitamento.
o transporte de passageiros em veículo de carga ou misto, desde §2º As placas com as cores verde e amarela da Bandeira Nacio-
que obedecidas as condições de segurança estabelecidas neste Có- nal serão usadas somente pelos veículos de representação pessoal
digo e pelo CONTRAN. do Presidente e doVice-Presidente da República, dos Presidentes
Parágrafo único. A autorização citada no caput não poderá do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, do Presidente e dos
exceder a doze meses, prazo a partir do qual a autoridade pública Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Ministros de Estado, do
responsável deverá implantar o serviço regular de transporte cole- Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República.
tivo de passageiros, em conformidade com a legislação pertinente §3º Os veículos de representação dos Presidentes dos Tribunais
e com os dispositivos deste Código.(Incluído pela Lei nº 9.602, de Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários Estaduais e Mu-
1998) nicipais, dos Presidentes das Assembléias Legislativas, das Câmaras
Art. 109. O transporte de carga em veículos destinados ao Municipais, dos Presidentes dos Tribunais Estaduais e do Distrito
transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo com as Federal, e do respectivo chefe do Ministério Público e ainda dos Ofi-
normas estabelecidas pelo CONTRAN. ciais Generais das Forças Armadas terão placas especiais, de acordo
Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de suas carac- com os modelos estabelecidos pelo CONTRAN.
terísticas para competição ou finalidade análoga só poderá circular §4º Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar
nas vias públicas com licença especial da autoridade de trânsito, em maquinaria de qualquer natureza ou a executar trabalhos de cons-
itinerário e horário fixados. trução ou de pavimentação são sujeitos ao registro na repartição
Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo: competente, se transitarem em via pública, dispensados o licen-
I -(VETADO) ciamento e o emplacamento.(Redação dada pela Lei nº 13.154, de
II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos veí- 2015)(Vide)
culos em movimento, salvo nos que possuam espelhos retrovisores §4º -A. Os tratores e demais aparelhos automotores destinados
em ambos os lados. a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a executar trabalhos
III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não, painéis agrícolas, desde que facultados a transitar em via pública, são sujei-
decorativos ou pinturas, quando comprometer a segurança do ve- tos ao registro único, sem ônus, em cadastro específico do Ministé-
ículo, na forma de regulamentação do CONTRAN.(Incluído pela Lei rio da Agricultura e Pecuária, acessível aos componentes do Siste-
nº 9.602, de 1998) ma Nacional de Trânsito.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de caráter publi- §5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de uso
citário ou qualquer outra que possa desviar a atenção dos condu- bélico.
tores em toda a extensão do pára-brisa e da traseira dos veículos, §6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da placa
salvo se não colocar em risco a segurança do trânsito. dianteira.
Art. 112.(Revogado pela Lei nº 9.792, de 1999) §7º Excepcionalmente, mediante autorização específica e fun-
Art. 113. Os importadores, as montadoras, as encarroçadoras damentada das respectivas corregedorias e com a devida comuni-
e fabricantes de veículos e autopeças são responsáveis civil e crimi- cação aos órgãos de trânsito competentes, os veículos utilizados
nalmente por danos causados aos usuários, a terceiros, e ao meio por membros do Poder Judiciário e do Ministério Público que exer-
ambiente, decorrentes de falhas oriundas de projetos e da qualida- çam competência ou atribuição criminal poderão temporariamen-
de dos materiais e equipamentos utilizados na sua fabricação. te ter placas especiais, de forma a impedir a identificação de seus
usuários específicos, na forma de regulamento a ser emitido, con-
SEÇÃOIII juntamente, pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ, pelo Conselho
DA IDENTIFICAÇÃO DOVEÍCULO Nacional do Ministério Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de
Trânsito - CONTRAN.(Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente por ca-
racteres gravados no chassi ou no monobloco, reproduzidos em ou-
tras partes, conforme dispuser o CONTRAN.

139
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§8º Os veículos artesanais utilizados para trabalho agrícola (je- Medida administrativa - recolhimento do documento de habili-
ricos), para efeito do registro de que trata o§4º -A, ficam dispensa- tação e retenção do veículo até a apresentação de condutor habili-
dos da exigência prevista no art. 106.(Incluído pela Lei nº 13.154, tado;(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
de 2015) III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para
§9º As placas que possuírem tecnologia que permita a identifi- Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja conduzin-
cação do veículo ao qual estão atreladas são dispensadas da utiliza- do:(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
ção do lacre previsto nocaput, na forma a ser regulamentada pelo Infração - gravíssima;(Redação dada pela Lei nº 13.281, de
Contran.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) 2016)(Vigência)
§10. O Contran estabelecerá os meios técnicos, de uso obriga- Penalidade - multa (duas vezes);(Redação dada pela Lei nº
tório, para garantir a identificação dos veículos que transitarem por 13.281, de 2016)(Vigência)
rodovias e vias urbanas com cobrança de uso pelo sistema de livre Medida administrativa - retenção do veículo até a apresenta-
passagem.(Incluído pela Lei nº 14.157, de 2021) ção de condutor habilitado;(Redação dada pela Lei nº 13.281, de
Art. 116. Os veículos de propriedade da União, dos Estados e do 2016)(Vigência)
Distrito Federal, devidamente registrados e licenciados, ou aqueles IV -(VETADO)
sob posse dos órgãos de segurança pública, somente quando estri- V - com Carteira Nacional de Habilitação vencida há mais de 30
tamente usados em serviço reservado de caráter policial, poderão (trinta) dias:(Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
usar placas particulares, obedecidos os critérios e os limites estabe- Infração - gravíssima;(Redação dada pela Lei nº 14.440, de
lecidos pela legislação que regula o uso de veículo oficial.(Redação 2022)
dada pela Lei nº 14.599, de 2023) Penalidade - multa;(Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
Parágrafo único. As placas a que se refere ocaputdeste artigo Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação
serão concedidas mediante solicitação aos órgãos executivos de de condutor habilitado;(Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
trânsito dos Estados e do Distrito Federal e serão vinculadas ao VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de
órgão de segurança pública solicitante.(Redação dada pela Lei nº audição, de prótese física ou as adaptações do veículo impostas por
14.599, de 2023) ocasião da concessão ou da renovação da licença para conduzir:
Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os coletivos de Infração - gravíssima;
passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a inscrição Penalidade - multa;
indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do peso bruto total Medida administrativa - retenção do veículo até o saneamento
combinado (PBTC) ou capacidade máxima de tração (CMT) e de sua da irregularidade ou apresentação de condutor habilitado.
lotação, vedado o uso em desacordo com sua classificação. VII - sem possuir os cursos especializados ou específicos obriga-
tórios:(Incluído dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
CAPÍTULO XV Infração - gravíssima;(Incluído dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
DAS INFRAÇÕES Penalidade - multa;(Incluído dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresenta-
Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de ção de condutor habilitado.(Incluído dad
qualquer preceito deste Código ou da legislação complementar, e Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições
o infrator sujeita-se às penalidades e às medidas administrativas previstas no artigo anterior:
indicadas em cada artigo deste Capítulo e às punições previstas Infração - as mesmas previstas no artigo anterior;
no CapítuloXIX deste Código. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior;
2020)(Vigência) Medida administrativa - a mesma prevista no incisoIII do artigo
Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.071, anterior.
de 2020)(Vigência) Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos inci-
Art. 162. Dirigir veículo: sos do art. 162 tome posse do veículo automotor e passe a condu-
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para zi-lo na via:
Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor:(Redação dada Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
Infração - gravíssima;(Redação dada pela Lei nº 13.281, de Medida administrativa - a mesma prevista no incisoIII do art.
2016)(Vigência) 162.
Penalidade - multa (três vezes);(Redação dada pela Lei nº Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra
13.281, de 2016)(Vigência) substância psicoativa que determine dependência:(Redação dada
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresenta- pela Lei nº 11.705, de 2008)
ção de condutor habilitado;(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Infração - gravíssima;(Redação dada pela Lei nº 11.705, de
(Vigência) 2008)
II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir
ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cassada ou com suspen- por 12 (doze) meses.(Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
são do direito de dirigir:(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Medida administrativa - recolhimento do documento de habi-
(Vigência) litação e retenção do veículo, observado o disposto no§4º do art.
Infração - gravíssima;(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 270 da Lei no9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trân-
2016)(Vigência) sito Brasileiro.(Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
Penalidade - multa (três vezes);(Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016)(Vigência)

140
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista nocapu- Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensá-
tem caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses.(Reda- veis à segurança:
ção dada pela Lei nº 12.760, de 2012) Infração - leve;
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, Penalidade - multa.
perícia ou outro procedimento que permita certificar influência de Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atraves-
álcool ou outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo sando a via pública, ou os demais veículos:
art. 277:(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima;(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vi- Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
gência) Medida administrativa - retenção do veículo e recolhimento do
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir documento de habilitação.
por 12 (doze) meses;(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres ou
Medida administrativa - recolhimento do documento de habi- veículos, água ou detritos:
litação e retenção do veículo, observado o disposto no§4º do art. Infração - média;
270.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) Penalidade - multa.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista nocapu- Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou subs-
tem caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses(Incluí- tâncias:
do pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) Infração - média;
Art. 165-B. Dirigir veículo sem realizar o exame toxicológi- Penalidade - multa.
co previsto no art. 148-A deste Código:(Redação dada pela Lei nº Art. 173. Disputar corrida:(Redação dada pela Lei nº 12.971, de
14.599, de 2023)Produção de efeitos 2014)(Vigência)
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi- Infração - gravíssima;
gência) Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir
Penalidade - multa (cinco vezes) e, em caso de reincidência no e apreensão do veículo;(Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
período de até 12 (doze) meses, multa (dez vezes) e suspensão do (Vigência)
direito de dirigir.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)Produ- Medida administrativa - recolhimento do documento de habili-
ção de efeitos tação e remoção do veículo.
Parágrafo único. No caso de não cumprimento do disposto Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista nocapu-
no§2º do art. 148-A deste Código, configurar-se-á a infração quan- tem caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração
do o condutor dirigir veículo após o trigésimo dia do vencimento anterior.(Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
do prazo estabelecido.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) Art. 174. Promover, na via, competição, eventos organizados,
Produção de efeitos exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo, ou
Art. 165-C. Dirigir veículo tendo obtido resultado positivo no deles participar, como condutor, sem permissão da autoridade de
exame toxicológico previsto nocaputdo art. 148-A deste Código:(In- trânsito com circunscrição sobre a via: (Redação dada pela Lei nº
cluído pela Lei nº 14.599, de 2023)Produção de efeitos 12.971, de 2014)(Vigência)
Infração - gravíssima;(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)Pro- Infração - gravíssima;
dução de efeitos Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir
Penalidade - multa (cinco vezes) e, em caso de reincidência no e apreensão do veículo;(Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
período de até 12 (doze) meses, multa (dez vezes) e suspensão do (Vigência)
direito de dirigir.(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)Produção de Medida administrativa - recolhimento do documento de habili-
efeitos tação e remoção do veículo.
Art. 165-D. (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)Pro- §1º As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos condu-
dução de efeitos tores participantes.(Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, §2º Aplica-se em dobro a multa prevista nocaputem caso de
mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em reincidência no período de 12 (doze) meses da infração anterior.
condições de dirigi-lo com segurança: Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
Infração - gravíssima; Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir mano-
Penalidade - multa. bra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou frenagem
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de com deslizamento ou arrastamento de pneus:(Redação dada pela
segurança, conforme previsto no art. 65: Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
Infração - grave; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa; Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir
Medida administrativa - retenção do veículo até colocação do e apreensão do veículo;(Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
cinto pelo infrator. (Vigência)
Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem ob- Medida administrativa - recolhimento do documento de habili-
servância das normas de segurança especiais estabelecidas neste tação e remoção do veículo.
Código: Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista nocapu-
Infração - gravíssima; tem caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração
Penalidade - multa; anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
Medida administrativa - retenção do veículo até que a irregula- Art. 176. Deixar o condutor envolvido em sinistro com víti-
ridade seja sanada. ma:(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)

141
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê- Medida administrativa - remoção do veículo;
-lo; V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias
II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de evi- de trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento:
tar perigo para o trânsito no local; Infração - gravíssima;
III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da Penalidade - multa;
polícia e da perícia; Medida administrativa - remoção do veículo;
IV - de adotar providências para remover o veículo do local, VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água ou
quando determinadas por policial ou agente da autoridade de trân- tampas de poços de visita de galerias subterrâneas, desde que devi-
sito; damente identificados, conforme especificação do CONTRAN:
V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações ne- Infração - média;
cessárias à confecção do boletim de ocorrência: Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de di- VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior:
rigir; Infração - leve;
Medida administrativa - recolhimento do documento de habi- Penalidade - multa;
litação. Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de si- VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ci-
nistro de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus agen- clovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre
tes:(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de cana-
Infração - grave; lização, gramados ou jardim público:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Art. 178. Deixar o condutor envolvido em sinistro sem vítima Penalidade - multa;
de adotar providências para remover o veículo do local, quando ne- Medida administrativa - remoção do veículo;
cessária tal medida para assegurar a segurança e a fluidez do trânsi- IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada destinada
to:(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) à entrada ou saída de veículos:
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa. Penalidade - multa;
Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via Medida administrativa - remoção do veículo;
pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua remoção X - impedindo a movimentação de outro veículo:
e em que o veículo esteja devidamente sinalizado: Infração - média;
I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito rápido: Penalidade - multa;
Infração - grave; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa; XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - grave;
II - nas demais vias: Penalidade - multa;
Infração - leve; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa. XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação
Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de com- de veículos e pedestres:
bustível: Infração - grave;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo. XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de ponto
Art. 181. Estacionar o veículo: de embarque ou desembarque de passageiros de transporte coleti-
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinha- vo ou, na inexistência desta sinalização, no intervalo compreendido
mento da via transversal: entre dez metros antes e depois do marco do ponto:
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo;
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta centí- XIV - nos viadutos, pontes e túneis:
metros a um metro: Infração - grave;
Infração - leve; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo; XV - na contramão de direção:
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro: Infração - média;
Infração - grave; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado e
Medida administrativa - remoção do veículo; sem calço de segurança, quando se tratar de veículo com peso bru-
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Código: to total superior a três mil e quinhentos quilogramas:
Infração - média; Infração - grave;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;

142
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Medida administrativa - remoção do veículo; VIII - nos viadutos, pontes e túneis:


XVII - em desacordo com as condições regulamentadas espe- Infração - média;
cificamente pela sinalização (placa - Estacionamento Regulamenta- Penalidade - multa;
do): IX - na contramão de direção:
Infração - grave;(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) Infração - média;
(Vigência) Penalidade - multa;
Penalidade - multa; X - em local e horário proibidos especificamente pela sinaliza-
Medida administrativa - remoção do veículo; ção (placa - Proibido Parar):
XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela sina- Infração - média;
lização (placa - Proibido Estacionar): Penalidade - multa.
Infração - média; XI - sobre ciclovia ou ciclofaixa: (Incluído pela Lei nº 14.071, de
Penalidade - multa; 2020)(Vigência)
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - grave; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigên-
XIX - em locais e horários de estacionamento e parada proibi- cia)
dos pela sinalização (placa - Proibido Parar e Estacionar): Penalidade - multa. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi-
Infração - grave; gência)
Penalidade - multa; Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança
Medida administrativa - remoção do veículo. de sinal luminoso:
XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou ido- Infração - média;
sos, sem credencial que comprove tal condição:(Incluído pela Lei nº Penalidade - multa.
13.281, de 2016)(Vigência) Art. 184. Transitar com o veículo:
Infração - gravíssima;(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vi- I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de circula-
gência) ção exclusiva para determinado tipo de veículo, exceto para acesso
Penalidade - multa;(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vi- a imóveis lindeiros ou conversões à direita:
gência) Infração - leve;
Medida administrativa - remoção do veículo.(Incluído pela Lei Penalidade - multa;
nº 13.281, de 2016)(Vigência) II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de circu-
§1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de trânsito lação exclusiva para determinado tipo de veículo:
aplicará a penalidade preferencialmente após a remoção do veícu- Infração - grave;
lo. Penalidade - multa.
§2º No caso previsto no incisoXVI é proibido abandonar o calço III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamentada com
de segurança na via. circulação destinada aos veículos de transporte público coletivo de
Art. 182. Parar o veículo: passageiros, salvo casos de força maior e com autorização do poder
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinha- público competente: (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
mento da via transversal: Infração - gravíssima;(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
Infração - média; Penalidade - multa e apreensão do veículo;(Incluído pela Lei nº
Penalidade - multa; 13.154, de 2015)
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta centí- Medida Administrativa - remoção do veículo.(Incluído pela Lei
metros a um metro: nº 13.154, de 2015)
Infração - leve; Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, deixar de
Penalidade - multa; conservá-lo:
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro: I - na faixa a ele destinada pela sinalização de regulamentação,
Infração - média; exceto em situações de emergência;
Penalidade - multa; II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte:
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Código: Infração - média;
Infração - leve; Penalidade - multa.
Penalidade - multa; Art. 186. Transitar pela contramão de direção em:
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para ultrapas-
de trânsito rápido e das demais vias dotadas de acostamento: sar outro veículo e apenas pelo tempo necessário, respeitada a pre-
Infração - grave; ferência do veículo que transitar em sentido contrário:
Penalidade - multa; Infração - grave;
VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas ilhas, Penalidade - multa;
refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento e mar- II - vias com sinalização de regulamentação de sentido único
cas de canalização: de circulação:
Infração - leve; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa; Penalidade - multa.
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos pela re-
de veículos e pedestres: gulamentação estabelecida pela autoridade competente:
Infração - média; I - para todos os tipos de veículos:
Penalidade - multa; Infração - média;

143
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Penalidade - multa; Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quando soli-
II -(Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998) citado:
Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo ou Infração - média;
perturbando o trânsito: Penalidade - multa.
Infração - média; Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da
Penalidade - multa. frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de que vai
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de entrar à esquerda:
batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de ope- Infração - média;
ração e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando em servi- Penalidade - multa.
ço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regu- Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de transporte coletivo
lamentados de alarme sonoro e iluminação intermitente:(Redação ou de escolares, parado para embarque ou desembarque de passa-
dada pela Lei nº 14.440, de 2022) geiros, salvo quando houver refúgio de segurança para o pedestre:
Infração - gravíssima; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando este Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e
com prioridade de passagem devidamente identificada por dispo- cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta:
sitivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação intermiten- Infração - média;
te:(Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022) Penalidade - multa.
Infração - grave; Art. 202. Ultrapassar outro veículo:
Penalidade - multa. I - pelo acostamento;
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitando em II - em interseções e passagens de nível;
sentidos opostos, estejam na iminência de passar um pelo outro ao Infração - gravíssima;(Redação dada pela Lei nº 12.971, de
realizar operação de ultrapassagem: 2014)(Vigência)
Infração - gravíssima; Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela Lei nº
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir. 12.971, de 2014)(Vigência)
(Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência) Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo:
Parágrafo único.Aplica-se em dobro a multa prevista nocapu- I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente;
tem caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses da in- II - nas faixas de pedestre;
fração anterior.(Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência) III - nas pontes, viadutos ou túneis;
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, cancelas,
frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação ao cruzamentos ou qualquer outro impedimento à livre circulação;
bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de flu-
condições climáticas do local da circulação e do veículo: xos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples contínua ama-
Infração - grave; rela:
Penalidade - multa. Infração - gravíssima;(Redação dada pela Lei nº 12.971, de
Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passa- 2014)(Vigência)
relas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, cantei- Penalidade - multa (cinco vezes).(Redação dada pela Lei nº
ros centrais e divisores de pista de rolamento, acostamentos, mar- 12.971, de 2014)(Vigência)
cas de canalização, gramados e jardins públicos: Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista nocapu-
Infração - gravíssima; tem caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses da in-
Penalidade - multa (três vezes). fração anterior.(Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância necessária Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à direita,
a pequenas manobras e de forma a não causar riscos à segurança: para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou entrar à esquer-
Infração - grave; da, onde não houver local apropriado para operação de retorno:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autoridade Penalidade - multa.
competente de trânsito ou de seus agentes: Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que integre corte-
Infração - grave; jo, préstito, desfile e formações militares, salvo com autorização da
Penalidade - multa. autoridade de trânsito ou de seus agentes:
Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto Infração - leve;
regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do veículo, o Penalidade - multa.
início da marcha, a realização da manobra de parar o veículo, a mu- Art. 206. Executar operação de retorno:
dança de direção ou de faixa de circulação: I - em locais proibidos pela sinalização;
Infração - grave; II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis;
Penalidade - multa. III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas, ajardinamen-
Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo para to ou canteiros de divisões de pista de rolamento, refúgios e faixas
a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da respectiva mão de pedestres e nas de veículos não motorizados;
de direção, quando for manobrar para um desses lados: IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da via
Infração - média; transversal;
Penalidade - multa.

