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Walt Whitman
Título da apresentação 1
Índice
Índice
Introdução
Biografia de W.W
O transcendentalismo
Enquadramento teórico
Folhas de Erva
Análise de poemas
Intertextualidade
Relação entre artes
Conclusão
Bibliografia
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Introdução
A obra “Folhas de erva”, escrita por Walt Whitman, é um livro que reflete
a visão do autor em certos temas que o acompanharam ao longo da sua
vida. Os temas principais da obra são a guerra civil americana, na qual
Walt participou e a visão que ele tem sobre a sociedade.
Com este trabalho, o nosso objetivo será perceber algumas temáticas do
livro e analisar alguns poemas que se encaixam nas mesmas.
Título da apresentação 3
Biografia de W.W
Walt Whitman nasce a 31/5/1819, o poeta e jornalista nasceu em Nova
York, tendo descendência inglesa e holandesa, por parte do pai e da
mãe,respetivamente.
Após acabar os estudos em Brooklyn com apenas 11 anos Walt começa
a trabalhar numa tipografia, tendo começado mais tarde a ensinar
(1836-1838)
Walt viria a dedicar toda a sua vida ao jornalismo e à edição de livros.
Em 1855 Walt publicou a primeira edição de “Folhas de Erva” após ter
aberto a sua própria tipografia
Em 1864 Walt participou em voluntariado no exercito trabalhando em
hospitais militares.
Após a morte da sua mãe Walt vive com o seu irmão sofrendo duas
paralisias e passando os seus últimos anos muito pobre a sobreviver
com a ajuda da família
Walt veio a falecer a 16/3/1892
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O transcendentalismo
Título da apresentação 5
Ralph Waldo Emerson
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Enquadramento Teórico
Em 1855 uma obra bastante peculiar e polémica viria a ser escrita por Walt, esta obra
viria a ser considerada polémica tendo em conta os temas abordados numa certa época.
Folhas de Erva é um livro inacabado, tendo em com que à medida que as suas edições
foram sendo lançadas o seu prefácio ia aumentando começando com apenas 12 poemas
na primeira edição e acabando com quase 400 poemas nas ultimas edições
A obra Folhas de Erva explora o tema da apreciação de prazeres sensacionais embora na
altura este tipo de exibições sinceras fossem consideradas indecorosas. Ao contrário de
alguns poemas da altura, Folhas de Erva concentra na exaltação do corpo humano e do
mundo materialista.
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Folhas de Erva
Título da apresentação 8
Folhas de Erva
‘”DRUM-TAPS” “Songs of parting”
Walt Whitman também foi influenciado pela guerra Um dos últimos capítulos, “Songs of parting”,
Civil pela qual ele participou. enfatiza o seu conhecimento e compreensão da
O capitulo ‘DRUM-TAPS’ é todo relacionado com a vida e da morte e do após a morte. O escritor
guerra, começa com a sua convocação e acaba de despede-se dos leitores e deseja cada um que
maneira escura com o falhanço da democracia e a viva bem meso após o pico da forma física
tragédia da guerra. “ficar velho”.
Dentro desse capítulo, o poema “Memories of
President Lincoln” é uma homenagem ao ex-
presidente e às marcas positivas que deixou. Esse não
foi o único poema onde o presidente foi mencionado,
no poema “O Captain! My Captain!” O escritor
compara o presidente Lincoln com o capitão de um
naufrágio de uma viagem complicada.
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Cálamo
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Cálamo: Para ti ó Democracia
Vem, construirei o indissolúvel continente, O sujeito poético pede à democracia que
Criarei a mais esplêndida raça sobre a qual o sol já brilhou, consiga unir o povo usando as expressões
Criarei terras magnéticas e divinas, “indissolúvel”, “magnéticas” e chmando
Com o amor dos companheiros, todos de “companheiros” unidos pelo
Com o amor eterno dos companheiros
“amor”
O sujeito poético reforça a ideia de
Plantarei um companheirismo tão denso como as árvores ao longo de união entre “companheiros”
to-
dos os rios da América, e ao longo das margens dos gran- dizendo para as cidades se
des lagos, e por todas as pradarias, abraçarem pelo amor dos
Criarei cidades inseparáveis com os braços em redor dos pescoços umas “companheiros”. Utiliza uma
das outras,
Por amor aos companheiros, comparação para demonstrar a
Pelo amor viril dos companheiros. grandeza do companheirismo que
deve existir.
