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Bruna P. A.

Cardoso

Práticas de
linguagem oral e
escrita na Educação
Infantil

Bibliografia

Thais Goes
@aconcurseirapedagoga japassei.educacao japasseieducacao.com.br

TAMIRES DAMIÃO SANTOS - tamiresantos201987@gmail.com - IP: 152.250.99.204


Cardoso

Práticas de linguagem oral e escrita


na Educação Infantil
São Paulo: Anzol

Professora Thais Goes


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Capítulo 1 - Teorias sobre a linguagem

• A autora começa refletindo que por muito tempo a psicologia e a linguística debateram esse
assunto considerando a língua como a representação do pensamento ou um instrumento da
comunicação.

• Logo em seguida, apresenta alguns estudos sobre a linguagem de Vygotsky:

- A principal função da linguagem se constitui do intercâmbio social, pois a linguagem é o


sistema simbólico básico dos grupos sociais.

• Apresenta também as contribuições de Bakhtin. Ele fazia algumas críticas às teorias


linguísticas desenvolvidas até então:

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• Para o objetivo abstrato, criticado por reduzir a linguagem, o fator normativo estável prevalece
sobre o caráter mutável da língua e, portanto, esta é vista como um produto acabado,
transmitido através de gerações.

• O subjetivismo idealista, criticado por reduzir a linguagem a enunciação monológica isolada:


"para o subjetivismo idealista, o fenômeno linguístico é ato significativo de criação individual.“

• Na visão de Bakhtin, quando se trata da linguagem, não é possível deixar de lado o caráter
ideológico e vivencial, é preciso considerar o contexto em que ocorre a enunciação, e não se
pode entender a língua como um produto acabado a ser transmitido. A língua é constantemente
modificada e viva. O livro concorda com esta visão, ou seja, na importância da interação nas
situações de comunicação e na teoria enunciativo-discurso.

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• Assim, as concepções de linguagem, como visto anteriormente, podem ser organizadas em


três grandes grupos:

- expressão do pensamento - (Quem não se expressa bem como nos modelos de literatura não
pensa);

- instrumento de comunicação - (Apenas um código que transmite uma mensagem, o aluno fica
excluída da produção do sentido);

- forma de interação - (Adotada pelo livro: O interlocutor é um sujeito ativo no processo de


construção de sentidos do texto).

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Processos de ensino e aprendizagem na perspectiva vigotskiana

• O aprendizado escolar produz algo novo no aprendizado da criança que vai além da
combinação entre aprendizagem e nível de desenvolvimento.

• (Nível real  zona de desenvolvimento proximal  Nível potencial)

• Internalização: É a reconstrução interna de uma operação externa. Este processo consiste


em uma série de transformações. (Exemplo bebê que tem um cachorro)

• A internalização é um processo individual e, ao mesmo tempo, construído com base na


interação social.

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Capítulo 2 - Os gêneros do discurso, a linguagem e a linguagem escrita

• Durante muito tempo, estabelecer a diferença entre linguagem oral e linguagem escrita
constituiu uma prática amplamente adotado outros educadores. Entretanto, no caso deste
livro, a proposta é olhar para o assunto de outra maneira.

• A linguagem é uma forma de interação, por isso para domina-la é preciso ir além da
gramática. Isso significa pensar nos interlocutores, na finalidade que o discurso tem e no
momento em que se produz.

• Os discursos são produzidos nas diferentes esferas de atividade humana, cada uma dessas
esferas exige dos participantes do discurso o uso de um gênero específico do discurso.

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• Linguagem oral X linguagem escrita: Por muito tempo ambas foram colocados em polos
opostos (formal x informal, com planejamento x sem planejamento, completa x fragmentado).

• Atualmente ambas são consideradas práticas sociais que apresentam sua singularidades e
complementaridades.

• Gênero do discurso: Quando falamos ou escrevemos, lemos ou ouvimos, nós o fazemos


dentro de gêneros de discurso adequados a situação de comunicação. Caracterizam-se pelo
conteúdo temático, pelo estilo e pela construção composicional, de acordo com as
necessidades intenções do locutor. A função do gênero define sua estrutura.

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A linguagem oral nas práticas escolares

• A preocupação do professor ao pensar os orais como objeto de ensino deve concentrar-se no


gênero textual a ser trabalhado. Isso pode acontecer em situações como assembleias,
campanha de divulgação oral ou um projeto que se proponha ensinar receitas pela rádio da
escola.

• As estratégias de ensino precisam estar voltadas na interlocução e dar importância ao


contexto de produção e a situação comunicativa.

• O que é leitura? Além da decifração, envolve compreensão, interação e interpretação.

• É possível trabalhar leitura com crianças pequenas, até bebês. É importante que se aprenda,
desde pequeno, para que serve a leitura, ela precisa fazer parte da vida.

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A linguagem escrita nas práticas escolares

• É preciso dar função à leitura e à escrita para que a criança compreenda suas utilidades;

• É necessário olhar para a escrita que a criança produz ou para o que ela tenta ler e reconhecer
o valor e a evolução dos dessa produção;

• É preciso ler para os alunos, escrever com eles e diante deles, deixar que eles explorem os
livros e diferentes textos;

• A partir do próprio nome, do nome dos colegas, as crianças começam a construir seu
repertório de informações sobre o nosso sistema de escrita;

• Alfabetização precisa ser compreendida como processo;

• Não é necessário corrigir o tempo todo os erros cometidos no início do processo.

