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e Estatística - IBGE
Recenseador
OP-019MR-20
Língua Portuguesa
1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3 Domínio da ortografia oficial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
4 Domínio dos mecanismos de coesão textual. 4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e
repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual. 4.2 Emprego de tempos e modos
verbais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
5 Domínio da estrutura morfossintática do período. 5.1 Emprego das classes de palavras. . . . . . . . . . . . . . . . 09
5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. 5.3 Relações de subordinação entre
orações e entre termos da oração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5.4 Emprego dos sinais de pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
5.5 Concordância verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
5.6 Regência verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
5.7 Emprego do sinal indicativo de crase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
5.8 Colocação dos pronomes átonos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
6 Reescrita de frases e parágrafos do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
6.1 Significação das palavras. 6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 6.3 Reorganização da estrutura de
orações e de períodos do texto. 6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. . . . . . . . . . . 55
Conhecimentos Técnicos
1 Conhecimentos técnicos aplicados no Censo Demográfico 2020 (documento “Estudo dos Conhecimentos
Técnicos” disponível no endereço eletrônico http://www.cebraspe.org.br/concursos/ibge_20_recenseador,
para download). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
AVISO IMPORTANTE
A Apostilas Opção não está vinculada as organizadoras de
Concurso Público. A aquisição do material não garante sua inscrição
ou ingresso na carreira pública.
Interpretar / Compreender
1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE
TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS. Interpretar significa:
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE - Através do texto, infere-se que...
DIFERENTES GÊNEROS - É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e rela- - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
cionadas entre si, formando um todo significativo capaz de
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar Compreender significa
e decodificar). - entendimento, atenção ao que realmente está escri-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. to.
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com - o texto diz que...
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a - é sugerido pelo autor que...
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli- - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre ção...
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de - o narrador afirma...
seu contexto original e analisada separadamente, poderá
ter um significado diferente daquele inicial. Erros de interpretação
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci- - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir nação.
daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamenta- - Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ções -, as argumentações - ou explicações -, que levam ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é
ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o
Normalmente, numa prova, o candidato deve: entendimento do tema desenvolvido.
- Contradição = às vezes o texto apresenta ideias con-
1- Identificar os elementos fundamentais de uma ar- trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
gumentação, de um processo, de uma época (neste caso, cadas e, consequentemente, errar a questão.
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem Observação - Muitos pensam que existem a ótica
o tempo). do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas
2- Comparar as relações de semelhança ou de dife- numa prova de concurso, o que deve ser levado em consi-
renças entre as situações do texto. deração é o que o autor diz e nada mais.
3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com
uma realidade. Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre
5- Parafrasear = reescrever o texto com outras pala- si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através
vras. de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um
pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o
Condições básicas para interpretar que se vai dizer e o que já foi dito.
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Fontes de pesquisa: O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu- um trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mes-
gues/como-interpretar-textos ma dois sentidos, que são
http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-melho-
rar-a-interpretacao-de-textos-em-provas (A) o barulho e a propagação.
http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-para- (B) a propagação e o perigo.
-voce-interpretar-melhor-um.html (C) o perigo e o poder.
http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques- (D) o poder e a energia.
tao-117-portugues.htm (E) a energia e o barulho.
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2-) Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um Cada tipo de texto apresenta diferentes característi-
trovão, provavelmente a intenção do autor foi a de mos- cas: estrutura, construções frásicas, linguagem, vocabulá-
trar o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo rio, tempos verbais, relações lógicas e modo de interação
afora. Você pode responder à questão por eliminação: a com o leitor.
segunda opção das alternativas relaciona-se a “mundo Temos os seguintes tipos textuais:
afora”, ou seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria Texto dissertativo (expositivo e argumentativo);
apenas a alternativa A! Texto narrativo;
RESPOSTA: “A”. Texto descritivo.
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Exemplos: folhetos turísticos, cardápios de restauran- *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
tes e classificados. a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assi-
métrico / re + surgir – ressurgir.
“Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
olhos azuis e contentes. Aquele sorriso aberto recepcio- plos: ficasse, falasse.
nava com simpatia a qualquer saudação, ainda que as
bochechas corassem ao menor elogio. Assim era aquele C ou Ç e não S e SS
rostinho de menina-moça da adorável Dorinha.”
vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
Tipologia Textual vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-
Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor çara, caçula, cachaça, cacique.
que também é transmitida através de figuras, impregnado sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
de subjetivismo. Ex.: um romance, um conto, uma poe- uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, cani-
sia… (Conotação, Figurado, Subjetivo, Pessoal). ço, esperança, carapuça, dentuço.
nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção /
Texto não-literário: preocupa-se em transmitir uma deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Ex.: após ditongos: foice, coice, traição.
uma notícia de jornal, uma bula de medicamento. (Denota- palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
ção, Claro, Objetivo, Informativo). marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.
O fonema z
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terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com pou- borado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de
cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. referência até mesmo para a criação de dicionários, pois
traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado).
Exceção: pajem. Na Internet, o endereço é www.academia.org.br.
Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
Com “i”, só o ditongo interno cãibra. tográfica:
verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são es-
critos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. Escrevemos com 1. Em palavras compostas por justaposição que for-
“i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, mam uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se
possui, contribui. unem para formarem um novo significado: tio-avô, porto-
-alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda- -fei-
* Atenção para as palavras que mudam de sentido ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro,
quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (su- azul-escuro.
perfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (ex-
pandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
estância, que anda a pé), pião (brinquedo). zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-
-menina, erva-doce, feijão-verde.
* Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à ortogra- 3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
fia de uma palavra, há a possibilidade de consultar o Vo- cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, re-
cabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), ela- cém-casado.
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4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu- 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo o segundo elemento começar com “o”: cooperação, coo-
uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de- brigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coe-
-meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará. xistir, etc.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram no-
Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combi- ção de composição: pontapé, girassol, paraquedas, para-
nações históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola- quedista, etc.
-Brasil, etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: ben-
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- feito, benquerer, benquerido, etc.
per- quando associados com outro termo que é iniciado
por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. - Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas corres-
pondentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-dire- não havendo hífen: pospor, predeterminar, predetermina-
tor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. do, pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio-
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. -humano, super-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma,
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
10. Nas formações em que o prefixo tem como segun-
do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, geo-
Fontes de pesquisa:
--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar,
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/orto-
super-homem.
grafia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro-
-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
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7 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Formas de se garantir a coesão entre os elementos momento (presente); ultimamente, recentemente, ontem,
de uma frase ou de um texto: há alguns dias, antes de (pretérito); de agora em diante,
no próximo ano, depois de (futuro).”
1. Substituição de palavras com o emprego de sinô-
nimos - palavras ou expressões do mesmo campo asso- A coerência de um texto está ligada:
ciativo. - à sua organização como um todo, em que devem
2. Nominalização – emprego alternativo entre um ver- estar assegurados o início, o meio e o fim;
bo, o substantivo ou o adjetivo correspondente (desgastar - à adequação da linguagem ao tipo de texto. Um texto
/ desgaste / desgastante). técnico, por exemplo, tem a sua coerência fundamentada
3. Emprego adequado de tempos e modos verbais: em comprovações, apresentação de estatísticas, relato de
Embora não gostassem de estudar, participaram da aula. experiências; um texto informativo apresenta coerência se
4. Emprego adequado de pronomes, conjunções, pre- trabalhar com linguagem objetiva, denotativa; textos poé-
posições, artigos: ticos, por outro lado, trabalham com a linguagem figurada,
livre associação de ideias, palavras conotativas.
O papa Francisco visitou o Brasil. Na capital brasileira,
Sua Santidade participou de uma reunião com a Presiden- Fontes de pesquisa:
te Dilma. Ao passar pelas ruas, o papa cumprimentava as http://www.mundovestibular.com.br/articles/2586/1/
pessoas. Estas tiveram a certeza de que ele guarda res- COESAO-E-COERENCIA-TEXTUAL/Paacutegina1.html
peito por elas. Português – Literatura, Produção de Textos & Gramá-
5. Uso de hipônimos – relação que se estabelece com tica – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus
base na maior especificidade do significado de um deles. Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais gené-
rico).
6. Emprego de hiperônimos - relações de um termo de QUESTÕES
sentido mais amplo com outros de sentido mais específico.
* As questões abaixo também envolvem o conteúdo
Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia com
“Conjunção”. Eu as coloquei neste tópico porque abordam
gato.
- inclusive - coesão e coerência.
7. Substitutos universais, como os verbos vicários.
1-) (SEDUC/AM – ASSISTENTE SOCIAL – FGV/2014)
* Ajuda da Zê: verbo vicário é aquele que substitui ou-
Assinale a opção que indica o segmento em que a conjun-
tro já utilizado no período, evitando repetições. Geralmen-
ção e tem valor adversativo e não aditivo.
te é o verbo fazer e ser. Exemplo: Não gosto de estudar.
Faço porque preciso. O “faço” foi empregado no lugar de (A) “Em termos de escala, assiduidade e participação
“estudo”, evitando repetição desnecessária. da população na escolha dos governantes,...”.
(B) “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, mo-
A coesão apoiada na gramática se dá no uso de co- derno e dinâmico, no cotejo com a restrita experiência elei-
nectivos, como pronomes, advérbios e expressões adver- toral anterior”.
biais, conjunções, elipses, entre outros. A elipse justifica- (C) “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece
-se quando, ao remeter a um enunciado anterior, a palavra quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distri-
elidida é facilmente identificável (Exemplo.: O jovem reco- buição de oportunidades e de mitigação de desigualdades
lheu-se cedo. Sabia que ia necessitar de todas as suas de hoje”.
forças. O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, (D) “A democracia brasileira contemporânea, e apenas
estabelece a relação entre as duas orações). ela na história nacional, inventou o que mais perto se pode
chegar de um Estado de Bem-Estar num país de renda
Dêiticos são elementos linguísticos que têm a pro- média”.
priedade de fazer referência ao contexto situacional ou ao (E) “A baixa qualidade dos serviços governamentais
próprio discurso. Exercem, por excelência, essa função está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta de
de progressão textual, dada sua característica: são ele- políticas públicas social-democratas”.
mentos que não significam, apenas indicam, remetem aos
componentes da situação comunicativa. 1-)
Já os componentes concentram em si a significação. (A) “Em termos de escala, assiduidade e participação
Elisa Guimarães ensina-nos a esse respeito: = adição
“Os pronomes pessoais e as desinências verbais in- (B) “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, mo-
dicam os participantes do ato do discurso. Os pronomes derno e dinâmico”. = adição
demonstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais, (C) “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece
bem como os advérbios de tempo, referenciam o momento quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distri-
da enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterio- buição de oportunidades e de mitigação de desigualdades
ridade ou posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste de hoje”. = adição
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8 A Opção Certa Para a Sua Realização
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(D) “A democracia brasileira contemporânea, e apenas cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos
ela na história nacional”. = adição pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro-
(E) “A baixa qualidade dos serviços governamentais nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes
está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta = têm por função principal apontar para as pessoas do dis-
adversativa (dá para substituirmos por “mas”) curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação
RESPOSTA: “E”. no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica,
os pronomes apresentam uma forma específica para cada
2-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDE- pessoa do discurso.
RAL/DF – ANALISTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA JURÍDI-
CA – FGV/2014) A alternativa em que os elementos unidos Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
pela conjunção E não estão em adição, mas sim em opo- [minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala]
sição, é: Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se fala]
(A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
fazer justiça com as próprias mãos...” [dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem
(B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas se fala]
instituições:...”
(C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
anarquistas e mais nos fascistas italianos...” variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
(D) “...desprezando o passado e a tradição...” ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
(E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da através do pronome seja coerente em termos de gênero
velocidade e do progresso...” e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
2-)
(A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da
fazer justiça com as próprias mãos”. = adição nossa escola neste ano.
(B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
instituições”. = adição adequada]
(C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos [neste: pronome que determina “ano” = concordância
anarquistas e mais nos fascistas italianos”. = ideia de opo- adequada]
sição [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor-
(D) “...desprezando o passado e a tradição”. = adição dância inadequada]
(E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da
velocidade e do progresso”. = adição Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessi-
RESPOSTA: “C”. vos, demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Pronomes Pessoais
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9 A Opção Certa Para a Sua Realização
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10 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. - 2.ª pessoa do plural (vós): vos.
Não há nenhuma acusação contra mim. Vós vos beneficiastes com esta conquista.
Não vá sem mim.
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
* Atenção: Há construções em que a preposição, ape- Eles se conheceram.
sar de surgir anteposta a um pronome, serve para introdu- Elas deram a si um dia de folga.
zir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos,
o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um * O pronome é reflexivo quando se refere à mesma
pronome, deverá ser do caso reto. pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar. saí.
Não vá sem eu mandar. ** É pronome recíproco quando indica reciprocidade
de ação:
* A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!”
Nós nos amamos.
está correta, já que “para mim” é complemento de “fácil”. A or-
Olhamo-nos calados.
dem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil para mim!
Pronomes de Tratamento
- A combinação da preposição “com” e alguns prono-
mes originou as formas especiais comigo, contigo, consi-
go, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos São pronomes utilizados no tratamento formal, cerimo-
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de nioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portanto, a
companhia. segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa.
Ele carregava o documento consigo. Alguns exemplos:
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
- A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas: Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
Ela veio até mim, mas nada falou. Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e reli-
Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de) giosos em geral
inclusão, usaremos as formas retas: Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente supe-
Todos foram bem na prova, até eu! (=inclusive eu) rior à de coronel, senadores, deputados, embaixadores,
professores de curso superior, ministros de Estado e de
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas Tribunais, governadores, secretários de Estado, presiden-
por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais te da República (sempre por extenso)
são reforçados por palavras como outros, mesmos, pró- Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
prios, todos, ambos ou algum numeral. dades
Você terá de viajar com nós todos. Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores
Estávamos com vós outros quando chegaram as más Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, ofi-
notícias. ciais até a patente de coronel, chefes de seção e funcioná-
Ele disse que iria com nós três. rios de igual categoria
Vossa Meritíssima (sempre por extenso) = para juízes
Pronome Reflexivo de direito
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio- cerimonioso
nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
expressa pelo verbo.
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
Quadro dos pronomes reflexivos:
nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são em-
- 1.ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me lembro disso. pregados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no
tratamento familiar. Você e vocês são largamente empre-
- 2.ª pessoa do singular (tu): te, ti. gados no português do Brasil; em algumas regiões, a for-
Conhece a ti mesmo. ma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada.
Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultra-
formal ou literária.
- 3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
Guilherme já se preparou. * Observações:
Ela deu a si um presente. * Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
Antônio conversou consigo mesmo. tratamento que possuem “Vossa(s)” são empregados em
relação à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª,
- 1.ª pessoa do plural (nós): nos. Senhor Ministro, compareça a este encontro.
Lavamo-nos no rio.
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11 A Opção Certa Para a Sua Realização
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- Os pronomes de tratamento representam uma forma - Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos-
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tra- se. Podem ter outros empregos, como:
tarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa. b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40
anos.
- 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-
jam-se à 2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá
com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes pos- seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
sessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação
a eles devem ficar na 3.ª pessoa. - Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro- pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa Excelência
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. trouxe sua mensagem?
ou Pronomes Demonstrativos
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos São utilizados para explicitar a posição de certa pala-
teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular vra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode
ser de espaço, de tempo ou em relação ao discurso.
Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical *Em relação ao espaço:
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo - Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
(coisa possuída). pessoa que fala:
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do Este material é meu.
singular)
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da
pessoa com quem se fala:
NÚMERO PESSOA PRONOME
Esse material em sua carteira é seu?
singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s) - Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está
distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com
singular terceira seu(s), sua(s) quem se fala:
plural primeira nosso(s), nossa(s) Aquele material não é nosso.
Vejam aquele prédio!
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)
*Em relação ao tempo:
* Note que: A forma do possessivo depende da pes- - Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em
soa gramatical a que se refere; o gênero e o número con- relação à pessoa que fala:
cordam com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua Esta manhã farei a prova do concurso!
contribuição naquele momento difícil.
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12 A Opção Certa Para a Sua Realização
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- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, - semelhante(s): Não tenha semelhante atitude.
porém relativamente próximo à época em que se situa a
pessoa que fala: - tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria.
Essa noite dormi mal; só pensava no concurso!
* Note que:
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afasta- - Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides
mento no tempo, referido de modo vago ou como tempo eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en-
remoto: tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa
Naquele tempo, os professores eram valorizados. mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em
primeiro lugar.
*Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se fa-
lará ou escreverá): - O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irô-
- Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer nica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se fa-
lará: - Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em
Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta,
ortografia, concordância. disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo.
(no = naquilo)
- Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se preten-
de fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou: Pronomes Indefinidos
Sua aprovação no concurso, isso é o que mais dese-
jamos! São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso,
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quan-
- Este e aquele são empregados quando se quer fazer tidade indeterminada.
referência a termos já mencionados; aquele se refere ao Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
termo referido em primeiro lugar e este para o referido por -plantadas.
último:
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
Paulo; este está mais bem colocado que aquele. (= este imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser
[São Paulo], aquele [Palmeiras]) humano que seguramente existe, mas cuja identidade é
ou desconhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
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13 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema”
algo, cada. e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra
“sistema” é antecedente do pronome relativo que.
*
Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que- O antecedente do pronome relativo pode ser o prono-
rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo me demonstrativo o, a, os, as.
plural é feito em seu interior). Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
- Todo e toda no singular e junto de artigo significa in- expresso.
teiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as: Quem casa, quer casa.
Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades) Observe:
Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro) Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os
Trabalho todo dia. (= todos os dias) quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,
quantas.
São locuções pronominais indefinidas: cada qual, Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer
(que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal Note que:
qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou - O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego,
outra, etc. sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser subs-
Cada um escolheu o vinho desejado. tituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu
antecedente for um substantivo.
Indefinidos Sistemáticos O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (=
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, a qual)
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi- Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os
ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm quais)
sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sen- As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (=
tido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade afir- as quais)
mativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade ne-
gativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e algo/ - O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamen-
nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza, e te pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamen-
qualquer, que generaliza. te para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde”
Essas oposições de sentido são muito importantes na (que podem ter várias classificações) são pronomes rela-
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas tivos. Todos eles são usados com referência à pessoa ou
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen- coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas
tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os preposições: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de
pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações minha tia, o qual me deixou encantado. O uso de “que”,
de que fazem parte: neste caso, geraria ambiguidade. Veja: Regressando de
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resulta- São Paulo, visitei o sítio de minha tia, que me deixou en-
do prático. cantado (quem me deixou encantado: o sítio ou minha
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não tia?).
são pessoas quaisquer. Essas são as conclusões sobre as quais pairam mui-
tas dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas
*Nenhum é contração de nem um, forma mais enfáti- utiliza-se o qual / a qual)
ca, que se refere à unidade. Repare:
Nenhum candidato foi aprovado. - O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que,
Nem um candidato foi aprovado. (um, nesse caso, é e se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas
numeral) deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.
