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Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística - IBGE

Recenseador

OP-019MR-20

Língua Portuguesa
1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3 Domínio da ortografia oficial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
4 Domínio dos mecanismos de coesão textual. 4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e
repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual. 4.2 Emprego de tempos e modos
verbais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
5 Domínio da estrutura morfossintática do período. 5.1 Emprego das classes de palavras. . . . . . . . . . . . . . . . 09
5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. 5.3 Relações de subordinação entre
orações e entre termos da oração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5.4 Emprego dos sinais de pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
5.5 Concordância verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
5.6 Regência verbal e nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
5.7 Emprego do sinal indicativo de crase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
5.8 Colocação dos pronomes átonos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
6 Reescrita de frases e parágrafos do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
6.1 Significação das palavras. 6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 6.3 Reorganização da estrutura de
orações e de períodos do texto. 6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. . . . . . . . . . . 55

Ética no Serviço Público


1 Código de Ética do IBGE (disponível no endereço eletrônico https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/
liv98031.pdf e no http://www.cebraspe.org.br/concursos/ibge_20_recenseador para download). . . . . . . . . . . . . . 01
2 Lei nº 8.112/1990 e suas alterações (art. 116, incisos I a IV, inciso V, alíneas a e c, incisos VI a XII e parágrafo
único; art. 117, incisos I a VI e IX a XIX; art. 118 a art. 126; art. 127, incisos I a III; art. 132, incisos I a VII, e IX a
XIII; art. 136 a art. 141; art. 142, incisos I, primeira parte, II e III, e § 1º a §4º). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
Matemática
1 Números reais. 1.1 Operações e problemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2 Porcentagens. 2.1 Problemas que envolvem cálculo de percentuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3 Função do 1º grau. 3.1 Representações algébrica e gráfica. 4 Grandezas diretamente proporcionais e
grandezas inversamente proporcionais. 5 Resolução de equações do 2º grau. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6 Unidades de medida (de comprimento, volume, capacidade, tempo, massa, temperatura e área) e
resolução de problemas envolvendo grandezas (comprimento, volume, capacidade, tempo, massa,
temperatura e área). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
7 Problemas envolvendo o cálculo de área e perímetro de figuras planas e volume. 8 Leitura de mapas e plantas
baixas. 9 Localização e movimentação utilizando mapas e plantas baixas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
10 Leitura e interpretação de tabelas e gráficos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

Conhecimentos Técnicos
1 Conhecimentos técnicos aplicados no Censo Demográfico 2020 (documento “Estudo dos Conhecimentos
Técnicos” disponível no endereço eletrônico http://www.cebraspe.org.br/concursos/ibge_20_recenseador,
para download). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
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LÍNGUA PORTUGUESA
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Interpretar / Compreender
1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE
TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS. Interpretar significa:
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE - Através do texto, infere-se que...
DIFERENTES GÊNEROS - É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e rela- - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
cionadas entre si, formando um todo significativo capaz de
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar Compreender significa
e decodificar). - entendimento, atenção ao que realmente está escri-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. to.
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com - o texto diz que...
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a - é sugerido pelo autor que...
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli- - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre ção...
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de - o narrador afirma...
seu contexto original e analisada separadamente, poderá
ter um significado diferente daquele inicial. Erros de interpretação
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci- - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir nação.
daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamenta- - Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ções -, as argumentações - ou explicações -, que levam ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é
ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o
Normalmente, numa prova, o candidato deve: entendimento do tema desenvolvido.
- Contradição = às vezes o texto apresenta ideias con-
1- Identificar os elementos fundamentais de uma ar- trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
gumentação, de um processo, de uma época (neste caso, cadas e, consequentemente, errar a questão.
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem Observação - Muitos pensam que existem a ótica
o tempo). do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas
2- Comparar as relações de semelhança ou de dife- numa prova de concurso, o que deve ser levado em consi-
renças entre as situações do texto. deração é o que o autor diz e nada mais.
3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com
uma realidade. Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre
5- Parafrasear = reescrever o texto com outras pala- si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através
vras. de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um
pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o
Condições básicas para interpretar que se vai dizer e o que já foi dito.

Fazem-se necessários: Observação – São muitos os erros de coesão no dia


- Conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e
literários, estrutura do texto), leitura e prática; do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esque-
texto) e semântico; cer também de que os pronomes relativos têm, cada um,
valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao
Observação – na semântica (significado das pala- antecedente.
vras) incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e Os pronomes relativos são muito importantes na in-
conotação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
linguagem, entre outros. coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
- Capacidade de observação e de síntese; existe um pronome relativo adequado a cada circunstân-
- Capacidade de raciocínio. cia, a saber:
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden-
te, mas depende das condições da frase.
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa)

Língua Portuguesa
1 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e de- QUESTÕES


pois o objeto possuído.
- como (modo) 1-) (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO
- onde (lugar) PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM
- quando (tempo) ELETRÔNICA – IADES/2014)
- quanto (montante)
Gratuidades
Exemplo: Crianças com até cinco anos de idade e adultos com
Falou tudo QUANTO queria (correto) mais de 65 anos de idade têm acesso livre ao Metrô-DF.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deve- Para os menores, é exigida a certidão de nascimento e,
ria aparecer o demonstrativo O). para os idosos, a carteira de identidade. Basta apresentar
um documento de identificação aos funcionários posicio-
Dicas para melhorar a interpretação de textos nados no bloqueio de acesso.
Disponível em: <http://www.metro.df.gov.br/estacoes/
- Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do gratuidades.html> Acesso em: 3/3/2014, com adaptações.
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candi-
datos na disputa, portanto, quanto mais informação você Conforme a mensagem do primeiro período do texto,
absorver com a leitura, mais chances terá de resolver as assinale a alternativa correta.
questões.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrom- (A) Apenas as crianças com até cinco anos de idade
pa a leitura. e os adultos com 65 anos em diante têm acesso livre ao
- Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o Metrô-DF.
texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem neces- (B) Apenas as crianças de cinco anos de idade e os
sárias. adultos com mais de 65 anos têm acesso livre ao Metrô-
- Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma
-DF.
conclusão).
(C) Somente crianças com, no máximo, cinco anos de
- Volte ao texto quantas vezes precisar.
idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre
- Não permita que prevaleçam suas ideias sobre
ao Metrô-DF.
as do autor.
(D) Somente crianças e adultos, respectivamente, com
- Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor
cinco anos de idade e com 66 anos em diante, têm acesso
compreensão.
livre ao Metrô-DF.
- Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de
cada questão. (E) Apenas crianças e adultos, respectivamente, com
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. até cinco anos de idade e com 65 anos em diante, têm
- Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo acesso livre ao Metrô-DF.
geralmente mantém com outro uma relação de continua-
ção, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem 1-) Dentre as alternativas apresentadas, a única que
essas relações. condiz com as informações expostas no texto é “Somente
- Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos
a ideia mais importante. com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao Metrô-DF”.
- Nos enunciados, grife palavras como “correto” RESPOSTA: “C”.
ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora
da resposta – o que vale não somente para Interpretação 2-) (SUSAM/AM – TÉCNICO (DIREITO) – FGV/2014
de Texto, mas para todas as demais questões! - adaptada) “Se alguém que é gay procura Deus e tem
- Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia princi- boa vontade, quem sou eu para julgá-lo?” a declaração
pal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão. do Papa Francisco, pronunciada durante uma entrevista à
- Olhe com especial atenção os pronomes relativos, imprensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou como um
pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., cha- trovão mundo afora. Nela existe mais forma que substân-
mados vocábulos relatores, porque remetem a outros vo- cia – mas a forma conta”. (...)
cábulos do texto. (Axé Silva, O Mundo, setembro 2013)

Fontes de pesquisa: O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu- um trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mes-
gues/como-interpretar-textos ma dois sentidos, que são
http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-melho-
rar-a-interpretacao-de-textos-em-provas (A) o barulho e a propagação.
http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-para- (B) a propagação e o perigo.
-voce-interpretar-melhor-um.html (C) o perigo e o poder.
http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques- (D) o poder e a energia.
tao-117-portugues.htm (E) a energia e o barulho.

Língua Portuguesa
2 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

2-) Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um Cada tipo de texto apresenta diferentes característi-
trovão, provavelmente a intenção do autor foi a de mos- cas: estrutura, construções frásicas, linguagem, vocabulá-
trar o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo rio, tempos verbais, relações lógicas e modo de interação
afora. Você pode responder à questão por eliminação: a com o leitor.
segunda opção das alternativas relaciona-se a “mundo Temos os seguintes tipos textuais:
afora”, ou seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria Texto dissertativo (expositivo e argumentativo);
apenas a alternativa A! Texto narrativo;
RESPOSTA: “A”. Texto descritivo.

3-) (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRA- Dissertação


ÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO
EM CONTABILIDADE – IADES/2014 - adaptada) É um tipo de texto argumentativo que expõe um tema,
Concha Acústica avalia, classifica e analisa. Há predomínio da linguagem
Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de objetiva, com a finalidade de defender um argumento, atra-
Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de Bra- vés da apresentação de uma tese que será defendida, o
sília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada por desenvolvimento ou argumentação e o fechamento. Na
Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969 e dissertação prevalece a linguagem objetiva e a denotação.
doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje Os textos dissertativos podem ser expositivos ou argu-
Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. mentativos. Um texto dissertativo-expositivo visa apenas
Foi o primeiro grande palco da cidade. expor um ponto de vista, não havendo a necessidade de
Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossa- convencer o leitor. Já o texto dissertativo-argumentativo
-cultura/concha- acustica.html>. Acesso em: 21/3/2014, visa persuadir e convencer o leitor a concordar com a tese
com adaptações. defendida.
Exemplos de texto dissertativo-expositivo: enciclopé-
dias, resumos escolares, jornais e verbetes de dicionário.
Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem
Exemplos de texto dissertativo-argumentativo: artigos
compatível com o texto.
de opinião, abaixo-assinados, manifestos e sermões.
(A) A Concha Acústica do DF, que foi projetada por Os-
“Tem havido muitos debates em torno da ineficiência
car Niemeyer, está localizada às margens do Lago Para-
do sistema educacional do Brasil. Ainda não se definiu,
noá, no Setor de Clubes Esportivos Norte.
entretanto, uma ação nacional de reestrutura do processo
(B) Oscar Niemeyer projetou a Concha Acústica do DF
educativo, desde a base ao ensino superior. ”
em 1969.
(C) Oscar Niemeyer doou a Concha Acústica ao que Narração
hoje é a Secretaria de Cultura do DF.
(D) A Terracap transformou-se na Secretaria de Cultu- A narração é um tipo de texto sequencial que expõe
ra do DF. um fato, relaciona mudanças de situação e aponta antes,
(E) A Concha Acústica foi o primeiro palco de Brasília. durante e depois dos acontecimentos. Há presença de nar-
rador, personagens, enredo, tempo e cenário. A apresen-
3-) Recorramos ao texto: “Localizada às margens do tação do conflito é feita através do uso de verbos de ação,
Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao geralmente mesclada com descrições e diálogo direto.
lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha Exemplos: romances, contos, fábulas, depoimentos e
Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer”. As infor- relatos.
mações contidas nas demais alternativas são incoerentes
com o texto. “Numa tarde de primavera, a moça caminhava a pas-
RESPOSTA: “A”. sos largos em direção ao convento. Lá estariam a sua
espera o irmão e a tia Dalva, a quem muito estimava. O
problema era seu atraso e o medo de não mais ser espe-
rada…”
2 RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS
TEXTUAIS. Descrição

Descrição serve para expor características das coisas


As tipologias textuais, são as diferentes formas que ou dos seres pela apresentação de uma visão. Trata-se
um texto pode apresentar, a fim de responder os diferentes de um texto figurativo que retrata pessoas, objetos ou am-
propósitos comunicativos. bientes com predomínio de atributos. O uso de verbos de
Os aspectos que constituem um texto são diferentes ligação, frequente emprego de metáforas, comparações e
de acordo com a finalidade do texto: contar, descrever, ar- outras figuras de linguagem são utilizados para ter como
gumentar, informar, etc. resultado a imagem física ou psicológica.

Língua Portuguesa
3 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Exemplos: folhetos turísticos, cardápios de restauran- *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
tes e classificados. a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assi-
métrico / re + surgir – ressurgir.
“Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
olhos azuis e contentes. Aquele sorriso aberto recepcio- plos: ficasse, falasse.
nava com simpatia a qualquer saudação, ainda que as
bochechas corassem ao menor elogio. Assim era aquele C ou Ç e não S e SS
rostinho de menina-moça da adorável Dorinha.”
vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
Tipologia Textual vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-
Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor çara, caçula, cachaça, cacique.
que também é transmitida através de figuras, impregnado sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
de subjetivismo. Ex.: um romance, um conto, uma poe- uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, cani-
sia… (Conotação, Figurado, Subjetivo, Pessoal). ço, esperança, carapuça, dentuço.
nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção /
Texto não-literário: preocupa-se em transmitir uma deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Ex.: após ditongos: foice, coice, traição.
uma notícia de jornal, uma bula de medicamento. (Denota- palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
ção, Claro, Objetivo, Informativo). marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.

O fonema z

3 DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL. S e não Z

sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-


A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
grafia das palavras. É ela quem ordena qual som devem freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.
ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me-
grafados segundo acordos ortográficos. tamorfose.
formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis,
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren- quiseste.
der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, nomes derivados de verbos com radicais terminados
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, empresa / difundir – difusão.
em alguns casos, há necessidade de conhecimento de eti- diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís -
mologia (origem da palavra). Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.
após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa.
Regras ortográficas verbos derivados de nomes cujo radical termina com
“s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar – pesquisar.
O fonema s
Z e não S
S e não C/Ç
sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjeti-
palavras substantivadas derivadas de verbos com ra- vo: macio - maciez / rico – riqueza / belo – beleza.
dicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - preten- sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de ori-
são / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter gem não termine com s): final - finalizar / concreto – con-
- inversão / aspergir - aspersão / submergir - submersão cretizar.
/ divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compul- consoante de ligação se o radical não terminar com
sório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - dis- “s”: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal
curso / sentir - sensível / consentir – consensual.
Exceção: lápis + inho – lapisinho.
SS e não C e Ç
O fonema j
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem
em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou G e não J
-meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir
- admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percu- palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa,
tir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / gesso.
comprometer - compromisso / submeter – submissão. estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.

Língua Portuguesa
4 A Opção Certa Para a Sua Realização
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terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com pou- borado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de
cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. referência até mesmo para a criação de dicionários, pois
traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado).
Exceção: pajem. Na Internet, o endereço é www.academia.org.br.

terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, Informações importantes


litígio, relógio, refúgio. - Formas variantes são formas duplas ou múltiplas,
verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, equivalentes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/re-
mugir. lampar/relampadar.
depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur- - Os símbolos das unidades de medida são escritos
gir. sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plu-
depois da letra “a”, desde que não seja radical termina- ral, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km,
do com j: ágil, agente. 120km/h.
Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
J e não G - Na indicação de horas, minutos e segundos, não
deve haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h,
palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. 22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minu-
palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, tos e trinta e quatro segundos).
manjerona. - O símbolo do real antecede o número sem espaço:
palavras terminadas com aje: ultraje. R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra
vertical ($).
O fonema ch
Fontes de pesquisa:
X e não CH http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/orto-
grafia
palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi, SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
xucro. Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, la- Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
gartixa. reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
depois de ditongo: frouxo, feixe. Paulo: Saraiva, 2010.
depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Exceção: quando a palavra de origem não derive de
outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) Hífen

CH e não X O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para


ligar os elementos de palavras compostas (como ex-presi-
palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chas- dente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a verbos
si, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha. (ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para fazer a
translineação de palavras, isto é, no fim de uma linha, se-
As letras “e” e “i” parar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).

Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
Com “i”, só o ditongo interno cãibra. tográfica:
verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são es-
critos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. Escrevemos com 1. Em palavras compostas por justaposição que for-
“i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, mam uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se
possui, contribui. unem para formarem um novo significado: tio-avô, porto-
-alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda- -fei-
* Atenção para as palavras que mudam de sentido ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro,
quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (su- azul-escuro.
perfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (ex-
pandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
estância, que anda a pé), pião (brinquedo). zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-
-menina, erva-doce, feijão-verde.
* Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à ortogra- 3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
fia de uma palavra, há a possibilidade de consultar o Vo- cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, re-
cabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), ela- cém-casado.

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4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu- 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo o segundo elemento começar com “o”: cooperação, coo-
uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de- brigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coe-
-meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará. xistir, etc.

5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram no-
Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combi- ção de composição: pontapé, girassol, paraquedas, para-
nações históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola- quedista, etc.
-Brasil, etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: ben-
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- feito, benquerer, benquerido, etc.
per- quando associados com outro termo que é iniciado
por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. - Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas corres-
pondentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-dire- não havendo hífen: pospor, predeterminar, predetermina-
tor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. do, pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio-
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. -humano, super-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma,
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
10. Nas formações em que o prefixo tem como segun-
do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, geo-
Fontes de pesquisa:
--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar,
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/orto-
super-homem.
grafia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro-
-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.

** O hífen é suprimido quando para formar outros ter- QUESTÕES


mos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS –
Lembrete da Zê! 2014) De acordo com a nova ortografia, assinale o item em
Ao separar palavras na translineação (mudança de que todas as palavras estão corretas:
linha), caso a última palavra a ser escrita seja formada A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.
por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escreverei B) supracitado – semi-novo – telesserviço.
anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na pró- C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.
xima linha escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas as D) contrarregra – autopista – semi-aberto.
linhas). E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor.

Não se emprega o hífen: 1-) Correção:


A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = cor-
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo reta
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo
“s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hidro-
antirreligioso, contrarregra, infrassom, microssistema, mi- elétrica, ultrassom
nissaia, microrradiografia, etc. D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infra-
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre- estrutura
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com RESPOSTA: “A”.
vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, auto-
estrada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, auto- 2-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS –
escola, infraestrutura, etc. 2014) De acordo com a nova ortografia, assinale o item em
que todas as palavras estão corretas:
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: de- B) supracitado – semi-novo – telesserviço.
sumano, inábil, desabilitar, etc. C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.

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D) contrarregra – autopista – semi-aberto. 3-) Questão que envolve ortografia.


E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor. I. O cidadão se dirigia para sua SEÇÃO eleitoral. (setor)
II. A zona eleitoral ficava A CERCA DE 200 metros de
2-) Correção: um posto policial. (= aproximadamente)
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta III. O condutor do automóvel INFRINGIU a lei seca.
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo (relacione com infrator)
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hidro- IV. Foi encontrada uma VULTOSA soma de dinheiro no
elétrica, ultrassom carro. (de grande vulto, volumoso)
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto V. O policial anunciou o FLAGRANTE delito. (relacione
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infra- com “pego no flagra”)
estrutura Seção / a cerca de / infringiu / vultosa / flagrante
RESPOSTA: “A”. RESPOSTA: “D”.

3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - CO-


PEVE/UFAL/2014)
4 DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO
TEXTUAL. 4.1 EMPREGO DE ELEMENTOS DE
REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPETI-
ÇÃO, DE CONECTORES E DE OUTROS ELE-
MENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL. 4.2
EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS.

Na construção de um texto, assim como na fala, usa-


mos mecanismos para garantir ao interlocutor a compre-
ensão do que é dito, ou lido. Estes mecanismos linguísti-
cos que estabelecem a coesão e retomada do que foi es-
crito - ou falado - são os referentes textuais, que buscam
garantir a coesão textual para que haja coerência, não só
entre os elementos que compõem a oração, como também
entre a sequência de orações dentro do texto. Essa coe-
são também pode muitas vezes se dar de modo implícito,
baseado em conhecimentos anteriores que os participan-
tes do processo têm com o tema.
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha ima-
ginária - composta de termos e expressões - que une os
Armandinho, personagem do cartunista Alexandre diversos elementos do texto e busca estabelecer relações
Beck, sabe perfeitamente empregar os parônimos “cestas” de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego de
“sestas” e “sextas”. Quanto ao emprego de parônimos, da- diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, subs-
das as frases abaixo, tituição, associação), sejam gramaticais (emprego de
pronomes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se
I. O cidadão se dirigia para sua _____________ elei-
frases, orações, períodos, que irão apresentar o contexto
toral.
– decorre daí a coerência textual.
II. A zona eleitoral ficava ___________ 200 metros de
Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o
um posto policial. apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa inco-
III. O condutor do automóvel __________ a lei seca. erência é resultado do mau uso dos elementos de coesão
IV. Foi encontrada uma __________ soma de dinheiro textual. Na organização de períodos e de parágrafos, um
no carro. erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais
V. O policial anunciou o __________ delito. prejudica o entendimento do texto. Construído com os ele-
mentos corretos, confere-se a ele uma unidade formal.
Assinale a alternativa cujos vocábulos preenchem cor- Nas palavras do mestre Evanildo Bechara, “o enun-
retamente as lacunas das frases. ciado não se constrói com um amontoado de palavras e
orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de
A) seção, acerca de, infligiu, vultosa, fragrante. dependência e independência sintática e semântica, reco-
B) seção, acerca de, infligiu, vultuosa, flagrante. bertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam
C) sessão, a cerca de, infringiu, vultosa, fragrante. estes princípios”.
D) seção, a cerca de, infringiu, vultosa, flagrante. Não se deve escrever frases ou textos desconexos – é
E) sessão, a cerca de, infligiu, vultuosa, flagrante. imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que as fra-
ses estejam coesas e coerentes formando o texto. Relem-
bre-se de que, por coesão, entende-se ligação, relação,
nexo entre os elementos que compõem a estrutura textual.

Língua Portuguesa
7 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Formas de se garantir a coesão entre os elementos momento (presente); ultimamente, recentemente, ontem,
de uma frase ou de um texto: há alguns dias, antes de (pretérito); de agora em diante,
no próximo ano, depois de (futuro).”
1. Substituição de palavras com o emprego de sinô-
nimos - palavras ou expressões do mesmo campo asso- A coerência de um texto está ligada:
ciativo. - à sua organização como um todo, em que devem
2. Nominalização – emprego alternativo entre um ver- estar assegurados o início, o meio e o fim;
bo, o substantivo ou o adjetivo correspondente (desgastar - à adequação da linguagem ao tipo de texto. Um texto
/ desgaste / desgastante). técnico, por exemplo, tem a sua coerência fundamentada
3. Emprego adequado de tempos e modos verbais: em comprovações, apresentação de estatísticas, relato de
Embora não gostassem de estudar, participaram da aula. experiências; um texto informativo apresenta coerência se
4. Emprego adequado de pronomes, conjunções, pre- trabalhar com linguagem objetiva, denotativa; textos poé-
posições, artigos: ticos, por outro lado, trabalham com a linguagem figurada,
livre associação de ideias, palavras conotativas.
O papa Francisco visitou o Brasil. Na capital brasileira,
Sua Santidade participou de uma reunião com a Presiden- Fontes de pesquisa:
te Dilma. Ao passar pelas ruas, o papa cumprimentava as http://www.mundovestibular.com.br/articles/2586/1/
pessoas. Estas tiveram a certeza de que ele guarda res- COESAO-E-COERENCIA-TEXTUAL/Paacutegina1.html
peito por elas. Português – Literatura, Produção de Textos & Gramá-
5. Uso de hipônimos – relação que se estabelece com tica – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus
base na maior especificidade do significado de um deles. Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais gené-
rico).
6. Emprego de hiperônimos - relações de um termo de QUESTÕES
sentido mais amplo com outros de sentido mais específico.
* As questões abaixo também envolvem o conteúdo
Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia com
“Conjunção”. Eu as coloquei neste tópico porque abordam
gato.
- inclusive - coesão e coerência.
7. Substitutos universais, como os verbos vicários.
1-) (SEDUC/AM – ASSISTENTE SOCIAL – FGV/2014)
* Ajuda da Zê: verbo vicário é aquele que substitui ou-
Assinale a opção que indica o segmento em que a conjun-
tro já utilizado no período, evitando repetições. Geralmen-
ção e tem valor adversativo e não aditivo.
te é o verbo fazer e ser. Exemplo: Não gosto de estudar.
Faço porque preciso. O “faço” foi empregado no lugar de (A) “Em termos de escala, assiduidade e participação
“estudo”, evitando repetição desnecessária. da população na escolha dos governantes,...”.
(B) “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, mo-
A coesão apoiada na gramática se dá no uso de co- derno e dinâmico, no cotejo com a restrita experiência elei-
nectivos, como pronomes, advérbios e expressões adver- toral anterior”.
biais, conjunções, elipses, entre outros. A elipse justifica- (C) “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece
-se quando, ao remeter a um enunciado anterior, a palavra quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distri-
elidida é facilmente identificável (Exemplo.: O jovem reco- buição de oportunidades e de mitigação de desigualdades
lheu-se cedo. Sabia que ia necessitar de todas as suas de hoje”.
forças. O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, (D) “A democracia brasileira contemporânea, e apenas
estabelece a relação entre as duas orações). ela na história nacional, inventou o que mais perto se pode
chegar de um Estado de Bem-Estar num país de renda
Dêiticos são elementos linguísticos que têm a pro- média”.
priedade de fazer referência ao contexto situacional ou ao (E) “A baixa qualidade dos serviços governamentais
próprio discurso. Exercem, por excelência, essa função está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta de
de progressão textual, dada sua característica: são ele- políticas públicas social-democratas”.
mentos que não significam, apenas indicam, remetem aos
componentes da situação comunicativa. 1-)
Já os componentes concentram em si a significação. (A) “Em termos de escala, assiduidade e participação
Elisa Guimarães ensina-nos a esse respeito: = adição
“Os pronomes pessoais e as desinências verbais in- (B) “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, mo-
dicam os participantes do ato do discurso. Os pronomes derno e dinâmico”. = adição
demonstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais, (C) “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece
bem como os advérbios de tempo, referenciam o momento quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distri-
da enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterio- buição de oportunidades e de mitigação de desigualdades
ridade ou posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste de hoje”. = adição

Língua Portuguesa
8 A Opção Certa Para a Sua Realização
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(D) “A democracia brasileira contemporânea, e apenas cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos
ela na história nacional”. = adição pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro-
(E) “A baixa qualidade dos serviços governamentais nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes
está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta = têm por função principal apontar para as pessoas do dis-
adversativa (dá para substituirmos por “mas”) curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação
RESPOSTA: “E”. no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica,
os pronomes apresentam uma forma específica para cada
2-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDE- pessoa do discurso.
RAL/DF – ANALISTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA JURÍDI-
CA – FGV/2014) A alternativa em que os elementos unidos Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
pela conjunção E não estão em adição, mas sim em opo- [minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala]
sição, é: Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se fala]
(A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
fazer justiça com as próprias mãos...” [dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem
(B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas se fala]
instituições:...”
(C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
anarquistas e mais nos fascistas italianos...” variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
(D) “...desprezando o passado e a tradição...” ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
(E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da através do pronome seja coerente em termos de gênero
velocidade e do progresso...” e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
2-)
(A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da
fazer justiça com as próprias mãos”. = adição nossa escola neste ano.
(B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
instituições”. = adição adequada]
(C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos [neste: pronome que determina “ano” = concordância
anarquistas e mais nos fascistas italianos”. = ideia de opo- adequada]
sição [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor-
(D) “...desprezando o passado e a tradição”. = adição dância inadequada]
(E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da
velocidade e do progresso”. = adição Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessi-
RESPOSTA: “C”. vos, demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.

Pronomes Pessoais

São aqueles que substituem os substantivos, indican-


5 DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁ-
do diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou es-
TICA DO PERÍODO. 5.1 EMPREGO DAS CLAS-
creve assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pro-
SES DE PALAVRAS.
nomes “tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem
se dirige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referên-
PRONOME cia à pessoa ou às pessoas de quem se fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
Pronome ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto
Pronome é a palavra variável que substitui ou acom- ou do caso oblíquo.
panha um substantivo (nome), qualificando-o de alguma
forma. Pronome Reto
O homem julga que é superior à natureza, por isso o
homem destrói a natureza... Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen-
Utilizando pronomes, teremos: tença, exerce a função de sujeito: Nós lhe ofertamos flo-
O homem julga que é superior à natureza, por isso ele res.
a destrói...
Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de ter- Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
mos (homem e natureza). nero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa última
Grande parte dos pronomes não possuem significados a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discur-
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação den- so. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim
tro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên- configurado:

Língua Portuguesa
9 A Opção Certa Para a Sua Realização
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- 1.ª pessoa do singular: eu Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente


- 2.ª pessoa do singular: tu como objetos diretos.
- 3.ª pessoa do singular: ele, ela
- 1.ª pessoa do plural: nós - Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem com-
- 2.ª pessoa do plural: vós binar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a for-
- 3.ª pessoa do plural: eles, elas mas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha,
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las.
* Atenção: esses pronomes não costumam ser usa- Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:
dos como complementos verbais na língua-padrão. Frases Trouxeste o pacote?
como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram Sim, entreguei-to ainda há pouco.
eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser Não contaram a novidade a vocês?
evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for- Não, no-la contaram.
mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon-
dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram- No Brasil, essas combinações não são usadas; até
-me até aqui”. mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.

* Observação: frequentemente observamos a omis- * Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas


são do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá especiais depois de certas terminações verbais.
porque as próprias formas verbais marcam, através de - Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome
suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pro- assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a
nome reto: Fizemos boa viagem. (Nós) terminação verbal é suprimida. Por exemplo:
fiz + o = fi-lo
Pronome Oblíquo fazeis + o = fazei-lo
dizer + a = dizê-la
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na
sentença, exerce a função de complemento verbal (ob- - Quando o verbo termina em som nasal, o pronome
jeto direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (objeto in- assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
direto) viram + o: viram-no
repõe + os = repõe-nos
* Observação: o pronome oblíquo é uma forma va- retém + a: retém-na
riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação in- tem + as = tem-nas
dica a função diversa que eles desempenham na oração:
pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo Pronome Oblíquo Tônico
marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedi-
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou dos por preposições, em geral as preposições a, para, de
tônicos. e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a
função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação
Pronome Oblíquo Átono tônica forte.
Quadro dos pronomes oblíquos tônicos:
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não - 1.ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
são precedidos de preposição. Possuem acentuação tôni- - 2.ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
ca fraca: Ele me deu um presente. - 3.ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela
Tabela dos pronomes oblíquos átonos - 1.ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 1.ª pessoa do singular (eu): me - 2.ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 2.ª pessoa do singular (tu): te - 3.ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles,
- 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe elas
- 1.ª pessoa do plural (nós): nos
- 2.ª pessoa do plural (vós): vos Observe que as únicas formas próprias do pronome
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti).
As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso
* Observações: reto.
- O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en- - As preposições essenciais introduzem sempre pro-
tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por nomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do
acompanhar diretamente uma preposição, o pronome “lhe” caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso
exerce sempre a função de objeto indireto na oração. da língua formal, os pronomes costumam ser usados des-
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser obje- ta forma:
tos diretos como objetos indiretos. Não há mais nada entre mim e ti.

Língua Portuguesa
10 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. - 2.ª pessoa do plural (vós): vos.
Não há nenhuma acusação contra mim. Vós vos beneficiastes com esta conquista.
Não vá sem mim.
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
* Atenção: Há construções em que a preposição, ape- Eles se conheceram.
sar de surgir anteposta a um pronome, serve para introdu- Elas deram a si um dia de folga.
zir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos,
o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um * O pronome é reflexivo quando se refere à mesma
pronome, deverá ser do caso reto. pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar. saí.
Não vá sem eu mandar. ** É pronome recíproco quando indica reciprocidade
de ação:
* A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!”
Nós nos amamos.
está correta, já que “para mim” é complemento de “fácil”. A or-
Olhamo-nos calados.
dem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil para mim!
Pronomes de Tratamento
- A combinação da preposição “com” e alguns prono-
mes originou as formas especiais comigo, contigo, consi-
go, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos São pronomes utilizados no tratamento formal, cerimo-
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de nioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portanto, a
companhia. segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa.
Ele carregava o documento consigo. Alguns exemplos:
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
- A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas: Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
Ela veio até mim, mas nada falou. Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e reli-
Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de) giosos em geral
inclusão, usaremos as formas retas: Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente supe-
Todos foram bem na prova, até eu! (=inclusive eu) rior à de coronel, senadores, deputados, embaixadores,
professores de curso superior, ministros de Estado e de
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas Tribunais, governadores, secretários de Estado, presiden-
por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais te da República (sempre por extenso)
são reforçados por palavras como outros, mesmos, pró- Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
prios, todos, ambos ou algum numeral. dades
Você terá de viajar com nós todos. Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores
Estávamos com vós outros quando chegaram as más Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, ofi-
notícias. ciais até a patente de coronel, chefes de seção e funcioná-
Ele disse que iria com nós três. rios de igual categoria
Vossa Meritíssima (sempre por extenso) = para juízes
Pronome Reflexivo de direito
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio- cerimonioso
nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
expressa pelo verbo.
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
Quadro dos pronomes reflexivos:
nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são em-
- 1.ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me lembro disso. pregados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no
tratamento familiar. Você e vocês são largamente empre-
- 2.ª pessoa do singular (tu): te, ti. gados no português do Brasil; em algumas regiões, a for-
Conhece a ti mesmo. ma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada.
Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultra-
formal ou literária.
- 3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
Guilherme já se preparou. * Observações:
Ela deu a si um presente. * Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
Antônio conversou consigo mesmo. tratamento que possuem “Vossa(s)” são empregados em
relação à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª,
- 1.ª pessoa do plural (nós): nos. Senhor Ministro, compareça a este encontro.
Lavamo-nos no rio.

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11 A Opção Certa Para a Sua Realização
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** Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito * Observações:


da pessoa: Todos os membros da C.P.I. afirmaram que - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar
Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado,
com propriedade. seu José.

- Os pronomes de tratamento representam uma forma - Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos-
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tra- se. Podem ter outros empregos, como:
tarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa. b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40
anos.
- 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-
jam-se à 2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá
com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes pos- seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
sessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação
a eles devem ficar na 3.ª pessoa. - Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro- pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa Excelência
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. trouxe sua mensagem?

- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou - Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo


nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. anotações.
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto - Em algumas construções, os pronomes pessoais
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou se-
guir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos)
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
teus cabelos. (errado) - O adjetivo “respectivo” equivale a “devido, seu, pró-
prio”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-lo, para
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos que não ocorra redundância: Coloque tudo nos respecti-
seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular vos lugares.

ou Pronomes Demonstrativos

Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos São utilizados para explicitar a posição de certa pala-
teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular vra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode
ser de espaço, de tempo ou em relação ao discurso.
Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical *Em relação ao espaço:
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo - Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
(coisa possuída). pessoa que fala:
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do Este material é meu.
singular)
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da
pessoa com quem se fala:
NÚMERO PESSOA PRONOME
Esse material em sua carteira é seu?
singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s) - Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está
distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com
singular terceira seu(s), sua(s) quem se fala:
plural primeira nosso(s), nossa(s) Aquele material não é nosso.
Vejam aquele prédio!
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)
*Em relação ao tempo:
* Note que: A forma do possessivo depende da pes- - Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em
soa gramatical a que se refere; o gênero e o número con- relação à pessoa que fala:
cordam com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua Esta manhã farei a prova do concurso!
contribuição naquele momento difícil.

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12 A Opção Certa Para a Sua Realização
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- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, - semelhante(s): Não tenha semelhante atitude.
porém relativamente próximo à época em que se situa a
pessoa que fala: - tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria.
Essa noite dormi mal; só pensava no concurso!
* Note que:
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afasta- - Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides
mento no tempo, referido de modo vago ou como tempo eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en-
remoto: tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa
Naquele tempo, os professores eram valorizados. mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em
primeiro lugar.
*Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se fa-
lará ou escreverá): - O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irô-
- Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer nica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se fa-
lará: - Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em
Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta,
ortografia, concordância. disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo.
(no = naquilo)
- Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se preten-
de fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou: Pronomes Indefinidos
Sua aprovação no concurso, isso é o que mais dese-
jamos! São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso,
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quan-
- Este e aquele são empregados quando se quer fazer tidade indeterminada.
referência a termos já mencionados; aquele se refere ao Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
termo referido em primeiro lugar e este para o referido por -plantadas.
último:
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
Paulo; este está mais bem colocado que aquele. (= este imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser
[São Paulo], aquele [Palmeiras]) humano que seguramente existe, mas cuja identidade é
ou desconhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:

Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São - Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o


Paulo; aquele está mais bem colocado que este. (= este lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres na fra-
[São Paulo], aquele [Palmeiras]) se. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada,
ninguém, outrem, quem, tudo.
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
invariáveis, observe: Algo o incomoda?
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), Quem avisa amigo é.
aquela(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo. - Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
* Também aparecem como pronomes demonstrativos: aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. Cada povo tem seus costumes.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disses- Certas pessoas exercem várias profissões.
te.)
Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te * Note que: Ora são pronomes indefinidos substanti-
indiquei.) vos, ora pronomes indefinidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, mui-
- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam tos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, ne-
em gênero quando têm caráter reforçativo: nhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s),
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram on- qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal,
tem. tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s),
Eu mesma refiz os exercícios. vários, várias.
Elas mesmas fizeram isso. Menos palavras e mais ações.
Eles próprios cozinharam. Alguns se contentam pouco.
Os próprios alunos resolveram o problema.

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13 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Os pronomes indefinidos podem ser divididos em vari- Pronomes Relativos


áveis e invariáveis. Observe:
São aqueles que representam nomes já mencionados
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vá- anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem
rio, tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, as orações subordinadas adjetivas.
pouca, vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, al- O racismo é um sistema que afirma a superioridade de
guns, nenhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, ou- um grupo racial sobre outros.
tros, quantos, algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, (afirma a superioridade de um grupo racial sobre ou-
várias, tantas, outras, quantas. tros = oração subordinada adjetiva).

Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema”
algo, cada. e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra
“sistema” é antecedente do pronome relativo que.
*
Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que- O antecedente do pronome relativo pode ser o prono-
rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo me demonstrativo o, a, os, as.
plural é feito em seu interior). Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
- Todo e toda no singular e junto de artigo significa in- expresso.
teiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as: Quem casa, quer casa.
Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades) Observe:
Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro) Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os
Trabalho todo dia. (= todos os dias) quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,
quantas.
São locuções pronominais indefinidas: cada qual, Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer
(que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal Note que:
qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou - O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego,
outra, etc. sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser subs-
Cada um escolheu o vinho desejado. tituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu
antecedente for um substantivo.
Indefinidos Sistemáticos O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (=
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, a qual)
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi- Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os
ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm quais)
sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sen- As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (=
tido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade afir- as quais)
mativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade ne-
gativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e algo/ - O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamen-
nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza, e te pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamen-
qualquer, que generaliza. te para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde”
Essas oposições de sentido são muito importantes na (que podem ter várias classificações) são pronomes rela-
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas tivos. Todos eles são usados com referência à pessoa ou
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen- coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas
tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os preposições: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de
pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações minha tia, o qual me deixou encantado. O uso de “que”,
de que fazem parte: neste caso, geraria ambiguidade. Veja: Regressando de
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resulta- São Paulo, visitei o sítio de minha tia, que me deixou en-
do prático. cantado (quem me deixou encantado: o sítio ou minha
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não tia?).
são pessoas quaisquer. Essas são as conclusões sobre as quais pairam mui-
tas dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas
*Nenhum é contração de nem um, forma mais enfáti- utiliza-se o qual / a qual)
ca, que se refere à unidade. Repare:
Nenhum candidato foi aprovado. - O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que,
Nem um candidato foi aprovado. (um, nesse caso, é e se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas
numeral) deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.

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- O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda com Pronomes Interrogativos


o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o conse-
quente (o ser possuído, com o qual concorda em gênero e São usados na formulação de perguntas, sejam elas
número); não se usa artigo depois deste pronome; “cujo” diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais. referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo impreciso.
Existem pessoas cujas ações são nobres. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e varia-
(antecedente) (consequente) ções), quanto (e variações).
Com quem andas?
*interpretação do pronome “cujo” na frase acima: Qual seu nome?
ações das pessoas. É como se lêssemos “de trás para Diz-me com quem andas, que te direi quem és.
frente”. Outro exemplo:
Comprei o livro cujo autor é famoso. (= autor do livro) Sobre os pronomes:

** se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pro- O pronome pessoal é do caso reto quando tem função
nome: de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo
O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (refe- quando desempenha função de complemento.
riu-se a) 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia
- “Quanto” é pronome relativo quando tem por antece- lhe ajudar.
dente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
Emprestei tantos quantos foram necessários. Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
(antecedente) exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
Ele fez tudo quanto havia falado. reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce fun-
(antecedente) ção de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discur-
so. O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta
- O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sem-
para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não
pre precedido de preposição.
sabia se devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe).
É um professor a quem muito devemos.
(preposição)
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,
- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an-
diferentemente dos segundos, que são sempre precedidos
tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A de preposição.
casa onde morava foi assaltada. - Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que
eu estava fazendo.
- Na indicação de tempo, deve-se empregar quando - Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim
ou em que. o que eu estava fazendo.
Sinto saudades da época em que (quando) moráva-
mos no exterior. Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php
- Podem ser utilizadas como pronomes relativos as SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
palavras: Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
- como (= pelo qual) – desde que precedida das pala- Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
vras modo, maneira ou forma: reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
Não me parece correto o modo como você agiu sema- Paulo: Saraiva, 2010.
na passada. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
- quando (= em que) – desde que tenha como antece-
dente um nome que dê ideia de tempo: ADVÉRBIO
Bons eram os tempos quando podíamos jogar video-
game. Advérbio

- Os pronomes relativos permitem reunir duas orações Compare estes exemplos:


numa só frase.
O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste O ônibus chegou.
esporte. O ônibus chegou ontem.
= O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sen-
- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode tido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de tempo,
ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e do pró-
gente que conversava, (que) ria, observava. prio advérbio.