Para ti tudo isto da minha parte, ó Democracia, para te servir ma
femme! O sujeito poético conclui o
Para ti, para ti eu entoo estas canções. poema dizendo que é este o
pedido do mesmo para a
democracia. 11
Cálamo: Para ti ó Democracia
Vem, construirei o indissolúvel continente,
Criarei a mais esplêndida raça sobre a qual o sol já brilhou, Anáfora- é utilizada para enfatizar os
Criarei terras magnéticas e divinas,
Com o amor dos companheiros, pedidos do sujeito poético à
Com o amor eterno dos companheiros democracia
Plantarei um companheirismo tão denso como as árvores ao longo de to- Comparação- é utilizada para
dos os rios da América, e ao longo das margens dos gran- demonstrar a grande necessidade de
des lagos, e por todas as pradarias, companheirismo
Criarei cidades inseparáveis com os braços em redor dos pescoços umas
das outras,
Por amor aos companheiros, Perífrase
Pelo amor viril dos companheiros.
Apóstrofe-utilizada para evocar a
Para ti tudo isto da minha parte, ó Democracia, para te servir ma femme! democracia
Para ti, para ti eu entoo estas canções.
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Recordações do Presidente Lincoln:
Que Hoje se Calem os Acampamentos
[14 de Maio de 1865] Nesta estrofe o sujeito poético apela
Que hoje se calem os acampamentos, para os soldados cessarem a guerra,
E deixemos, soldados, as nossas armas de guerra, com o objetivo de prestar respeito ao
E que cada um se retire para celebrar, com a alma profundamente
comandante falecido. Percebemos que
triste,
A morte do nosso querido comandante. o comandante em questão era de certo
modo adorado pelos soldados, devido
à referência de uma existência de
tristeza e o uso do “nosso querido”
antes de o sujeito poético referir o
comandante.
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Recordações do Presidente Lincoln:
Que Hoje se Calem os Acampamentos
[14 de Maio de 1865]
-Nesta estrofe o sujeito poético
Mas canta, poeta, em nosso nome, apela a um poeta que, em nome
Canta o amor que lhe tínhamos, porque tu, que viveste nos dos soldados, cante o amor que
acampamen- eles tinham pelo comandante. É
tos, conhece-lo verdadeiramente. também referido que este poeta
conhecia bem o comandante, daí
a razão de ser esse poeta e não
outro a cantar.
Nesta última estrofe, é reforçado
que o poeta referido cante o amor
Ao colocarem o féretro, ali, na sepultura, que tanto ele como os soldados do
Canta - quando fecharem sobre ele as portas da terra - uma estrofe, comandante tinham pelo
Para os corações tristes dos soldados. comandante. É também referida,
novamente, a tristeza dos soldados
ao falecer o comandante.
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Recordações do Presidente Lincoln:
Que Hoje se Calem os Acampamentos
[14 de Maio de 1865]
Que hoje se calem os acampamentos,
E deixemos, soldados, as nossas armas de guerra,
E que cada um se retire para celebrar, com a alma profundamente triste, Anáfora- Realça a vontade
A morte do nosso querido comandante. que o sujeito poético tem
que os soldados façam o que
Para ele nunca mais as lutas tempestuosas da vida,
Nem a vitória, nem a derrota - nunca mais os tristes acontecimentos, é pedido
Que atacam como nuvens incessantes através do céu.
Antítese-Mostra os
Mas canta, poeta, em nosso nome, resultados opostos de uma
Canta o amor que lhe tínhamos, porque tu, que viveste nos acampamentos, conhece-lo guerra
verdadeiramente.
Metáfora-Realça o ataque
Ao colocarem o féretro, ali, na sepultura, das tristezas na guerra
Canta - quando fecharem sobre ele as portas da terra - uma estrofe,
Para os corações tristes dos soldados.
Hipálage- Usada para
adjetivar o estado dos
soldados 15
Canções de despedida: Agora, Adeus à
Praia
Agora, adeus praia, Anáfora- utilizada
Agora, à terra e à vida, apenas isto, adeus, para mostrar o fim e
Agora, vai viajante (muitas, muitas coisas ainda te estão enumerar as suas
reservadas) despedidas
Muitas vezes te aventuraste pelos mares, Metáfora- Mostra a
Viajaste com cautela, estudando os mapas, permanência do
Voltaste pontualmente e prendeste as amarras; sujeito no mundo
Mas, agora, obedece ao teu querido segredo inconfessado,
Abraça os amigos, deixa tudo em ordem,
Para não mais regressares ao porto e prenderes as amarras,
Parte na tua interminável viagem, velho marinheiro.
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Canções de despedida: Agora, Adeus à
Praia
“Agora, Adeus À Praia” é um pequeno poema sobre um velho Viajante/Marinheiro e a sua ida até ao além. O poema inicia
com a partida da costa, a terra e a vida. No entanto, não é o sujeito poético que está a partir, mas sim outra pessoa.
Na frase “Agora, vai Viajante” é bastante claro que o sujeito está a falar sobre outra pessoa. Normalmente nos poemas de
Walt Whitman, o leitor percebe que Walt se está referindo a ele próprio como por exemplo no poema “Canções de
Despedida”, “Irei em frente, Por um instante atravessarei estes Estados,…”, “ a cantar, a minha voz se cale
repentinamente.”.