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14 A Opção Certa Para a Sua Realização
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** se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pro- O pronome pessoal é do caso reto quando tem função
nome: de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo
O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (refe- quando desempenha função de complemento.
riu-se a) 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia
- “Quanto” é pronome relativo quando tem por antece- lhe ajudar.
dente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
Emprestei tantos quantos foram necessários. Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
(antecedente) exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
Ele fez tudo quanto havia falado. reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce fun-
(antecedente) ção de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discur-
so. O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta
- O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sem-
para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não
pre precedido de preposição.
sabia se devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe).
É um professor a quem muito devemos.
(preposição)
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,
- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an-
diferentemente dos segundos, que são sempre precedidos
tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A de preposição.
casa onde morava foi assaltada. - Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que
eu estava fazendo.
- Na indicação de tempo, deve-se empregar quando - Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim
ou em que. o que eu estava fazendo.
Sinto saudades da época em que (quando) moráva-
mos no exterior. Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php
- Podem ser utilizadas como pronomes relativos as SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
palavras: Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
- como (= pelo qual) – desde que precedida das pala- Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
vras modo, maneira ou forma: reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
Não me parece correto o modo como você agiu sema- Paulo: Saraiva, 2010.
na passada. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
- quando (= em que) – desde que tenha como antece-
dente um nome que dê ideia de tempo: ADVÉRBIO
Bons eram os tempos quando podíamos jogar video-
game. Advérbio
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Estudei bastante. = modificando o verbo estudei Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora,
Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
(bem) doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já,
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um ad- enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entremen-
jetivo (claros) tes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, su-
cessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescen- repente, de vez em quando, de quando em quando, a qual-
tar ideia de: quer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em
Tempo: Ela chegou tarde. dia.
Lugar: Ele mora aqui. Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depres-
Modo: Eles agiram mal. sa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às ce-
Negação: Ela não saiu de casa. gas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse
Dúvida: Talvez ele volte. jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a fren-
te, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos
Flexão do Advérbio que terminam em “-mente”: calmamente, tristemente, pro-
positadamente, pacientemente, amorosamente, docemen-
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não te, escandalosamente, bondosamente, generosamente.
apresentam variação em gênero e número. Alguns advér- Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efe-
bios, porém, admitem a variação em grau. Observe: tivamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmen-
te.
Grau Comparativo Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum,
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavel-
que o comparativo do adjetivo: mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.
- de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): Re- Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso,
nato fala tão alto quanto João. bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto,
- de inferioridade: menos + advérbio + que (do que): assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de
Renato fala menos alto do que João. todo, de muito, por completo, extremamente, intensamen-
- de superioridade: te, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades
1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato graduáveis).
fala mais alto do que João. Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, so-
2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala mente, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo: Bran-
melhor que João. do, o vento apenas move a copa das árvores.
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam-
Grau Superlativo bém. Por exemplo: O indivíduo também amadurece duran-
te a adolescência.
O superlativo pode ser analítico ou sintético: Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por
- Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos
fala muito alto. meus amigos por comparecerem à festa.
muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de
modo * Saiba que:
- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se
- Sintético: formado com sufixos: Renato fala altíssimo. ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei
o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos
* Observação: as formas diminutivas (cedinho, perti- tarde possível.
nho, etc.) são comuns na língua popular. - Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente,
Maria mora pertinho daqui. (muito perto) em geral sufixamos apenas o último: Por exemplo: O aluno
A criança levantou cedinho. (muito cedo) respondeu calma e respeitosamente.
De acordo com a circunstância que exprime, o advér- Há palavras como muito, bastante, que podem apare-
bio pode ser de: cer como advérbio e como pronome indefinido.
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito.
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhu- Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo
res, adentro, afora, alhures, aquém, embaixo, externamen- e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.
te, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima,
à direita, à esquerda, ao lado, em volta.
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16 A Opção Certa Para a Sua Realização
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* Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio - Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia, adverbial desempenham na oração a função de adjunto
sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante” adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân-
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advér-
substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: bio. Exemplo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
pois “muitos” não dá!). = advérbio Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
dade e de tempo, respectivamente.
2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estu-
dei muitos capítulos) = pronome indefinido Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.
Advérbios Interrogativos php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
São as palavras: onde? aonde? donde? quando?
Paulo: Saraiva, 2010.
como? por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, re-
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ferentes às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Veja: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Interrogação Direta Interrogação Indireta
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu. ADJETIVO
Onde mora? Indaguei onde morava. Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
Por que choras? Não sei por que choras. característica do ser e se relaciona com o substantivo,
Aonde vai? Perguntei aonde ia. concordando com este em gênero e número.
Donde vens? Pergunto donde vens.
As praias brasileiras estão poluídas.
Quando voltas? Pergunto quando voltas.
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos
Locução Adverbial (plural e feminino, pois concordam com “praias”).
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Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as
um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
Essa relação pode ser: subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados
1-) De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse
todas. isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de
2-) De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segun-
todas. do caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção
depende da existência do outro. Veja:
* Note bem:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo.
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, Podemos separá-las por ponto:
antepostos ao adjetivo. Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob
duas formas: uma erudita - de origem latina - outra popular Temos acima um exemplo de conjunção (e, con-
- de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo sequentemente, orações coordenadas) coordenativa –
radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou “mas”. Já em:
érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma popular Espero que eu seja aprovada no concurso!
é constituída do radical do adjetivo português + o sufixo Não conseguimos separar uma oração da outra, pois a
-íssimo: pobríssimo, agilíssimo. segunda “completa” o sentido da primeira (da oração prin-
3-) Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo cipal):
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período temos
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio uma oração subordinada substantiva objetiva direta (ela
– cheíssimo. exerce a função de objeto direto do verbo da oração prin-
cipal).
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32. Conjunções Coordenativas
php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- São aquelas que ligam orações de sentido completo
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São e independente ou termos da oração que têm a mesma
Paulo: Saraiva, 2010. função gramatical. Subdividem-se em:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa 1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressan-
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. do ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- não), não só... mas também, não só... como também, bem
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. como, não só... mas ainda.
A sua pesquisa é clara e objetiva.
Não só dança, mas também canta.
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20 A Opção Certa Para a Sua Realização
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mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a
obstante. hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde
que, a menos que, sem que, etc.
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressan- Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
do ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se
realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, ** Dica: você deve ter percebido que a conjunção con-
já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. dicional “se” também é conjunção integrante. A diferença é
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. clara ao ler as orações que são introduzidas por ela. Acima,
ela nos dá a ideia da condição para que recebamos um
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração:
que expressa ideia de conclusão ou consequência. São Não sei se farei o concurso...
elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguin- Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: o
te, por isso, assim. verbo da oração principal (sei) pede complemento (objeto
Marta estava bem preparada para o teste, portanto direto, já que “quem não sabe, não sabe algo”). Portanto,
não ficou nervosa. a oração em destaque exerce a função de objeto direto da
Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. oração principal, sendo classificada como oração subordi-
nada substantiva objetiva direta.
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração
que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: d) Conformativas: introduzem uma oração que expri-
que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. me a conformidade de um fato com outro. São elas: confor-
Não demore, que o filme já vai começar. me, como (= conforme), segundo, consoante, etc.
Falei muito, pois não gosto do silêncio! O passeio ocorreu como havíamos planejado.
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21 A Opção Certa Para a Sua Realização
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i) Consecutivas: introduzem uma oração que expres- hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição
sa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de O significado das interjeições está vinculado à maneira
modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o sentido
que (tendo como antecedente na oração principal uma pa- que a expressão vai adquirir em cada contexto em que for
lavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. utilizada. Exemplos:
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do Psiu!
exame. contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua
; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando!
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação úni- Ei, espere!”
ca, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acor-
do com o sentido que apresentam no contexto (grifo da Psiu!
Zê!). contexto: alguém pronunciando em um hospital; signi-
ficado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silêncio!”
O bom relacionamento entre as conjunções de um texto
garante a perfeita estruturação de suas frases e parágrafos, Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
bem como a compreensão eficaz de seu conteúdo. Intera- puxa: interjeição; tom da fala: euforia
gindo com palavras de outras classes gramaticais essen-
ciais ao inter-relacionamento das partes de frases e textos Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
- como os pronomes, preposições, alguns advérbios e nu- puxa: interjeição; tom da fala: decepção
merais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se pode
chamar de “a arquitetura textual”, isto é, o conjunto das As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
relações que garantem a coesão do enunciado. O sucesso a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria,
desse conjunto de relações depende do conhecimento do tristeza, dor, etc.
valor relacional das conjunções, uma vez que estas interfe- Ah, deve ser muito interessante!
rem semanticamente no enunciado.
b) Sintetizar uma frase apelativa.
Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às con-
Cuidado! Saia da minha frente.
junções tanto na leitura como na produção de textos. Nos
textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expres-
As interjeições podem ser formadas por:
são de circunstâncias fundamentais à condução da história,
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô
como as noções de tempo, finalidade, causa e consequ-
b) palavras: Oba! Olá! Claro!
ência. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu
linha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso das Deus! Ora bolas!
exposições e argumentações construídas por meio de con-
trastes e oposições, que implicam o uso das adversativas Classificação das Interjeições
e concessivas.
Comumente, as interjeições expressam sentido de:
Fontes de pesquisa: Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Aten-
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84. ção! Olha! Alerta!
php Afugentamento: Fora! Passa! Rua!
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva!
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah!
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem! Âni-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São mo! Adiante!
Paulo: Saraiva, 2010. Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva!
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá!
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamente!
Essa não! Chega! Basta!
Interjeição Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Queira
Deus!
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo- Desculpa: Perdão!
ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin- Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena!
guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê!
maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus!
a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor- Quê! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz!
rente de uma situação particular, um momento ou um con- Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios! Puxa!
texto específico. Exemplos: Pô! Ora!
Ah, como eu queria voltar a ser criança! Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve! Viva!
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! Adeus! Olá! Alô! Ei! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me, Deus!
Língua Portuguesa
22 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imi- 1. Combinação: união da preposição “a” com o artigo
tativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo: Miau! “o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, aos. Os vocá-
Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá- bulos não sofrem alteração.
-quá!, etc. 2. Contração: união de uma preposição com outra pa-
lavra, ocorrendo perda ou transformação de fonema: de
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com + o = do, em + a = na, per + os = pelos, de + aquele =
a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, daquele, em + isso = nisso.
tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do “oh!” exclamati- 3. Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” prepo-
vo e não a fazemos depois do “ó” vocativo. Por exemplo: sição + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal do
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac) pronome “aquilo”).
Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
Dicas sobre preposição
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89. - O “a” pode funcionar como preposição, pronome pes-
php soal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” seja
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa um artigo, virá precedendo um substantivo, servindo para
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. determiná-lo como um substantivo singular e feminino.
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramá- A matéria que estudei é fácil!
tica – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus
Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
Língua Portuguesa
23 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois tender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que não
termos e estabelece relação de subordinação entre eles. tem possibilidade de ser explicado, que não é possível tor-
Irei à festa sozinha. nar claro”.
Entregamos a flor à professora!
*o primeiro “a” é artigo; o segundo, preposição. MORFEMAS = são as menores unidades significativas
que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
lugar e/ou a função de um substantivo. Classificação dos morfemas:
Nós trouxemos a apostila. = Nós a trouxemos.
Radical, lexema ou semantema – é o elemento por-
Relações semânticas (= de sentido) estabelecidas tador de significado. É através do radical que podemos
por meio das preposições: formar outras palavras comuns a um grupo de palavras da
mesma família. Exemplo: pequeno, pequenininho, peque-
Destino = Irei a Salvador. nez. O conjunto de palavras que se agrupam em torno de
Modo = Saiu aos prantos. um mesmo radical denomina-se família de palavras.
Lugar = Sempre a seu lado.
Assunto = Falemos sobre futebol. Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os
Tempo = Chegarei em instantes. prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: beleza (sufi-
Causa = Chorei de saudade. xo), prever (prefixo), infiel.
Fim ou finalidade = Vim para ficar.
Instrumento = Escreveu a lápis. Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, ob-
Posse = Vi as roupas da mamãe. têm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
Autoria = livro de Machado de Assis amáveis, amavam. Estas modificações ocorrem à medi-
Companhia = Estarei com ele amanhã. da que o verbo vai sendo flexionado em número (singular
Matéria = copo de cristal. e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Tam-
Meio = passeio de barco. bém ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo
Origem = Nós somos do Nordeste. (amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, podemos
Conteúdo = frascos de perfume. concluir que existem morfemas que indicam as flexões das
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso. palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das pa-
Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais. lavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há
desinências nominais e desinências verbais.
* Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas
locuções adverbiais (para trás ou por trás) e na locução • Desinências nominais: indicam o gênero e o núme-
prepositiva por trás de. ro dos nomes. Para a indicação de gênero, o português
costuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/
Fontes de pesquisa: menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/ o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural as-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São sume a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/
Paulo: Saraiva, 2010. cruzes.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- • Desinências verbais: em nossa língua, as desinên-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. cias verbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinên-
cias que indicam o modo e o tempo (desinências modo-
As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista -temporais) e outras que indicam o número e a pessoa
de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos dos verbos (desinência número-pessoais):
em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-
tido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída por cant-á-va-mos:
três elementos significativos: cant: radical / -á-: vogal temática / -va-: desinência
modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indi-
In = elemento indicador de negação cativo) / -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a
Explic – elemento que contém o significado básico da primeira pessoa do plural)
palavra
Ável = elemento indicador de possibilidade cant-á-sse-is:
cant: radical / -á-: vogal temática / -sse-:desinência
Estes elementos formadores da palavra recebem o modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do sub-
nome de morfemas. Através da união das informações juntivo) / -is: desinência número-pessoal (caracteriza a se-
contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se en- gunda pessoa do plural)
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24 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Entre o radical cant- e as desinências verbais, surge Na Língua Portuguesa há muitos processos de forma-
sempre o morfema –a. Este morfema, que liga o radical ção de palavras. Entre eles, os mais comuns são a deri-
às desinências, é chamado de vogal temática. Sua fun- vação, a composição, a onomatopeia, a abreviação e o
ção é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É hibridismo.
ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as
desinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam Derivação por Acréscimo de Afixos
vogais temáticas. No caso dos verbos, a vogal temática
indica as conjugações: -a (da 1.ª conjugação = cantar), -e É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (deri-
(da 2.ª conjugação = escrever) e –i (3.ªconjugação = par- vadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A deri-
tir). vação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética.
• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando
Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por
átonas finais, como em mesa, artista, perda, escola, base,
acréscimo de prefixo.
combate. Nestes casos, não poderíamos pensar que es-
sas terminações são desinências indicadoras de gênero,
pois mesa e escola, por exemplo, não sofrem esse tipo In feliz des leal
de flexão. A estas vogais temáticas se liga a desinência Prefixo radical prefixo radical
indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes
terminados em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por
exemplo) não apresentam vogal temática. acréscimo de sufixo.
• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que ca- Feliz mente leal dade
racterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de Radical sufixo radical sufixo
conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a
pertencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal te- Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acrésci-
mática é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm mo simultâneo de prefixo e sufixo. Por parassíntese for-
vogal temática -i pertencem à terceira conjugação. mam-se principalmente verbos.
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* Observação:
- Abreviatura: é a redução na grafia de certas pala-
vras, limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras
5.2 RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE
iniciais: p. ou pág. (para página), sr. (para senhor).
ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. 5.3
- Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual
RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORA-
se reduzem locuções substantivas próprias às suas letras
ÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO.
iniciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas im-
puras), que se grafam de duas formas: IBGE, MEC (siglas
puras); DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras ORAÇÃO
(siglas impuras).
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos Termos essenciais da oração
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim) O sujeito e o predicado são considerados termos
sociologia (socio: latim; logia: grego)
essenciais da oração, ou seja, são termos indispensáveis
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
para a formação das orações. No entanto, existem ora-
Fontes de pesquisa: ções formadas exclusivamente pelo predicado. O que defi-
http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-for- ne a oração é a presença do verbo. O sujeito é o termo que
macao-de-palavras-i.htm estabelece concordância com o verbo.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa O candidato está preparado.
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Os candidatos estão preparados.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- Na primeira frase, o sujeito é “o candidato”. “Candida-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São to” é a principal palavra do sujeito, sendo, por isso, deno-
Paulo: Saraiva, 2010. minada núcleo do sujeito. Este se relaciona com o verbo,
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- estabelecendo a concordância (núcleo no singular, verbo
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. no singular: candidato = está).
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A função do sujeito é basicamente desempenhada por O sujeito indeterminado surge quando não se quer
substantivos, o que a torna uma função substantiva da ora- - ou não se pode - identificar a que o predicado da oração
ção. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer outras refere-se. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso
palavras substantivadas (derivação imprópria) também po- contrário, teríamos uma oração sem sujeito.
dem exercer a função de sujeito. Na língua portuguesa, o sujeito pode ser indetermina-
Os dois sumiram. (dois é numeral; no exemplo, subs- do de duas maneiras:
tantivo)
Um sim é suave e sugestivo. (sim é advérbio; no exem- 1-) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
plo: substantivo) o sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
Os sujeitos são classificados a partir de dois elemen- Bateram à porta;
tos: o de determinação ou indeterminação e o de núcleo Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi-
do sujeito. nistro.
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden-
tificado pela concordância verbal. O sujeito determinado * Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples
pode ser simples ou composto. ou composto:
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é Os meninos bateram à porta. (simples)
possível identificar claramente a que se refere a concor- Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não in-
teressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. 2-) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres-
Estão gritando seu nome lá fora. cido do pronome “se”. Esta é uma construção típica dos
Trabalha-se demais neste lugar. verbos que não apresentam complemento direto:
Precisa-se de mentes criativas.
O sujeito simples é o sujeito determinado que apre- Vivia-se bem naqueles tempos.
senta um único núcleo, que pode estar no singular ou no Trata-se de casos delicados.
plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, Sempre se está sujeito a erros.
sublinhei os núcleos dos sujeitos:
Nós estudaremos juntos. O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice
A humanidade é frágil. de indeterminação do sujeito.
Ninguém se move.
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
derivação imprópria, transformando-o em substantivo) cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
As crianças precisam de alimentos saudáveis. sagem está centrada no processo verbal. Os principais
casos de orações sem sujeito com:
O sujeito composto é o sujeito determinado que
apresenta mais de um núcleo. 1-) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
Alimentos e roupas custam caro. Amanheceu.
Ela e eu sabemos o conteúdo. Está trovejando.
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.
2-) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o geral:
“antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do Está tarde.
sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela Já são dez horas.
desinência verbal ou pelo contexto. Faz frio nesta época do ano.