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15 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Estudei bastante. = modificando o verbo estudei Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora,
Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
(bem) doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já,
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um ad- enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entremen-
jetivo (claros) tes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, su-
cessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescen- repente, de vez em quando, de quando em quando, a qual-
tar ideia de: quer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em
Tempo: Ela chegou tarde. dia.
Lugar: Ele mora aqui. Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depres-
Modo: Eles agiram mal. sa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às ce-
Negação: Ela não saiu de casa. gas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse
Dúvida: Talvez ele volte. jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a fren-
te, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos
Flexão do Advérbio que terminam em “-mente”: calmamente, tristemente, pro-
positadamente, pacientemente, amorosamente, docemen-
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não te, escandalosamente, bondosamente, generosamente.
apresentam variação em gênero e número. Alguns advér- Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efe-
bios, porém, admitem a variação em grau. Observe: tivamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmen-
te.
Grau Comparativo Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum,
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavel-
que o comparativo do adjetivo: mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.
- de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): Re- Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso,
nato fala tão alto quanto João. bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto,
- de inferioridade: menos + advérbio + que (do que): assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de
Renato fala menos alto do que João. todo, de muito, por completo, extremamente, intensamen-
- de superioridade: te, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades
1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato graduáveis).
fala mais alto do que João. Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, so-
2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala mente, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo: Bran-
melhor que João. do, o vento apenas move a copa das árvores.
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam-
Grau Superlativo bém. Por exemplo: O indivíduo também amadurece duran-
te a adolescência.
O superlativo pode ser analítico ou sintético: Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por
- Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos
fala muito alto. meus amigos por comparecerem à festa.
muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de
modo * Saiba que:
- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se
- Sintético: formado com sufixos: Renato fala altíssimo. ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei
o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos
* Observação: as formas diminutivas (cedinho, perti- tarde possível.
nho, etc.) são comuns na língua popular. - Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente,
Maria mora pertinho daqui. (muito perto) em geral sufixamos apenas o último: Por exemplo: O aluno
A criança levantou cedinho. (muito cedo) respondeu calma e respeitosamente.

Classificação dos Advérbios Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido

De acordo com a circunstância que exprime, o advér- Há palavras como muito, bastante, que podem apare-
bio pode ser de: cer como advérbio e como pronome indefinido.
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito.
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhu- Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo
res, adentro, afora, alhures, aquém, embaixo, externamen- e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.
te, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima,
à direita, à esquerda, ao lado, em volta.

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16 A Opção Certa Para a Sua Realização
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* Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio - Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia, adverbial desempenham na oração a função de adjunto
sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante” adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân-
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advér-
substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: bio. Exemplo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
pois “muitos” não dá!). = advérbio Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
dade e de tempo, respectivamente.
2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estu-
dei muitos capítulos) = pronome indefinido Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.
Advérbios Interrogativos php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
São as palavras: onde? aonde? donde? quando?
Paulo: Saraiva, 2010.
como? por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, re-
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ferentes às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Veja: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Interrogação Direta Interrogação Indireta
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu. ADJETIVO
Onde mora? Indaguei onde morava. Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
Por que choras? Não sei por que choras. característica do ser e se relaciona com o substantivo,
Aonde vai? Perguntei aonde ia. concordando com este em gênero e número.
Donde vens? Pergunto donde vens.
As praias brasileiras estão poluídas.
Quando voltas? Pergunto quando voltas.
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos
Locução Adverbial (plural e feminino, pois concordam com “praias”).

Quando há duas ou mais palavras que exercem fun- Locução adjetiva


ção de advérbio, temos a locução adverbial, que pode ex-
pressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordina- Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-
riamente por uma preposição. Veja: cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma
lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição +
dentro, por aqui, etc. substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Lo-
afirmação: por certo, sem dúvida, etc. cução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo).
modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem
geral, frente a frente, etc. freio (paixão desenfreada).
tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde,
Observe outros exemplos:
hoje em dia, nunca mais, etc.

* Observações: de águia aquilino


- tanto a locução adverbial como o advérbio modificam de aluno discente
o verbo, o adjetivo e outro advérbio:
de anjo angelical
Chegou muito cedo. (advérbio)
Joana é muito bela. (adjetivo) de ano anual
De repente correram para a rua. (verbo) de aranha aracnídeo
de boi bovino
- Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais
mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio: de cabelo capilar
Essa matéria é mais bem interessante que aquela. de cabra caprino
Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso! de campo campestre ou rural
- O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér-
bio: Cheguei primeiro. de chuva pluvial
de criança pueril

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17 A Opção Certa Para a Sua Realização
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de dedo digital Estados e cidades brasileiras:

de estômago estomacal ou gástrico


Alagoas alagoano
de falcão falconídeo
Amapá amapaense
de farinha farináceo
Aracaju aracajuano ou aracajuense
de fera ferino
Amazonas amazonense ou baré
de ferro férreo
Belo Horizonte belo-horizontino
de fogo ígneo
Brasília brasiliense
de garganta gutural
Cabo Frio cabo-friense
de gelo glacial
Campinas campineiro ou campinense
de guerra bélico
de homem viril ou humano Adjetivo Pátrio Composto
de ilha insular
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro
de inverno hibernal ou invernal elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, eru-
de lago lacustre dita. Observe alguns exemplos:
de leão leonino
África afro- / Cultura afro-americana
de lebre leporino
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-
de lua lunar ou selênico
inglesas
de madeira lígneo
América américo- / Companhia américo-africana
de mestre magistral
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
de ouro áureo
China sino- / Acordos sino-japoneses
de paixão passional
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
de pâncreas pancreático
Europa euro- / Negociações euro-americanas
de porco suíno ou porcino
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
dos quadris ciático
Grécia greco- / Filmes greco-romanos
de rio fluvial
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
de sonho onírico
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
de velho senil
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
de vento eólico
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros
de vidro vítreo ou hialino
de virilha inguinal Flexão dos adjetivos
de visão óptico ou ótico
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
* Observação: nem toda locução adjetiva possui um
Gênero dos Adjetivos
adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por
exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se
caiu.
referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
substantivos, classificam-se em:
Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o mas-
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
culino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no
ou do objeto).
feminino somente o último elemento: o moço norte-ameri-
cano, a moça norte-americana.
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
* Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:

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Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino Grau do Adjetivo


como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a inten-
no feminino: conflito político-social e desavença político- sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
-social. o comparativo e o superlativo.

Número dos Adjetivos Comparativo

Plural dos adjetivos simples Nesse grau, comparam-se a mesma característica


atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais caracterís-
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo ticas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de
com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos igualdade, de superioridade ou de inferioridade.
substantivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e
ruins, boa e boas. Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exer- No comparativo de igualdade, o segundo termo da
ça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
palavra que estiver qualificando um elemento for, original- quão.
mente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva.
Exemplo: a palavra cinza é, originalmente, um substanti- Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe-
vo; porém, se estiver qualificando um elemento, funciona- rioridade Analítico
rá como adjetivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas No comparativo de superioridade analítico, entre os
cinza, ternos cinza. dois substantivos comparados, um tem qualidade supe-
rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...
Veja outros exemplos: do que” ou “mais...que”.
Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas). O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Su-
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). perioridade Sintético

Adjetivo Composto Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de


superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São
É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor- eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior,
malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas grande/maior, baixo/inferior.
o último elemento concorda com o substantivo a que se re-
fere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso Observe que:
um dos elementos que formam o adjetivo composto seja a) As formas menor e pior são comparativos de su-
um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará perioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau,
invariável. Por exemplo: a palavra “rosa” é, originalmente, respectivamente.
um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen- b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala- (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações
vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, de-
substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará ve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais
invariável. Veja: grande e mais pequeno. Por exemplo:
Camisas rosa-claro. Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois
Ternos rosa-claro. elementos.
Olhos verde-claros. Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. duas qualidades de um mesmo elemento.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In-
* Observação: ferioridade
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer Sou menos passivo (do) que tolerante.
adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre in-
variáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, ves- Superlativo
tidos cor-de-rosa.
- O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois ele- O superlativo expressa qualidades num grau muito
mentos flexionados: crianças surdas-mudas. elevado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou relativo
e apresenta as seguintes modalidades:
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade
de um ser é intensificada, sem relação com outros seres.
Apresenta-se nas formas:

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1-) Analítica: a intensificação é feita com o auxílio de CONJUNÇÃO


palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por
exemplo: O concurseiro é muito esforçado. Conjunção
2-) Sintética: nesta, há o acréscimo de sufixos. Por
exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo. Além da preposição, há outra palavra também inva-
riável que, na frase, é usada como elemento de ligação:
Observe alguns superlativos sintéticos: a conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou duas
palavras de mesma função em uma oração:
benéfico - beneficentíssimo O concurso será realizado nas cidades de Campinas
e São Paulo.
bom - boníssimo ou ótimo A prova não será fácil, por isso estou estudando mui-
comum - comuníssimo to.
cruel - crudelíssimo
Morfossintaxe da Conjunção
difícil - dificílimo
doce - dulcíssimo As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
fácil - facílimo
fiel - fidelíssimo Classificação da Conjunção

Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as
um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
Essa relação pode ser: subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados
1-) De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse
todas. isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de
2-) De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segun-
todas. do caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção
depende da existência do outro. Veja:
* Note bem:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo.
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, Podemos separá-las por ponto:
antepostos ao adjetivo. Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob
duas formas: uma erudita - de origem latina - outra popular Temos acima um exemplo de conjunção (e, con-
- de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo sequentemente, orações coordenadas) coordenativa –
radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou “mas”. Já em:
érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma popular Espero que eu seja aprovada no concurso!
é constituída do radical do adjetivo português + o sufixo Não conseguimos separar uma oração da outra, pois a
-íssimo: pobríssimo, agilíssimo. segunda “completa” o sentido da primeira (da oração prin-
3-) Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo cipal):
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período temos
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio uma oração subordinada substantiva objetiva direta (ela
– cheíssimo. exerce a função de objeto direto do verbo da oração prin-
cipal).
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32. Conjunções Coordenativas
php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- São aquelas que ligam orações de sentido completo
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São e independente ou termos da oração que têm a mesma
Paulo: Saraiva, 2010. função gramatical. Subdividem-se em:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa 1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressan-
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. do ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- não), não só... mas também, não só... como também, bem
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. como, não só... mas ainda.
A sua pesquisa é clara e objetiva.
Não só dança, mas também canta.

2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, ex-


pressando ideia de contraste ou compensação. São elas:

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mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a
obstante. hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde
que, a menos que, sem que, etc.
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressan- Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
do ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se
realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, ** Dica: você deve ter percebido que a conjunção con-
já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. dicional “se” também é conjunção integrante. A diferença é
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. clara ao ler as orações que são introduzidas por ela. Acima,
ela nos dá a ideia da condição para que recebamos um
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração:
que expressa ideia de conclusão ou consequência. São Não sei se farei o concurso...
elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguin- Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: o
te, por isso, assim. verbo da oração principal (sei) pede complemento (objeto
Marta estava bem preparada para o teste, portanto direto, já que “quem não sabe, não sabe algo”). Portanto,
não ficou nervosa. a oração em destaque exerce a função de objeto direto da
Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. oração principal, sendo classificada como oração subordi-
nada substantiva objetiva direta.
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração
que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: d) Conformativas: introduzem uma oração que expri-
que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. me a conformidade de um fato com outro. São elas: confor-
Não demore, que o filme já vai começar. me, como (= conforme), segundo, consoante, etc.
Falei muito, pois não gosto do silêncio! O passeio ocorreu como havíamos planejado.

Conjunções Subordinativas e) Finais: introduzem uma oração que expressa a fina-


lidade ou o objetivo com que se realiza a oração principal.
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma de- São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que),
las dependente da outra. A oração dependente, introduzida que, etc.
pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração Toque o sinal para que todos entrem no salão.
subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começado
quando ela chegou. f) Proporcionais: introduzem uma oração que expres-
O baile já tinha começado: oração principal sa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência do
quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal) expresso na principal. São elas: à medida que, à proporção
ela chegou: oração subordinada que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais),
quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto
As conjunções subordinativas subdividem-se em inte- menos... (menos), etc.
grantes e adverbiais: O preço fica mais caro à medida que os produtos es-
casseiam.
1. Integrantes - Indicam que a oração subordinada por
elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. * Observação: são incorretas as locuções proporcio-
Introduzem orações que equivalem a substantivos, ou seja, nais à medida em que, na medida que e na medida em que.
as orações subordinadas substantivas. São elas: que, se.
Quero que você volte. (Quero sua volta) g) Temporais: introduzem uma oração que acrescen-
ta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração
2. Adverbiais - Indicam que a oração subordinada principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois
exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acor- que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que,
do com a circunstância que expressam, classificam-se em: assim que, agora que, mal (= assim que), etc.
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da A briga começou assim que saímos da festa.
ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como
(= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez h) Comparativas: introduzem uma oração que expres-
que, porquanto, já que, desde que, etc. sa ideia de comparação com referência à oração principal.
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)...
como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual,
b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais),
ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua etc.
realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto,
etc.
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.

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i) Consecutivas: introduzem uma oração que expres- hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição
sa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de O significado das interjeições está vinculado à maneira
modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o sentido
que (tendo como antecedente na oração principal uma pa- que a expressão vai adquirir em cada contexto em que for
lavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. utilizada. Exemplos:
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do Psiu!
exame. contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua
; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando!
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação úni- Ei, espere!”
ca, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acor-
do com o sentido que apresentam no contexto (grifo da Psiu!
Zê!). contexto: alguém pronunciando em um hospital; signi-
ficado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silêncio!”
O bom relacionamento entre as conjunções de um texto
garante a perfeita estruturação de suas frases e parágrafos, Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
bem como a compreensão eficaz de seu conteúdo. Intera- puxa: interjeição; tom da fala: euforia
gindo com palavras de outras classes gramaticais essen-
ciais ao inter-relacionamento das partes de frases e textos Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
- como os pronomes, preposições, alguns advérbios e nu- puxa: interjeição; tom da fala: decepção
merais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se pode
chamar de “a arquitetura textual”, isto é, o conjunto das As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
relações que garantem a coesão do enunciado. O sucesso a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria,
desse conjunto de relações depende do conhecimento do tristeza, dor, etc.
valor relacional das conjunções, uma vez que estas interfe- Ah, deve ser muito interessante!
rem semanticamente no enunciado.
b) Sintetizar uma frase apelativa.
Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às con-
Cuidado! Saia da minha frente.
junções tanto na leitura como na produção de textos. Nos
textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expres-
As interjeições podem ser formadas por:
são de circunstâncias fundamentais à condução da história,
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô
como as noções de tempo, finalidade, causa e consequ-
b) palavras: Oba! Olá! Claro!
ência. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu
linha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso das Deus! Ora bolas!
exposições e argumentações construídas por meio de con-
trastes e oposições, que implicam o uso das adversativas Classificação das Interjeições
e concessivas.
Comumente, as interjeições expressam sentido de:
Fontes de pesquisa: Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Aten-
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84. ção! Olha! Alerta!
php Afugentamento: Fora! Passa! Rua!
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva!
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah!
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem! Âni-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São mo! Adiante!
Paulo: Saraiva, 2010. Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva!
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá!
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamente!
Essa não! Chega! Basta!
Interjeição Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Queira
Deus!
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo- Desculpa: Perdão!
ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin- Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena!
guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê!
maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus!
a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor- Quê! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz!
rente de uma situação particular, um momento ou um con- Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios! Puxa!
texto específico. Exemplos: Pô! Ora!
Ah, como eu queria voltar a ser criança! Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve! Viva!
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! Adeus! Olá! Alô! Ei! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me, Deus!

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Silêncio: Psiu! Silêncio! PREPOSIÇÃO


Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa!
Preposição
* Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, Preposição é uma palavra invariável que serve para
isto é, não sofrem variação em gênero, número e grau ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece,
como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, normalmente há uma subordinação do segundo termo em
aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso espe- relação ao primeiro. As preposições são muito importantes
cífico, algumas interjeições sofrem variação em grau. Não na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual
se trata de um processo natural desta classe de palavra, e possuem valores semânticos indispensáveis para a com-
mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. preensão do texto.
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
Tipos de Preposição
Locução Interjetiva
1. Preposições essenciais: palavras que atuam ex-
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma clusivamente como preposições: a, ante, perante, após,
expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, Virgem até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob,
Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus! sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
Toda frase mais ou menos breve dita em tom exclama-
tivo torna-se uma locução interjetiva, dispensando análise 2. Preposições acidentais: palavras de outras clas-
dos termos que a compõem: Macacos me mordam!, Valha- ses gramaticais que podem atuar como preposições, ou
-me Deus!, Quem me dera! seja, formadas por uma derivação imprópria: como, duran-
te, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
* Observações:
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéti- 3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras va-
cas. Por exemplo: lendo como uma preposição, sendo que a última palavra é
Ué! (= Eu não esperava por essa!) uma (preposição): abaixo de, acerca de, acima de, ao lado
Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe.) de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de,
em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de,
2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o por causa de, por cima de, por trás de.
seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes
gramaticais podem aparecer como interjeições. Por exem- A preposição é invariável, no entanto pode unir-se a
plo: outras palavras e, assim, estabelecer concordância em
Viva! Basta! (Verbos) gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.
Fora! Francamente! (Advérbios)
3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra- * Essa concordância não é característica da preposi-
-frase” porque sozinha pode constituir uma mensagem. ção, mas das palavras às quais ela se une.
Por exemplo: Esse processo de junção de uma preposição com ou-
Socorro! Ajudem-me! Silêncio! Fique quieto! tra palavra pode se dar a partir dos processos de:

4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imi- 1. Combinação: união da preposição “a” com o artigo
tativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo: Miau! “o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, aos. Os vocá-
Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá- bulos não sofrem alteração.
-quá!, etc. 2. Contração: união de uma preposição com outra pa-
lavra, ocorrendo perda ou transformação de fonema: de
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com + o = do, em + a = na, per + os = pelos, de + aquele =
a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, daquele, em + isso = nisso.
tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do “oh!” exclamati- 3. Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” prepo-
vo e não a fazemos depois do “ó” vocativo. Por exemplo: sição + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal do
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac) pronome “aquilo”).
Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
Dicas sobre preposição
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89. - O “a” pode funcionar como preposição, pronome pes-
php soal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” seja
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa um artigo, virá precedendo um substantivo, servindo para
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. determiná-lo como um substantivo singular e feminino.
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramá- A matéria que estudei é fácil!
tica – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus
Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.

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23 A Opção Certa Para a Sua Realização
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- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois tender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que não
termos e estabelece relação de subordinação entre eles. tem possibilidade de ser explicado, que não é possível tor-
Irei à festa sozinha. nar claro”.
Entregamos a flor à professora!
*o primeiro “a” é artigo; o segundo, preposição. MORFEMAS = são as menores unidades significativas
que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
lugar e/ou a função de um substantivo. Classificação dos morfemas:
Nós trouxemos a apostila. = Nós a trouxemos.
Radical, lexema ou semantema – é o elemento por-
Relações semânticas (= de sentido) estabelecidas tador de significado. É através do radical que podemos
por meio das preposições: formar outras palavras comuns a um grupo de palavras da
mesma família. Exemplo: pequeno, pequenininho, peque-
Destino = Irei a Salvador. nez. O conjunto de palavras que se agrupam em torno de
Modo = Saiu aos prantos. um mesmo radical denomina-se família de palavras.
Lugar = Sempre a seu lado.
Assunto = Falemos sobre futebol. Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os
Tempo = Chegarei em instantes. prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: beleza (sufi-
Causa = Chorei de saudade. xo), prever (prefixo), infiel.
Fim ou finalidade = Vim para ficar.
Instrumento = Escreveu a lápis. Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, ob-
Posse = Vi as roupas da mamãe. têm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
Autoria = livro de Machado de Assis amáveis, amavam. Estas modificações ocorrem à medi-
Companhia = Estarei com ele amanhã. da que o verbo vai sendo flexionado em número (singular
Matéria = copo de cristal. e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Tam-
Meio = passeio de barco. bém ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo
Origem = Nós somos do Nordeste. (amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, podemos
Conteúdo = frascos de perfume. concluir que existem morfemas que indicam as flexões das
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso. palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das pa-
Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais. lavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há
desinências nominais e desinências verbais.
* Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas
locuções adverbiais (para trás ou por trás) e na locução • Desinências nominais: indicam o gênero e o núme-
prepositiva por trás de. ro dos nomes. Para a indicação de gênero, o português
costuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/
Fontes de pesquisa: menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/ o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural as-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São sume a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/
Paulo: Saraiva, 2010. cruzes.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- • Desinências verbais: em nossa língua, as desinên-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. cias verbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinên-
cias que indicam o modo e o tempo (desinências modo-
As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista -temporais) e outras que indicam o número e a pessoa
de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos dos verbos (desinência número-pessoais):
em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-
tido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída por cant-á-va-mos:
três elementos significativos: cant: radical / -á-: vogal temática / -va-: desinência
modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indi-
In = elemento indicador de negação cativo) / -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a
Explic – elemento que contém o significado básico da primeira pessoa do plural)
palavra
Ável = elemento indicador de possibilidade cant-á-sse-is:
cant: radical / -á-: vogal temática / -sse-:desinência
Estes elementos formadores da palavra recebem o modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do sub-
nome de morfemas. Através da união das informações juntivo) / -is: desinência número-pessoal (caracteriza a se-
contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se en- gunda pessoa do plural)

Língua Portuguesa
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Vogal temática Processos de Formação de Palavras

Entre o radical cant- e as desinências verbais, surge Na Língua Portuguesa há muitos processos de forma-
sempre o morfema –a. Este morfema, que liga o radical ção de palavras. Entre eles, os mais comuns são a deri-
às desinências, é chamado de vogal temática. Sua fun- vação, a composição, a onomatopeia, a abreviação e o
ção é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É hibridismo.
ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as
desinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam Derivação por Acréscimo de Afixos
vogais temáticas. No caso dos verbos, a vogal temática
indica as conjugações: -a (da 1.ª conjugação = cantar), -e É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (deri-
(da 2.ª conjugação = escrever) e –i (3.ªconjugação = par- vadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A deri-
tir). vação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética.
• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando
Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por
átonas finais, como em mesa, artista, perda, escola, base,
acréscimo de prefixo.
combate. Nestes casos, não poderíamos pensar que es-
sas terminações são desinências indicadoras de gênero,
pois mesa e escola, por exemplo, não sofrem esse tipo In feliz des leal
de flexão. A estas vogais temáticas se liga a desinência Prefixo radical prefixo radical
indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes
terminados em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por
exemplo) não apresentam vogal temática. acréscimo de sufixo.

• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que ca- Feliz mente leal dade
racterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de Radical sufixo radical sufixo
conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a
pertencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal te- Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acrésci-
mática é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm mo simultâneo de prefixo e sufixo. Por parassíntese for-
vogal temática -i pertencem à terceira conjugação. mam-se principalmente verbos.

Interfixos En trist ecer


Prefixo radical sufixo
São os elementos (vogais ou consoantes) que se in-
tercalam entre o radical e o sufixo, para facilitar ou mes- Em tard ecer
mo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Por prefixo radical sufixo
exemplo:
Vogais: frutífero, gasômetro, carnívoro. Outros Tipos de Derivação
Consoantes: cafezal, sonolento, friorento.
Há dois casos em que a palavra derivada é formada
Formação das Palavras sem que haja a presença de afixos. São eles: a derivação
regressiva e a derivação imprópria.
Há em Português palavras primitivas, palavras deriva-
Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por
das, palavras simples, palavras compostas.
redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na forma-
Palavras primitivas: aquelas que, na língua portugue-
ção de substantivos derivados de verbos.
sa, não provêm de outra palavra: pedra, flor.
janta (substantivo) - deriva de jantar (verbo) / pesca
Palavras derivadas: aquelas que, na língua portugue- (substantivo) – deriva de pescar (verbo)
sa, provêm de outra palavra: pedreiro, floricultura. Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é ob-
tida pela mudança de categoria gramatical da palavra pri-
Palavras simples: aquelas que possuem um só radi- mitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas somente
cal: azeite, cavalo. na classe gramatical.
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo “porquê”
Palavras compostas: aquelas que possuem mais de deriva da conjunção porque)
um radical: couve-flor, planalto. Seu olhar me fascina! (olhar aqui é substantivo, deriva
* As palavras compostas podem ou não ter seus ele- do verbo olhar).
mentos ligados por hífen.
** Dica: A derivação regressiva “mexe” na estrutura da
palavra e geralmente transforma verbos em substantivos:
caça = deriva de caçar, saque = deriva de sacar.

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A derivação imprópria não “mexe” com a palavra, ape- QUESTÕES


nas faz com que ela pertença a uma classe gramatical
“imprópria” da qual ela realmente, ou melhor, costumeira- 1-) (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVI-
mente faz parte. A alteração acontece devido à presença DÊNCIA SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “infraestrutu-
de outros termos, como artigos, por exemplo: ra” é formada pelo seguinte processo:
O verde das matas! (o adjetivo “verde” passou a fun- A) sufixação
cionar como substantivo devido à presença do artigo “o”) B) prefixação
C) parassíntese
Composição D) justaposição
E) aglutinação
Haverá composição quando se juntarem dois ou mais
radicais para formar uma nova palavra. Há dois tipos de
composição: justaposição e aglutinação. 1-) Infra = prefixo + estrutura – temos a junção de um
prefixo com um radical, portanto: derivação prefixal (ou
Justaposição: ocorre quando os elementos que for- prefixação).
mam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapos- RESPOSTA: “B”.
tos: para-raios, corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira,
girassol. 2-) (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/
MG – AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO –
Composição por aglutinação: ocorre quando os ele- IBFC/2014) O vocábulo “entristecido”, presente na terceira
mentos que formam o composto aglutinam-se e pelo me- estrofe, é um exemplo de:
nos um deles perde sua integridade sonora: aguardente a) palavra composta
(água + ardente), planalto (plano + alto), pernalta (perna + b) palavra primitiva
alta), vinagre (vinho + acre). c) palavra derivada
d) neologismo
Outros processos de formação de palavras:
2-) en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) =
Onomatopeia – é a palavra que procura reproduzir ao radical “triste” foram acrescidos o prefixo “en” e o sufixo
certos sons ou ruídos: reco-reco, tique-taque, fom-fom.
“ido”, ou seja, “entristecido” é palavra derivada do proces-
so de formação de palavras chamado de: prefixação e su-
Abreviação – é a redução de palavras até o limite per-
mitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneu- fixação. Para o exercício, basta “derivada”!
mático), metrô (metropolitano), foto (fotografia). RESPOSTA: “C”.

* Observação:
- Abreviatura: é a redução na grafia de certas pala-
vras, limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras
5.2 RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE
iniciais: p. ou pág. (para página), sr. (para senhor).
ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. 5.3
- Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual
RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORA-
se reduzem locuções substantivas próprias às suas letras
ÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO.
iniciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas im-
puras), que se grafam de duas formas: IBGE, MEC (siglas
puras); DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras ORAÇÃO
(siglas impuras).
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos Termos essenciais da oração
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim) O sujeito e o predicado são considerados termos
sociologia (socio: latim; logia: grego)
essenciais da oração, ou seja, são termos indispensáveis
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
para a formação das orações. No entanto, existem ora-
Fontes de pesquisa: ções formadas exclusivamente pelo predicado. O que defi-
http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-for- ne a oração é a presença do verbo. O sujeito é o termo que
macao-de-palavras-i.htm estabelece concordância com o verbo.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa O candidato está preparado.
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Os candidatos estão preparados.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- Na primeira frase, o sujeito é “o candidato”. “Candida-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São to” é a principal palavra do sujeito, sendo, por isso, deno-
Paulo: Saraiva, 2010. minada núcleo do sujeito. Este se relaciona com o verbo,
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- estabelecendo a concordância (núcleo no singular, verbo
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. no singular: candidato = está).

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A função do sujeito é basicamente desempenhada por O sujeito indeterminado surge quando não se quer
substantivos, o que a torna uma função substantiva da ora- - ou não se pode - identificar a que o predicado da oração
ção. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer outras refere-se. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso
palavras substantivadas (derivação imprópria) também po- contrário, teríamos uma oração sem sujeito.
dem exercer a função de sujeito. Na língua portuguesa, o sujeito pode ser indetermina-
Os dois sumiram. (dois é numeral; no exemplo, subs- do de duas maneiras:
tantivo)
Um sim é suave e sugestivo. (sim é advérbio; no exem- 1-) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
plo: substantivo) o sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
Os sujeitos são classificados a partir de dois elemen- Bateram à porta;
tos: o de determinação ou indeterminação e o de núcleo Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi-
do sujeito. nistro.
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden-
tificado pela concordância verbal. O sujeito determinado * Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples
pode ser simples ou composto. ou composto:
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é Os meninos bateram à porta. (simples)
possível identificar claramente a que se refere a concor- Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não in-
teressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. 2-) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres-
Estão gritando seu nome lá fora. cido do pronome “se”. Esta é uma construção típica dos
Trabalha-se demais neste lugar. verbos que não apresentam complemento direto:
Precisa-se de mentes criativas.
O sujeito simples é o sujeito determinado que apre- Vivia-se bem naqueles tempos.
senta um único núcleo, que pode estar no singular ou no Trata-se de casos delicados.
plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, Sempre se está sujeito a erros.
sublinhei os núcleos dos sujeitos:
Nós estudaremos juntos. O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice
A humanidade é frágil. de indeterminação do sujeito.
Ninguém se move.
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
derivação imprópria, transformando-o em substantivo) cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
As crianças precisam de alimentos saudáveis. sagem está centrada no processo verbal. Os principais
casos de orações sem sujeito com:
O sujeito composto é o sujeito determinado que
apresenta mais de um núcleo. 1-) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
Alimentos e roupas custam caro. Amanheceu.
Ela e eu sabemos o conteúdo. Está trovejando.
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.
2-) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o geral:
“antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do Está tarde.
sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela Já são dez horas.
desinência verbal ou pelo contexto. Faz frio nesta época do ano.
Abolimos todas as regras. = (nós) Há muitos concursos com inscrições abertas.
Falaste o recado à sala? = (tu)
Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
* Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri- informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na se- orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
gunda do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado
pronomes não estejam explícitos. é aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com ex-
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito ceção do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que
na desinência verbal “-mos” difere do sujeito numa oração é o seu predicado.
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na de- Chove muito nesta época do ano.
sinência verbal “-ais” Houve problemas na reunião.
Mas: * Em ambas as orações não há sujeito, apenas pre-
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós dicado.
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós
As questões estavam fáceis!

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Sujeito simples = as questões O verbo do predicado verbo-nominal é sempre signifi-


Predicado = estavam fáceis cativo, indicando processos. É também sempre por inter-
médio do verbo que o predicativo se relaciona com o termo
Passou-me uma ideia estranha pelo pensamento. a que se refere.
Sujeito = uma ideia estranha 1- O dia amanheceu ensolarado;
Predicado = passou-me pelo pensamento 2- As mulheres julgam os homens inconstantes.
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se
seu núcleo é um nome (então teremos um predicado no- No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta
minal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se considerar duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga-
também se as palavras que formam o predicado referem- ção. Este predicado poderia ser desdobrado em dois: um
-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. verbal e outro nominal.
O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulhe-
No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona
res de opinião.
o complemento homens com o predicativo “inconstantes”.
Predicado
Termos integrantes da oração
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o
direta ou indiretamente ao verbo. complemento nominal são chamados termos integrantes
A cidade está deserta. da oração.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver-
O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-se bos transitivos, com eles formando unidades significativas.
ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como elemen- Estes verbos podem se relacionar com seus complemen-
to de ligação (por isso verbo de ligação) entre o sujeito e a tos diretamente, sem a presença de preposição, ou indire-
palavra a ele relacionada (no caso: deserta = predicativo tamente, por intermédio de preposição.
do sujeito).
O objeto direto é o complemento que se liga direta-
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo mente ao verbo.
significativo um verbo: Houve muita confusão na partida final.
Chove muito nesta época do ano. Queremos sua ajuda.
Estudei muito hoje!
Compraste a apostila? O objeto direto preposicionado ocorre principalmen-
te:
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem - com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro- referentes a pessoas:
cessos. Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.
(o objeto é direto, mas como há preposição, denomi-
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo na-se: objeto direto preposicionado)
significativo um nome; este atribui uma qualidade ou esta-
do ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujei- - com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes de
to. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero cansar a
Vossa Senhoria.
oração por meio de um verbo (o verbo de ligação).
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo,
- para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise.
isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao pre-
(sem preposição, o sentido seria outro: O povo prejudica
dicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do
a crise)
sujeito: Os dados parecem corretos.
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, an- O objeto indireto é o complemento que se liga indi-
dar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como retamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
elemento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele Gosto de música popular brasileira.
relacionadas. Necessito de ajuda.
* A função de predicativo é exercida, normalmente, por O termo que integra o sentido de um nome chama-se
um adjetivo ou substantivo. complemento nominal, que se liga ao nome que comple-
ta por intermédio de preposição:
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen- A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a pala-
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No vra “necessária”
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”
sujeito ou ao complemento verbal (objeto).

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Termos acessórios da oração e vocativo Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo


“ontem”. O aposto é sintaticamente equivalente ao termo
Os termos acessórios recebem este nome por serem que se relaciona porque poderia substituí-lo: Segunda-fei-
explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o ad- ra passei o dia mal-humorado.
junto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo O aposto pode ser classificado, de acordo com seu
– este, sem relação sintática com outros temos da oração. valor na oração, em:
O adjunto adverbial é o termo da oração que indi- a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma-
ca uma circunstância do processo verbal ou intensifica o nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o
sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função mundo.
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas
exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei coisas: amor, arte, ação.
a pé àquela velha praça. c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e so-
nho, tudo forma o carnaval.
As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fi-
adverbial são: xaram-se por muito tempo na baía anoitecida.
- assunto: Falavam sobre futebol.
- causa: As folhas caíram com o vento. O vocativo é um termo que serve para chamar, in-
- companhia: Ficarei com meus pais. vocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético, não
- concessão: Apesar de você, serei feliz. mantendo relação sintática com outro termo da oração. A
- conformidade: Fez tudo conforme o combinado. função de vocativo é substantiva, cabendo a substantivos,
- dúvida: Talvez ainda chova. pronomes substantivos, numerais e palavras substantiva-
- fim: Estudou para o exame. das esse papel na linguagem.
- instrumento: Fez o corte com a faca. João, venha comigo!
- intensidade: Falava bastante. Traga-me doces, minha menina!
- lugar: Vou à cidade.
- matéria: Este prato é feito de porcelana.
- meio: Viajarei de trem.
QUESTÕES
- modo: Foram recrutados a dedo.
- negação: Não há ninguém que mereça.
1-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - CO-
- tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo.
PEVE/UFAL/2014 - adaptada)
O adjunto adnominal é o termo acessório que deter-
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Tam-
bém atuam como adjuntos adnominais os artigos, os nu-
merais e os pronomes adjetivos.
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu
amigo de infância.

O adjunto adnominal se liga diretamente ao substan-


tivo a que se refere, sem participação do verbo. Já o pre-
dicativo do objeto se liga ao objeto por meio de um verbo.
O poeta português deixou uma obra originalíssima.
O poeta deixou-a.
(originalíssima não precisou ser repetida, portanto: ad-
junto adnominal) O cartaz acima divulga a peça de teatro “Quem tem
O poeta português deixou uma obra inacabada. medo de Virginia Woolf?” escrita pelo norte-americano
O poeta deixou-a inacabada. Edward Albee. O termo “de Virginia Woolf”, do título em
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo português da peça, funciona como:
do objeto)
A) objeto indireto.
Enquanto o complemento nominal se relaciona a um B) complemento nominal.
substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto adnominal se C) adjunto adnominal.
relaciona apenas ao substantivo. D) adjunto adverbial.
E) agente da passiva.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar,
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um ter-
mo que exerça qualquer função sintática: Ontem, segun-
da-feira, passei o dia mal-humorado.

Língua Portuguesa
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1-) O termo complementa a palavra “medo”, que é Separando as duas, vemos que elas são independen-
substantivo (nome – nominal). Portanto é um complemen- tes. Tal período é classificado como Período Composto
to nominal. O verbo “ter” tem como complemento verbal por Coordenação.
(objeto) a palavra “medo”, que exerce a função sintática Quanto à classificação das orações coordenadas, te-
de objeto direto. mos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas
RESPOSTA: “B”. Sindéticas.

2-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) Coordenadas Assindéticas


... que acompanham as fronteiras ocidentais chine-
sas... São orações coordenadas entre si e que não são li-
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de com- gadas através de nenhum conectivo. Estão apenas justa-
plemento que o da frase acima está em: postas.
Entrei na sala, deitei-me no sofá, adormeci.
(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
(B) Esses caminhos floresceram durante os primórdios Coordenadas Sindéticas
da Idade Média.
(C) ... viajavam por cordilheiras... Ao contrário da anterior, são orações coordenadas
(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás. entre si, mas que são ligadas através de uma conjunção
(E) O maquinista empurra a manopla do acelerador. coordenativa, que dará à oração uma classificação. As
orações coordenadas sindéticas são classificadas em cin-
2-) Acompanhar é transitivo direto (acompanhar quem co tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e
ou o quê - não há preposição): explicativas.
A = foi = verbo de ligação (ser) – não há complemento,
mas sim, predicativo do sujeito (rota única); ** Dica: Memorize SINdética = SIM, tem conjunção!
B = floresceram = intransitivo (durante os primórdios =
adjunto adverbial);
Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas
C = viajavam = intransitivo (por cordilheiras = adjunto
principais conjunções são: e, nem, não só... mas também,
adverbial);
não só... como, assim... como.
D = cair = intransitivo;
Nem comprei o protetor solar nem fui à praia.
E = empurra = transitivo direto (empurrar quem ou o
Comprei o protetor solar e fui à praia.
quê?)
RESPOSTA: “E”.
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas:
PERÍODO suas principais conjunções são: mas, contudo, todavia,
entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
Período Composto por Coordenação Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
Li tudo, porém não entendi!
O período composto se caracteriza por possuir mais
de uma oração em sua composição. Sendo assim: Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas:
- Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma suas principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...
oração) quer; seja...seja.
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
praia. (Período Composto =locução verbal + verbo, duas
orações) Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas:
- Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar suas principais conjunções são: logo, portanto, por fim,
um protetor solar. (Período Composto = três verbos, três por conseguinte, consequentemente, pois (posposto ao
orações). verbo).
Passei no concurso, portanto comemorarei!
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer A situação é delicada; devemos, pois, agir.
entre as orações de um período composto: uma relação de
coordenação ou uma relação de subordinação. Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas:
Duas orações são coordenadas quando estão juntas suas principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na
em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de verdade, pois (anteposto ao verbo).
informações, marcado pela pontuação final), mas têm, am- Não fui à praia, pois queria descansar durante o Do-
bas, estruturas individuais, como é o exemplo de: mingo.
Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. Maria chorou porque seus olhos estão vermelhos.
(Período Composto)
Podemos dizer: Período Composto Por Subordinação
1. Estou comprando um protetor solar.
2. Irei à praia. Quero que você seja aprovado!

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Oração principal oração subordinada É fundamental o seu comparecimento à reunião.


Sujeito
Observe que na oração subordinada temos o verbo
“seja”, que está conjugado na terceira pessoa do singu- É fundamental que você compareça à reunião.
lar do presente do subjuntivo, além de ser introduzida por Oração Principal Oração Subordinada Substantiva
conjunção. As orações subordinadas que apresentam Subjetiva
verbo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo * Atenção: Observe que a oração subordinada subs-
do indicativo, subjuntivo e imperativo) e são iniciadas por tantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”. Assim,
conjunção, chamam-se orações desenvolvidas ou explí- temos um período simples:
citas. É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Podemos modificar o período acima. Veja: Desta forma, a oração correspondente a “isso” exerce-
rá a função de sujeito.
Quero ser aprovado. Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na ora-
Oração Principal Oração Subordinada ção principal:

A análise das orações continua sendo a mesma: “Que- - Verbos de ligação + predicativo, em construções
ro” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su- do tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordi- certo - É claro - Está evidente - Está comprovado
nada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso, É bom que você compareça à minha festa.
a conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações,
desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge - Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Sou-
numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particí- be-se, Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anun-
pio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. ciado, Ficou provado.
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
* Observação: as orações reduzidas não são introdu-
zidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, - Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
eventualmente, introduzidas por preposição. importar - ocorrer - acontecer
Convém que não se atrase na entrevista.
1-) Orações Subordinadas Substantivas
Observação: quando a oração subordinada substanti-
A oração subordinada substantiva tem valor de subs- va é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte- 3.ª pessoa do singular.
grante (que, se).
b) Objetiva Direta = exerce função de objeto direto do
Não sei se sairemos hoje. verbo da oração principal:
Oração Subordinada Substantiva
Todos querem sua aprovação no concurso.
Temos medo de que não sejamos aprovados. Objeto Direto
Oração Subordinada Substantiva
Todos querem que você seja aprovado. (Todos que-
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também rem isso)
introduzem as orações subordinadas substantivas, bem Oração Principal oração Subordinada Substantiva Ob-
como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, jetiva Direta
como).
As orações subordinadas substantivas objetivas dire-
O garoto perguntou qual seu nome. tas (desenvolvidas) são iniciadas por:
Oração Subordinada Substantiva - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
“se”: A professora verificou se os alunos estavam presen-
Não sabemos quando ele virá. tes.
Oração Subordinada Substantiva - Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Classificação das Orações Subordinadas Substan- O pessoal queria saber quem era o dono do carro impor-
tivas tado.