144
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda que Penalidade - multa.


em locais permitidos: IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja
Infração - gravíssima; sinalização a ele destinada;
Penalidade - multa. V - que esteja atravessando a via transversal para onde se dirige
Art. 207. Executar operação de conversão à direita ou à esquer- o veículo:
da em locais proibidos pela sinalização: Infração - grave;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa. Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem:
Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada I - em interseção não sinalizada:
obrigatória, exceto onde houver sinalização que permita a livre con- a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rotatória;
versão à direita prevista no art. 44-A deste Código: (Redação dada b) a veículo que vier da direita;
pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) II - nas interseções com sinalização de regulamentação de Dê
Infração - gravíssima; a Preferência:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou Penalidade - multa.
sem sinalização ou dispositivos auxiliares, ou deixar de adentrar as Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar adequada-
áreas destinadas à pesagem de veículos:(Redação dada pela Lei nº mente posicionado para ingresso na via e sem as precauções com a
14.157, de 2021) segurança de pedestres e de outros veículos:
Infração - grave; Infração - média;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 209-A. Evadir-se da cobrança pelo uso de rodovias e vias Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem dar
urbanas para não efetuar o seu pagamento, ou deixar de efetuá-lo preferência de passagem a pedestres e a outros veículos:
na forma estabelecida:(Incluído pela Lei nº 14.157, de 2021) Infração - média;
Infração – grave; Penalidade - multa.
Penalidade – multa. Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida
Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial: para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em ro-
Infração - gravíssima; dovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias:(Redação
Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão do di- dada pela Lei nº 11.334, de 2006)(Vide ADI nº 3951)
reito de dirigir; I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vin-
Medida administrativa - remoção do veículo e recolhimento do te por cento):(Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
documento de habilitação. Infração - média;(Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de Penalidade - multa;(Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer outro II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20%
obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados: (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento):(Redação dada pela
Infração - grave; Lei nº 11.334, de 2006)
Penalidade - multa. Infração - grave;(Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.071, de Penalidade - multa;(Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
2020)(Vigência) III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de
Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor linha fér- 50% (cinqüenta por cento):(Incluído pela Lei nº 11.334, de 2006)
rea: Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de
Infração - gravíssima; 2020)
Penalidade - multa. Penalidade - multa (três vezes) e suspensão do direito de dirigir.
Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
marcha for interceptada: Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior à me-
I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passeatas, tade da velocidade máxima estabelecida para a via, retardando ou
desfiles e outros: obstruindo o trânsito, a menos que as condições de tráfego e me-
Infração - gravíssima; teorológicas não o permitam, salvo se estiver na faixa da direita:
Penalidade - multa. Infração - média;
II - por agrupamento de veículos, como cortejos, formações mi- Penalidade - multa.
litares e outros: Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma
Infração - grave; compatível com a segurança do trânsito:
Penalidade - multa. I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações, cortejos,
Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a préstitos e desfiles:
veículo não motorizado: Infração - gravíssima;
I - que se encontre na faixa a ele destinada; Penalidade - multa;
II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra sinal II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo
verde para o veículo; agente da autoridade de trânsito, mediante sinais sonoros ou ges-
III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e gestan- tos;
tes: III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou acosta-
Infração - gravíssima; mento;

145
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não sinalizada; Penalidade - multa.


V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cercada; Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto que tenha
VI - nos trechos em curva de pequeno raio; sido utilizado para sinalização temporária da via:
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com advertência de Infração - média;
obras ou trabalhadores na pista; Penalidade - multa.
VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes; Art. 227. Usar buzina:
IX - quando houver má visibilidade; I - em situação que não a de simples toque breve como adver-
X - quando o pavimento se apresentar escorregadio, defeituoso tência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
ou avariado; II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
XI - à aproximação de animais na pista; III - entre as vinte e duas e as seis horas;
XII - em declive; IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
Infração - grave; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigên- V - em desacordo com os padrões e freqüências estabelecidas
cia) pelo CONTRAN:
Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi- Infração - leve;
gência) Penalidade - multa.
XIII - ao ultrapassar ciclista: Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em volume ou
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de freqüência que não sejam autorizados pelo CONTRAN:
2020)(Vigência) Infração - grave;
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) Penalidade - multa;
(Vigência) Medida administrativa - retenção do veículo para regulariza-
XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de em- ção.
barque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa movi- Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme
mentação de pedestres: ou que produza sons e ruído que perturbem o sossego público, em
Infração - gravíssima; desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN:
Penalidade - multa. Infração - média;
Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em desacor- Penalidade - multa e apreensão do veículo;
do com as especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN: Medida administrativa - remoção do veículo.
Infração - média; Art. 230. Conduzir o veículo:
Penalidade - multa; I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou qualquer
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização outro elemento de identificação do veículo violado ou falsificado;
e apreensão das placas irregulares. II - transportando passageiros em compartimento de carga, sal-
Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aquele que con- vo por motivo de força maior, com permissão da autoridade compe-
fecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou de terceiros, tente e na forma estabelecida pelo CONTRAN;
placas de identificação não autorizadas pela regulamentação. III - com dispositivo anti-radar;
Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de atendimen- IV - sem qualquer uma das placas de identificação;
to de emergência, o sistema de iluminação intermitente dos veícu- V - que não esteja registrado e devidamente licenciado;
los de polícia, de socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização VI - com qualquer uma das placas de identificação sem condi-
de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados:(Redação dada ções de legibilidade e visibilidade:
pela Lei nº 14.440, de 2022) Infração - gravíssima;
Infração - média; Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Penalidade - multa. Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou com o facho de VII - com a cor ou característica alterada;
luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor: VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança veicular,
Infração - grave; quando obrigatória;
Penalidade - multa; IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente
Medida administrativa - retenção do veículo para regulariza- ou inoperante;
ção. X - com equipamento obrigatório em desacordo com o estabe-
Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias provi- lecido pelo CONTRAN;
das de iluminação pública: XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explosão
Infração - leve; defeituoso, deficiente ou inoperante;
Penalidade - multa. XII - com equipamento ou acessório proibido;
Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os de- XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de sina-
mais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes externas lização alterados;
ou omitir-se quanto a providências necessárias para tornar visível XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade e
o local, quando: tempo viciado ou defeituoso, quando houver exigência desse apa-
I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou perma- relho;
necer no acostamento; XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter
II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser retirada publicitário afixados ou pintados no pára-brisa e em toda a exten-
imediatamente: são da parte traseira do veículo, excetuadas as hipóteses previstas
Infração - grave; neste Código;

146
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por películas IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores aos limites
refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas; estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem autorização:
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas pela Infração - grave;
legislação; Penalidade - multa;
XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a se- Medida administrativa - retenção do veículo para regulariza-
gurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de segurança e de ção;
emissão de poluentes e ruído, prevista no art. 104; V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância
XIX - sem acionar o limpador de pára-brisa sob chuva: quando aferido por equipamento, na forma a ser estabelecida pelo
Infração - grave; CONTRAN:
Penalidade - multa; Infração - média;
Medida administrativa - retenção do veículo para regulariza- Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogramas ou
ção; fração de excesso de peso apurado, constante na seguinte tabela:
XX - sem portar a autorização para condução de escolares, na a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco reais e
forma estabelecida no art. 136: trinta e dois centavos);(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
Infração – gravíssima;(Redação dada pela Lei nº 13.855, de (Vigência)
2019)(Vigência) b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos quilogramas)
Penalidade – multa (cinco vezes);(Redação dada pela Lei nº - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos);(Redação dada
13.855, de 2019)(Vigência) pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
Medida administrativa – remoção do veículo;(Incluído pela Lei c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogramas) - R$
nº 13.855, de 2019)(Vigência) 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centavos);(Redação dada pela
XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais inscrições Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
previstas neste Código; d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) - R$
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização ou 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois centavos);(Redação dada
com lâmpadas queimadas: pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
Infração - média; e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilogramas)
Penalidade - multa. - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis centavos);(Reda-
XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art. ção dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
67-C, relativamente ao tempo de permanência do condutor ao vo- f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ 53,20
lante e aos intervalos para descanso, quando se tratar de veículo de (cinquenta e três reais e vinte centavos);(Redação dada pela Lei nº
transporte de carga ou coletivo de passageiros: (Redação dada pela 13.281, de 2016)(Vigência)
Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência) Medida administrativa - retenção do veículo e transbordo da
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) carga excedente;
(Vigência) VI - em desacordo com a autorização especial, expedida pela
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) autoridade competente para transitar com dimensões excedentes,
(Vigência) ou quando a mesma estiver vencida:
Medida administrativa - retenção do veículo para cumprimento Infração - grave;
do tempo de descanso aplicável. (Redação dada pela Lei nº 13.103, Penalidade - multa e apreensão do veículo;
de 2015)(Vigência) Medida administrativa - remoção do veículo;
XXIV- (VETADO).(Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)(Vigência) VII - com lotação excedente;
§1º Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12 (doze) VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens,
meses, será convertida, automaticamente, a penalidade disposta quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força maior
no incisoXXIII em infração grave. (Incluído pela Lei nº 13.103, de ou com permissão da autoridade competente:
2015)(Vigência) Infração – gravíssima;(Redação dada pela Lei nº 13.855, de
§2º Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação do ve- 2019)(Vigência)
ículo fica condicionada ao pagamento ou ao depósito, judicial ou Penalidade – multa;(Redação dada pela Lei nº 13.855, de 2019)
administrativo, da multa. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vi- (Vigência)
gência) Medida administrativa – remoção do veículo;(Redação dada
Art. 231. Transitar com o veículo: pela Lei nº 13.855, de 2019)(Vigência)
I - danificando a via, suas instalações e equipamentos; IX - desligado ou desengrenado, em declive:
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via: Infração - média;
a) carga que esteja transportando; Penalidade - multa;
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando; Medida administrativa - retenção do veículo;
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de sinistro:(Reda- X - excedendo a capacidade máxima de tração:
ção dada pela Lei nº 14.599, de 2023) Infração - de média a gravíssima, a depender da relação entre
Infração - gravíssima; o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de tração, a ser
Penalidade - multa; regulamentada pelo CONTRAN;
Medida administrativa - retenção do veículo para regulariza- Penalidade - multa;
ção; Medida Administrativa - retenção do veículo e transbordo de
III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis superio- carga excedente.
res aos fixados pelo CONTRAN;

147
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas nos incisosV Penalidade - multa;
eX, o veículo que transitar com excesso de peso ou excedendo à Medida administrativa - Recolhimento do Certificado de Regis-
capacidade máxima de tração, não computado o percentual tolera- tro e do Certificado de Licenciamento Anual.
do na forma do disposto na legislação, somente poderá continuar Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo
viagem após descarregar o que exceder, segundo critérios estabele- ou de habilitação do condutor:
cidos na referida legislação complementar. Infração - leve;
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obriga- Penalidade - multa.
tório referidos neste Código: Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para fins de regis-
Infração - leve; tro, licenciamento ou habilitação:
Penalidade - multa; Infração - gravíssima;
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresenta- Penalidade - multa.
ção do documento. Art. 243. Deixar a empresa seguradora de comunicar ao órgão
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de executivo de trânsito competente a ocorrência de perda total do
trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as hipó- veículo e de lhe devolver as respectivas placas e documentos:
teses previstas no art. 123: Infração - grave;
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) Penalidade - multa;
(Vigência) Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos docu-
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) mentos.
(Vigência) Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor: (Re-
Medida administrativa - remoção do veículo. (Redação dada dação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) I - sem usar capacete de segurança ou vestuário de acordo com
Art. 233-A. (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi- as normas e as especificações aprovadas pelo Contran; (Redação
gência) dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de habilitação e de II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na
identificação do veículo: forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplemen-
Infração - gravíssima; tar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
Penalidade - multa e apreensão do veículo; III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma
Medida administrativa - remoção do veículo. roda;
Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes exter- IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)
nas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados: (Vigência)
Infração - grave; V - transportando criança menor de 10 (dez) anos de idade ou
Penalidade - multa; que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar da própria
Medida administrativa - retenção do veículo para transbordo. segurança: (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda, sal- Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de
vo em casos de emergência: 2020)(Vigência)
Infração - média; Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; (Redação
Penalidade - multa. dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as espe- Medida administrativa - retenção do veículo até regularização e
cificações, e com falta de inscrição e simbologia necessárias à sua recolhimento do documento de habilitação; (Redação dada pela Lei
identificação, quando exigidas pela legislação: nº 14.071, de 2020)(Vigência)
Infração - grave; VI - rebocando outro veículo;
Penalidade - multa; VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo eventu-
Medida administrativa - retenção do veículo para regulariza- almente para indicação de manobras;
ção. VIII – transportando carga incompatível com suas especifica-
Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a ções ou em desacordo com o previsto no§2º do art. 139-A desta
seus agentes, mediante recibo, os documentos de habilitação, de Lei;(Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
registro, de licenciamento de veículo e outros exigidos por lei, para IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em de-
averiguação de sua autenticidade: sacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as normas
Infração - gravíssima; que regem a atividade profissional dos mototaxistas:(Incluído pela
Penalidade - multa e apreensão do veículo; Lei nº 12.009, de 2009)
Medida administrativa - remoção do veículo. Infração – grave;(Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido para regu- Penalidade – multa;(Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
larização, sem permissão da autoridade competente ou de seus Medida administrativa – apreensão do veículo para regulariza-
agentes: ção.(Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Infração - gravíssima; X - com a utilização de capacete de segurança sem viseira ou
Penalidade - multa e apreensão do veículo; óculos de proteção ou com viseira ou óculos de proteção em de-
Medida administrativa - remoção do veículo. sacordo com a regulamentação do Contran; (Incluído pela Lei nº
Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do registro 14.071, de 2020)(Vigência)
de veículo irrecuperável ou definitivamente desmontado:
Infração - grave;

148
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

XI - transportando passageiro com o capacete de segurança uti- Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de posição,
lizado na forma prevista no incisoX docaputdeste artigo: (Incluído quando o veículo estiver parado, para fins de embarque ou desem-
pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) barque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias:
Infração - média; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigên- Infração - média;
cia) Penalidade - multa.
Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi- Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento:
gência) I - deixar de manter acesa a luz baixa:
Medida administrativa - retenção do veículo até regularização; a) durante a noite;
(Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) b) de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração; (Redação
XII – (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
§1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisosIII,VII eVIII, além c) de dia, no caso de veículos de transporte coletivo de passa-
de: geiros em circulação em faixas ou pistas a eles destinadas; (Redação
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento especial dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
a ele destinado; d) de dia, no caso de motocicletas, motonetas e ciclomotores;
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
houver acostamento ou faixas de rolamento próprias; e) de dia, em rodovias de pista simples situadas fora dos perí-
c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias, metros urbanos, no caso de veículos desprovidos de luzes de roda-
condições de cuidar de sua própria segurança. gem diurna; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
§2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alíneabdo pará- II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi-
grafo anterior: gência)
Infração - média; III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite;
Penalidade - multa. Infração - média;
§3º A restrição imposta pelo incisoVI docaputdeste artigo não Penalidade - multa.
se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem semi-rebo- IV - deixar o veículo de transporte público coletivo de passagei-
ques especialmente projetados para esse fim e devidamente ho- ros ou de escolares de manter a porta fechada:(Incluído pela Lei nº
mologados pelo órgão competente.(Incluído pela Lei nº 10.517, de 14.440, de 2022)
2002) Infração - gravíssima;(Incluído pela Lei nº 14.440, de 2022)
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais Penalidade - multa;(Incluído pela Lei nº 14.440, de 2022)
ou equipamentos, sem autorização do órgão ou entidade de trânsi- Medida administrativa - retenção do veículo até a regulariza-
to com circunscrição sobre a via: ção.(Incluído pela Lei nº 14.440, de 2022)
Infração - grave; Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:
Penalidade - multa; I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de
Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do mate- emergência;
rial. II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes si-
Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa incidi- tuações:
rão sobre a pessoa física ou jurídica responsável. a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a outro
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circula- condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo;
ção, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via terres- b) em imobilizações ou situação de emergência, como adver-
tre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente: tência, utilizando pisca-alerta;
Infração - gravíssima; c) quando a sinalização de regulamentação da via determinar
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério da o uso do pisca-alerta:
autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança. Infração - média;
Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa física ou Penalidade - multa.
jurídica responsável pela obstrução, devendo a autoridade com cir- Art. 252. Dirigir o veículo:
cunscrição sobre a via providenciar a sinalização de emergência, às I - com o braço do lado de fora;
expensas do responsável, ou, se possível, promover a desobstrução. II - transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rolamento, ou entre os braços e pernas;
em fila única, os veículos de tração ou propulsão humana e os de III - com incapacidade física ou mental temporária que compro-
tração animal, sempre que não houver acostamento ou faixa a eles meta a segurança do trânsito;
destinados: IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que compro-
Infração - média; meta a utilização dos pedais;
Penalidade - multa. V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais
Art. 248. Transportar em veículo destinado ao transporte de regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou acionar
passageiros carga excedente em desacordo com o estabelecido no equipamentos e acessórios do veículo;
art. 109: VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a aparelha-
Infração - grave; gem sonora ou de telefone celular;
Penalidade - multa; Infração - média;
Medida administrativa - retenção para o transbordo. Penalidade - multa.
VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em movi-
mento:(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)

149
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Infração - média;(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) CAPÍTULOXVI


Penalidade - multa.(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) DAS PENALIDADES
Parágrafo único. A hipótese prevista no incisoV caracterizar-se-
-á como infração gravíssima no caso de o condutor estar seguran- Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências
do ou manuseando telefone celular.(Incluído pela Lei nº 13.281, de estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá
2016)(Vigência) aplicar, às infrações nele previstas, as seguintes penalidades:
Art. 253. Bloquear a via com veículo: I - advertência por escrito;
Infração - gravíssima; II - multa;
Penalidade - multa e apreensão do veículo; III - suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - remoção do veículo. IV -(Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberadamente, inter- V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
romper, restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização VI - cassação da Permissão para Dirigir;
do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre ela:(Inclu- VII - freqüência obrigatória em curso de reciclagem.
ído pela Lei nº 13. 281, de 2016) §1º A aplicação das penalidades previstas neste Código não eli-
Infração - gravíssima;(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) de as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes
Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito de diri- de trânsito, conforme disposições de lei.
gir por 12 (doze) meses;(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) §2º (VETADO)
Medida administrativa - remoção do veículo.(Incluído pela Lei §3º A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos ou
nº 13.281, de 2016) entidades executivos de trânsito responsáveis pelo licenciamento
§1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos do veículo e habilitação do condutor.
organizadores da conduta prevista nocaput.(Incluído pela Lei nº Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao pro-
13.281, de 2016) prietário do veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os
§2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência no casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos a pes-
período de 12 (doze) meses.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) soas físicas ou jurídicas expressamente mencionados neste Código.
§3ºAs penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou jurídicas §1º Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas
que incorram na infração, devendo a autoridade com circunscrição concomitantemente as penalidades de que trata este Código toda
sobre a via restabelecer de imediato, se possível, as condições de vez que houver responsabilidade solidária em infração dos precei-
normalidade para a circulação na via.(Incluído pela Lei nº 13.281, tos que lhes couber observar, respondendo cada um deper sipela
de 2016) falta em comum que lhes for atribuída.
Art. 254. É proibido ao pedestre: §2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela in-
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para fração referente à prévia regularização e preenchimento das for-
cruzá-las onde for permitido; malidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na via
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou túneis, terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características,
salvo onde exista permissão; componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo condutores, quando esta for exigida, e outras disposições que deva
quando houver sinalização para esse fim; observar.
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o §3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações de-
trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, esporte, desfiles e correntes de atos praticados na direção do veículo.
similares, salvo em casos especiais e com a devida licença da auto- §4º O embarcador é responsável pela infração relativa ao trans-
ridade competente; porte de carga com excesso de peso nos eixos ou no peso bruto
V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou total, quando simultaneamente for o único remetente da carga e o
subterrânea; peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for inferior àque-
VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica; le aferido.
Infração - leve; §5º O transportador é o responsável pela infração relativa ao
Penalidade - multa, em 50% (cinqüenta por cento) do valor da transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou quando a
infração de natureza leve. carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar o peso
VII - (VETADO).(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) bruto total.
§1º (VETADO).(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) §6º O transportador e o embarcador são solidariamente res-
§2º (VETADO).(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) ponsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto total, se
§3º(VETADO).(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for superior ao
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permiti- limite legal.
da a circulação desta, ou de forma agressiva, em desacordo com o §7º Quando não for imediata a identificação do infrator, o prin-
disposto no parágrafo único do art. 59: cipal condutor ou o proprietário do veículo terá o prazo de 30 (trin-
Infração - média; ta) dias, contado da notificação da autuação, para apresentá-lo, na
Penalidade - multa; forma em que dispuser o Contran, e, transcorrido o prazo, se não o
Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante recibo fizer, será considerado responsável pela infração o principal condu-
para o pagamento da multa. tor ou, em sua ausência, o proprietário do veículo. (Redação dada
pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)