Abolimos todas as regras. = (nós) Há muitos concursos com inscrições abertas.
Falaste o recado à sala? = (tu)
Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
* Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri- informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na se- orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
gunda do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado
pronomes não estejam explícitos. é aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com ex-
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito ceção do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que
na desinência verbal “-mos” difere do sujeito numa oração é o seu predicado.
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na de- Chove muito nesta época do ano.
sinência verbal “-ais” Houve problemas na reunião.
Mas: * Em ambas as orações não há sujeito, apenas pre-
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós dicado.
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós
As questões estavam fáceis!
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1-) O termo complementa a palavra “medo”, que é Separando as duas, vemos que elas são independen-
substantivo (nome – nominal). Portanto é um complemen- tes. Tal período é classificado como Período Composto
to nominal. O verbo “ter” tem como complemento verbal por Coordenação.
(objeto) a palavra “medo”, que exerce a função sintática Quanto à classificação das orações coordenadas, te-
de objeto direto. mos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas
RESPOSTA: “B”. Sindéticas.
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30 A Opção Certa Para a Sua Realização
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A análise das orações continua sendo a mesma: “Que- - Verbos de ligação + predicativo, em construções
ro” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su- do tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordi- certo - É claro - Está evidente - Está comprovado
nada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso, É bom que você compareça à minha festa.
a conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações,
desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge - Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Sou-
numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particí- be-se, Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anun-
pio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. ciado, Ficou provado.
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
* Observação: as orações reduzidas não são introdu-
zidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, - Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
eventualmente, introduzidas por preposição. importar - ocorrer - acontecer
Convém que não se atrase na entrevista.
1-) Orações Subordinadas Substantivas
Observação: quando a oração subordinada substanti-
A oração subordinada substantiva tem valor de subs- va é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte- 3.ª pessoa do singular.
grante (que, se).
b) Objetiva Direta = exerce função de objeto direto do
Não sei se sairemos hoje. verbo da oração principal:
Oração Subordinada Substantiva
Todos querem sua aprovação no concurso.
Temos medo de que não sejamos aprovados. Objeto Direto
Oração Subordinada Substantiva
Todos querem que você seja aprovado. (Todos que-
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também rem isso)
introduzem as orações subordinadas substantivas, bem Oração Principal oração Subordinada Substantiva Ob-
como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, jetiva Direta
como).
As orações subordinadas substantivas objetivas dire-
O garoto perguntou qual seu nome. tas (desenvolvidas) são iniciadas por:
Oração Subordinada Substantiva - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
“se”: A professora verificou se os alunos estavam presen-
Não sabemos quando ele virá. tes.
Oração Subordinada Substantiva - Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Classificação das Orações Subordinadas Substan- O pessoal queria saber quem era o dono do carro impor-
tivas tado.
Conforme a função que exerce no período, a oração - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às
subordinada substantiva pode ser: vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
a) Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do Eu não sei por que ela fez isso.
verbo da oração principal:
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31 A Opção Certa Para a Sua Realização
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c) Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do * Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! (:)
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
2-) Orações Subordinadas Adjetivas
Meu pai insiste em meu estudo.
Objeto Indireto Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nis- orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
so) a função de adjunto adnominal do antecedente.
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Esta foi uma redação bem-sucedida.
Observação: em alguns casos, a preposição pode es- Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal)
tar elíptica na oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos outra
construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:
d) Completiva Nominal = completa um nome que
pertence à oração principal e também vem marcada por Esta foi uma redação que fez sucesso.
preposição. Oração Principal Oração Subordinada Adjetiva
Sentimos orgulho de seu comportamento. Perceba que a conexão entre a oração subordinada
Complemento Nominal adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é
feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou re-
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Senti- lacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha
mos orgulho disso.) uma função sintática na oração subordinada: ocupa o pa-
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal pel que seria exercido pelo termo que o antecede (no caso,
“redação” é sujeito, então o “que” também funciona como
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas sujeito).
objetivas indiretas integram o sentido de um verbo, en-
quanto que orações subordinadas substantivas completi- Observação: para que dois períodos se unam num
vas nominais integram o sentido de um nome. Para dis- período composto, altera-se o modo verbal da segunda
tinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo oração.
complementado. Esta é a diferença entre o objeto indireto
e o complemento nominal: o primeiro complementa um Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re-
verbo; o segundo, um nome. conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
e) Predicativa = exerce papel de predicativo do sujei- Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta oração é
to do verbo da oração principal e vem sempre depois do equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.
verbo ser.
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
Nosso desejo era sua desistência.
Predicativo do Sujeito Quando são introduzidas por um pronome relativo e
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvol-
era isso) vidas. Além delas, existem as orações subordinadas ad-
Oração Subordinada Substantiva Predicativa jetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome
relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apre-
Observação: em certos casos, usa-se a preposição sentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, ge-
expletiva “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é rúndio ou particípio).
de que não fui bem na prova. Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
f) Apositiva = exerce função de aposto de algum ter- Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
mo da oração principal.
No primeiro período, há uma oração subordinada adje-
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade! tiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relati-
Aposto vo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito
do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz! adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e
Oração subordinada substantiva apositiva reduzida seu verbo está no infinitivo.
de infinitivo
(Fernanda tinha um grande sonho: isso)
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Classificação das Orações Subordinadas Adjeti- acessórios que indicam uma circunstância referente, via
vas de regra, a um verbo. A classificação do adjunto adverbial
depende da exata compreensão da circunstância que ex-
Na relação que estabelecem com o termo que carac- prime.
terizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar Naquele momento, senti uma das maiores emoções
de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem de minha vida.
ou especificam o sentido do termo a que se referem, in- Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
dividualizando-o. Nestas orações não há marcação de minha vida.
pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restriti-
vas. Existem também orações que realçam um detalhe ou No primeiro período, “naquele momento” é um adjunto
amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “senti”.
suficientemente definido. Estas orações denominam-se No segundo período, este papel é exercido pela oração
subordinadas adjetivas explicativas.
“Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração subordi-
Exemplo 1:
nada adverbial temporal. Esta oração é desenvolvida, pois
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que
é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando)
passava naquele momento.
e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (“vi”, do
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la,
No período acima, observe que a oração em desta- obtendo-se:
que restringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de mi-
trata-se de um homem específico, único. A oração limita nha vida.
o universo de homens, isto é, não se refere a todos os
homens, mas sim àquele que estava passando naquele A oração em destaque é reduzida, apresentando uma
momento. das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é
introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma
Exemplo 2: preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).
O homem, que se considera racional, muitas vezes
age animalescamente. Observação: a classificação das orações subordina-
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa das adverbiais é feita do mesmo modo que a classifica-
ção dos adjuntos adverbiais. Baseia-se na circunstância
Agora, a oração em destaque não tem sentido restriti- expressa pela oração.
vo em relação à palavra “homem”; na verdade, apenas ex-
plicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito Orações Subordinadas Adverbiais
de “homem”.
a) Causal = A ideia de causa está diretamente ligada
** Saiba que: A oração subordinada adjetiva explicati- àquilo que provoca um determinado fato, ao motivo do que
va é separada da oração principal por uma pausa que, na se declara na oração principal. Principal conjunção subor-
escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, dinativa causal: porque. Outras conjunções e locuções
que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar causais: como (sempre introduzido na oração anteposta
as orações explicativas das restritivas; de fato, as explica- à oração principal), pois, pois que, já que, uma vez que,
tivas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
visto que.
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito for-
3-) Orações Subordinadas Adverbiais
te.
Já que você não vai, eu também não vou.
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exer-
ce a função de adjunto adverbial do verbo da oração prin-
cipal. Assim, pode exprimir circunstância de tempo, modo, A diferença entre a subordinada adverbial causal e a
fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, sindética explicativa é que esta “explica” o fato que acon-
vem introduzida por uma das conjunções subordinativas teceu na oração com a qual ela se relaciona; aquela apre-
(com exclusão das integrantes, que introduzem orações senta a “causa” do acontecimento expresso na oração à
subordinadas substantivas). Classifica-se de acordo com qual ela se subordina. Repare:
a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz (assim 1-) Faltei à aula porque estava doente.
como acontece com as coordenadas sindéticas). 2-) Melissa chorou, porque seus olhos estão verme-
lhos.
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.
Oração Subordinada Adverbial Em 1, a oração destacada aconteceu primeiro que o
fato expresso na oração anterior, ou seja, o fato de estar
A oração em destaque agrega uma circunstância doente impediu-me de ir à aula. No exemplo 2, a oração
de tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada sublinhada relata um fato que aconteceu depois, já que
adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais são termos primeiro ela chorou, depois seus olhos ficaram vermelhos.
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33 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) Consecutiva = exprime um fato que é consequên- junção subordinativa conformativa: conforme. Outras con-
cia, é efeito do que se declara na oração principal. São in- junções conformativas: como, consoante e segundo (todas
troduzidas pelas conjunções e locuções: que, de forma que, com o mesmo valor de conforme).
de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas tão...que, Fiz o bolo conforme ensina a receita.
tanto...que, tamanho...que. Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm
Principal conjunção subordinativa consecutiva: que direitos iguais.
(precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou g) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que se
concretizando-os. declara na oração principal. Principal conjunção subordina-
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Redu- tiva final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque (=
zida de Infinitivo) para que) e a locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
c) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o h) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
que deve ou não ocorrer para que se realize - ou deixe de seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
se realizar - o fato expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à
Principal conjunção subordinativa condicional: se. Ou- proporção que. Outras locuções conjuntivas proporcio-
tras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde nais: à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas:
que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto me-
que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). nor...(maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais),
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, quanto mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto me-
certamente o melhor time será campeão. nos...(menos).
Caso você saia, convide-me. À proporção que estudávamos mais questões acertá-
vamos.
d) Concessiva = indica concessão às ações do ver- À medida que lia mais culto ficava.
bo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamen- i) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato
te ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal expresso na oração principal, podendo exprimir noções de
conjunção subordinativa concessiva: embora. Utiliza-se simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal
também a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, conjunção subordinativa temporal: quando. Outras conjun-
ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar ções subordinativas temporais: enquanto, mal e locuções
de que. conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, antes
Só irei se ele for. que, depois que, sempre que, desde que, etc.
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita. Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
Compare agora com: nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
Irei mesmo que ele não vá.
Fontes de pesquisa:
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/frase-
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A -periodo-e-oracao
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
cessiva. Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Observe outros exemplos:
Embora fizesse calor, levei agasalho.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo) 5.4 EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
e) Comparativa= As orações subordinadas adverbiais
comparativas estabelecem uma comparação com a ação PONTUAÇÃO
indicada pelo verbo da oração principal. Principal conjunção
subordinativa comparativa: como. Os sinais de pontuação são marcações gráficas que
Ele dorme como um urso. (como um urso dorme) servem para compor a coesão e a coerência textual, além
Você age como criança. (age como uma criança age) de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Um
*geralmente há omissão do verbo. texto escrito adquire diferentes significados quando pontua-
do de formas diversificadas. O uso da pontuação depende,
f) Conformativa = indica ideia de conformidade, ou em certos momentos, da intenção do autor do discurso. As-
seja, apresenta uma regra, um modelo adotado para a exe- sim, os sinais de pontuação estão diretamente relacionados
cução do que se declara na oração principal. Principal con- ao contexto e ao interlocutor.
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34 A Opção Certa Para a Sua Realização
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35 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- Para isolar:
- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasi-
leira, possui um trânsito caótico.
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
Observações:
- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expres-
são latina et cetera, que significa “e outras coisas”, seria dis-
pensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o acordo
ortográfico em vigor no Brasil exige que empreguemos etc. (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)
precedido de vírgula: Falamos de política, futebol, lazer, etc. Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontua-
ção está correta em:
- As perguntas que denotam surpresa podem ter com-
binados o ponto de interrogação e o de exclamação: Você A) Hagar disse, que não iria.
falou isso para ela?! B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir, bi-
- Temos, ainda, sinais distintivos: fes e lagostas, aos vizinhos.
1-) a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), separa- C) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas:
ção de siglas (IOF/UPC); para Hagar e Helga
2-) os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas D) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse,
pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira opção Hagar à Helga.
aos parênteses, principalmente na matemática; E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pe-
3-) o asterisco ( * ) = usado para remeter o leitor a uma los Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
nota de rodapé ou no fim do livro, para substituir um nome
que não se quer mencionar. 1-) Correções realizadas:
Fontes de pesquisa: A) Hagar disse que não iria. = não há vírgula entre ver-
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ bo e seu complemento (objeto)
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgula. B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir bi-
htm fes e lagostas aos vizinhos. = não há vírgula entre verbo e
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- seu complemento (objeto)
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São C) Chegou o convite dos Stevensens: bife e lagostas
Paulo: Saraiva, 2010. para Hagar e Helga.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa D) “Eles são chatos e nunca param de falar”, disse Ha-
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. gar à Helga.
E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pe-
los Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
RESPOSTA: “E”.
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36 A Opção Certa Para a Sua Realização
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2-) Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predi- A prova para ambos os cargos será aplicada às 13h.
cado, a não ser que se trate de um aposto (1), predicativo 3.ª p. Singular 3.ª p. Singular
do sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separado
entre pontuações. Exemplos: Os candidatos à vaga chegarão às 12h.
O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa! 3.ª p. Plural 3.ª p. Plural
Os meninos, ansiosos (2), chegaram!
RESPOSTA: “CERTO”. Casos Particulares
3-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) 1) Quando o sujeito é formado por uma expressão par-
Em apenas uma das opções a vírgula foi corretamente em- titiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a
pregada. Assinale-a. maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de
um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. no singular ou no plural.
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas. A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram
perplexas. proposta.
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e
fundamental. Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em peque- dos coletivos, quando especificados: Um bando de vânda-
na parte do território. los destruiu / destruíram o monumento.
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37 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Observação: veja que a opção por uma ou outra forma 8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada Vossa Excelência está cansado?
fizemos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso Vossas Excelências renunciarão?
não ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de
tudo e nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. 9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver de acordo com o numeral.
no singular, o verbo ficará no singular. Deu uma hora no relógio da sala.
Qual de nós é capaz? Deram cinco horas no relógio da sala.
Algum de vós fez isso. Soam dezenove horas no relógio da praça.
Baterão doze horas daqui a pouco.
5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra re-
concordar com o substantivo. lógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
25% do orçamento do país será destinado à Educação. O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
85% dos entrevistados não aprovam a administração Soa quinze horas o relógio da matriz.
do prefeito.
1% do eleitorado aceita a mudança. 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
1% dos alunos faltaram à prova. sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São
verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indi-
Quando a expressão que indica porcentagem não é cando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da natureza.
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o nú- Exemplos:
mero. Havia muitas garotas na festa.
25% querem a mudança. Faz dois meses que não vejo meu pai.
Chovia ontem à tarde.
1% conhece o assunto.
b) Sujeito Composto
Se o número percentual estiver determinado por artigo
ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com eles:
1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo,
Os 30% da produção de soja serão exportados.
a concordância se faz no plural:
Esses 2% da prova serão questionados.
Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
6) O pronome “que” não interfere na concordância; já o
“quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular. Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fui eu que paguei a conta. Sujeito
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gra-
Sou eu quem faz a prova. maticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte ma-
Não serão eles quem será aprovado. neira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece sobre a
segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece sobre a
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assu- terceira (eles). Veja:
mir a forma plural. Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan- Primeira Pessoa do Plural (Nós)
taram os poetas. Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Este candidato é um dos que mais estudaram! Segunda Pessoa do Plural (Vós)
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos Pais e filhos precisam respeitar-se.
que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular: Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga.
Nem uma das que me escreveram mora aqui. Observação: quando o sujeito é composto, formado
*Quando “um dos que” vem entremeada de substanti- por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira
vo, o verbo pode: (ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do
a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atraves- plural (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no
sa o Estado de São Paulo. (já que não há outro rio que faça lugar de “tomaríeis”.
o mesmo).
b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão 3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo,
poluídos (noção de que existem outros rios na mesma con- passa a existir uma nova possibilidade de concordância:
dição). em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito,
o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do
sujeito mais próximo.
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38 A Opção Certa Para a Sua Realização
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1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos *Casos em que se usa o verbo no singular:
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular. Café com leite é uma delícia!
Descaso e desprezo marca seu comportamento. O frango com quiabo foi receita da vovó.
A coragem e o destemor fez dele um herói.
6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expres-
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sões correlativas como: “não só...mas ainda”, “não somen-
dispostos em gradação, verbo no singular: te”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o verbo
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segun- ficará no plural.
do me satisfaz. Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
Nordeste.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a
por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de acordo notícia.
com o valor semântico das conjunções:
7) Quando os elementos de um sujeito composto são
Drummond ou Bandeira representam a essência da po-
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é
esia brasileira.
feita com esse termo resumidor.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apa-
tia.
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de “adi-
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
ção”. Já em:
na vida das pessoas.
Juca ou Pedro será contratado. Outros Casos
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
píada. 1) O Verbo e a Palavra “SE”
Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas
* Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam no de particular interesse para a concordância verbal:
singular. a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
b) quando é partícula apassivadora.
4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem
outro”, a concordância costuma ser feita no singular. Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
Um ou outro compareceu à festa. acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e
Nem um nem outro saiu do colégio. de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na tercei-
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no ra pessoa do singular:
singular: Um e outro farão/fará a prova. Precisa-se de funcionários.
Confia-se em teses absurdas.
5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”, Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver-
o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos
mesmo grau de importância e a palavra “com” tem sentido (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o
muito próximo ao de “e”. verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos:
O pai com o filho montaram o brinquedo. Construiu-se um posto de saúde.
O governador com o secretariado traçaram os planos Construíram-se novos postos de saúde.
para o próximo semestre. Aqui não se cometem equívocos
O professor com o aluno questionaram as regras. Alugam-se casas.
Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se ** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivadora
a ideia é enfatizar o primeiro elemento. ou índice de indeterminação do sujeito, tente transformar a
O pai com o filho montou o brinquedo. frase para a voz passiva. Se a frase construída for “compre-
O governador com o secretariado traçou os planos para ensível”, estaremos diante de uma partícula apassivadora;
o próximo semestre. se não, o “se” será índice de indeterminação. Veja:
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d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) - Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de pa-
for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o rentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural.
verbo. As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
No meu setor, eu sou a única mulher. Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
Aqui os adultos somos nós.
b) Adjetivo posposto aos substantivos:
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40 A Opção Certa Para a Sua Realização
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- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o
ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural se artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espanhola
houver substantivo feminino e masculino). e a portuguesa.
A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo an-
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos. tes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e portuguesa.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.
Casos Particulares
Observação: os dois últimos exemplos apresentam
maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É
refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi permitido
flexionado no plural masculino, que é o gênero predominan-
te quando há substantivos de gêneros diferentes. a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um
adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad- possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
jetivo fica no singular ou plural. É proibido entrada de crianças.