Conforme a função que exerce no período, a oração - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às
subordinada substantiva pode ser: vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
a) Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do Eu não sei por que ela fez isso.
verbo da oração principal:

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c) Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do * Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! (:)
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
2-) Orações Subordinadas Adjetivas
Meu pai insiste em meu estudo.
Objeto Indireto Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nis- orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
so) a função de adjunto adnominal do antecedente.
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Esta foi uma redação bem-sucedida.
Observação: em alguns casos, a preposição pode es- Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal)
tar elíptica na oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos outra
construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:
d) Completiva Nominal = completa um nome que
pertence à oração principal e também vem marcada por Esta foi uma redação que fez sucesso.
preposição. Oração Principal Oração Subordinada Adjetiva

Sentimos orgulho de seu comportamento. Perceba que a conexão entre a oração subordinada
Complemento Nominal adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é
feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou re-
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Senti- lacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha
mos orgulho disso.) uma função sintática na oração subordinada: ocupa o pa-
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal pel que seria exercido pelo termo que o antecede (no caso,
“redação” é sujeito, então o “que” também funciona como
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas sujeito).
objetivas indiretas integram o sentido de um verbo, en-
quanto que orações subordinadas substantivas completi- Observação: para que dois períodos se unam num
vas nominais integram o sentido de um nome. Para dis- período composto, altera-se o modo verbal da segunda
tinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo oração.
complementado. Esta é a diferença entre o objeto indireto
e o complemento nominal: o primeiro complementa um Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re-
verbo; o segundo, um nome. conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
e) Predicativa = exerce papel de predicativo do sujei- Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta oração é
to do verbo da oração principal e vem sempre depois do equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.
verbo ser.
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
Nosso desejo era sua desistência.
Predicativo do Sujeito Quando são introduzidas por um pronome relativo e
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvol-
era isso) vidas. Além delas, existem as orações subordinadas ad-
Oração Subordinada Substantiva Predicativa jetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome
relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apre-
Observação: em certos casos, usa-se a preposição sentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, ge-
expletiva “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é rúndio ou particípio).
de que não fui bem na prova. Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
f) Apositiva = exerce função de aposto de algum ter- Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
mo da oração principal.
No primeiro período, há uma oração subordinada adje-
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade! tiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relati-
Aposto vo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito
do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz! adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e
Oração subordinada substantiva apositiva reduzida seu verbo está no infinitivo.
de infinitivo
(Fernanda tinha um grande sonho: isso)

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Classificação das Orações Subordinadas Adjeti- acessórios que indicam uma circunstância referente, via
vas de regra, a um verbo. A classificação do adjunto adverbial
depende da exata compreensão da circunstância que ex-
Na relação que estabelecem com o termo que carac- prime.
terizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar Naquele momento, senti uma das maiores emoções
de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem de minha vida.
ou especificam o sentido do termo a que se referem, in- Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
dividualizando-o. Nestas orações não há marcação de minha vida.
pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restriti-
vas. Existem também orações que realçam um detalhe ou No primeiro período, “naquele momento” é um adjunto
amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “senti”.
suficientemente definido. Estas orações denominam-se No segundo período, este papel é exercido pela oração
subordinadas adjetivas explicativas.
“Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração subordi-
Exemplo 1:
nada adverbial temporal. Esta oração é desenvolvida, pois
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que
é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando)
passava naquele momento.
e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (“vi”, do
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la,
No período acima, observe que a oração em desta- obtendo-se:
que restringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de mi-
trata-se de um homem específico, único. A oração limita nha vida.
o universo de homens, isto é, não se refere a todos os
homens, mas sim àquele que estava passando naquele A oração em destaque é reduzida, apresentando uma
momento. das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é
introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma
Exemplo 2: preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).
O homem, que se considera racional, muitas vezes
age animalescamente. Observação: a classificação das orações subordina-
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa das adverbiais é feita do mesmo modo que a classifica-
ção dos adjuntos adverbiais. Baseia-se na circunstância
Agora, a oração em destaque não tem sentido restriti- expressa pela oração.
vo em relação à palavra “homem”; na verdade, apenas ex-
plicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito Orações Subordinadas Adverbiais
de “homem”.
a) Causal = A ideia de causa está diretamente ligada
** Saiba que: A oração subordinada adjetiva explicati- àquilo que provoca um determinado fato, ao motivo do que
va é separada da oração principal por uma pausa que, na se declara na oração principal. Principal conjunção subor-
escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, dinativa causal: porque. Outras conjunções e locuções
que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar causais: como (sempre introduzido na oração anteposta
as orações explicativas das restritivas; de fato, as explica- à oração principal), pois, pois que, já que, uma vez que,
tivas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
visto que.
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito for-
3-) Orações Subordinadas Adverbiais
te.
Já que você não vai, eu também não vou.
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exer-
ce a função de adjunto adverbial do verbo da oração prin-
cipal. Assim, pode exprimir circunstância de tempo, modo, A diferença entre a subordinada adverbial causal e a
fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, sindética explicativa é que esta “explica” o fato que acon-
vem introduzida por uma das conjunções subordinativas teceu na oração com a qual ela se relaciona; aquela apre-
(com exclusão das integrantes, que introduzem orações senta a “causa” do acontecimento expresso na oração à
subordinadas substantivas). Classifica-se de acordo com qual ela se subordina. Repare:
a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz (assim 1-) Faltei à aula porque estava doente.
como acontece com as coordenadas sindéticas). 2-) Melissa chorou, porque seus olhos estão verme-
lhos.
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.
Oração Subordinada Adverbial Em 1, a oração destacada aconteceu primeiro que o
fato expresso na oração anterior, ou seja, o fato de estar
A oração em destaque agrega uma circunstância doente impediu-me de ir à aula. No exemplo 2, a oração
de tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada sublinhada relata um fato que aconteceu depois, já que
adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais são termos primeiro ela chorou, depois seus olhos ficaram vermelhos.

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b) Consecutiva = exprime um fato que é consequên- junção subordinativa conformativa: conforme. Outras con-
cia, é efeito do que se declara na oração principal. São in- junções conformativas: como, consoante e segundo (todas
troduzidas pelas conjunções e locuções: que, de forma que, com o mesmo valor de conforme).
de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas tão...que, Fiz o bolo conforme ensina a receita.
tanto...que, tamanho...que. Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm
Principal conjunção subordinativa consecutiva: que direitos iguais.
(precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou g) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que se
concretizando-os. declara na oração principal. Principal conjunção subordina-
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Redu- tiva final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque (=
zida de Infinitivo) para que) e a locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
c) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o h) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
que deve ou não ocorrer para que se realize - ou deixe de seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
se realizar - o fato expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à
Principal conjunção subordinativa condicional: se. Ou- proporção que. Outras locuções conjuntivas proporcio-
tras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde nais: à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas:
que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto me-
que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). nor...(maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais),
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, quanto mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto me-
certamente o melhor time será campeão. nos...(menos).
Caso você saia, convide-me. À proporção que estudávamos mais questões acertá-
vamos.
d) Concessiva = indica concessão às ações do ver- À medida que lia mais culto ficava.
bo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamen- i) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato
te ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal expresso na oração principal, podendo exprimir noções de
conjunção subordinativa concessiva: embora. Utiliza-se simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal
também a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, conjunção subordinativa temporal: quando. Outras conjun-
ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar ções subordinativas temporais: enquanto, mal e locuções
de que. conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, antes
Só irei se ele for. que, depois que, sempre que, desde que, etc.
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita. Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
Compare agora com: nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
Irei mesmo que ele não vá.
Fontes de pesquisa:
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/frase-
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A -periodo-e-oracao
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
cessiva. Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Observe outros exemplos:
Embora fizesse calor, levei agasalho.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo) 5.4 EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
e) Comparativa= As orações subordinadas adverbiais
comparativas estabelecem uma comparação com a ação PONTUAÇÃO
indicada pelo verbo da oração principal. Principal conjunção
subordinativa comparativa: como. Os sinais de pontuação são marcações gráficas que
Ele dorme como um urso. (como um urso dorme) servem para compor a coesão e a coerência textual, além
Você age como criança. (age como uma criança age) de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Um
*geralmente há omissão do verbo. texto escrito adquire diferentes significados quando pontua-
do de formas diversificadas. O uso da pontuação depende,
f) Conformativa = indica ideia de conformidade, ou em certos momentos, da intenção do autor do discurso. As-
seja, apresenta uma regra, um modelo adotado para a exe- sim, os sinais de pontuação estão diretamente relacionados
cução do que se declara na oração principal. Principal con- ao contexto e ao interlocutor.

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Principais funções dos sinais de pontuação Ponto de Exclamação (!)

Ponto (.) 1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera,


susto, súplica, etc.
1- Indica o término do discurso ou de parte dele, encer- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
rando o período.
2- Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Com- 2- Depois de interjeições ou vocativos
panhia). Se a palavra abreviada aparecer em final de pe- Ai! Que susto!
ríodo, este não receberá outro ponto; neste caso, o ponto João! Há quanto tempo!
de abreviatura marca, também, o fim de período. Exemplo:
Estudei português, matemática, constitucional, etc. (e não Ponto de Interrogação (?)
“etc..”)
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
3- Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze-
ponto, assim como após o nome do autor de uma citação: vedo)
Haverá eleições em outubro
O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão Reticências (...)
Mendes de Almeida) (ou: Almeida.)
1- Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lápis,
4- Os números que identificam o ano não utilizam ponto canetas, cadernos...
nem devem ter espaço a separá-los, bem como os números
de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250. 2- Indica interrupção violenta da frase.
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
Ponto e Vírgula ( ; )
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida: Este
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma mal... pega doutor?
importância: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos
dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa,
pão a vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” depois, o coração falar...
(VIEIRA)
Vírgula (,)
2- Separa partes de frases que já estão separadas por
vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, mon- Não se usa vírgula
tanhas, frio e cobertor.
* separando termos que, do ponto de vista sintático, li-
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo- gam-se diretamente entre si:
tivos, decreto de lei, etc. - entre sujeito e predicado:
Ir ao supermercado; Todos os alunos da sala foram advertidos.
Pegar as crianças na escola; Sujeito predicado
Caminhada na praia;
Reunião com amigos. - entre o verbo e seus objetos:
O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
Dois pontos (:) V.T.D.I. O.D. O.I.

1- Antes de uma citação Usa-se a vírgula:


Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
- Para marcar intercalação:
2- Antes de um aposto a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun-
Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à dância, vem caindo de preço.
tarde e calor à noite. b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento c) das expressões explicativas ou corretivas: As indús-
Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, viven- trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não
do a rotina de sempre. querem abrir mão dos lucros altos.

4- Em frases de estilo direto - Para marcar inversão:


Maria perguntou: a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
- Por que você não toma uma decisão? Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe-
chadas.

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b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos QUESTÕES


pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de 1-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)
maio de 1982.

- Para separar entre si elementos coordenados (dis-


postos em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e ani-
mais.

- Para marcar elipse (omissão) do verbo:


Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

- Para isolar:
- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasi-
leira, possui um trânsito caótico.
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.

Observações:
- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expres-
são latina et cetera, que significa “e outras coisas”, seria dis-
pensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o acordo
ortográfico em vigor no Brasil exige que empreguemos etc. (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)
precedido de vírgula: Falamos de política, futebol, lazer, etc. Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontua-
ção está correta em:
- As perguntas que denotam surpresa podem ter com-
binados o ponto de interrogação e o de exclamação: Você A) Hagar disse, que não iria.
falou isso para ela?! B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir, bi-
- Temos, ainda, sinais distintivos: fes e lagostas, aos vizinhos.
1-) a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), separa- C) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas:
ção de siglas (IOF/UPC); para Hagar e Helga
2-) os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas D) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse,
pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira opção Hagar à Helga.
aos parênteses, principalmente na matemática; E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pe-
3-) o asterisco ( * ) = usado para remeter o leitor a uma los Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
nota de rodapé ou no fim do livro, para substituir um nome
que não se quer mencionar. 1-) Correções realizadas:

Fontes de pesquisa: A) Hagar disse que não iria. = não há vírgula entre ver-
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ bo e seu complemento (objeto)
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgula. B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir bi-
htm fes e lagostas aos vizinhos. = não há vírgula entre verbo e
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- seu complemento (objeto)
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São C) Chegou o convite dos Stevensens: bife e lagostas
Paulo: Saraiva, 2010. para Hagar e Helga.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa D) “Eles são chatos e nunca param de falar”, disse Ha-
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. gar à Helga.
E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pe-
los Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
RESPOSTA: “E”.

2-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO


TRABALHO – CESPE/2014 - adaptada)
A correção gramatical do trecho “Entre as bebidas al-
coólicas, cervejas e vinhos são as mais comuns em todo
o mundo” seria prejudicada, caso se inserisse uma vírgula
logo após a palavra “vinhos”.
( ) CERTO ( ) ERRADO

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2-) Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predi- A prova para ambos os cargos será aplicada às 13h.
cado, a não ser que se trate de um aposto (1), predicativo 3.ª p. Singular 3.ª p. Singular
do sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separado
entre pontuações. Exemplos: Os candidatos à vaga chegarão às 12h.
O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa! 3.ª p. Plural 3.ª p. Plural
Os meninos, ansiosos (2), chegaram!
RESPOSTA: “CERTO”. Casos Particulares

3-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) 1) Quando o sujeito é formado por uma expressão par-
Em apenas uma das opções a vírgula foi corretamente em- titiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a
pregada. Assinale-a. maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de
um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. no singular ou no plural.
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas. A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram
perplexas. proposta.
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e
fundamental. Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em peque- dos coletivos, quando especificados: Um bando de vânda-
na parte do território. los destruiu / destruíram o monumento.

3-) Observação: nesses casos, o uso do verbo no singular


A) No dia seguinte, estavam todos cansados. = correta enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas = não se destaque aos elementos que formam esse conjunto.
separa sujeito do predicado (o sujeito está no final).
2) Quando o sujeito é formado por expressão que indi-
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas
ca quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de,
perplexas = não se separa sujeito do predicado.
perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo con-
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e
corda com o substantivo.
fundamental = não se separa sujeito do predicado.
Cerca de mil pessoas participaram do concurso.
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em peque-
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenida-
na parte do território. = não se separa sujeito do predicado
de.
RESPOSTA: “A”. Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últi-
mas Olimpíadas.

Observação: quando a expressão “mais de um” as-


5.5 CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL. sociar-se a verbos que exprimem reciprocidade, o plural é
obrigatório: Mais de um colega se ofenderam na discussão.
(ofenderam um ao outro)
Os concurseiros estão apreensivos.
Concurseiros apreensivos. 3) Quando se trata de nomes que só existem no plu-
ral, a concordância deve ser feita levando-se em conta a
No primeiro exemplo, o verbo estar encontra-se na ter- ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve
ceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, os ficar no singular; com artigo no plural, o verbo deve ficar o
concurseiros. No segundo exemplo, o adjetivo “apreensi- plural.
vos” está concordando em gênero (masculino) e número Os Estados Unidos possuem grandes universidades.
(plural) com o substantivo a que se refere: concurseiros. Estados Unidos possui grandes universidades.
Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gê- Alagoas impressiona pela beleza das praias.
nero correspondem-se. As Minas Gerais são inesquecíveis.
A correspondência de flexão entre dois termos é a con- Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.
cordância, que pode ser verbal ou nominal.
4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou
Concordância Verbal indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos,
quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o verbo
É a flexão que se faz para que o verbo concorde com pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pes-
seu sujeito. soa do plural) ou com o pronome pessoal.
Quais de nós são / somos capazes?
a) Sujeito Simples - Regra Geral Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso?
O sujeito, sendo simples, com ele concordará o verbo Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino-
em número e pessoa. Veja os exemplos: vadoras.

Língua Portuguesa
37 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Observação: veja que a opção por uma ou outra forma 8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada Vossa Excelência está cansado?
fizemos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso Vossas Excelências renunciarão?
não ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de
tudo e nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. 9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver de acordo com o numeral.
no singular, o verbo ficará no singular. Deu uma hora no relógio da sala.
Qual de nós é capaz? Deram cinco horas no relógio da sala.
Algum de vós fez isso. Soam dezenove horas no relógio da praça.
Baterão doze horas daqui a pouco.
5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra re-
concordar com o substantivo. lógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
25% do orçamento do país será destinado à Educação. O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
85% dos entrevistados não aprovam a administração Soa quinze horas o relógio da matriz.
do prefeito.
1% do eleitorado aceita a mudança. 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
1% dos alunos faltaram à prova. sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São
verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indi-
Quando a expressão que indica porcentagem não é cando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da natureza.
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o nú- Exemplos:
mero. Havia muitas garotas na festa.
25% querem a mudança. Faz dois meses que não vejo meu pai.
Chovia ontem à tarde.
1% conhece o assunto.
b) Sujeito Composto
Se o número percentual estiver determinado por artigo
ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com eles:
1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo,
Os 30% da produção de soja serão exportados.
a concordância se faz no plural:
Esses 2% da prova serão questionados.
Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
6) O pronome “que” não interfere na concordância; já o
“quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular. Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fui eu que paguei a conta. Sujeito
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gra-
Sou eu quem faz a prova. maticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte ma-
Não serão eles quem será aprovado. neira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece sobre a
segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece sobre a
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assu- terceira (eles). Veja:
mir a forma plural. Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan- Primeira Pessoa do Plural (Nós)
taram os poetas. Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Este candidato é um dos que mais estudaram! Segunda Pessoa do Plural (Vós)

Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos Pais e filhos precisam respeitar-se.
que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular: Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga.
Nem uma das que me escreveram mora aqui. Observação: quando o sujeito é composto, formado
*Quando “um dos que” vem entremeada de substanti- por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira
vo, o verbo pode: (ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do
a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atraves- plural (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no
sa o Estado de São Paulo. (já que não há outro rio que faça lugar de “tomaríeis”.
o mesmo).
b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão 3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo,
poluídos (noção de que existem outros rios na mesma con- passa a existir uma nova possibilidade de concordância:
dição). em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito,
o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do
sujeito mais próximo.

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Faltaram coragem e competência. O professor com o aluno questionou as regras.


Faltou coragem e competência.
Compareceram todos os candidatos e o banca. Observação: com o verbo no singular, não se pode fa-
Compareceu o banca e todos os candidatos. lar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez que
as expressões “com o filho” e “com o secretariado” são ad-
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concordân- juntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se
cia é feita no plural. Observe: houvesse uma inversão da ordem. Veja:
Abraçaram-se vencedor e vencido. “O pai montou o brinquedo com o filho.”
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. “O governador traçou os planos para o próximo semes-
tre com o secretariado.”
Casos Particulares “O professor questionou as regras com o aluno.”

1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos *Casos em que se usa o verbo no singular:
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular. Café com leite é uma delícia!
Descaso e desprezo marca seu comportamento. O frango com quiabo foi receita da vovó.
A coragem e o destemor fez dele um herói.
6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expres-
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sões correlativas como: “não só...mas ainda”, “não somen-
dispostos em gradação, verbo no singular: te”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o verbo
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segun- ficará no plural.
do me satisfaz. Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
Nordeste.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a
por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de acordo notícia.
com o valor semântico das conjunções:
7) Quando os elementos de um sujeito composto são
Drummond ou Bandeira representam a essência da po-
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é
esia brasileira.
feita com esse termo resumidor.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apa-
tia.
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de “adi-
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
ção”. Já em:
na vida das pessoas.
Juca ou Pedro será contratado. Outros Casos
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
píada. 1) O Verbo e a Palavra “SE”
Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas
* Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam no de particular interesse para a concordância verbal:
singular. a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
b) quando é partícula apassivadora.
4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem
outro”, a concordância costuma ser feita no singular. Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
Um ou outro compareceu à festa. acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e
Nem um nem outro saiu do colégio. de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na tercei-
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no ra pessoa do singular:
singular: Um e outro farão/fará a prova. Precisa-se de funcionários.
Confia-se em teses absurdas.
5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”, Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver-
o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos
mesmo grau de importância e a palavra “com” tem sentido (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o
muito próximo ao de “e”. verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos:
O pai com o filho montaram o brinquedo. Construiu-se um posto de saúde.
O governador com o secretariado traçaram os planos Construíram-se novos postos de saúde.
para o próximo semestre. Aqui não se cometem equívocos
O professor com o aluno questionaram as regras. Alugam-se casas.

Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se ** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivadora
a ideia é enfatizar o primeiro elemento. ou índice de indeterminação do sujeito, tente transformar a
O pai com o filho montou o brinquedo. frase para a voz passiva. Se a frase construída for “compre-
O governador com o secretariado traçou os planos para ensível”, estaremos diante de uma partícula apassivadora;
o próximo semestre. se não, o “se” será índice de indeterminação. Veja:

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Precisa-se de funcionários qualificados. Observação: sendo ambos os termos (sujeito e predi-


Tentemos a voz passiva: cativo) representados por pronomes pessoais, o verbo con-
Funcionários qualificados são precisados (ou preci- corda com o pronome sujeito.
sos)? Não há lógica. Portanto, o “se” destacado é índice de Eu não sou ela.
indeterminação do sujeito. Ela não é eu.
Agora:
Vendem-se casas. e) Quando o sujeito for uma expressão de sentido par-
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta! titivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo
Então, aqui, o “se” é partícula apassivadora. (Dá para eu SER concordará com o predicativo.
passar para a voz passiva. Repare em meu destaque. Per- A grande maioria no protesto eram jovens.
cebeu semelhança? Agora é só memorizar!). O resto foram atitudes imaturas.

2) O Verbo “Ser” 3) O Verbo “Parecer”


O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordâncias:
sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân- a) Ocorre variação do verbo PARECER e não se fle-
cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do xiona o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho.
sujeito.
b) A variação do verbo parecer não ocorre e o infinitivo
Quando o sujeito ou o predicativo for: sofre flexão:
As crianças parece gostarem do desenho.
a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho
concorda com a pessoa gramatical: as crianças)
Ele é forte, mas não é dois.
Fernando Pessoa era vários poetas. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo PARE-
A esperança dos pais são eles, os filhos. CER fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos = oração
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no subordinada substantiva subjetiva).
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, com o
que estiver no plural: Concordância Nominal
Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros! A concordância nominal se baseia na relação entre no-
mes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se
Quando o verbo SER indicar ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
a) horas e distâncias, concordará com a expressão normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
numérica: termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
É uma hora. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
São quatro horas. seguintes regras gerais:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilôme- 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se
tros. refere a um único substantivo: As mãos trêmulas denuncia-
vam o que sentia.
b) datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
estar expressa ou subentendida: 2) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a
Hoje é dia 26 de agosto. concordância pode variar. Podemos sistematizar essa fle-
Hoje são 26 de agosto. xão nos seguintes casos:
c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e a) Adjetivo anteposto aos substantivos:
for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito, - O adjetivo concorda em gênero e número com o subs-
menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular: tantivo mais próximo.
Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso. Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido. Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Duas semanas de férias é muito para mim. Encontramos caído o prendedor e a roupa.

d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) - Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de pa-
for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o rentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural.
verbo. As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
No meu setor, eu sou a única mulher. Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
Aqui os adultos somos nós.
b) Adjetivo posposto aos substantivos:

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- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o
ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural se artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espanhola
houver substantivo feminino e masculino). e a portuguesa.
A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo an-
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos. tes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e portuguesa.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.
Casos Particulares
Observação: os dois últimos exemplos apresentam
maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É
refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi permitido
flexionado no plural masculino, que é o gênero predominan-
te quando há substantivos de gêneros diferentes. a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um
adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad- possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
jetivo fica no singular ou plural. É proibido entrada de crianças.
A beleza e a inteligência feminina(s). Em certos momentos, é necessário atenção.
O carro e o iate novo(s). No verão, melancia é bom.
É preciso cidadania.
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: Não é permitido saída pelas portas laterais.
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substan-
tivo não for acompanhado de nenhum modificador: Água é b) Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
bom para saúde. minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo
como o adjetivo concordam com ele.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for É proibida a entrada de crianças.
modificado por um artigo ou qualquer outro determinativo: Esta salada é ótima.
Esta água é boa para saúde. A educação é necessária.
São precisas várias medidas na educação.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as
muito felizes. Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino sin- mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
gular: Os jovens tinham algo de misterioso. Seguem anexas as documentações requeridas.
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem fun- A menina agradeceu: - Muito obrigada.
ção adjetiva e concorda normalmente com o nome a que Muito obrigadas, disseram as senhoras.
se refere: Seguem inclusos os papéis solicitados.
Cristina saiu só. Estamos quites com nossos credores.
Cristina e Débora saíram sós.
Bastante - Caro - Barato - Longe
Observação: quando a palavra “só” equivale a “somen-
te” ou “apenas”, tem função adverbial, ficando, portanto, in- Estas palavras são invariáveis quando funcionam como
variável: Eles só desejam ganhar presentes. advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan-
** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu-
a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se de advérbio, merais.
portanto, invariável; se houver coerência com o segundo, As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
função de adjetivo, então varia: Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho.
Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo (pronome adjetivo)
Ele está só descansando. (apenas descansando) - ad- Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
vérbio As casas estão caras. (adjetivo)
Achei barato este casaco. (advérbio)
** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
“só”, haverá, novamente, um adjetivo:
Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descan- Meio - Meia
sando)
7) Quando um único substantivo é modificado por dois a) A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo,
ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as cons- concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi
truções: meia porção de polentas.

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b) Quando empregada como advérbio permanece inva- e gostar, a nova redação, de acordo com as regras sobre
riável: A candidata está meio nervosa. regência verbal e concordância nominal prescritas pela nor-
ma-padrão, deveria ser
** Dica! Dá para eu substituir por “um pouco”, assim
saberei que se trata de um advérbio, não de adjetivo: “A (A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
candidata está um pouco nervosa”. (B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no eleva-
Alerta - Menos dor.
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no eleva-
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem dor.
sempre invariáveis. (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
Os concurseiros estão sempre alerta.
Não queira menos matéria! 2-) O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, in-
direto (com preposição): Esqueço os filmes dos quais não
gosto.
* Tome nota!
RESPOSTA: “E”.
Não variam os substantivos que funcionam como ad-
jetivos: 3-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) Considera-
Bomba – notícias bomba da a substituição do segmento grifado pelo que está entre
Chave – elementos chave parênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá per-
Monstro – construções monstro manecer no singular está em:
Padrão – escola padrão
(A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pes-
Fontes de pesquisa: quisadores)
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint49.php (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima)
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São (C) No sistema havia também uma estação... (várias
Paulo: Saraiva, 2010. estações)
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa (D) ... a civilização maia da América Central tinha um
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. método sustentável de gerenciamento da água. (os povos
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- que habitavam a América Central)
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. (E) Um estudo publicado recentemente mostra que a
civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser pu-
blicado).
QUESTÕES 3-)
(A) ... disse (disseram) (os pesquisadores)
1-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚS- (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu (con-
TRIA E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO tribuíram) (as mudanças do clima)
ADMINISTRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência (C) No sistema havia (várias estações) = permanecerá
deve estar satisfeita com os resultados das negociações”, no singular
o adjetivo estará corretamente empregado se dirigido a mi- (D) ... a civilização maia da América Central tinha (ti-
nham) (os povos que habitavam a América Central)
nistro de Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita”
(E) Um estudo publicado recentemente mostra (mos-
deve concordar com a locução pronominal de tratamento
tram) (Estudos como o que acabou de ser publicado).
“Vossa Excelência”.
RESPOSTA: “C”.
( ) CERTO ( ) ERRADO

1-) Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo femi-


nino (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O 5.6 REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL.
pronome de tratamento é apenas a maneira de como tratar
a autoridade, não concordando com o gênero (o pronome Dá-se o nome de regência à relação de subordinação
de tratamento, apenas). que ocorre entre um verbo (regência verbal) ou um nome
RESPOSTA: “ERRADO”. (regência nominal) e seus complementos.

2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADAS- Regência Verbal = Termo Regente: VERBO
TRO RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR
- IADES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos desta- A regência verbal estuda a relação que se estabelece
cados no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no ele- entre os verbos e os termos que os complementam (obje-
vador”, fossem empregados, respectivamente, Esquecer tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos

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adverbiais). Há verbos que admitem mais de uma regência, gar esses verbos, lembre-se de que os pronomes oblíquos
o que corresponde à diversidade de significados que estes o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes
verbos podem adquirir dependendo do contexto em que fo- podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas ver-
rem empregados. bais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após
A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, con- formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e
tentar. lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar agra- São verbos transitivos diretos, dentre outros: aban-
do ou prazer”, satisfazer. donar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar,
Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agra- admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar,
dar a alguém”. castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, defen-
der, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar,
Saiba que: prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
O conhecimento do uso adequado das preposições é Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver- como o verbo amar:
bal (e também nominal). As preposições são capazes de Amo aquele rapaz. / Amo-o.
modificar completamente o sentido daquilo que está sendo Amo aquela moça. / Amo-a.
dito. Amam aquele rapaz. / Amam-no.
Cheguei ao metrô. Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se- Observação: os pronomes lhe, lhes só acompanham
gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como
adjuntos adnominais):
A voluntária distribuía leite às crianças. Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
A voluntária distribuía leite com as crianças. Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua car-
Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado reira)
como transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto (obje-
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)
to indireto: às crianças); na segunda, como transitivo direto
(objeto direto: crianças; com as crianças: adjunto adverbial).
3-) Verbos Transitivos Indiretos
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos
Os verbos transitivos indiretos são complementados
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um
por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes
gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
formas em frases distintas.
regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-
1-) Verbos Intransitivos ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re-
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos
- Chegar, Ir de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver- lhe, lhes.
biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
indicar destino ou direção são: a, para. Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
Fui ao teatro. - Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo-
Adjunto Adverbial de Lugar sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos
iguais para todos.
Ricardo foi para a Espanha.
Adjunto Adverbial de Lugar - Obedecer e Desobedecer - Possuem seus comple-
mentos introduzidos pela preposição “a”:
- Comparecer Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por Eles desobedeceram às leis do trânsito.
em ou a.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o - Responder - Tem complemento introduzido pela pre-
último jogo. posição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a
quem” ou “ao que” se responde.
2-) Verbos Transitivos Diretos Respondi ao meu patrão.
Respondemos às perguntas.
Os verbos transitivos diretos são complementados por Respondeu-lhe à altura.
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
para o estabelecimento da relação de regência. Ao empre-

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Observação: o verbo responder, apesar de transitivo Pedir


indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente
voz passiva analítica: na forma de oração subordinada substantiva) e indireto de
O questionário foi respondido corretamente. pessoa.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamen-
te. Pedi-lhe favores.
Objeto Indireto Objeto Direto
- Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complemen-
tos introduzidos pela preposição “com”. Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio.
Antipatizo com aquela apresentadora. Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva Obje-
Simpatizo com os que condenam os políticos que go- tiva Direta
vernam para uma minoria privilegiada.
Saiba que:
4-) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos - A construção “pedir para”, muito comum na linguagem
cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta.
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompa- No entanto, é considerada correta quando a palavra licença
nhados de um objeto direto e um indireto. Merecem desta- estiver subentendida.
que, nesse grupo: agradecer, perdoar e pagar. São verbos Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em
que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto casa.
indireto relacionado a pessoas.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz
Agradeço aos ouvintes a audiência. uma oração subordinada adverbial final reduzida de infiniti-
Objeto Indireto Objeto Direto vo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).

Paguei o débito ao cobrador. Preferir


Objeto Direto Objeto Indireto Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indi-
reto introduzido pela preposição “a”:
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
com particular cuidado: Prefiro trem a ônibus.
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. Observação: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. usado sem termos intensificadores, tais como: muito, antes,
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada
Paguei minhas contas. / Paguei-as. pelo prefixo existente no próprio verbo (pre).
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Informar Mudança de Transitividade - Mudança de Significa-
- Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto do
indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Informe os novos preços aos clientes. Há verbos que, de acordo com a mudança de transitivi-
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os no- dade, apresentam mudança de significado. O conhecimen-
vos preços) to das diferentes regências desses verbos é um recurso
linguístico muito importante, pois além de permitir a correta
- Na utilização de pronomes como complementos, veja interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades
as construções: expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais,
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos pre- estão:
ços.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou AGRADAR
sobre eles) - Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari-
nhos, acariciar, fazer as vontades de.
Observação: a mesma regência do verbo informar é Sempre agrada o filho quando.
usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cienti- Aquele comerciante agrada os clientes.
ficar, prevenir.
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar
Comparar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as introduzido pela preposição “a”.
preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento in- O cantor não agradou aos presentes.
direto: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma O cantor não lhes agradou.
criança.

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*O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto: Muito custa viver tão longe da família.
O cantor desagradou à plateia. Verbo Intransitivo Oração Subordinada Substantiva
Subjetiva Reduzida de Infinitivo
ASPIRAR
- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar Custou-me (a mim) crer nisso.
(o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva Sub-
jetiva Reduzida de Infinitivo
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi- *A Gramática Normativa condena as construções que
rávamos a ele) atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por pes-
soa: Custei para entender o problema. = Forma correta:
* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, Custou-me entender o problema.
as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são utiliza-
das, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. Veja o IMPLICAR
exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam - Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
a ela) a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
implicavam um firme propósito.
ASSISTIR b) ter como consequência, trazer como consequência,
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
assistência a, auxiliar.
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. - Como transitivo direto e indireto, significa compro-
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
econômicas.
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen-
ciar, estar presente, caber, pertencer.
* No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
Assistimos ao documentário.
indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem
Não assisti às últimas sessões.
não trabalhasse arduamente.
Essa lei assiste ao inquilino.
NAMORAR
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é intran-
- Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
sitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar
anos.
introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa contur-
bada cidade.
OBEDECER - DESOBEDECER
CHAMAR - Sempre transitivo indireto:
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, so- Todos obedeceram às regras.
licitar a atenção ou a presença de. Ninguém desobedece às leis.
Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá cha- *Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem
má-la. “lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
PROCEDER
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apre- - Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
sentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa
preposicionado ou não. segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto
A torcida chamou o jogador mercenário. adverbial de modo.
A torcida chamou ao jogador mercenário. As afirmações da testemunha procediam, não havia
A torcida chamou o jogador de mercenário. como refutá-las.
A torcida chamou ao jogador de mercenário. Você procede muito mal.

- Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal: - Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo-
Como você se chama? Eu me chamo Zenaide. sição “de”) e fazer, executar (rege complemento introduzido
pela preposição “a”) é transitivo indireto.
CUSTAR O avião procede de Maceió.
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado Procedeu-se aos exames.
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial: O delegado procederá ao inquérito.
Frutas e verduras não deveriam custar muito.
QUERER
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo - Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração redu- vontade de, cobiçar.
zida de infinitivo. Querem melhor atendimento.

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Queremos um país melhor.

- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar: Quero muito aos meus amigos.

VISAR
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
O homem visou o alvo.
O gerente não quis visar o cheque.

- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.

ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)

No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto,
transitivos indiretos:
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.

Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alte-
ração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos
tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
Não lhe lembram os bons momentos da infância? (= momentos é sujeito)

SIMPATIZAR - ANTIPATIZAR
- São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:
Não simpatizei com os jurados.
Simpatizei com os alunos.

Importante: A norma culta exige que os verbos e expressões que dão ideia de movimento sejam usados com a pre-
posição “a”:
Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
Cláudia desceu ao segundo andar.
Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.

Regência Nominal

É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que
vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo
significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes corres-
pondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:

Obedecer a algo/ a alguém.


Obediente a algo/ a alguém.

Se uma oração completar o sentido de um nome, ou seja, exercer a função de complemento nominal, ela será com-
pletiva nominal (subordinada substantiva).

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Regência de Alguns Nomes Questões

Substantivos 1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUN-


CAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de norma culta da língua quanto à regência verbal.
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
B) Eu esqueci do seu nome.
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a,
C) Você assistiu à cena toda?
por
D) Ele chegou na oficina pela manhã.
Bacharel em Horror a Proeminência sobre E) Sempre obedeço as leis de trânsito.
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com,
para com, por 1-)
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir. = prefiro viajar
Adjetivos
de ônibus a dirigir
Acessível a Diferente de Necessário a B) Eu esqueci do seu nome. = Eu me esqueci do seu
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a nome
C) Você assistiu à cena toda? = correta
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a D) Ele chegou na oficina pela manhã. = Ele chegou à
Agradável a Escasso de Parco em, de oficina pela manhã
Alheio a, de Essencial a, para Passível de E) Sempre obedeço as leis de trânsito. = Sempre obe-
deço às leis de trânsito
Análogo a Fácil de Preferível a RESPOSTA: “C”.
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a 2-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP
– MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014 - adaptada) Leia o
Ávido de Generoso com Propício a seguinte trecho para responder à questão.
Benéfico a Grato a, por Próximo a A pesquisa encontrou um dado curioso: homens com
Capaz de, para Hábil em Relacionado com baixos níveis de testosterona tiveram uma resposta imuno-
lógica melhor a essa medida, similar _______________ .
Compatível com Habituado a Relativo a A alternativa que completa, corretamente, o texto é:
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, (A) das mulheres
por (B) às mulheres
(C) com das mulheres
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
(D) à das mulheres
Contrário a Indeciso em Sensível a (E) ao das mulheres
Curioso de, por Insensível a Sito em
2-) Similar significa igual; sua regência equivale à da
Descontente com Liberal com Suspeito de
palavra “igual”: igual a quê? Similar a quem? Similar à (su-
Desejoso de Natural de Vazio de bentendido: resposta imunológica) das mulheres.
RESPOSTA: “D”.
Advérbios
Longe de Perto de

Observação: os advérbios terminados em -mente ten- 5.7 EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRA-
dem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: SE.
paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.

Fontes de pesquisa: A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais


http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a” com
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- o artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente aos prono-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São mes demonstrativos – aquela(s), aquele(s), aquilo e com
Paulo: Saraiva, 2010. o “a” pertencente ao pronome relativo a qual (as quais).
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Casos estes em que tal fusão encontra-se demarcada pelo
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. acento grave ( ` ): à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- quais.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. O uso do acento indicativo de crase está condicionado
aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal e no-
minal, mais precisamente ao termo regente e termo regido.
Ou seja, o termo regente é o verbo - ou nome - que exige

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complemento regido pela preposição “a”, e o termo regido é Sua história é semelhante às que eu ouvia quando
aquele que completa o sentido do termo regente, admitindo criança. (àquelas que eu ouvia quando criança)
a anteposição do artigo a(s). (preposição + pronome demonstrativo)
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela con- * A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
tratada recentemente. verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o acento grave:
Após a junção da preposição com o artigo (destacados - locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às
entre parênteses), temos: pressas, à vontade...
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada - locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura
recentemente. de...
- locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, clas-
sifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos referimos * Cuidado: quando as expressões acima não exerce-
a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição a + o rem a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome Eu adoro a noite!
demonstrativo aquela (àquela). Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer ob-
jeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não prepo-
Observação importante: Alguns recursos servem de sição.
ajuda para que possamos confirmar a ocorrência ou não da
crase. Eis alguns: Casos passíveis de nota:
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase *a crase é facultativa diante de nomes próprios femini-
está confirmada. nos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
Os dados foram solicitados à diretora.
Os dados foram solicitados ao diretor. *também é facultativa diante de pronomes possessivos
femininos: O diretor fez referência a (à) sua empresa.
b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se
o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na expres- *facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja ficará
são “voltar da”, há a confirmação da crase. aberta até as (às) dezoito horas.
Faremos uma visita à Bahia.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada) * Constata-se o uso da crase se as locuções preposi-
tivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas,
Não me esqueço da viagem a Roma. mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão por
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja- comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)
mais vividos.
* Não se efetiva o uso da crase diante da locução ad-
Atenção: Nas situações em que o nome geográfico se verbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observamos
apresentar modificado por um adjunto adnominal, a crase a queima de fogos a distância.
está confirmada.
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas Entretanto, se o termo vier determinado, teremos uma
praias. locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre foi
arremessado à distância de cem metros.
** Dica: Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a Campinas. = - De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade -,
Volto de Campinas. (crase pra quê?) faz-se necessário o emprego da crase.
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) Ensino à distância.
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifica- Ensino a distância.
do, ocorrerá crase. Veja:
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo * Em locuções adverbiais formadas por palavras repeti-
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” das, não há ocorrência da crase.
Irei à Salvador de Jorge Amado. Ela ficou frente a frente com o agressor.
Eu o seguirei passo a passo.
* A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s),
aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo re- Casos em que não se admite o emprego da crase:
gente exigir complemento regido da preposição “a”.
Entregamos a encomenda àquela menina. * Antes de vocábulos masculinos.
(preposição + pronome demonstrativo) As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
Esta caneta pertence a Pedro.
Iremos àquela reunião.
(preposição + pronome demonstrativo)

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* Antes de verbos no infinitivo. QUESTÕES


Ele estava a cantar.
Começou a chover. 1-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
FE/2014) Assinale a alternativa que preenche corretamente
* Antes de numeral. as lacunas da frase a seguir.
O número de aprovados chegou a cem. Quando________ três meses disse-me que iria
Faremos uma visita a dez países. _________ Grécia para visitar ___ sua tia, vi-me na obri-
gação de ajudá-la _______ resgatar as milhas _________
Observação: quais tinha direito.
- Nos casos em que o numeral indicar horas – funcio-
nando como uma locução adverbial feminina – ocorrerá cra- A-) a - há - à - à - às
se: Os passageiros partirão às dezenove horas. B-) há - à - a - a – às
C-) há - a - há - à - as
- Diante de numerais ordinais femininos a crase está D-) a - à - a - à - às
confirmada, visto que estes não podem ser empregados E-) a - a - à - há – as
sem o artigo: As saudações foram direcionadas à primeira
aluna da classe. 1-) Quando HÁ (sentido de tempo) três meses disse-me
que iria À (“vou a, volto da, crase há!”) Grécia para visitar
- Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quando A (artigo) sua tia, vi-me na obrigação de ajudá-la A (ajudar
essa não se apresentar determinada: Chegamos todos “ela” a fazer algo) resgatar as milhas ÀS quais tinha direito
exaustos a casa. (tinha direito a quê? às milhas – regência nominal). Tere-
Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto adno- mos: há, à, a, a, às.
minal, a crase estará confirmada: Chegamos todos exaus- RESPOSTA: “B”.
tos à casa de Marcela.
2-) (EMPLASA/SP – ANALISTA JURÍDICO – DIREITO
- não há crase antes da palavra “terra”, quando essa – VUNESP/2014)
indicar chão firme: Quando os navegantes regressaram a A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de traba-
terra, já era noite. lho para proceder _____ medidas necessárias _____ exu-
Contudo, se o termo estiver precedido por um determi- mação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart,
nante ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá crase. sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exumação
Paulo viajou rumo à sua terra natal. de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presidente
O astronauta voltou à Terra. morreu de causas naturais, ou seja, devido ____ uma para-
da cardíaca – que tem sido a versão considerada oficial até
- não ocorre crase antes de pronomes que requerem o hoje –, ou se sua morte se deve ______ envenenamento.
uso do artigo. (http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,governo-
Os livros foram entregues a mim. -cria-grupo-exumar--restos-mortais-de- jango,1094178,0.
Dei a ela a merecida recompensa. htm 07. 11.2013. Adaptado)

Observação: Pelo fato de os pronomes de tratamento Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as la-
relativos à senhora, senhorita e madame admitirem artigo, cunas da frase devem ser completadas, correta e respecti-
o uso da crase está confirmado no “a” que os antecede, no vamente, por
caso de o termo regente exigir a preposição.
Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia. (A) a ... à ... a ... a
(B) as ... à ... a ... à
*não ocorre crase antes de nome feminino utilizado em (C) às ... a ... à ... a
sentido genérico ou indeterminado: (D) à ... à ... à ... a
Estamos sujeitos a críticas. (E) a ... a ... a ... à
Refiro-me a conversas paralelas.
2-) A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de
Fontes de pesquisa: trabalho para proceder a medidas (palavra no plural, gene-
http://www.portugues.com.br/gramatica/o-uso-crase-. ralizando) necessárias à (regência nominal pede preposi-
html ção) exumação dos restos mortais do ex-presidente João
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Goulart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. exumação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-pre-
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- sidente morreu de causas naturais, ou seja, devido a uma
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São (artigo indefinido) parada cardíaca – que tem sido a versão
Paulo: Saraiva, 2010. considerada oficial até hoje –, ou se sua morte se deve a
(regência verbal) envenenamento. A / à / a / a
RESPOSTA: “A”.

