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Prof. Herbert Almeida
Maria Sylvia Zanella Di Pietro:
[...] pode-se definir ato administrativo como a declaração do Estado
ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos,
com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e
sujeita a controle pelo Poder Judiciário.
Atos da Administração
Atos de direito Atos políticos ou de
Atos normativos
privado governo
▪ Tipicidade ▪ Imperatividade
Em geral, os atos administrativos são dotados, entre outros, dos atributos de
a) disponibilidade, presunção de legitimidade e imperatividade.
b) consensualidade, autoexecutoriedade e a presunção de legitimidade.
c) consensualidade, discricionariedade e disponibilidade.
d) discricionariedade, imperatividade e autoexecutoriedade.
e) presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade
Quanto aos atributos e elementos do ato administrativo e respectiva relação com a
existência e validade,
a) a presunção de legitimidade que informa todos os atos administrativos não
afasta a possibilidade de controle judicial em relação a eventuais vícios de
legalidade, como no caso de ato proferido por autoridade incompetente
b) a imperatividade dos atos administrativos enseja medidas de
autoexecutoriedade e, em razão da natureza discricionária, não admite controle
judicial, apenas autotutela por parte da Administração Pública.
c) a exigibilidade dos atos administrativos guarda relação direta com a forma,
estando presente apenas nos atos vinculados que, como tal, encontram todos os
seus requisitos de validade elencados na lei.
d) o vício relativo ao motivo, ou seja, quanto aos pressupostos fáticos do ato, pode
ser objeto de controle judicial, sem prejuízo da possibilidade de convalidação.
e) o objeto do ato administrativo pode ser discricionário ou vinculado, sendo que
somente os atos discricionários que apresentem vícios poderão ser convalidados.
A presunção de legitimidade de que goza o ato administrativo é relativa, já que
pode ser superada caso o interessado consiga demonstrar a ilegalidade do ato ou a
não ocorrência dos seus pressupostos fáticos.
Como decorrência natural do princípio da legalidade, presume-se a legitimidade de
todos os atos administrativos; por outro lado, o atributo da imperatividade (ou
coercibilidade), além de nem sempre se fazer presente, tem perdido, nos tempos
atuais, espaço para a consensualidade.
A propriedade da administração de, por meios próprios, pôr em execução suas
decisões decorre do atributo denominado exigibilidade
Em razão do princípio da tipicidade, é vedado à administração celebrar contratos
inominados
Cláudio, ocupante do cargo efetivo de Técnico Judiciário de determinado Tribunal
Regional do Trabalho, no bojo de uma ação civil pública que tramita em forma de
processo eletrônico, atendendo a um despacho do magistrado, emitiu um termo
de informação que, segundo a doutrina de Direito Administrativo, constitui um ato
administrativo.
O ato praticado por Cláudio traduz uma situação de fato real e goza de fé pública,
em razão do atributo do ato administrativo chamado
a) autoexecutoriedade, que é um meio indireto de execução do ato, que
independe de ratificação judicial.
b) exigibilidade, que é um meio direto de execução do ato administrativo, que
independe de ratificação judicial.
c) presunção de legitimidade, que consiste em presunção absoluta de que o ato foi
praticado de acordo com a lei e o determinado pelo juízo.
d) coercibilidade, segundo o qual o jurisdicionado está obrigado a cumprir o ato
cinco dias após sua inequívoca ciência.
e) presunção de veracidade, que é relativa, pois admite prova em sentido
contrário, mas causa inversão do ônus da prova dos fatos constantes no ato
administrativo
Prof. Herbert Almeida
➢ Competência (sujeito) – poder atribuído ao agente para praticar o ato
➢ Finalidade – resultado pretendido / efeito mediato
➢ Forma – como o ato se exterioriza
➢ Motivo – pressupostos de fato e de direito
➢ Objeto – efeito jurídico imediato do ato (conteúdo)
ComFiForMOb
De acordo com a doutrina majoritária, os elementos fundamentais do ato
administrativo são o(a)
a) forma, a competência, a atribuição, a finalidade e o objeto.
b) objeto, a finalidade, o motivo, a competência e a tipicidade.
c) competência, a forma, o objeto, o motivo e a finalidade
d) motivo, o objeto, a finalidade, a autoexecutoriedade e a força coercitiva.
e) objeto, o motivo, a competência, a finalidade e a abrangência.