150
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§8º Após o prazo previsto no§7º deste artigo, se o infrator não de, excluídas as situações regulamentadas pelo Contran conforme
tiver sido identificado, e o veículo for de propriedade de pessoa ju- disposto no art. 65 deste Código; (Incluído pela Lei nº 14.071, de
rídica, será lavrada nova multa ao proprietário do veículo, mantida 2020)
a originada pela infração, cujo valor será igual a 2 (duas) vezes o da II - previstas no art. 221, nos incisosVII eXXI do art. 230 e nos
multa originária, garantidos o direito de defesa prévia e de inter- arts. 232, 233, 233-A, 240 e 241 deste Código, sem prejuízo da apli-
posição de recursos previstos neste Código, na forma estabelecida cação das penalidades e medidas administrativas cabíveis; (Incluído
pelo Contran.(Redação dada pela Lei nº 14.229, de 2021)(Vigência) pela Lei nº 14.071, de 2020)
§9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime do dis- III - puníveis de forma específica com suspensão do direito de
posto no§3º do art. 258 e no art. 259. dirigir. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
§10. O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de trân- Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão ou
sito o principal condutor do veículo, o qual, após aceitar a indicação, entidade de trânsito com circunscrição sobre a via onde haja ocor-
terá seu nome inscrito em campo próprio do cadastro do veículo no rido a infração, de acordo com a competência estabelecida neste
Renavam.(Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)(Vigência) Código.
§11. O principal condutor será excluído do Renavam:(Incluído §1º As multas decorrentes de infração cometida em unidade da
pela Lei nº 13.495, 2017)(Vigência) Federação diversa da do licenciamento do veículo serão arrecada-
I -quando houver transferência de propriedade do veículo;(In- das e compensadas na forma estabelecida pelo CONTRAN.
cluído pela Lei nº 13.495, 2017)(Vigência) §2º As multas decorrentes de infração cometida em unidade
II - mediante requerimento próprio ou do proprietário do veí- da Federação diversa daquela do licenciamento do veículo poderão
culo;(Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)(Vigência) ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável pelo seu licen-
III - a partir da indicação de outro principal condutor.(Incluído ciamento, que providenciará a notificação.
pela Lei nº 13.495, 2017)(Vigência) §3º(Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998)
Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-se, de §4º Quando a infração for cometida com veículo licenciado no
acordo com sua gravidade, em quatro categorias: exterior, em trânsito no território nacional, a multa respectiva de-
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no valor verá ser paga antes de sua saída do País, respeitado o princípio de
de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e quarenta e sete cen- reciprocidade.
tavos);(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir será
II - infração de natureza grave, punida com multa no valor de R$ imposta nos seguintes casos:(Redação dada pela Lei nº 13.281, de
195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três centavos);(Reda- 2016)(Vigência)
ção dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) I - sempre que, conforme a pontuação prevista no art. 259
III - infração de natureza média, punida com multa no valor de deste Código, o infrator atingir, no período de 12 (doze) meses, a
R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos);(Redação dada seguinte contagem de pontos: (Redação dada pela Lei nº 14.071,
pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) de 2020)(Vigência)
IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de R$ a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infrações
88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos).(Redação dada gravíssimas na pontuação; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)
pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) (Vigência)
§1º (Revogado).(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssima
(Vigência) na pontuação; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
§2º Quando se tratar de multa agravada, o fator multiplicador c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração
ou índice adicional específico é o previsto neste Código. gravíssima na pontuação; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi-
§3º(VETADO) gência)
§4º (VETADO) II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código,
Art. 259. A cada infração cometida são computados os seguin- cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade de sus-
tes números de pontos: pensão do direito de dirigir.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
I - gravíssima - sete pontos; (Vigência)
II - grave - cinco pontos; III - (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) (Vigência)
III - média - quatro pontos; §1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão do
IV - leve - três pontos. direito de dirigir são os seguintes:(Redação dada pela Lei nº 13.281,
§1º (VETADO) de 2016)(Vigência)
§2º (VETADO) I - no caso do inciso I docaput: de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e,
§3º (VETADO).(Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)(Vigência) no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8 (oito)
§4º Ao condutor identificado será atribuída pontuação pelas meses a 2 (dois) anos;(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigên-
infrações de sua responsabilidade, nos termos previstos no§3º do cia)
art. 257 deste Código, exceto aquelas: (Redação dada pela Lei nº II - no caso do incisoII docaput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses,
14.071, de 2020) exceto para as infrações com prazo descrito no dispositivo infracio-
I - praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte nal, e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8
rodoviário de passageiros em viagens de longa distância transitan- (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto no incisoII do art.
do em rodovias com a utilização de ônibus, em linhas regulares in- 263.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
termunicipal, interestadual, internacional e aquelas em viagem de III - (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) (Vigência)
longa distância por fretamento e turismo ou de qualquer modalida-

151
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a Carteira §3º (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) (Vigência)
Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular imediatamente Art. 264.(VETADO)
após cumprida a penalidade e o curso de reciclagem. Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir e de
§3º A imposição da penalidade de suspensão do direito de diri- cassação do documento de habilitação serão aplicadas por decisão
gir elimina a quantidade de pontos computados, prevista no inciso I fundamentada da autoridade de trânsito competente, em processo
docaputou no§5º deste artigo, para fins de contagem subsequente. administrativo, assegurado ao infrator amplo direito de defesa.
(Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas
§4º (VETADO).(Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)(Vigência) ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as res-
§5º No caso do condutor que exerce atividade remunerada ao pectivas penalidades.
veículo, a penalidade de suspensão do direito de dirigir de que trata Art. 267. Deverá ser imposta a penalidade de advertência por
ocaputdeste artigo será imposta quando o infrator atingir o limite escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser puni-
de pontos previsto na alíneacdo inciso I docaputdeste artigo, inde- da com multa, caso o infrator não tenha cometido nenhuma outra
pendentemente da natureza das infrações cometidas, facultado a infração nos últimos 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº
ele participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no 14.071, de 2020)(Vigência)
período de 12 (doze) meses, atingir 30 (trinta) pontos, conforme §1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)
regulamentação do Contran. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de (Vigência)
2020)(Vigência) §2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)
§6º Concluído o curso de reciclagem previsto no§5º , o con- (Vigência)
dutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido atribuídos, Art. 268. O infrator será submetido a curso de reciclagem, na
para fins de contagem subsequente.(Incluído pela Lei nº 13.154, de forma estabelecida pelo CONTRAN:
2015) I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi-
§7º O motorista que optar pelo curso previsto no§5ºnão pode- gência)
rá fazer nova opção no período de 12 (doze) meses.(Redação dada II - quando suspenso do direito de dirigir;
pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) III - quando se envolver em sinistro grave para o qual haja con-
§8º A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de ser- tribuído, independentemente de processo judicial;(Redação dada
viço público tem o direito de ser informada dos pontos atribuídos, pela Lei nº 14.599, de 2023)
na forma do art. 259, aos motoristas que integrem seu quadro fun- IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito;
cional, exercendo atividade remunerada ao volante, na forma que V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está
dispuser o Contran.(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) colocando em risco a segurança do trânsito;
§9º Incorrerá na infração prevista no incisoII do art. 162 o con- VI - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi-
dutor que, notificado da penalidade de que trata este artigo, dirigir gência)
veículo automotor em via pública.(Incluído pela Lei nº 13.281, de Parágrafo único. Além do curso de reciclagem previsto nocapu-
2016)(Vigência) tdeste artigo, o infrator será submetido à avaliação psicológica nos
§10. O processo de suspensão do direito de dirigir a que se casos dos incisosIII,IV eV docaputdeste artigo. (Incluído pela Lei nº
refere o incisoII docaputdeste artigo deverá ser instaurado conco- 14.071, de 2020)(Vigência)(Parte promulgada pelo Congresso Na-
mitantemente ao processo de aplicação da penalidade de multa, cional)
e ambos serão de competência do órgão ou entidade responsável Art. 268-A. Fica criado o Registro Nacional Positivo de Condu-
pela aplicação da multa, na forma definida pelo Contran. (Redação tores (RNPC), administrado pelo órgão máximo executivo de trân-
dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) sito da União, com a finalidade de cadastrar os condutores que
§11. O Contran regulamentará as disposições deste artigo.(In- não cometeram infração de trânsito sujeita à pontuação prevista
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) no art. 259 deste Código, nos últimos 12 (doze) meses, conforme
§12. (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) (Vigência) regulamentação do Contran. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)
§13. (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) (Vigência) (Vigência)
Art. 262.(Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) §1º O RNPC deverá ser atualizado mensalmente. (Incluído pela
Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-se-á: Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir §2º A abertura de cadastro requer autorização prévia e expres-
qualquer veículo; sa do potencial cadastrado. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infra- (Vigência)
ções previstas no incisoIII do art. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, §3º Após a abertura do cadastro, a anotação de informação no
174 e 175; RNPC independe de autorização e de comunicação ao cadastrado.
III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito, ob- (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
servado o disposto no art. 160. §4º A exclusão do RNPC dar-se-á: (Incluído pela Lei nº 14.071,
IV - (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) (Vigência) de 2020)(Vigência)
§1º Constatada, em processo administrativo, a irregularidade I - por solicitação do cadastrado; (Incluído pela Lei nº 14.071,
na expedição do documento de habilitação, a autoridade expedido- de 2020)(Vigência)
ra promoverá o seu cancelamento. II - quando for atribuída ao cadastrado pontuação por infração;
§2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, submeten- III - quando o cadastrado tiver o direito de dirigir suspenso; (In-
do-se a todos os exames necessários à habilitação, na forma esta- cluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
belecida pelo CONTRAN.

152
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação do cadastrado Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos neste
estiver cassada ou com validade vencida há mais de 30 (trinta) dias; Código.
(Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) §1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da in-
V - quando o cadastrado estiver cumprindo pena privativa de fração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a situação.
liberdade. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) §2º Quando não for possível sanar a falha no local da infração,
§5º A consulta ao RNPC é garantida a todos os cidadãos, nos o veículo, desde que ofereça condições de segurança para circula-
termos da regulamentação do Contran. (Incluído pela Lei nº 14.071, ção, deverá ser liberado e entregue a condutor regularmente ha-
de 2020)(Vigência) bilitado, mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento
§6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios po- Anual, contra apresentação de recibo, assinalando-se ao condutor
derão utilizar o RNPC para conceder benefícios fiscais ou tarifários prazo razoável, não superior a 30 (trinta) dias, para regularizar a
aos condutores cadastrados, na forma da legislação específica de situação, e será considerado notificado para essa finalidade na mes-
cada ente da Federação.(Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi- ma ocasião. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
gência) §3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao
condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas adminis-
CAPÍTULOXVII trativas, tão logo o veículo seja apresentado à autoridade devida-
DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS mente regularizado.
§4º Não se apresentando condutor habilitado no local da in-
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera fração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se neste caso
das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua cir- o disposto no art. 271.(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
cunscrição, deverá adotar as seguintes medidas administrativas: (Vigência)
I - retenção do veículo; §5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata,
II - remoção do veículo; quando se tratar de veículo de transporte coletivo transportando
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; passageiros ou veículo transportando produto perigoso ou perecí-
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir; vel, desde que ofereça condições de segurança para circulação em
V - recolhimento do Certificado de Registro; via pública.
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual; §6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere o§2º
VII -(VETADO) , será feito registro de restrição administrativa no Renavam por ór-
VIII - transbordo do excesso de carga; gão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Fe-
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia deral, que será retirada após comprovada a regularização.(Incluído
de substância entorpecente ou que determine dependência física pela Lei nº 13.160, de 2015)
ou psíquica; §7º O descumprimento das obrigações estabelecidas no§2º re-
X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias sultará em recolhimento do veículo ao depósito, aplicando-se, nes-
e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os aos seus se caso, o disposto no art. 271.(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
proprietários, após o pagamento de multas e encargos devidos. Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos neste
XI - realização de exames de aptidão física, mental, de legisla- Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entidade competente,
ção, de prática de primeiros socorros e de direção veicular.(Incluído com circunscrição sobre a via.
pela Lei nº 9.602, de 1998) §1º A restituição do veículo removido só ocorrerá mediante
§1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas ad- prévio pagamento de multas, taxas e despesas com remoção e es-
ministrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de trânsito tada, além de outros encargos previstos na legislação específica.
e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção à vida e à (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
incolumidade física da pessoa. §2º A liberação do veículo removido é condicionada ao repa-
§2º As medidas administrativas previstas neste artigo não eli- ro de qualquer componente ou equipamento obrigatório que não
dem a aplicação das penalidades impostas por infrações estabeleci- esteja em perfeito estado de funcionamento.(Incluído pela Lei nº
das neste Código, possuindo caráter complementar a estas. 13.160, de 2015)
§3º São documentos de habilitação:(Redação dada pela Lei nº §3ºSe o reparo referido no§2º demandar providência que não
14.599, de 2023) possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável pela remo-
I - a Carteira Nacional de Habilitação;(Incluído pela Lei nº ção liberará o veículo para reparo, na forma transportada, mediante
14.599, de 2023) autorização, assinalando prazo para reapresentação.(Redação dada
II - a Permissão para Dirigir; e(Incluído pela Lei nº 14.599, de pela Lei nº 13.281, de 2016)
2023) §4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo po-
III - a Autorização para Conduzir Ciclomotor.(Incluído pela Lei derão ser realizados por órgão público, diretamente, ou por particu-
nº 14.599, de 2023) lar contratado por licitação pública, sendo o proprietário do veículo
§4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do incisoX o dis- o responsável pelo pagamento dos custos desses serviços.(Redação
posto nos arts. 271 e 328, no que couber. dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
§5º No caso de documentos em meio digital, as medidas admi- §5º O proprietário ou o condutor deverá ser notificado, no ato
nistrativas previstas nos incisosIII,IV,V eVI docaputdeste artigo serão de remoção do veículo, sobre as providências necessárias à sua res-
realizadas por meio de registro no Renach ou Renavam, conforme tituição e sobre o disposto no art. 328, conforme regulamentação
o caso, na forma estabelecida pelo Contran. (Incluído pela Lei nº do CONTRAN.(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
14.071, de 2020)(Vigência)

153
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§6ºCaso o proprietário ou o condutor não esteja presente no II - se, alienado o veículo, não for transferida sua propriedade
momento da remoção do veículo, a autoridade de trânsito, no pra- no prazo de trinta dias.
zo de 10 (dez) dias contado da data da remoção, deverá expedir Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licenciamento Anu-
ao proprietário a notificação prevista no§5º, por remessa postal ou al dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste Código,
por outro meio tecnológico hábil que assegure a sua ciência, e, caso quando:
reste frustrada, a notificação poderá ser feita por edital. (Redação I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
§7º A notificação devolvida por desatualização do endereço do III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não pu-
proprietário do veículo ou por recusa desse de recebê-la será con- der ser sanada no local.
siderada recebida para todos os efeitos(Incluído pela Lei nº 13.160, Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente é condição
de 2015) para que o veículo possa prosseguir viagem e será efetuado às ex-
§8º Em caso de veículo licenciado no exterior, a notificação será pensas do proprietário do veículo, sem prejuízo da multa aplicável.
feita por edital.(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) Parágrafo único. Não sendo possível desde logo atender ao dis-
§9º Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade for posto neste artigo, o veículo será recolhido ao depósito, sendo libe-
sanada no local da infração. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de rado após sanada a irregularidade e pagas as despesas de remoção
2020)(Vigência) e estada.
§9º-A. Quando não for possível sanar a irregularidade no local Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue
da infração, o veículo, desde que ofereça condições de segurança ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previs-
para circulação, será liberado e entregue a condutor regularmente tas no art. 165.(Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
habilitado, mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de tolerân-
Anual, contra a apresentação de recibo, e prazo razoável, não supe- cia quando a infração for apurada por meio de aparelho de medi-
rior a 15 (quinze) dias, será assinalado ao condutor para regularizar ção, observada a legislação metrológica.(Redação dada pela Lei nº
a situação, o qual será considerado notificado para essa finalidade 12.760, de 2012)
na mesma ocasião.(Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021) Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em sinis-
§9º-B. O disposto no§9º-A deste artigo não se aplica às infra- tro de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser
ções previstas no incisoV docaputdo art. 230 e no incisoVIII docapu- submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento
tdo art. 231 deste Código.(Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021) que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo
§9º-C. Não efetuada a regularização no prazo referido no§9º-A Contran, permita certificar influência de álcool ou outra substância
deste artigo, será feito registro de restrição administrativa no Rena- psicoativa que determine dependência.(Redação dada pela Lei nº
vam por órgão ou entidade executivos de trânsito dos Estados ou 14.599, de 2023)
do Distrito Federal, o qual será retirado após comprovada a regula- §1º (Revogado).(Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
rização.(Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021) §2º A infração prevista no art. 165 também poderá ser carac-
§9º-D. O descumprimento da obrigação estabelecida no§9º-A terizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais que indi-
deste artigo resultará em recolhimento do veículo ao depósito, apli- quem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade
cando-se, nesse caso, o disposto neste artigo.(Incluído pela Lei nº psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito
14.229, de 2021) admitidas.(Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
§10. O pagamento das despesas de remoção e estada será cor- §3ºSerão aplicadas as penalidades e medidas administrativas
respondente ao período integral, contado em dias, em que efetiva- estabelecidas no art. 165-A deste Código ao condutor que se recu-
mente o veículo permanecer em depósito, limitado ao prazo de 6 sar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos nocapu-
(seis) meses.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) tdeste artigo.(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
§11. Os custos dos serviços de remoção e estada prestados por Art. 278. Ao condutor que se evadir da fiscalização, não subme-
particulares poderão ser pagos pelo proprietário diretamente ao tendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de pesagem, fixos
contratado.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) ou móveis, será aplicada a penalidade prevista no art. 209, além
§12. O disposto no§11 não afasta a possibilidade de o respec- da obrigação de retornar ao ponto de evasão para fim de pesagem
tivo ente da Federação estabelecer a cobrança por meio de taxa obrigatória.
instituída em lei.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à ação policial,
§13. No caso de o proprietário do veículo objeto do recolhi- a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja localizado, aplican-
mento comprovar, administrativa ou judicialmente, que o recolhi- do-se, além das penalidades em que incorre, as estabelecidas no
mento foi indevido ou que houve abuso no período de retenção em art. 210.
depósito, é da responsabilidade do ente público a devolução das Art. 278-A. O condutor que se utilize de veículo para a prática
quantias pagas por força deste artigo, segundo os mesmos critérios do crime de receptação, descaminho, contrabando, previstos no-
da devolução de multas indevidas.(Incluído pela Lei nº 13.281, de sarts. 180,334 e 334-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
2016) de 1940 (Código Penal), condenado por um desses crimes em de-
Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e cisão judicial transitada em julgado, terá cassado seu documento
da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante recibo, além dos casos de habilitação ou será proibido de obter a habilitação para dirigir
previstos neste Código, quando houver suspeita de sua inautentici- veículo automotor pelo prazo de 5 (cinco) anos.(Incluído pela Lei nº
dade ou adulteração. 13.804, de 2019)
Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro dar-se-á §1º O condutor condenado poderá requerer sua reabilitação,
mediante recibo, além dos casos previstos neste Código, quando: submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na for-
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração; ma deste Código.(Incluído pela Lei nº 13.804, de 2019)