A beleza e a inteligência feminina(s). Em certos momentos, é necessário atenção.
O carro e o iate novo(s). No verão, melancia é bom.
É preciso cidadania.
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: Não é permitido saída pelas portas laterais.
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substan-
tivo não for acompanhado de nenhum modificador: Água é b) Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
bom para saúde. minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo
como o adjetivo concordam com ele.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for É proibida a entrada de crianças.
modificado por um artigo ou qualquer outro determinativo: Esta salada é ótima.
Esta água é boa para saúde. A educação é necessária.
São precisas várias medidas na educação.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as
muito felizes. Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino sin- mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
gular: Os jovens tinham algo de misterioso. Seguem anexas as documentações requeridas.
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem fun- A menina agradeceu: - Muito obrigada.
ção adjetiva e concorda normalmente com o nome a que Muito obrigadas, disseram as senhoras.
se refere: Seguem inclusos os papéis solicitados.
Cristina saiu só. Estamos quites com nossos credores.
Cristina e Débora saíram sós.
Bastante - Caro - Barato - Longe
Observação: quando a palavra “só” equivale a “somen-
te” ou “apenas”, tem função adverbial, ficando, portanto, in- Estas palavras são invariáveis quando funcionam como
variável: Eles só desejam ganhar presentes. advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan-
** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu-
a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se de advérbio, merais.
portanto, invariável; se houver coerência com o segundo, As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
função de adjetivo, então varia: Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho.
Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo (pronome adjetivo)
Ele está só descansando. (apenas descansando) - ad- Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
vérbio As casas estão caras. (adjetivo)
Achei barato este casaco. (advérbio)
** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
“só”, haverá, novamente, um adjetivo:
Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descan- Meio - Meia
sando)
7) Quando um único substantivo é modificado por dois a) A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo,
ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as cons- concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi
truções: meia porção de polentas.
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41 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) Quando empregada como advérbio permanece inva- e gostar, a nova redação, de acordo com as regras sobre
riável: A candidata está meio nervosa. regência verbal e concordância nominal prescritas pela nor-
ma-padrão, deveria ser
** Dica! Dá para eu substituir por “um pouco”, assim
saberei que se trata de um advérbio, não de adjetivo: “A (A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
candidata está um pouco nervosa”. (B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no eleva-
Alerta - Menos dor.
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no eleva-
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem dor.
sempre invariáveis. (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
Os concurseiros estão sempre alerta.
Não queira menos matéria! 2-) O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, in-
direto (com preposição): Esqueço os filmes dos quais não
gosto.
* Tome nota!
RESPOSTA: “E”.
Não variam os substantivos que funcionam como ad-
jetivos: 3-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) Considera-
Bomba – notícias bomba da a substituição do segmento grifado pelo que está entre
Chave – elementos chave parênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá per-
Monstro – construções monstro manecer no singular está em:
Padrão – escola padrão
(A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pes-
Fontes de pesquisa: quisadores)
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint49.php (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima)
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São (C) No sistema havia também uma estação... (várias
Paulo: Saraiva, 2010. estações)
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa (D) ... a civilização maia da América Central tinha um
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. método sustentável de gerenciamento da água. (os povos
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- que habitavam a América Central)
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. (E) Um estudo publicado recentemente mostra que a
civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser pu-
blicado).
QUESTÕES 3-)
(A) ... disse (disseram) (os pesquisadores)
1-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚS- (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu (con-
TRIA E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO tribuíram) (as mudanças do clima)
ADMINISTRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência (C) No sistema havia (várias estações) = permanecerá
deve estar satisfeita com os resultados das negociações”, no singular
o adjetivo estará corretamente empregado se dirigido a mi- (D) ... a civilização maia da América Central tinha (ti-
nham) (os povos que habitavam a América Central)
nistro de Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita”
(E) Um estudo publicado recentemente mostra (mos-
deve concordar com a locução pronominal de tratamento
tram) (Estudos como o que acabou de ser publicado).
“Vossa Excelência”.
RESPOSTA: “C”.
( ) CERTO ( ) ERRADO
2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADAS- Regência Verbal = Termo Regente: VERBO
TRO RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR
- IADES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos desta- A regência verbal estuda a relação que se estabelece
cados no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no ele- entre os verbos e os termos que os complementam (obje-
vador”, fossem empregados, respectivamente, Esquecer tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos
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42 A Opção Certa Para a Sua Realização
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adverbiais). Há verbos que admitem mais de uma regência, gar esses verbos, lembre-se de que os pronomes oblíquos
o que corresponde à diversidade de significados que estes o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes
verbos podem adquirir dependendo do contexto em que fo- podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas ver-
rem empregados. bais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após
A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, con- formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e
tentar. lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar agra- São verbos transitivos diretos, dentre outros: aban-
do ou prazer”, satisfazer. donar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar,
Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agra- admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar,
dar a alguém”. castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, defen-
der, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar,
Saiba que: prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
O conhecimento do uso adequado das preposições é Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver- como o verbo amar:
bal (e também nominal). As preposições são capazes de Amo aquele rapaz. / Amo-o.
modificar completamente o sentido daquilo que está sendo Amo aquela moça. / Amo-a.
dito. Amam aquele rapaz. / Amam-no.
Cheguei ao metrô. Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se- Observação: os pronomes lhe, lhes só acompanham
gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como
adjuntos adnominais):
A voluntária distribuía leite às crianças. Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
A voluntária distribuía leite com as crianças. Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua car-
Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado reira)
como transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto (obje-
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)
to indireto: às crianças); na segunda, como transitivo direto
(objeto direto: crianças; com as crianças: adjunto adverbial).
3-) Verbos Transitivos Indiretos
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos
Os verbos transitivos indiretos são complementados
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um
por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes
gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
formas em frases distintas.
regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-
1-) Verbos Intransitivos ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re-
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos
- Chegar, Ir de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver- lhe, lhes.
biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
indicar destino ou direção são: a, para. Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
Fui ao teatro. - Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo-
Adjunto Adverbial de Lugar sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos
iguais para todos.
Ricardo foi para a Espanha.
Adjunto Adverbial de Lugar - Obedecer e Desobedecer - Possuem seus comple-
mentos introduzidos pela preposição “a”:
- Comparecer Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por Eles desobedeceram às leis do trânsito.
em ou a.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o - Responder - Tem complemento introduzido pela pre-
último jogo. posição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a
quem” ou “ao que” se responde.
2-) Verbos Transitivos Diretos Respondi ao meu patrão.
Respondemos às perguntas.
Os verbos transitivos diretos são complementados por Respondeu-lhe à altura.
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
para o estabelecimento da relação de regência. Ao empre-
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*O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto: Muito custa viver tão longe da família.
O cantor desagradou à plateia. Verbo Intransitivo Oração Subordinada Substantiva
Subjetiva Reduzida de Infinitivo
ASPIRAR
- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar Custou-me (a mim) crer nisso.
(o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva Sub-
jetiva Reduzida de Infinitivo
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi- *A Gramática Normativa condena as construções que
rávamos a ele) atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por pes-
soa: Custei para entender o problema. = Forma correta:
* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, Custou-me entender o problema.
as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são utiliza-
das, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. Veja o IMPLICAR
exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam - Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
a ela) a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
implicavam um firme propósito.
ASSISTIR b) ter como consequência, trazer como consequência,
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
assistência a, auxiliar.
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. - Como transitivo direto e indireto, significa compro-
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
econômicas.
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen-
ciar, estar presente, caber, pertencer.
* No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
Assistimos ao documentário.
indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem
Não assisti às últimas sessões.
não trabalhasse arduamente.
Essa lei assiste ao inquilino.
NAMORAR
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é intran-
- Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
sitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar
anos.
introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa contur-
bada cidade.
OBEDECER - DESOBEDECER
CHAMAR - Sempre transitivo indireto:
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, so- Todos obedeceram às regras.
licitar a atenção ou a presença de. Ninguém desobedece às leis.
Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá cha- *Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem
má-la. “lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
PROCEDER
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apre- - Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
sentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa
preposicionado ou não. segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto
A torcida chamou o jogador mercenário. adverbial de modo.
A torcida chamou ao jogador mercenário. As afirmações da testemunha procediam, não havia
A torcida chamou o jogador de mercenário. como refutá-las.
A torcida chamou ao jogador de mercenário. Você procede muito mal.
- Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal: - Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo-
Como você se chama? Eu me chamo Zenaide. sição “de”) e fazer, executar (rege complemento introduzido
pela preposição “a”) é transitivo indireto.
CUSTAR O avião procede de Maceió.
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado Procedeu-se aos exames.
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial: O delegado procederá ao inquérito.
Frutas e verduras não deveriam custar muito.
QUERER
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo - Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração redu- vontade de, cobiçar.
zida de infinitivo. Querem melhor atendimento.
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- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar: Quero muito aos meus amigos.
VISAR
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
O homem visou o alvo.
O gerente não quis visar o cheque.
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.
ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)
No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto,
transitivos indiretos:
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alte-
ração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos
tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
Não lhe lembram os bons momentos da infância? (= momentos é sujeito)
SIMPATIZAR - ANTIPATIZAR
- São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:
Não simpatizei com os jurados.
Simpatizei com os alunos.
Importante: A norma culta exige que os verbos e expressões que dão ideia de movimento sejam usados com a pre-
posição “a”:
Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
Cláudia desceu ao segundo andar.
Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.
Regência Nominal
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que
vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo
significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes corres-
pondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Se uma oração completar o sentido de um nome, ou seja, exercer a função de complemento nominal, ela será com-
pletiva nominal (subordinada substantiva).
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Observação: os advérbios terminados em -mente ten- 5.7 EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRA-
dem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: SE.
paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
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complemento regido pela preposição “a”, e o termo regido é Sua história é semelhante às que eu ouvia quando
aquele que completa o sentido do termo regente, admitindo criança. (àquelas que eu ouvia quando criança)
a anteposição do artigo a(s). (preposição + pronome demonstrativo)
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela con- * A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
tratada recentemente. verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o acento grave:
Após a junção da preposição com o artigo (destacados - locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às
entre parênteses), temos: pressas, à vontade...
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada - locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura
recentemente. de...
- locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, clas-
sifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos referimos * Cuidado: quando as expressões acima não exerce-
a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição a + o rem a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome Eu adoro a noite!
demonstrativo aquela (àquela). Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer ob-
jeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não prepo-
Observação importante: Alguns recursos servem de sição.
ajuda para que possamos confirmar a ocorrência ou não da
crase. Eis alguns: Casos passíveis de nota:
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase *a crase é facultativa diante de nomes próprios femini-
está confirmada. nos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
Os dados foram solicitados à diretora.
Os dados foram solicitados ao diretor. *também é facultativa diante de pronomes possessivos
femininos: O diretor fez referência a (à) sua empresa.
b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se
o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na expres- *facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja ficará
são “voltar da”, há a confirmação da crase. aberta até as (às) dezoito horas.
Faremos uma visita à Bahia.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada) * Constata-se o uso da crase se as locuções preposi-
tivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas,
Não me esqueço da viagem a Roma. mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão por
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja- comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)
mais vividos.
* Não se efetiva o uso da crase diante da locução ad-
Atenção: Nas situações em que o nome geográfico se verbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observamos
apresentar modificado por um adjunto adnominal, a crase a queima de fogos a distância.
está confirmada.
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas Entretanto, se o termo vier determinado, teremos uma
praias. locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre foi
arremessado à distância de cem metros.
** Dica: Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a Campinas. = - De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade -,
Volto de Campinas. (crase pra quê?) faz-se necessário o emprego da crase.
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) Ensino à distância.
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifica- Ensino a distância.
do, ocorrerá crase. Veja:
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo * Em locuções adverbiais formadas por palavras repeti-
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” das, não há ocorrência da crase.
Irei à Salvador de Jorge Amado. Ela ficou frente a frente com o agressor.
Eu o seguirei passo a passo.
* A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s),
aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo re- Casos em que não se admite o emprego da crase:
gente exigir complemento regido da preposição “a”.
Entregamos a encomenda àquela menina. * Antes de vocábulos masculinos.
(preposição + pronome demonstrativo) As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
Esta caneta pertence a Pedro.
Iremos àquela reunião.
(preposição + pronome demonstrativo)
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Observação: Pelo fato de os pronomes de tratamento Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as la-
relativos à senhora, senhorita e madame admitirem artigo, cunas da frase devem ser completadas, correta e respecti-
o uso da crase está confirmado no “a” que os antecede, no vamente, por
caso de o termo regente exigir a preposição.
Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia. (A) a ... à ... a ... a
(B) as ... à ... a ... à
*não ocorre crase antes de nome feminino utilizado em (C) às ... a ... à ... a
sentido genérico ou indeterminado: (D) à ... à ... à ... a
Estamos sujeitos a críticas. (E) a ... a ... a ... à
Refiro-me a conversas paralelas.
2-) A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de
Fontes de pesquisa: trabalho para proceder a medidas (palavra no plural, gene-
http://www.portugues.com.br/gramatica/o-uso-crase-. ralizando) necessárias à (regência nominal pede preposi-
html ção) exumação dos restos mortais do ex-presidente João
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Goulart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. exumação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-pre-
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- sidente morreu de causas naturais, ou seja, devido a uma
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São (artigo indefinido) parada cardíaca – que tem sido a versão
Paulo: Saraiva, 2010. considerada oficial até hoje –, ou se sua morte se deve a
(regência verbal) envenenamento. A / à / a / a
RESPOSTA: “A”.
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3-) (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fize- lhe disse isso?
ram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga ci-
dade de Tikal, na Guatemala. 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto
O a empregado na frase acima, imediatamente depois se ofendem!
de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso
o segmento grifado seja substituído por: 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas):
Que Deus o ajude.
(A) Uma tal ilação.
(B) Afirmações como essa. 5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome
(C) Comprovação dessa assertiva. reto ou sujeito expresso:
(D) Emitir uma opinião desse tipo. Eu lhe entregarei o material amanhã.
(E) Semelhante resultado. Tu sabes cantar?
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- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas E) Há políticas que lhe reconhecem.
locuções verbais: 1-) Primeiramente identifiquemos se temos objeto direto
Vamos nos unir! ou indireto. Reconhece o quê? Resposta: a informalidade.
Iremos nos manifestar. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto direto.
Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indireto. Como
- quando há um fator para próclise nos tempos com- temos a presença do “que” – independente de sua função
postos ou locuções verbais: opção pelo uso do pronome no período (pronome relativo, no caso!) – a regra pede pró-
oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar clise (pronome oblíquo antes do verbo): que a reconhecem.
(e não: “não nos vamos preocupar”). RESPOSTA: “A”.
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A globalização está causando desemprego, insatisfa- gramática, são representadas pelos adjuntos adverbiais.
ção e sucateamento industrial no Brasil e na América Lati- Muitas vezes, elas são colocadas em orações chamadas
na. (três complementos verbais) adverbiais que têm uma função semelhante a dos adjuntos
2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, separar adverbiais, isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos:
com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu com-
plemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou seja, Quando o século XX estava terminando, a globalização
não devemos separar com vírgula os termos da oração. começou a causar desemprego.
Veja exemplos de tal incorreção: Enquanto os países portadores de alta tecnologia de-
O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. senvolvem-se, a globalização causa desemprego nos pa-
Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre íses pobres.
os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, Durante o século XX, a Globalização causou desem-
assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é prego no Brasil.
a regra básica nº 2 para a colocação da vírgula. Dito em
outras palavras: quando intercalamos expressões e frases Observação: quanto à equivalência e transformação de
entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com estruturas, um exemplo muito comum cobrado em provas é
vírgulas. Vejamos: o enunciado trazer uma frase no singular e pedir a passa-
A globalização, fenômeno econômico deste fim de sé- gem para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é a
culo XX, causa desemprego no Brasil. mudança de tempos verbais.
No Brasil e na América Latina, a globalização está cau- 2-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIO-
sando desemprego… NAL – VUNESP/2014 - adaptada) Considere o trecho: “Se
No fim do século XX, a globalização causou desempre- o senhor não se importa, vou levar minha sobrinha ao den-
go no Brasil… tista, mas posso quebrar o galho e fazer sua corrida”. Esse
trecho está corretamente reescrito e mantém o sentido em:
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemen- (A) Uma vez que o senhor não se importe, vou levar mi-
te se dá com a colocação das circunstâncias antes do su- nha sobrinha ao dentista, assim que possa quebrar o galho
jeito. Trata-se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em e fazer sua corrida.
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“entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”, que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou “jogo” – o
sentido comum entre todas as expressões é o formato quadriculado que têm.
Polissemia e homonímia
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante comum. Quando a mesma palavra apresenta vários significados,
estamos na presença da polissemia. Por outro lado, quando duas ou mais palavras com origens e significados distintos
têm a mesma grafia e fonologia, temos uma homonímia.
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é polis-
semia porque os diferentes significados para a palavra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma palavra polissêmica:
pode significar o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste
caso, os diferentes significados estão interligados porque remetem para o mesmo conceito, o da escrita.
Polissemia e ambiguidade
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode ser
ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpretação. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à colocação específica
de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em uma frase. Vejamos a seguinte frase:
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequentemente são felizes.
Neste caso podem existir duas interpretações diferentes:
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpreta-
ção. Para fazer a interpretação correta é muito importante saber qual o contexto em que a frase é proferida.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, comi-
cidade. Repare na figura:
Fontes de pesquisa:
http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia.htm
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
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57 A Opção Certa Para a Sua Realização
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c) do Poder Judiciário:
7 CORRESPONDÊNCIA OFICIAL (CONFOR- Presidente e Membros do Supremo Tribunal Federal,
ME MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA Presidente e Membros do Superior Tribunal de Justiça, Pre-
DA REPÚBLICA). 7.1 ASPECTOS GERAIS DA sidente e Membros do Superior Tribunal Militar, Presiden-
REDAÇÃO OFICIAL. 7.2 FINALIDADE DOS EX- te e Membros do Tribunal Superior Eleitoral, Presidente e
PEDIENTES OFICIAIS. 7.3 ADEQUAÇÃO DA Membros do Tribunal Superior do Trabalho, Presidente e
LINGUAGEM AO TIPO DE DOCUMENTO. 7.4 Membros dos Tribunais de Justiça, Presidente e Membros
ADEQUAÇÃO DO FORMATO DO TEXTO AO dos Tribunais Regionais Federais, Presidente e Membros
GÊNERO. dos Tribunais Regionais Eleitorais, Presidente e Membros
dos Tribunais Regionais do Trabalho, Juízes e Desembar-
Pronomes de tratamento na redação oficial gadores, Auditores da Justiça Militar.