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O papel da educação infantil na formação de leitores proficientes

Resumidamente, existem três tipos de capacidades de leitura:

• Codificação, compreensão e apreciação ou réplica do leitor em relação ao texto.

• Na educação infantil é possível, por exemplo, trabalhar as capacidades de decodificação quando


uma criança, a partir de seu nome, conhece as letras do alfabeto podendo até começar a
estabelecer relações entre grafemas e fonemas. Além disso, a definição das finalidades da
leitura também são importantes, por exemplo: "hoje eu trouxe uma reportagem interessante
sobre um show gratuito que vai ter no parque das crianças vamos ler?“. Permitir que as crianças
emitam opiniões a partir de leituras, entre outras possibilidades.

• Nesse contexto, o papel do professor como mediador entre a criança e o texto escrito, torna-se
ainda mais importante. Além disso, o educador pode servir como modelo.
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Capítulo 3 - O trabalho com os gêneros do discurso na Educação Infantil

• O gênero primário se constrói no contexto familiar e na espontaneidade do cotidiano, são


considerados gêneros primárias, por exemplo, os telefonemas, os recados e os bilhetes.

• Os gêneros secundários seguem os modelos construídos socialmente de maneira evoluída,


recuperando, explorando e até mesmo incorporando os gêneros primários.

• Neles surge a necessidade de coesão interna, de controle da produção, da avaliação e da


gestão, ou seja, para serem dominados, os gêneros secundários necessitam da aprendizagem
formal escolar.

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Como trabalhar com os gêneros do discurso na sala de aula?

• Schneuwly e Dolz propõem um quadro em que se agrupam os gêneros, como um modo de


auxiliar o trabalho na escola. A seguir, nossa adaptação do quadro para a Educação Infantil:

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Capítulo 4 - Como incorporar o trabalho com os gêneros orais e escritos no dia a dia da sala
de aula

• Na rotina;

• No faz de conta;

• Na hora da roda: roda de novidades, registro da rotina, chamada (explorar os nomes), roda de
escolher e cantar músicas, roda de histórias, roda da biblioteca.

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Capítulo 5 - Outras maneiras de organizar o tempo didático em relação às atividades que


envolvem o discurso oral e o discurso escrito

• As letras de música e as parlendas como recurso para a construção do sistema de escrita -


atividades de leitura e de escrita

• Reescritos e escrita de bilhetes e de convites - a produção oral com destino escrito

• Explorar um gênero, um autor ou um tema (exemplo: tema de bruxas)

• Projetos entre áreas do conhecimento (sugestões: livro de receitas, exposição sobre animais
marinhos, sarau de poesias, jogo de trilha, etc.).

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Capítulo 6 - avaliação e reflexão final

• É necessário abordar a avaliação como um processo que envolve não somente o desempenho
dos alunos, mas também o trabalho do professor.

• É preciso que ao longo do semestre sejam realizados registros tanto das atividades de grupo
como das aprendizagem dos alunos. Caso o professor opte por atividades de sondagem elas
deve ser contextualizadas.

• Como opção para documento final destinados aos pais os dados coletados poder um compor
um relatório das atividades do grupo e das atividades individuais.

• Não podemos esquecer das crianças, elas também precisam se conscientizar de suas
conquistas e de suas necessidades de aprendizagem, constantemente.

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Reflexão final

• Consideramos de grande importância a organização de grupos na sala de aula para que as


interações aconteçam de maneira mais produtiva possível. É preciso dispor os alunos no
espaço de forma a propiciar as trocas tão necessárias à aprendizagem.

• É fundamental o papel do professor como mediador dessas situações didáticas. Para tanto,
ele precisa conhecer profundamente seus alunos, para propiciar e mediar situações de
interações desafiadoras e produtivas para todos. O planejamento também precisa ser muito
bem pensado e elaborado.

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RESOLUÇÃO DE QUESTÃO

Na proposta de Bruna Cardoso em seu livro "Práticas de linguagem oral e escrita na Educação
Infantil", na educação a relação entre linguagem oral e escrita foi distorcida por muito tempo, sobre
este assunto a autora propõe

a) estabelecer uma distinção clara entre linguagem oral e escrita.

b) considerar a linguagem escrita como superior à linguagem oral.

c) abordar a linguagem como uma forma de interação além da gramática.

d) ignorar os interlocutores e a finalidade do discurso.

e) desconsiderar as esferas de atividade humana na produção de discursos.

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RESOLUÇÃO DE QUESTÃO

Cardoso (2012), apresenta três grandes grupos de concepções de linguagem: expressão do


pensamento, instrumento de comunicação e forma de interação, mas concorda apenas com um
grupo, sendo o

a) primeiro, onde quem não se expressa bem, como nos modelos de literatura, não pensa.

b) segundo, a linguagem é um código que transmite uma mensagem apenas.

c) terceiro, em que o interlocutor é um sujeito ativo no processo de construção de sentidos do texto.

d) terceiro, em que o interlocutor interage passivamente sobre o processo comunicativo.

e) primeiro, a linguagem serve de tradutora do pensamento e instrumento de comunicação externo.

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