154
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§2º No caso do condutor preso em flagrante na prática dos cri- §6º Não há infração de circulação, parada ou estacionamento
mes de que trata ocaputdeste artigo, poderá o juiz, em qualquer relativa aos veículos destinados a socorro de incêndio e salvamen-
fase da investigação ou da ação penal, se houver necessidade para a to, aos de polícia, aos de fiscalização e operação de trânsito e às
garantia da ordem pública, como medida cautelar, de ofício, ou a re- ambulâncias, ainda que não identificados ostensivamente.(Incluído
querimento do Ministério Público ou ainda mediante representação pela Lei nº 14.599, de 2023
da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão
da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou SEÇÃOII
a proibição de sua obtenção.(Incluído pela Lei nº 13.804, de 2019) DO JULGAMENTO DAS AUTUAÇÕES E PENALIDADES
Art. 279. Em caso de sinistro com vítima envolvendo veículo
equipado com registrador instantâneo de velocidade e tempo, so- Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência
mente o perito oficial encarregado do levantamento pericial poderá estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição, julgará a
retirar o disco ou unidade armazenadora do registro.(Redação dada consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabível.
pela Lei nº 14.599, de 2023) §1º O auto de infração será arquivado e seu registro julgado
Art. 279-A. O veículo em estado de abandono ou sinistrado po- insubsistente:(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 14.304,
derá ser removido para o depósito fixado pelo órgão ou entidade de 2022) (Vigência)
competente do Sistema Nacional de Trânsito independentemente I - se considerado inconsistente ou irregular;
da existência de infração à legislação de trânsito, nos termos da II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a notifi-
regulamentação do Contran.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de cação da autuação.(Redação dada pela Lei nº 9.602, de 1998)
2023) §2º O prazo para expedição da notificação da autuação refe-
§1º A remoção do veículo sinistrado será realizada quando não rente às penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassa-
houver responsável por ele no local do sinistro.(Redação dada pela ção do documento de habilitação será contado a partir da data da
Lei nº 14.599, de 2023) instauração do processo destinado à aplicação dessas penalidades.
§2º Aplicam-se à remoção de veículo em estado de abandono (Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) (Vigência)
ou sinistrado as disposições constantes do art. 328, sem prejuízo Art. 281-A. Na notificação de autuação e no auto de infração,
das demais disposições deste Código.(Redação dada pela Lei nº quando valer como notificação de autuação, deverá constar o prazo
14.599, de 2023) para apresentação de defesa prévia, que não será inferior a 30 (trin-
ta) dias, contado da data de expedição da notificação. (Incluído pela
CAPÍTULOXVIII Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO Art. 282. Caso a defesa prévia seja indeferida ou não seja
apresentada no prazo estabelecido, será aplicada a penalidade e
SEÇÃO I expedida notificação ao proprietário do veículo ou ao infrator, por
DA AUTUAÇÃO remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil que
assegure a ciência da imposição da penalidade.(Redação dada pela
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, Lei nº 14.229, de 2021)
lavrar-se-á auto de infração, do qual constará: §1º A notificação devolvida por desatualização do endereço do
I - tipificação da infração; proprietário do veículo ou por recusa em recebê-la será considera-
II - local, data e hora do cometimento da infração; da válida para todos os efeitos.(Redação dada pela Lei nº 14.229,
III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca de 2021)
e espécie, e outros elementos julgados necessários à sua identifi- §2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de repar-
cação; tições consulares de carreira e de representações de organismos in-
IV - o prontuário do condutor, sempre que possível; ternacionais e de seus integrantes será remetida ao Ministério das
V - identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agen- Relações Exteriores para as providências cabíveis e cobrança dos
te autuador ou equipamento que comprovar a infração; valores, no caso de multa.
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta §3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a condu-
como notificação do cometimento da infração. tor, à exceção daquela de que trata o§1º do art. 259, a notificação
§1º (VETADO) será encaminhada ao proprietário do veículo, responsável pelo seu
§2º A infração deverá ser comprovada por declaração da au- pagamento.
toridade ou do agente da autoridade de trânsito, por aparelho §4º Da notificação deverá constar a data do término do prazo
eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações químicas ou para apresentação de recurso pelo responsável pela infração, que
qualquer outro meio tecnologicamente disponível, previamente re- não será inferior a trinta dias contados da data da notificação da
gulamentado pelo CONTRAN. penalidade.(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
§3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de §5º No caso de penalidade de multa, a data estabelecida no
trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de infração, parágrafo anterior será a data para o recolhimento de seu valor.(In-
informando os dados a respeito do veículo, além dos constantes cluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
nos incisos I,II eIII, para o procedimento previsto no artigo seguinte. §6º O prazo para expedição das notificações das penalidades
§4º O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar previstas no art. 256 deste Código é de 180 (cento e oitenta) dias
o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário ou celetis- ou, se houver interposição de defesa prévia, de 360 (trezentos e
ta ou, ainda, policial militar designado pela autoridade de trânsito sessenta) dias, contado:(Redação dada pela Lei nº 14.229, de 2021)
com jurisdição sobre a via no âmbito de sua competência.
§5º (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)

155
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

I - no caso das penalidades previstas nos incisos I eII docaputdo §4º Encerrada a instância administrativa de julgamento de
art. 256 deste Código, da data do cometimento da infração;(Incluí- infrações e penalidades, a multa não paga até o vencimento será
do pela Lei nº 14.229, de 2021) acrescida de juros de mora equivalentes à taxa referencial do Siste-
II - no caso das demais penalidades previstas no art. 256 deste ma Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais
Código, da conclusão do processo administrativo da penalidade que acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente
lhe der causa.(Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021) ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1%
§6º-A. Para fins de aplicação do inciso I do§6º deste artigo, no (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver
caso das autuações que não sejam em flagrante, o prazo será con- sendo efetuado.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
tado da data do conhecimento da infração pelo órgão de trânsito §5º O sistema de notificação eletrônica de que trata o art. 282-
responsável pela aplicação da penalidade, na forma definida pelo A deste Código deve disponibilizar, na mesma plataforma, campo
Contran.(Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021) destinado à apresentação de defesa prévia e de recurso, quando o
§7º O descumprimento dos prazos previstos no§6º deste artigo infrator não reconhecer o cometimento da infração, na forma re-
implicará a decadência do direito de aplicar a respectiva penalida- gulamentada pelo Contran.(Redação dada pela Lei nº 14.440, de
de.(Redação dada pela Lei nº 14.229, de 2021) 2022)
§8º (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) (Vigência) §6º O desconto previsto no§1º deste artigo será concedido ain-
Art. 282-A. O órgão ou entidade do Sistema Nacional de Trân- da que o órgão responsável pela aplicação da penalidade de multa
sito responsável pela autuação notificará o proprietário do veículo não tiver aderido ao sistema de notificação eletrônica de que trata
ou o condutor autuado por meio eletrônico, mediante sistema de o art. 282-A deste Código, desde que o infrator tenha cumprido os
notificação eletrônica definido pelo Contran.(Redação dada pela Lei requisitos nele descritos.(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
nº 14.440, de 2022) Art. 285. O recurso contra a penalidade imposta nos termos
§1º O proprietário e o condutor autuado deverão manter seu do art. 282 deste Código será interposto perante a autoridade que
cadastro atualizado no órgão executivo de trânsito do Estado ou do imputou a penalidade e terá efeito suspensivo.(Redação dada pela
Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigên- Lei nº 14.229, de 2021)(Vigência)
cia) §1º O recurso intempestivo ou interposto por parte ilegítima
§2º Na hipótese de notificação prevista nocaputdeste artigo, não terá efeito suspensivo.(Redação dada pela Lei nº 14.229, de
o proprietário ou o condutor autuado será considerado notificado 2021)(Vigência)
30 (trinta) dias após a inclusão da informação no sistema eletrôni- §2º Recebido o recurso tempestivo, a autoridade o remeterá à
co e do envio da respectiva mensagem. (Redação dada pela Lei nº Jari, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data de sua interposição.
14.071, de 2020)(Vigência) (Redação dada pela Lei nº 14.229, de 2021)(Vigência)
§3ºO sistema previsto nocaputserá certificado digitalmente, §3º(Revogado).(Redação dada pela Lei nº 14.229, de 2021)(Vi-
atendidos os requisitos de autenticidade, integridade, validade jurí- gência)
dica e interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas Bra- §4º Na apresentação de defesa ou recurso, em qualquer fase
sileira (ICP-Brasil).(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) do processo, para efeitos de admissibilidade, não serão exigidos do-
§4º A coordenação do sistema de que trata ocaputdeste artigo cumentos ou cópia de documentos emitidos pelo órgão responsá-
é de responsabilidade do órgão máximo executivo de trânsito da vel pela autuação. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
União.(Incluído pela Lei nº 14.440, de 2022) §5º O recurso intempestivo será arquivado.(Incluído pela Lei nº
§5º(Vide Lei nº 14.440, de 2022)(Vigência) 14.229, de 2021)
Art. 283.(VETADO) §6ºO recurso de que trata ocaputdeste artigo deverá ser julga-
Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado até a data do no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, contado do recebimen-
do vencimento expressa na notificação, por oitenta por cento do to do recurso pelo órgão julgador.(Incluído pela Lei nº 14.229, de
seu valor. 2021)(Vigência)
§1º Caso o infrator declare pelo sistema de notificação eletrô- Art. 286. O recurso contra a imposição de multa poderá ser in-
nica de que trata o art. 282-A deste Código a opção por não apre- terposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu valor.
sentar defesa prévia nem recurso, reconhecendo o cometimento §1º No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-á o esta-
da infração, o pagamento da multa poderá ser efetuado por 60% belecido no parágrafo único do art. 284.
(sessenta por cento) do seu valor, em qualquer fase do processo, §2º Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar recur-
até o vencimento do prazo de pagamento da multa, desde que a so, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á devolvida a im-
adesão ao sistema seja realizada antes do correspondente envio da portância paga, atualizada em UFIR ou por índice legal de correção
notificação da autuação.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) dos débitos fiscais.
§2º O recolhimento do valor da multa não implica renúncia Art. 287. Se a infração for cometida em localidade diversa da-
ao questionamento administrativo, que pode ser realizado a qual- quela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser apresenta-
quer momento, respeitado o disposto no§1º .(Incluído pela Lei nº do junto ao órgão ou entidade de trânsito da residência ou domicí-
13.281, de 2016)(Vigência) lio do infrator.
§3ºNão incidirá cobrança moratória e não poderá ser aplicada Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber o re-
qualquer restrição, inclusive para fins de licenciamento e transfe- curso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que impôs a pe-
rência, enquanto não for encerrada a instância administrativa de nalidade acompanhado das cópias dos prontuários necessários ao
julgamento de infrações e penalidades.(Incluído pela Lei nº 13.281, julgamento.
de 2016)(Vigência) Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser interposto, na
forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias contado da publi-
cação ou da notificação da decisão.

156
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§1º O recurso será interposto, da decisão do não provimento, CAPÍTULOXIX


pelo responsável pela infração, e da decisão de provimento, pela DOS CRIMES DE TRÂNSITO
autoridade que impôs a penalidade.
§2º (Revogado pela Lei nº 12.249, de 2010)(Vide ADIN 2998) SEÇÃO I
Art. 289. O recurso de que trata o art. 288 deste Código deverá DISPOSIÇÕES GERAIS
ser julgado no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, contado do rece-
bimento do recurso pelo órgão julgador:(Redação dada pela Lei nº Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos auto-
14.229, de 2021)(Vigência) motores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do
I - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não
da União, por colegiado especial integrado pelo Coordenador-Geral dispuser de modo diverso, bem como aLei nº 9.099, de 26 de se-
da Jari, pelo Presidente da Junta que apreciou o recurso e por mais tembro de 1995, no que couber.
um Presidente de Junta; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) §1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o
(Vigência) disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no9.099, de 26 de setembro de
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi- 1995, exceto se o agente estiver:(Renumerado do parágrafo único
gência) pela Lei nº 11.705, de 2008)
b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vi- I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psi-
gência) coativa que determine dependência;(Incluído pela Lei nº 11.705, de
II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade 2008)
de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Federal, pelos CE- II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou com-
TRAN E CONTRANDIFE, respectivamente. petição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia
Parágrafo único. No caso do inciso I docaputdeste artigo:(Reda- em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade
ção dada pela Lei nº 14.229, de 2021)(Vigência) competente; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
I - quando houver apenas 1 (uma) Jari, o recurso será julgado III - transitando em velocidade superior à máxima permitida
por seus membros;(Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021)(Vigência) para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora).(Incluído
II - quando necessário, novos colegiados especiais poderão ser pela Lei nº 11.705, de 2008)
formados, compostos pelo Presidente da Junta que apreciou o re- §2º Nas hipóteses previstas no§1º deste artigo, deverá ser
curso e por mais 2 (dois) Presidentes de Junta, na forma estabele- instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal.
cida pelo Contran.(Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021)(Vigência) (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
Art. 289-A. O não julgamento dos recursos nos prazos previs- §3º (VETADO).(Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017)(Vigência)
tos no§6º do art. 285 e nocaputdo art. 289 deste Código ensejará §4º O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas no-
a prescrição da pretensão punitiva.(Incluído pela Lei nº 14.229, de art. 59 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
2021)(Vigência) Penal), dando especial atenção à culpabilidade do agente e às cir-
Art. 290. Implicam encerramento da instância administrativa cunstâncias e consequências do crime.(Incluído pela Lei nº 13.546,
de julgamento de infrações e penalidades:(Redação dada pela Lei de 2017)(Vigência)
nº 13.281, de 2016)(Vigência) Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão
I - o julgamento do recurso de que tratam os arts. 288 e 289;(In- ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) isolada ou cumulativamente com outras penalidades. (Redação
II - a não interposição do recurso no prazo legal; e(Incluído pela dada pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se ob-
III - o pagamento da multa, com reconhecimento da infração ter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo automotor, tem
e requerimento de encerramento do processo na fase em que se a duração de dois meses a cinco anos.
encontra, sem apresentação de defesa ou recurso.(Incluído pela Lei §1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será
nº 13.281, de 2016)(Vigência) intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e oito ho-
Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades aplica- ras, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
das nos termos deste Código serão cadastradas no RENACH. §2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a
Art. 290-A. Os prazos processuais de que trata este Código não permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não se
se suspendem, salvo por motivo de força maior devidamente com- inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, es-
provado, nos termos de regulamento do Contran.(Incluído pela Lei tiver recolhido a estabelecimento prisional.
nº 14.229, de 2021)(Vigência) Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal,
havendo necessidade para a garantia da ordem pública, poderá o
juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Minis-
tério Público ou ainda mediante representação da autoridade poli-
cial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou
da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua
obtenção.
Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a
medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do Ministério
Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo.

157
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a proi- I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilita-
bição de se obter a permissão ou a habilitação será sempre comu- ção;(Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
nicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional de Trânsito II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;(Incluído pela
- CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em que o indiciado ou Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
réu for domiciliado ou residente. III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco
Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto pessoal, à vítima do sinistro;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de
neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da permis- 2023)
são ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver condu-
demais sanções penais cabíveis.(Redação dada pela Lei nº 11.705, zindo veículo de transporte de passageiros.(Incluído pela Lei nº
de 2008) 12.971, de 2014)(Vigência)
Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no pa- V -(Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008)
gamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus §2º (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
sucessores, de quantia calculada com base no disposto no§1º do §3º Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de
art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material re- álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine
sultante do crime. dependência: (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017)(Vigência)
§1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibi-
prejuízo demonstrado no processo. ção do direito de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
§2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 52 veículo automotor. (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017)(Vigência)
do Código Penal. Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo
§3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória automotor:
será descontado. Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalida- proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veí-
des dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a culo automotor.
infração: §1º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com gran- qualquer das hipóteses do§1º do art. 302.(Renumerado do parágra-
de risco de grave dano patrimonial a terceiros; fo único pela Lei nº 13.546, de 2017)(Vigência)
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adul- §2º A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cin-
teradas; co anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo, se o
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habili- agente conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada em
tação; razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que
IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal de
categoria diferente da do veículo; natureza grave ou gravíssima.(Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017)
V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados espe- (Vigência)
ciais com o transporte de passageiros ou de carga; Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do sinistro,
VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados equi- de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo dire-
pamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu tamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade
funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos pública:(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
nas especificações do fabricante; Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente não constituir elemento de crime mais grave.
destinada a pedestres. Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o con-
Parágrafo único. (VETADO).(Incluído pela Lei nº 14.304, de dutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros
2022) (Vigência) ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimen-
Art. 299.(VETADO) tos leves.
Art. 300.(VETADO) Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do sinistro,
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de sinistros de trân- para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribu-
sito que resultem em vítima, não se imporá a prisão em flagrante ída:(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela. Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psico-
motora alterada em razão da influência de álcool ou de outra subs-
SEÇÃOII tância psicoativa que determine dependência:(Redação dada pela
DOS CRIMES EM ESPÉCIE Lei nº 12.760, de 2012)
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo au- ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
tomotor: veículo automotor.
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proi- §1º As condutas previstas nocaputserão constatadas por:(In-
bição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo cluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
automotor. I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por
§1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo au- litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por
tomotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o litro de ar alveolar; ou(Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
agente:(Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)

158
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a seguran-
alteração da capacidade psicomotora.(Incluído pela Lei nº 12.760, ça nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e
de 2012) desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja
§2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perí- de dano:
cia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
admitidos, observado o direito à contraprova.(Redação dada pela Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de sinistro automo-
Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência) bilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento po-
§3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos licial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de
testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial,
do crime tipificado neste artigo.(Redação dada pela Lei nº 12.971, o perito ou o juiz:(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
de 2014)(Vigência) Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
§4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - IN- não iniciados, quando da inovação, o procedimento preparatório, o
METRO - para se determinar o previsto nocaput.(Incluído pela Lei inquérito ou o processo aos quais se refere.
nº 13.840, de 2019) Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 des-
Art. 307.Violar a suspensão ou a proibição de se obter a per- te Código, nas situações em que o juiz aplicar a substituição de pena
missão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta deverá
fundamento neste Código: ser de prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas,
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova em uma das seguintes atividades:(Incluído pela Lei nº 13.281, de
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibi- 2016)(Vigência)
ção. I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que corpos de bombeiros e em outras unidades móveis especializadas
deixa de entregar, no prazo estabelecido no§1º do art. 293, a Per- no atendimento a vítimas de trânsito;(Incluído pela Lei nº 13.281,
missão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. de 2016)(Vigência)
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da
pública, de corrida, disputa ou competição automobilística ou ain- rede pública que recebem vítimas de sinistro de trânsito e politrau-
da de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo matizados;(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na re-
situação de risco à incolumidade pública ou privada: (Redação dada cuperação de sinistrados de trânsito;(Redação dada pela Lei nº
pela Lei nº 13.546, de 2017)(Vigência) 14.599, de 2023)
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e IV - outras atividades relacionadas a resgate, atendimento e
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação recuperação de vítimas de sinistros de trânsito.(Redação dada pela
para dirigirveículoautomotor.(Redação dada pela Lei nº 12.971, de Lei nº 14.599, de 2023)
2014)(Vigência) Art. 312-B. Aos crimes previstos no§3º do art. 302 e no§2º do
§1º Se da prática do crime previsto nocaputresultar lesão cor- art. 303 deste Código não se aplica o disposto noinciso I do caput do
poral de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem que o art. 44 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a Penal) . (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020)
pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos,
sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo. (Incluído pela CAPÍTULOXX
Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência) DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
§2º Se da prática do crime previsto nocaputresultar morte, e
as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado Art. 313. O Poder Executivo promoverá a nomeação dos mem-
nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é bros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da publicação deste
de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras Código.
penas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) Art. 314. O Contran tem prazo de 240 (duzentos e quarenta)
(Vigência) dias a partir da publicação deste Código para expedir as resoluções
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a de- necessárias à sua melhor execução, bem como para revisar todas as
vida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o resoluções anteriores à sua publicação, dando prioridade àquelas
direito de dirigir, gerando perigo de dano: que visam a diminuir o número de sinistros e a assegurar a proteção
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. de pedestres.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo au- Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN, existentes até a
tomotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com data de publicação deste Código, continuam em vigor naquilo em
o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de que não conflitem com ele.
saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condi- Art. 315. O Ministério da Educação, mediante proposta do Con-
ções de conduzi-lo com segurança: tran, deverá, no prazo de 240 (duzentos e quarenta) dias contado
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. da publicação deste Código, estabelecer o currículo com conteú-
Art. 310-A. (VETADO)(Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)(Vi- do programático relativo à segurança e à educação de trânsito, a
gência) fim de atender ao disposto neste Código.(Redação dada pela Lei nº
14.599, de 2023)