Na delegação e na avocação de competência administrativa, é imprescindível a
existência de vínculo formal de hierarquia entre os órgãos administrativos
envolvidos
A finalidade que um ato administrativo deve alcançar é determinada pela lei,
inexistindo, nesse aspecto, liberdade de opção para a autoridade administrativa.
Comando ou posicionamento emitido oralmente por agente público, no exercício de
função administrativa e manifestando sua vontade, não pode ser considerado ato
administrativo
Quando constatado que as razões de fato ou de direito consignadas para a prática
de determinado ato administrativo são falsas, tem-se
a) vício de motivo, sendo cabível a invalidação administrativa ou judicial do ato,
ainda que se trate de ato discricionário
b) vício de finalidade, não passível de invalidação em sede judicial, salvo em se
tratando de ato vinculado.
c) ato jurídico inexistente, dada a ausência de um de seus elementos constitutivos
essenciais.
d) vício meramente formal, descabendo invalidação na medida em que o motivo é
elemento extrínseco ao ato.
e) a obrigação de convalidação do ato pela autoridade superior, no exercício da
autotutela administrativa, com a correção da falha identificada.
Segundo a teoria dos motivos determinantes, quando a administração pública
declara a motivação de um ato administrativo discricionário, a validade desse ato
fica vinculada à existência e à veracidade dos motivos por ela apresentados como
fundamentação.
José, técnico policial de necropsia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, praticou o
chamado abandono de cargo, na medida em que se ausentou do serviço, sem justa causa, por
trinta dias consecutivos. Após regular processo administrativo disciplinar, lhe foi aplicada a
sanção da demissão.
No caso em tela, as razões de fato e de direito (e não a exposição dessas razões) que deram
ensejo à prática do ato de demissão representam o elemento ou requisito do ato
administrativo denominado:
a) motivação;
b) fundamentação;
c) forma;
d) objeto;
e) motivo
A validade de um ato administrativo se vincula, entre outros aspectos, à existência e
à veracidade dos motivos apontados como fundamento para a tomada de decisão
do gestor público, sejam razões de fato, sejam razões de direito, inclusive para
demonstrar qual seria a melhor alternativa no caso concreto.
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➢ Margem de liberdade
➢ Juízo de conveniência e oportunidade
➢ Dentro dos limites da lei
➢ Valorar motivos / escolher o objeto
➢ Prerrogativa da Administração Pública
Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-
paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.
Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista
no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas
contratações de obras, serviços e compras.
DISCRICIONÁRIO
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas
com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração
sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
➢ Competência – vinculado
➢ Finalidade – vinculado
➢ Forma – vinculado (doutrina majoritária)
➢ Motivo – vinculado ou discricionário
➢ Objeto – vinculado ou discricionário
Ato vinculado
Ato discricionário
Na discricionariedade administrativa, o agente possui alguns limites à ação
voluntária, tais como: o ordenamento jurídico estabelecido para o caso concreto, a
competência do agente ou do órgão. Qualquer ato promovido fora desses limites
será considerado arbitrariedade na atividade administrativa.
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Determinado prefeito exarou ato administrativo autorizando o uso de bem público
em favor de um particular. Pouco tempo depois, lei municipal alterou o plano
diretor, no que tange à ocupação do espaço urbano, tendo proibido a destinação de
tal bem público à atividade particular.
Nessa situação hipotética, o referido ato administrativo de autorização de uso de
bem público extingue-se por
a) revogação.
b) anulação.
c) contraposição.
d) caducidade
e) cassação.
Súmula 473 - A administração pode anular seus próprios atos,
➢ Anulação quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles
não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
➢ Revogação adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.