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3-) (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fize- lhe disse isso?
ram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga ci-
dade de Tikal, na Guatemala. 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto
O a empregado na frase acima, imediatamente depois se ofendem!
de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso
o segmento grifado seja substituído por: 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas):
Que Deus o ajude.
(A) Uma tal ilação.
(B) Afirmações como essa. 5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome
(C) Comprovação dessa assertiva. reto ou sujeito expresso:
(D) Emitir uma opinião desse tipo. Eu lhe entregarei o material amanhã.
(E) Semelhante resultado. Tu sabes cantar?

3-) Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do ver-


(A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento grave bo. A mesóclise é usada:
antes de artigo)
(B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (antes Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro
de palavra no plural e o “a” no singular) do pretérito, contanto que esses verbos não estejam prece-
(C) Comprovação dessa assertiva – chegar à compro- didos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
vação Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento
(D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir (ver- em prol da paz no mundo.
bo no infinitivo) Repare que o pronome está “no meio” do verbo “reali-
(E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (pa- zará”:
lavra masculina) realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma pa-
RESPOSTA: “C”. lavra que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria.
Veja: Não se realizará...
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
5.8 COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS. (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompa-
nharia nessa viagem).
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos
pronomes oblíquos átonos na frase. Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A
ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem
* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a função possíveis:
de complemento verbal (objeto). Por isso, memorize:
OBlíquo = OBjeto! 1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
Quando eu avisar, silenciem-se todos.
Embora na linguagem falada a colocação dos prono- 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas de- era minha intenção machucá-la.
vem ser observadas na linguagem escrita.
3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. A inicia período com pronome oblíquo).
próclise é usada: Vou-me embora agora mesmo.
Levanto-me às 6h.
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que
atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, no concurso, mudo-me hoje mesmo!
jamais, etc.: Não se desespere!
b) Advérbios: Agora se negam a depor. 5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a pro-
c) Conjunções subordinativas: Espero que me expli- posta fazendo-se de desentendida.
quem tudo!
d) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se Colocação pronominal nas locuções verbais
esforçou. - após verbo no particípio = pronome depois do verbo
e) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportuni- auxiliar (e não depois do particípio):
dade. Tenho me deliciado com a leitura!
Eu tenho me deliciado com a leitura!
f) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. Eu me tenho deliciado com a leitura!

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50 A Opção Certa Para a Sua Realização
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- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas E) Há políticas que lhe reconhecem.
locuções verbais: 1-) Primeiramente identifiquemos se temos objeto direto
Vamos nos unir! ou indireto. Reconhece o quê? Resposta: a informalidade.
Iremos nos manifestar. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto direto.
Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indireto. Como
- quando há um fator para próclise nos tempos com- temos a presença do “que” – independente de sua função
postos ou locuções verbais: opção pelo uso do pronome no período (pronome relativo, no caso!) – a regra pede pró-
oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar clise (pronome oblíquo antes do verbo): que a reconhecem.
(e não: “não nos vamos preocupar”). RESPOSTA: “A”.

Observações importantes: 2-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substitui-


ção do elemento grifado pelo pronome correspondente foi
Emprego de o, a, os, as realizada de modo INCORRETO em:
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os
pronomes: o, a, os, as não se alteram. (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
Chame-o agora. (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os
Deixei-a mais tranquila. (C) para fazer a dragagem = para fazê-la
(D) que desviava a água = que lhe desviava
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes (E) supriam a necessidade = supriam-na
finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos:
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. 2-)
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = cor-
reta
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta
ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, (C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta
nos, nas. (D) que desviava a água = que lhe desviava = que a
Chamem-no agora. desviava
Põe-na sobre a mesa. (E) supriam a necessidade = supriam-na = correta
RESPOSTA: “D”.
* Dica:
Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que significa 3-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014)
“antes”! Pronome antes do verbo! cruzando os desertos do oeste da China − que con-
Ênclise – “en”... lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end, em In- tornam a Índia − adotam complexas providências
glês – que significa “fim, final!). Pronome depois do verbo! Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do verbo grifados acima foram corretamente substituídos por um pro-
Pronome Oblíquo – função de objeto nome, respectivamente, em:

Fontes de pesquisa: (A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as


http://www.portugues.com.br/gramatica/colocacao-pro- (B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam
nominal-.html (C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa (D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. (E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São 3-) Não podemos utilizar “lhes”, que corresponde ao
Paulo: Saraiva, 2010. objeto indireto (verbo “cruzar” pede objeto direto: cruzar o
quê?), portanto já desconsideramos as alternativas “B” e
“D”. Ao iniciarmos um parágrafo (já que no enunciado temos
QUESTÕES uma oração assim) devemos usar ênclise: (cruzando-os);
na segunda oração temos um pronome relativo (dá para
1-) (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMI- substituirmos por “o qual”), o que nos obriga a usar a prócli-
NISTRAÇÃO - CESGRANRIO/2014) Em “Há políticas que se (que a contorna); “adotam” exige objeto direto (adotam
reconhecem a informalidade”, ao substituir o termo desta- quem ou o quê?), chegando à resposta: adotam-nas (quan-
cado por um pronome, de acordo com a norma-padrão da do o verbo terminar em “m” e usarmos um pronome oblíquo
língua, o trecho assume a formulação apresentada em: direto, lembre-se do alfabeto: jklM – N!).
RESPOSTA: “D”.
A) Há políticas que a reconhecem.
B) Há políticas que reconhecem-a.
C) Há políticas que reconhecem-na.
D) Há políticas que reconhecem ela.

Língua Portuguesa
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Entre os sinais de pontuação, a vírgula é o mais usado


6 REESCRITA DE FRASES E PARÁGRAFOS e o que mais nos auxilia na organização de um período,
DO TEXTO. pois facilita as boas “sintaxes”, boas misturas, ou seja, a
vírgula ajuda-nos a não “embolar” o sentido quando pro-
“Ideias confusas geram redações confusas”. Esta frase duzimos frases complexas. Com isto, “entregamos” frases
leva-nos a refletir sobre a organização das ideias em um bem organizadas aos nossos leitores.
texto. Significa dizer que, antes da redação, naturalmente O básico para a organização sintática das frases é a
devemos dominar o assunto sobre o qual iremos tratar e, ordem direta dos termos da oração. Os gramáticos estrutu-
posteriormente, planejar o modo como iremos expô-lo, do ram tal ordem da seguinte maneira:
contrário haverá dificuldade em transmitir ideias bem aca- SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO VERBAL +
badas. Portanto, a leitura, a interpretação de textos e a ex- CIRCUNSTÂNCIAS
periência de vida antecedem o ato de escrever. A globalização + está causando + desemprego + no
Obtido um razoável conhecimento sobre o que iremos Brasil nos dias de hoje.
escrever, feito o esquema de exposição da matéria, é ne- Nem todas as orações mantêm esta ordem e nem todas
cessário saber ordenar as ideias em frases bem estrutura- contêm todos estes elementos, portanto cabem algumas
das. Logo, não basta conhecer bem um determinado as- observações:
sunto, temos que o transmitir de maneira clara aos leitores. 1) As circunstâncias (de tempo, espaço, modo, etc.)
O estudo da pontuação pode se tornar um valioso alia- normalmente são representadas por adjuntos adverbiais
do para organizarmos as ideias de maneira clara em frases. de tempo, lugar, etc. Note que, no mais das vezes, quan-
Para tanto, é necessário ter alguma noção de sintaxe. “Sin- do queremos recordar algo ou narrar uma história, existe a
taxe”, conforme o dicionário Aurélio, é a “parte da gramática tendência a colocar os adjuntos nos começos das frases:
que estuda a disposição das palavras na frase e a das fra- “No Brasil e na América…” “Nos dias de hoje…” “Nas
ses no discurso, bem como a relação lógica das frases en- minhas férias…”, “No Brasil…”. e logo depois os verbos e
tre si”; ou em outras palavras, sintaxe quer dizer “mistura”, outros elementos: “Nas minhas férias fui…”; “No Brasil exis-
isto é, saber misturar as palavras de maneira a produzirem te…”
um sentido evidente para os receptores das nossas mensa- Observações:
gens. Observe: a) tais construções não estão erradas, mas rompem
1)A desemprego globalização no Brasil e no na está com a ordem direta;
Latina América causando. b) é preciso notar que em Língua Portuguesa, há muitas
2) A globalização está causando desemprego no Brasil frases que não têm sujeito, somente predicado. Por exem-
e na América Latina. plo: Está chovendo em Porto Alegre. Faz frio em Friburgo.
Ora, no item 1 não temos uma ideia, pois não há uma São quatro horas agora;
frase, as palavras estão amontoadas sem a realização de c) Outras frases são construídas com verbos intransiti-
“uma sintaxe”, não há um contexto linguístico nem relação vos, que não têm complemento:
inteligível com a realidade; no caso 2, a sintaxe ocorreu de O menino morreu na Alemanha. (sujeito + verbo + ad-
maneira perfeita e o sentido está claro para receptores de junto adverbial)
língua portuguesa inteirados da situação econômica e cul- A globalização nasceu no século XX. (idem)
tural do mundo atual. d) Há ainda frases nominais que não possuem verbos:
cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem
A Ordem dos Termos na Frase direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos
Leia novamente a frase contida no item 2. Note que ela existentes nelas.
é organizada de maneira clara para produzir sentido. Toda- Levando em consideração a ordem direta, podemos es-
via, há diferentes maneiras de se organizar gramaticalmen- tabelecer três regras básicas para o uso da vírgula:
te tal frase, tudo depende da necessidade ou da vontade 1)Se os termos estão colocados na ordem direta não
do redator em manter o sentido, ou mantê-lo, porém, acres- haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo
centado ênfase a algum dos seus termos. Significa dizer disto:
que, ao escrever, podemos fazer uma série de inversões e A globalização está causando desemprego no Brasil e
intercalações em nossas frases, conforme a nossa vontade na América Latina.
e estilo. Tudo depende da maneira como queremos trans- Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração
mitir uma ideia, do nosso estilo. Por exemplo, podemos ex- por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula,
pressar a mensagem da frase 2 da seguinte maneira: mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a re-
No Brasil e na América Latina, a globalização está cau- gra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja:
sando desemprego. A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira”
Neste caso, a mensagem é praticamente a mesma, causam desemprego…
apenas mudamos a ordem das palavras para dar ênfase (três núcleos do sujeito)
a alguns termos (neste caso: No Brasil e na A. L.). Repare A globalização causa desemprego no Brasil, na Améri-
que, para obter a clareza tivemos que fazer o uso de vír- ca Latina e na África.
gulas. (três adjuntos adverbiais)

Língua Portuguesa
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A globalização está causando desemprego, insatisfa- gramática, são representadas pelos adjuntos adverbiais.
ção e sucateamento industrial no Brasil e na América Lati- Muitas vezes, elas são colocadas em orações chamadas
na. (três complementos verbais) adverbiais que têm uma função semelhante a dos adjuntos
2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, separar adverbiais, isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos:
com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu com-
plemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou seja, Quando o século XX estava terminando, a globalização
não devemos separar com vírgula os termos da oração. começou a causar desemprego.
Veja exemplos de tal incorreção: Enquanto os países portadores de alta tecnologia de-
O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. senvolvem-se, a globalização causa desemprego nos pa-
Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre íses pobres.
os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, Durante o século XX, a Globalização causou desem-
assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é prego no Brasil.
a regra básica nº 2 para a colocação da vírgula. Dito em
outras palavras: quando intercalamos expressões e frases Observação: quanto à equivalência e transformação de
entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com estruturas, um exemplo muito comum cobrado em provas é
vírgulas. Vejamos: o enunciado trazer uma frase no singular e pedir a passa-
A globalização, fenômeno econômico deste fim de sé- gem para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é a
culo XX, causa desemprego no Brasil. mudança de tempos verbais.

Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o Fonte de pesquisa:


sujeito e o verbo. http://ricardovigna.wordpress.com/2009/02/02/estudos-
-de-linguagem-1-estrutura-frasal-e-pontuacao/
Outros exemplos:
A globalização, que é um fenômeno econômico e cul-
QUESTÕES
tural, está causando desemprego no Brasil e na América
Latina.
1-) (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO -
Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada.
FCC/2014 - adaptada)
As orações adjetivas explicativas desempenham fre-
Reunir-se para ouvir alguém ler tornou-se uma prática
quentemente um papel semelhante ao do aposto explicati-
necessária e comum no mundo laico da Idade Média. Até a
vo, por isto são também isoladas por vírgula.
invenção da imprensa, a alfabetização era rara e os livros,
propriedade dos ricos, privilégio de um pequeno punhado
A globalização causa, caro leitor, desemprego no Bra- de leitores.
sil… Embora alguns desses senhores afortunados ocasio-
Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu nalmente emprestassem seus livros, eles o faziam para um
complemento. número limitado de pessoas da própria classe ou família.
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.)
A globalização causa desemprego, e isto é lamentável,
no Brasil… Mantêm-se a correção e as relações de sentido esta-
Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não per- belecidas no texto, substituindo-se Embora (2.º parágrafo)
tence ao assunto: globalização, da frase principal, tal ora- por
ção é apenas um comentário à parte entre o complemento (A) Contudo.
verbal e os adjuntos). (B) Desde que.
(C) Porquanto.
Observação: a simples negação em uma frase não (D) Uma vez que.
exige vírgula: A globalização não causou desemprego no (E) Conquanto.
Brasil e na América Latina.
1-) “Embora” é uma conjunção concessiva (apresen-
3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a, ta uma exceção à regra). A outra conjunção concessiva é
tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da “conquanto”.
colocação da vírgula. RESPOSTA: “E”.

No Brasil e na América Latina, a globalização está cau- 2-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIO-
sando desemprego… NAL – VUNESP/2014 - adaptada) Considere o trecho: “Se
No fim do século XX, a globalização causou desempre- o senhor não se importa, vou levar minha sobrinha ao den-
go no Brasil… tista, mas posso quebrar o galho e fazer sua corrida”. Esse
trecho está corretamente reescrito e mantém o sentido em:
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemen- (A) Uma vez que o senhor não se importe, vou levar mi-
te se dá com a colocação das circunstâncias antes do su- nha sobrinha ao dentista, assim que possa quebrar o galho
jeito. Trata-se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em e fazer sua corrida.

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(B) Já que o senhor não se importa, vou levar minha Desenvolvimento


sobrinha ao dentista, porque posso quebrar o galho e fazer
sua corrida. A maior parte do texto está inserida no desenvolvimen-
(C) À medida que o senhor não se importe, vou levar to, que é responsável por estabelecer uma ligação entre a
minha sobrinha ao dentista, logo que possa quebrar o galho introdução e a conclusão. É nessa etapa que são elabora-
e fazer sua corrida. das as ideias, os dados e os argumentos que sustentam e
(D) Caso o senhor não se importe, vou levar minha so- dão base às explicações e posições do autor. É caracteri-
brinha ao dentista, no entanto posso quebrar o galho e fazer zado por uma “ponte” formada pela organização das ideias
sua corrida. em uma sequência que permite formar uma relação equili-
(E) Para que o senhor não se importe, vou levar minha brada entre os dois lados.
sobrinha ao dentista, todavia posso quebrar o galho e fazer O autor do texto revela sua capacidade de discutir um
sua corrida. determinado tema no desenvolvimento, e é através desse
que o autor mostra sua capacidade de defender seus pon-
2-) “Se o senhor não se importa, vou levar minha so- tos de vista, além de dirigir a atenção do leitor para a con-
brinha ao dentista, mas posso quebrar o galho e fazer sua clusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui.
corrida” Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o es-
O primeiro período é introduzido por uma conjunção critor já deve ter uma ideia clara de como será a conclusão.
condicional (“se”); o segundo, conjunção adversativa. As Daí a importância em planejar o texto.
conjunções apresentadas que têm a mesma classificação, Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no
respectivamente, e que, por isso, poderiam substituir ade- mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar inserido em
quadamente as destacadas no enunciado são “caso” e “no capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apresentar-
entanto”. Acredito que, mesmo que você não saiba a clas- -se-á no formato de parágrafos medianos e curtos.
sificação das conjunções, conseguiria responder à questão Os principais erros cometidos no desenvolvimento são
apenas utilizando a coerência: as demais alternativas não o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está
relacionado ao autor tomar um argumento secundário que
a têm.
se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra
RESPOSTA: “D”.
em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O
segundo caso acontece quando quem redige tem muitas
Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
ideias ou informações sobre o que está sendo discutido,
pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
não conseguindo estruturá-las. Surge também a dificuldade
elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
de organizar seus pensamentos e definir uma linha lógica
tamos as ações que interferem na realidade e organização
de raciocínio.
de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
mento transformado em texto. Conclusão
Logo, como cada um de nós tem seu modo de pensar,
quando escrevemos sempre procuramos uma maneira or- Considerada como a parte mais importante do texto, é o
ganizada do leitor compreender as nossas ideias. A finalida- ponto de chegada de todas as argumentações elaboradas.
de da escrita é direcionar totalmente o que você quer dizer, As ideias e os dados utilizados convergem para essa parte,
por meio da comunicação. em que a exposição ou discussão se fecha.
Para isso, os elementos que compõem o texto se subdi- Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma bre-
videm em: introdução, desenvolvimento e conclusão. Todos cha para uma possível continuidade do assunto; ou seja,
eles devem ser organizados de maneira equilibrada. possui atributos de síntese. A discussão não deve ser en-
cerrada com argumentos repetitivos, como por exemplo:
Introdução “Portanto, como já dissemos antes...”, “Concluindo...”, “Em
conclusão...”.
Caracterizada pela entrada no assunto e a argumenta- Sua proporção em relação à totalidade do texto deve
ção inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa eta- ser equivalente ao da introdução: de 1/5. Essa é uma das
pa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu características de textos bem redigidos.
tamanho raramente excede a 1/5 de todo o texto. Porém, Os seguintes erros aparecem quando as conclusões
em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente. ficam muito longas:
Neles, a introdução pode ser o próprio título. Já nos textos
mais longos, em que o assunto é exposto em várias pági- - O problema aparece quando não ocorre uma explo-
nas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma par- ração devida do desenvolvimento, o que gera uma invasão
te precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter vários das ideias de desenvolvimento na conclusão.
parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm - Outro fator consequente da insuficiência de funda-
de 25 a 80 linhas, a introdução será o primeiro parágrafo. mentação do desenvolvimento está na conclusão precisar
de maiores explicações, ficando bastante vazia.
- Enrolar e “encher linguiça” são muito comuns no texto
em que o autor fica girando em torno de ideias redundantes
ou paralelas.

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- Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeitamen- Antônimos


te dispensáveis.
- Quando não tem clareza de qual é a melhor conclu- São palavras que se opõem através de seu significado:
são, o autor acaba se perdendo na argumentação final. ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar;
mal - bem.
Em relação à abertura para novas discussões, a con-
clusão não pode ter esse formato, exceto pelos seguintes Observação: A antonímia pode se originar de um pre-
fatores: fixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer;
- Para não influenciar a conclusão do leitor sobre temas simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e dis-
polêmicos, o autor deixa a conclusão em aberto. córdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e
- Para estimular o leitor a ler uma possível continuidade anticomunista; simétrico e assimétrico.
do texto, o autor não fecha a discussão de propósito.
- Por apenas apresentar dados e informações sobre o
Homônimos e Parônimos
tema a ser desenvolvido, o autor não deseja concluir o as-
sunto.
- Homônimos = palavras que possuem a mesma grafia
- Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o autor
enumera algumas perguntas no final do texto. ou a mesma pronúncia, mas significados diferentes. Podem
ser
A maioria dessas falhas pode ser evitada se antes o autor a) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e dife-
fizer um esboço de todas as suas ideias. Essa técnica é um rentes na pronúncia:
roteiro, em que estão presentes os planejamentos. Naquele rego (subst.) e rego (verbo);
devem estar indicadas as melhores sequências a serem utili- colher (verbo) e colher (subst.);
zadas na redação; ele deve ser o mais enxuto possível. jogo (subst.) e jogo (verbo);
denúncia (subst.) e denuncia (verbo);
Fonte de pesquisa: providência (subst.) e providencia (verbo).
http://producao-de-textos.info/mos/view/Caracter%-
C3%ADsticas_e_Estruturas_do_Texto/ b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di-
ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir);
concertar (harmonizar) e consertar (reparar);
6.1 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS. 6.2 SUBS- cela (compartimento) e sela (arreio);
TITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRECHOS DE censo (recenseamento) e senso (juízo);
TEXTO. 6.3 REORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA paço (palácio) e passo (andar).
DE ORAÇÕES E DE PERÍODOS DO TEXTO. 6.4
REESCRITA DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊ- c) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou
NEROS E NÍVEIS DE FORMALIDADE. perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia:
caminho (subst.) e caminho (verbo);
cedo (verbo) e cedo (adv.);
SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS livre (adj.) e livre (verbo).
Semântica é o estudo da significação das palavras e
- Parônimos = palavras com sentidos diferentes, po-
das suas mudanças de significação através do tempo ou
rém de formas relativamente próximas. São palavras pa-
em determinada época. A maior importância está em distin-
recidas na escrita e na pronúncia: cesta (receptáculo de
guir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e homô-
nimos e parônimos (homonímia / paronímia). vime; cesta de basquete/esporte) e sesta (descanso após o
almoço), eminente (ilustre) e iminente (que está para ocor-
Sinônimos rer), osso (substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/
ou verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo), comprimento
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto - (medida) e cumprimento (saudação), autuar (processar) e
abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir. atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), defe-
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são rir (atender a) e diferir (divergir), suar (transpirar) e soar
substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara (emitir som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar;
e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quando, apropriar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo
ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela outra, a movimento, trânsito), mandato (procuração) e mandado
em determinado enunciado (aguardar e esperar). (ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar,
afundar).
Observação: A contribuição greco-latina é responsável
pela existência de numerosos pares de sinônimos: adversá-
rio e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemi-
ciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e di-
álogo; transformação e metamorfose; oposição e antítese.

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Hiperonímia e Hiponímia O elefante é um mamífero.


As estrelas deixam o céu mais bonito!
Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem
a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo o hipô- Conotação
nimo uma palavra de sentido mais específico; o hiperônimo,
mais abrangente. Uma palavra é usada no sentido conotativo quando
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipônimo, apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes in-
criando, assim, uma relação de dependência semântica. terpretações, dependendo do contexto em que esteja inse-
Por exemplo: Veículos está numa relação de hiperonímia rida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que vão
com carros, já que veículos é uma palavra de significado além do sentido original da palavra, ampliando sua signifi-
genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões. Veículos é cação mediante a circunstância em que a mesma é utiliza-
um hiperônimo de carros. da, assumindo um sentido figurado e simbólico. Como no
Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em exemplo da palavra “pau”: em seu sentido conotativo ela
quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili- pode significar castigo (dar-lhe um pau), reprovação (tomei
zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita a pau no concurso).
repetição desnecessária de termos. A conotação tem como finalidade provocar sentimen-
tos no receptor da mensagem, através da expressividade e
Fontes de pesquisa: afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa
http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-anto- linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em
nimos,-homonimos-e-paronimos conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa publicitários, entre outros. Exemplos:
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Você é o meu sol!
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- Minha vida é um mar de tristezas.
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Você tem um coração de pedra!
Paulo: Saraiva, 2010. * Dica: Procure associar Denotação com Dicionário:
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- trata-se de definição literal, quando o termo é utilizado com
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. o sentido que consta no dicionário.
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua
Portuguesa – 2ªed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000. Fontes de pesquisa:
http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denotacao/
Denotação e Conotação SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Exemplos de variação no significado das palavras: Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido Paulo: Saraiva, 2010.
literal)
Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido Polissemia
figurado)
Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado) Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir
As variações nos significados das palavras ocasionam multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de
o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo (co- um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra,
notação) das palavras. mas que abarca um grande número de significados dentro
de seu próprio campo semântico.
Denotação Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo perce-
bemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de algo.
Uma palavra é usada no sentido denotativo quando Possibilidades de várias interpretações levando-se em con-
apresenta seu significado original, independentemente do sideração as situações de aplicabilidade. Há uma infinida-
contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado de de exemplos em que podemos verificar a ocorrência da
mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconheci- polissemia:
do e muitas vezes associado ao primeiro significado que O rapaz é um tremendo gato.
aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da O gato do vizinho é peralta.
palavra. Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
A denotação tem como finalidade informar o receptor da Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um cará- sobrevivência
ter prático. É utilizada em textos informativos, como jornais, O passarinho foi atingido no bico.
regulamentos, manuais de instrução, bulas de medicamen-
tos, textos científicos, entre outros. A palavra “pau”, por Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de
exemplo, em seu sentido denotativo é apenas um pedaço computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em co-
de madeira. Outros exemplos: mum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido de

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56 A Opção Certa Para a Sua Realização
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“entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”, que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou “jogo” – o
sentido comum entre todas as expressões é o formato quadriculado que têm.

Polissemia e homonímia

A confusão entre polissemia e homonímia é bastante comum. Quando a mesma palavra apresenta vários significados,
estamos na presença da polissemia. Por outro lado, quando duas ou mais palavras com origens e significados distintos
têm a mesma grafia e fonologia, temos uma homonímia.
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é polis-
semia porque os diferentes significados para a palavra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma palavra polissêmica:
pode significar o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste
caso, os diferentes significados estão interligados porque remetem para o mesmo conceito, o da escrita.

Polissemia e ambiguidade

Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode ser
ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpretação. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à colocação específica
de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em uma frase. Vejamos a seguinte frase:
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequentemente são felizes.
Neste caso podem existir duas interpretações diferentes:
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada.

De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpreta-
ção. Para fazer a interpretação correta é muito importante saber qual o contexto em que a frase é proferida.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, comi-
cidade. Repare na figura:

(http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto-cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014).


Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, mas duas seriam:
Corte e coloração capilar
ou
Faço corte e pintura capilar

Fontes de pesquisa:
http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia.htm
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.

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57 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

c) do Poder Judiciário:
7 CORRESPONDÊNCIA OFICIAL (CONFOR- Presidente e Membros do Supremo Tribunal Federal,
ME MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA Presidente e Membros do Superior Tribunal de Justiça, Pre-
DA REPÚBLICA). 7.1 ASPECTOS GERAIS DA sidente e Membros do Superior Tribunal Militar, Presiden-
REDAÇÃO OFICIAL. 7.2 FINALIDADE DOS EX- te e Membros do Tribunal Superior Eleitoral, Presidente e
PEDIENTES OFICIAIS. 7.3 ADEQUAÇÃO DA Membros do Tribunal Superior do Trabalho, Presidente e
LINGUAGEM AO TIPO DE DOCUMENTO. 7.4 Membros dos Tribunais de Justiça, Presidente e Membros
ADEQUAÇÃO DO FORMATO DO TEXTO AO dos Tribunais Regionais Federais, Presidente e Membros
GÊNERO. dos Tribunais Regionais Eleitorais, Presidente e Membros
dos Tribunais Regionais do Trabalho, Juízes e Desembar-
Pronomes de tratamento na redação oficial gadores, Auditores da Justiça Militar.

A redação oficial é a maneira utilizada pelo poder pú- O vocativo a ser empregado em comunicações dirigi-
blico para redigir atos normativos. Para redigi-los, muitas das aos Chefes do Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido
regras fazem-se necessárias. Entre elas, escrever de for- do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da
ma clara, concisa, sem muito comprometimento, bem como República; Excelentíssimo Senhor Presidente do Congres-
um uso adequado das formas de tratamento. Tais regras, so Nacional; Excelentíssimo Senhor Presidente do Supre-
acompanhadas de uma boa redação, com um bom uso da mo Tribunal Federal.
linguagem, asseguram que os atos normativos sejam bem E mais: As demais autoridades serão tratadas com o
executados. vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Se-
No Poder Público, nós nos deparamos com situações nador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador.
em que precisamos escrever – ou falar – com pessoas com O Manual ainda preceitua que a forma de tratamento
as quais não temos familiaridade. Nestes casos, os prono- “Digníssimo” fica abolida para as autoridades descritas
mes de tratamento assumem uma condição e precisam es- acima, afinal, a dignidade é condição primordial para que
tar adequados à categoria hierárquica da pessoa a quem tais cargos públicos sejam ocupados.
nos dirigimos. E mais, exige-se, em discurso falado ou es- Fica ainda dito que doutor não é forma de tratamento,
crito, uma homogeneidade na forma de tratamento, não só mas titulação acadêmica de quem defende tese de douto-
nos pronomes como também nos verbos. No entanto, as rado. Portanto, é aconselhável que não se use discrimina-
formas de tratamento não são do conhecimento de todos. damente tal termo.
Abaixo, seguem as discriminações de usos dos prono-
mes de tratamento, com base no Manual da Presidência da As Comunicações Oficiais
República.
1. Aspectos Gerais da Redação Oficial
São de uso consagrado:
O que é Redação Oficial
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a
Presidente da República, Vice-Presidente da Repúbli- maneira pela qual o Poder Público redige atos norma-
ca, Ministro de Estado, Secretário-Geral da Presidência da tivos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de
República, Consultor-Geral da República, Chefe do Esta- vista do Poder Executivo.
do-Maior das Forças Armadas, Chefe do Gabinete Militar A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoali-
da Presidência da República, Chefe do Gabinete Pessoal dade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão,
do Presidente da República, Secretários da Presidência da formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atri-
República, Procurador – Geral da República, Governadores butos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37:
e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal, Che- “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de
fes de Estado – Maior das Três Armas, Oficiais Generais qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
das Forças Armadas, Embaixadores, Secretário Executivo Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de lega-
e Secretário Nacional de Ministérios, Secretários de Estado lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiên-
dos Governos Estaduais, Prefeitos Municipais. cia (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios
fundamentais de toda administração pública, claro que de-
b) do Poder Legislativo: vem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunica-
Presidente, Vice–Presidente e Membros da Câmara ções oficiais.
dos Deputados e do Senado Federal, Presidente e Mem- Não se concebe que um ato normativo de qualquer
bros do Tribunal de Contas da União, Presidente e Mem- natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou
bros dos Tribunais de Contas Estaduais, Presidente e Mem- impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido
bros das Assembleias Legislativas Estaduais, Presidente dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são re-
das Câmaras Municipais. quisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um
texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade
implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.

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58 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Fica claro também que as comunicações oficiais são A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
necessariamente uniformes, pois há sempre um único co- A necessidade de empregar determinado nível de lin-
municador (o Serviço Público) e o receptor dessas comu- guagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um
nicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expe- lado, do próprio caráter público desses atos e comunica-
dientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos ções; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui en-
cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o tendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem
público). regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcio-
A redação oficial não é necessariamente árida e infensa namento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em
à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comu- sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O
nicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade
parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diver- precípua é a de informar com clareza e objetividade.
sa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspon- As comunicações que partem dos órgãos públicos fe-
dência particular, etc. derais devem ser compreendidas por todo e qualquer ci-
Apresentadas essas características fundamentais da dadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o
redação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não
uma delas. há dúvida de que um texto marcado por expressões de cir-
culação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares
A Impessoalidade ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer Ressalte-se que há necessariamente uma distância
pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente
a) alguém que comunique; b) algo a ser comunicado; c) al- dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de
guém que receba essa comunicação. No caso da redação costumes, e pode eventualmente contar com outros ele-
oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou mentos que auxiliem a sua compreensão, como os ges-
aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Ser- tos, a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos
viço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto fatores responsáveis por essa distância. Já a língua escrita
relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatá- incorpora mais lentamente as transformações, tem maior
rio dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cida- vocação para a permanência e vale-se apenas de si mesma
dãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros para comunicar.
Poderes da União. Os textos oficiais, devido ao seu caráter impessoal e
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que sua finalidade de informar com o máximo de clareza e con-
deve ser dado aos assuntos que constam das comunica- cisão, requerem o uso do padrão culto da língua. Há con-
ções oficiais decorre: senso de que o padrão culto é aquele em que se observam
a) da ausência de impressões individuais de quem co- as regras da gramática formal e se emprega um vocabulário
munica: embora se trate, por exemplo, de um expediente comum ao conjunto dos usuários do idioma. É importante
assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na
nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Ob- redação oficial decorre do fato de que ele está acima das
tém-se, assim, uma desejável padronização, que permite diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais,
que comunicações elaboradas em diferentes setores da Ad- dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísti-
ministração guardem entre si certa uniformidade; cas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, compreensão por todos os cidadãos.
com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cida- Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a
dão, sempre concebido como público, ou a outro órgão pú- simplicidade de expressão, desde que não seja confundi-
blico. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de da com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso
forma homogênea e impessoal; do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada,
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem
universo temático das comunicações oficiais restringe-se a próprios da língua literária.
questões que dizem respeito ao interesse público, é natural Pode-se concluir, então, que não existe propriamente
que não caiba qualquer tom particular ou pessoal. um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do pa-
Desta forma, não há lugar na redação oficial para im- drão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que
pressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de haverá preferência pelo uso de determinadas expressões,
uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas
ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se
isenta da interferência da individualidade que a elabora. consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrá-
A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade tica. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evita-
de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais do, pois terá sempre sua compreensão limitada.
contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária A linguagem técnica deve ser empregada apenas em
impessoalidade. situações que a exijam, evitando o seu uso indiscriminado.
Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário
próprio à determinada área, são de difícil entendimento por

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quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cui- É pela correta observação dessas características que
dado, portanto, de explicitá-los em comunicações encami- se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável
nhadas a outros órgãos da administração e em expedientes releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos ofi-
dirigidos aos cidadãos. ciais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém,
principalmente, da falta da releitura que torna possível sua
Formalidade e Padronização correção.
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A
isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já pressa com que são elaboradas certas comunicações qua-
mencionadas exigências de impessoalidade e uso do pa- se sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder
drão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formali- à redação de um texto que não seja seguida por sua revi-
dade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida são. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”,
quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável
tratamento para uma autoridade de certo nível; mais do que repercussão no redigir.
isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no
próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comuni- Pronomes de Tratamento
cação. Concordância com os Pronomes de Tratamento
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à ne- Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa
cessária uniformidade das comunicações. Ora, se a admi- indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à con-
nistração federal é una, é natural que as comunicações que cordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram
expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento des- à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala,
se padrão exige que se atente para todas as características ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância
da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o subs-
dos textos. tantivo que integra a locução como seu núcleo sintático:
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência
o texto definitivo e a correta diagramação do texto são indis- conhece o assunto”.
pensáveis para a padronização. Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a
Concisão e Clareza pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa:
A concisão é antes uma qualidade do que uma carac- “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa...
terística do texto oficial. Conciso é o texto que consegue vosso...”).
transmitir o máximo de informações com um mínimo de pa- Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes,
lavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamen- o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa
tal que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre a que se refere, e não com o substantivo que compõe a
o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto
depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve
percebem eventuais redundâncias ou repetições desneces- estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está ata-
sárias de ideias. refada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao No envelope, o endereçamento das comunicações diri-
princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de gidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a
empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. seguinte forma:
Não se deve, de forma alguma, entendê-la como economia
de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens A Sua Excelência o Senhor
substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Tra- Fulano de Tal
ta-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundân- Ministro de Estado da Justiça
cias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. 70.064-900 – Brasília. DF
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial.
Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imedia- A Sua Excelência o Senhor
ta compreensão pelo leitor. No entanto, a clareza não é algo Senador Fulano de Tal
que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais Senado Federal
características da redação oficial. Para ela concorrem: 70.165-900 – Brasília. DF
- a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpre-
tações que poderia decorrer de um tratamento personalista Senhor Ministro,
dado ao texto; Submeto a Vossa Excelência projeto (...)
- o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de
entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de Fechos para Comunicações
circulação restrita, como a gíria e o jargão; O fecho das comunicações oficiais possui, além da fina-
- a formalidade e a padronização, que possibilitam a lidade de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os
imprescindível uniformidade dos textos; modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram re-
- a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos gulados pela Portaria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937,
linguísticos que nada lhe acrescentam. que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los

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e uniformiza-los, este Manual estabelece o emprego de so- - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
mente dois fechos diferentes para todas as modalidades de papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
comunicação oficial: para gráficos e ilustrações;
a) para autoridades superiores, inclusive o Presi- - todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem
dente da República: Respeitosamente, ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hie- 21,0 cm;
rarquia inferior: Atenciosamente, - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de ar-
quivo Rich Text nos documentos de texto;
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações di- - dentro do possível, todos os documentos elaborados
rigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e devem ter o arquivo de texto preservado para consulta pos-
tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de terior ou aproveitamento de trechos para casos análogos;
Redação do Ministério das Relações Exteriores. - para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
vem ser formados da seguinte maneira:
Identificação do Signatário tipo do documento + número do documento + palavras-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente -chaves do conteúdo
da República, todas as demais comunicações oficiais de- Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
vem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede,
abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação Aviso e Ofício
deve ser a seguinte:
Definição e Finalidade
(espaço para assinatura) Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial
Nome praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Esta-
do, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o
ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos
(espaço para assinatura)
têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos
Nome
órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofí-
Ministro de Estado da Justiça
cio, também com particulares.
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a as-
Forma e Estrutura
sinatura em página isolada do expediente. Transfira para
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo
essa página ao menos a última frase anterior ao fecho. do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
destinatário, seguido de vírgula.
Forma de diagramação Exemplos:
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à Excelentíssimo Senhor Presidente da República
seguinte forma de apresentação: Senhora Ministra
- deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de Senhor Chefe de Gabinete
corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
de rodapé; Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as
- para símbolos não existentes na fonte Times New Ro- seguintes informações do remetente:
man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings; – nome do órgão ou setor;
- é obrigatório constar a partir da segunda página o nú- – endereço postal;
mero da página; – telefone e e-mail.
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as Observação: Estas informações estão ausentes no
margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas memorando, pois se trata de comunicação interna - des-
nas páginas pares (“margem espelho”); tinatário e remetente possuem o mesmo endereço. Se o
- o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no Aviso é de um Ministério para outro Ministério, também não
mínimo, 3,0 cm de largura; precisa especificar o endereço. O Ofício é enviado para ou-
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de tras instituições, logo, são necessárias as informações do
distância da margem esquerda; remetente e o endereço do destinatário para que o ofício
- o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 possa ser entregue e o remetente possa receber resposta.
cm;
- deve ser utilizado espaçamento simples entre as li- Memorando
nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de
texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em Definição e Finalidade
branco; O memorando é a modalidade de comunicação entre
- não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, su- unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem
blinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível dife-
bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a rente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação
elegância e a sobriedade do documento; eminentemente interna.