159
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 316. O prazo de notificação previsto no incisoII do parágra- §1º Os documentos previstos nocaputpoderão ser gerados e
fo único do art. 281 só entrará em vigor após duzentos e quarenta tramitados eletronicamente, bem como arquivados e armazenados
dias contados da publicação desta Lei. em meio digital, desde que assegurada a autenticidade, a fidedig-
Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito concederão prazo nidade, a confiabilidade e a segurança das informações, e serão vá-
de até um ano para a adaptação dos veículos de condução de es- lidos para todos os efeitos legais, sendo dispensada, nesse caso, a
colares e de aprendizagem às normas do incisoIII do art. 136 e art. sua guarda física.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
154, respectivamente. §2º O Contran regulamentará a geração, a tramitação, o arqui-
Art. 318.(VETADO) vamento, o armazenamento e a eliminação de documentos eletrô-
Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas normas pelo nicos e físicos gerados em decorrência da aplicação das disposições
CONTRAN, continua em vigor o disposto noart. 92 do Regulamento deste Código.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº 62.127, de 16 de janei- §3ºNa hipótese prevista nos§§1º e 2º , o sistema deverá ser
ro de 1968. certificado digitalmente, atendidos os requisitos de autenticidade,
Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste Código pode- integridade, validade jurídica e interoperabilidade da Infraestru-
rão ser corrigidos monetariamente pelo Contran, respeitado o limi- tura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).(Incluído pela Lei nº
te da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 13.281, de 2016)(Vigência)
(IPCA) no exercício anterior.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 326. A Semana Nacional de Trânsito será comemorada
(Vigência) anualmente no período compreendido entre 18 e 25 de setembro.
Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do disposto no- Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sistema Nacional de
caputserão divulgados pelo Contran com, no mínimo, 90 (noventa) Trânsito, no que se refere ao Plano Nacional de Redução de Mortes
dias de antecedência de sua aplicação.(Incluído pela Lei nº 13.281, e Lesões no Trânsito (Pnatrans), deverá ser direcionada prioritaria-
de 2016)(Vigência) mente para o cumprimento da meta anual de redução do índice de
Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas de mortes por grupo de habitantes, apurado anualmente por Estado e
trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, em enge- pelo Distrito Federal, detalhando-se os dados levantados e as ações
nharia de tráfego, em engenharia de campo, em policiamento, em realizadas em vias federais, estaduais, distritais e municipais, na for-
fiscalização, em renovação de frota circulante e em educação de ma regulamentada pelo Contran.(Redação dada pela Lei nº 14.599,
trânsito.(Redação dada pela Lei nº 14.440, de 2022) de 2023)
§1º O percentual de cinco por cento do valor das multas de §1º O objetivo geral do estabelecimento de metas é, ao final de
trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na conta de 2030, reduzir à metade, no mínimo, o índice de mortes por grupo
fundo de âmbito nacional destinado à segurança e educação de de habitantes, relativamente ao índice apurado em 2020.(Redação
trânsito.(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
§2º O órgão responsável deverá publicar, anualmente, na rede §2º As metas expressam a diferença a menor, em base percen-
mundial de computadores (internet), dados sobre a receita arreca- tual, entre os índices mais recentes, oficialmente apurados, e os
dada com a cobrança de multas de trânsito e sua destinação.(Inclu- índices que se pretende alcançar.(Incluído pela Lei nº 13.614, de
ído pela Lei nº 13. 281, de 2016)(Vigência) 2018)(Vigência)
§3º O valor total destinado à recomposição das perdas de re- §3º A decisão que fixar as metas anuais estabelecerá as respec-
ceita das concessionárias de rodovias e vias urbanas, em decorrên- tivas margens de tolerância.(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)
cia do não pagamento de pedágio por usuários da via, não poderá (Vigência)
ultrapassar o montante total arrecadado por meio das multas apli- §4º As metas serão fixadas pelo Contran para os Estados e para
cadas com fundamento no art. 209-A deste Código, ressalvado o o Distrito Federal, mediante propostas fundamentadas dos Cetran,
previsto em regulamento do Poder Executivo.(Incluído pela Lei nº do Contrandife e da Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das res-
14.157, de 2021) pectivas circunscrições.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
Art. 320-A. Os órgãos e as entidades do Sistema Nacional de §5º Antes de submeterem as propostas ao Contran, os Cetran,
Trânsito poderão integrar-se para a ampliação e o aprimoramento o Contrandife e a Polícia Rodoviária Federal realizarão consulta ou
da fiscalização de trânsito, inclusive por meio do compartilhamento audiência pública para manifestação da sociedade sobre as metas a
da receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito.(Inclu- serem propostas.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
ído pela Lei nº 13.281, de 2016) §6º As propostas dos Cetran, do Contrandife e da Polícia Ro-
Art. 321.(VETADO) doviária Federal serão encaminhadas ao Contran até o dia 1º de
Art. 322.(VETADO) agosto de cada ano, conforme regulamentação do Contran.(Reda-
Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a meto- ção dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
dologia de aferição de peso de veículos, estabelecendo percentuais §7º As metas fixadas serão divulgadas em setembro, durante a
de tolerância, sendo durante este período suspensa a vigência das Semana Nacional de Trânsito, assim como o desempenho, absoluto
penalidades previstas no incisoV do art. 231, aplicando-se a penali- e relativo, de cada Estado e do Distrito Federal no cumprimento
dade de vinte UFIR por duzentos quilogramas ou fração de excesso. das metas vigentes no ano anterior, detalhados os dados levanta-
Parágrafo único.Revogado pela Lei nº 14.599, de 2023 dos e as ações realizadas por vias federais, estaduais e municipais,
Art. 324.(VETADO) devendo tais informações permanecer à disposição do público na
Art. 325. As repartições de trânsito conservarão por, no míni- rede mundial de computadores, em sítio eletrônico do órgão máxi-
mo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à habilitação de con- mo executivo de trânsito da União.(Incluído pela Lei nº 13.614, de
dutores, ao registro e ao licenciamento de veículos e aos autos de 2018)(Vigência)
infração de trânsito.(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência)

160
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§8º O Contran, ouvidos os Cetran, o Contrandife, a Polícia Ro- §1º Publicado o edital do leilão, a preparação poderá ser inicia-
doviária Federal e os demais órgãos do Sistema Nacional de Trân- da após trinta dias, contados da data de recolhimento do veículo,
sito, definirá as fórmulas para apuração do índice de que trata este o qual será classificado em duas categorias: (Incluído pela Lei nº
artigo, assim como a metodologia para a coleta e o tratamento dos 13.160, de 2015)
dados estatísticos necessários para a composição dos termos das I – conservado, quando apresenta condições de segurança para
fórmulas.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) trafegar; e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§9º Os dados estatísticos coletados em cada Estado e no Distri- II – sucata, quando não está apto a trafegar. (Incluído pela Lei
to Federal serão tratados e consolidados pelos respectivos órgãos nº 13.160, de 2015)
ou entidades executivos de trânsito, que os repassarão ao órgão §2º Se não houver oferta igual ou superior ao valor da avalia-
máximo executivo de trânsito da União, conforme regulamentação ção, o lote será incluído no leilão seguinte, quando será arrematado
do Contran.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) pelo maior lance, desde que por valor não inferior a cinquenta por
§10. Os dados estatísticos sujeitos à consolidação pelo órgão cento do avaliado. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
ou entidade executivos de trânsito do Estado ou do Distrito Federal §3º Mesmo classificado como conservado, o veículo que for
compreendem os coletados naquela circunscrição:(Incluído pela Lei levado a leilão por duas vezes e não for arrematado será leiloado
nº 13.614, de 2018)(Vigência) como sucata. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
I - pela Polícia Rodoviária Federal e pelo órgão executivo ro- §4º É vedado o retorno do veículo leiloado como sucata à circu-
doviário da União;(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)(Vigência) lação. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
II - pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade executivos §5º A cobrança das despesas com estada no depósito será limi-
rodoviários do Estado ou do Distrito Federal;(Incluído pela Lei nº tada ao prazo de seis meses. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
13.614, de 2018)(Vigência) §6º Os valores arrecadados em leilão deverão ser utilizados
III - pelos órgãos ou entidades executivos rodoviários e pelos para custeio da realização do leilão, dividindo-se os custos entre
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Municípios.(Incluído os veículos arrematados, proporcionalmente ao valor da arremata-
pela Lei nº 13.614, de 2018)(Vigência) ção, e destinando-se os valores remanescentes, na seguinte ordem,
§11. O cálculo do índice, para cada Estado e para o Distrito Fe- para: (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
deral, será feito pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, I – as despesas com remoção e estada; (Incluído pela Lei nº
ouvidos os Cetran, o Contrandife, a Polícia Rodoviária Federal e os 13.160, de 2015)
demais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito.(Redação dada pela II – os tributos vinculados ao veículo, na forma do§10; (Incluído
Lei nº 14.599, de 2023) pela Lei nº 13.160, de 2015)
§12. Os índices serão divulgados oficialmente até o dia 30 de III – os credores trabalhistas, tributários e titulares de crédito
abril de cada ano.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) com garantia real, segundo a ordem de preferência estabelecida
§13. Com base em índices parciais, apurados no decorrer do noart. 186 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tribu-
ano, o Contran, os Cetran e o Contrandife poderão recomendar aos tário Nacional);(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
integrantes do Sistema Nacional de Trânsito alterações nas ações, IV – as multas devidas ao órgão ou à entidade responsável pelo
projetos e programas em desenvolvimento ou previstos, com o fim leilão; (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
de atingir as metas fixadas para cada um dos Estados e para o Distri- V – as demais multas devidas aos órgãos integrantes do Siste-
to Federal.(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)(Vigência) ma Nacional de Trânsito, segundo a ordem cronológica; e (Incluído
§14. A partir da análise de desempenho a que se refere o§7º pela Lei nº 13.160, de 2015)
deste artigo, o Contran elaborará e divulgará, também durante a VI – os demais créditos, segundo a ordem de preferência legal.
Semana Nacional de Trânsito:(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
(Vigência) §7º Sendo insuficiente o valor arrecadado para quitar os dé-
I - duas classificações ordenadas dos Estados e do Distrito Fede- bitos incidentes sobre o veículo, a situação será comunicada aos
ral, uma referente ao ano analisado e outra que considere a evolu- credores. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
ção do desempenho dos Estados e do Distrito Federal desde o início §8º Os órgãos públicos responsáveis serão comunicados do
das análises;(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)(Vigência) leilão previamente para que formalizem a desvinculação dos ônus
II - relatório a respeito do cumprimento do objetivo geral do es- incidentes sobre o veículo no prazo máximo de dez dias. (Incluído
tabelecimento de metas previsto no§1º deste artigo.(Incluído pela pela Lei nº 13.160, de 2015)
Lei nº 13.614, de 2018)(Vigência) §9oOs débitos incidentes sobre o veículo antes da alienação
Art. 327. A partir da publicação deste Código, somente poderão administrativa ficam dele automaticamente desvinculados, sem
ser fabricados e licenciados veículos que obedeçam aos limites de prejuízo da cobrança contra o proprietário anterior. (Incluído pela
peso e dimensões fixados na forma desta Lei, ressalvados os que Lei nº 13.160, de 2015)
vierem a ser regulamentados pelo CONTRAN. §10. Aplica-se o disposto no§9oinclusive ao débito relativo a
Parágrafo único.(VETADO) tributo cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil, a pos-
Art. 328. O veículo apreendido ou removido a qualquer título se, a circulação ou o licenciamento de veículo. (Incluído pela Lei nº
e não reclamado por seu proprietário dentro do prazo de sessenta 13.160, de 2015)
dias, contado da data de recolhimento, será avaliado e levado a lei- §11. Na hipótese de o antigo proprietário reaver o veículo, por
lão, a ser realizado preferencialmente por meio eletrônico. (Reda- qualquer meio, os débitos serão novamente vinculados ao bem,
ção dada pela Lei nº 13.160, de 2015) aplicando-se, nesse caso, o disposto nos§§1º , 2º e 3º do art. 271.
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)

161
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

§12. Quitados os débitos, o saldo remanescente será deposi- IV - nome, endereço e identidade do comprador;
tado em conta específica do órgão responsável pela realização do V - características do veículo constantes do seu certificado de
leilão e ficará à disposição do antigo proprietário, devendo ser ex- registro;
pedida notificação a ele, no máximo em trinta dias após a realiza- VI - número da placa de experiência.
ção do leilão, para o levantamento do valor no prazo de cinco anos, §2º Os livros terão suas páginas numeradas tipograficamente
após os quais o valor será transferido, definitivamente, para o fundo e serão encadernados ou em folhas soltas, sendo que, no primei-
a que se refere o parágrafo único do art. 320. (Incluído pela Lei nº ro caso, conterão termo de abertura e encerramento lavrados pelo
13.160, de 2015) proprietário e rubricados pela repartição de trânsito, enquanto,
§13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber, ao animal no segundo, todas as folhas serão autenticadas pela repartição de
recolhido, a qualquer título, e não reclamado por seu proprietário trânsito.
no prazo de sessenta dias, a contar da data de recolhimento, con- §3º A entrada e a saída de veículos nos estabelecimentos re-
forme regulamentação do CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 13.160, feridos neste artigo registrar-se-ão no mesmo dia em que se ve-
de 2015) rificarem assinaladas, inclusive, as horas a elas correspondentes,
§14. Se identificada a existência de restrição policial ou judicial podendo os veículos irregulares lá encontrados ou suas sucatas ser
sobre o prontuário do veículo, a autoridade responsável pela restri- apreendidos ou retidos para sua completa regularização.
ção será notificada para a retirada do bem do depósito, mediante §4º As autoridades de trânsito e as autoridades policiais terão
a quitação das despesas com remoção e estada, ou para a autori- acesso aos livros sempre que o solicitarem, não podendo, entretan-
zação do leilão nos termos deste artigo.(Redação dada pela Lei nº to, retirá-los do estabelecimento.
13.281, de 2016)(Vigência) §5º A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude ao reali-
§15. Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da notificação zá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas com a multa prevista
de que trata o§14, não houver manifestação da autoridade respon- para as infrações gravíssimas, independente das demais comina-
sável pela restrição judicial ou policial, estará o órgão de trânsito ções legais cabíveis.
autorizado a promover o leilão do veículo nos termos deste artigo. §6º Os livros previstos neste artigo poderão ser substituídos
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) por sistema eletrônico, na forma regulamentada pelo Contran.(In-
§16. Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens auto- cluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
motores que se encontrarem nos depósitos há mais de 1 (um) ano Art. 331. Até a nomeação e posse dos membros que passarão
poderão ser destinados à reciclagem, independentemente da exis- a integrar os colegiados destinados ao julgamento dos recursos ad-
tência de restrições sobre o veículo.(Incluído pela Lei nº 13.281, de ministrativos previstos na SeçãoII do CapítuloXVIII deste Código, o
2016)(Vigência) julgamento dos recursos ficará a cargo dos órgãos ora existentes.
§17. O procedimento de hasta pública na hipótese do§16 será Art. 332. Os órgãos e entidades integrantes do Sistema Na-
realizado por lote de tonelagem de material ferroso, observando- cional de Trânsito proporcionarão aos membros do CONTRAN,
-se, no que couber, o disposto neste artigo, condicionando-se a CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as facilidades para o
entrega do material arrematado aos procedimentos necessários à cumprimento de sua missão, fornecendo-lhes as informações que
descaracterização total do bem e à destinação exclusiva, ambiental- solicitarem, permitindo-lhes inspecionar a execução de quaisquer
mente adequada, à reciclagem siderúrgica, vedado qualquer apro- serviços e deverão atender prontamente suas requisições.
veitamento de peças e partes.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vinte dias
(Vigência) após a nomeação de seus membros, as disposições previstas nos
§18. Os veículos sinistrados irrecuperáveis queimados, adul- arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos órgãos e entidades
terados ou estrangeiros, bem como aqueles sem possibilidade de executivos de trânsito e executivos rodoviários para exercerem suas
regularização perante o órgão de trânsito, serão destinados à reci- competências.
clagem, independentemente do período em que estejam em depó- §1º Os órgãos e entidades de trânsito já existentes terão prazo
sito, respeitado o prazo previsto nocaputdeste artigo, sempre que de um ano, após a edição das normas, para se adequarem às novas
a autoridade responsável pelo leilão julgar ser essa a medida apro- disposições estabelecidas pelo CONTRAN, conforme disposto neste
priada.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) artigo.
Art. 329. Os condutores dos veículos de que tratam os arts. 135 §2º Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados exer-
e 136, para exercerem suas atividades, deverão apresentar, previa- cerão as competências previstas neste Código em cumprimento às
mente, certidão negativa do registro de distribuição criminal relati- exigências estabelecidas pelo CONTRAN, conforme disposto neste
vamente aos crimes de homicídio, roubo, estupro e corrupção de artigo, acompanhados pelo respectivo CETRAN, se órgão ou enti-
menores, renovável a cada cinco anos, junto ao órgão responsável dade municipal, ou CONTRAN, se órgão ou entidade estadual, do
pela respectiva concessão ou autorização. Distrito Federal ou da União, passando a integrar o Sistema Nacio-
Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem reformas ou nal de Trânsito.
recuperação de veículos e os que comprem, vendam ou desmon- Art. 334. As ondulações transversais existentes deverão ser
tem veículos, usados ou não, são obrigados a possuir livros de re- homologadas pelo órgão ou entidade competente no prazo de um
gistro de seu movimento de entrada e saída e de uso de placas de ano, a partir da publicação deste Código, devendo ser retiradas em
experiência, conforme modelos aprovados e rubricados pelos ór- caso contrário.
gãos de trânsito. Art. 335.(VETADO)
§1º Os livros indicarão:
I - data de entrada do veículo no estabelecimento;
II - nome, endereço e identidade do proprietário ou vendedor;
III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem;