A redação oficial é a maneira utilizada pelo poder pú- O vocativo a ser empregado em comunicações dirigi-
blico para redigir atos normativos. Para redigi-los, muitas das aos Chefes do Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido
regras fazem-se necessárias. Entre elas, escrever de for- do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da
ma clara, concisa, sem muito comprometimento, bem como República; Excelentíssimo Senhor Presidente do Congres-
um uso adequado das formas de tratamento. Tais regras, so Nacional; Excelentíssimo Senhor Presidente do Supre-
acompanhadas de uma boa redação, com um bom uso da mo Tribunal Federal.
linguagem, asseguram que os atos normativos sejam bem E mais: As demais autoridades serão tratadas com o
executados. vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Se-
No Poder Público, nós nos deparamos com situações nador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador.
em que precisamos escrever – ou falar – com pessoas com O Manual ainda preceitua que a forma de tratamento
as quais não temos familiaridade. Nestes casos, os prono- “Digníssimo” fica abolida para as autoridades descritas
mes de tratamento assumem uma condição e precisam es- acima, afinal, a dignidade é condição primordial para que
tar adequados à categoria hierárquica da pessoa a quem tais cargos públicos sejam ocupados.
nos dirigimos. E mais, exige-se, em discurso falado ou es- Fica ainda dito que doutor não é forma de tratamento,
crito, uma homogeneidade na forma de tratamento, não só mas titulação acadêmica de quem defende tese de douto-
nos pronomes como também nos verbos. No entanto, as rado. Portanto, é aconselhável que não se use discrimina-
formas de tratamento não são do conhecimento de todos. damente tal termo.
Abaixo, seguem as discriminações de usos dos prono-
mes de tratamento, com base no Manual da Presidência da As Comunicações Oficiais
República.
1. Aspectos Gerais da Redação Oficial
São de uso consagrado:
O que é Redação Oficial
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a
Presidente da República, Vice-Presidente da Repúbli- maneira pela qual o Poder Público redige atos norma-
ca, Ministro de Estado, Secretário-Geral da Presidência da tivos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de
República, Consultor-Geral da República, Chefe do Esta- vista do Poder Executivo.
do-Maior das Forças Armadas, Chefe do Gabinete Militar A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoali-
da Presidência da República, Chefe do Gabinete Pessoal dade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão,
do Presidente da República, Secretários da Presidência da formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atri-
República, Procurador – Geral da República, Governadores butos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37:
e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal, Che- “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de
fes de Estado – Maior das Três Armas, Oficiais Generais qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
das Forças Armadas, Embaixadores, Secretário Executivo Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de lega-
e Secretário Nacional de Ministérios, Secretários de Estado lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiên-
dos Governos Estaduais, Prefeitos Municipais. cia (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios
fundamentais de toda administração pública, claro que de-
b) do Poder Legislativo: vem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunica-
Presidente, Vice–Presidente e Membros da Câmara ções oficiais.
dos Deputados e do Senado Federal, Presidente e Mem- Não se concebe que um ato normativo de qualquer
bros do Tribunal de Contas da União, Presidente e Mem- natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou
bros dos Tribunais de Contas Estaduais, Presidente e Mem- impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido
bros das Assembleias Legislativas Estaduais, Presidente dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são re-
das Câmaras Municipais. quisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um
texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade
implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.
Língua Portuguesa
58 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Fica claro também que as comunicações oficiais são A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
necessariamente uniformes, pois há sempre um único co- A necessidade de empregar determinado nível de lin-
municador (o Serviço Público) e o receptor dessas comu- guagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um
nicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expe- lado, do próprio caráter público desses atos e comunica-
dientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos ções; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui en-
cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o tendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem
público). regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcio-
A redação oficial não é necessariamente árida e infensa namento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em
à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comu- sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O
nicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade
parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diver- precípua é a de informar com clareza e objetividade.
sa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspon- As comunicações que partem dos órgãos públicos fe-
dência particular, etc. derais devem ser compreendidas por todo e qualquer ci-
Apresentadas essas características fundamentais da dadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o
redação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não
uma delas. há dúvida de que um texto marcado por expressões de cir-
culação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares
A Impessoalidade ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer Ressalte-se que há necessariamente uma distância
pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente
a) alguém que comunique; b) algo a ser comunicado; c) al- dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de
guém que receba essa comunicação. No caso da redação costumes, e pode eventualmente contar com outros ele-
oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou mentos que auxiliem a sua compreensão, como os ges-
aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Ser- tos, a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos
viço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto fatores responsáveis por essa distância. Já a língua escrita
relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatá- incorpora mais lentamente as transformações, tem maior
rio dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cida- vocação para a permanência e vale-se apenas de si mesma
dãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros para comunicar.
Poderes da União. Os textos oficiais, devido ao seu caráter impessoal e
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que sua finalidade de informar com o máximo de clareza e con-
deve ser dado aos assuntos que constam das comunica- cisão, requerem o uso do padrão culto da língua. Há con-
ções oficiais decorre: senso de que o padrão culto é aquele em que se observam
a) da ausência de impressões individuais de quem co- as regras da gramática formal e se emprega um vocabulário
munica: embora se trate, por exemplo, de um expediente comum ao conjunto dos usuários do idioma. É importante
assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na
nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Ob- redação oficial decorre do fato de que ele está acima das
tém-se, assim, uma desejável padronização, que permite diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais,
que comunicações elaboradas em diferentes setores da Ad- dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísti-
ministração guardem entre si certa uniformidade; cas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, compreensão por todos os cidadãos.
com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cida- Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a
dão, sempre concebido como público, ou a outro órgão pú- simplicidade de expressão, desde que não seja confundi-
blico. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de da com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso
forma homogênea e impessoal; do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada,
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem
universo temático das comunicações oficiais restringe-se a próprios da língua literária.
questões que dizem respeito ao interesse público, é natural Pode-se concluir, então, que não existe propriamente
que não caiba qualquer tom particular ou pessoal. um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do pa-
Desta forma, não há lugar na redação oficial para im- drão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que
pressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de haverá preferência pelo uso de determinadas expressões,
uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas
ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se
isenta da interferência da individualidade que a elabora. consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrá-
A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade tica. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evita-
de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais do, pois terá sempre sua compreensão limitada.
contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária A linguagem técnica deve ser empregada apenas em
impessoalidade. situações que a exijam, evitando o seu uso indiscriminado.
Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário
próprio à determinada área, são de difícil entendimento por
Língua Portuguesa
59 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cui- É pela correta observação dessas características que
dado, portanto, de explicitá-los em comunicações encami- se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável
nhadas a outros órgãos da administração e em expedientes releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos ofi-
dirigidos aos cidadãos. ciais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém,
principalmente, da falta da releitura que torna possível sua
Formalidade e Padronização correção.
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A
isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já pressa com que são elaboradas certas comunicações qua-
mencionadas exigências de impessoalidade e uso do pa- se sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder
drão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formali- à redação de um texto que não seja seguida por sua revi-
dade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida são. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”,
quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável
tratamento para uma autoridade de certo nível; mais do que repercussão no redigir.
isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no
próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comuni- Pronomes de Tratamento
cação. Concordância com os Pronomes de Tratamento
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à ne- Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa
cessária uniformidade das comunicações. Ora, se a admi- indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à con-
nistração federal é una, é natural que as comunicações que cordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram
expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento des- à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala,
se padrão exige que se atente para todas as características ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância
da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o subs-
dos textos. tantivo que integra a locução como seu núcleo sintático:
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência
o texto definitivo e a correta diagramação do texto são indis- conhece o assunto”.
pensáveis para a padronização. Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a
Concisão e Clareza pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa:
A concisão é antes uma qualidade do que uma carac- “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa...
terística do texto oficial. Conciso é o texto que consegue vosso...”).
transmitir o máximo de informações com um mínimo de pa- Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes,
lavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamen- o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa
tal que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre a que se refere, e não com o substantivo que compõe a
o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto
depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve
percebem eventuais redundâncias ou repetições desneces- estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está ata-
sárias de ideias. refada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao No envelope, o endereçamento das comunicações diri-
princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de gidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a
empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. seguinte forma:
Não se deve, de forma alguma, entendê-la como economia
de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens A Sua Excelência o Senhor
substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Tra- Fulano de Tal
ta-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundân- Ministro de Estado da Justiça
cias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. 70.064-900 – Brasília. DF
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial.
Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imedia- A Sua Excelência o Senhor
ta compreensão pelo leitor. No entanto, a clareza não é algo Senador Fulano de Tal
que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais Senado Federal
características da redação oficial. Para ela concorrem: 70.165-900 – Brasília. DF
- a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpre-
tações que poderia decorrer de um tratamento personalista Senhor Ministro,
dado ao texto; Submeto a Vossa Excelência projeto (...)
- o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de
entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de Fechos para Comunicações
circulação restrita, como a gíria e o jargão; O fecho das comunicações oficiais possui, além da fina-
- a formalidade e a padronização, que possibilitam a lidade de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os
imprescindível uniformidade dos textos; modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram re-
- a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos gulados pela Portaria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937,
linguísticos que nada lhe acrescentam. que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los
Língua Portuguesa
60 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
e uniformiza-los, este Manual estabelece o emprego de so- - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
mente dois fechos diferentes para todas as modalidades de papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
comunicação oficial: para gráficos e ilustrações;
a) para autoridades superiores, inclusive o Presi- - todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem
dente da República: Respeitosamente, ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hie- 21,0 cm;
rarquia inferior: Atenciosamente, - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de ar-
quivo Rich Text nos documentos de texto;
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações di- - dentro do possível, todos os documentos elaborados
rigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e devem ter o arquivo de texto preservado para consulta pos-
tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de terior ou aproveitamento de trechos para casos análogos;
Redação do Ministério das Relações Exteriores. - para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
vem ser formados da seguinte maneira:
Identificação do Signatário tipo do documento + número do documento + palavras-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente -chaves do conteúdo
da República, todas as demais comunicações oficiais de- Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
vem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede,
abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação Aviso e Ofício
deve ser a seguinte:
Definição e Finalidade
(espaço para assinatura) Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial
Nome praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Esta-
do, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o
ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos
(espaço para assinatura)
têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos
Nome
órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofí-
Ministro de Estado da Justiça
cio, também com particulares.
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a as-
Forma e Estrutura
sinatura em página isolada do expediente. Transfira para
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo
essa página ao menos a última frase anterior ao fecho. do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
destinatário, seguido de vírgula.
Forma de diagramação Exemplos:
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à Excelentíssimo Senhor Presidente da República
seguinte forma de apresentação: Senhora Ministra
- deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de Senhor Chefe de Gabinete
corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
de rodapé; Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as
- para símbolos não existentes na fonte Times New Ro- seguintes informações do remetente:
man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings; – nome do órgão ou setor;
- é obrigatório constar a partir da segunda página o nú- – endereço postal;
mero da página; – telefone e e-mail.
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as Observação: Estas informações estão ausentes no
margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas memorando, pois se trata de comunicação interna - des-
nas páginas pares (“margem espelho”); tinatário e remetente possuem o mesmo endereço. Se o
- o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no Aviso é de um Ministério para outro Ministério, também não
mínimo, 3,0 cm de largura; precisa especificar o endereço. O Ofício é enviado para ou-
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de tras instituições, logo, são necessárias as informações do
distância da margem esquerda; remetente e o endereço do destinatário para que o ofício
- o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 possa ser entregue e o remetente possa receber resposta.
cm;
- deve ser utilizado espaçamento simples entre as li- Memorando
nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de
texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em Definição e Finalidade
branco; O memorando é a modalidade de comunicação entre
- não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, su- unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem
blinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível dife-
bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a rente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação
elegância e a sobriedade do documento; eminentemente interna.
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61 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser em- Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Mi-
pregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. nistérios à Presidência da República, a cujas assessorias
a serem adotados por determinado setor do serviço público. caberá a redação final.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao
do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela ra- Congresso Nacional têm as seguintes finalidades:
pidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. - encaminhamento de projeto de lei ordinária, comple-
Para evitar desnecessário aumento do número de comuni- mentar ou financeira;
cações, os despachos ao memorando devem ser dados no - encaminhamento de medida provisória;
próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha - indicação de autoridades;
de continuação. Este procedimento permite formar uma es- - pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-
pécie de processo simplificado, assegurando maior trans- -Presidente da República ausentarem-se do País por mais
parência à tomada de decisões e permitindo que se historie de 15 dias;
o andamento da matéria tratada no memorando. - encaminhamento de atos de concessão e renovação
de concessão de emissoras de rádio e TV;
Forma e Estrutura - encaminhamento das contas referentes ao exercício
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do anterior;
padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário - mensagem de abertura da sessão legislativa;
deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Ex: - comunicação de sanção (com restituição de autógra-
fos);
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração - comunicação de veto;
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos - outras mensagens.
Exposição de Motivos Forma e Estrutura - As mensagens contêm:
a) a indicação do tipo de expediente e de seu número,
Definição e Finalidade - Exposição de motivos é o ex-
horizontalmente, no início da margem esquerda;
pediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-
b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e
-Presidente para:
o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da mar-
a) informá-lo de determinado assunto; b) propor alguma
gem esquerda (Excelentíssimo Senhor Presidente do Se-
medida; ou c) submeter a sua consideração projeto de ato
nado Federal);
normativo.
c) o texto, iniciando a 2,0 cm do vocativo;
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presi-
d) o local e a data, verticalmente a 2,0 cm do final do
dente da República por um Ministro de Estado.
Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a
um Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada margem direita.
por todos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, A mensagem, como os demais atos assinados pelo
chamada de interministerial. Presidente da República, não traz identificação de seu sig-
natário.
Forma e Estrutura - Formalmente, a exposição de mo-
tivos tem a apresentação do padrão ofício. A exposição de Telegrama
motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas for-
mas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha cará- Definição e Finalidade - Com o fito de uniformizar a
ter exclusivamente informativo e outra para a que proponha terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos,
alguma medida ou submeta projeto de ato normativo. passa a receber o título de telegrama toda comunicação
No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim- oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc.
plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presi- Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos
dente da República, sua estrutura segue o modelo antes cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restrin-
referido para o padrão ofício. gir-se o uso do telegrama apenas àquelas situações que
não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que
Mensagem a urgência justifique sua utilização. Em razão de seu custo
elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela
Definição e Finalidade - É o instrumento de comunica- concisão.
ção oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notada- Forma e Estrutura - Não há padrão rígido, devendo-se
mente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Exe- seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis nas
cutivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Ad- agências dos Correios e em seu sítio na Internet.
ministração Pública, expor o plano de governo por ocasião
da abertura de sessão legislativa, submeter ao Congresso Fax
Nacional matérias que dependem de deliberação de suas
Casas, apresentar veto, enfim, fazer e agradecer comunica- Definição e Finalidade - O fax (forma abreviada já
ções de tudo quanto seja de interesse dos poderes públicos consagrada de fac-símile) é uma forma de comunicação
e da Nação. que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento
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62 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
da Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo
conhecimento há premência, quando não há condições de envio do documento por meio eletrônico. Quando necessário o
original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe.
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos mo-
delos, deteriora-se rapidamente.
Forma e Estrutura - Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes.
É conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto e de pequeno formulário com os da-
dos de identificação da mensagem a ser enviada, conforme exemplo a seguir:
[Órgão Expedidor]
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]
Destinatário:____________________________________
No do fax de destino:_______________ Data:___/___/___
Remetente: ____________________________________
Tel. p/ contato:____________ Fax/correio eletrônico:____
No de páginas: ________ No do documento:____________
Observações:___________________________________
Correio Eletrônico
Definição e finalidade - O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal
forma de comunicação para transmissão de documentos.
Forma e Estrutura - Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa
definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação
oficial.
O campo “assunto” do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organiza-
ção documental tanto do destinatário quanto do remetente.
Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que
encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar na
mensagem o pedido de confirmação de recebimento.
Valor documental - Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
documental, e para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a
identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
A clareza e a concisão na forma escrita são alcançadas, principalmente, pela construção adequada da frase, “a menor
unidade autônoma da comunicação”, na definição de Celso Pedro Luft.
A função essencial da frase é desempenhada pelo predicado, que, para Adriano da Gama Kury, pode ser entendido
como “a enunciação pura de um fato qualquer”. Sempre que a frase possuir pelo menos um verbo, recebe o nome de
período, que terá tantas orações quantos forem os verbos não auxiliares que o constituem.
Outra função relevante é a do sujeito – mas não indispensável, pois há orações sem sujeito, ditas impessoais –, de
quem se diz algo, cujo núcleo é sempre um substantivo. Sempre que o verbo o exigir, teremos nas orações substantivos
(nomes ou pronomes) que desempenham a função de complementos (objetos direto e indireto, predicativo e complemen-
to adverbial). Função acessória desempenham os adjuntos adverbiais, que vêm geralmente ao final da oração, mas que
podem ser ou intercalados aos elementos que desempenham as outras funções, ou deslocados para o início da oração.
Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos elementos que compõem uma oração (Observação: os parênteses
indicam os elementos que podem não ocorrer):
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63 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Podem ser identificados seis padrões básicos para as Errado: Apesar das relações entre os países estarem
orações pessoais (isto é, com sujeito) na língua portuguesa cortadas, (...).
(a função que vem entre parênteses é facultativa e pode Certo: Apesar de as relações entre os países estarem
ocorrer em ordem diversa): cortadas, (...).
1. Sujeito - verbo intransitivo - (Adjunto Adverbial) Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim.
O Presidente - regressou - (ontem). Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim.
2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad- Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).
junto adverbial) Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).
O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na
manhã de terça-feira). Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo,
(...).
3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto - Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo,
(adjunto adverbial). (...).
O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os
setores). Frases Fragmentadas
A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma
4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. direto oração subordinada ou uma simples locução como se fosse
- obj. indireto - (adj. Adv.) uma frase completa”. Decorre da pontuação errada de uma
Os desempregados - entregaram - suas reivindicações frase simples. Embora seja usada como recurso estilístico
- ao Deputado - (no Congresso). na literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos
5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento ad- textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão.
verbial - (adjunto adverbial) Exemplo:
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Errado: O programa recebeu a aprovação do Congres-
Aires - (na próxima semana). so Nacional. Depois de ser longamente debatido.
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira) Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
Nacional, depois de ser longamente debatido.
6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto ad- Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa
verbial) recebeu a aprovação do Congresso Nacional.
O problema - será - resolvido - prontamente.
Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
Estes seriam os padrões básicos para as orações, ou metido ao Presidente da República, que o aprovou. Consul-
seja, as frases que possuem apenas um verbo conjuga- tadas as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
do. Na construção de períodos, as várias funções podem Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
ocorrer em ordem inversa à mencionada, misturando-se e metido ao Presidente da República, que o aprovou, con-
confundindo-se. Não interessa aqui análise exaustiva de sultadas as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
todos os padrões existentes na língua portuguesa. O que
importa é fixar a ordem normal dos elementos nesses seis Erros de Paralelismo
padrões básicos. Acrescente-se que períodos mais comple- Uma das convenções estabelecidas na linguagem es-
xos, compostos por duas ou mais orações, em geral podem crita “consiste em apresentar ideias similares numa forma
ser reduzidos aos padrões básicos (de que derivam). gramatical idêntica”, o que se chama de paralelismo. Assim,
Os problemas mais frequentemente encontrados na incorre-se em erro ao conferir forma não paralela a elemen-
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à tos paralelos. Vejamos alguns exemplos:
ambiguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos pa-
ralelismos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral, Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Minis-
do desconhecimento da ordem das palavras na frase. In- térios economizar energia e que elaborassem planos de re-
dicam-se, a seguir, alguns desses defeitos mais comuns e dução de despesas.
recorrentes na construção de frases, registrados em docu-
mentos oficiais. Na frase temos, nas duas orações subordinadas que
completam o sentido da principal, duas estruturas diferen-
Sujeito tes para ideias equivalentes: a primeira oração (economi-
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que zar energia) é reduzida de infinitivo, enquanto a segunda
executa a ação enunciada na oração. Ele pode ter com- (que elaborassem planos de redução de despesas) é uma
plemento, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, oração desenvolvida introduzida pela conjunção integrante
portanto, construções como: que. Há mais de uma possibilidade de escrevê-la com cla-
reza e correção; uma seria a de apresentar as duas orações
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. subordinadas como desenvolvidas, introduzidas pela con-
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda. junção integrante que:
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64 A Opção Certa Para a Sua Realização
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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Língua Portuguesa
66 A Opção Certa Para a Sua Realização
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
informações oficiais, adotando critérios de boas práticas te. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios
tanto nas atividades finalísticas quanto nas atividades de tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até
apoio. mesmo imprudência no desempenho da função pública.
IV- A remuneração do servidor público é custeada pe- XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu lo-
los tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até cal de trabalho é fator de desmoralização do serviço públi-
por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, co, o que quase sempre conduz à desordem nas relações
que a moralidade administrativa se integre no Direito, humanas.
como elemento indissociável de sua aplicação e de sua XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a es-
finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de trutura organizacional, respeitando seus colegas e cada
legalidade. concidadão, colabora e de todos pode receber colabora-
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público pe- ção, pois sua atividade pública é a grande oportunidade
rante a comunidade deve ser entendido como acréscimo para o crescimento e o engrandecimento da Nação. O ca-
ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante ráter colaborativo e participativo deve estar presente nas
da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado atividades estatísticas e cartográfi cas, privilegiando-se,
como seu maior patrimônio. assim, um contato estreito e harmonioso entre ambas as
VI - A função pública deve ser tida como exercício pro- atividades – contato essencial para melhorar a qualidade,
fissional e, portanto, se integra na vida particular de cada comparabilidade e coerência dos dados produzidos. Esse
servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na con- espírito colaborativo e participativo deve estender-se à co-
duta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou ordenação dos sistemas estatísticos e cartográficos nacio-
diminuir o seu bom conceito na vida funcional. nais de responsabilidade do IBGE. Portanto, compete ao
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investi- Instituto propor, discutir e estabelecer, em conjunto com as
gações policiais ou interesse superior do Estado e da Ad- demais instituições nacionais, diretrizes, planos e progra-
ministração Pública, a serem preservados em processo mas para a produção estatística e cartográfica – processo
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a pu- que deve irradiar-se à esfera internacional, especialmente
blicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito
na cooperação bilateral e multilateral, a fim de melhorar as
de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão compro-
informações estatísticas e geocientíficas oficiais em todos
metimento ético contra o bem comum, imputável a quem a
os países, por meio da utilização de conceitos, classifica-
negar. Entretanto, os dados individuais de pessoas físicas
ções e métodos que promovam a coerência e a eficiência
ou jurídicas coletados pelo IBGE são estritamente confi-
entre os diversos sistemas estatísticos e cartográficos.
denciais e exclusivamente utilizados para fins estatísticos.
Ademais, leis, regulamentos e medidas que regem a ope-
Seção II
ração dos sistemas estatístico e cartográfico no Instituto
devem ser de conhecimento público. Dos principais deveres do servidor público do
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor IBGE
não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos inte-
resses da própria pessoa interessada ou da Administração XIV - São deveres fundamentais do servidor do IBGE:
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo,
sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou função ou emprego público de que seja titular;
da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
humana quanto mais a de uma Nação. rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente re-
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo solver situações procrastinatórias, principalmente diante
dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela de fi las ou de qualquer outra espécie de atraso na pres-
disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos tação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribui-
direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da ções, com o fi m de evitar dano moral ao usuário;
mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a
ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando
vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamen- estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa
to e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens para o bem comum;
de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tem- d) jamais retardar qualquer prestação de contas, con-
po, suas esperanças e seus esforços para construí-los. dição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à es- coletividade a seu cargo;
pera de solução que compete ao setor em que exerça e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços
suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com
qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, o público;
não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de f ) ter consciência de que seu trabalho é regido por
desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos princípios éticos que se materializam na adequada presta-
usuários dos serviços públicos. ção dos serviços públicos;
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às or- g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e aten-
dens legais de seus superiores, velando atentamente por ção, respeitando a capacidade e as limitações individuais
seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligen- de todos os usuários do serviço público, sem qualquer es-
pécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, naciona- assim como as normas internas desta Fundação, expres-
lidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, sas em suas Resoluções, Ordens de Serviço, Portarias,
abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral; Normas de Serviço e Memorandos.
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor
de representar contra qualquer comprometimento indevido Seção III
da estrutura em que se funda o Poder Estatal; Das vedações ao servidor público do IBGE
i) resistir a todas as pressões de superiores hierár-
quicos, de contratantes, interessados e outros que visem XV - É vedado ao servidor público do IBGE:
obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevi- a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades,
das em decorrência de ações imorais, ilegais ou a éticas tempo, posição e influências, para obter qualquer favoreci-
e denunciá-las; mento, para si ou para outrem;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigên- b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros
cias específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; servidores ou de cidadãos que deles dependam;
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, co-
que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, nivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao
refletindo negativamente em todo o sistema; Código de Ética de sua profissão;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e d) usar de artifícios para procrastinar ou difi cultar o
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigin- exercício regular de direito por qualquer pessoa, causan-
do as providências cabíveis; do-lhe dano moral ou material;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de traba- e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos
lho, seguindo os métodos mais adequados à sua organi- ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento
zação e distribuição; do seu mister;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacio- f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, ca-
nem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo prichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram
no trato com o público, com os jurisdicionados adminis-
por escopo a realização do bem comum;
trativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequa-
inferiores;
das ao exercício da função;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qual-
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas
quer tipo de ajuda fi nanceira, gratifi cação, prêmio, comis-
de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce
são, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si,
suas funções;
familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as
missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função,
fim;
tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva
mantendo tudo sempre em boa ordem; encaminhar para providências;
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite
quem de direito; do atendimento em serviços públicos;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas fun- j) desviar servidor público para atendimento a interes-
cionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo se particular;
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do l) retirar da Instituição, sem estar legalmente autori-
serviço público e dos jurisdicionados administrativos; zado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua fun- patrimônio público;
ção, poder ou autoridade com finalidade estranha ao in- m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no
teresse público, mesmo que observando as formalidades âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de pa-
legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei; rentes, de amigos ou de terceiros;
v) apresentar, nas análises estatísticas e geográficas, n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele
informações que estejam de acordo com as normas cien- habitualmente;
tíficas sobre fontes, métodos e procedimentos, bem como o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente
comentar as interpretações errôneas e o uso indevido de contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa
informações estatísticas e geocientíficas; humana;
x) zelar pela qualidade dos processos de produção das p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu
informações estatísticas e geocientíficas oficiais, adotando nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
critérios de boas práticas tanto nas atividades finalísticas q) disponibilizar informações de caráter sigiloso e con-
quanto nas atividades de apoio; fidencial sobre pessoas físicas ou jurídicas, bem como an-
z) divulgar e informar a todos os integrantes da sua tecipar resultados de pesquisas à sua divulgação oficial,
classe sobre a existência deste Código de Ética, estimu- exceto quando autorizado.
lando o seu integral cumprimento. A conduta ética do ser-
vidor do IBGE deve respeitar a legislação e as normatiza-
ções do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omis-
XV - proceder de forma desidiosa; sivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em pre-
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da reparti- juízo ao erário ou a terceiros.
ção em serviços ou atividades particulares; § 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao erário somente será liquidada na forma prevista no art.
ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do
e transitórias; débito pela via judicial.
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incom- § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, res-
patíveis com o exercício do cargo ou função e com o ho- ponderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação
rário de trabalho; regressiva.
§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos
Capítulo III sucessores e contra eles será executada, até o limite do
Da Acumulação valor da herança recebida.
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Cons- e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
tituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resul-
públicos. ta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, do cargo ou função.
empregos e funções em autarquias, fundações públicas, Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas
empresas públicas, sociedades de economia mista da poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e Art. 126. A responsabilidade administrativa do servi-
dos Municípios. dor será afastada no caso de absolvição criminal que ne-
§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica gue a existência do fato ou sua autoria.
condicionada à comprovação da compatibilidade de horá- Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabili-
rios.
zado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à
§ 3o Considera-se acumulação proibida a percepção
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envol-
de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com
vimento desta, a outra autoridade competente para apu-
proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que
ração de informação concernente à prática de crimes ou
decorram essas remunerações forem acumuláveis na ati-
improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em
vidade.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pú-
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um
blica.(Incluído pela Lei nº 12.527, de 2011)
cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo
Art. 127. São penalidades disciplinares:
único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em
I - advertência;
órgão de deliberação coletiva.(Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97) II - suspensão;
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica III - demissão;
à remuneração devida pela participação em conselhos de IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
administração e fiscal das empresas públicas e socieda- V - destituição de cargo em comissão;
des de economia mista, suas subsidiárias e controladas, VI - destituição de função comissionada.
bem como quaisquer empresas ou entidades em que a Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consi-
União, direta ou indiretamente, detenha participação no deradas a natureza e a gravidade da infração cometida,
capital social, observado o que, a respeito, dispuser legis- os danos que dela provierem para o serviço público, as
lação específica. (Redação dada pela Medida circunstâncias agravantes ou atenuantes e os anteceden-
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) tes funcionais.
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade
que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando in- mencionará sempre o fundamento legal e a causa da san-
vestido em cargo de provimento em comissão, ficará afas- ção disciplinar.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
tado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos
que houver compatibilidade de horário e local com o exer- casos de violação de proibição constante do art. 117, inci-
cício de um deles, declarada pelas autoridades máximas sos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional
dos órgãos ou entidades envolvidos.(Redação dada pela previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não
Lei nº 9.527, de 10.12.97) justifique imposição de penalidade mais grave.(Redação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Capítulo IV Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de rein-
Das Responsabilidades cidência das faltas punidas com advertência e de violação
das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita
Art. 121. O servidor responde civil, penal e adminis- a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90
trativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. (noventa) dias.
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) I - a indicação da materialidade dar-se-á:(Incluído pela
dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser Lei nº 9.527, de 10.12.97)
submetido a inspeção médica determinada pela autorida- a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação
de competente, cessando os efeitos da penalidade uma precisa do período de ausência intencional do servidor ao
vez cumprida a determinação. serviço superior a trinta dias;(Incluído pela Lei nº 9.527, de
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a 10.12.97)
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação
na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de venci- dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por pe-
mento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a per- ríodo igual ou superior a sessenta dias interpoladamen-
manecer em serviço. te, durante o período de doze meses;(Incluído pela Lei nº
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspen- 9.527, de 10.12.97)
são terão seus registros cancelados, após o decurso de II - após a apresentação da defesa a comissão elabo-
3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectiva- rará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsa-
mente, se o servidor não houver, nesse período, praticado bilidade do servidor, em que resumirá as peças principais
nova infração disciplinar. dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará,
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionalida-
surtirá efeitos retroativos. de da ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes ca- o processo à autoridade instauradora para julgamento.(In-
sos: cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - crime contra a administração pública; Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplica-
II - abandono de cargo; das:
III - inassiduidade habitual; I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes
IV - improbidade administrativa; das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar
repartição; de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibi-
VI - insubordinação grave em serviço; lidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão,
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particu- ou entidade;
lar, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; II - pelas autoridades administrativas de hierarquia
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em ra- imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso
zão do cargo; anterior quando se tratar de suspensão superior a 30
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimô- (trinta) dias;
nio nacional; III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na
XI - corrupção; forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou fun- casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta)
ções públicas; dias;
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. IV - pela autoridade que houver feito a nomeação,
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em quando se tratar de destituição de cargo em comissão.
comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
erário, sem prejuízo da ação penal cabível. demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em e destituição de cargo em comissão;
comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, in- II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
compatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertên-
público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. cia.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço pú- § 1o O prazo de prescrição começa a correr da data
blico federal o servidor que for demitido ou destituído do em que o fato se tornou conhecido.
cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, § 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal
IV, VIII, X e XI. aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência como crime.
intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de
consecutivos. processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta final proferida por autoridade competente.
ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, inter- § 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo co-
poladamente, durante o período de doze meses. meçará a correr a partir do dia em que cessar a interrup-
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou ção.
inassiduidade habitual, também será adotado o procedi-
mento sumário a que se refere o art. 133, observando-se
especialmente que:(Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
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Exemplo 3
1 NÚMEROS REAIS. 1.1 OPERAÇÕES E PRO-
BLEMAS. 25-(50-30)+4x5
25-20+20=25
Números Naturais
Os números naturais são o modelo matemático neces- Números Inteiros
sário para efetuar uma contagem. Podemos dizer que este conjunto é composto pelos
Começando por zero e acrescentando sempre uma números naturais, o conjunto dos opostos dos números
unidade, obtemos o conjunto infinito dos números naturais naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado
por:
Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero. 2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
Z+={0, 1, 2, ...}
Exemplo 2
40 – 9 x 4 + 23
40 – 36 + 23
4 + 23
27 2º) Terá um número infinito de algarismos após a vír-
gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para
ser número racional
OBS: período da dízima são os números que se repe- Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de
tem, se não repetir não é dízima periódica e assim núme- período.
ros irracionais, que trataremos mais a frente.
Exemplo 2
Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... .
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99
Representação Fracionária dos Números Decimais
Números Irracionais
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transfor- Identificação de números irracionais
mar com o denominador seguido de zeros.
O número de zeros depende da casa decimal. Para - Todas as dízimas periódicas são números racionais.
uma casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) - Todos os números inteiros são racionais.
e assim por diante. - Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irra-
cionais.
- Todas as raízes inexatas são números irracionais.
- A soma de um número racional com um número irra-
cional é sempre um número irracional.
- A diferença de dois números irracionais, pode ser um
número racional.
-Os números irracionais não podem ser expressos na
forma , com a e b inteiros e b≠0.
E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3
Fonte: www.estudokids.com.br
Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x ∈R|x≥a}
Intervalo:]a,+ ∞[
Intervalo:[a,b] Conjunto:{x ∈R|x>a}
Conjunto: {x ∈R|a≤x≤b}
Potenciação
Intervalo aberto – números reais maiores que a e me- Multiplicação de fatores iguais
nores que b.
2³=2.2.2=8
Intervalo:]a,b[ Casos
Conjunto:{x ∈R|a<x<b}
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores
que a ou iguais a a e menores do que b.
Intervalo:]-∞,b[ 6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o
Conjunto:{x ∈R|x<b} valor do expoente, o resultado será igual a zero.
Propriedades
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
De modo geral, se
1 1
2 2 2 2 2
2
= = 1 =
3 3 3
Observe: 32
De modo geral,
se
a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * ,
Técnica de Cálculo
A determinação da raiz quadrada de um número torna-
-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado em
números primos. Veja:
então:
a na Caso tenha:
n =
b nb
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando. Racionalização de Denominadores
Operações
Multiplicação
Divisão
QUESTÕES
(A) 42.
(B) 45.
(C) 48.
(D) 50.
(E) 52.
02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária − 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas ina-
- MSCONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda, dequadamente;
Isabella e José foram a uma prova de hipismo, na qual − 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas;
ganharia o competidor que obtivesse o menor tempo final. − 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e
A cada 1 falta seriam incrementados 6 segundos em seu − as demais foram geradas por descuidos ao cozinhar.
tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria Eduarda fez
1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni fez De acordo com esses dados, ao longo da existência
1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a desse prédio comercial, a fração do total de situações de
colocação, é correto afirmar que o vencedor foi: risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar cor-
(A) José responde à
(B) Isabella (A) 3/20.
(C) Maria Eduarda (B) 1/4.
(D) Raoni (C) 13/60.
(D) 1/5.
03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - (E) 1/60.
MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é:
(A) 0,2222... 07. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Téc-
(B) 0,6666... nico I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Assina-
(C) 0,1616... le a alternativa que apresenta o valor da expressão
(D) 0,8888...
1ª expressão: 1 x 9 + 2 (A) 3
2ª expressão: 12 x 9 + 3 (B) 3/2
3ª expressão: 123 x 9 + 4 (C) 5
... (D) 5/2
7ª expressão: █ x 9 + ▲
09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Super-
Seguindo esse padrão e colocando os números ade- visor – FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b .
quados no lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª
expressão será Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a:
(A) 1;
(A) 1 111 111. (B) 2;
(B) 11 111. (C) 3;
(C) 1 111. (D) 4;
(D) 111 111. (E) 6.
(E) 11 111 111.
10. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Super-
06. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Duran- visor – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de de-
te um treinamento, o chefe da brigada de incêndio de um terminada empresa tem o mesmo número de mulheres e
prédio comercial informou que, nos cinquenta anos de de homens. Certa manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos ho-
existência do prédio, nunca houve um incêndio, mas exis- mens dessa equipe saíram para um atendimento externo.
tiram muitas situações de risco, felizmente controladas a
tempo. Segundo ele, 1/13 dessas situações deveu-se a Desses que foram para o atendimento externo, a fra-
ações criminosas, enquanto as demais situações haviam ção de mulheres é
sido geradas por diferentes tipos de displicência. Dentre as (A) 3/4;
situações de risco geradas por displicência, (B) 8/9;
(C) 5/7;
(D) 8/13;
(E) 9/17.
08. Resposta: D.
RESPOSTAS
01.Resposta: B.
150-82=68 mulheres
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior,
37 são de nível médio. 09. Resposta: C.
Portanto, há 37 homens de nível superior. 2-2(1-2N)=12
82-37=45 homens de nível médio. 2-2+4N=12
4N=12
02. Resposta: D. N=3
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o
vencedor. 10. Resposta: E.
Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
03. Resposta: B.
Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração
X=0,4444....