O objetivo de Walt é, criar uma narrativa onde o sujeito poético está a ver uma pessoa a partir da costa. Ao longo deste
poema, o sujeito poético descreve a vida deste “Viajante” como uma pessoa que já percorreu oceanos no seu barco e que
estudou os mapas dos oceanos e que viveu uma vida bastante completa, “Muitas vezes te aventuraste pelos mares, Viajaste
com cautela, estudando os mapas, Voltaste pontualmente e prendeste as amarras.”. Da maneira que o sujeito poético
descreve este “Viajante”, dá se a entender que para ele é uma grande inspiração. Os últimos versos do poema é o sujeito
poético a sugerir ao “Viajante” para despedir se uma última vez antes de partir para sempre “Abraça os amigos, deixa tudo
em ordem, Para não regressares ao porto e prenderes as amarras, Parte na tua interminável viagem, velho Marinheiro.”
Este poema sobre a vida após morte e aceitar o próprio destino enquadra-se muito na vida de Walt Whitman. Walt passou a
maior parte da sua vida numa crise existencial e a questionar se sobre a sua existência e o seu motivo.
Este poema “Agora, Adeus À Praia” age como se fosse uma inspiração a Walt para aceitar o seu destino e a sua morte
inevitável. Walt afirma ao Viajante que ainda muito lhe espera, como se acreditasse que realmente há vida após morte. Ao
contrário de outros poemas de Walt Whitman, este poema traz esperança e orgulho, ao falar do Viajante.
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Intertextualidade
Ode Triunfal
Intertextualidade
19
Intertextualidade:
Ode triunfal/ Ao partir de Paumanok
(…)
Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime! Americanos! conquistadores! caminhadas
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo! humanitárias!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto, Vanguarda! Marchas do século! Libertad!
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento Multidões!
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável! Para vós um reportório de cânticos.
(…) Cânticos das pradarias,
Ó fazendas nas montras! Ó manequins! Ó últimos figurinos! Cânticos do Mississipi de longo curso que vai
Ó artigos inúteis que toda a gente quer comprar!
Olá grandes armazéns com várias secções! até ao Golfo do México,
Olá anúncios elétricos que vêm e estão e desaparecem! Cânticos de Ohio, Indiana, Illinois, Iowa,
Olá tudo com que hoje se constrói, com que hoje se é diferente de ontem!
Eh, cimento armado, beton de cimento, novos processos!
Wisconsin e Minnesota, Cânticos que partem
Progressos dos armamentos gloriosamente mortíferos! do centro, do Kansas, e daí são equidistantes,
Couraças, canhões, metralhadoras, submarinos, aeroplanos! Projectando-se em ondas incessantes de fogo
Amo-vos a todos, a tudo, como uma fera.
Amo-vos carnivoramente. para todos estimular.
Pervertidamente e enroscando a minha vista
Em vós, ó coisas grandes, banais, úteis, inúteis,
Ó coisas todas modernas,
Ó minhas contemporâneas, forma actual e próxima
Do sistema imediato do Universo!
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Nova Revelação metálica e dinâmica de Deus!
Intertextualidade
Pontos de aproximação Pontos de afastamento
Tanto na obra de Álvaro de Campos como na de Na obra de Álvaro de Campos é muito utilizado o
Walt Whitman a regularidade métrica, a sensacionismo algo que não se vê neste poema de Walt
regularidade nos versos, e nas estrofes é inexistente; Whitman;
Em ambas as obras podemos ver enumerações que Enquanto que Campos refere vários desejos como
são usadas para evocar certos elementos. “Ah, poder exprimir-me todo como um motor se
exprime!”
Walt apenas oferece cânticos à nação estadunidense
“Para vós um reportório de cânticos.”
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Relação entre artes
Democracia em festa
Relação entre artes
•Ficha técnica:
Nome: Victor Manuel Martins Costa
Titulo: Democracia em festa
Técnica: Mosaicos
Dimensões: 80 cm altura, 220 cm largura
Data: 2005
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A igreja mostra a ideia de
Relação entre artes
espalhar o amor e
A enxada
companheirismo
representa o povo
trabalhador
“Por amor aos
companheiros,”
No poema não são
referidas as classes
Uma manifestação
além de ser um
sociais é apenas
símbolo democrático pedido o
pode não estar companheirismo
envolvida com amor e entre todos
companheirismo ao
contrário do que está
referido no poema
“Com o amor dos
companheiros,”
As mãos e as bandeiras
“ó As pessoas de mãos
Democracia,” dadas representam a
mostram liberdade de
união
expressão 24
Conclusão
Com este trabalho
conseguimos aperceber-nos
de duas coisas
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