162
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no AnexoII AGENTE DE TRÂNSITO - servidor civil efetivo de carreira do
até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezentos e sessenta órgão ou entidade executivos de trânsito ou rodoviário, com as
dias da publicação desta Lei, após a manifestação da Câmara Te- atribuições de educação, operação e fiscalização de trânsito e de
mática de Engenharia, deVias eVeículos e obedecidos os padrões transporte no exercício regular do poder de polícia de trânsito para
internacionais. promover a segurança viária nos termos da Constituição Federal.
Art. 337. Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro dos Es- (Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021)
tados e Municípios que os compõem e, o CONTRANDIFE, do Distrito AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo, originá-
Federal. rio dos alvéolos pulmonares. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
Art. 338. As montadoras, encarroçadoras, os importadores e ÁREA DE ESPERA - área delimitada por 2 (duas) linhas de reten-
fabricantes, ao comerciarem veículos automotores de qualquer ca- ção, destinada exclusivamente à espera de motocicletas, motone-
tegoria e ciclos, são obrigados a fornecer, no ato da comercialização tas e ciclomotores, junto à aproximação semafórica, imediatamente
do respectivo veículo, manual contendo normas de circulação, in- à frente da linha de retenção dos demais veículos.(Incluído pela Lei
frações, penalidades, direção defensiva, primeiros socorros e Ane- nº 14.071, de 2020)(Vigência)
xos do Código de Trânsito Brasileiro. AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transporte de
Art. 338-A. As competências previstas no incisoXV docaputdo passageiros, com capacidade para até oito pessoas, exclusive o con-
art. 21 e no incisoXXII docaputdo art. 24 deste Código serão atribuí- dutor.
das aos órgãos ou entidades descritos nocaputdos referidos artigos AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou
a partir de 1º de janeiro de 2024.(Incluído pela Lei nº 14.229, de entidade executivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito ou
2021) pessoa por ele expressamente credenciada.
Parágrafo único. Até 31 de dezembro de 2023, as competências BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical passando
a que se refere ocaputdeste artigo serão exercidas pelos órgãos e pelos centros das rodas traseiras extremas e o ponto mais recuado
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal. do veículo, considerando-se todos os elementos rigidamente fixa-
(Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021) dos ao mesmo.
Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito es- BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas ro-
pecial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessenta e quatro mil, das, não sendo, para efeito deste Código, similar à motocicleta, mo-
novecentos e cinqüenta e quatro reais), em favor do ministério ou toneta e ciclomotor.
órgão a que couber a coordenação máxima do Sistema Nacional de BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao estacio-
Trânsito, para atender as despesas decorrentes da implantação des- namento de bicicletas.
te Código. BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move sobre tri-
Art. 340. Este Código entra em vigor cento e vinte dias após a lhos.
data de sua publicação. BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser demarcada
Art. 341. Ficam revogadas asLeis nºs 5.108, de 21 de setembro por linhas longitudinais de bordo que delineiam a parte da via des-
de 1966,5.693, de 16 de agosto de 1971,5.820, de 10 de novembro tinada à circulação de veículos.
de 1972,6.124, de 25 de outubro de 1974,6.308, de 15 de dezembro CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível di-
de 1975,6.369, de 27 de outubro de 1976,6.731, de 4 de dezembro ferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trân-
de 1979,7.031, de 20 de setembro de 1982,7.052, de 02 de dezem- sito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário
bro de 1982,8.102, de 10 de dezembro de 1990, osarts. 1º a 6ºe11 urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
do Decreto-lei nº 237, de 28 de fevereiro de 1967, e osDecretos- CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a tracionar
-leis nºs 584, de 16 de maio de 1969,912, de 2 de outubro de 1969, ou arrastar outro.
e2.448, de 21 de julho de 1988. CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de carga com
Brasília, 23 de setembro de 1997; 176º da Independência e peso bruto total de até três mil e quinhentos quilogramas.
109º da República. CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de passa-
geiros e carga no mesmo compartimento.
ANEXO I CAMINHÃO - veículo automotor destinado ao transporte de
DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES carga com peso bruto total superior a 3.500 kg (três mil e quinhen-
(Vide Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência) tos quilogramas), podendo tracionar ou arrastar outro veículo,
Para efeito deste Código adotam-se as seguintes definições: respeitada a capacidade máxima de tração.(Incluído pela Lei nº
14.440, de 2022)
ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de rolamen- CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como sepa-
to destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de rador de duas pistas de rolamento, eventualmente substituído por
emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não marcas viárias (canteiro fictício).
houver local apropriado para esse fim. CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que a unida-
AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - agente de trânsito e de de tração é capaz de tracionar, indicado pelo fabricante, basea-
policial rodoviário federal que atuam na fiscalização, no controle e do em condições sobre suas limitações de geração e multiplicação
na operação de trânsito e no patrulhamento, competentes para a de momento de força e resistência dos elementos que compõem a
lavratura do auto de infração e para os procedimentos dele decor- transmissão.
rentes, incluídos o policial militar ou os agentes referidos no art. CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos automoto-
25-A deste Código, quando designados pela autoridade de trânsito res em sinal de regozijo, de reivindicação, de protesto cívico ou de
com circunscrição sobre a via, mediante convênio, na forma previs- uma classe.
ta neste Código.(Redação dada pela Lei nº 14.229, de 2021)

163
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de braço,
transporte de pequenas cargas. adotados exclusivamente pelos agentes de autoridades de trânsito
CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao transporte nas vias, para orientar, indicar o direito de passagem dos veículos
de carga. ou pedestres ou emitir ordens, sobrepondo-se ou completando ou-
CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz utili- tra sinalização ou norma constante deste Código.
zado na sinalização de vias e veículos (olho-de-gato). GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais de bra-
CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao transporte ço, adotados exclusivamente pelos condutores, para orientar ou
de pessoas. indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de direção, re-
CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão humana. dução brusca de velocidade ou parada.
CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à circula- ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, desti-
ção exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica. nado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção.
CICLOMOTOR - veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, provido INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação de
de motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do Conselho
cm3(cinquenta centímetros cúbicos), equivalente a 3,05 pol3(três Nacional de Trânsito e a regulamentação estabelecida pelo órgão
polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de motor de propulsão ou entidade executiva do trânsito.
elétrica com potência máxima de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento ou
velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 Km/h (cinquenta bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos, en-
quilômetros por hora).(Redãção dada pela Lei nº 14.071, de 2020) troncamentos ou bifurcações.
(Vigência) INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo para aten-
CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos, sepa- der circunstância momentânea do trânsito.
rada fisicamente do tráfego comum. LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a obrigações
CIRCULAÇÃO - movimentação de pessoas, animais e veículos do proprietário de veículo, comprovado por meio de documento
em deslocamento, conduzidos ou não, em vias públicas ou privadas específico (Certificado de Licenciamento Anual).
abertas ao público e de uso coletivo.(Incluído pela Lei nº 14.229, LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela munici-
de 2021) palidade à circulação, parada ou estacionamento de veículos, ou à
CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à direita, circulação de pedestres, tais como calçada, parques, áreas de lazer,
de mudança da direção original do veículo. calçadões.
CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível. LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros,
DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que tenha que o veículo transporta, expressa em quilogramas para os veículos
a função específica de proporcionar maior segurança ao usuário da de carga, ou número de pessoas, para os veículos de passageiros.
via, alertando-o sobre situações de perigo que possam colocar em LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas ou
risco sua integridade física e dos demais usuários da via, ou danifi- rurais e que com elas se limita.
car seriamente o veículo. LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a via até
ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo supe- uma grande distância do veículo.
rior ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros. LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a via
ESTRADA - via rural não pavimentada. diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo injus-
ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor alcoólico tificáveis aos condutores e outros usuários da via que venham em
no ar alveolar. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) sentido contrário.
FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais, delimi- LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos demais
tada por lei específica e sob responsabilidade do órgão ou entidade usuários da via, que se encontram atrás do veículo, que o condutor
de trânsito competente com circunscrição sobre a via. está aplicando o freio de serviço.
FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas longitudinais LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo des-
em que a pista pode ser subdividida, sinalizada ou não por marcas tinada a indicar aos demais usuários da via que o condutor tem o
viárias longitudinais, que tenham uma largura suficiente para per- propósito de mudar de direção para a direita ou para a esquerda.
mitir a circulação de veículos automotores. LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a iluminar atrás
FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas do veículo e advertir aos demais usuários da via que o veículo está
estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder de po- efetuando ou a ponto de efetuar uma manobra de marcha à ré.
lícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição dos ór- LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a ilu-
gãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as compe- minação da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens de pó.
tências definidas neste Código. LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a indicar
FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão ou im- a presença e a largura do veículo.
pedimento de locomoção na faixa apropriada. MANOBRA - movimento executado pelo condutor para alterar
FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a manter o a posição em que o veículo está no momento em relação à via.
veículo imóvel na ausência do condutor ou, no caso de um reboque, MARCASVIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas,
se este se encontra desengatado. marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores diversas, apos-
FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destinado a tos ao pavimento da via.
diminuir a marcha do veículo no caso de falha do freio de serviço. MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com
FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a dimi- capacidade para até vinte passageiros.
nuição da marcha do veículo ou pará-lo. MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou
semside-car, dirigido por condutor em posição montada.

164
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em cará-
condutor em posição sentada. ter de advertência, destinada a indicar aos demais usuários da via
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja carro- que o veículo está imobilizado ou em situação de emergência.
çaria seja fechada e destinada a alojamento, escritório, comércio ou PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação de
finalidades análogas. veículos, identificada por elementos separadores ou por diferença
NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais.
nascer do sol. PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixados ao
ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com capa- lado ou suspensos sobre a pista, transmitindo mensagens de cará-
cidade para mais de vinte passageiros, ainda que, em virtude de ter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante símbolo ou
adaptações com vista à maior comodidade destes, transporte nú- legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas como sinais de
mero menor. trânsito.
OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do veículo, POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida pe-
pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou descarre- las Polícias Militares com o objetivo de prevenir e reprimir atos re-
gamento de animais ou carga, na forma disciplinada pelo órgão ou lacionados com a segurança pública e de garantir obediência às nor-
entidade executivo de trânsito competente com circunscrição sobre mas relativas à segurança de trânsito, assegurando a livre circulação
a via. e evitando sinistros.(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico, baseado PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens
nos conceitos de engenharia de tráfego, das condições de fluidez, opostas de uma superfície líquida qualquer.
de estacionamento e de parada na via, de forma a reduzir as inter- QUADRICICLO - veículo automotor de 4 (quatro) rodas, com ou
ferências, tais como veículos quebrados, sinistrados, estacionados sem cabine, com massa em ordem de marcha não superior a 450 kg
irregularmente atrapalhando o trânsito, prestando socorros imedia- (quatrocentos e cinquenta quilogramas) para o transporte de pas-
tos e informações aos pedestres e condutores.(Redação dada pela sageiros, ou não superior a 600 kg (seiscentos quilogramas) para o
Lei nº 14.599, de 2023) transporte de cargas.(Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo tem- REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um veí-
po estritamente necessário para efetuar embarque ou desembar- culo automotor.
que de passageiros. REGULAMENTAÇÃO DAVIA - implantação de sinalização de re-
PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma via gulamentação pelo órgão ou entidade competente com circunscri-
e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista própria. ção sobre a via, definindo, entre outros, sentido de direção, tipo de
PASSAGEM POR OUTROVEÍCULO - movimento de passagem à estacionamento, horários e dias.
frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em me- REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida,
nor velocidade, mas em faixas distintas da via. destinada ao uso de pedestres durante a travessia da mesma.
PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à transpo- RENACH - Registro Nacional de Carteiras de Habilitação.(Reda-
sição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de pedestres ou ção dada pela Lei nº 14.440, de 2022)
veículos. RENAVAM - Registro Nacional deVeículos Automotores.
PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias, em RETORNO - movimento de inversão total de sentido da direção
desnível aéreo, e ao uso de pedestres. original de veículos.
PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste úl- RODOVIA - via rural pavimentada.
timo caso, separada por pintura ou elemento físico separador, livre SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se apóia na
de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e, sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de articulação.
excepcionalmente, de ciclistas. SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que se
PATRULHAMENTO -Revogado pela Lei nº 14.599, de 2023 utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de controle lumi-
PATRULHAMENTO OSTENSIVO - função exercida pela Polícia nosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos, destinados exclusiva-
Rodoviária Federal com o objetivo de prevenir e reprimir infrações mente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres.
penais no âmbito de sua competência e de garantir obediência às SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de
normas relativas à segurança de trânsito, de forma a assegurar a segurança colocados na via pública com o objetivo de garantir sua
livre circulação e a prevenir sinistros.(Redação dada pela Lei nº utilização adequada, possibilitando melhor fluidez no trânsito e
14.599, de 2023) maior segurança dos veículos e pedestres que nela circulam.
PATRULHAMENTOVIÁRIO - função exercida pelos agentes de SINISTRO DE TRÂNSITO - evento que resulta em dano ao ve-
trânsito dos órgãos e entidades executivos de trânsito e rodoviário, ículo ou à sua carga e/ou em lesões a pessoas ou animais e que
no âmbito de suas competências, com o objetivo de garantir a segu- pode trazer dano material ou prejuízo ao trânsito, à via ou ao meio
rança viária nos termos do§10 do art. 144 da Constituição Federal. ambiente, em que pelo menos uma das partes está em movimento
(Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021) nas vias terrestres ou em áreas abertas ao público.(Incluído pela Lei
PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área rural. nº 14.599, de 2023)
PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmite ao SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusivamente
pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação. pelos agentes da autoridade de trânsito nas vias, para orientar ou
PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo transmitido indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres, sobrepon-
ao pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais seu do-se ou completando sinalização existente no local ou norma esta-
semi-reboque ou do caminhão mais o seu reboque ou reboques. belecida neste Código.

165
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carro- VEÍCULO ESPECIAL - veículo de passageiro, de carga, de tração,
çaria e equipamento, do combustível, das ferramentas e acessórios, de coleção ou misto que possui características diferenciadas para
da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido de arre- realização de função especial para a qual são necessários arranjos
fecimento, expresso em quilogramas. específicos da carroceria e/ou equipamento.(Incluído pela Lei nº
TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas, qua- 14.599, de 2023)
tro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira de automóvel ou VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais,
camionete, utilizado em geral em atividades turísticas como aloja- compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro
mento, ou para atividades comerciais. central.
TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos, pessoas VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos
e animais nas vias terrestres. especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessi-
TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de uma bilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em
faixa demarcada para outra. nível.
TRATOR - veículo automotor construído para realizar trabalho VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em nível,
agrícola, de construção e pavimentação e tracionar outros veículos geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes
e equipamentos. lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito en-
TRICICLO - veículo automotor de 3 (três) rodas, com ou sem tre as regiões da cidade.
cabine, dirigido por condutor em posição sentada ou montada, VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o trân-
que não possui as características de ciclomotor.(Incluído pela Lei nº sito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito
14.599, de 2023) rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da
ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro ve- cidade.
ículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade e VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível não
na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa de semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas restri-
origem. tas.
UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilidade do VIA RURAL - estradas e rodovias.
seu uso, inclusive fora de estrada. VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares
VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acoplados, abertos à circulação pública, situados na área urbana, caracteriza-
sendo um deles automotor. dos principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de
VEÍCULO AUTOMOTOR - veículo a motor de propulsão a com- sua extensão.
bustão, elétrica ou híbrida que circula por seus próprios meios e VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias destina-
que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas das à circulação prioritária de pedestres.
ou para a tração viária de veículos utilizados para o transporte de VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor uma
pessoas e coisas, compreendidos na definição os veículos conecta- depressão de terreno ou servir de passagem superior.
dos a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus
elétrico).(Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de carga,
RESOLUÇÕES DO CONTRAN - CONSELHO
podendo transportar dois passageiros, exclusive o condutor.
NACIONAL DE TRÂNSITO: RESOLUÇÃO Nº 798/2020,
VEÍCULO DE COLEÇÃO - veículo fabricado há mais de 30 (trinta)
ALTERADA PELA RESOLUÇÃO Nº 804/2020: DISPÕE
anos, original ou modificado, que possui valor histórico próprio.(Re-
SOBRE REQUISITOS TÉCNICOS MÍNIMOS PARA
dação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)(Vigência)
A FISCALIZAÇÃO DA VELOCIDADE DE VEÍCULOS
VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo o pri-
AUTOMOTORES, ELÉTRICOS, REBOQUES E
meiro um veículo automotor e os demais reboques ou equipamen-
SEMIRREBOQUES.
tos de trabalho agrícola, construção, terraplenagem ou pavimen-
tação. RESOLUÇÃO Nº 798, DE 02 DE SETEMBRO DE 2020
VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado ao
transporte de carga com peso bruto total máximo superior a dez mil Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para a fiscalização
quilogramas e de passageiros, superior a vinte passageiros. da velocidade de veículos automotores, elétricos, reboques e
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao transporte de semirreboques.
pessoas e suas bagagens.
VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao transporte O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da
simultâneo de carga e passageiro. competência que lhe conferem o inciso I do art. 12 e o § 2º do art.
VEÍCULO EM ESTADO DE ABANDONO - veículo estacionado na 280, todos da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que insti-
via ou em estacionamento público, sem capacidade de locomoção tui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com base no que consta
por meios próprios e que, devido a seu estado de conservação e nos autos do processo administrativo nº 80001.020255/2007-01,
processo de deterioração, ofereça risco à saúde pública, à seguran- resolve:
ça pública ou ao meio ambiente, independentemente de encontrar-
-se estacionado em local permitido.(Incluído pela Lei nº 14.440, de Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre requisitos técnicos míni-
2022) mos para a fiscalização da velocidade de veículos automotores, elé-
tricos, reboques e semirreboques.

166
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CAPÍTULO I b) registrar a contagem volumétrica de tráfego;


DA FORMA E PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO DE c) registrar a latitude e longitude do local de operação; e
VELOCIDADE d) possuir tecnologia de Reconhecimento Óptico de Caracteres
(OCR).
Art. 2º A medição de velocidade que exceda o limite regula-
mentar para o local, desenvolvida pelos veículos automotores, elé- CAPÍTULO IV
tricos, reboques e semirreboques nas vias terrestres abertas à cir- DO PROCESSO DE INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E MONITO-
culação, deve ser efetuada por medidor de velocidade nos termos RAMENTO DE MEDIDORES DE VELOCIDADE
desta Resolução.
§ 1º Considera-se medidor de velocidade o instrumento ou Art. 5º Cabe ao órgão ou entidade com circunscrição sobre a
equipamento de aferição destinado a fiscalizar o limite máximo de via determinar a localização, a sinalização, a instalação e a opera-
velocidade regulamentado para o local, que indique a velocidade ção dos medidores de velocidade.
medida e contenha dispositivo registrador de imagem que compro- Art. 6º A instalação e operação de medidores de velocidade do
ve o cometimento da infração. tipo fixo deve atender aos seguintes requisitos:
§ 2º A medição de velocidade, por meio do medidor descrito I - para os controladores de velocidade, realizar Levantamento
no § 1º, é indispensável para a caracterização das infrações de trân- Técnico, com periodicidade bienal, para verificação ou readequa-
sito de excesso de velocidade. ção da sinalização instalada ao longo da via, na forma do ANEXO I;
II - para os redutores de velocidade, realizar Estudo Técnico,
CAPÍTULO II com periodicidade anual, em trechos críticos, com índices de aci-
DOS TIPOS DE MEDIDORES DE VELOCIDADE dentes, ou locais onde haja vulnerabilidade dos usuários da via, de
modo a se comprovar a necessidade de redução pontual da veloci-
Art. 3º Os medidores de velocidade são do tipo: dade, na forma do ANEXO II.
I - fixo: medidor de velocidade com registro de imagem insta- § 1º Os Levantamentos Técnicos e/ou Estudos Técnicos deve-
lado em local definido e em caráter duradouro, podendo ser espe- rão ser refeitos sempre que houver:
cificado como: I - readequação dos limites de velocidade da via;
a) controlador: medidor de velocidade destinado a fiscalizar o II - alteração da estrutura viária;
limite máximo de velocidade da via ou de seu ponto específico, si- III - mudança do sentido do fluxo;
nalizado por meio de placa R-19; ou IV - alteração da competência sobre a circunscrição da via; e
b) redutor: medidor de velocidade, obrigatoriamente dotado V - mudança de local do medidor de velocidade.
de display, destinado a fiscalizar a redução pontual de velocidade § 2º Considera-se trecho crítico o segmento de via inscrito em
estabelecida em relação à velocidade diretriz da via, por meio de área circular que concentre número de acidentes com mortes e le-
sinalização com placa R-19, em trechos críticos e de vulnerabilidade sões no trânsito considerado significativo pela autoridade de trân-
dos usuários da via. sito com circunscrição sobre a via, cujo raio é de:
II - portátil: medidor de velocidade com registro de imagem, I - 2.500 m (dois mil e quinhentos metros) nas vias rurais; e
podendo ser instalado em viatura caracterizada estacionada, em II - 500 m (quinhentos metros) nas vias urbanas ou rurais com
tripé, suporte fixo ou manual, usado ostensivamente como contro- características urbanas.
lador em via ou em seu ponto específico, que apresente limite de § 3º Os Levantamentos Técnicos e os Estudos Técnicos devem:
velocidade igual ou superior a 60 km/h. I - estar disponíveis ao público na sede do órgão ou entidade
§ 1º Considera-se display painel eletrônico que exibe a veloci- executivo de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via e
dade registrada por medidor de velocidade do tipo fixo. em seu site na rede mundial de computadores; e
§ 2º Em vias com duas ou mais faixas de circulação no mesmo II - ser encaminhados aos órgãos recursais quando solicitados.
sentido, deve-se instalar um display para cada faixa, em ambos os § 4º Os medidores de velocidade do tipo fixo não podem ser
lados da via ou em pórtico ou semipórtico sobre a via. afixados em árvores, marquises, passarelas, postes de energia elé-
trica, ou qualquer outra obra de engenharia, de modo velado ou
CAPÍTULO III não ostensivo.
DOS REQUISITOS METROLÓGICOS E TÉCNICOS DOS ME- § 5º É dispensada a presença da autoridade de trânsito e de
DIDORES DE VELOCIDADE seus agentes no local de operação de medidores de velocidade do
tipo fixo.
Art. 4º Os medidores de velocidade devem observar: Art. 7º O uso de medidores do tipo portátil para a fiscalização
I - requisitos metrológicos: do excesso de velocidade é restrito às seguintes situações:
a) ter seu modelo aprovado pelo Instituto Nacional de Metrolo- I - nas vias urbanas e rurais com características urbanas, quan-
gia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), atendendo à legislação me- do a velocidade máxima permitida for igual ou superior a 60 km/h
trológica em vigor e aos requisitos estabelecidos nesta Resolução; (sessenta quilômetros por hora); e
b) ser aprovado na verificação metrológica pelo Inmetro ou en- II - nas vias rurais, quando a velocidade máxima permitida for
tidade por ele delegada; e igual ou superior a:
c) ser verificado pelo Inmetro ou entidade por ele delegada, a) 80 km/h (oitenta quilômetros por hora), em rodovia; e
com periodicidade mínima de doze meses, conforme regulamenta- b) 60 km/h (sessenta quilômetros por hora), em estrada.
ção metrológica em vigor. § 1º Para utilização do equipamento portátil, deve ser realiza-
II - requisitos técnicos: do planejamento operacional prévio em trechos ou locais:
a) registrar a velocidade medida do veículo em km/h; I - com potencial ocorrência de acidentes de trânsito;