10x=4,444...
9x=4 Dos homens que saíram:
Saíram no total
04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igual o quociente.
11x11=121+10=131
Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- Mas, se tivermos um conjunto para o qual admita a
1/13) existência de, a equação passará a ter solução não-
-vazia.
Esse conjunto é o dos números complexos e conven-
ciona-se que .
5. Potenciação
Efetuando algumas potências de in, com n∈N, pode-
mos obter um critério para determinar uma potência gené-
rica de i:
Conjugado de um número complexo
i0 = 1
Sendo z=a+ bi, chama-se conjugado de z o número i1 = i
complexo que se obtém trocando o sinal da parte imagi- i2 = -1
nária de z. i3 = i2.i = -1.i = -i
i4 = i2.i2=-1.-1=1
i5 = i4. 1=1.i= i
i6 = i5. i =i.i=i2=-1
i7 = i6. i =(-1).i=-i ......
Exemplo Assim, para obter a potência in, basta calcular ir em
que r é o resto da divisão de n por 4.
Exemplo
z=a+bi
Dados os complexos:
Observe que:
Radiciação
Forma Trigonométrica ! !
θ + 2kπ θ + 2kπ
w! = z= p(cos + i ∙ sen )
n n
Todo número complexo z=a+bi, não0nulo, pode sr ex-
presso em função do módulo, do seno e do cosseno do
argumento z:
RESPOSTAS
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de
01. Resposta:B. 30%.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro- OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
duto. errar conforme a pergunta feita.
09. Resposta: B.
1600⋅0,6=960
8,6(1+x)=10,75
Como vai pagar 10% a mais:
8,6+8,6x=10,75
960⋅1,1=1056
8,6x=10,75-8,6
8,6x=2,15
02. Resposta: E.
X=0,25=25%
63/35=1,80
Portanto teve um aumento de 80%. 10. Resposta: D.
50% maior quer dizer que ficou 1,5
03. Resposta: D. Quantidade de tanque: x
Clarice obviamente recebeu o brinco. A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tan-
Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou ques
acima de 30% e André recebeu o bracelete. 1,5x=12
X=8
04. Resposta: B.
A=b⋅h
Pa+3+10=2Pa+3
Pa=10
Pi=Pa+3
Pi=10+3=13
A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a Pe=40+6=46
equação também. Soma das idades: 10+13+46=69
No exemplo temos:
3x+300 Resposta: B.
Outro lado: x+1000+500
E o equilíbrio? Equação 2º grau
3x+300=x+1500
A equação do segundo grau é representada pela fór-
Quando passamos de um lado para o outro invertemos mula geral:
o sinal
3x-x=1500-300
2x=1200 Onde a, b e c são números reais,
X=600
Discussão das Raízes
Exemplo
(PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas –
FGV/2015) A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao
dobro da soma das idades de seus dois filhos, Paulo e
Pierre. Pierre é três anos mais velho do que Paulo. Daqui
a dez anos, a idade de Pierre será a metade da idade que
Pedro tem hoje. Se for negativo, não há solução no conjunto dos
números reais.
A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje
é: Se for positivo, a equação tem duas soluções:
(A) 72;
(B) 69;
(C) 66;
(D) 63;
(E) 60. Exemplo
Resolução
A ideia de resolver as equações é literalmente colocar
na linguagem matemática o que está no texto.
“Pierre é três anos mais velho do que Paulo”
Pi=Pa+3
Lembrando que:
Pi=Pa+3
Exemplo
(IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015)
A soma das idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e,
quando somamos os quadrados dessas idades, obtemos
1000. A mais velha das duas tem:
(A) 24 anos
(B) 26 anos
(C) 31 anos
(D) 33 anos
Resolução
A+J=44
Se não há solução, pois não existe raiz quadrada A²+J²=1000
real de um número negativo. A=44-J
(44-J)²+J²=1000
Se , há duas soluções iguais: 1936-88J+J²+J²=1000
2J²-88J+936=0
Dividindo por2:
J²-44J+468=0
Se , há soluções reais diferentes: ∆=(-44)²-4.1.468
∆=1936-1872=64
Substituindo em A
A=44-26=18
Ou A=44-18=26
Soma das Raízes
Resposta: B.
Inequação
Uma inequação é uma sentença matemática expressa
Produto das Raízes por uma ou mais incógnitas, que ao contrário da equação
que utiliza um sinal de igualdade, apresenta sinais de de-
sigualdade. Veja os sinais de desigualdade:
>: maior
<: menor
Composição de uma equação do 2ºgrau, conheci- ≥: maior ou igual
das as raízes ≤: menor ou igual
Podemos escrever a equação da seguinte maneira: O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da
equação, onde temos que organizar os termos semelhan-
x²-Sx+P=0 tes em cada membro, realizando as operações indicadas.
No caso das inequações, ao realizarmos uma multiplica-
Exemplo ção de seus elementos por –1 com o intuito de deixar a
parte da incógnita positiva, invertemos o sinal representa-
tivo da desigualdade.
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º
grau.
Exemplo 1
4x + 12 > 2x – 2
Solução 4x – 2x > – 2 – 12
S=x1+x2=-2+7=5 2x > – 14
P=x1.x2=-2.7=-14 x > –14/2
Então a equação é: x²-5x-14=0 x>–7
Exemplo
a)(-x+2)(2x-3)<0
4x + 4 ≤ 0
4x ≤ - 4
x ≤ - 4 : 4
x ≤ - 1
Exemplo S2 = { x R | x ≤ - 1}
Resolva a inequação a seguir: Calculando agora o CONJUNTO SOLUÇÃO da ine-
quação
temos:
S = S1 ∩ S2
x-2≠0
x≠2
Portanto:
S = { x R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]
10x+6x+40500=25x
9x=40500
Como tem que ser natural, apenas o número 3 con- X=4500
vém.
Salario fração
02. Resposta: C. y---------------1
4500---------4/5
Mmc(3,4)=12
Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A→B.definida por f(x) = x + 5 que tam-
bém pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:
Gráfico Cartesiano
Função 1 grau
A função do 1° grau relacionará os valores numéricos
obtidos de expressões algébricas do tipo (ax + b), consti-
tuindo, assim, a função f(x) = ax + b.
Isolando a em I
a=3-b
Substituindo em II
3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4 Raízes
b=2
Portanto,
a=3-b
a=3-2=1
Assim, f(x)=x+2
Veja os gráficos:
Discriminante(∆)
∆=b²-4ac
∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois
pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da
equação ax²+bx+c=0
∆=0
Função decrescente
Se temos uma função exponencial de-
crescente em todo o domínio da função.
Neste outro gráfico podemos observar que à medida
que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a
curva da função é decrescente.
Equação Exponencial
É toda equação cuja incógnita se apresenta no expoen-
te de uma ou mais potências de bases positivas e diferentes
de 1.
Exemplo
Resolva a equação no universo dos números reais.
A Constante de Euler
Solução É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em fun-
ção da definição da função exponencial, temos que:
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao ma-
temático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primei-
ros a estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 10 dígitos deci-
mais, é:
e = 2,7182818284
Função exponencial Se x é um número real, a função exponencial exp(.)
pode ser escrita como a potência de base e com expoente
A expressão matemática que define a função exponen- x, isto é:
cial é uma potência. Nesta potência, a base é um número ex = exp(x)
real positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável.
Propriedades dos expoentes
Função crescente Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um
Se temos uma função exponencial crescente, número racional, então:
qualquer que seja o valor real de x. - ax ay= ax + y
No gráfico da função ao lado podemos observar que à - ax / ay= ax - y
medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Grafica- - (ax) y= ax.y
mente vemos que a curva da função é crescente. - (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax
Logaritmo Solução
Considerando-se dois números N e a reais e positivos,
com a ≠1, existe um número c tal que: Log 6=log 2⋅3=log2+log3=0,3010+0,4771=0,7781
A esse expoente c damos o nome de logaritmo de N
na base a
Consequências da Definição
QUESTÕES
09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico 11. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Téc-
que melhor representa a função y = 2x , para o domínio nico I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Consi-
em R+ é: derando que log105 = 0,7, assinale a alternativa que apre-
senta o valor de log5100.
(A) 0,35.
(A) (B) 0,50.
(C) 2,85.
(D) 7,00.
(E) 70,00.
RESPOSTAS
01. Resposta: D.
(B)
90+0,4x=120
0,4x=30
X=75km
02. Resposta: A.
6%=0,06
(C) Como valor total é x, então 0,06x
E mais a parte fixa de 1300
0,06x+1300
03. Resposta: A.
2x=36
(D) X=18
04.Resposta: B.
F(x)=12+25x
X=hora de trabalho
168,25=12+25x
25x=156,25
(E) X=6,25 horas
1hora---60 minutos
0,25-----x
X=15 minutos
05. Resposta: E.
Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
(x-2)(x+2)=x²-4
10. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3)
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Qual o maior valor de Y=ax+b
k na equação log(kx) = 2log(x+3) para que ela tenha exa- -1=b
tamente uma raiz? 3=2a-1
(A) 0 2a=4
(B) 3 A=2
(C) 6 Y=2x-1
(D) 9
(E) 12 Igualando a função do primeiro grau e a função do se-
gundo grau:
X²-4=2x-1
X²-2x-3=0
∆=4+12=16
∆=25-24=1
06. Resposta:C.
09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do
zero, é é uma curva.
10. Resposta: E.
Kx=(x+3)²
Kx=x²+6x+9
-2x=-12 X²+(6-k)x+9=0
X=6 Para ter uma raiz, ∆=0
Substituindo em g(x) ∆=b²-4ac
G(6)=6²-4(6)+5=36-24+5=17 , ∆=(6-k)²-36=0
36-12k+k²-36=0
08. Resposta: D. k²-12k=0
Para assumir valor 1, o expoente deve ser igual a zero. k=0 ou k=12
X²+4x-60=0
∆=4²-4.1.(-60) 11. Resposta:C.
∆=16+240
∆=256
Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:
Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m
Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por
10.
Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.
Unidades de Área
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²
Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide
por 100.
Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume.
Podemos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão
possuir volume e capacidade.
Unidades de Volume
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3
Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³
1L=1dm³
Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l
Massa
Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg
Tempo
Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s
Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demo-
rou 30 minutos para chegar em casa. Que horas ela chegou?
QUESTÕES
tervalo dura 15 minutos. Sabendo-se que nessa escola há 10. (DPE/RR – Auxiliar Administrativo – FCC/2015)
5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afirmar que o Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45
término das aulas de João se dá às: m. Ele precisava de pedaços, dessas cordas, que medis-
(A) 22h30min sem 40 cm de comprimento cada um. Ele cortou as duas
(B) 22h40min cordas em pedaços de 40 cm de comprimento e assim
(C) 22h50min conseguiu obter
(D) 23h (A) 6 pedaços.
(E) Nenhuma das anteriores (B) 8 pedaços.
(C) 9 pedaços.
06. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- (D) 5 pedaços.
FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km (E) 7 pedaços.
em 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em
1h20min. RESPOSTAS
Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado
com a época em que era jovem, Arquimedes precisa de 01. Resposta: E.
mais: 3h 20 minutos-200 minutos
(A) 10 minutos;
(B) 7 minutos; 5000-----40
(C) 5 minutos; x----------200
(D) 3 minutos; x=1000000/40=25000
(E) 2 minutos.
Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda
07. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- 75000
FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho em um horá- 4500-------48
rio de trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem 75000------x
trânsito intenso, Lucas foi de carro para o trabalho a uma X=3600000/4500=800 minutos
velocidade média 20km/h maior do que no dia de trânsito 800/60=13,33h
intenso e gastou 48min. 13 horas e 1/3 hora
13h e 20 minutos
A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é:
(A) 36;
(B) 40;
(C) 48;
(D) 50;
(E) 60.
06. Resposta: D.
1h45min=60+45=105 minutos 7 PROBLEMAS ENVOLVENDO O CÁLCULO DE
ÁREA E PERÍMETRO DE FIGURAS PLANAS E
15km-------105 VOLUME. 8 LEITURA DE MAPAS E PLANTAS
1--------------x BAIXAS. 9 LOCALIZAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO
X=7 minutos UTILIZANDO MAPAS E PLANTAS BAIXAS.
1h20min=60+20=80min Ângulos
8km----80 Denominamos ângulo a região do plano limitada por
1-------x duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem
X=10minutos o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do
ângulo.
A diferença é de 3 minutos
07. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversa-
mente)
80v=48V+960
32V=960 Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do
V=30km/h que 90º.
30km----60 min
x-----------80
60x=2400
X=40km
08 Resposta: B.
12:45 até 13:12 são 27 minutos
27x60=1620 segundos
Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do
09. Resposta: B. que 90º.
1m³=1000litros
36000/1000=36 m³
36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros
10.Resposta: E.
1,7m=170cm
1,45m=145 cm
170/40=4 resta 10
145/40=3 resta 25
4+3=7
Ângulo Raso:
Triângulo
Elementos
Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que
liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.
QUADRILÁTEROS
Quadrilátero é todo polígono com as seguintes pro-
priedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º
Quanto aos ângulos
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.
Triângulo acutângulo:tem os três ângulos agudos
- é paralelo a
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.
Áreas
Ângulos Externos
Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais,
então a razão de dois segmentos quaisquer de uma trans-
versal é igual à razão dos segmentos correspondentes da
outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:
Exemplo
Semelhança de Triângulos
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os
seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as mes-
mas medidas, e os lados correspondentes forem propor-
cionais.
Casos de Semelhança
1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de
vértices correspondentes, então esses triângulos são con-
gruentes.
Temos:
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.
3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes
proporcionais, então esses dois triângulos são semelhan-
tes.
Neste triângulo, temos que: c²=a²+b² 4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos qua-
Dividindo os membros por c² drados dos catetos (Teorema de Pitágoras).
Retas Coplanares
a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa
(A) 100 m.
(B) 108 m. A área da região sombreada, da figura acima apresen-
(C) 112 m. tada, é
(D) 116 m. (A) 100 - 5π .
(E) 120 m. (B) 100 - 10π .
(C) 100 - 15π .
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) (D) 100 - 20π .
Considere um triângulo retângulo de catetos medindo 3m (E) 100 - 25π .
e 5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante ao pri-
meiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá como 05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No
medidas dos catetos, em metros: cubo de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se represen-
(A) 3 e 10. tado um plano passando pelos vértices B e C e pelos pon-
(B) 3√2 e 5√2 . tos P e Q, pontos médios, respectivamente, das arestas EF
(C) 3√2 e 10√2 . e HG, gerando o quadrilátero BCQP.
(A) 80 e 64.
(B) 80 e 62.
(C) 62 e 80.
(D) 60 e 80.
(E) 60 e 78.
07. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU- 10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VU-
NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em cen- NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão indi-
tímetros, mostra um painel informativo ABCD, de formato cadas em metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas com
retangular, no qual se destaca a região retangular R, onde formato de triângulos retângulos, situadas em uma praça
x > y. e destinadas a atividades de recreação infantil para faixas
etárias distintas.
Lado=3√2
(A) 64,2 m Outro lado =5√2
(B) 46,2 m
(C) 92,4 m 03. Resposta: D.
(D) 128,4 m
Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente a
mesma medida da parte reta da cinta.
Respostas Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado
esticado tem 8x3=24 m
01. Resposta: D. A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo,
como são três partes, é a mesma medida de um círculo.
O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π
Portanto, a cinta tem 8π+24
04. Resposta: E.
05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25
CQ²=125
CQ=5√5 9x=108
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC X=12
A=5√5 ⋅ 10=50√5
Para encontrar o perímetro do triângulo R2:
06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.
17²=x²+8²
289=x²+64
X²=225
X=15
07. Resposta: A.
5y=320 Y²=16²+12²
Y=64 Y²=256+144=400
Y=20
Perímetro: 16+12+20=48
5x=400
X=80 11. Resposta: C.
X=6
a2=b2+c2
a2 = b2 + c2 a2 = 41616
Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabelecer uma relação importante entre a medida d da diagonal e a
medida l do lado de um quadrado.
d= medida da diagonal
l= medida do lado
d2=l2+l2 d= 2l 2
d2=2 l2 d=l 2
Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabelecer uma relação importante entre a medida h da altura e a me-
dida l do lado de um triângulo equilátero.
l= medida do lado
h= medida da altura
Exercícios resolvidos
a) 10
b) 11
c) 12
d) 13
e) 14
2. Uma empresa de iluminação necessita esticar um cabo de energia provisório do topo de um edifício, cujo formato é
um retângulo, a um determinado ponto do solo distante a 6 m, como ilustra a figura a seguir. O comprimento desse cabo
de energia, em metros, será de:
a) 28
b) 14
c) 12
d) 10
e) 8
3. (Fuvest) Um trapézio retângulo tem bases medindo 5 6. O valor do segmento desconhecido x no triângulo
e 2 e altura 4. O perímetro desse trapézio é: retângulo a seguir, é:
a) 17
b) 16
c) 15
d) 14
e) 13
a) 7,5
b) 14,4
c) 12,5
d) 9,5
e) 10,0
6) Alternativa a
Solução: aplicação direta do Teorema de Pitágoras:
x2 = 122 + 92
x2 = 144 + 81
x2 = 225
x=
x = 15
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br
Histogramas
Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visua-
queremos demonstrar cada parte, separando cada pedaço lização de dados e muitas vezes é através dela que vamos
como numa pizza. fazer os tipos de gráficos vistos anteriormente.
aparelho quan�dade
televisão 3
celular 4
Geladeira 1
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
05. (TCE/PR – Conhecimentos Básicos – CES- 06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA-
PE/2016) TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a nomen-
clatura dos três gráficos abaixo, respectivamente.
xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40
04. Resposta: A.
X+0,5x+4x+3x+1,5x=360
10x=360
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°
05. Resposta: B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que
os dois primeiros meses de receita diminuem e os dois
meses seguintes aumentam, o mesmo acontece com a
despesa.
06. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores
ou pizza e de linha
07. Resposta: D.
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104
salários
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
( ) Certo( ) Errado (D) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6
RESPOSTAS 5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
(E) 60% de 30=0,6x30=18
01. Resposta: E. 30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20
13,7/7,2=1,90
Houve um aumento de 90%. 08. Resposta: A.
Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50,
02. Resposta: D 40-45, 35-40,
81+27=108
108 ônibus somam 60%(100-35-5) 09. Resposta: CERTA.
108-----60 555----100%
x--------100 x----55%
x=10800/60=180 x=305,25
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas.
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Atenção
A missão do IBGE é “retratar o Brasil com informações
necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exer-
cício da cidadania”.
Conhecimentos Técnicos
1 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para chegar a um consenso sobre quais questões serão investigadas no Censo Demográfico 2020, o IBGE promove
consultas e debates amplos: com a sociedade brasileira e órgãos técnico-governamentais.