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Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser em- Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Mi-
pregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. nistérios à Presidência da República, a cujas assessorias
a serem adotados por determinado setor do serviço público. caberá a redação final.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao
do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela ra- Congresso Nacional têm as seguintes finalidades:
pidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. - encaminhamento de projeto de lei ordinária, comple-
Para evitar desnecessário aumento do número de comuni- mentar ou financeira;
cações, os despachos ao memorando devem ser dados no - encaminhamento de medida provisória;
próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha - indicação de autoridades;
de continuação. Este procedimento permite formar uma es- - pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-
pécie de processo simplificado, assegurando maior trans- -Presidente da República ausentarem-se do País por mais
parência à tomada de decisões e permitindo que se historie de 15 dias;
o andamento da matéria tratada no memorando. - encaminhamento de atos de concessão e renovação
de concessão de emissoras de rádio e TV;
Forma e Estrutura - encaminhamento das contas referentes ao exercício
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do anterior;
padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário - mensagem de abertura da sessão legislativa;
deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Ex: - comunicação de sanção (com restituição de autógra-
fos);
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração - comunicação de veto;
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos - outras mensagens.
Exposição de Motivos Forma e Estrutura - As mensagens contêm:
a) a indicação do tipo de expediente e de seu número,
Definição e Finalidade - Exposição de motivos é o ex-
horizontalmente, no início da margem esquerda;
pediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-
b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e
-Presidente para:
o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da mar-
a) informá-lo de determinado assunto; b) propor alguma
gem esquerda (Excelentíssimo Senhor Presidente do Se-
medida; ou c) submeter a sua consideração projeto de ato
nado Federal);
normativo.
c) o texto, iniciando a 2,0 cm do vocativo;
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presi-
d) o local e a data, verticalmente a 2,0 cm do final do
dente da República por um Ministro de Estado.
Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a
um Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada margem direita.
por todos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, A mensagem, como os demais atos assinados pelo
chamada de interministerial. Presidente da República, não traz identificação de seu sig-
natário.
Forma e Estrutura - Formalmente, a exposição de mo-
tivos tem a apresentação do padrão ofício. A exposição de Telegrama
motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas for-
mas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha cará- Definição e Finalidade - Com o fito de uniformizar a
ter exclusivamente informativo e outra para a que proponha terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos,
alguma medida ou submeta projeto de ato normativo. passa a receber o título de telegrama toda comunicação
No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim- oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc.
plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presi- Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos
dente da República, sua estrutura segue o modelo antes cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restrin-
referido para o padrão ofício. gir-se o uso do telegrama apenas àquelas situações que
não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que
Mensagem a urgência justifique sua utilização. Em razão de seu custo
elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela
Definição e Finalidade - É o instrumento de comunica- concisão.
ção oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notada- Forma e Estrutura - Não há padrão rígido, devendo-se
mente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Exe- seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis nas
cutivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Ad- agências dos Correios e em seu sítio na Internet.
ministração Pública, expor o plano de governo por ocasião
da abertura de sessão legislativa, submeter ao Congresso Fax
Nacional matérias que dependem de deliberação de suas
Casas, apresentar veto, enfim, fazer e agradecer comunica- Definição e Finalidade - O fax (forma abreviada já
ções de tudo quanto seja de interesse dos poderes públicos consagrada de fac-símile) é uma forma de comunicação
e da Nação. que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento

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da Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo
conhecimento há premência, quando não há condições de envio do documento por meio eletrônico. Quando necessário o
original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe.
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos mo-
delos, deteriora-se rapidamente.

Forma e Estrutura - Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes.
É conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto e de pequeno formulário com os da-
dos de identificação da mensagem a ser enviada, conforme exemplo a seguir:

[Órgão Expedidor]
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]
Destinatário:____________________________________
No do fax de destino:_______________ Data:___/___/___
Remetente: ____________________________________
Tel. p/ contato:____________ Fax/correio eletrônico:____
No de páginas: ________ No do documento:____________

Observações:___________________________________

Correio Eletrônico

Definição e finalidade - O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal
forma de comunicação para transmissão de documentos.

Forma e Estrutura - Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa
definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação
oficial.
O campo “assunto” do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organiza-
ção documental tanto do destinatário quanto do remetente.
Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que
encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar na
mensagem o pedido de confirmação de recebimento.
Valor documental - Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
documental, e para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a
identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

Elementos de Ortografia e Gramática

Problemas de Construção de Frases

A clareza e a concisão na forma escrita são alcançadas, principalmente, pela construção adequada da frase, “a menor
unidade autônoma da comunicação”, na definição de Celso Pedro Luft.
A função essencial da frase é desempenhada pelo predicado, que, para Adriano da Gama Kury, pode ser entendido
como “a enunciação pura de um fato qualquer”. Sempre que a frase possuir pelo menos um verbo, recebe o nome de
período, que terá tantas orações quantos forem os verbos não auxiliares que o constituem.
Outra função relevante é a do sujeito – mas não indispensável, pois há orações sem sujeito, ditas impessoais –, de
quem se diz algo, cujo núcleo é sempre um substantivo. Sempre que o verbo o exigir, teremos nas orações substantivos
(nomes ou pronomes) que desempenham a função de complementos (objetos direto e indireto, predicativo e complemen-
to adverbial). Função acessória desempenham os adjuntos adverbiais, que vêm geralmente ao final da oração, mas que
podem ser ou intercalados aos elementos que desempenham as outras funções, ou deslocados para o início da oração.
Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos elementos que compõem uma oração (Observação: os parênteses
indicam os elementos que podem não ocorrer):

(sujeito) - verbo - (complementos) - (adjunto adverbial).

Língua Portuguesa
63 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Podem ser identificados seis padrões básicos para as Errado: Apesar das relações entre os países estarem
orações pessoais (isto é, com sujeito) na língua portuguesa cortadas, (...).
(a função que vem entre parênteses é facultativa e pode Certo: Apesar de as relações entre os países estarem
ocorrer em ordem diversa): cortadas, (...).

1. Sujeito - verbo intransitivo - (Adjunto Adverbial) Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim.
O Presidente - regressou - (ontem). Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim.

2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad- Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).
junto adverbial) Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).
O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na
manhã de terça-feira). Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo,
(...).
3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto - Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo,
(adjunto adverbial). (...).
O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os
setores). Frases Fragmentadas
A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma
4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. direto oração subordinada ou uma simples locução como se fosse
- obj. indireto - (adj. Adv.) uma frase completa”. Decorre da pontuação errada de uma
Os desempregados - entregaram - suas reivindicações frase simples. Embora seja usada como recurso estilístico
- ao Deputado - (no Congresso). na literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos
5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento ad- textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão.
verbial - (adjunto adverbial) Exemplo:
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Errado: O programa recebeu a aprovação do Congres-
Aires - (na próxima semana). so Nacional. Depois de ser longamente debatido.
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira) Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
Nacional, depois de ser longamente debatido.
6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto ad- Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa
verbial) recebeu a aprovação do Congresso Nacional.
O problema - será - resolvido - prontamente.
Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
Estes seriam os padrões básicos para as orações, ou metido ao Presidente da República, que o aprovou. Consul-
seja, as frases que possuem apenas um verbo conjuga- tadas as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
do. Na construção de períodos, as várias funções podem Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
ocorrer em ordem inversa à mencionada, misturando-se e metido ao Presidente da República, que o aprovou, con-
confundindo-se. Não interessa aqui análise exaustiva de sultadas as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
todos os padrões existentes na língua portuguesa. O que
importa é fixar a ordem normal dos elementos nesses seis Erros de Paralelismo
padrões básicos. Acrescente-se que períodos mais comple- Uma das convenções estabelecidas na linguagem es-
xos, compostos por duas ou mais orações, em geral podem crita “consiste em apresentar ideias similares numa forma
ser reduzidos aos padrões básicos (de que derivam). gramatical idêntica”, o que se chama de paralelismo. Assim,
Os problemas mais frequentemente encontrados na incorre-se em erro ao conferir forma não paralela a elemen-
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à tos paralelos. Vejamos alguns exemplos:
ambiguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos pa-
ralelismos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral, Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Minis-
do desconhecimento da ordem das palavras na frase. In- térios economizar energia e que elaborassem planos de re-
dicam-se, a seguir, alguns desses defeitos mais comuns e dução de despesas.
recorrentes na construção de frases, registrados em docu-
mentos oficiais. Na frase temos, nas duas orações subordinadas que
completam o sentido da principal, duas estruturas diferen-
Sujeito tes para ideias equivalentes: a primeira oração (economi-
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que zar energia) é reduzida de infinitivo, enquanto a segunda
executa a ação enunciada na oração. Ele pode ter com- (que elaborassem planos de redução de despesas) é uma
plemento, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, oração desenvolvida introduzida pela conjunção integrante
portanto, construções como: que. Há mais de uma possibilidade de escrevê-la com cla-
reza e correção; uma seria a de apresentar as duas orações
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. subordinadas como desenvolvidas, introduzidas pela con-
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda. junção integrante que:

Língua Portuguesa
64 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministé- Erros de Comparação


rios que economizassem energia e (que) elaborassem pla-
nos para redução de despesas. A omissão de certos termos ao fazermos uma compa-
ração, omissão própria da língua falada, deve ser evitada
Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas na língua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem
como reduzidas de infinitivo: sempre é possível identificar, pelo contexto, qual o termo
Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministé- omitido. A ausência indevida de um termo pode impossibili-
rios economizar energia e elaborar planos para redução de tar o entendimento do sentido que se quer dar a uma frase:
despesas.
Errado: O salário de um professor é mais baixo do que
Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na um médico.
coordenação de orações subordinadas. A omissão de termos provocou uma comparação inde-
Mais um exemplo de frase inaceitável na língua escrita vida: “o salário de um professor” com “um médico”.
culta: Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o
Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, salário de um médico.
não ser inseguro, inteligência e ter ambição. Certo: O salário de um professor é mais baixo do que
o de um médico.
O problema aqui decorre de coordenar palavras (subs-
tantivos) com orações (reduzidas de infinitivo). Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria.
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou Novamente, a não repetição dos termos comparados
por transformá-la em frase simples, substituindo as orações confunde. Alternativas para correção:
reduzidas por substantivos: Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da
Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, Portaria.
segurança, inteligência e ambição. Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.
Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais ver-
Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso pa- bas do que os Ministérios do Governo.
ralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalente) No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou
a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apresentar, “demais”) acarretou imprecisão:
de forma paralela, estruturas sintáticas distintas: Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais ver-
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o bas do que os outros Ministérios do Governo.
Papa. Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais ver-
bas do que os demais Ministérios do Governo.
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cidades
(Paris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibi- Ambiguidade
lidade de correção é transformá-la em duas frases simples,
com o cuidado de não repetir o verbo da primeira (visitar): Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em
Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma. Nesta mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de
última capital, encontrou-se com o Papa. todo texto oficial, deve-se atentar para as construções que
possam gerar equívocos de compreensão.
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
pelo uso inadequado da expressão “e que” num período identificar a qual palavra se refere um pronome que possui
que não contém nenhum “que” anterior. mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode ocorrer
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que com:
tem sólida formação acadêmica.
- pronomes pessoais:
Para corrigir a frase, suprimimos o pronome relativo: Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem só- que ele seria exonerado.
lida formação acadêmica. Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu
secretariado.
Outro exemplo de falso paralelismo com “e que”: Ou então, caso o entendimento seja outro:
Errado: Neste momento, não se devem adotar me- Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exo-
didas precipitadas, e que comprometam o andamento de neração deste.
todo o programa.
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo ante- - pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
rior, aqui podemos suprimir a conjunção: Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da Repú-
Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas blica, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu
precipitadas, que comprometam o andamento de todo o Estado, mas isso não o surpreendeu.
programa. Observe a multiplicidade de ambiguidade no exemplo
acima, a qual torna incompreensível o sentido da frase.

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65 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presi- A) Vossa Senhoria … tua.


dente da República. No pronunciamento, solicitou a inter- B) Vossa Magnificência … sua.
venção federal em seu Estado, o que não surpreendeu o C) Vossa Eminência … vossa.
Presidente da República. D) Vossa Excelência … sua.
E) Sua Senhoria … vossa.
- pronome relativo:
Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu 1-) Podemos começar pelo pronome demonstrativo.
costumava trabalhar. Mesmo utilizando pronomes de tratamento “Vossa” (muitas
Não fica claro se o pronome relativo da segunda oração vezes confundido com “vós” e seu respectivo “vosso”), os
faz referência “à mesa” ou “a gabinete”. Esta ambiguidade pronomes que os acompanham deverão ficar sempre na
se deve ao pronome relativo “que”, sem marca de gênero. terceira pessoa (do plural ou do singular, de acordo com o
A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os quais, as número do pronome de tratamento). Então, em quaisquer
quais, que marcam gênero e número. dos pronomes de tratamento apresentados nas alterna-
Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu cos- tivas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos,
tumava trabalhar. então, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome
Se o entendimento é outro, então: adequado a ser utilizado para deputados. Segundo o Ma-
Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu cos- nual de Redação Oficial, temos:
tumava trabalhar. Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e
Há, ainda, outro tipo de ambiguidade, que decorre da Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (...).
dúvida sobre a que se refere a oração reduzida: RESPOSTA: “D”.
Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o
funcionário. 2-) (ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, SERVIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CES-
deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida. PE/2014) Considerando aspectos estruturais e linguísticos
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este das correspondências oficiais, julgue os itens que se se-
indisciplinado. guem, de acordo com o Manual de Redação da Presidência
da República.
Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senho- O tratamento Digníssimo deve ser empregado para to-
ra chamou o médico. das as autoridades do poder público, uma vez que a dig-
Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi nidade é tida como qualidade inerente aos ocupantes de
chamado por uma senhora. cargos públicos.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Fontes de pesquisa:
http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_publi- 2-) Vamos ao Manual: O Manual ainda preceitua que a
cacoes_ver.php?id=2 forma de tratamento “Digníssimo” fica abolida (...) afinal, a
http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/redacao- dignidade é condição primordial para que tais cargos públi-
-oficial-para-concursos.html cos sejam ocupados.
Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_ofi-
Questões cial_publicacoes_ver.php?id=2
RESPOSTA: “ERRADO”.
1-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014)
Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual 3-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/SE – TÉCNICO JUDICIÁ-
de Redação da Presidência da República, no qual expres- RIO – CESPE/2014) Em toda comunicação oficial, exceto
sões foram substituídas por lacunas. nas direcionadas a autoridades estrangeiras, deve-se fazer
uso dos fechos Respeitosamente ou Atenciosamente, de
Senhor Deputado acordo com as hierarquias do destinatário e do remetente.
Em complemento às informações transmitidas pelo te- ( ) CERTO ( ) ERRADO
legrama n.º 154, de 24 de abril último, informo _____ de
que as medidas mencionadas em ______ carta n.º 6708, 3-) Segundo o Manual de Redação Oficial: (...) Manual
dirigida ao Senhor Presidente da República, estão ampa- estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes
radas pelo procedimento administrativo de demarcação de para todas as modalidades de comunicação oficial:
terras indígenas instituído pelo Decreto n.º 22, de 4 de feve- a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente
reiro de 1991 (cópia anexa). da República: Respeitosamente,
(http://www.planalto.gov.br. Adaptado) b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierar-
quia inferior: Atenciosamente,
A alternativa que completa, correta e respectivamente, Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações di-
as lacunas do texto, de acordo com a norma-padrão da lín- rigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e
gua portuguesa e atendendo às orientações oficiais a res- tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de
peito do uso de formas de tratamento em correspondências Redação do Ministério das Relações Exteriores.
públicas, é: RESPOSTA: “CERTO”.

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66 A Opção Certa Para a Sua Realização
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Executivo Federal (Decreto n° 1.171/1994), agregando a


1 CÓDIGO DE ÉTICA DO IBGE (DISPONÍVEL ele, contudo, algumas particularidades do trabalho reali-
NO ENDEREÇO ELETRÔNICO HTTPS://BIBLIO- zado no IBGE.
TECA.IBGE.GOV.BR/VISUALIZACAO/LIVROS/
LIV98031.PDF E NO HTTP://WWW.CEBRASPE. O Regimento Interno da Comissão de Ética do IBGE,
ORG.BR/CONCURSOS/IBGE_20_RECENSEA- por sua vez, delimita e define as competências e atribui-
DOR PARA DOWNLOAD). ções da Comissão de Ética do IBGE, cuja função primeira
– ressalte-se – é a de orientar e educar cotidianamente o
agente público para a ética. O Regimento também estabe-
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVI- lece, não obstante, o rito processual pelo qual se orienta
DOR PÚBLICO DO IBGE a Comissão quando provocada por denúncia ou, ainda, ex
officio, nos Processos de Apuração Ética, e segue de ma-
Apresentação neira estrita a Resolução nº 10/2008 da Comissão de Ética
Pública, vinculada à Presidência da República.
Todo trabalho realizado no IBGE, seja ele de natureza A Comissão de Ética do IBGE está à disposição de
finalística, seja ele de natureza administrativa, está pauta- todos no e-mail etica@ibge.gov.br.
do pela competência e pela excelência técnica adquiridas
ao longo desses quase 80 anos em que vimos servindo Código de Ética Profissional do Servidor Público
aos cidadãos brasileiros, sem qualquer espécie de discri- do IBGE
minação.
Considero importante que os princípios éticos sejam Capítulo I
mais conhecidos por todos os servidores para orientar Seção I
suas condutas no trabalho diário. Foi com essa ideia em Das regras deontológicas
mente que reconstituímos, em 2013, a Comissão de Ética
do IBGE, a qual vem agora apresentar-nos importante do-
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia, a eficiência
cumento: o Código de Ética do IBGE.
e a consciência dos princípios morais são primados maio-
Tenho a convicção de que todo servidor do IBGE con-
res que devem nortear o servidor público do IBGE, seja no
tribui sobremaneira para que diariamente cumpramos nos-
exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá
sa missão institucional, de todos bem conhecida. A expec-
o exercício da vocação do próprio poder estatal.
tativa da Direção do IBGE é a de que nossa missão, no
Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcio-
que diz respeito ao ambiente de trabalho profissional, seja
nados para a preservação da honra e da tradição do servi-
agora aperfeiçoada pela presença ainda mais intensa da
ço público, como um todo, e, em especial, das pesquisas
ética em todos os setores da Casa.
Agradeço, por fi m, a todos os servidores a seriedade estatísticas e geocientíficas oficiais, cujas fontes de dados
e a extremada dedicação com que realizam seu trabalho. escolhidas devem contemplar a qualidade, a oportunida-
São vocês que fazem do IBGE uma das instituições mais de, os custos e o ônus para os cidadãos.
respeitadas do País. II - O servidor público não poderá jamais desprezar o
elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que deci-
Introdução dir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno,
Na Administração Pública brasileira, a ética tem assu- mas principalmente entre o honesto e o desonesto, conso-
mido relevante papel. O IBGE, como não poderia deixar de ante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Cons-
ser, vem fomentando e instigando a disseminação daquilo tituição Federal. Por se integrar à condição de servidor do
que se entende por ética no âmbito administrativo federal. IBGE, o elemento ético da conduta abrange, além dos pri-
Para tanto, a Presidência da Casa, entre outras medidas, mados maiores, a adoção dos melhores princípios, méto-
delegou à Comissão de Ética do IBGE a elaboração de dos e práticas, de acordo com considerações estritamente
dois documentos essenciais: o Código de Ética Profissio- profissionais, incluídos os princípios técnicos, científicos e
nal do Servidor Público do IBGE, que ora apresentamos a ética profissional.
nesta singela publicação em papel, e o Regimento Interno III - A moralidade da Administração Pública não se limi-
da Comissão de Ética do IBGE (disponível somente em ta à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida
formato digital, no seguinte endereço eletrônico: http:// da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio
w3.presidencia.ibge.gov.br/etica). entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor
O Código de Ética Profissional do Servidor Público do público, é que poderá consolidar a moralidade do ato ad-
IBGE visa a estabelecer, fundamentalmente, os princípios ministrativo. Para melhor exercício de sua função pública
de natureza deontológica, os deveres e as vedações a no IBGE, o servidor deve ter consciência da relevância das
que estão sujeitos os agentes públicos lotados no Insti- informações estatísticas e geocientíficas, a fi m de atender
tuto. Documento de imprescindível leitura para todos nós, ao direito à informação pública de modo imparcial e com
o Código foi construído, naturalmente, a partir do Código igualdade de acesso. É imprescindível que o servidor do
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder IBGE zele pela qualidade dos processos de produção das

Ética no Serviço Público 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

informações oficiais, adotando critérios de boas práticas te. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios
tanto nas atividades finalísticas quanto nas atividades de tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até
apoio. mesmo imprudência no desempenho da função pública.
IV- A remuneração do servidor público é custeada pe- XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu lo-
los tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até cal de trabalho é fator de desmoralização do serviço públi-
por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, co, o que quase sempre conduz à desordem nas relações
que a moralidade administrativa se integre no Direito, humanas.
como elemento indissociável de sua aplicação e de sua XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a es-
finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de trutura organizacional, respeitando seus colegas e cada
legalidade. concidadão, colabora e de todos pode receber colabora-
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público pe- ção, pois sua atividade pública é a grande oportunidade
rante a comunidade deve ser entendido como acréscimo para o crescimento e o engrandecimento da Nação. O ca-
ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante ráter colaborativo e participativo deve estar presente nas
da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado atividades estatísticas e cartográfi cas, privilegiando-se,
como seu maior patrimônio. assim, um contato estreito e harmonioso entre ambas as
VI - A função pública deve ser tida como exercício pro- atividades – contato essencial para melhorar a qualidade,
fissional e, portanto, se integra na vida particular de cada comparabilidade e coerência dos dados produzidos. Esse
servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na con- espírito colaborativo e participativo deve estender-se à co-
duta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou ordenação dos sistemas estatísticos e cartográficos nacio-
diminuir o seu bom conceito na vida funcional. nais de responsabilidade do IBGE. Portanto, compete ao
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investi- Instituto propor, discutir e estabelecer, em conjunto com as
gações policiais ou interesse superior do Estado e da Ad- demais instituições nacionais, diretrizes, planos e progra-
ministração Pública, a serem preservados em processo mas para a produção estatística e cartográfica – processo
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a pu- que deve irradiar-se à esfera internacional, especialmente
blicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito
na cooperação bilateral e multilateral, a fim de melhorar as
de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão compro-
informações estatísticas e geocientíficas oficiais em todos
metimento ético contra o bem comum, imputável a quem a
os países, por meio da utilização de conceitos, classifica-
negar. Entretanto, os dados individuais de pessoas físicas
ções e métodos que promovam a coerência e a eficiência
ou jurídicas coletados pelo IBGE são estritamente confi-
entre os diversos sistemas estatísticos e cartográficos.
denciais e exclusivamente utilizados para fins estatísticos.
Ademais, leis, regulamentos e medidas que regem a ope-
Seção II
ração dos sistemas estatístico e cartográfico no Instituto
devem ser de conhecimento público. Dos principais deveres do servidor público do
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor IBGE
não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos inte-
resses da própria pessoa interessada ou da Administração XIV - São deveres fundamentais do servidor do IBGE:
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo,
sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou função ou emprego público de que seja titular;
da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
humana quanto mais a de uma Nação. rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente re-
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo solver situações procrastinatórias, principalmente diante
dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela de fi las ou de qualquer outra espécie de atraso na pres-
disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos tação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribui-
direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da ções, com o fi m de evitar dano moral ao usuário;
mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a
ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando
vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamen- estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa
to e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens para o bem comum;
de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tem- d) jamais retardar qualquer prestação de contas, con-
po, suas esperanças e seus esforços para construí-los. dição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à es- coletividade a seu cargo;
pera de solução que compete ao setor em que exerça e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços
suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com
qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, o público;
não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de f ) ter consciência de que seu trabalho é regido por
desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos princípios éticos que se materializam na adequada presta-
usuários dos serviços públicos. ção dos serviços públicos;
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às or- g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e aten-
dens legais de seus superiores, velando atentamente por ção, respeitando a capacidade e as limitações individuais
seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligen- de todos os usuários do serviço público, sem qualquer es-

Ética no Serviço Público 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

pécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, naciona- assim como as normas internas desta Fundação, expres-
lidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, sas em suas Resoluções, Ordens de Serviço, Portarias,
abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral; Normas de Serviço e Memorandos.
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor
de representar contra qualquer comprometimento indevido Seção III
da estrutura em que se funda o Poder Estatal; Das vedações ao servidor público do IBGE
i) resistir a todas as pressões de superiores hierár-
quicos, de contratantes, interessados e outros que visem XV - É vedado ao servidor público do IBGE:
obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevi- a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades,
das em decorrência de ações imorais, ilegais ou a éticas tempo, posição e influências, para obter qualquer favoreci-
e denunciá-las; mento, para si ou para outrem;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigên- b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros
cias específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; servidores ou de cidadãos que deles dependam;
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, co-
que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, nivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao
refletindo negativamente em todo o sistema; Código de Ética de sua profissão;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e d) usar de artifícios para procrastinar ou difi cultar o
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigin- exercício regular de direito por qualquer pessoa, causan-
do as providências cabíveis; do-lhe dano moral ou material;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de traba- e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos
lho, seguindo os métodos mais adequados à sua organi- ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento
zação e distribuição; do seu mister;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacio- f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, ca-
nem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo prichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram
no trato com o público, com os jurisdicionados adminis-
por escopo a realização do bem comum;
trativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequa-
inferiores;
das ao exercício da função;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qual-
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas
quer tipo de ajuda fi nanceira, gratifi cação, prêmio, comis-
de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce
são, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si,
suas funções;
familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as
missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função,
fim;
tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva
mantendo tudo sempre em boa ordem; encaminhar para providências;
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite
quem de direito; do atendimento em serviços públicos;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas fun- j) desviar servidor público para atendimento a interes-
cionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo se particular;
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do l) retirar da Instituição, sem estar legalmente autori-
serviço público e dos jurisdicionados administrativos; zado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua fun- patrimônio público;
ção, poder ou autoridade com finalidade estranha ao in- m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no
teresse público, mesmo que observando as formalidades âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de pa-
legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei; rentes, de amigos ou de terceiros;
v) apresentar, nas análises estatísticas e geográficas, n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele
informações que estejam de acordo com as normas cien- habitualmente;
tíficas sobre fontes, métodos e procedimentos, bem como o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente
comentar as interpretações errôneas e o uso indevido de contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa
informações estatísticas e geocientíficas; humana;
x) zelar pela qualidade dos processos de produção das p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu
informações estatísticas e geocientíficas oficiais, adotando nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
critérios de boas práticas tanto nas atividades finalísticas q) disponibilizar informações de caráter sigiloso e con-
quanto nas atividades de apoio; fidencial sobre pessoas físicas ou jurídicas, bem como an-
z) divulgar e informar a todos os integrantes da sua tecipar resultados de pesquisas à sua divulgação oficial,
classe sobre a existência deste Código de Ética, estimu- exceto quando autorizado.
lando o seu integral cumprimento. A conduta ética do ser-
vidor do IBGE deve respeitar a legislação e as normatiza-
ções do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,

Ética no Serviço Público 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Capítulo II II - ser leal às instituições a que servir;


Da Comissão de Ética do IBGE III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando ma-
XVI – A Comissão de Ética do IBGE está encarrega- nifestamente ilegais;
da de orientar e aconselhar sobre a ética profissional dos [...]
servidores da Casa, no tratamento com as pessoas e com a) ao público em geral, prestando as informações re-
o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concreta- queridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
mente de imputação ou de procedimento susceptível de [...]
censura. c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
XVII - À Comissão de Ética do IBGE incumbe fornecer, VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em
quando necessário e a quem de direito, os registros sobre razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior
a conduta ética dos servidores da Casa, para o efeito de ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao co-
instruir e fundamentar promoções e para todos os demais nhecimento de outra autoridade competente para apura-
procedimentos próprios da carreira de servidor público no ção;(Redação dada pela Lei nº 12.527, de 2011)
âmbito do IBGE. VII - zelar pela economia do material e a conservação
XVIII - A pena aplicável ao servidor público pela Co- do patrimônio público;
missão de Ética do IBGE é a de censura e sua fundamen- VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
tação constará do respectivo parecer, assinado por todos IX - manter conduta compatível com a moralidade ad-
os seus integrantes, com ciência do faltoso. ministrativa;
XIX - Para fins de apuração do comprometimento éti- X - ser assíduo e pontual ao serviço;
co, entende-se por servidor público todo aquele que, por XI - tratar com urbanidade as pessoas;
força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso
serviços de natureza permanente, temporária ou excep- de poder.
cional, ainda que sem retribuição fi nanceira, desde que Parágrafo único. A representação de que trata o inci-
ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder so XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada
estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as en- pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada,
tidades paraestatais, as empresas públicas e as socieda- assegurando-se ao representando ampla defesa.
des de economia mista, ou em qualquer setor onde preva-
leça o interesse do Estado. Capítulo II
Das Proibições

Art. 117. Ao servidor é proibido:(Vide Medida Provisó-


2 LEI Nº 8.112/1990 E SUAS ALTERAÇÕES (ART. ria nº 2.225-45, de 4.9.2001)
116, INCISOS I A IV, INCISO V, ALÍNEAS A E C, I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem
INCISOS VI A XII E PARÁGRAFO ÚNICO; ART. prévia autorização do chefe imediato;
117, INCISOS I A VI E IX A XIX; ART. 118 A ART. II - retirar, sem prévia anuência da autoridade compe-
126; ART. 127, INCISOS I A III; ART. 132, INCI- tente, qualquer documento ou objeto da repartição;
SOS I A VII, E IX A XIII; ART. 136 A ART. 141; III - recusar fé a documentos públicos;
ART. 142, INCISOS I, PRIMEIRA PARTE, II E III, IV - opor resistência injustificada ao andamento de do-
E §1º A §4º). cumento e processo ou execução de serviço;
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no
recinto da repartição;
LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos
casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
civis da União, das autarquias e das fundações públicas IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou
federais. de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
PUBLICAÇÃO CONSOLIDADA DA LEI Nº 8.112, DE X - participar de gerência ou administração de socie-
11 DE DEZEMBRO DE 1990, DETERMINADA PELO dade privada, personificada ou não personificada, exercer
ART.13 DA LEI Nº 9.527, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997. o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784,
Título IV de 2008
Do Regime Disciplinar XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
Capítulo I previdenciários ou assistenciais de parentes até o segun-
Dos Deveres do grau, e de cônjuge ou companheiro;
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem
Art. 116. São deveres do servidor: de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do car- XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
go; estrangeiro;

Ética no Serviço Público 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


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XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omis-
XV - proceder de forma desidiosa; sivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em pre-
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da reparti- juízo ao erário ou a terceiros.
ção em serviços ou atividades particulares; § 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao erário somente será liquidada na forma prevista no art.
ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do
e transitórias; débito pela via judicial.
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incom- § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, res-
patíveis com o exercício do cargo ou função e com o ho- ponderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação
rário de trabalho; regressiva.
§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos
Capítulo III sucessores e contra eles será executada, até o limite do
Da Acumulação valor da herança recebida.
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Cons- e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
tituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resul-
públicos. ta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, do cargo ou função.
empregos e funções em autarquias, fundações públicas, Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas
empresas públicas, sociedades de economia mista da poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e Art. 126. A responsabilidade administrativa do servi-
dos Municípios. dor será afastada no caso de absolvição criminal que ne-
§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica gue a existência do fato ou sua autoria.
condicionada à comprovação da compatibilidade de horá- Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabili-
rios.
zado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à
§ 3o Considera-se acumulação proibida a percepção
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envol-
de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com
vimento desta, a outra autoridade competente para apu-
proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que
ração de informação concernente à prática de crimes ou
decorram essas remunerações forem acumuláveis na ati-
improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em
vidade.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pú-
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um
blica.(Incluído pela Lei nº 12.527, de 2011)
cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo
Art. 127. São penalidades disciplinares:
único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em
I - advertência;
órgão de deliberação coletiva.(Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97) II - suspensão;
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica III - demissão;
à remuneração devida pela participação em conselhos de IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
administração e fiscal das empresas públicas e socieda- V - destituição de cargo em comissão;
des de economia mista, suas subsidiárias e controladas, VI - destituição de função comissionada.
bem como quaisquer empresas ou entidades em que a Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consi-
União, direta ou indiretamente, detenha participação no deradas a natureza e a gravidade da infração cometida,
capital social, observado o que, a respeito, dispuser legis- os danos que dela provierem para o serviço público, as
lação específica. (Redação dada pela Medida circunstâncias agravantes ou atenuantes e os anteceden-
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) tes funcionais.
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade
que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando in- mencionará sempre o fundamento legal e a causa da san-
vestido em cargo de provimento em comissão, ficará afas- ção disciplinar.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
tado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos
que houver compatibilidade de horário e local com o exer- casos de violação de proibição constante do art. 117, inci-
cício de um deles, declarada pelas autoridades máximas sos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional
dos órgãos ou entidades envolvidos.(Redação dada pela previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não
Lei nº 9.527, de 10.12.97) justifique imposição de penalidade mais grave.(Redação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Capítulo IV Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de rein-
Das Responsabilidades cidência das faltas punidas com advertência e de violação
das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita
Art. 121. O servidor responde civil, penal e adminis- a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90
trativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. (noventa) dias.

Ética no Serviço Público 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


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§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) I - a indicação da materialidade dar-se-á:(Incluído pela
dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser Lei nº 9.527, de 10.12.97)
submetido a inspeção médica determinada pela autorida- a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação
de competente, cessando os efeitos da penalidade uma precisa do período de ausência intencional do servidor ao
vez cumprida a determinação. serviço superior a trinta dias;(Incluído pela Lei nº 9.527, de
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a 10.12.97)
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação
na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de venci- dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por pe-
mento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a per- ríodo igual ou superior a sessenta dias interpoladamen-
manecer em serviço. te, durante o período de doze meses;(Incluído pela Lei nº
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspen- 9.527, de 10.12.97)
são terão seus registros cancelados, após o decurso de II - após a apresentação da defesa a comissão elabo-
3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectiva- rará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsa-
mente, se o servidor não houver, nesse período, praticado bilidade do servidor, em que resumirá as peças principais
nova infração disciplinar. dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará,
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionalida-
surtirá efeitos retroativos. de da ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes ca- o processo à autoridade instauradora para julgamento.(In-
sos: cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - crime contra a administração pública; Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplica-
II - abandono de cargo; das:
III - inassiduidade habitual; I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes
IV - improbidade administrativa; das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar
repartição; de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibi-
VI - insubordinação grave em serviço; lidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão,
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particu- ou entidade;
lar, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; II - pelas autoridades administrativas de hierarquia
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em ra- imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso
zão do cargo; anterior quando se tratar de suspensão superior a 30
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimô- (trinta) dias;
nio nacional; III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na
XI - corrupção; forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou fun- casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta)
ções públicas; dias;
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. IV - pela autoridade que houver feito a nomeação,
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em quando se tratar de destituição de cargo em comissão.
comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
erário, sem prejuízo da ação penal cabível. demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em e destituição de cargo em comissão;
comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, in- II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
compatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertên-
público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. cia.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço pú- § 1o O prazo de prescrição começa a correr da data
blico federal o servidor que for demitido ou destituído do em que o fato se tornou conhecido.
cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, § 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal
IV, VIII, X e XI. aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência como crime.
intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de
consecutivos. processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta final proferida por autoridade competente.
ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, inter- § 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo co-
poladamente, durante o período de doze meses. meçará a correr a partir do dia em que cessar a interrup-
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou ção.
inassiduidade habitual, também será adotado o procedi-
mento sumário a que se refere o art. 133, observando-se
especialmente que:(Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)

Ética no Serviço Público 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

EXERCÍCIOS ( ) É vedado ao servidor representar contra ilegalidade,


omissão ou abuso de poder.
01. Com relação aos deveres do servidor, conforme ( ) O servidor pode manter sob sua chefia imediata, em
estabelece a lei do regime jurídico dos servidores públicos cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou
federais, está INCORRETO afirmar que é dever do servi- parente até o segundo grau civil.
dor: ( ) O servidor deve cumprir as ordens superiores, exce-
A. Observar as normas legais e regulamentares. to quando manifestamente ilegais.
B. Definir seu horário de entrada e saída do serviço. ( ) A ofensa física, em serviço, a servidor ou a particu-
C. Exercer com zelo e dedicação as atribuições do lar, salvo em legítima defesa própria ou de outrem é um
cargo. caso passível de suspensão.
D. Guardar sigilo sobre assunto da repartição. ( ) A demissão será aplicada ao servidor público que
E. Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em ser-
de poder. viços ou atividades particulares.
Assinale a alternativa que contém a sequência COR-
02.O Regime Jurídico, dispõe sobre os deveres e proi- RETA de cima para baixo.
bições inerentes ao servidor. Desta forma, considera-se A. V, F, V, F, F, V
DEVER do servidor: B. F, V, V, F, V, F
A. Opor resistência injustificada ao andamento de do- C. F, V, F, V, V, F
cumento e processo ou execução de serviço. D. F, F, V, V, F, V
B. Promover manifestação de apreço ou desapreço no E. V, F, F, V, F, V
recinto da repartição.
C. Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição 05. Nos termos da Lei n.º 8.112/1990, que dispõe so-
em serviços ou atividades particulares. bre o regime jurídico dos servidores públicos civis federais,
D. Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso ao servidor é PROIBIDO:
A. Manter amigo íntimo, sob sua chefia imediata, em
de poder e manter conduta compatível com a moralidade
cargo ou função de confiança.
administrativa.
B. Participar de gerência ou administração de socieda-
E. Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao
de privada, personificada ou não personificada.
cargo que ocupa.
C. Convidar os demais servidores de sua repartição a
filiarem-se a associação profissional ou sindical.
03. Segundo o art. 121 da Lei 8.112/90, “O servidor
D. Atuar, como procurador de parentes, junto à reparti-
responde civil, penal e administrativamente pelo exercício
ção pública para tratar de benefício previdenciário.
irregular de suas atribuições”.
Segundo as responsabilidades imputadas ao servidor, 06. A lei 8.112/1990 traz o elenco de proibições impos-
marque a alternativa correta: tas ao servidor público. Diante desse contexto, é INCOR-
A. Tratando-se de dano causado a terceiros, o servidor RETO afirmar que é proibido ao servidor:
responderá perante ao terceiro e a Administração A. opor resistência injustificada ao andamento de do-
B. O servidor somente responde civil, penal e adminis- cumento e processo ou execução de serviço.
trativamente pelo exercício irregular de suas atribuições se B. cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos
cometer atos em benefício próprio casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que
C. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado.
penal ou administrativamente por dar ciência à autorida- C. recusar fé a documentos públicos.
de superior ou, quando houver suspeita de envolvimento D. levar as irregularidades de que tiver ciência em ra-
desta, a outra autoridade competente para apuração de in- zão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou,
formação concernente à prática de crimes ou improbidade quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhe-
de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do cimento de outra autoridade competente para apuração.
exercício de cargo, emprego ou função pública E. ausentar-se do serviço durante o expediente, sem
D. A responsabilidade civil decorre somente de ato co- prévia autorização do chefe imediato.
missivo e doloso, que resulte em prejuízo ao erário ou a
terceiros. A omissão, tal como a culpa não geram respon- GABARITO
sabilidade civil
E. As sanções civis, penais e administrativas poderão
01 B
cumular-se, sendo independentes entre si. Assim, a res-
ponsabilidade administrativa do servidor não será afastada 02 D
no caso de absolvição criminal que negue a existência do 03 C
fato ou sua autoria
04 E
04. De acordo com a Lei 8.112 de 1990, analise as 05 B
afirmações: 06 D
( ) É proibido ao servidor, proceder de forma desidiosa.

Ética no Serviço Público 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

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Ética no Serviço Público 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


MATEMÁTICA
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Exemplo 3
1 NÚMEROS REAIS. 1.1 OPERAÇÕES E PRO-
BLEMAS. 25-(50-30)+4x5
25-20+20=25
Números Naturais
Os números naturais são o modelo matemático neces- Números Inteiros
sário para efetuar uma contagem. Podemos dizer que este conjunto é composto pelos
Começando por zero e acrescentando sempre uma números naturais, o conjunto dos opostos dos números
unidade, obtemos o conjunto infinito dos números naturais naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado
por:
Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}

- Todo número natural dado tem um sucessor Subconjuntos do conjunto :


a) O sucessor de 0 é 1.
b) O sucessor de 1000 é 1001. 1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
c) O sucessor de 19 é 20. Z*={...-2, -1, 1, 2, ...}

Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero. 2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
Z+={0, 1, 2, ...}

3) Conjunto dos números inteiros não positivos


- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um Z-={...-3, -2, -1}
antecessor (número que vem antes do número dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente Números Racionais
de zero. Chama-se de número racional a todo número que
a) O antecessor do número m é m-1. pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
b) O antecessor de 2 é 1. quaisquer, com b≠0
c) O antecessor de 56 é 55. São exemplos de números racionais:
d) O antecessor de 10 é 9. -12/51
-3
Expressões Numéricas -(-3)
-2,333...
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra-
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações po- As dízimas periódicas podem ser representadas por
dem acontecer em uma única expressão. Para resolver as
fração, portanto são consideradas números racionais.
expressões numéricas utilizamos alguns procedimentos:
Como representar esses números?
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro
Representação Decimal das Frações
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so-
Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
decimais
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos pri-
meiro.
1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
Exemplo 1 mero decimal terá um número finito de algarismos após a
vírgula.
10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23

Exemplo 2

40 – 9 x 4 + 23
40 – 36 + 23
4 + 23
27 2º) Terá um número infinito de algarismos após a vír-
gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para
ser número racional

Matemática 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

OBS: período da dízima são os números que se repe- Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de
tem, se não repetir não é dízima periódica e assim núme- período.
ros irracionais, que trataremos mais a frente.
Exemplo 2

Seja a dízima 1,1212...

Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... .
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99
Representação Fracionária dos Números Decimais
Números Irracionais
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transfor- Identificação de números irracionais
mar com o denominador seguido de zeros.
O número de zeros depende da casa decimal. Para - Todas as dízimas periódicas são números racionais.
uma casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) - Todos os números inteiros são racionais.
e assim por diante. - Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irra-
cionais.
- Todas as raízes inexatas são números irracionais.
- A soma de um número racional com um número irra-
cional é sempre um número irracional.
- A diferença de dois números irracionais, pode ser um
número racional.
-Os números irracionais não podem ser expressos na
forma , com a e b inteiros e b≠0.

Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.

- O quociente de dois números irracionais, pode ser


2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, en- um número racional.
tão como podemos transformar em fração?
Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.
Exemplo 1
- O produto de dois números irracionais, pode ser um
Transforme a dízima 0, 333... .em fração número racional.
Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dí-
zima dada de x, ou seja Exemplo: . = = 7 é um número racional.
X=0,333...
Se o período da dízima é de um algarismo, multiplica- Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um nú-
mos por 10. mero natural, se não inteira, é irracional.

10x=3,333... Números Reais

E então subtraímos:

10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3

Fonte: www.estudokids.com.br

Matemática 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Representação na reta Semirreta direita, fechada de origem a – números reais


maiores ou iguais a a.

Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x ∈R|x≥a}

Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais


INTERVALOS LIMITADOS maiores que a.
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a
ou iguais a e menores do que b ou iguais a b.

Intervalo:]a,+ ∞[
Intervalo:[a,b] Conjunto:{x ∈R|x>a}
Conjunto: {x ∈R|a≤x≤b}
Potenciação
Intervalo aberto – números reais maiores que a e me- Multiplicação de fatores iguais
nores que b.
2³=2.2.2=8

Intervalo:]a,b[ Casos
Conjunto:{x ∈R|a<x<b}
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores
que a ou iguais a a e menores do que b.

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio nú-


mero.
Intervalo:{a,b[
Conjunto {x ∈R|a≤x<b}
Intervalo fechado à direita – números reais maiores
que a e menores ou iguais a b.
3) Todo número negativo, elevado ao expoente par, re-
sulta em um número positivo.
Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x ∈R|a<x≤b}

INTERVALOS ILIMITADOS 4) Todo número negativo, elevado ao expoente ímpar,


resulta em um número negativo.
Semirreta esquerda, fechada de origem b- números
reais menores ou iguais a b.

5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos pas-


Intervalo:]-∞,b] sar o sinal para positivo e inverter o número que está na
Conjunto:{x ∈R|x≤b} base. 

Semirreta esquerda, aberta de origem b – números re-


ais menores que b.

Intervalo:]-∞,b[ 6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o
Conjunto:{x ∈R|x<b} valor do expoente, o resultado será igual a zero. 

Matemática 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Propriedades

1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências


de mesma base, repete-se a base e  soma os expoentes.

Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27

2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mes-


ma base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes. 64=2.2.2.2.2.2=26
Exemplos: Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “ti-
96 : 92 = 96-2 = 94 ra-se” um e multiplica.

3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e Observe:


multiplica-se os expoentes.
Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56 1 1 1
3.5 = (3.5) = 3 .5 = 3. 5
2 2 2

De modo geral, se

4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores ele- a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * ,


vados a um expoente, podemos elevar cada um a esse
mesmo expoente. então:
(4.3)²=4².3²

5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, n


a.b = n a .n b
podemos elevar separados.
O radical de índice inteiro e positivo de um produto
indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
dos fatores do radicando.
Radiciação Raiz quadrada de frações ordinárias
Radiciação é a operação inversa a potenciação

1 1
2 2 2 2 2
2
=  = 1 =
3 3 3
Observe: 32

De modo geral,

se
a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * ,
Técnica de Cálculo
A determinação da raiz quadrada de um número torna-
-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado em
números primos. Veja: 

Matemática 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

então:

a na Caso tenha:
n =
b nb

O radical de índice inteiro e positivo de um quociente Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando. Racionalização de Denominadores

Raiz quadrada números decimais Normalmente não se apresentam números irracionais


com radicais no denominador. Ao processo que leva à eli-
minação dos radicais do denominador chama-se racionali-
zação do denominador.

1º Caso:Denominador composto por uma só parcela

Operações

Operações 2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.

Multiplicação

Exemplo Devemos multiplicar de forma que obtenha uma dife-


rença de quadrados no denominador:

Divisão
QUESTÕES

01. (Prefeitura de Salvador /BA - Técnico de Nível


Exemplo Superior II - Direito – FGV/2017) Em um concurso, há
150 candidatos em apenas duas categorias: nível superior
e nível médio.
Sabe-se que:

• dentre os candidatos, 82 são homens;


Adição e subtração • o número de candidatos homens de nível superior é
igual ao de mulheres de nível médio;
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mu-
lheres.
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20.
O número de candidatos homens de nível médio é

(A) 42.
(B) 45.
(C) 48.
(D) 50.
(E) 52.

Matemática 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária − 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas ina-
- MSCONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda, dequadamente;
Isabella e José foram a uma prova de hipismo, na qual − 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas;
ganharia o competidor que obtivesse o menor tempo final. − 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e
A cada 1 falta seriam incrementados 6 segundos em seu − as demais foram geradas por descuidos ao cozinhar.
tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria Eduarda fez
1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni fez De acordo com esses dados, ao longo da existência
1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a desse prédio comercial, a fração do total de situações de
colocação, é correto afirmar que o vencedor foi: risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar cor-
(A) José responde à
(B) Isabella (A) 3/20.
(C) Maria Eduarda (B) 1/4.
(D) Raoni (C) 13/60.
(D) 1/5.
03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - (E) 1/60.
MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é:
(A) 0,2222... 07. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Téc-
(B) 0,6666... nico I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Assina-
(C) 0,1616... le a alternativa que apresenta o valor da expressão
(D) 0,8888...

04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-


NESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são
iguais, e o resto é 10, sendo esse resto o maior possível, (A) 1.
então o dividendo é
(B) 2.
(A) 131.
(C) 4.
(B) 121.
(D) 8.
(C) 120.
(E) 16.
(D) 110.
(E) 101.
08. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV-
GO/2017)
05. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) As ex-
pressões numéricas abaixo apresentam resultados que
seguem um padrão específico: Qual o resultado de ?

1ª expressão: 1 x 9 + 2 (A) 3
2ª expressão: 12 x 9 + 3 (B) 3/2
3ª expressão: 123 x 9 + 4 (C) 5
... (D) 5/2
7ª expressão: █ x 9 + ▲
09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Super-
Seguindo esse padrão e colocando os números ade- visor – FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b .
quados no lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª
expressão será Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a:
(A) 1;
(A) 1 111 111. (B) 2;
(B) 11 111. (C) 3;
(C) 1 111. (D) 4;
(D) 111 111. (E) 6.
(E) 11 111 111.
10. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Super-
06. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Duran- visor – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de de-
te um treinamento, o chefe da brigada de incêndio de um terminada empresa tem o mesmo número de mulheres e
prédio comercial informou que, nos cinquenta anos de de homens. Certa manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos ho-
existência do prédio, nunca houve um incêndio, mas exis- mens dessa equipe saíram para um atendimento externo.
tiram muitas situações de risco, felizmente controladas a
tempo. Segundo ele, 1/13 dessas situações deveu-se a Desses que foram para o atendimento externo, a fra-
ações criminosas, enquanto as demais situações haviam ção de mulheres é
sido geradas por diferentes tipos de displicência. Dentre as (A) 3/4;
situações de risco geradas por displicência, (B) 8/9;

Matemática 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

(C) 5/7;
(D) 8/13;
(E) 9/17.
08. Resposta: D.
RESPOSTAS

01.Resposta: B.
150-82=68 mulheres
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior,
37 são de nível médio. 09. Resposta: C.
Portanto, há 37 homens de nível superior. 2-2(1-2N)=12
82-37=45 homens de nível médio. 2-2+4N=12
4N=12
02. Resposta: D. N=3
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o
vencedor. 10. Resposta: E.
Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
03. Resposta: B.
Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração
X=0,4444....
10x=4,444...
9x=4 Dos homens que saíram:

Saíram no total

04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igual o quociente.
11x11=121+10=131

05. Resposta: E. Números complexos


A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111
Algumas equações não tem solução no conjunto dos
06. Resposta: D. números reais.
Exemplo

Gerado por descuidos ao cozinhar:

Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- Mas, se tivermos um conjunto para o qual admita a
1/13) existência de, a equação passará a ter solução não-
-vazia.
Esse conjunto é o dos números complexos e conven-
ciona-se que .

07.Resposta: C. Solucionando então, o exemplo acima:

Matemática 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

O número , foi denominado unidade imaginá- Operações com números complexos


ria, devido à desconfiança que os matemáticos tinham
dessa nova criação. 1. Adição
Para somarmos dois números complexos basta so-
Para simplificar a notação: marmos, separadamente, as partes reais e imaginárias
desses números. Assim, se z=a+bi e z2=c+di, temos que:
z1+z2=(a+c) + (b+d)i

Assim, no conjunto dos números complexos, as equa- 2. Subtração


ções do 2º grau com possuem solução não-vazia. Para subtrairmos dois números complexos basta sub-
trairmos, separadamente, as partes reais e imaginárias
Conjunto dos números complexos desses números. Assim, se z=a+bi e z2=c+di, temos que:
z1-z2=(a-c) + (b-d)i
O conjunto C dos números complexos é aquele for-
mado pelos números que podem ser expressos na forma: 3. Multiplicação
Para multiplicarmos dois números complexos basta
efetuarmos a multiplicação de dois binômios, observando
os valores das potências de i. Assim, se z1=a+bi e z2=c+di,
temos que:
z1.z2 = a.c + adi + bci + bdi2
z1.z2= a.c + bdi2 = adi + bci
A forma z=a+ bi é denominada forma algébrica de z1.z2= (ac - bd) + (ad + bc)i
um número complexo em que a é a parte real e b a parte Observar que: i2= -1
imaginária.
Se a parte imaginária do número complexo é nula, en- 4. Divisão
tão o número é real. Para dividirmos dois números complexos basta multi-
plicarmos o numerador e o denominador pelo conjugado
do denominador. Assim, se z1= a + bi e z2= c + di, temos
que:

Se a parte real do número complexo é nula e a parte


imaginária é diferente de zero, então o número é imaginá-
rio puro.

Igualdade de números complexos

Dois números complexos são iguais se, e somente


se, suas partes reais e imaginárias forem respectivamente
iguais.

5. Potenciação
Efetuando algumas potências de in, com n∈N, pode-
mos obter um critério para determinar uma potência gené-
rica de i:
Conjugado de um número complexo
i0 = 1
Sendo z=a+ bi, chama-se conjugado de z o número i1 = i
complexo que se obtém trocando o sinal da parte imagi- i2 = -1
nária de z. i3 = i2.i = -1.i = -i
i4 = i2.i2=-1.-1=1
i5 = i4. 1=1.i= i
i6 = i5. i =i.i=i2=-1
i7 = i6. i =(-1).i=-i ......
Exemplo Assim, para obter a potência in, basta calcular ir em
que r é o resto da divisão de n por 4.

Matemática 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Exemplo

i 23⇒23/4=5 e resto 3 então:i23=i3=-i

Módulo e Argumento de um Número Complexo

Módulo e Argumento de um Número Complexo


Substituindo, temos:

z=a+bi

Operações com Complexos na Forma Trigonomé-


trica

Dados os complexos:

Do triângulo retângulo, temos: Multiplicação

A distância de ρ de P até a origem O é denominada Divisão


módulo de z, e indicamos:

Denomina-se argumento do complexo z não-nulo, a Potenciação


medida do ângulo formado por com o semi-eixo real
Ox. Sendo:z=ρ(cos θ+i∙sen θ) e n um número inteiro maior
O argumento que pertence ao intervalo [0,2π[ é deno- que 1, temos:
minado argumento principal e é representado por : z^n=ρ^n (cos nθ+i∙sen nθ)

Observe que:
Radiciação

Denomina-se raiz enésima do número complexo z=ρ(-


cosθ+i∙senθ) a todo número complexo w, tal que wn=z,
para n=1, 2, 3,...
Os números ρ e θ são as coordenadas polares do pon-
to P(a,b). Para k=0,1, 2, 3,...temos:

Forma Trigonométrica ! !
θ + 2kπ θ + 2kπ
w! = z= p(cos + i ∙ sen )
n n
Todo número complexo z=a+bi, não0nulo, pode sr ex-
presso em função do módulo, do seno e do cosseno do
argumento z:

Matemática 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem


2 PORCENTAGENS. 2.1 PROBLEMAS QUE EN- de duas formas:
VOLVEM CÁLCULO DE PERCENTUAIS.

Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100,


seu símbolo é (%). Sua utilização está tão disseminada
que a encontramos nos meios de comunicação, nas esta-
tísticas, em máquinas de calcular, etc.

Os acréscimos e os descontos é importante saber por- (DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em


que ajuda muito na resolução do exercício. sala de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total
está com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com
Acréscimo gripe, o menor valor possível para x é igual a
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um de- (A) 8.
terminado valor, podemos calcular o novo valor apenas (B) 15.
multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de multipli- (C) 10.
cação. Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, (D) 6.
e assim por diante. Veja a tabela abaixo: (E) 12.

Acréscimo ou Lucro Fator de Multiplicação Resolução


45------100%
10% 1,10 X-------60%
15% 1,15 X=27
O menor número de meninas possíveis para ter gripe
20% 1,20 é se todos os meninos estiverem gripados, assim apenas
47% 1,47 2 meninas estão.
67% 1,67

Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 te-


Resposta: C.
mos: 
QUESTÕES

01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária


Desconto
No caso de haver um decréscimo, o fator de multipli- - MSCONCURSOS/2017) Um aparelho de televisão que
cação será: custa R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação,
Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na for- com um desconto de 40%. Marta queria comprar essa te-
ma decimal) levisão, porém não tinha condições de pagar à vista, e o
    Veja a tabela abaixo: vendedor propôs que ela desse um cheque para 15 dias,
pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquida-
ção. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de:
Desconto Fator de Multiplicação (A) R$1120,00
10% 0,90 (B) R$1056,00
(C) R$960,00
25% 0,75 (D) R$864,00
34% 0,66
02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) A equipe
60% 0,40
de segurança de um Tribunal conseguia resolver mensal-
90% 0,10 mente cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimô-
nio nas cercanias desse prédio, identificando os crimino-
    Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 sos e os encaminhando às autoridades competentes. Após
temos:  uma reestruturação dos procedimentos de segurança, a
mesma equipe conseguiu aumentar o percentual de re-
solução mensal de ocorrências desse tipo de crime para
cerca de 63%. De acordo com esses dados, com tal rees-
Chamamos de lucro em uma transação comercial de truturação, a equipe de segurança aumentou sua eficácia
compra e venda a diferença entre o preço de venda e o no combate ao dano ao patrimônio em
preço de custo. (A) 35%.
Lucro=preço de venda -preço de custo (B) 28%.

Matemática 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

(C) 63%. 05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-


(D) 41%. GO/2017) Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma
(E) 80%. editora um lote de apostilas para concursos, cujo valor uni-
tário original é de R$ 60,00. Por ter cadastro no referido
03. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Três ir- estabelecimento, ele recebeu 30% de desconto na com-
mãos, André, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia he- pra. Para revender os materiais, Paulo decidiu acrescentar
rança constituída pelas seguintes joias: um bracelete de 30% sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas
ouro, um colar de pérolas e um par de brincos de diaman- condições, qual será o lucro obtido por unidade?
te. A tia especificou em testamento que as joias não deve- (A) R$ 4,20.
riam ser vendidas antes da partilha e que cada um deveria (B) R$ 5,46.
ficar com uma delas, mas não especificou qual deveria (C) R$ 10,70.
ser dada a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que (D) R$ 12,60.
cada um recebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles (E) R$ 18,00.
achavam que as joias tinham valores diferentes entre si e,
além disso, tinham diferentes opiniões sobre seus valores. 06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
Então, decidiram fazer a partilha do seguinte modo: GO/2017) Joana foi fazer compras. Encontrou um vestido
− Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um de R$ 150,00 reais. Descobriu que se pagasse à vista teria
deveria escrever em um papel três porcentagens, indican- um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana pa-
do sua avaliação sobre o valor de cada joia com relação ao gou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou?
valor total da herança. (A) R$ 120,00 reais
− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas (B) R$ 112,50 reais
avaliações. (C) R$ 127,50 reais
− Uma partilha seria considerada boa se cada um de- (D) R$ 97,50 reais
les recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% (E) R$ 90 reais
da herança toda ou mais.
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das 07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
joias foi a seguinte: NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão
de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o
primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é
10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguin-
te. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior
à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é
correto afirmar que a receita média trimestral prevista para
Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Cla- 2018 é, em milhões de reais, igual a
rice recebessem, respectivamente, (A) 200.
(A) o bracelete, os brincos e o colar. (B) 203.
(B) os brincos, o colar e o bracelete. (C) 195.
(C) o colar, o bracelete e os brincos. (D) 190.
(D) o bracelete, o colar e os brincos. (E) 198.
(E) o colar, os brincos e o bracelete.
08. (CRM/MG – Técnico em Informática- FUN-
04. (UTFPR – Técnico de Tecnologia da Informação DEP/2017) Veja, a seguir, a oferta da loja Magazine Bom
– UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas Preço:
foi alterado. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser
2/ 3 do comprimento original e sua largura foi reduzida e Aproveite a Promoção!
passou a ser 3/ 4 da largura original. Forno Micro-ondas
Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo De R$ 720,00
original, a área do novo retângulo: Por apenas R$ 504,00
(A) foi aumentada em 50%.
(B) foi reduzida em 50%. Nessa oferta, o desconto é de:
(C) aumentou em 25%. (A) 70%.
(D) diminuiu 25%. (B) 50%.
(E) foi reduzida a 15%. (C) 30%.
(D) 10%.

09 (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) Con-


sidere que uma caixa de bombom custava, em novembro,
R$ 8,60 e passou a custar, em dezembro, R$ 10,75. O
aumento no preço dessa caixa de bombom foi de:

Matemática 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

(A) 30%. 07. Resposta: C.


(B) 25%. Como a previsão para o primeiro trimestre é de 180
(C) 20%. milhões e é 10% inferior, no segundo trimestre temos uma
(D) 15% previsão de
180-----90%
10. (ANP – Técnico em Regulação de Petróleo e De- x---------100
rivados – CESGRANRIO/2016) Um grande tanque estava x=200
vazio e foi cheio de óleo após receber todo o conteúdo de
12 tanques menores, idênticos e cheios. 200+180=380 milhões para o primeiro semestre
Se a capacidade de cada tanque menor fosse 50% 380----95
maior do que a sua capacidade original, o grande tanque x----100
seria cheio, sem excessos, após receber todo o conteúdo x=400 milhões
de
(A) 4 tanques menores Somando os dois semestres: 380+400=780 milhões
(B) 6 tanques menores 780/4trimestres=195 milhões
(C) 7 tanques menores
(D) 8 tanques menores 08. Resposta: C.
(E) 10 tanques menores

RESPOSTAS
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de
01. Resposta:B. 30%.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro- OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
duto. errar conforme a pergunta feita.

09. Resposta: B.
1600⋅0,6=960
8,6(1+x)=10,75
Como vai pagar 10% a mais:
8,6+8,6x=10,75
960⋅1,1=1056
8,6x=10,75-8,6
8,6x=2,15
02. Resposta: E.
X=0,25=25%
63/35=1,80
Portanto teve um aumento de 80%. 10. Resposta: D.
50% maior quer dizer que ficou 1,5
03. Resposta: D. Quantidade de tanque: x
Clarice obviamente recebeu o brinco. A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tan-
Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou ques
acima de 30% e André recebeu o bracelete. 1,5x=12
X=8
04. Resposta: B.
A=b⋅h

3 FUNÇÃO DO 1º GRAU. 3.1 REPRESENTA-


Portanto foi reduzida em 50% ÇÕES ALGÉBRICA E GRÁFICA. 4 GRANDEZAS
DIRETAMENTE PROPORCIONAIS E GRANDE-
05. Resposta: D. ZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS. 5 RE-
Como ele obteve um desconto de 30%, pagou 70% SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2º GRAU.
do valor:
60⋅0,7=42 Equação 1º grau
Ele revendeu por: Equação é toda sentença matemática aberta repre-
42⋅1,3=54,60 sentada por uma igualdade, em que exista uma ou mais
Teve um lucro de: 54,60-42=12,60 letras que representam números desconhecidos.
Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
06. Resposta: D. redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
Como teve um desconto de 35%. Pagou 65%do ves- chamados coeficientes, com a≠0.
tido
150⋅0,65=97,50 Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numé-
rico de x que, substituindo no 1º membro da equação, tor-
na-se igual ao 2º membro.

Matemática 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Nada mais é que pensarmos em uma balança. Substituindo em Pe


Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6

Pa+3+10=2Pa+3
Pa=10
Pi=Pa+3
Pi=10+3=13
A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a Pe=40+6=46
equação também. Soma das idades: 10+13+46=69
No exemplo temos:
3x+300 Resposta: B.
Outro lado: x+1000+500
E o equilíbrio? Equação 2º grau
3x+300=x+1500
A equação do segundo grau é representada pela fór-
Quando passamos de um lado para o outro invertemos mula geral:
o sinal
3x-x=1500-300
2x=1200 Onde a, b e c são números reais,
X=600
Discussão das Raízes
Exemplo
(PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas –
FGV/2015) A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao
dobro da soma das idades de seus dois filhos, Paulo e
Pierre. Pierre é três anos mais velho do que Paulo. Daqui
a dez anos, a idade de Pierre será a metade da idade que
Pedro tem hoje. Se for negativo, não há solução no conjunto dos
números reais.
A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje
é: Se for positivo, a equação tem duas soluções:
(A) 72;
(B) 69;
(C) 66;
(D) 63;
(E) 60. Exemplo
Resolução
A ideia de resolver as equações é literalmente colocar
na linguagem matemática o que está no texto.
“Pierre é três anos mais velho do que Paulo”
Pi=Pa+3

“Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da


idade que Pedro tem hoje.”
, portanto não há solução real.

A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da


soma das idades de seus dois filhos,
Pe=2(Pi+Pa)
Pe=2Pi+2Pa

Lembrando que:
Pi=Pa+3

Matemática 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Exemplo
(IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015)
A soma das idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e,
quando somamos os quadrados dessas idades, obtemos
1000. A mais velha das duas tem:
(A) 24 anos
(B) 26 anos
(C) 31 anos
(D) 33 anos

Resolução
A+J=44
Se não há solução, pois não existe raiz quadrada A²+J²=1000
real de um número negativo. A=44-J
(44-J)²+J²=1000
Se , há duas soluções iguais: 1936-88J+J²+J²=1000
2J²-88J+936=0

Dividindo por2:
J²-44J+468=0
Se , há soluções reais diferentes: ∆=(-44)²-4.1.468
∆=1936-1872=64

Relações entre Coeficientes e Raízes

Dada as duas raízes:

Substituindo em A
A=44-26=18
Ou A=44-18=26
Soma das Raízes
Resposta: B.

Inequação
Uma inequação é uma sentença matemática expressa
Produto das Raízes por uma ou mais incógnitas, que ao contrário da equação
que utiliza um sinal de igualdade, apresenta sinais de de-
sigualdade. Veja os sinais de desigualdade:
>: maior 
<: menor
Composição de uma equação do 2ºgrau, conheci- ≥: maior ou igual 
das as raízes ≤: menor ou igual 

Podemos escrever a equação da seguinte maneira: O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da
equação, onde temos que organizar os termos semelhan-
x²-Sx+P=0 tes em cada membro, realizando as operações indicadas.
No caso das inequações, ao realizarmos uma multiplica-
Exemplo ção de seus elementos por –1 com o intuito de deixar a
parte da incógnita positiva, invertemos o sinal representa-
tivo da desigualdade.
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º
grau.
Exemplo 1
4x + 12 > 2x – 2
Solução 4x – 2x > – 2 – 12
S=x1+x2=-2+7=5 2x > – 14
P=x1.x2=-2.7=-14 x > –14/2
Então a equação é: x²-5x-14=0 x>–7

Matemática 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Inequação-Produto Sistema de Inequação do 1º Grau


Um sistema de inequação do 1º grau é formado por
Quando se trata de inequações-produto, teremos uma duas ou mais inequações, cada uma delas tem apenas
desigualdade que envolve o produto de duas ou mais fun- uma variável sendo que essa deve ser a mesma em todas
ções. Portanto, surge a necessidade de realizar o estudo as outras inequações envolvidas. 
da desigualdade em cada função e obter a resposta final Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º
realizando a intersecção do conjunto resposta das fun- grau:
ções.

Exemplo

a)(-x+2)(2x-3)<0

Vamos achar a solução de cada inequação. 

4x + 4 ≤ 0 
4x ≤ - 4 
x ≤ - 4 : 4 
x ≤ - 1 

Inequação-Quociente S1 = {x   R | x ≤ - 1} 


Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade de
funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual Fazendo o cálculo da segunda inequação temos: 
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos x + 1 ≤ 0 
atentar ao domínio da função que se encontra no denomi- x ≤ - 1 
nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função
que estiver no denominador da inequação deverá ser dife-
rente de zero.
O método de resolução se assemelha muito à reso-
lução de uma inequação-produto, de modo que devemos
analisar o sinal das funções e realizar a intersecção do A “bolinha” é fechada, pois o sinal da inequação é
sinal dessas funções. igual. 

Exemplo S2 = { x   R | x ≤ - 1} 
Resolva a inequação a seguir: Calculando agora o CONJUNTO SOLUÇÃO da ine-
quação
temos: 
S = S1 ∩ S2
x-2≠0
x≠2

Portanto: 
S = { x   R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]

Matemática 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Inequação 2º grau distâncias percorridas por ambos os carros até os pontos


Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que em que pararam é igual a 28 km, então a distância entre os
pode ser escrita numa das seguintes formas: pontos P e Q, por essa rodovia, é, em quilômetros, igual a
ax²+bx+c>0 (A) 26.
ax²+bx+c≥0 (B) 24.
ax²+bx+c<0 (C) 20.
ax²+bx+c<0 (D) 18.
ax²+bx+c≤0 (E) 16.
ax²+bx+c≠0
03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
Exemplo NESP/2017) Nelson e Oto foram juntos a uma loja de ma-
Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0. teriais para construção. Nelson comprou somente 10 uni-
dades iguais do produto P, todas de mesmo preço. Já Oto
comprou 7 unidades iguais do mesmo produto P, e gastou
Resolvendo Inequações
mais R$ 600,00 na compra de outros materiais. Se os valo-
Resolver uma inequação significa determinar os valo-
res totais das compras de ambos foram exatamente iguais,
res reais de x que satisfazem a inequação dada.
então o preço unitário do produto P foi igual a
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de
(A) R$ 225,00.
x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa. (B) R$ 200,00.
(C) R$ 175,00.
(D) R$ 150,00.
(E) R$ 125,00.

04. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Téc-


nico I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Con-
sidere a equação dada por 2x² + 12x + 3 = -7. Assinale a
alternativa que apresenta a soma das duas soluções des-
sa equação.
(A) 0.
(B) 1.
(C) -1.
(D) 6.
(E) -6.

05. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV-


GO/2017) Num estacionamento encontram-se 18 motos,
15 triciclos e alguns carros. Se Pedrinho contou um total
de 269 rodas, quantos carros tem no estacionamento?
(A) 45
S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1} (B) 47
(C) 50
QUESTÕES (D) 52

06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV-


01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
GO/2017) O valor de m para que a equação (2m -1) x² - 6x
- MSCONCURSOS/2017) O dobro do quadrado de um
+ 3 = 0 tenha duas raízes reais iguais é
número natural aumentado de 3 unidades é igual a sete
(A) 3
vezes esse número. Qual é esse número? (B) 2
(A) 2 (C) −1
(B) 3 (D) −6
(C) 4
(D) 5 07. (IPRESB - Agente Previdenciário – VUNESP/2017)
Em setembro, o salário líquido de Juliano correspondeu a
02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- 4/5 do seu salário bruto. Sabe-se que ele destinou 2/5 do
NESP/2017) Um carro parte da cidade A em direção à ci- salário líquido recebido nesse mês para pagamento do alu-
dade B pela rodovia que liga as duas cidades, percorre 1/3 guel, e que poupou 2/5 do que restou. Se Juliano ficou, ain-
do percurso total e para no ponto P. Outro carro parte da ci- da, com R$ 1.620,00 para outros gastos, então o seu salário
dade B em direção à cidade A pela mesma rodovia, percor- bruto do mês de setembro foi igual a:
re 1/4 do percurso total e para no ponto Q. Se a soma das (A) R$ 6.330,00.

Matemática 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


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(B) R$ 5.625,00. 4x+3x=336


(C) R$ 5.550,00. 7x=336
(D) R$ 5.125,00. X=48
(E) R$ 4.500,00. A distância entre A e B é 48km
Como já percorreu 28km
8. (SESAU/RO – Técnico em Informática – FUN- 48-28=20 km entre P e Q.
RIO/2017) Daqui a 24 anos, Jovelino terá o triplo de sua
idade atual. Daqui a cinco anos, Jovelino terá a seguinte 03. Resposta:B.
idade: Sendo x o valor do material P
(A) 12. 10x=7x+600
(B) 14. 3x=600
(C) 16. X=200
(D) 17.
(E) 18. 04. Resposta: E.
2x²+12x+10=0
09. (PREF. DE FAZENDA RIO GRANDE/PR – Pro- ∆=12²-4⋅2⋅10
fessor – PUC/2017) A equação 8x² – 28x + 12 = 0 possui ∆=144-80=64
raízes iguais a x1 e x2. Qual o valor do produto x1 . x2?
(A) 1/2 .
(B) 3.
(C) 3/2 .
(D) 12.
(E) 28.

10 (PREF.DO RIO DE JANEIRO – Agente de Admi- A soma das duas é -1-5=-6


nistração – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Ao per-
guntar para João qual era a sua idade atual, recebi a se- 05. Resposta:B.
guinte resposta: Vamos fazer a conta de rodas:
- O quíntuplo da minha idade daqui a oito anos, di- Motos tem 2 rodas, triciclos 3 e carros 4
minuída do quíntuplo da minha idade há três anos atrás 18⋅2+15⋅3+x⋅4=269
representa a minha idade atual. 4x=269-36-45
A soma dos algarismos do número que representa, em 4x=188
anos, a idade atual de João, corresponde a: X=47
(A) 6
(B) 7 06. Resposta: B
(C) 10 ∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0
(D) 14 36-24m+12=0
-24m=-48
RESPOSTAS M=2

01. Resposta: B. 07. Resposta: B.


2x²+3=7x Salário liquido: x
2x²-7x+3=0
∆=49-24=25

10x+6x+40500=25x
9x=40500
Como tem que ser natural, apenas o número 3 con- X=4500
vém.
Salario fração
02. Resposta: C. y---------------1
4500---------4/5

Mmc(3,4)=12

Matemática 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Muitas vezes nos deparamos com situações que en-


volvem uma relação entre grandezas. Assim, o valor a ser
pago na conta de luz depende do consumo medido no pe-
ríodo; o tempo de uma viagem de automóvel depende da
08. Resposta: D. velocidade no trajeto.
Como, em geral, trabalhamos com funções numéricas,
Idade atual: x o domínio e a imagem são conjuntos numéricos, e pode-
X+24=3x mos definir com mais rigor o que é uma função matemática
2x=24 utilizando a linguagem da teoria dos conjuntos.
X=12
Ele tem agora 12 anos, daqui a 5 anos: 17. Definição: Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f
uma relação de A em B.
09. Resposta: C. Essa relação f é uma função de A em B quando a cada
∆=(-28)²-4.8.12 elemento x do conjunto A está associado um e apenas um
∆=784-384 elemento y do conjunto B.
∆=400
Notação: f:A→B (lê-se função f de A em B)

Domínio, contradomínio, imagem


O domínio é constituído por todos os valores que po-
dem ser atribuídos à variável independente. Já a imagem
da função é formada por todos os valores correspondentes
da variável dependente.

O conjunto A é denominado domínio da função, indi-


cada por D. O domínio serve para definir em que conjunto
10. Resposta: C. estamos trabalhando, isto é, os valores possíveis para a
Atual:x variável x.
5(x+8)-5(x-3)=x
5x+40-5x+15=x O conjunto B é denominado contradomínio, CD.
X=55 Cada elemento x do domínio tem um correspondente
Soma: 5+5=10 y no contradomínio. A esse valor de y damos o nome de
imagem de x pela função f. O conjunto de todos os valores
Diagrama de Flechas de y que são imagens de valores de x forma o conjunto
imagem da função, que indicaremos por Im.

Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A→B.definida por f(x) = x + 5 que tam-
bém pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:

Gráfico Cartesiano

No nosso exemplo, o domínio é D = {1, 4, 7}, o contra-


domínio é = {1, 4, 6, 7, 8, 9, 12} e o conjunto imagem é Im
= {6, 9, 12}

Matemática 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Classificação das funções Função Crescente: a > 0


De uma maneira bem simples, podemos olhar no grá-
Injetora: Quando para ela elementos distintos do do- fico que os valores de y vão crescendo.
mínio apresentam imagens também distintas no contrado-
mínio.

Sobrejetora: Quando todos os elementos do contra-


domínio forem imagens de pelo menos um elemento do
domínio. Função Decrescente: a < 0
Nesse caso, os valores de y, caem.

Bijetora: Quando apresentar as características de fun-


ção injetora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou seja,
elementos distintos têm sempre imagens distintas e todos
os elementos do contradomínio são imagens de pelo me-
nos um elemento do domínio.
Raiz da função
Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor
em que a reta cruza o eixo x, para isso consideremos o
valor de y igual a zero, pois no momento em que a reta
intersecta o eixo x, y = 0. Observe a representação gráfica
a seguir:

Função 1 grau
A função do 1° grau relacionará os valores numéricos
obtidos de expressões algébricas do tipo (ax + b), consti-
tuindo, assim, a função f(x) = ax + b.

Estudo dos Sinais


Definimos função como relação entre duas grandezas
representadas por x e y. No caso de uma função do 1º Podemos estabelecer uma formação geral para o cál-
grau, sua lei de formação possui a seguinte característi- culo da raiz de uma função do 1º grau, basta criar uma
ca: y = ax + b ou f(x) = ax + b, onde os coeficientes a e generalização com base na própria lei de formação da fun-
b pertencem aos reais e diferem de zero. Esse modelo de ção, considerando y = 0 e isolando o valor de x (raiz da
função possui como representação gráfica a figura de uma função).
reta, portanto, as relações entre os valores do domínio e X=-b/a
da imagem crescem ou decrescem de acordo com o valor
do coeficiente a. Se o coeficiente possui sinal positivo, a Dependendo do caso, teremos que fazer um sistema
função é crescente, e caso ele tenha sinal negativo, a fun- com duas equações para acharmos o valor de a e b.
ção é decrescente.

Matemática 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Exemplo: Quando , a parábola y=ax²+bx+c é tangente ao


Dado que f(x)=ax+b e f(1)=3 e f(3)=5, ache a função. eixo x, no ponto
F(1)=1a+b Repare que, quando tivermos o discriminante , as
3=a+b duas raízes da equação ax²+bx+c=0 são iguais
F(3)=3a+b ∆<0
5=3a+b A função não tem raízes reais

Isolando a em I
a=3-b
Substituindo em II

3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4 Raízes
b=2

Portanto,
a=3-b
a=3-2=1

Assim, f(x)=x+2

Função Quadrática ou Função do 2º grau


Em geral, uma função quadrática ou polinomial do se-
gundo grau tem a seguinte forma: Vértices e Estudo do Sinal
f(x)=ax²+bx+c, onde a≠0 Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada
f(x)=a(x-x1)(x-x2) para cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a pa-
É essencial que apareça ax² para ser uma função qua- rábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de
drática e deve ser o maior termo. máximo V. 
Considerações Em qualquer caso, as coordenadas de V são
Concavidade
A concavidade da parábola é para cima se a>0 e para
baixo se a<0 .

Veja os gráficos:

Discriminante(∆)

∆=b²-4ac

∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois
pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da
equação ax²+bx+c=0

∆=0

Matemática 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Função decrescente
Se   temos uma função exponencial de-
crescente em todo o domínio da função.
Neste outro gráfico podemos observar que à medida
que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a
curva da função é decrescente.

Equação Exponencial
É toda equação cuja incógnita se apresenta no expoen-
te de uma ou mais potências de bases positivas e diferentes
de 1.

Exemplo
Resolva a equação no universo dos números reais.

A Constante de Euler
Solução É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em fun-
ção da definição da função exponencial, temos que:
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao ma-
temático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primei-
ros a estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 10 dígitos deci-
mais, é:
e = 2,7182818284
Função exponencial Se x é um número real, a função exponencial exp(.)
pode ser escrita como a potência de base e com expoente
A expressão matemática que define a função exponen- x, isto é: 
cial é uma potência. Nesta potência, a base é um número ex = exp(x)
real positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável.
Propriedades dos expoentes
Função crescente Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um
Se   temos uma função exponencial crescente, número racional, então:
qualquer que seja o valor real de x. - ax ay= ax + y
No gráfico da função ao lado podemos observar que à - ax / ay= ax - y
medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Grafica- - (ax) y= ax.y
mente vemos que a curva da função é crescente. - (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax  

Matemática 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Logaritmo Solução
Considerando-se dois números N e a reais e positivos,
com a ≠1, existe um número c tal que: Log 6=log 2⋅3=log2+log3=0,3010+0,4771=0,7781
A esse expoente c damos o nome de logaritmo de N
na base a

Ainda com base na definição podemos estabelecer


condições de existência: Função Logarítmica
Uma função dada por , em que
a constante a é positiva e diferente de 1, denomina-se fun-
ção logarítmica.
Exemplo

Consequências da Definição

QUESTÕES

01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)


Uma locadora de automóveis oferece dois planos de alu-
Propriedades guel de carros a seus clientes:

Plano A: diária a R$ 120,00, com quilometragem


livre.
Plano B: diária a R$ 90,00, mais R$ 0,40 por quilô-
metro rodado.

Alugando um automóvel, nesta locadora, quantos qui-


lômetros precisam ser rodados para que o valor do aluguel
pelo Plano A seja igual ao valor do aluguel pelo Plano B?
(A) 30.
(B) 36.
Mudança de Base (C) 48.
(D) 75.
(E) 84.

02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Um


Exemplo vendedor recebe um salário mensal composto de um valor
Dados log 2=0,3010 e log 3=0,4771, calcule: fixo de R$ 1.300,00 e de uma parte variável. A parte vari-
a)log 6 ável corresponde a uma comissão de 6% do valor total de
b) log1,5 vendas que ele fez durante o mês. O salário mensal desse
c) log 16 vendedor pode ser descrito por uma expressão algébrica
f(x), em função do valor total de vendas mensal, represen-
tado por x.
A expressão algébrica f(x) que pode representar o salá-
rio mensal desse vendedor é

Matemática 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

(A) f(x) = 0,06x + 1.300.


(B) f(x) = 0,6x + 1.300.
(C) f(x) = 0,78x + 1.300.
(D) f(x) = 6x + 1.300.
(E) f(x) = 7,8x + 1.300.

03. (CONSANPA – Técnico Industrial – FA-


DESP/2017) Um reservatório em formato de cilindro é
abastecido por uma fonte a vazão constante e tem a altura
de sua coluna d’água (em metros), em função do tempo
(em dias), descrita pelo seguinte gráfico:

Os valores de x, soluções da equação f(x)=g(x), são


(A) -0,5 e 2,5.
(B) -0,5 e 3.
(C) -1 e 2.
(D) -1 e 2,5.
(E) -1 e 3.

06. (EMBASA – Agente Administrativo – IBFC/2017)


Sabendo que a altura do reservatório mede 12 metros, A soma das coordenadas do vértice da parábola da função
o número de dias necessários para que a fonte encha o f(x) = – x² + 8x – 12 é igual a:
reservatório inicialmente vazio é (A) 4
(A) 18 (B) 6
(B) 12 (C) 8
(C) 8 (D) 10
(D) 6
07. (EMBASA – Assistente de Laboratório –
04. (TRT – 14ªREGIÃO -Técnico Judiciário –
FCC/2016) Carlos presta serviço de assistência técnica IBFC/2017) Substituindo o valor da raiz da função
de computadores em empresas. Ele cobra R$ 12,00 para ir
até o local, mais R$ 25,00 por hora de trabalho até resolver
o problema (também são cobradas as frações de horas , na função g(x) = x2 - 4x + 5, encon-
trabalhadas). Em um desses serviços, Carlos resolveu o tramos como resultado:
problema e cobrou do cliente R$ 168,25, o que permite (A) 12
concluir que ele trabalhou nesse serviço (B) 15
(A) 5 horas e 45 minutos. (C) 16
(B) 6 horas e 15 minutos. (D) 17
(C) 6 horas e 25 minutos.
(D) 5 horas e 25 minutos. 08. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra-
(E) 5 horas e 15 minutos. balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Quantos valores re-
ais de x fazem com que a expressão
05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No assuma valor numérico igual a 1?
sistema de coordenadas cartesianas da figura abaixo, en- (A) 2
contram-se representados o gráfico da função de segundo (B) 3
grau f, definida por f(x), e o gráfico da função de primeiro (C) 4
grau g, definida por g(x). (D) 5
(E) 6

Matemática 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico 11. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Téc-
que melhor representa a função y = 2x , para o domínio nico I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Consi-
em R+ é: derando que log105 = 0,7, assinale a alternativa que apre-
senta o valor de log5100.
(A) 0,35.
(A) (B) 0,50.
(C) 2,85.
(D) 7,00.
(E) 70,00.