167
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

II - que tenham histórico de acidentes de trânsito que geraram CAPÍTULO VI


mortes ou lesões; ou DOS LOCAIS DE FISCALIZAÇÃO E DA SINALIZAÇÃO
III - em que haja recorrente inobservância dos limites de velo-
cidade previstos para a referida via ou trecho. Art. 10. Os locais em que houver fiscalização de excesso de ve-
§ 2º O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via deve locidade por meio de medidores do tipo fixo devem ser precedidos
mapear e publicar em seu site na rede mundial de computadores de sinalização com placa R-19, na forma estabelecida nesta Reso-
relação de trechos ou locais em que está apto a ser fiscalizado o lução e no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito - Volume I
excesso de velocidade por meio de equipamento portátil. (MBST-I), de forma a garantir a segurança viária e informar aos con-
§ 3º Nos locais em que houver instalado medidor de veloci- dutores dos veículos a velocidade máxima permitida para o local.
dade do tipo fixo, os medidores de velocidade portáteis somente § 1º Onde houver redução de velocidade, deve ser observada a
podem ser utilizados a uma distância mínima de: existência de placas R-19, informando a redução gradual do limite
I - 500 m (quinhentos metros), em vias urbanas e em trechos de velocidade conforme MBST-I.
de vias rurais com características de via urbana; e § 2º Deve ser instalada a placa R-19 junto a cada medidor de
II - 2.000 m (dois mil metros), para os demais trechos de vias velocidade do tipo fixo.
rurais. Art. 11. As placas de identificação R-19 devem ser posiciona-
§ 4º Os medidores de velocidade do tipo portátil somente de- das com distância máxima relativamente aos medidores, na forma
vem ser utilizados por autoridade de trânsito ou seu agente, no estabelecida no ANEXO IV, facultada a repetição da placa em dis-
exercício regular de suas funções, devidamente uniformizados, em tâncias menores.
ações de fiscalização, não podendo haver obstrução da visibilida- § 1º Em vias com duas ou mais faixas de trânsito por sentido, a
de, do equipamento e de seu operador, por placas, árvores, postes, sinalização, por meio da placa de regulamentação R-19, deve estar
passarelas, pontes, viadutos, marquises, ou qualquer outra forma afixada nos dois lados da pista ou suspensa sobre a via, nos termos
que impeça a sua ostensividade. do MBST-I.
§ 2º Em vias em que haja acesso de veículos por outra via pú-
CAPÍTULO V blica, no trecho compreendido entre o acesso e o medidor de ve-
DA CARACTERIZAÇÃO DA INFRAÇÃO locidade, deve ser acrescida, nesse trecho, sinalização por meio de
placa R-19.
Art. 8º Para caracterização de infrações de trânsito de excesso § 3º Para fins de fiscalização do excesso de velocidade, é veda-
de velocidade, a velocidade considerada para aplicação da pena- da a utilização de placa R-19 que não seja fixa.
lidade é o resultado da subtração da velocidade medida pelo ins- Art. 12. Quando o local da via possuir velocidade máxima per-
trumento ou equipamento pelo erro máximo admitido previsto na mitida por tipo de veículo, a placa R-19 deve estar acompanhada da
legislação metrológica em vigor, conforme tabela de valores refe- informação complementar, na forma do ANEXO V.
renciais de velocidade e tabela para enquadramento infracional § 1º Para fins de cumprimento do estabelecido no caput, os
constantes do ANEXO III. tipos de veículos registrados e licenciados devem estar classificados
Art. 9º Para sua consistência e regularidade, o auto de infração conforme as duas denominações descritas a seguir:
de trânsito (AIT) e a notificação de autuação (NA), além dodisposto I - VEÍCULO LEVE - ciclomotor, motoneta, motocicleta, triciclo,
no CTB e na legislação complementar, devem conter, no mínimo, as quadriciclo, automóvel, utilitário, caminhonete e camioneta, com
seguintes informações: peso bruto total inferior ou igual a três mil e quinhentos quilogra-
I - imagem com a placa do veículo; mas; e
II - velocidade regulamentada para o local da via em km/h; II - VEÍCULO PESADO - ônibus, micro-ônibus, caminhão, cami-
III - velocidade medida do veículo, no momento da infração, nhão-trator, trator de rodas, trator misto, chassi-plataforma, mo-
em km/h; torcasa, reboque ou semirreboque, combinação de veículos, veícu-
IV - velocidade considerada, já descontada a margem de erro lo leve tracionando outro veículo, ou qualquer outro veículo com
metrológica, em km/h; peso bruto total superior a três mil e quinhentos quilogramas.
V - local da infração, onde o equipamento está instalado ou § 2º Pode ser utilizada sinalização horizontal complementar re-
sendo operado, identificado de forma descritiva ou codificado; forçando a sinalização vertical.
VI - data e hora da infração;
VII - identificação do instrumento ou equipamento utilizado, CAPÍTULO VII
mediante numeração estabelecida pelo órgão ou entidade com cir- DISPOSIÇÕES FINAIS
cunscrição sobre a via;
VIII - data da última verificação metrológica; e Art. 13. Os requisitos previstos nesta Resolução são exigidos:
IX - números de registro junto ao Inmetro e de série do fabri- I - na data de sua entrada em vigor, para os medidores de ve-
cante do medidor de velocidade. locidade novos ou que forem reinstalados em local diverso do que
Parágrafo único. O órgão ou entidade com circunscrição sobre se encontram;
a via deve dar publicidade, por meio do seu site na rede mundial II - após doze meses da data de sua entrada em vigor, para os
de computadores, antes do início de sua operação, da relação de medidores de velocidade em operação; e
todos os medidores de velocidade existentes em sua circunscrição, III - após dezoito meses da data de sua entrada em vigor, para
contendo o tipo do equipamento, o número de registro junto ao a informação constante no inciso I do art. 9º, no caso do Sistema de
Inmetro, o número de série do fabricante, a identificação estabe- Notificação Eletrônica.
lecida pelo órgão e, no caso do tipo fixo, também do local de ins-
talação.

168
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Parágrafo único. A observância dos requisitos técnicos previs- 2.7 Geometria da Via:
tos nas alíneas c e d do inciso II do art. 4º não se aplica aos medi- 2.7.1 _____Aclive
dores portáteis em uso até a data de entrada em vigor desta Reso- 2.7.2 _____Declive
lução. 2.7.3 _____Plano
Art. 14. Fica revogada a Resolução CONTRAN nº 396, de 13 de 2.7.4 _____Curva
dezembro de 2011. 2.7.5 _____Sinuosa
Art. 15. Esta Resolução entra em vigor em 1º de novembro de 2.7.6 _____Outra:
2020. 2.8 Volume Médio Diário de Veículos (VMD):
2.9 Trânsito de Vulneráveis:
ANEXO I 2.9.1 _____Crianças
LEVANTAMENTO TÉCNICO - CONTROLADOR DE VELOCI- 2.9.2 _____Pessoa com Deficiência
DADE (LEVANTAMENTO PARA O LOCAL DE INSTALAÇÃO DOS 2.9.3 _____Pedestres
EQUIPAMENTOS INDEPENDENTEMENTE DO SENTIDO DO 2.9.4 _____Ciclistas
FLUXO) 2.9.5 _____Veículos não motorizados
2.9.6 _____Trânsito de animais selvagens
1. IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO OU ENTIDADE COM CIRCUNS- 2.9.7 _____Outros: _________________________
CRIÇÃO SOBRE A VIA: 2.10 Obras de Arte:
1.1 Razão Social: 2.10.1 _____Passarela
1.2 CNPJ: 2.10.2 _____Passagem subterrânea
1.3 Município/UF: 2.10.3 _____Viaduto
2. CARACTERÍSTICAS DO LOCAL/TRECHO DA VIA: 2.10.4 _____Ponte
2.1 Endereço: 2.10.5 _____Pórtico
2.1.1_____RODOVIA:_____ km:_____ Metros:_____/Municí- 2.10.6 _____Linha Férrea
pio/UF: 2.10.7 _____Outras: ________________________
2.1.2_____Logradouro: (rua, avenida, quadra, estrada, bairro, 3. VELOCIDADE:
número, município/UF) 3.1 Velocidade Regulamentada para o local ou trecho de insta-
2.2 Sentido do Fluxo Fiscalizado: lação do equipamento (km/h):
2.2.1_____Crescente: (Município/UF > Município/UF) 3.1.1 Data:_____/_____/_____.
2.2.2_____Decrescente: (Município/UF > Município/UF) 4. AUTORIDADE DE TRÂNSITO COM CIRCUNSCRIÇÃO SOBRE A
2.2.3_____Ambos os Sentidos (Município/UF > Município/UF) VIA:
e (Município/UF > Município/UF) 4.1 Nome:
2.3 Classificação Viária: (art. 60 do CTB) 4.2 Matrícula nº:
4.3 Assinatura:
2.3.1 _____Via Urbana: (indicar qual: trânsito rápido, arterial,
coletora ou ANEXO II
local) ESTUDO TÉCNICO - REDUTOR DE VELOCIDADE (UM ES-
2.3.2 _____Via Rural: (indicar qual: rodovia ou estrada) TUDO TÉCNICO PARA O LOCAL DE INSTALAÇÃO DOS EQUIPA-
2.3.3 _____Via Rural com características de urbana: (indicar MENTOS INDEPENDENTEMENTE DO SENTIDO DO FLUXO)
qual: rodovia
ou estrada) 1. IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO OU ENTIDADE COM CIRCUNS-
2.4 Tipo de Via: CRIÇÃO SOBRE A VIA:
2.4.1 _____Pista Principal 1.1 Razão Social:
2.4.2 _____Pista Lateral/Marginal 1.2 CNPJ:
2.5 Tipo de Pista: 1.3 Município/UF:
2.5.1 _____Pista Simples (quando na via não existir canteiro
central, seja em sentido único ou duplo) 2. CARACTERÍSTICAS DO LOCAL/TRECHO DA VIA:
2.5.2 _____Pista Dupla (quando na via existir um canteiro cen- 2.1 Endereço:
tral separando dois leitos carroçáveis, independentemente dos 2.1.1_____RODOVIA:_____ km:_____ Metros:_____/Municí-
sentidos estabelecidos para o trânsito. Não são consideradas como pio/UF:
pistas duplas aquelas separadas por rios e por canteiros centrais 2.1.2_____Logradouro: (rua, avenida, quadra, estrada, bairro,
extremamente largos os quais impossibilitam a transposição de um número, município/UF)
leito carroçável para o outro). 2.2 Sentido do Fluxo Fiscalizado:
2.5.3 _____Pista Múltipla (quando houver mais de um canteiro 2.2.1_____Crescente: (Município/UF > Município/UF)
central, caracterizando a presença de três ou mais leitos carroçá- 2.2.2_____Decrescente: (Município/UF > Município/UF)
veis). 2.2.3_____Ambos os Sentidos (Município/UF > Município/UF)
Observação: Leito Carroçável: consiste na porção da platafor- e (Município/UF > Município/UF)
ma da via urbana ou rural que compreende a pista e os acostamen- 2.3 Classificação Viária (art. 60 do CTB):
tos, quando existirem. Considera-se que as vias com pistas duplas 2.3.1 _____Via Urbana: (indicar qual: trânsito rápido, arterial,
ou múltiplas tenham dois ou mais leitos carroçáveis. coletora ou local)
2.6 Quantidade de Faixas Fiscalizadas: 2.3.2 _____Via Rural: (indicar qual: rodovia ou estrada)

169
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

2.3.3 _____Via Rural com características de urbana: (indicar 3.2.4 Estudo sobre as distâncias entre as Placas R-19, com a
qual: rodovia ou estrada) metodologia estabelecida no Manual Brasileiro de Sinalização de
2.4 Tipo de Via: Trânsito - Volume I.
2.4.1 _____Pista Principal 3.3 Velocidade no Trecho Anterior ao Local Fiscalizado (km/h):
2.4.2 _____Pista Lateral/Marginal 3.4 Velocidade Praticada (85 percentil) antes do início da Fis-
2.5 Tipo de Pista: calização:
2.5.1 _____Pista Simples (quando na via não existir canteiro 3.4.1 Tabulação de Velocidade para o Cálculo do 85 Percentil
central, seja em sentido único ou duplo) (intervalo de classe (km/h) x frequência das velocidades pontuais):
2.5.2 _____Pista Dupla (quando na via existir um canteiro cen- 3.4.2 Tabulação de Velocidade para o Cálculo do 85 Percentil
tral separando dois leitos carroçáveis, independentemente dos (intervalo de classe (km/h) x ponto médio de classe (km/h) x fre-
sentidos estabelecidos para o trânsito. Não são consideradas como quência das velocidades pontuais x frequência relativa (%) x fre-
pistas duplas aquelas separadas por rios e por canteiros centrais quência acumulada (%):
extremamente largos os quais impossibilitam a transposição de um 3.4.3 Tabulação de Velocidade para o Cálculo do 85 Percentil
leito carroçável para o outro). - Gráfico (frequência acumulada de velocidade (%) x ponto médio
2.5.3 _____Pista Múltipla (quando houver mais de um canteiro das classes de velocidade (km/h):
central, caracterizando a presença de três ou mais leitos carroçá- 3.4.4 Data:_____/_____/_____
veis). 3.5 Velocidade Praticada (85 percentil) 1 (um) ano, subsequen-
temente, depois, do início da Fiscalização:
Observação: Leito Carroçável: consiste na porção da platafor- 3.5.1 Tabulação de Velocidade para o Cálculo do 85 Percentil
ma da via urbana ou rural que compreende a pista e os acostamen- (intervalo de classe (km/h) x frequência das velocidades pontuais):
tos, quando existirem. Considera-se que as vias com pistas duplas 3.5.2 Tabulação de Velocidade para o Cálculo do 85 Percentil
ou múltiplas tenham dois ou mais leitos carroçáveis. (intervalo de classe (km/h) x ponto médio de classe (km/h) x fre-
quência das velocidades pontuais x frequência relativa (%) x fre-
2.6 Quantidade de Faixas Fiscalizadas: quência acumulada (%):
2.7 Geometria da Via: 3.5.3 Tabulação de Velocidade para o Cálculo do 85 Percentil
2.7.1 _____Aclive - Gráfico (frequência acumulada de velocidade (%) x ponto médio
2.7.2 _____Declive das classes de velocidade (km/h):
2.7.3 _____Plano 3.5.4 Data:_____/_____/_____
2.7.4 _____Curva 3.6 Velocidade no Local Fiscalizado (km/h):
2.7.5 _____Sinuosa
2.7.6 _____Outra: 4. PROJETO OU CROQUI DO LOCAL DE INSTALAÇÃO:
2.8 Volume Médio Diário de Veículos (VMD): 4.1 Imagem com Vista Aérea do Local antes da Instalação:
2.9 Trânsito de Vulneráveis: 4.2 Imagem com Vista Terrestre do Local antes da Instalação:
2.9.1 _____Crianças 4.3 Placa R-19:
2.9.2 _____Pessoa com Deficiência 4.3.1 Tabela com a indicação da localização das placas R-19 e
2.9.3 _____Pedestres respectivas distâncias em relação ao medidor de velocidade:
2.9.4 _____Ciclistas 4.3.2 Especificações Técnicas da placa R-19 (forma, tamanho,
2.9.5 _____Veículos não motorizados legibilidade e retrorrefletividade):
2.9.6 _____Trânsito de animais selvagens 4.4 Desenho em Escala do Leito Carroçável com a indicação de
2.9.7 _____Outros: instalação das Placas R-19, com a indicação dos Laços Detectores
2.10 Obras de Arte: ou Outra Tecnologia, da Câmera, do Gabinete e do Iluminador e
2.10.1 _____Passarela demais sinalizações:
2.10.2 _____Passagem subterrânea 4.5 Tabela com indicação dos dados Técnicos do Medidor de
2.10.3 _____Viaduto Velocidade; Endereço e Localização; Latitude e Longitude; Municí-
2.10.4 _____Ponte pio/UF; Observações:
2.10.5 _____Pórtico 5. CRITICIDADE OU VULNERABILIDADE DO TRECHO/LOCAL:
2.10.6 _____Linha Férrea 5.1 Tabela com índices de acidentes dos últimos dois anos
2.10.7 _____Outras: (quantidade de acidentes, feridos, mortos, tipo de acidente) no tre-
cho correspondente:
3. VELOCIDADE: (Em trecho da via com velocidade inferior à 5.2 Indicação das Vulnerabilidades (crianças, pessoas com defi-
regulamentada no trecho anterior) ciência, pedestres, ciclistas, veículos não motorizados):
3.1 Determinação da Velocidade Máxima: Deverão ser obser- 6. RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO TÉCNICO:
vadas as regras de determinação do limite de velocidade existentes 6.1 Nome:
no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito - Volume I. 6.2 Matrícula nº:
3.2 Redução dos Limites de Velocidade: 6.3 Assinatura:
3.2.1 Estudo de Percepção/Reação do condutor: 6.4 Data de Elaboração:
3.2.2 Estudo de Frenagem em função da redução: 7. AUTORIDADE DE TRÂNSITO COM CIRCUNSCRIÇÃO SOBRE A
3.2.3 Estudo sobre a Legibilidade da Placa R-19: VIA:
7.1 Nome:
7.2 Matrícula nº:

170
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

7.3 Assinatura:

ANEXO III
TABELA DE VALORES REFERENCIAIS DE VELOCIDADE

Observações:
1.VM – VELOCIDADE MEDIDA (km/h) VC – VELOCIDADE CONSIDERADA (km/h)
2. Para velocidades medidas superiores aos indicados na tabela, considerar o erro máximo admissível de 7%, com arredondamento
matemático para se calcular a velocidade considerada.
3. Para enquadramento infracional, deverá ser observada a tabela abaixo:

TABELA PARA ENQUADRAMENTO INFRACIONAL


Observação: VC – VELOCIDADE CONSIDERADA (km/h).