A partir daí, com a conclusão do Censo, o Brasil vai dispor de informações necessárias para conhecer as característi-
cas das pessoas – onde residem, por exemplo –, a fim de planejar políticas e investimentos públicos.
O conjunto de dados coletados trará resultados relacionados a questões fundamentais, como:
• O total da população do País por sexo e faixa etária e como está distribuída no Território Nacional;
• A expectativa de vida da população do País;
• A estimativa de brasileiros que vivem fora do País;
• O número médio de filhos que uma mulher teria ao final do seu período fértil;
• O tipo de habitação em que vive a população do País;
• A proporção da população que tem acesso ao saneamento básico;
• O nível de instrução da população;
• As condições de trabalho e o rendimento da população;
• Um panorama da diversidade étnico-racial da população brasileira, com sua distribuição por cor ou raça; e
• A caracterização dos povos indígenas por etnia e línguas indígenas faladas ou utilizadas nos seus domicílios, além
de dados sobre a população quilombola.
Os dados coletados no Censo Demográfico 2020 são relativos ao estado de coisas em uma data específica, isto é, a
um retrato da situação naquele momento.
É preciso adotar uma data específica como referência para evitar divergências entre quantitativos e características da
população, que se alteram com o tempo: entre o início e o fim do período da coleta.
Atenção
A coleta do Censo Demográfico 2020 será realizada em todo o Brasil a partir do dia 1º de agosto de 2020, mas a data
de referência do Censo Demográfico 2020 é a meia-noite de 31 de julho para 1º de agosto de 2020.
Isto significa que os Recenseadores deverão considerar a realidade desse instante no tempo como referência para a
coleta de dados.
Conhecimentos Técnicos
2 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Posto de coleta
O Posto de Coleta é o local de trabalho criado tem-
porariamente pelo IBGE para dar suporte à operação
censitária. Nele, reúne-se a equipe encarregada do ge-
renciamento e da coleta de dados [Glossário] de uma de-
terminada área.
Conhecimentos Técnicos
3 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Lista de Endereços
• Questionários
o Básico
o Amostra
Conhecimentos Técnicos
4 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Questionário Básico
É o questionário com menor número de quesitos, em
que serão registradas as características do domicílio e de
seus moradores na data de referência [Glossário]. Os que-
sitos desse questionário serão aplicados a todos os domi-
cílios.
Questionário da Amostra
Esse questionário é respondido por uma parte da po-
pulação, selecionada de forma aleatória por meio de cálcu-
los específicos, formando uma amostra estatística.
Atenção
Apenas um modelo de questionário (básico ou amos-
tra) será aplicado em cada domicílio.
Conhecimentos Técnicos
5 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• IRPF: para aqueles cuja base de cálculo sofra re- Conduta do Recenseador
tenção do imposto, conforme tabela do IRPF vigente em Milhares de Recenseadores do IBGE, em todo o Bra-
cada mês; sil, vão às ruas em busca de informações de qualidade
• Pensão alimentícia, quando houver; e para a coleta do Censo Demográfico 2020. Nesse pro-
• Valores de produção recebidos indevidamente. cesso, interagem com diferentes públicos, cada qual com
suas características e peculiaridades.
Face a essa diversidade, é natural que os moradores
recebam os Recenseadores de maneiras distintas. Ora
com receptividade, ora com desconfiança e resistência.
O tratamento cortês, respeitoso e seguro com o in-
formante é fundamental para estabelecer uma relação de
confiança e cooperação. Além disso, é importante que o
Recenseador apresente uma postura de trabalho adequa-
da e use sempre o crachá de identificação.
13º salário
• Gratificação natalina proporcional aos meses de tra-
balho, observada a regra de que a fração igual ou superior
a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.
Férias indenizadas
• Indenização relativa ao período incompleto de férias,
na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo
exercício, ou fração superior a 14 (quatorze) dias, acres- Importante
cido do adicional de 1/3 (um terço) da remuneração das Informe ao entrevistado que é possível verificar a iden-
férias. tidade do Recenseador pela internet ou por telefone. Pela
Internet, o canal é o site: http://respondendo.ibge.gov.br; e
Conhecimentos Técnicos
6 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Importante
O IBGE não divulga os dados de nenhuma pesquisa,
inclusive do Censo, que possam identificar o informante
como nomes, telefones, etc.
É essencial evitar temas delicados, como política ou A “Lei 5.534”, de 14 de novembro de 1968 assegura o
religião; não emitir opiniões; procurar desviar-se de afirma- sigilo dessas informações.
ções polêmicas e manter o foco na coleta de dados.
Atenção
Importante A violação do sigilo por servidores, agentes de pes-
O Recenseador deve explicar para o informante, de quisa e Recenseadores do IBGE está sujeita a punição de
forma clara e segura, a importância do Censo Demográfico acordo com as normas e a legislação.
2020.
Conduta do Recenseador - Informantes resistentes
Conduta do Recenseador – Identificação Em caso de resistência à prestação de informações
É preciso vestir-se de forma adequada e discreta, e ao IBGE, é necessário que o Recenseador consiga apre-
estar sempre portando o crachá de identificação. O crachá sentar argumentos convincentes ao informante relutante.
é o documento que credencia o funcionário a realizar a Exemplificamos dois argumentos importantes em seguida:
pesquisa para o IBGE. Os dados do Censo são uma importante fonte de es-
O Recenseador, assim como o Agente Censitário Mu- tatística entregue a toda a sociedade. E também para o
nicipal (ACM) e o Agente Censitário Supervisor (ACS), próprio IBGE, que elabora estimativas úteis para a melho-
deve falar também corretamente, evitando cometer erros ria do País.
de português ou usar gírias e palavras inadequadas. As informações coletadas são utilizadas exclusiva-
Durante o trabalho de campo, os entrevistados podem mente para fins estatísticos. O sigilo delas é garantido por
fazer perguntas ao Recenseador e ao supervisor sobre o lei. Além disso, os dados da pesquisa são divulgados de
objetivo da pesquisa e o porquê da visita. Dependendo das forma agregada, ou seja, de forma vinculada a um total
respostas, o informante pode fazer um “julgamento” equi- (por soma dos valores de cada domicílio aos valores de
vocado do funcionário e do IBGE. outros domicílios) e não individualizada. Assim, o IBGE di-
Os funcionários do Instituto precisam cultivar uma ati- vulga apenas o valor total por setor censitário, nunca por
tude de autoconfiança. Isto é, precisam estar cientes do domicílio. Por isso, em hipótese alguma, o sigilo dos dados
que exatamente fazem, transmitindo segurança ao infor- individualizados será desrespeitado.
mante sobre a seriedade da operação.
Conhecimentos Técnicos
7 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Importante
Se, mesmo assim, a recusa persistir, o Recenseador deve comunicá-la ao Supervisor para receber novas orientações.
Atenção
Em locais de povos e comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, povos ciganos, pescadores artesanais, etc.),
além dos cuidados rotineiros de abordagem, previstos para o trabalho do IBGE para qualquer outro Setor Censitário, de-
vem ser tomados outros cuidados, de acordo com a tradicionalidade dos diversos grupos. Siga as orientações específicas
que serão fornecidas em momento oportuno, antes de entrar nessas áreas especiais.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
O Censo Demográfico 2020 constitui uma grande operação estatística, mobilizando centenas de pessoas desde a
fase de planejamento até a divulgação dos resultados.
Para atingir os objetivos da operação, a estrutura organizacional do Censo Demográfico 2020 definiu-se a partir das
representações das Unidades Estaduais do IBGE:
Conhecimentos Técnicos
8 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A fim de que os coordenadores possam exercer os leta, e acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos. É
seus papéis no Censo Demográfico 2020, é necessário muito importante que ele garanta que os seus supervisio-
que eles conheçam muito bem as atribuições específicas nados cumpram com as normas estabelecidas pelo IBGE.
de suas funções, as quais serão detalhadas no treinamen- O Posto de Coleta serve de base física para a equipe
to presencial. da coleta de dados e da supervisão, ou seja, é o ponto de
encontro dos Supervisores e Recenseadores durante as
QUEM É? operações do Censo 2020. Para gerenciar o Posto de Co-
AGENTE CENSITÁRIO SUPERVISOR leta, o ACM utiliza o Sistema Integrado de Gerenciamento
O Agente Censitário Supervisor (ACS) [Glossário] será e Controle – SIGC.
a pessoa que supervisionará o trabalho de uma equipe de
Recenseadores, orientando e corrigindo falhas, assegu- Função do Agente Censitário Municipal - ACM
rando, assim, a qualidade dos trabalhos. Em linhas gerais, Durante todo o trabalho do Censo 2020, o ACM estará
buscará garantir que o projeto Censo Demográfico 2020 à frente de dois grupos de ação:
se concretize com sucesso. • Gerencial – administração da equipe (supervisores e
A primeira atividade do ACS é o reconhecimento do recenseadores), e dos materiais e equipamentos do Posto
setor onde realizará o seu percurso completo, atualizando de Coleta;
suas faces e seus logradouros. Concomitante ao reconhe- • Técnico – acompanhamento técnico e monitoramen-
cimento do setor, coletará os dados da Pesquisa Urbanís- to à coleta de dados
tica do Entorno dos domicílios. Esta atividade ocorrerá em O ACM responde técnica e administrativamente ao
período anterior à coleta de dados realizada pelo Recen- Coordenador Censitário de Subárea (CCS), como visto na
seador. estrutura censitária simplificada.
O ACS deverá registrar todas as informações encon-
tradas durante o percurso que não estejam atualizadas CONCEITOS
ou em conformidade com os instrumentos de trabalho de FUNDAMENTAIS
campo (DMC, mapa do setor ou descritivo). Muitos dos conceitos que apresentaremos (como en-
O ACS exercerá, ainda, as tarefas de supervisão da dereço, morador, logradouro e domicílio) fazem parte do
operação censitária, com atenção às questões técnicas e nosso cotidiano. Contudo, a atuação do Recenseador exi-
de informática, exercendo, quando necessário, tarefas ad- ge o conhecimento específico dos conceitos fundamentais
ministrativas, como renovação de contratos, avaliação de utilizados pelo IBGE, para colher resultados adequados.
Recenseadores, etc. Estará subordinado ao Agente Cen-
sitário Municipal (ACM). Divisão político-administrativa do Brasil
A função de Supervisor serve de elo entre aqueles que Para nos ajudar a compreender o que é o setor censi-
coletam as informações (os Recenseadores) e aqueles tário, devemos compreender, em primeiro lugar, o que é a
que gerenciam o Posto de Coleta (responsabilidade do divisão político-administrativa brasileira.
ACM). A extensão, o conteúdo territorial, o número de domi-
cílios e estabelecimentos presentes no Setor Censitário
Função do Agente Censitário Supervisor - ACS [Glossário] influenciam a carga de trabalho do Recense-
ador. Por isso, os setores censitários são planejados para
Sua principal função é acompanhar, avaliar e, sobre- que possuam dimensões adequadas ao trabalho das pes-
tudo, orientar os Recenseadores durante a execução dos quisas do IBGE. Além disso, os setores censitários res-
trabalhos de campo. Assim, evitam-se erros no preenchi- peitam a divisão político-administrativa do país e outros
mento dos questionários e falhas na cobertura do Setor recortes geográficos.
(como a omissão de pessoas e domicílios) O Brasil está dividido, em seu aspecto político-admi-
O ACM é quem irá orientá-lo na correta execução de nistrativo, nas seguintes unidades territoriais:
seu trabalho. O ACS deve se reportar ao ACM sempre que • Unidades Federativas,
houver qualquer dúvida ou problema que comprometa a • Municípios,
realização de suas tarefas. • Distritos e
Para que os ACS cumpram com tranquilidade suas • Subdistritos.
funções, estas foram divididas em duas grandes frentes: A figura a seguir apresenta um esquema dessas uni-
• O treinamento e a contratação dos Recenseadores; e dades e o número de cada uma delas no País em dezem-
•O apoio ao Recenseador e a supervisão do seu tra- bro de 2019.
balho de coleta
QUEM É?
AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL
O Agente Censitária Municipal (ACM) desempenhará
a função de gerente do Posto de Coleta. Isto envolve as
seguintes funções: gerenciar um grupo de supervisores
(ACS), distribuir tarefas, zelar pelos equipamentos de co-
Conhecimentos Técnicos
9 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Caso necessário, relembre quais são algumas das entidades da Federação (estados, Distrito Federal e as suas res-
pectivas siglas):
Conhecimentos Técnicos
10 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A imagem exemplifica um Setor Censitário, com seus limites assinalados em cor amarela. Isso significa que a área de
trabalho abrange os domicílios e estabelecimentos situados em seu interior.
Feita a distinção entre urbano e rural, o IBGE identifica outras estruturas territoriais por meio dos tipos de Setores
Censitários para fins de coleta, conforme apresentados a seguir:
Conhecimentos Técnicos
11 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Conhecimentos Técnicos
12 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Importante
Cada um desses tipos requer uma abordagem específica do Recenseador.
Por meio dela, cabe ao Estado brasileiro garantir a consulta a esses povos mediante procedimentos apropriados e,
particularmente, através de suas instituições representativas, cada vez que se antevejam procedimentos suscetíveis a
afetá-los diretamente, tais como as pesquisas do IBGE.
Em muitas áreas indígenas, o Recenseador precisará ser acompanhado por um guia e/ou um intérprete. De acordo
com o Censo Demográfico 2010, 28,8% dos indígenas residentes em terras indígenas não falavam português no domicí-
lio. A indicação do guia e/ou intérprete é feita com apoio da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, da Secretaria Especial
de Saúde Indígena – SESAI como também através de consulta às lideranças, que têm peso decisivo nessas indicações.
Em algumas áreas quilombolas, o Recenseador também precisará ser acompanhado por um guia comunitário.
Quadra e Face
Para que o Recenseador seja capaz de realizar o seu trabalho corretamente no seu Setor Censitário, é necessário
compreender dois conceitos básicos: Quadra e Face.
A imagem a seguir indica uma quadra padrão composta de 4 faces.
Quadra
É um trecho, geralmente retangular, de uma área urbana ou aglomerado rural, delimitado por elementos como: ruas,
estradas, estradas de ferro, cursos d’água ou encostas. Contudo, pode ter forma irregular. Em alguns locais, a quadra é
chamada de quarteirão.
Face
É cada um dos lados da quadra, contendo ou não endereços.
Endereço
O endereço reúne informações que permitem identificar uma unidade construída ou em construção dentro de um mu-
nicípio, tal como uma casa, um prédio, um apartamento, um estabelecimento, etc.
O IBGE adota um Padrão de Registro de Endereços bastante detalhado, que será objeto do treinamento presencial.
Consideram-se como componentes do endereço:
1) Logradouro;
2) Número;
3) Complemento; e
4) Coordenadas Geográficas.
Veremos a seguir como se definem esses componentes.
Conhecimentos Técnicos
13 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Logradouro
O logradouro é uma área ou via pública, reconhecida pela comunidade, em que circulam pessoas, veículos e merca-
dorias. Na maioria das vezes, recebe um nome de conhecimento geral. Um logradouro pode ser uma avenida, uma viela,
uma praça, uma estrada, um acesso ou até mesmo um rio.
Ao se registrar um logradouro, deve-se denominá-lo preferencialmente segundo a forma oficial, sem omissão de ter-
mos e sem abreviações.
Exemplos: Rua Santo Antônio, Avenida Corifeu de Azevedo Marques, Estrada BR 101, Rio Solimões etc.
Número
É o valor numérico propriamente dito que indica a posição da edificação no logradouro
Complemento
Muitas vezes, ao chegar a um número de um logradouro, observamos a existência de várias unidades, cujo acesso
se dá pelo mesmo número (pela mesma posição no logradouro). O complemento é utilizado para identificar cada unidade
nesse número. Essa situação é muito comum em edificações com múltiplas unidades, tais como prédios ou condomínios
residenciais. São exemplos de complemento: bloco, apartamento, casa 1, casa 2, fundos, sobrado etc.
A tabela a seguir apresenta alguns exemplos de endereços, segundo os componentes explicados acima:
Coordenadas Geográficas
As coordenadas geográficas consistem em um dos métodos mais eficientes de localização, pois permitem identificar
qualquer ponto na superfície da Terra por meio de dois valores: latitude e longitude. Essas coordenadas são um importante
recurso para o trabalho nos Setores Censitários. Os valores de latitude e longitude podem ser obtidos através de um receptor
de sinais de satélites, que se encontra integrado ao DMC. Confira abaixo definições mais específicas desses valores:
Conhecimentos Técnicos
14 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Essas coordenadas são um importante recurso para o trabalho no Setor Censitário, tendo em vista que as Coordena-
das Geográficas constituem um componente do endereço no IBGE. Durante o treinamento presencial, será realizado um
exercício de simulação sobre como obter as coordenadas no DMC.
Morador
Para o IBGE, o Morador é a pessoa que: “tem o domicílio como local habitual de residência na data de referência”.
Atenção
A presença ou ausência da pessoa no domicílio na data de referência não define se ela é ou não moradora do domi-
cílio.
Importante
A data de referência é o parâmetro que indica quem deverá ser recenseado.
Devem ser recenseadas todas as pessoas que moravam no domicílio na data de referência: à meia-noite de 31 de
julho para 1º de agosto de 2020
A pessoa pode estar presente e não ser moradora, mas também pode estar ausente e ser moradora.
Parece confuso, mas é fácil de explicar.
Morador é a pessoa que:
a. tem o domicílio como local habitual de residência e nele se encontrava na data de referência; ou
b. embora ausente na data de referência, tem o domicílio como local habitual de residência, desde que a ausência não
seja superior a 12 meses pelos motivos que veremos a seguir:
b.1) viagem a passeio, a serviço, a negócios, de estudos etc.;
b.2) afastamento de sua comunidade tradicional por motivo de caça, pesca, extração vegetal, trabalho na roça, parti-
cipação em festas ou rituais;
b.3) internação em estabelecimento de ensino ou hospedagem em outro domicílio, pensionato, república de estudan-
tes, visando facilitar a frequência à escola durante o ano letivo;
Conhecimentos Técnicos
15 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Conhecimentos Técnicos
16 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Cômodo
Para o IBGE, o conceito de cômodo é todo comparti-
mento coberto por um teto, limitado por paredes e que seja
parte integrante do domicílio, inclusive banheiro e cozinha.
Por “parede” entende-se aqui a construção vertical que
permite limitar, dividir ou vedar espaços.
Note-se que o cômodo pode existir tanto na parte inter-
na, quanto na parte externa da edificação principal do do-
micílio, ainda sendo considerada como parte integrante do
domicílio (por exemplo, um banheiro construído separada-
mente da construção principal dentro do mesmo terreno).
Conhecimentos Técnicos
17 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Conhecimentos Técnicos
18 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
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Conhecimentos Técnicos
19 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
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Conhecimentos Técnicos
20 A Opção Certa Para a Sua Realização