RESPOSTAS

01. Resposta: D.
(B)
90+0,4x=120
0,4x=30
X=75km

02. Resposta: A.

6%=0,06
(C) Como valor total é x, então 0,06x
E mais a parte fixa de 1300
0,06x+1300

03. Resposta: A.

2x=36
(D) X=18

04.Resposta: B.
F(x)=12+25x
X=hora de trabalho

168,25=12+25x
25x=156,25
(E) X=6,25 horas
1hora---60 minutos
0,25-----x
X=15 minutos

Então ele trabalhou 6 horas e 15 minutos

05. Resposta: E.
Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
(x-2)(x+2)=x²-4
10. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3)
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Qual o maior valor de Y=ax+b
k na equação log(kx) = 2log(x+3) para que ela tenha exa- -1=b
tamente uma raiz? 3=2a-1
(A) 0 2a=4
(B) 3 A=2
(C) 6 Y=2x-1
(D) 9
(E) 12 Igualando a função do primeiro grau e a função do se-
gundo grau:
X²-4=2x-1

Matemática 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

X²-2x-3=0
∆=4+12=16

A base for -1 desde que o expoente seja par:


X²-5x+5=-1
X²-5x+6=0

∆=25-24=1
06. Resposta:C.

Vamos substituir esses dois valores no expoente


X=2:
A soma das coordenadas é igual a 8 X²+4x-60
2²+8-60==48
07. Resposta: D. X=3
3²+12-60=-39
Portanto, serão 5 valores.

09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do
zero, é é uma curva.

10. Resposta: E.
Kx=(x+3)²
Kx=x²+6x+9
-2x=-12 X²+(6-k)x+9=0
X=6 Para ter uma raiz, ∆=0
Substituindo em g(x) ∆=b²-4ac
G(6)=6²-4(6)+5=36-24+5=17 , ∆=(6-k)²-36=0
36-12k+k²-36=0
08. Resposta: D. k²-12k=0
Para assumir valor 1, o expoente deve ser igual a zero. k=0 ou k=12
X²+4x-60=0
∆=4²-4.1.(-60) 11. Resposta:C.
∆=16+240
∆=256

A base pode ser igual a 1:


X²-5x+5=1
X²-5x+4=0
∆=25-16=9

Matemática 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

6 UNIDADES DE MEDIDA (DE COMPRIMENTO, VOLUME, CAPACIDADE, TEMPO, MASSA, TEMPERATU-


RA E ÁREA) E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ENVOLVENDO GRANDEZAS
(COMPRIMENTO, VOLUME, CAPACIDADE, TEMPO, MASSA, TEMPERATURA E ÁREA).

Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km

Exemplos de Transformação

1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por
10.

Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).

Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada. 

Unidades de Área
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Exemplos de Transformação

1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide
por 100.

Volume

Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume.
Podemos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão
possuir volume e capacidade.

Matemática 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Unidades de Volume
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos. 
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Massa

Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg

Tempo

A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).


É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos

Transformação de unidades

Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s

Adição de tempo

Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demo-
rou 30 minutos para chegar em casa. Que horas ela chegou?

Matemática 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

1h 20 minutos, transformamos para minutos


:60+20=80minutos

QUESTÕES

01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previden-


ciários- VUNESP/2017) Uma gráfica precisa imprimir um
Não podemos ter 66 minutos, então temos que trans- lote de 100000 folhetos e, para isso, utiliza a máquina A,
ferir para as horas, sempre que passamos de um para o que imprime 5000 folhetos em 40 minutos. Após 3 horas
outro tem que ser na mesma unidade, temos que passar 1 e 20 minutos de funcionamento, a máquina A quebra e o
hora=60 minutos serviço restante passa a ser feito pela máquina B, que im-
Então fica: 16h 6 minutos 25segundos prime 4500 folhetos em 48 minutos. O tempo que a máqui-
na B levará para imprimir o restante do lote de folhetos é
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a opera- (A) 14 horas e 10 minutos.
ção inversa. (B) 14 horas e 05 minutos.
(C) 13 horas e 45 minutos.
Subtração (D) 13 horas e 30 minutos.
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa (E) 13 horas e 20 minutos.
as 16h 6 minutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35
minutos. Quanto tempo ficou fora? 02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
NESP/2017) Renata foi realizar exames médicos em uma
clínica. Ela saiu de sua casa às 14h 45 min e voltou às 17h
15 min. Se ela ficou durante uma hora e meia na clínica,
então o tempo gasto no trânsito, no trajeto de ida e volta,
foi igual a
(A) 1/2h.
(B) 3/4h.
Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da (C) 1h.
mesma forma que conta de subtração. (D) 1h 15min.
1hora=60 minutos (E) 1 1/2h.

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) Uma indústria produz regularmente 4500 li-
tros de suco por dia. Sabe-se que a terça parte da produ-
ção diária é distribuída em caixinhas P, que recebem 300
mililitros de suco cada uma. Nessas condições, é correto
Multiplicação
afirmar que a cada cinco dias a indústria utiliza uma quan-
tidade de caixinhas P igual a
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas
(A) 25000.
demorou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo?
(B) 24500.
(C) 23000.
(D) 22000.
(E) 20500.

04. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV-


GO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400 li-
tros de uma substância líquida em recipientes de 72 cm3
Divisão cada um. Sabe-se que cada recipiente, depois de cheio,
tem 80 gramas. A quantidade de toneladas que representa
5h 20 minutos :2 todos os recipientes cheios com essa substância é de
(A) 16
(B) 160
(C) 1600
(D) 16000

05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-


GO/2017) João estuda à noite e sua aula começa às
18h40min. Cada aula tem duração de 45 minutos, e o in-

Matemática 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

tervalo dura 15 minutos. Sabendo-se que nessa escola há 10. (DPE/RR – Auxiliar Administrativo – FCC/2015)
5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afirmar que o Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45
término das aulas de João se dá às: m. Ele precisava de pedaços, dessas cordas, que medis-
(A) 22h30min sem 40 cm de comprimento cada um. Ele cortou as duas
(B) 22h40min cordas em pedaços de 40 cm de comprimento e assim
(C) 22h50min conseguiu obter
(D) 23h (A) 6 pedaços.
(E) Nenhuma das anteriores (B) 8 pedaços.
(C) 9 pedaços.
06. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- (D) 5 pedaços.
FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km (E) 7 pedaços.
em 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em
1h20min. RESPOSTAS
Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado
com a época em que era jovem, Arquimedes precisa de 01. Resposta: E.
mais: 3h 20 minutos-200 minutos
(A) 10 minutos;
(B) 7 minutos; 5000-----40
(C) 5 minutos; x----------200
(D) 3 minutos; x=1000000/40=25000
(E) 2 minutos.
Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda
07. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- 75000
FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho em um horá- 4500-------48
rio de trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem 75000------x
trânsito intenso, Lucas foi de carro para o trabalho a uma X=3600000/4500=800 minutos
velocidade média 20km/h maior do que no dia de trânsito 800/60=13,33h
intenso e gastou 48min. 13 horas e 1/3 hora
13h e 20 minutos
A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é:
(A) 36;
(B) 40;
(C) 48;
(D) 50;
(E) 60.

08. (EMDEC - Assistente Administrativo Jr – 02. Resposta: C.


IBFC/2016) Carlos almoçou em certo dia no horário das Como ela ficou 1hora e meia na clínica o trajeto de ida
12:45 às 13:12. O total de segundos que representa o tem- e volta demorou 1 hora.
po que Carlos almoçou nesse dia é:
(A) 1840 03. Resposta:A.
(B) 1620 4500/3=1500 litros para as caixinhas
(C) 1780 1500litros=1500000ml
(D) 2120 1500000/300=5000 caixinhas por dia
5000.5=25000 caixinhas em 5 dias
09. (ANP – Técnico Administrativo – CESGRAN-
RIO/2016) Um caminhão-tanque chega a um posto de 04. Resposta:A.
abastecimento com 36.000 litros de gasolina em seu re- 14400litros=14400000 ml
servatório. Parte dessa gasolina é transferida para dois
tanques de armazenamento, enchendo-os completamen-
te. Um desses tanques tem 12,5 m3, e o outro, 15,3 m3, e
estavam, inicialmente, vazios.
Após a transferência, quantos litros de gasolina resta- 200000⋅80=16000000 gramas=16 toneladas
ram no caminhão-tanque?
(A) 35.722,00 05. Resposta: B.
(B) 8.200,00 5⋅45=225 minutos de aula
(C) 3.577,20 225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos
(D) 357,72 de intervalo=4horas
(E) 332,20 18:40+4h=22h:40

Matemática 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

06. Resposta: D.
1h45min=60+45=105 minutos 7 PROBLEMAS ENVOLVENDO O CÁLCULO DE
ÁREA E PERÍMETRO DE FIGURAS PLANAS E
15km-------105 VOLUME. 8 LEITURA DE MAPAS E PLANTAS
1--------------x BAIXAS. 9 LOCALIZAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO
X=7 minutos UTILIZANDO MAPAS E PLANTAS BAIXAS.

1h20min=60+20=80min Ângulos
8km----80 Denominamos ângulo a região do plano limitada por
1-------x duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem
X=10minutos o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do
ângulo.
A diferença é de 3 minutos

07. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversa-
mente)

80v=48V+960
32V=960 Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do
V=30km/h que 90º.
30km----60 min
x-----------80

60x=2400
X=40km

08 Resposta: B.
12:45 até 13:12 são 27 minutos
27x60=1620 segundos
Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do
09. Resposta: B. que 90º.
1m³=1000litros
36000/1000=36 m³
36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros
10.Resposta: E.
1,7m=170cm
1,45m=145 cm
170/40=4 resta 10
145/40=3 resta 25
4+3=7
Ângulo Raso:

- É o ângulo cuja medida é 180º;


- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Matemática 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Altura de um triângulo é o segmento que liga um vér-


tice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é perpen-
dicular a esse lado.

Na figura, é uma altura do .

Ângulo Reto: Um triângulo tem três alturas.

- É o ângulo cuja medida é 90º;


- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendi-
culares.

Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpen-


dicular a esse segmento pelo seu ponto médio.

Na figura, a reta m é a mediatriz de .

Triângulo

Elementos

Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que
liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.

Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do tri-


ângulo que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Um triângulo tem três mediatrizes.
A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo in-
tercepta o lado oposto

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da


bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vértice a
um ponto do lado oposto.
Na figura, é uma bissetriz interna do .
Um triângulo tem três bissetrizes internas.

Matemática 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Classificação Triângulo retângulo:tem um ângulo reto

Quanto aos lados

Triângulo escaleno: três lados desiguais.

Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso

Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.

Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângu-


los
Num triângulo o comprimento de qualquer lado é me-
nor que a soma dos outros dois. Em qualquer triângulo, ao
Triângulo equilátero: três lados iguais. maior ângulo opõe-se o maior lado, e vice-versa.

QUADRILÁTEROS
Quadrilátero é todo polígono com as seguintes pro-
priedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º
Quanto aos ângulos
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.
Triângulo acutângulo:tem os três ângulos agudos

- é paralelo a
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Matemática 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

- Observações: Número de Diagonais

- No retângulo e no quadrado as diagonais são con-


gruentes (iguais)
- No losango e no quadrado as diagonais são perpen-
diculares entre si (formam ângulo de 90°) e são bissetrizes
dos ângulos internos (dividem os ângulos ao meio).

Áreas

1- Trapézio: , onde B é a medida da base


maior, b é a medida da base menor e h é medida da altura.
2 - Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da base
e h é a medida da altura.
3 - Retângulo: A = b.h
Ângulos Internos
4 - Losango: , onde D é a medida da diagonal A soma das medidas dos ângulos internos de um po-
maior e d é a medida da diagonal menor. lígono convexo de n lados é (n-2).180
5 - Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado. Unindo um dos vértices aos outros n-3, conveniente-
mente escolhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das
Polígono medidas dos ângulos internos do polígono é igual à soma
Chama-se polígono a união de segmentos que são das medidas dos ângulos internos dos n-2 triângulos.
chamados lados do polígono, enquanto os pontos são cha-
mados vértices do polígono.

Ângulos Externos

Diagonal de um polígono é um segmento cujas extre-


midades são vértices não-consecutivos desse polígono.

A soma dos ângulos externos=360°

Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais,
então a razão de dois segmentos quaisquer de uma trans-
versal é igual à razão dos segmentos correspondentes da
outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:

Matemática 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Exemplo

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo

Considerando o triângulo retângulo ABC.

Semelhança de Triângulos
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os
seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as mes-
mas medidas, e os lados correspondentes forem propor-
cionais.

Casos de Semelhança
1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de
vértices correspondentes, então esses triângulos são con-
gruentes.

Temos:

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.

3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes
proporcionais, então esses dois triângulos são semelhan-
tes.

Matemática 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Fórmulas Trigonométricas 1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da hi-


potenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.
Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cos-
seno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.

2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipote-


nusa pela altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das proje-


ções dos catetos sobre a hipotenusa.

Neste triângulo, temos que: c²=a²+b² 4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos qua-
Dividindo os membros por c² drados dos catetos (Teorema de Pitágoras).

Posições Relativas de Duas Retas


Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo
plano. Nesse caso são chamadas retas coplanares. Po-
dem também não estar no mesmo plano. Nesse caso, são
Como denominadas retas reversas.

Retas Coplanares

a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado


triangulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos
são:

-Duas retas concorrentes podem ser:

1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.


2. Oblíquas:r e s não são perpendiculares.

a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes
entre os diversos segmentos desse triângulo. Assim:

Matemática 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são (D) 5 e 6.


coincidentes. (E) 6 e 10.

03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na


figura abaixo, encontra-se representada uma cinta esticada
passando em torno de três discos de mesmo diâmetro e
tangentes entre si.

Considerando que o diâmetro de cada disco é 8, o com-


QUESTÕES primento da cinta acima representada é
(A) 8/3 π + 8 .
01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previden- (B) 8/3 π + 24.
ciários- VUNESP/2017) Um terreno retangular ABCD, com (C) 8π + 8 .
40 m de largura por 60 m de comprimento, foi dividido em (D) 8π + 24.
três lotes, conforme mostra a figura. (E) 16π + 24.

04. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na


figura abaixo, ABCD é um quadrado de lado 10; E, F, G e H
são pontos médios dos lados do quadrado ABCD e são os
centros de quatro círculos tangentes entre si.

Sabendo-se que EF = 36 m e que a área do lote 1 é


864 m², o perímetro do lote 2 é

(A) 100 m.
(B) 108 m. A área da região sombreada, da figura acima apresen-
(C) 112 m. tada, é
(D) 116 m. (A) 100 - 5π .
(E) 120 m. (B) 100 - 10π .
(C) 100 - 15π .
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) (D) 100 - 20π .
Considere um triângulo retângulo de catetos medindo 3m (E) 100 - 25π .
e 5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante ao pri-
meiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá como 05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No
medidas dos catetos, em metros: cubo de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se represen-
(A) 3 e 10. tado um plano passando pelos vértices B e C e pelos pon-
(B) 3√2 e 5√2 . tos P e Q, pontos médios, respectivamente, das arestas EF
(C) 3√2 e 10√2 . e HG, gerando o quadrilátero BCQP.

Matemática 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

(A) 80 e 64.
(B) 80 e 62.
(C) 62 e 80.
(D) 60 e 80.
(E) 60 e 78.

08. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) O piso de um salão retangular, de 6 m de com-
primento, foi totalmente coberto por 108 placas quadradas
de porcelanato, todas inteiras. Sabe-se que quatro placas
desse porcelanato cobrem exatamente 1 m2 de piso. Nes-
A área do quadrilátero BCQP, da figura acima, é sas condições, é correto afirmar que o perímetro desse piso
é, em metros, igual a
(A) 25√5. (A) 20.
(B) 50√2. (B) 21.
(C) 50√5. (C) 24.
(D) 100√2 . (D) 27.
(E) 100√5. (E) 30.
06. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - 09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
MSCONCURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a se- sor – FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular
guir, de vértices A, B e C, representa uma praça de uma resolveu cercá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de ma-
cidade. Qual é a área dessa praça? deira. Colocou uma estaca em cada um dos quatro cantos
do terreno e as demais igualmente espaçadas, de 3 em 3
metros, ao longo dos quatro lados do terreno.
O número de estacas em cada um dos lados maiores
do terreno, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do nú-
mero de estacas em cada um dos lados menores, também
incluindo os dois dos cantos.
A área do terreno em metros quadrados é:
(A) 240;
(A) 120 m² (B) 256;
(B) 90 m² (C) 324;
(C) 60 m² (D) 330;
(D) 30 m² (E) 372.

07. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU- 10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VU-
NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em cen- NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão indi-
tímetros, mostra um painel informativo ABCD, de formato cadas em metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas com
retangular, no qual se destaca a região retangular R, onde formato de triângulos retângulos, situadas em uma praça
x > y. e destinadas a atividades de recreação infantil para faixas
etárias distintas.

Se a área de R1 é 54 m², então o perímetro de R2 é,


em metros, igual a
Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados (A) 54.
correspondentes do retângulo ABCD e da região R é igual (B) 48.
a 5/2 , é correto afirmar que as medidas, em centímetros, (C) 36.
dos lados da região R, indicadas por x e y na figura, são, (D) 40.
respectivamente, (E) 42.

Matemática 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

11. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária – Como I é um triângulo:


MSCONCURSOS/2017) 60-36=24
X²=24²+18²
X²=576+324
Seja a expressão definida em X²=900
0< x < π/2 . Ao simplificá-la, obteremos: X=30
Como h=18 e AD é 40, EG=22
(A) 1
(B) sen²x Perímetro lote 2: 40+22+24+30=116
(C) cos²x
(D) 0 02. Resposta: B.

12. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária –


MSCONCURSOS/2017) Fábio precisa comprar arame para
cercar um terreno no formato a seguir, retângulo em B e C.
Considerando que ele dará duas voltas com o arame no ter-
reno e que não terá perdas, quantos metros ele irá gastar?
(considere √3 =1,7; sen30º=0,5; cos30º=0,85; tg30º=0,57).

Lado=3√2
(A) 64,2 m Outro lado =5√2
(B) 46,2 m
(C) 92,4 m 03. Resposta: D.
(D) 128,4 m
Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente a
mesma medida da parte reta da cinta.
Respostas Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado
esticado tem 8x3=24 m
01. Resposta: D. A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo,
como são três partes, é a mesma medida de um círculo.
O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π
Portanto, a cinta tem 8π+24

04. Resposta: E.

Como o quadrado tem lado 10,a área é 100.

96h=1728 O ladao AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o


H=18 ponto Médio
X²=5²+5²

Matemática 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

X²=25+25 09. Resposta: C.


X²=50 Número de estacas: x
X=5√2 X+x+2x+2x-4=26 obs: -4 é porque estamos contando
X é o diâmetro do círculo, como temos 4 semi círculos, duas vezes o canto
temos 2 círculos inteiros. 6x=30
X=5
A área de um círculo é Temos 5 estacas no lado menor, como são espaçadas
a cada 3m
4 espaços de 3m=12m
Lado maior 10 estacas
9 espaços de 3 metros=27m
A=12⋅27=324 m²

A sombreada=100-25π 10. Resposta: B.

05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25
CQ²=125
CQ=5√5 9x=108
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC X=12
A=5√5 ⋅ 10=50√5
Para encontrar o perímetro do triângulo R2:
06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.

17²=x²+8²
289=x²+64
X²=225
X=15

07. Resposta: A.

5y=320 Y²=16²+12²
Y=64 Y²=256+144=400
Y=20

Perímetro: 16+12+20=48
5x=400
X=80 11. Resposta: C.

08. Resposta: B. 1-cos²x=sen²x


108/4=27m²
6x=27
X=27/6

O perímetro seria 12. Resposta: D.

Matemática 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

X=6

- Área do quadrado MNPQ = área do quadrado RSVT +


Y=10,2
(área do triângulo RNS) . 4
2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m
- Área do quadrado DEFG = área do quadrado IELJ +
TEOREMA DE PITÁGORAS
área do quadrado GHJK + (área do retângulo DIJH).2
Em todo triângulo retângulo, o quadrado da medida da
- Área do quadrado RSVT = a2
hipotenusa é igual à soma dos quadrados da medida dos
catetos. b.c
- Área do triângulo RNS =
2
- Área do quadrado IELJ = c2

- Área do quadrado GHJK = b2

- Área do retângulo DIJK = b.c

Como os quadrados MNPQ e DEFG têm áreas iguais,


podemos escrever:
Demonstrando o teorema de Pitágoras

Existem inúmeras maneiras de demonstrar o teorema  bc  2 2 2


de Pitágoras. Veremos uma delas, baseada no cálculo de
a 2+  .4 =c +b + (bc) . 2
 2/ 
áreas de figuras geométricas planas.
Consideremos o triângulo retângulo da figura.
a2 + 2bc = c2 + b2 + 2bc

Cancelando 2bc, temos:

a2=b2+c2

A demonstração algébrica do teorema de Pitágoras


será feita mais adiante.

Pense & Descubra


a = medida da hipotenusa
b = medida de um cateto
Um terreno tem a forma de um triângulo retângulo e tem
c = medida do outro cateto
rente para três ruas: Rua 1, Rua 2 e Rua 3, conforme nos
mostra a figura. Calcule, em metros, o comprimento a da
Observe, agora, os quadrados MNPQ e DEFG, que
frente do terreno voltada para a rua 1.
têm a mesma área, pois o lado de cada quadrado mede
(b+c).

Matemática 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

De acordo com os dados do problema, temos b = 96 m e c = 180 m.

Aplicando o teorema de Pitágoras:

a2 = b2 + c2 a2 = 41616

a2 = (96)2 + (180)2 a= 41616

a2 = 9216 + 32400 a = 204

Então, a frente do terreno para a rua 1 tem 204 m de comprimento.

Teorema de Pitágoras no quadrado

Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabelecer uma relação importante entre a medida d da diagonal e a
medida l do lado de um quadrado.

d= medida da diagonal
l= medida do lado

Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retângulo ABC, temos:

d2=l2+l2 d= 2l 2

d2=2 l2 d=l 2

Teorema de Pitágoras no triângulo equilátero

Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabelecer uma relação importante entre a medida h da altura e a me-
dida l do lado de um triângulo equilátero.

Matemática 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

l= medida do lado
h= medida da altura

No triângulo equilátero, a altura e a mediana coincidem. Logo, H é ponto médio do lado BC .


^
No triângulo retângulo AHC, H é ângulo reto. De acordo com o teorema de Pitágoras, podemos escrever:

Exercícios resolvidos

1. O valor de x, em cm, no triângulo retângulo abaixo é:

a) 10
b) 11
c) 12
d) 13
e) 14

2. Uma empresa de iluminação necessita esticar um cabo de energia provisório do topo de um edifício, cujo formato é
um retângulo, a um determinado ponto do solo distante a 6 m, como ilustra a figura a seguir. O comprimento desse cabo
de energia, em metros, será de:
a) 28
b) 14
c) 12
d) 10
e) 8

Matemática 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

3. (Fuvest) Um trapézio retângulo tem bases medindo 5 6. O valor do segmento desconhecido x no triângulo
e 2 e altura 4. O perímetro desse trapézio é: retângulo a seguir, é:
a) 17
b) 16
c) 15
d) 14
e) 13

4. (UERJ) Millôr Fernandes, em uma bela homenagem


à Matemática, escreveu um poema do qual extraímos o
fragmento abaixo:

Às folhas tantas de um livro de Matemática, um a) 15


Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma b) 14
incógnita. c) 12
d) 10
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do ápice à e) 6]
base: uma figura ímpar; olhos romboides, boca trapezoide, Resoluções
corpo retangular, seios esferoides.
Fez da sua uma vida paralela à dela, até que se encon- 1) Alternativa d
traram no infinito. Solução: x é hipotenusa, 12 e 5 são os catetos, então:
“Quem és tu” – indagou ele em ânsia radical. x2 = 122 + 52
“Sou a soma dos quadrados dos catetos. x2 = 144 + 25
Mas pode me chamar de Hipotenusa.” x2 = 169
(Millôr Fernandes – Trinta Anos de Mim x=
Mesmo) x = 13 cm

A Incógnita se enganou ao dizer quem era. Para aten- 2) Alternativa d


der ao Teorema de Pitágoras, deveria dar a seguinte res- Solução: como podemos observar na figura, temos um
posta: triângulo retângulo cujos catetos medem 8 m e 6 m, cha-
a) “Sou a soma dos catetos. Mas pode me chamar de mando o cabo de energia de x, pelo Teorema de Pitágoras:
Hipotenusa.”
b) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me x2 = 62 + 82
chamar de Hipotenusa.” x2 = 36 + 64
c) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me x2 = 100
chamar de quadrado da Hipotenusa.” x=
d) “Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode x = 10 m
me chamar de quadrado da Hipotenusa.”
3) Alterntiva b
5. (Fatec) O valor do raio da circunferência da figura é: Solução: temos que fazer uma figura, um trapézio re-
tângulo é aquele que tem dois ângulos de 90°.

a) 7,5
b) 14,4
c) 12,5
d) 9,5
e) 10,0

Matemática 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Perímetro é a soma dos quatro lados. Como podemos


observar na figura acima, temos um triângulo retângulo 10 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TABELAS
cujos catetos medem 3 e 4 e x é a hipotenusa: E GRÁFICOS.
x2 = 32 + 44
x2 = 9 + 16 Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre
x2 = 25 dois dados relacionados entre si.
x= A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre
x= 5 vão depender do contexto, mas de uma maneira geral um
bom gráfico deve:
Perímetro = 5 + 4 + 2 + 5 = 16 -Mostrar a informação de modo tão acurado quanto
possível.
4) Alternativa d -Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar claro
Solução: de acordo com o Teorema de Pitágoras: “O o contexto, o conteúdo e a mensagem.
quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos -Complementar ou melhorar a visualização sobre as-
catetos.” pectos descritos ou mostrados numericamente através de
tabelas.
5) Alternativa c -Utilizar escalas adequadas.
Solução: na figura dada podemos observar dois triân- -Mostrar claramente as tendências existentes nos dados.
gulos retângulos iguais e com lados medindo: Tipos de gráficos

Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.


Sendo r a hipotenusa, 10 e r – 5 são catetos:
r2 = 102 + (r – 5)2 Barra vertical
r2 = 100 + r2 – 2.5.r + 52
r2 = 100 + r2 – 10r + 25
r2 – r2 + 10r = 125 Fonte: tecnologia.umcomo.com.br
10r = 125
r = 125 : 10 Barra horizontal
r = 12,5

6) Alternativa a
Solução: aplicação direta do Teorema de Pitágoras:
x2 = 122 + 92
x2 = 144 + 81
x2 = 225
x=
x = 15

Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br

Matemática 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Histogramas

São gráfico de barra que mostram a frequência de


uma variável específica e um detalhe importante que são
faixas de valores em x.

Pictogramas – são imagens ilustrativas para tornar


mais fácil a compreensão de todos sobre um tema.

Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visua-
queremos demonstrar cada parte, separando cada pedaço lização de dados e muitas vezes é através dela que vamos
como numa pizza. fazer os tipos de gráficos vistos anteriormente.

Podem ser tabelas simples:

Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua


casa?

aparelho quan�dade
televisão 3
celular 4
Geladeira 1

Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio


lógico

Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br

Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito co-


mum na representação de tendências e relacionamentos
de variáveis

Matemática 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

QUESTÕES 03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário -VU-


NESP/2017) O gráfico mostra o número de carros vendi-
01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na dos por uma concessionária nos cinco dias subsequentes
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, à veiculação de um anúncio promocional.
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti-
ca (IBGE), foram obtidos os dados da taxa de desocupa-
ção da população em idade para trabalhar. Esses dados,
em porcentagem, encontram-se indicados na apresenta-
ção gráfica abaixo, ao longo de trimestres de 2014 a 2017.

O número médio de carros vendidos por dia nesse pe-


ríodo foi igual a
(A) 10.
Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresen- (B) 9.
ta a melhor aproximação para o aumento percentual da (C) 8.
taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2017 em (D) 7.
relação à taxa de desocupação do primeiro trimestre de (E) 6.
2014.
04. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017)
(A) 15%. Uma professora elaborou um gráfico de setores para re-
(B) 25%. presentar a distribuição, em porcentagem, dos cinco con-
(C) 50%. ceitos nos quais foram agrupadas as notas obtidas pelos
(D) 75%. alunos de uma determinada classe em uma prova de ma-
(E) 90%. temática. Observe que, nesse gráfico, as porcentagens
referentes a cada conceito foram substituídas por x ou por
02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário -VU- múltiplos e submúltiplos de x.
NESP/2017) A tabela seguinte, incompleta, mostra a distri-
buição, percentual e quantitativa, da frota de uma empresa
de ônibus urbanos, de acordo com o tempo de uso destes.

Tempo de uso Quantidade de ônibus % do total


Até 5 anos ----- 35%
6 a 10 anos 81 -----
11 a 15 anos 27 -----
Mais de 15 anos ----- 5%

O número total de ônibus dessa empresa é


Analisando o gráfico, é correto afirmar que a medida
(A) 270. do ângulo interno correspondente ao setor circular que re-
(B) 250. presenta o conceito BOM é igual a
(C) 220
(D) 180. (A) 144º.
(E) 120. (B) 135º.
(C) 126º
(D) 117º
(E) 108º.

Matemática 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

05. (TCE/PR – Conhecimentos Básicos – CES- 06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA-
PE/2016) TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a nomen-
clatura dos três gráficos abaixo, respectivamente.

Tendo como referência o gráfico precedente, que mos-


tra os valores, em bilhões de reais, relativos à arrecadação
de receitas e aos gastos com despesas do estado do Pa-
raná nos doze meses do ano de 2015, assinale a opção
correta.
(A) No ano considerado, o segundo trimestre caracte-
rizou-se por uma queda contínua na arrecadação de recei-
tas, situação que se repetiu no trimestre seguinte.
(B) No primeiro quadrimestre de 2015, houve um pe-
ríodo de queda simultânea dos gastos com despesas e
da arrecadação de receitas e dois períodos de aumento
simultâneo de gastos e de arrecadação.
(C) No último bimestre do ano de 2015, foram regis-
trados tanto o maior gasto com despesas quanto a maior
arrecadação de receitas.
(D) No ano em questão, janeiro e dezembro foram os
únicos meses em que a arrecadação de receitas foi ultra-
passada por gastos com despesas.
(E) A menor arrecadação mensal de receitas e o me-
nor gasto mensal com despesas foram verificados, respec-
tivamente, no primeiro e no segundo semestre do ano de
2015.

(A) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico


de Linha.
(B) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de
Tendência.
(C) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico
de Linha.
(D) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de
Barras.
(E) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Grá-
fico de Linha.

Matemática 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

07. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) A


distribuição de salários de uma empresa com 30 funcioná-
rios é dada na tabela seguinte.

Salário (em salários mínimos) Funcionários


(C)
1,8 10
2,5 8
3,0 5
5,0 4
8,0 2 (D)
15,0 1

Pode-se concluir que


(A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
(B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3
salários.
(C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salá-
rios. (E)
(D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da ren-
da total. 09. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES-
(E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da PE/2015)
renda total.

08. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015)


Considere a tabela de distribuição de frequência seguinte,
em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta
dos dados.

xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40

Assinale a alternativa em que o histograma é o que Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário


melhor representa a distribuição de frequência da tabela. Nacional — Sistema Integrado de Informações Penitenci-
árias – InfoPen, Relatório Estatístico Sintético do Sistema
Prisional Brasileiro, dez./2013 Internet:<www.justica.gov.
br>(com adaptações)

A tabela mostrada apresenta a quantidade de deten-


tos no sistema penitenciário brasileiro por região em 2013.
(A) Nesse ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela
razão entre o déficit de vagas no sistema penitenciário e
a quantidade de detentos no sistema penitenciário — re-
gistrado em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na média
nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil habitantes.
Com base nessas informações e na tabela apresenta-
(B) da, julgue o item a seguir.
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no
Brasil se encontrava na região Sudeste.
( )CERTO ( ) ERRADO

Matemática 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

10. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES- 03. Resposta: C.


PE/2015)

04. Resposta: A.
X+0,5x+4x+3x+1,5x=360
10x=360
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°

05. Resposta: B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que
os dois primeiros meses de receita diminuem e os dois
meses seguintes aumentam, o mesmo acontece com a
despesa.

A partir das informações e do gráfico apresentados,


julgue o item que se segue.
Se os percentuais forem representados por barras ver-
ticais, conforme o gráfico a seguir, então o resultado será
denominado histograma.

06. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores
ou pizza e de linha

07. Resposta: D.
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104
salários
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
( ) Certo( ) Errado (D) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6
RESPOSTAS 5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
(E) 60% de 30=0,6x30=18
01. Resposta: E. 30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20
13,7/7,2=1,90
Houve um aumento de 90%. 08. Resposta: A.
Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50,
02. Resposta: D 40-45, 35-40,
81+27=108
108 ônibus somam 60%(100-35-5) 09. Resposta: CERTA.
108-----60 555----100%
x--------100 x----55%
x=10800/60=180 x=305,25
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas.

Matemática 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

10. Resposta: ERRADO. ______________________________________________


Como foi visto na teoria, há uma faixa de valores no
eixo x e não simplesmente um dado. ______________________________________________
Referências
http://www.galileu.esalq.usp.br ______________________________________________

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Matemática 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


CONHECIMENTOS TÉCNICOS
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

O IBGE oferece um panorama objetivo e atual do país,


1 CONHECIMENTOS TÉCNICOS APLICADOS com a produção e a disseminação de informações de na-
NO CENSO DEMOGRÁFICO 2020 (DOCU- tureza estatística, geográfica e ambiental. Essa missão se
MENTO “ESTUDO DOS CONHECIMENTOS concretiza quando o IBGE:
TÉCNICOS” DISPONÍVEL NO ENDEREÇO ELE- • identifica, mapeia e analisa o território;
TRÔNICO HTTP://WWW.CEBRASPE.ORG.BR/ • realiza a contagem da população;
CONCURSOS/IBGE_20_AGENTE, PARA DOWN- • informa como a população vive;
LOAD). • apresenta a evolução da economia a partir de esta-
tísticas do trabalho e da produção.
APRESENTAÇÃO Tais informações, relevantes e confiáveis, são essen-
ciais para a consolidação de uma sociedade democrática
Quem somos? Como somos? Onde vivemos? e para o planejamento de políticas públicas.
Responder a essas perguntas é fundamental para o
Brasil conhecer as características de sua população. Um O CENSO
país sem conhecimento fica à deriva. Por isso, o Instituto CENSO DEMOGRÁFICO 2020
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE realiza o Cen-
so Demográfico a cada década. O Censo é a única pes- Entre as principais pesquisas feitas pelo IBGE, encon-
quisa que percorre e investiga cada município do Brasil. tra-se o Censo Demográfico, que é a operação realizada
O resultado do Censo é empregado para a gestão de a cada 10 anos para contar a população e obter informa-
políticas públicas e de projetos da iniciativa privada. Ele é ções sobre as principais características dos habitantes e
a única pesquisa que gera informações atualizadas e con- de seus domicílios. Além disso, verifica a sua distribuição
fiáveis sobre as características da população e de seus territorial no país e a evolução de seu quantitativo ao longo
domicílios, fornecendo um rico perfil do país e de suas di- do tempo.
versas estruturas territoriais. O Censo é a principal fonte de dados sobre a situação
de vida da população nos municípios e localidades. Estes
OBJETIVO dados podem ser utilizados para a definição de políticas
públicas em nível nacional, estadual e municipal. E tam-
Apresentar aos candidatos os conteúdos técnicos fun- bém como auxílio para a tomada de decisões na área de
damentais nas áreas de conhecimento do Censo Demo- investimentos, especialmente em relação ao setor privado.
gráfico 2020 de Equipamentos e Sistemas do Censo De- Em 2020, o IBGE realizará o XIII Censo Demográfico,
mográfico 2020, de forma a possibilitar aos interessados a que será um “retrato de corpo inteiro” do País, após le-
participação no Processo Seletivo Simplificado (PSS). vantar o perfil da população e das características de seus
domicílios. Ou seja, ele nos dirá como somos, quantos so-
O INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ES- mos e como vivemos.
TATÍSTICA No Censo 2020, o IBGE visitará cerca de 70 milhões
de domicílios brasileiros, espalhados pelos mais de 8,5
Por mais de 80 anos, o IBGE vem contribuindo para milhões de km² do nosso vasto território, para conhecer
o Brasil com as suas pesquisas e mapeamentos. É um a situação de vida da população em cada um dos 5.568
instituto de significado ímpar, dada a importância da sua municípios. Um trabalho gigantesco, que envolve milhares
atuação e dos reflexos que oferece para a sociedade, es- de pessoas!
pecialmente para o fortalecimento de políticas públicas. A tabela a seguir mostra a variação populacional na pi-
Esperamos que você queira saber mais e sinta-se mo- râmide etária a partir dos dados coletados no Censo 2010
tivado a colaborar com essa apaixonante instituição. pelo IBGE:
Por mais de 80 anos, o IBGE vem contribuindo para
o Brasil com as suas pesquisas e mapeamentos. É um
instituto de significado ímpar, dada a importância da sua
atuação e dos reflexos que oferece para a sociedade, es-
pecialmente para o fortalecimento de políticas públicas.
Esperamos que você queira saber mais e sinta-se mo-
tivado a colaborar com essa apaixonante instituição.

• 27 Unidades Estaduais (26 nas capitais dos estados


e 1 no Distrito Federal);
• 570 Agências de Coleta de Dados nos principais mu-
nicípios

Atenção
A missão do IBGE é “retratar o Brasil com informações
necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exer-
cício da cidadania”.

Conhecimentos Técnicos
1 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Para chegar a um consenso sobre quais questões serão investigadas no Censo Demográfico 2020, o IBGE promove
consultas e debates amplos: com a sociedade brasileira e órgãos técnico-governamentais.
A partir daí, com a conclusão do Censo, o Brasil vai dispor de informações necessárias para conhecer as característi-
cas das pessoas – onde residem, por exemplo –, a fim de planejar políticas e investimentos públicos.
O conjunto de dados coletados trará resultados relacionados a questões fundamentais, como:
• O total da população do País por sexo e faixa etária e como está distribuída no Território Nacional;
• A expectativa de vida da população do País;
• A estimativa de brasileiros que vivem fora do País;
• O número médio de filhos que uma mulher teria ao final do seu período fértil;
• O tipo de habitação em que vive a população do País;
• A proporção da população que tem acesso ao saneamento básico;
• O nível de instrução da população;
• As condições de trabalho e o rendimento da população;
• Um panorama da diversidade étnico-racial da população brasileira, com sua distribuição por cor ou raça; e
• A caracterização dos povos indígenas por etnia e línguas indígenas faladas ou utilizadas nos seus domicílios, além
de dados sobre a população quilombola.
Os dados coletados no Censo Demográfico 2020 são relativos ao estado de coisas em uma data específica, isto é, a
um retrato da situação naquele momento.
É preciso adotar uma data específica como referência para evitar divergências entre quantitativos e características da
população, que se alteram com o tempo: entre o início e o fim do período da coleta.

Atenção
A coleta do Censo Demográfico 2020 será realizada em todo o Brasil a partir do dia 1º de agosto de 2020, mas a data
de referência do Censo Demográfico 2020 é a meia-noite de 31 de julho para 1º de agosto de 2020.

Isto significa que os Recenseadores deverão considerar a realidade desse instante no tempo como referência para a
coleta de dados.