ANEXO IV
INTERVALOS DE DISTÂNCIA DA SINALIZAÇÃO PARA FISCALIZAÇÃO DE VELOCIDADE

ANEXO V
EXEMPLOS DE SINALIZAÇÃO VERTICAL ESPECÍFICA PARA LIMITE DE VELOCIDADE MÁXIMA POR TIPO DE VEÍCULO NO
MESMO TRECHO DA VIA
Observações:
1. As placas ilustradas são exemplos para atendimento ao disposto nesta Resolução, podendo ser estabelecidos outros limites de
velocidades, devidamente justificados por estudos técnicos.
2. A diagramação das placas deve seguir o disposto no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito - Volume I.

RESOLUÇÃO Nº 909/2022: CONSOLIDA NORMAS DE FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO POR INTERMÉDIO DE


VIDEOMONITORAMENTO.

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 909, DE 28 DE MARÇO DE 2022

Consolida normas de fiscalização de trânsito por intermédio de videomonitoramento, nos termos do § 2º do art. 280 do Código de
Trânsito Brasileiro (CTB).

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe conferem os incisos I, VII e XI do art. 12 e o § 2º do
art. 280 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com base no que consta nos autos
do processo administrativo nº 80000.016924/2018-02, resolve:
Art. 1º Esta Resolução consolida normas de utilização de sistemas de videomonitoramento para fiscalização de trânsito nos termos do
§ 2º do art. 280 do CTB.
Art. 2º A autoridade ou o agente da autoridade de trânsito, exercendo a fiscalização remota por meio de sistemas de videomonitora-
mento, poderão autuar condutores e veículos, cujas infrações por descumprimento das normas gerais de circulação e conduta tenham sido
detectadas “online” por esses sistemas.
Parágrafo único. A autoridade ou o agente da autoridade de trânsito, responsável pela lavratura do auto de infração, deverá informar
no campo “observação” a forma com que foi constatado o cometimento da infração.
Art. 3º A fiscalização de trânsito mediante sistema de videomonitoramento somente poderá ser realizada nas vias que estejam devi-
damente sinalizadas para esse fim.

171
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 4º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN: CAPÍTULO II


I - nº 471, de 18 de dezembro de 2013; e DO USO DE SINALIZAÇÃO NÃO PREVISTA NO CÓDIGO DE
II - nº 532, de 17 de junho de 2015. TRÂNSITO BRASILEIRO
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor em 1º de abril de 2022.
Art. 3º O órgão ou entidade executivo de trânsito ou rodoviário
interessado em submeter à análise do CONTRAN a utilização de si-
RESOLUÇÃO Nº 973/2022: INSTITUI O REGULAMENTO nalização de trânsito não prevista no CTB, em caráter experimental
DE SINALIZAÇÃO VIÁRIA. VOL. I - SINALIZAÇÃO e por período prefixado, nos termos do § 2º do art. 80 do CTB, deve
VERTICAL DE REGULAMENTAÇÃO (ANEXO I); VOL. encaminhar solicitação ao órgão máximo executivo de trânsito da
II - SINALIZAÇÃO VERTICAL DE ADVERTÊNCIA União contendo:
(ANEXO II); VOL. III - SINALIZAÇÃO VERTICAL DE I - requerimento descrevendo a finalidade, aplicabilidade e
INDICAÇÃO (ANEXO III); VOL. IV - SINALIZAÇÃO vantagens da sinalização experimental;
HORIZONTAL (ANEXO IV); VOL. V - SINALIZAÇÃO II - descrição detalhada do projeto, com desenhos e/ou ima-
SEMAFÓRICA (ANEXO V); VOL. VI - DISPOSITIVOS gens;
AUXILIARES (ANEXO VI); VOL. VII - SINALIZAÇÃO III - estatística sobre ocorrência de acidentes antes da implan-
TEMPORÁRIA (ANEXO VII); VOL. VIII - SINALIZAÇÃO tação da sinalização;
CICLOVIÁRIA (ANEXO VIII); VOL. IX - SINALIZAÇÃO DE IV - informação detalhada do local em que a sinalização experi-
CRUZAMENTOS RODOFERROVIÁRIOS (ANEXO IX). mental será implantada;
V - período em que a sinalização será utilizada em caráter ex-
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 973, DE 18 DE JULHO DE 2022 cepcional; e
VI - termo de responsabilidade por eventuais danos causados
Institui o Regulamento de Sinalização Viária. pela sinalização.
Art. 4º A critério e conforme prazo definido pelo órgão máximo
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da executivo de trânsito da União, poderão ser requisitadas ao interes-
competência que lhe confere o sado informações adicionais acerca de testes, ensaios, avaliações,
inciso VIII do art. 12 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de instalações experimentais e congêneres.
1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro Art. 5º O órgão máximo executivo de trânsito da União deve
(CTB), e com base no que consta nos autos do processo admi- autorizar o uso, testes, ou a proibição da utilização da sinalização
nistrativo nº 50000.005514/2022-43, de trânsito experimental.
resolve: § 1º A autorização de que trata o caput é conferida a título pre-
cário, mediante portaria específica contendo o local de utilização da
CAPÍTULO I sinalização e o prazo determinado.
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS § 2º Durante o período de experiência da sinalização de trânsi-
to de que trata este Capítulo, o requerente deve fornecer ao órgão
Art. 1º Esta Resolução institui o Regulamento de Sinalização máximo executivo de trânsito da União relatórios técnicos, em pe-
Viária, com o objetivo de estabelecer as especificações e requisitos riodicidade por ele definida, contendo, minimamente, a evolução
técnicos a serem adotados em todo o território nacional, por todos das estatísticas de acidentes de trânsito no local de implantação,
os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), quan- a satisfação dos usuários e a avaliação de desempenho do uso da
do da implementação das soluções adotadas pela Engenharia de sinalização.
Tráfego e Sinalização. Art. 6º Não é permitida a implantação de sinalização de trân-
Art. 2º Este Regulamento é constituído pelos volumes do Ma- sito experimental antes da autorização de uso expedida pelo órgão
nual Brasileiro de Sinalização de máximo executivo de trânsito da União.
Trânsito (MBST), os quais dispõem, especificamente, acerca Art. 7º Concluído o período experimental, o órgão máximo exe-
das seguintes modalidades de sinalização: cutivo de trânsito da União deve remeter ao CONTRAN os resulta-
MBST Volume I - Sinalização Vertical de Regulamentação (Ane- dos obtidos para avaliação da viabilidade de utilização perene da
xo I); sinalização de trânsito proposta.
MBST Volume II - Sinalização Vertical de Advertência (Anexo II);
MBST Volume III - Sinalização Vertical de Indicação (Anexo III); CAPÍTULO III
MBST Volume IV - Sinalização Horizontal (Anexo IV); DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
MBST Volume V - Sinalização Semafórica (Anexo V);
MBST Volume VI - Dispositivos auxiliares (Anexo VI); Art. 8º As disposições contidas no presente Regulamento apli-
MBST Volume VII - Sinalização Temporária (Anexo VII); cam-se a todas as soluções de Engenharia de Tráfego e Sinalização
MBST Volume VIII - Sinalização Cicloviária (Anexo VIII); e implementadas a partir de 1º de agosto de 2022.
MBST Volume IX - Sinalização de cruzamento rodoferroviário Parágrafo único. As soluções de Engenharia de Tráfego e Sinali-
(Anexo IX). zação implementadas até 31 de julho de 2022 que não atenderem
às especificações do presente Regulamento deverão ser substituí-
das ou adequadas até 31 de julho de 2025.
Art. 9º Os Anexos desta Resolução encontram-se disponíveis
no sítio eletrônico do órgão máximo executivo de trânsito da União.
Art. 10. Ficam revogados:

172
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

I - o art. 12, o inciso III do art. 14 e o Anexo II da Resolução Parágrafo único. O Anexo desta Resolução encontra-se dispo-
CONTRAN nº 585, de 23 de março de 2016; e nível no sítio eletrônico do órgão máximo executivo de trânsito da
II - as Resoluções CONTRAN: União.
nº 31, de 25 de maio de 1998; Art. 2º Fica revogada a Resolução CONTRAN nº 925, de 28 de
nº 38, de 21 de maio de 1998; março de 2022.
nº 160, de 22 de abril de 2004; Art. 3º Esta Resolução entra em vigor em 2 de janeiro de 2023.
nº 180, de 26 de agosto de 2005;
nº 236, de 11 de maio de 2007; ANEXOS.
nº 243, de 22 de junho de 2007;
nº 348, de 17 de maio de 2010; Prezado(a),
nº 483, de 09 de abril de 2014; A fim de atender na íntegra o conteúdo do edital, este tópico
nº 486, de 07 de maio de 2014; será disponibilizado na Área do Aluno em nosso site. Essa área é re-
nº 550, de 17 de setembro de 2015; servada para a inclusão de materiais que complementam a apostila,
nº 600, de 24 de maio de 2016; sejam esses, legislações, documentos oficiais ou textos relaciona-
nº 601, de 24 de maio de 2016; dos a este material, e que, devido a seu formato ou tamanho, não
nº 690, de 27 de setembro de 2017; cabem na estrutura de nossas apostilas.
nº 704, de 10 de outubro de 2017; Por isso, para atender você da melhor forma, os materiais são
nº 857, de 19 de julho de 2021; organizados de acordo com o título do tópico a que se referem e po-
nº 873, de 13 de setembro de 2021; e dem ser acessados seguindo os passos indicados na página 2 deste
nº 874, de 13 de setembro de 2021. material, ou por meio de seu login e senha na Área do Aluno.
Art. 11. Esta Resolução entra em vigor em 1º de agosto de 2022.
Se preferir, indicamos também acesso direto ao arquivo pelo
Prezado(a), link a seguir: https://www.gov.br/transportes/pt-br/assuntos/tran-
A fim de atender na íntegra o conteúdo do edital, este tópico sito/conteudo-Senatran/resolucoes-contran
será disponibilizado na Área do Aluno em nosso site. Essa área é re-
servada para a inclusão de materiais que complementam a apostila,
sejam esses, legislações, documentos oficiais ou textos relaciona-
QUESTÕES
dos a este material, e que, devido a seu formato ou tamanho, não
cabem na estrutura de nossas apostilas. 1. OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Ponte Alta - SC - Motorista
Por isso, para atender você da melhor forma, os materiais são I e II- A Resolução CONTRAN nº 973, de 18 de julho de 2022,
organizados de acordo com o título do tópico a que se referem e po- estabelece que não é permitida a implantação de sinalização de
dem ser acessados seguindo os passos indicados na página 2 deste trânsito experimental antes da:
material, ou por meio de seu login e senha na Área do Aluno. (A) Autorização de uso expedida pelo órgão máximo execu-
Visto a importância das leis indicadas, lá você acompanha me- tivo de trânsito da União.
lhor quaisquer atualizações que surgirem depois da publicação da (B) Autorização de uso expedida pela Polícia Rodoviária Fe-
apostila. deral.
Se preferir, indicamos também acesso direto ao arquivo pelo (C) Avaliação e aprovação do Instituto Nacional de Metrolo-
link a seguir: https://www.gov.br/transportes/pt-br/assuntos/tran- gia, Qualidade e Tecnologia.
sito/conteudo-Senatran/resolucoes-contran (D) Certificação expedida pelo Sistema Nacional de Sinaliza-
ção Rodoviária.
RESOLUÇÃO Nº 985/2022: APROVA O MANUAL
BRASILEIRO DE FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO (MBFT) E 2. OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Canoas - RS - Engenheiro
ANEXOS. de Tráfego- Para garantir seus objetivos, a sinalização temporá-
ria deve ser implantada antes do início da intervenção na via.
Conforme previsto na Resolução CONTRAN nº 973/2022, na Área
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 985, DE 15 DE DEZEMBRO DE de Advertência, em geral, é utilizada sinalização de advertência,
2022 que alerta o condutor sobre a existência e a distância da obra
ou do serviço e a mudança das condições da pista, e sinalização
Aprova o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito de regulamentação dos comportamentos obrigatórios. Em vias
urbanas de trânsito rápido, a extensão mínima recomendada da
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da área de advertência, sempre que possível, é de:
competência que lhe conferem os incisos I, VII e VIII do art. 12 da (A) 30m
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de (B) 100m
Trânsito Brasileiro (CTB), com base no que consta no processo ad- (C) 200m
ministrativo nº 50000.007555/2021-93, resolve: (D) 300m
(E) 1.000m
Art. 1º Esta Resolução aprova o Manual Brasileiro de Fiscaliza-
ção de Trânsito (MBFT).

173
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

3.MetroCapital Soluções - 2023 - Prefeitura de Nova Odes- 7. Considere as afirmativas abaixo.


sa - SP - Agente de Trânsito- De acordo com as Resoluções do I. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito − CETRAN
Conselho Nacional de Trânsito. Caso o condutor do veículo seja e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal – CONTRANDIFE,
o responsável pela infração, não seja o proprietário ou o prin- aprovarem, complementarem ou alterarem os dispositivos de
cipal condutor do veículo e não seja identificado no ato do co- sinalização e os dispositivos e equipamentos de trânsito.
metimento da infração, o proprietário ou principal condutor do II. Compete ao Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN
veículo deverá indicar o real condutor infrator, por meio de for- estabelecer as diretrizes do regimento das Juntas Administrati-
mulário de identificação do condutor infrator, que acompanhará vas de Recursos de Infrações – JARIS.
a NA e deverá conter, no mínimo: III. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da
I - identificação do órgão autuador; III- campo para a assina- União organizar e manter o Registro Nacional de
tura do proprietário do veículo; IV - campo para a assinatura do Veículos Automotores − RENAVAM.
condutor infrator; Está correto o que consta em
(A) Apenas I está correto. (A) I, somente.
(B) Apenas II está correto. (B) III, somente.
(C) Apenas III está correto. (C) I e II, somente.
(D) Apenas I e II estão corretos. (D) II e III, somente.
(E) I II e III estão corretos. (E) I, II e III.

4. VUNESP - 2023 - Prefeitura de Pindamonhangaba - SP - 8. Quanto ao uso de luzes em veículo, considere as afirmativas
Agente de Trânsito- É dispensada a presença da autoridade de abaixo.
trânsito e de seus agentes no local de operação, quando os me- I. O condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando luz
didores de velocidade, de acordo com a Resolução 798/2020, baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis providos de ilumi-
forem do tipo nação pública.
(A) móvel. II. Nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto
(B) tripe. ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo.
(C) portátil. III. O condutor utilizará o pisca-alerta no caso de chuva forte ou
(D) fixo. neblina.
(E) aéreo. IV. O condutor manterá acesas, à noite, as luzes baixas dos fa-
róis, quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou de-
5. VUNESP - 2023 - Prefeitura de Pindamonhangaba - SP - sembarque de passageiros.
Agente de Trânsito- Promover, na via, competição, eventos or- É correto o que se afirma em
ganizados, exibição e demonstração de perícia em manobra de (A) I e II, apenas.
veículo ou deles participar, como condutor, sem permissão da (B) III e IV, apenas.
autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via, de acordo (C) I, II e III, apenas.
com o artigo 174 do Código de Trânsito Brasileiro e Resolução (D) II, III e IV, apenas.
CONTRAN 985/22, é considerada uma infração gravíssima, e o (E) I, II, III e IV.
condutor terá como penalidade multa
(A) (vinte vezes). 9. O Certificado de Registro de Veículo (CRV) é documento obri-
(B) (quinze vezes). gatório para proprietários de veículos automotores. A expedição de
(C) (dez vezes). novo CRV deverá ser imediata quando
(D) (cinco vezes). (A) ocorrer mudança de endereço no mesmo município.
(E) (três vezes). (B) se alterar qualquer característica do veículo.
(C) houver transferência de propriedade.
6. Quanto à posição correta do condutor ao dirigir um veí- (D) se extraviar nota fiscal fornecida pelo fabricante.
culo, o condutor deve (E) da quitação de multas de trânsito.
I. segurar o volante com as duas mãos, na posição de 11
horas e 5 minutos, para melhor acessar os comandos do veículo, 10. De acordo com o CTB, constitui infração gravíssima
e melhor enxergar o painel; (A) atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias.
II. dirigir com os braços e pernas ligeiramente dobrados, evi- (B) deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de
tando tensões; trânsito quando solicitado pela autoridade e seus agentes.
III. apoiar bem o corpo no assento e no encosto do banco, o (C) dirigir veículo com CNH ou permissão para dirigir de categoria
mais próximo possível de um ângulo de 60°. inferior à exigida para a condução do veículo que esteja condu-
Está correto o que se afirma em zindo.
(A) I, II e III. (D) ter o veículo imobilizado na via por falta de combustível.
(B) II e III, somente. (E) estacionar o veículo nas esquinas e a menos de cinco metros
(C) I e III, somente. do bordo do alinhamento da via transversal.
(D) II, somente.
(E) I, somente.

174
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

11. De acordo com o CTB, assinale a opção correta acerca das ( ) Compete ao CONTRAN estabelecer as normas regulamenta-
ações penais por crimes cometidos na direção de veículos automo- res referidas neste Código e as diretrizes da Política Nacional de
tores. Trânsito; coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito,
(A) Em nenhuma hipótese se admite a aplicação aos crimes de objetivando a integração de suas atividades.
trânsito de disposições previstas na lei que dispõe sobre os juiza- (A) V – V – V.
dos especiais criminais. (B) V – F – V.
(B) A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a ha- (C) V – V – F.
bilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta como (D) F – V – V.
penalidade principal, mas sempre de forma isolada, sendo veda-
da a aplicação cumulativa com outras penalidades. 15. FEPESE - 2023 - Prefeitura de Balneário Camboriú - SC - Mo-
(C) A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a torista- De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro vigente, tran-
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor tem a sitar com o veículo pela contramão de direção em vias com duplo
duração de dois anos. sentido de circulação, exceto para ultrapassar outro veículo e ape-
(D) Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será nas pelo tempo necessário, respeitada a preferência do veículo que
intimado a entregar à autoridade judiciária, em 24 horas, a per- transitar em sentido contrário, constitui-se em uma infração:
missão para dirigir ou a CNH. (A) Levíssima.
(E) Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito (B) Leve.
de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem (C) Média.
se exigirá fiança, se ele prestar pronto e integral socorro àquela. (D) Grave.
(E) Gravíssima.
12. A cada infração cometida são computados os seguintes
números de pontos:
I. LEVE: 2 pontos.
GABARITO
II. II: MÉDIA: 4 pontos.
III. GRAVE: 5 pontos.
IV. GRAVÍSSIMA: 7 pontos. 1 A
Qual está incorreta? 2 E
(A) Apenas I.
3 E
(B) Apenas II.
(C) Apenas III. 4 D
(D) Apenas IV. 5 C
(E) Todas estão corretas.
6 D
13. Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Vila Velha - ES 7 D
- Guarda Municipal- Ricardo está transitando durante o dia em
um túnel da cidade X. Nos termos do Código de Trânsito Brasileiro 8 A
(CTB), ele deverá manter 9 B
(A) acesa a luz de placa.
10 C
(B) o pisca-alerta ligado.
(C) acesos os faróis do veículo, por meio da utilização de luz 11 E
alta. 12 A
(D) acesos os faróis do veículo, por meio da utilização de luz
baixa. 13 D
14 A
14. MS CONCURSOS - 2023 - Prefeitura de Turvelândia - GO -
Motorista- De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, responda 15 A
às próximas oito questões.
Atribua (V) verdadeiro ou (F) falso aos itens e assinale a alter-
nativa correta. ANOTAÇÕES
( ) Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veícu-
los e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para ___________________________________________
fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ___________________________________________
ou descarga.
( ) Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema ___________________________________________
Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa ___________________________________________
da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meioam- ___________________________________________
biente.
___________________________________________
___________________________________________
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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