Conhecimentos Técnicos
2 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

O Recenseado Sempre que requisitado, o Recenseador deverá com-


Quem é? parecer ao Posto de Coleta para que o Supervisor possa
O Recenseador é o responsável por fazer o trabalho avaliar o seu trabalho e corrigir possíveis falhas. Caso a
da coleta de dados por meio de entrevistas com os mora- supervisão indique a necessidade de corrigir algum dado
dores. Estando em contato direto com o público, ele repre- coletado, o Recenseador deverá retornar a campo.
senta o IBGE para a sociedade. Resumidamente, o trabalho do Recenseador consiste
em percorrer o Setor Censitário sob sua responsabilidade,
Importante registrando endereços e realizando as entrevistas com os
O Recenseador é a peça-chave do Censo. moradores.
Para concluir o seu trabalho, o Recenseador deve diri-
A qualidade dos resultados que serão entregues para gir-se ao Posto de Coleta e devolver o material de trabalho
o país ao final da operação depende diretamente da quali- ao Instituto
dade do seu trabalho, do modo como se dedica às ativida-
des em seu dia a dia Instrumentos de trabalho do Recenseador
Durante a coleta de dados, o Recenseador terá dois
O trabalho do Recenseador instrumentos de trabalho disponíveis: o Mapa do Setor
O trabalho do Recenseador consiste em obter as in- Censitário (em papel) e o Dispositivo Móvel de Coleta
formações junto aos moradores de uma determinada área, (DMC). O Recenseador será responsável pelo patrimônio
nos locais onde residem. público enquanto estiver de posse dos materiais a ele con-
O Recenseador contará com a supervisão de um fiados, devendo zelar por sua conservação e pelas boas
Agente Censitário Supervisor (ACS). O ACS lhe fornecerá condições de seu uso e funcionamento.
as informações, o material necessário e seus instrumentos Além desses dois instrumentos de trabalho, o Recen-
de trabalho, assim como lhe prestará orientação técnica e seador contará com o Manual do Recenseador e o Manual
assistência permanente durante o período de realização de Entrevista (digital), que serão usados como recursos
instrucionais durante seu treinamento, além de fonte de
da coleta de dados. É a ele que o Recenseador deve se
consulta para o seu trabalho de coleta de dados.
reportar sempre que encontrar alguma dificuldade.
Os Manuais do Recenseador e de Entrevista reúnem
os conceitos, as definições, os procedimentos e as orienta-
Aproveitamento e escolha do Setor Censitário
ções necessárias ao desempenho de suas atividades e ao
registro das informações. O treinamento do Recenseador
O bom desempenho do trabalho do Recenseador está
é composto por outros materiais e recursos de formação,
associado ao domínio dos conceitos e dos procedimentos
que também servem de suporte ao seu trabalho. Estes de-
que serão utilizados no Censo.
vem ser consultados sempre que necessário para garantir
Por isso, é importante que o candidato a Recenseador maior qualidade na coleta
tenha um bom aproveitamento no momento de formação,
uma vez que a escolha da área em que deseja trabalhar Vejamos quais são os instrumentos de trabalho:
dependerá da sua classificação final na avaliação do trei-
namento. Esta área, chamada pelo IBGE de Setor Censi- a) Mapa do Setor Censitário (em papel)
tário, será o local de trabalho do Recenseador, onde reali- O Mapa do Setor Censitário (em papel) é uma repre-
zará a coleta de dados. sentação gráfica da área a ser recenseada. Em seu ver-
so, consta a descrição de seus limites. Eventualmente, a
Atenção representação do setor ganha elementos adicionais que
Antes de iniciar a coleta de dados, o candidato a Re- facilitam a identificação de sua área (como a adição da
censeador deve dedicar-se ao treinamento, realizando to- área circundante).
das as atividades propostas, procurando rever e exercitar
os conteúdos e procedimentos. Deve utilizar todos os re-
cursos instrucionais disponíveis, esclarecendo suas dúvi-
das sempre que necessário.

Durante o seu trabalho de coleta de dados, o Recen-


seador ficará lotado em um local físico, chamado de Posto
de Coleta, sob responsabilidade do IBGE.

Posto de coleta
O Posto de Coleta é o local de trabalho criado tem-
porariamente pelo IBGE para dar suporte à operação
censitária. Nele, reúne-se a equipe encarregada do ge-
renciamento e da coleta de dados [Glossário] de uma de-
terminada área.

Conhecimentos Técnicos
3 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

b) Dispositivo Móvel de Coleta – DMC

É o equipamento para registro e armazenamento das informações coletadas em campo.

No DMC, podem-se acessar:

• Mapa do Setor Censitário (digital)

• Lista de Endereços

• Questionários
o Básico
o Amostra

• Manual do Recenseador e de Entrevista

Conhecimentos Técnicos
4 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Para atualizar a lista de endereços (prévia), o Recen-


seador deverá seguir estas orientações:
a) Confirmar os endereços que continuam presentes
em campo, após verificação
b) Incluir os novos endereços que forem encontrados
c) Excluir os endereços que não forem encontrados
em campo

Questionário Básico
É o questionário com menor número de quesitos, em
que serão registradas as características do domicílio e de
seus moradores na data de referência [Glossário]. Os que-
sitos desse questionário serão aplicados a todos os domi-
cílios.

Questionário da Amostra
Esse questionário é respondido por uma parte da po-
pulação, selecionada de forma aleatória por meio de cálcu-
los específicos, formando uma amostra estatística.

Atenção
Apenas um modelo de questionário (básico ou amos-
tra) será aplicado em cada domicílio.

Evitando a perda de informações


É muito importante tomar providências para evitar a
perda de informações coletadas, tais como:
• Zelar pelo correto registro das informações;
• Fazer cópias de segurança (backups) regularmente;
• Transmitir as informações sempre que possível;
• Evitar quedas e contato com água e umidade; e
• Adotar cuidados básicos ao circular pelos setores
censitários com o DMC, preservando a segurança de si,
dos dados coletados e do próprio equipamento.
5. Recursos do DMC
Dominar o uso dos aplicativos e funções do DMC é Cálculo da remuneração do Recenseador
fundamental para a realização do Censo com a qualidade A remuneração mensal do Recenseador será por pro-
necessária, pois esse equipamento será a principal ferra- dução, calculada por Setor Censitário, conforme taxa fi-
menta de trabalho no cotidiano do Recenseador. xada, de conhecimento prévio, com base na quantidade
de unidades recenseadas (domicílios urbanos e/ou rurais),
Mapa do Setor Censitário pessoas recenseadas e registro no controle da coleta de
É a representação gráfica do setor censitário. Por fins
dados.
práticos, costuma retratar alguns outros elementos adicio-
Em um mês, o Recenseador poderá receber vários pa-
nais para facilitar o reconhecimento do setor em campo. O
gamentos, de acordo com a liberação dos setores produzi-
DMC exibe o Mapa por meio de uma imagem, obtida por
dos. Esses setores serão pagos de forma individualizada.
satélites, da área do setor e das áreas que o rodeiam. E
Os valores respectivos são acumulados por mês para cál-
destaca com uma cor adequada os limites do setor, para
culo dos descontos INSS e IRPF [Glossário], e para cálcu-
diferenciá-lo das áreas restantes. O Mapa do setor censi-
lo do recebimento de salário-família (caso o Recenseador
tário é fundamental para a localização do Recenseador em
se enquadre nos requisitos desse benefício).
campo e para o trabalho de coleta.

Lista de Endereços Remuneração bruta e remuneração líquida


É composta por endereços trabalhados no setor censi- É preciso saber diferenciar remuneração bruta do tra-
tário em pesquisas anteriores. Por isso, é também chama- balhador e remuneração líquida para entender o cálculo
da de “lista prévia”. final da remuneração.
É importante que o Recenseador visite todos os en- Os descontos mais comuns que costumam ocorrer da
dereços do setor (mesmo que alguns destes não estejam remuneração bruta para a remuneração líquida são:
presentes na lista) e atualize a relação que carrega em • INSS: alíquota de 8%, 9% ou 11%, conforme tabela
seu DMC. do INSS vigente em cada mês;

Conhecimentos Técnicos
5 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

• IRPF: para aqueles cuja base de cálculo sofra re- Conduta do Recenseador
tenção do imposto, conforme tabela do IRPF vigente em Milhares de Recenseadores do IBGE, em todo o Bra-
cada mês; sil, vão às ruas em busca de informações de qualidade
• Pensão alimentícia, quando houver; e para a coleta do Censo Demográfico 2020. Nesse pro-
• Valores de produção recebidos indevidamente. cesso, interagem com diferentes públicos, cada qual com
suas características e peculiaridades.
Face a essa diversidade, é natural que os moradores
recebam os Recenseadores de maneiras distintas. Ora
com receptividade, ora com desconfiança e resistência.
O tratamento cortês, respeitoso e seguro com o in-
formante é fundamental para estabelecer uma relação de
confiança e cooperação. Além disso, é importante que o
Recenseador apresente uma postura de trabalho adequa-
da e use sempre o crachá de identificação.

Conduta do Recenseador - A imagem do IBGE


O Recenseador representa a imagem do IBGE no con-
tato com os informantes. É imprescindível se conscientizar
disto. Como o Censo é a operação em que o IBGE per-
corre todo o país, a interação de cada Recenseador com
cada informante é fundamental para reforçar a confiança e
Remuneração por rescisão a credibilidade da população em suas pesquisas.
Quando o contrato terminar, o Recenseador terá direi- O Recenseador deve se identificar sempre de forma
to a receber o pagamento da rescisão, que corresponde clara ao seu interlocutor, deixando seu crachá visível e es-
à soma dos valores de 13º salário e de férias indenizadas clarecendo os objetivos da operação censitária.
Devido ao fato de o Recenseador não possuir um salá-
rio fixo, utiliza-se como base a Remuneração Média Men-
sal, calculada da seguinte forma:

A partir dessa Remuneração Média Mensal, são calcu-


lados os seguintes valores:

13º salário
• Gratificação natalina proporcional aos meses de tra-
balho, observada a regra de que a fração igual ou superior
a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

Férias indenizadas
• Indenização relativa ao período incompleto de férias,
na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo
exercício, ou fração superior a 14 (quatorze) dias, acres- Importante
cido do adicional de 1/3 (um terço) da remuneração das Informe ao entrevistado que é possível verificar a iden-
férias. tidade do Recenseador pela internet ou por telefone. Pela
Internet, o canal é o site: http://respondendo.ibge.gov.br; e

Conhecimentos Técnicos
6 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

por telefone, o número: 0800 721 8181. Ambos constam Importante


do crachá do agente. Deve-se fornecer o nome, matrícula A abordagem aos moradores é um momento crítico da
e/ou CPF do Recenseador, para realizar a confirmação. coleta, em que o informante faz um primeiro “julgamento”
do Recenseador. Portanto:
Conduta do Recenseador -Abordagem ao informante • Demonstre profissionalismo e credibilidade;
A abordagem correta contribui para uma resposta mais • Cumprimente o informante e identifique-se, demons-
rápida. Garante também uma postura colaborativa, dimi- trando que você é uma pessoa credenciada e treinada
nuindo a possibilidade de retrabalho nas etapas posterio- para realizar a coleta pelo IBGE;
res. Por isso, é fundamental que o Recenseador consiga • Seja objetivo, fale brevemente o que deseja;
construir uma relação de parceria com o informante. Para • Lembre-se: você está representando o IBGE!
isso, é importante ter cuidado com a forma de se fazer as
perguntas do questionário. O Recenseador deve ler cada Conduta do Recenseador – Sigilo estatístico
uma delas conforme estão escritas e registrar as respos- A segurança das informações é também outro aspecto
tas diretamente no DMC – sem comentários adicionais a que deve ser demonstrado em suas atitudes, com o qual
respeito você e o IBGE têm deveres e responsabilidades.
É fundamental garantir o sigilo das informações obti-
das pelo Censo Demográfico 2020 (e por quaisquer pes-
quisas oficiais) tanto para os informantes quanto para o
próprio instituto. O informante deve ser avisado de que
essas informações só poderão ser utilizadas para fins es-
tatísticos.
Os cidadãos só se sentirão seguros em prestar infor-
mações à Instituição se sentirem confiança no IBGE e no
funcionário que realiza o Censo 2020. Assim, o IBGE toma
todas as precauções necessárias para garantir que dados
individualizados não sejam divulgados

Importante
O IBGE não divulga os dados de nenhuma pesquisa,
inclusive do Censo, que possam identificar o informante
como nomes, telefones, etc.
É essencial evitar temas delicados, como política ou A “Lei 5.534”, de 14 de novembro de 1968 assegura o
religião; não emitir opiniões; procurar desviar-se de afirma- sigilo dessas informações.
ções polêmicas e manter o foco na coleta de dados.
Atenção
Importante A violação do sigilo por servidores, agentes de pes-
O Recenseador deve explicar para o informante, de quisa e Recenseadores do IBGE está sujeita a punição de
forma clara e segura, a importância do Censo Demográfico acordo com as normas e a legislação.
2020.
Conduta do Recenseador - Informantes resistentes
Conduta do Recenseador – Identificação Em caso de resistência à prestação de informações
É preciso vestir-se de forma adequada e discreta, e ao IBGE, é necessário que o Recenseador consiga apre-
estar sempre portando o crachá de identificação. O crachá sentar argumentos convincentes ao informante relutante.
é o documento que credencia o funcionário a realizar a Exemplificamos dois argumentos importantes em seguida:
pesquisa para o IBGE. Os dados do Censo são uma importante fonte de es-
O Recenseador, assim como o Agente Censitário Mu- tatística entregue a toda a sociedade. E também para o
nicipal (ACM) e o Agente Censitário Supervisor (ACS), próprio IBGE, que elabora estimativas úteis para a melho-
deve falar também corretamente, evitando cometer erros ria do País.
de português ou usar gírias e palavras inadequadas. As informações coletadas são utilizadas exclusiva-
Durante o trabalho de campo, os entrevistados podem mente para fins estatísticos. O sigilo delas é garantido por
fazer perguntas ao Recenseador e ao supervisor sobre o lei. Além disso, os dados da pesquisa são divulgados de
objetivo da pesquisa e o porquê da visita. Dependendo das forma agregada, ou seja, de forma vinculada a um total
respostas, o informante pode fazer um “julgamento” equi- (por soma dos valores de cada domicílio aos valores de
vocado do funcionário e do IBGE. outros domicílios) e não individualizada. Assim, o IBGE di-
Os funcionários do Instituto precisam cultivar uma ati- vulga apenas o valor total por setor censitário, nunca por
tude de autoconfiança. Isto é, precisam estar cientes do domicílio. Por isso, em hipótese alguma, o sigilo dos dados
que exatamente fazem, transmitindo segurança ao infor- individualizados será desrespeitado.
mante sobre a seriedade da operação.

Conhecimentos Técnicos
7 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Importante
Se, mesmo assim, a recusa persistir, o Recenseador deve comunicá-la ao Supervisor para receber novas orientações.

Conduta do Recenseador - Procedimentos em campo


Antes de sair para a coleta, prepare com antecedência os itens de que você vai precisar. Separe equipamentos e
materiais que serão utilizados, como o DMC (Dispositivo Móvel de Coleta) e o mapa em papel com a descrição do setor.
Certifique-se de que o DMC está com bateria para que você consiga fazer uso do equipamento durante todo seu percurso
de trabalho. Planeje a melhor forma de chegar ao seu Setor Censitário: verifique os meios de transporte e o tempo de
deslocamento.
Durante o seu trabalho em campo, observe as seguintes orientações:
• Não permita que pessoas não autorizadas pelo IBGE o acompanhem em seu trabalho;
• Não permita que pessoas estranhas ao serviço manuseiem os equipamentos de coleta;
• Não permita que informações contidas no dispositivo de coleta sejam vistas por terceiros;
• Não faça comentários sobre qualquer informação obtida durante seu trabalho; e
• Não revele fatos ou informações sigilosas sobre os informantes, domicílios e estabelecimentos pesquisados.

Atenção
Em locais de povos e comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, povos ciganos, pescadores artesanais, etc.),
além dos cuidados rotineiros de abordagem, previstos para o trabalho do IBGE para qualquer outro Setor Censitário, de-
vem ser tomados outros cuidados, de acordo com a tradicionalidade dos diversos grupos. Siga as orientações específicas
que serão fornecidas em momento oportuno, antes de entrar nessas áreas especiais.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
O Censo Demográfico 2020 constitui uma grande operação estatística, mobilizando centenas de pessoas desde a
fase de planejamento até a divulgação dos resultados.
Para atingir os objetivos da operação, a estrutura organizacional do Censo Demográfico 2020 definiu-se a partir das
representações das Unidades Estaduais do IBGE:

Conhecimentos Técnicos
8 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

A fim de que os coordenadores possam exercer os leta, e acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos. É
seus papéis no Censo Demográfico 2020, é necessário muito importante que ele garanta que os seus supervisio-
que eles conheçam muito bem as atribuições específicas nados cumpram com as normas estabelecidas pelo IBGE.
de suas funções, as quais serão detalhadas no treinamen- O Posto de Coleta serve de base física para a equipe
to presencial. da coleta de dados e da supervisão, ou seja, é o ponto de
encontro dos Supervisores e Recenseadores durante as
QUEM É? operações do Censo 2020. Para gerenciar o Posto de Co-
AGENTE CENSITÁRIO SUPERVISOR leta, o ACM utiliza o Sistema Integrado de Gerenciamento
O Agente Censitário Supervisor (ACS) [Glossário] será e Controle – SIGC.
a pessoa que supervisionará o trabalho de uma equipe de
Recenseadores, orientando e corrigindo falhas, assegu- Função do Agente Censitário Municipal - ACM
rando, assim, a qualidade dos trabalhos. Em linhas gerais, Durante todo o trabalho do Censo 2020, o ACM estará
buscará garantir que o projeto Censo Demográfico 2020 à frente de dois grupos de ação:
se concretize com sucesso. • Gerencial – administração da equipe (supervisores e
A primeira atividade do ACS é o reconhecimento do recenseadores), e dos materiais e equipamentos do Posto
setor onde realizará o seu percurso completo, atualizando de Coleta;
suas faces e seus logradouros. Concomitante ao reconhe- • Técnico – acompanhamento técnico e monitoramen-
cimento do setor, coletará os dados da Pesquisa Urbanís- to à coleta de dados
tica do Entorno dos domicílios. Esta atividade ocorrerá em O ACM responde técnica e administrativamente ao
período anterior à coleta de dados realizada pelo Recen- Coordenador Censitário de Subárea (CCS), como visto na
seador. estrutura censitária simplificada.
O ACS deverá registrar todas as informações encon-
tradas durante o percurso que não estejam atualizadas CONCEITOS
ou em conformidade com os instrumentos de trabalho de FUNDAMENTAIS
campo (DMC, mapa do setor ou descritivo). Muitos dos conceitos que apresentaremos (como en-
O ACS exercerá, ainda, as tarefas de supervisão da dereço, morador, logradouro e domicílio) fazem parte do
operação censitária, com atenção às questões técnicas e nosso cotidiano. Contudo, a atuação do Recenseador exi-
de informática, exercendo, quando necessário, tarefas ad- ge o conhecimento específico dos conceitos fundamentais
ministrativas, como renovação de contratos, avaliação de utilizados pelo IBGE, para colher resultados adequados.
Recenseadores, etc. Estará subordinado ao Agente Cen-
sitário Municipal (ACM). Divisão político-administrativa do Brasil
A função de Supervisor serve de elo entre aqueles que Para nos ajudar a compreender o que é o setor censi-
coletam as informações (os Recenseadores) e aqueles tário, devemos compreender, em primeiro lugar, o que é a
que gerenciam o Posto de Coleta (responsabilidade do divisão político-administrativa brasileira.
ACM). A extensão, o conteúdo territorial, o número de domi-
cílios e estabelecimentos presentes no Setor Censitário
Função do Agente Censitário Supervisor - ACS [Glossário] influenciam a carga de trabalho do Recense-
ador. Por isso, os setores censitários são planejados para
Sua principal função é acompanhar, avaliar e, sobre- que possuam dimensões adequadas ao trabalho das pes-
tudo, orientar os Recenseadores durante a execução dos quisas do IBGE. Além disso, os setores censitários res-
trabalhos de campo. Assim, evitam-se erros no preenchi- peitam a divisão político-administrativa do país e outros
mento dos questionários e falhas na cobertura do Setor recortes geográficos.
(como a omissão de pessoas e domicílios) O Brasil está dividido, em seu aspecto político-admi-
O ACM é quem irá orientá-lo na correta execução de nistrativo, nas seguintes unidades territoriais:
seu trabalho. O ACS deve se reportar ao ACM sempre que • Unidades Federativas,
houver qualquer dúvida ou problema que comprometa a • Municípios,
realização de suas tarefas. • Distritos e
Para que os ACS cumpram com tranquilidade suas • Subdistritos.
funções, estas foram divididas em duas grandes frentes: A figura a seguir apresenta um esquema dessas uni-
• O treinamento e a contratação dos Recenseadores; e dades e o número de cada uma delas no País em dezem-
•O apoio ao Recenseador e a supervisão do seu tra- bro de 2019.
balho de coleta

QUEM É?
AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL
O Agente Censitária Municipal (ACM) desempenhará
a função de gerente do Posto de Coleta. Isto envolve as
seguintes funções: gerenciar um grupo de supervisores
(ACS), distribuir tarefas, zelar pelos equipamentos de co-

Conhecimentos Técnicos
9 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Caso necessário, relembre quais são algumas das entidades da Federação (estados, Distrito Federal e as suas res-
pectivas siglas):

Setor Censitário: o local de trabalho do Recenseador


Para estudos estatísticos e geográficos, o IBGE subdivide as unidades territoriais da divisão político-administrativa
brasileira em áreas ainda menores. Cada uma dessas áreas é denominada Setor Censitário.
O Setor Censitário é uma unidade territorial de coleta e de divulgação de dados estatísticos do IBGE. É, na prática, a
área de trabalho onde se localizam os domicílios e os estabelecimentos que serão visitados pelo Recenseador. O Setor
Censitário pode ser urbano ou rural, e é representado graficamente por um mapa.

Conhecimentos Técnicos
10 A Opção Certa Para a Sua Realização
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A imagem exemplifica um Setor Censitário, com seus limites assinalados em cor amarela. Isso significa que a área de
trabalho abrange os domicílios e estabelecimentos situados em seu interior.

Situações dos Setores Censitários: áreas urbanas e rurais


Realizar a coleta do Censo em áreas urbanas [Glossário] envolve estratégias distintas das utilizadas em áreas rurais
[Glossário]. Por isso, cada Setor Censitário recebe uma classificação de acordo com suas características geográficas. A
tabela a seguir apresenta resumidamente as situações dos Setores Censitários em áreas urbanas e rurais:

Feita a distinção entre urbano e rural, o IBGE identifica outras estruturas territoriais por meio dos tipos de Setores
Censitários para fins de coleta, conforme apresentados a seguir:

Conhecimentos Técnicos
11 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Conhecimentos Técnicos
12 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Importante
Cada um desses tipos requer uma abordagem específica do Recenseador.

Setores Censitários de Povos e Comunidades Tradicionais


É importante destacar que o IBGE realiza o Censo em terras indígenas, territórios quilombolas e outras áreas habita-
das por povos e comunidades tradicionais. Estes são grupos culturalmente diferenciados e se reconhecem como tal, e por
isso possuem formas próprias de organização social, ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para
sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, além de utilizarem conhecimentos, inovações e práticas
gerados e transmitidos pela tradição.
Nessas áreas, as condições de acesso e percurso são negociadas com as lideranças comunitárias, e também com os
órgãos que atuam em parceria com o IBGE na realização do Censo. A necessidade dessa ação é assegurada pelo direito
internacional previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)*

Por meio dela, cabe ao Estado brasileiro garantir a consulta a esses povos mediante procedimentos apropriados e,
particularmente, através de suas instituições representativas, cada vez que se antevejam procedimentos suscetíveis a
afetá-los diretamente, tais como as pesquisas do IBGE.
Em muitas áreas indígenas, o Recenseador precisará ser acompanhado por um guia e/ou um intérprete. De acordo
com o Censo Demográfico 2010, 28,8% dos indígenas residentes em terras indígenas não falavam português no domicí-
lio. A indicação do guia e/ou intérprete é feita com apoio da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, da Secretaria Especial
de Saúde Indígena – SESAI como também através de consulta às lideranças, que têm peso decisivo nessas indicações.
Em algumas áreas quilombolas, o Recenseador também precisará ser acompanhado por um guia comunitário.

Quadra e Face
Para que o Recenseador seja capaz de realizar o seu trabalho corretamente no seu Setor Censitário, é necessário
compreender dois conceitos básicos: Quadra e Face.
A imagem a seguir indica uma quadra padrão composta de 4 faces.

Quadra
É um trecho, geralmente retangular, de uma área urbana ou aglomerado rural, delimitado por elementos como: ruas,
estradas, estradas de ferro, cursos d’água ou encostas. Contudo, pode ter forma irregular. Em alguns locais, a quadra é
chamada de quarteirão.

Face
É cada um dos lados da quadra, contendo ou não endereços.

Endereço
O endereço reúne informações que permitem identificar uma unidade construída ou em construção dentro de um mu-
nicípio, tal como uma casa, um prédio, um apartamento, um estabelecimento, etc.
O IBGE adota um Padrão de Registro de Endereços bastante detalhado, que será objeto do treinamento presencial.
Consideram-se como componentes do endereço:
1) Logradouro;
2) Número;
3) Complemento; e
4) Coordenadas Geográficas.
Veremos a seguir como se definem esses componentes.

Conhecimentos Técnicos
13 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Logradouro
O logradouro é uma área ou via pública, reconhecida pela comunidade, em que circulam pessoas, veículos e merca-
dorias. Na maioria das vezes, recebe um nome de conhecimento geral. Um logradouro pode ser uma avenida, uma viela,
uma praça, uma estrada, um acesso ou até mesmo um rio.
Ao se registrar um logradouro, deve-se denominá-lo preferencialmente segundo a forma oficial, sem omissão de ter-
mos e sem abreviações.
Exemplos: Rua Santo Antônio, Avenida Corifeu de Azevedo Marques, Estrada BR 101, Rio Solimões etc.

Número
É o valor numérico propriamente dito que indica a posição da edificação no logradouro

Complemento
Muitas vezes, ao chegar a um número de um logradouro, observamos a existência de várias unidades, cujo acesso
se dá pelo mesmo número (pela mesma posição no logradouro). O complemento é utilizado para identificar cada unidade
nesse número. Essa situação é muito comum em edificações com múltiplas unidades, tais como prédios ou condomínios
residenciais. São exemplos de complemento: bloco, apartamento, casa 1, casa 2, fundos, sobrado etc.
A tabela a seguir apresenta alguns exemplos de endereços, segundo os componentes explicados acima:

Coordenadas Geográficas
As coordenadas geográficas consistem em um dos métodos mais eficientes de localização, pois permitem identificar
qualquer ponto na superfície da Terra por meio de dois valores: latitude e longitude. Essas coordenadas são um importante
recurso para o trabalho nos Setores Censitários. Os valores de latitude e longitude podem ser obtidos através de um receptor
de sinais de satélites, que se encontra integrado ao DMC. Confira abaixo definições mais específicas desses valores:

Conhecimentos Técnicos
14 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Essas coordenadas são um importante recurso para o trabalho no Setor Censitário, tendo em vista que as Coordena-
das Geográficas constituem um componente do endereço no IBGE. Durante o treinamento presencial, será realizado um
exercício de simulação sobre como obter as coordenadas no DMC.

Pesquisa Urbanística do Entorno dos domicílios


A Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios (Pesquisa do Entorno ou Entorno) é um levantamento de informa-
ções realizado por observação em momento anterior ao da coleta do Censo Demográfico 2020, ou seja, antes da apli-
cação do questionário aos informantes. Essa pesquisa é feita pelo Agente Censitária Supervisor (ACS), que preenche o
questionário referente às características urbanísticas do entorno dos domicílios.
Os objetivos da Pesquisa do Entorno 2020 são:
• Coletar dados de infraestrutura urbanística relativa à acessibilidade universal, como circulação de pessoas e veícu-
los, drenagem pluvial e equipamentos no espaço urbano.
• Fornecer insumos para melhorar a qualidade da cobertura da coleta do Censo 2020.
As questões são respondidas a partir da observação direta, ou seja, sem entrevistar ou colocar perguntas a moradores
ou transeuntes, em todas as faces de quadras urbanas, que são unidades de coleta do levantamento.
A área de análise de alguns quesitos levantados será apenas a Face, enquanto de outros serão a Face e a Face
confrontante. O percurso desta coleta de informações será o mesmo aplicado ao questionário e o supervisor deverá per-
corrê-lo a pé.

Morador
Para o IBGE, o Morador é a pessoa que: “tem o domicílio como local habitual de residência na data de referência”.

Atenção
A presença ou ausência da pessoa no domicílio na data de referência não define se ela é ou não moradora do domi-
cílio.

Importante
A data de referência é o parâmetro que indica quem deverá ser recenseado.
Devem ser recenseadas todas as pessoas que moravam no domicílio na data de referência: à meia-noite de 31 de
julho para 1º de agosto de 2020

A pessoa pode estar presente e não ser moradora, mas também pode estar ausente e ser moradora.
Parece confuso, mas é fácil de explicar.
Morador é a pessoa que:
a. tem o domicílio como local habitual de residência e nele se encontrava na data de referência; ou
b. embora ausente na data de referência, tem o domicílio como local habitual de residência, desde que a ausência não
seja superior a 12 meses pelos motivos que veremos a seguir:
b.1) viagem a passeio, a serviço, a negócios, de estudos etc.;
b.2) afastamento de sua comunidade tradicional por motivo de caça, pesca, extração vegetal, trabalho na roça, parti-
cipação em festas ou rituais;
b.3) internação em estabelecimento de ensino ou hospedagem em outro domicílio, pensionato, república de estudan-
tes, visando facilitar a frequência à escola durante o ano letivo;

Conhecimentos Técnicos
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b.4) detenção sem sentença definitiva declarada; Espécie de unidade visitada


b.5) internação temporária em hospital ou estabeleci- No dia a dia do trabalho de coleta de dados, poderão
mento similar; e ser encontrados três tipos de edificações nos endereços
b.6) embarque a serviço (militares, petroleiros). observados em campo. São eles:

Importante • edificações exclusivamente constituídas de unidades


Em todas essas situações, é importante certificar-se residenciais, que são as casas, apartamentos etc., chama-
de que a ausência não tenha ultrapassado 12 meses, pe- das de domicílios
ríodo considerado até a data de referência – à meia-noite • edificações exclusivamente constituídas de unidades
do dia 31 de julho para 1º de agosto de 2020. não residenciais, que são as escolas, os postos de saúde,
as lojas, denominadas de estabelecimentos; e
É importante ter atenção a alguns casos especiais, • edificações mistas, que podem conter domicílios e
a fim de evitar que uma mesma pessoa seja contada em estabelecimentos.
dois domicílios ou que não seja contada em nenhum dos
dois. Vejamos: As espécies das unidades visitadas se classificam de
Se, na data de referência, a pessoa se encontrava forma geral em:
afastada do domicílio de origem nas seguintes situações:
• estar internada permanentemente em sanatórios,
asilos, conventos ou estabelecimentos similares;
• estar morando em pensionatos sem ter outro local
habitual de residência;
• ter sido condenada com sentença definitiva declara-
da; ou
• ter migrado para outras regiões em busca de trabalho
e lá fixou residência.
... ela não será considerada moradora no domicílio de
origem, mas sim no local onde se encontrava, ainda que a
Neste momento, é fundamental conhecer o que são as
ausência seja inferior a 12 meses.
espécies de estabelecimento e domicílio, bem como duas
classificações mais específicas de domicílio (domicílio par-
Quem deve ser recenseado?
ticular e domicílio coletivo).
Devem ser recenseadas todas as pessoas (inclusive
No Censo, deve-se considerar a data de referência
crianças e idosos) que moravam no domicílio na data de
[Glossário] para classificar a espécie da unidade visitada
referência: à meia-noite do dia 31 de julho para 1º de agos-
to de 2020. encontrada no endereço. Após a confirmação do endereço,
Logo, de acordo com esse critério, extraímos duas o Recenseador identificará a unidade visitada conforme a
orientações: finalidade de seu uso na data de referência: à meia-noite
• Não recensear as pessoas que nasceram após essa do dia 31 de julho para 1º de agosto de 2020.
data.
• Recensear as pessoas que faleceram após essa Importante
data, pois faziam parte do domicílio na data de referência. A finalidade de uso que se faz da edificação, na data
de referência [Glossário], associada a um endereço, ca-
Morador – com mais de uma residência racteriza a espécie da unidade visitada - domicílio ou es-
No caso de pessoas que ocupam duas ou mais resi- tabelecimento.
dências, será necessário investigar com a pessoa entrevis-
tada qual era sua residência principal na data de referência Estabelecimento
[Glossário], pois ela não pode ser considerada moradora Toda edificação utilizada para fins não domiciliares en-
de duas residências ao mesmo tempo. contrada nos setores censitários é classificada como esta-
Para determinar qual é a residência principal do mora- belecimento.
dor, deve-se obedecer ao seguinte procedimento: Exemplos de estabelecimentos encontrados no traba-
• Solicite ao entrevistado que indique qual a sua resi- lho de campo: escolas, prédios e lojas comerciais, postos
dência habitual (residência principal). de saúde, templos religiosos, plantações etc. Existem, ain-
• Caso o entrevistado não possa indicá-la, considere da, formas mais detalhadas de classificar os estabeleci-
como principal a residência em que passa a maior parte mentos, que serão estudadas no treinamento presencial.
do ano.
• Caso a pessoa ocupe duas residências em períodos Domicílio
iguais durante o ano, considere a residência principal a Local construído ou utilizado com a finalidade de servir
que possui há mais tempo. como residência ou moradia. Em geral, não há dificuldade
para identificar um domicílio, já que a maior parte das pes-
soas reside em apartamento ou casa.

Conhecimentos Técnicos
16 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Pode-se encontrar um domicílio em um lugar inespera- Atenção


do ou fora do comum, como, por exemplo, um cômodo que Um domicílio só será caracterizado corretamente
serve de moradia em um prédio exclusivamente comercial quando forem atendidas, simultaneamente, as condições
ou nos fundos de uma olaria ou, ainda, encontrar domicí- de separação e independência.
lios em tendas, barracas, trailers ou residências flutuantes.
A identificação de um domicílio dependerá da aplica- Classificação dos domicílios
ção correta do seu conceito. Os domicílios são classificados em dois grupos: domi-
cílios particulares e domicílios coletivos.
Importante Existem ainda, dentro desses dois grupos, outras clas-
Domicílio é o local, estruturalmente separado e inde- sificações derivadas. Por ora, veremos apenas as que ca-
pendente, que se destina a servir de habitação a uma ou racterizam esses dois grupos: domicílio particular e domi-
mais pessoas. É também domicílio o local que não era cílio coletivo. As demais classificações de domicílio serão
destinado originalmente a ser utilizado como tal, mas que objeto de estudo no treinamento presencial.
passou a sê-lo em momento posterior.
Domicílio Particular
Logo, o Recenseador deve estar sempre atento. Em É o domicílio que foi construído para habitação ou que
um primeiro olhar, nem sempre é possível identificar se é utilizado para esta finalidade, servindo de moradia a uma
existe mais de um domicílio em um mesmo terreno; ou se, ou mais pessoas. Nele, o relacionamento entre seus ocu-
além das aparências, existe um domicílio em local inespe- pantes é ditado por laços de parentesco, de dependência
rado (ou não facilmente identificável). Vejamos os exem- doméstica ou por normas de convivência.
plos dos grupos a seguir: Exemplos: casas, apartamentos em edifícios ou apar-
t-hotéis, habitações em cortiço, casas de cômodos, habi-
Primeiro grupo tação indígena sem paredes ou malocas, e habitações em
Fundos de terrenos; andares superiores, inferiores, espaços improvisados (dentro de estabelecimentos sem
subsolos e residências de porteiro ou zelador em edifícios instalações destinadas à moradia, grutas, ruínas, tendas
residenciais; e habitações de caseiros em casas de vera- improvisadas etc.).
neio.
Domicílio Coletivo
Segundo grupo É uma instituição ou estabelecimento onde a relação
Edificações aparentemente não residenciais: edifícios entre as pessoas que nele se encontravam, na data de
comerciais, estabelecimentos de prestação de serviços, referência [Glossário], restringia-se a normas de subordi-
indústrias, estabelecimentos agropecuários etc. nação administrativa. Note que as pessoas que ali se en-
contravam podiam ser residentes ou não. Por isso, o domi-
Critérios de separação e independência cílio pode ser caracterizado como coletivo pela presença
Os critérios de separação e independência são essen- de moradores ou não na data de referência
ciais para definir e caracterizar corretamente a existência Exemplos: abrigos, orfanatos, hotéis, quartéis, peni-
de um domicílio ou mais de um em uma mesma proprieda- tenciárias etc.
de ou terreno. Esses critérios devem ser atendidos simul-
taneamente. Características do Domicílio
O objetivo de se levantar as características do domicí-
lio é conhecer as condições de moradia da população e os
níveis de qualidade de vida através do acesso a serviços
básicos e quantidade de cômodos.

Cômodo
Para o IBGE, o conceito de cômodo é todo comparti-
mento coberto por um teto, limitado por paredes e que seja
parte integrante do domicílio, inclusive banheiro e cozinha.
Por “parede” entende-se aqui a construção vertical que
permite limitar, dividir ou vedar espaços.
Note-se que o cômodo pode existir tanto na parte inter-
na, quanto na parte externa da edificação principal do do-
micílio, ainda sendo considerada como parte integrante do
domicílio (por exemplo, um banheiro construído separada-
mente da construção principal dentro do mesmo terreno).

Conhecimentos Técnicos
17 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Importante Pessoa não alfabetizada


Banheiro é o cômodo de uso exclusivo dos moradores A pessoa que aprendeu a ler e a escrever, mas que se
do domicílio, destinado a banho, que possua: chuveiro ou esqueceu de como fazê-lo devido a processo de alfabeti-
banheira e vaso sanitário ou privada. zação precário que não se consolidou, assim como aquela
pessoa que nunca aprendeu a ler e a escrever, não devem
Atenção ser consideradas como sabendo ler e escrever.
Não são considerados cômodos: os corredores de
ligação entre cômodos, as varandas abertas, garagem, Questões relativas à educação
compartimentos não residenciais, cozinha americana ou
mezanino. Para investigar as demais questões relativas à educa-
ção, o IBGE considera as seguintes definições:
CARACTERÍSTICAS DOS MORADORES • Município ou país estrangeiro em que a pessoa es-
Para tornar possível o planejamento econômico e so- tuda.
cial da população, é preciso conhecer as características • Deslocamento para estudo: é o deslocamento feito
dos moradores e da população. pela pessoa entre o seu domicílio e o local de estudo.
Para compor a relação entre os moradores de um do- • Local de estudo: colégio, escola, creche, universida-
micílio é, fundamental que os próprios moradores definam de, instituto técnico etc.
uma pessoa responsável pelo local. Esta será usada como
referência para registrar os demais moradores. Atenção
Dessa forma, é considerada pessoa responsável ho- Para Ensino à Distância (EAD), considerar como local
mem ou mulher com, no mínimo, dez anos de idade, re- de estudo o polo físico.
conhecida como tal pelos demais moradores do domicílio.
Trabalho
Etnias e migração O objetivo de se investigar sobre as questões relacio-
No levantamento das informações sobre os morado- nadas ao trabalho é:
res, são investigados os seguintes temas: pertencimento • conhecer a composição da força de trabalho no país; e
étnico-racial, imigração internacional e migração interna. • identificar as principais características do trabalho da
Veremos, a seguir, como eles são definidos pelo IBGE: população, como ocupação, atividade e rendimento.
• Pertencimento étnico-racial: é o pertencimento de- Para o levantamento das informações sobre trabalho,
clarado da pessoa a um grupo étnico – indígena ou qui- as definições utilizadas pelo IBGE serão esclarecidas no
lombola – ou a sua classificação declarada em relação às treinamento presencial. Uma dessas definições é sobre
categorias de cor ou raça do IBGE. deslocamento para o trabalho
• Imigração Internacional: é o ato de ingressar no Bra-
sil para aqui residir. Importante
• Migração Interna: é o ato de deixar um município para O deslocamento para o trabalho é aquele feito pela
morar em outro município dentro do Território Nacional. pessoa entre o seu domicílio e o local de trabalho infor-
mado, considerando o tempo, a frequência e os meios de
Educação transporte utilizados.
O objetivo do levantamento de informações sobre edu-
cação é caracterizar a educação da população residente CONCLUINDO
no Brasil, investigando o analfabetismo, a frequência es- Chegamos ao final do Estudo dos Conhecimentos
colar, o nível de instrução e a área de formação no ensino Técnicos referentes ao Censo Demográfico 2020!
superior Aqui foram apresentados conceitos e informações
No grupo de quesitos de educação, questiona-se, por considerados relevantes pelo IBGE para a qualidade da
exemplo, sobre a alfabetização do morador, com a seguin- operação censitária. Esse conteúdo será objeto de avalia-
te pergunta: sabe ler ou escrever? ção no Processo Seletivo Simplificado e, posteriormente,
Com isso, busca-se captar se a pessoa sabe ler e será aprofundado no treinamento presencial.
escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma que
conhece, independentemente do fato de estar ou não fre- Atenção
quentando escola e já ter concluído períodos letivos É muito importante que você esteja preparado para
desempenhar bem o seu trabalho com profissionalismo e
Pessoa alfabetizada segurança.
A pessoa alfabetizada que se tornou física ou mental-
mente incapacitada de ler ou de escrever, por motivo de GLOSSÁRIO
acidente ou doença, deve ser considerada como sabendo Agente Censitário Supervisor (ACS)
ler e escrever. É a pessoa que supervisionará o trabalho de uma
equipe de Recenseadores, orientando e corrigindo falhas,
assegurando, assim, a qualidade dos trabalhos.

Conhecimentos Técnicos
18 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Setor Censitário ______________________________________________


É a unidade territorial de coleta das operações censi-
tárias, definida pelo IBGE, com limites físicos identificados ______________________________________________
em áreas contínuas e respeitando a divisão político-admi-
nistrativa do Brasil. ______________________________________________
Equipe encarregada do gerenciamento, da super-
visão e da coleta de dados ______________________________________________
Equipe formada pelo Agente Censitário Municipal
(ACM), pelo Agente Censitário Supervisor (ACS) e pelo ______________________________________________
Recenseador.
______________________________________________
INSS
______________________________________________
O Instituto Nacional do Seguro Social é um órgão do
Ministério da Previdência ______________________________________________
Social, ligado diretamente ao Governo.
______________________________________________
IRPF
Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) é um im- _____________________________________________
posto federal brasileiro que incide sobre todas as pessoas
que tenham obtido um ganho acima de um determinado _____________________________________________
valor mínimo.
______________________________________________
Área urbana
Área interna ao perímetro urbano de uma cidade ou ______________________________________________
vila, definida por lei municipal. Anteriormente, quando não
existia legislação que regulamentasse as áreas urbanas ______________________________________________
de cidades ou vilas, o perímetro urbano foi traçado para
atender a finalidade da coleta censitária. ______________________________________________

Área rural ______________________________________________


É definida pelo IBGE como toda a área externa ao pe-
______________________________________________
rímetro urbano.
______________________________________________

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Conhecimentos Técnicos
19 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

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Conhecimentos Técnicos
20 A Opção Certa Para a Sua Realização

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