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CNPJ: nº 12.324.

198/0001-48

Aluno (a)................................................
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Bem–vindo
O Instituto Teológico Azevedo (ITA) nasceu de um desejo de atender uma
das maiores necessidades sempre presente na igreja. A Falta de oportunidade de aprender.
Muito mais que a falta de interesse em conhecer a palavra de Deus, pensamos que o maior
problema está na falta de oportunidade, na qual exista não só um conteúdo a ser transmitido,
mas a demonstração de um comprometimento com a forma, com o modelo de ensino,
atrelado a não vulgarização do ensino Biblico-teológico, coisa tão comum em nossos dias. O
ITA de forma bem sistematizada existe para proporcionar a possibilidade de você estudar
Teologia. Oferecemos os Cursos: Básico, Médio, Bacharel, Pós-Graduação, Mestrado,
Doutorado em Teologia, nas modalidades a distância, semi-presencia e regular.
Independente da modalidade nossa característica é a seriedade com que tratamos a
educação teológica Bíblica

Nosso tríplece objetivo: Transmitir a verdade, Ensinar a Verdade e combater as heresias.

Nossa Missão: Preparar e equipar o cristão comum, pregadores, líderes e mestres para o
exercício do ministério e da vida cristã.
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O Corpo Técnico-Administrativo é formado pelos seguintes profissionais:

Prof. Rev. Dr. Natã Pereira Azevedo Ph, D


Reitor
Mestre e Doutor em Teologia

Prof. Pr. Cosme Pereira Azevedo


Professor Titular
Bacharel em Teologia

Profª Miss. Samara Moraes Azevedo


Diretora – Acadêmica
Bacharel em Teologia

Miss. Sara Moraes


Coordenadora de Núcleo

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APRESENTAÇÃO
A paz do Senhor!
É um imenso prazer tê-los conosco. Sua escolha pelo Curso de Bacharelado em Teologia,
e tenha certeza de que seus estudos serão orientados pela fidelidade aos princípios cristãos. Afinal,
expomos uma TEOLOGIA ortodoxa, bíblica e pentecostal. Nenhuma exposição sobre Deus seria
completa se não contemplasse Suas obras e Seus caminhos no universo que Ele criou, além de
Sua Pessoa. Todas as ciências provêm e mantêm relação com o Criador de todas as coisas e com
Seu propósito na criação. E toda verdade é verdade de Deus, onde quer que ela seja encontrada.
Deus se revelou na criação e nas Escrituras, e a verdade achada pelas ciências naturais e sociais,
por cristãos ou profanos, não é verdade profana; é verdade sagrada de Deus (Cl. 2: 3).

O termo TEOLOGIA, segundo seus aspectos etimológicos, é composto de duas palavras


gregas: Theos = (Deus) e logos = (palavra, fala expressão). Tanto Cristo, a Palavra Viva, como a
Bíblia, a Palavra Escrita, são o Logos de Deus. Eles são para Deus o que a expressão é para o
pensamento e o que a fala é para a razão. A TEOLOGIA é, portanto, uma Theo-logia, isto é, uma
palavra, uma fala ou expressão sobre Deus; uma doutrina sobre Deus. É o estudo sobre a revelação
de Deus que é a expressão dos Seus pensamentos e, logo, é, também, o estudo sobre Sua própria
Pessoa. Portanto TEOLOGIA é o estudo sobre Deus, sua obra e sua revelação.

Prof. Rev. Dr. Natã Pereira Azevedo Ph, D.


Reitor – Presidente
FATEMEBE-Faculdade Teológica Metropolitana de Belém
Diretor – Geral
FATEL-Faculdade Teológica Logos
Reitor –Presidente
EBOL-Escola de Líderes e Obreiros do Pará
Diretor-Presidente
Escola de Pregadores Kerígma
Diretor-Presidente
Mestre e Doutor em Teologia
UTEB – Universidade Nacional de Teologia do Brasil
FAMA-Faculdade de Educação Teológica do Amapá
Pastor – Presidente
ADNAC – Assembleia de Deus Nações para Cristo

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C u r s o: Bacharel e m T e o l o g i a
Disciplina – V Teologia da Família

Índice
Capítulo I: Família: Um Projeto de Deus.

Capítulo II: A Família e o Aspecto Jurídico.

Capítulo III: A Televisão e a Família.

1. Televisão: Babá Eletrônica.

2. Vinte e Sete Conselhos para ver televisão em Família.

Capítulo IV: A Família e as Finanças.

1. O dinheiro é de Deus ou do diabo?

2. O dinheiro é a raiz de todos os males?

3. Sete princípios bíblicos para uma boa administração do dinheiro.

4. Sete passos para o sucesso.

5. Orientação orçamentária.

Capítulo V: O Perfil da Mulher segundo o Coração de Deus

1. O perfil da mulher cristã no Antigo Testamento.

2. O perfil da mulher cristã no Novo Testamento.

3. Escala de Prioridades da Mulher.

4. Direitos Constitucionais da Mulher.

5. Direitos garantidos pela Constituição Divina.

6. Obrigações da Mulher como Esposa.

7. Obrigações da Mulher como Mãe.

8. Obrigações da Mulher como Profissional.

9. Que tipo de mulher Você é?

10. O que todo Esposo espera de sua Esposa?

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Capítulo VI: O Perfil do Homem segundo o coração de Deus.

1. Escala de prioridades do Homem.

2. Direitos do Homem garantidos pela Constituição Divina.

3. Obrigações do Homem como Líder Espiritual.

4. Obrigações do Homem como Esposo.

5. Obrigações Homem como Pai.

6. Obrigações do Homem como Profissional.

7. Que Tipo de Esposo, Você é?

8. O que toda Esposa espera de seu Esposo?

Capítulo VII: Direitos e Obrigações dos Filhos segundo a Bíblia

1. Direitos dos Filhos.

2. Obrigações dos Filhos.

3. Dez Tipos de Filhos.

4. Relacionamento na Vida Familiar.

5. Lista de atitudes que afastam os Filhos dos Pais.

6. Advertência.

7. Disciplina.

8. Como ter um Filho delinquente.

Capítulo VIII: Violência Domestica.

Capítulo IX: Graça para um Relacionamento Sem Graça

Capitulo X: O que não pode faltar numa Família

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Introdução
No mundo contemporâneo é assustador o rebaixamento dos padrões morais, éticos e
principalmente espirituais. Isto está de modo sutil, minando e demolindo os alicerces da
família, como célula básica da sociedade, a qual se tornou permissiva, sem referenciais e
limites.

O apóstolo Paulo, afirmou que nos últimos dias o inimigo promoveria uma destruição
em massa na família. Os sentimentos de ternura, amor e respeito, desapareceriam do lar e
com a ausência de tudo aquilo que faz parte da estrutura familiar, surgiria pais desumanos,
egoístas e filhos desobedientes, II Tm 3.1-3.

Como a família é o núcleo de toda a sociedade, ela se torna alvo fácil da destruição
em função da exploração, em outras palavras, cada vez que alguém quer transformar a
opinião do povo passa a introduzir conceitos distorcidos dentro dos lares. São várias as
maneiras de se distorcer a base de uma família, o que gera este caos em a atual sociedade
está inserido e que em tempos passados ocasionou o julgamento implacável de Deus como
nos dias de Noé e posteriormente em Sodoma, Gomorra e cidades circunvizinhas.

Porém, quando uma família está bem estabelecida e alicerçada na Palavra de Deus,
a contaminação exterior não a atinge. É com profundo pesar que constamos que muitas
famílias cristãs tem adotado o mesmo discurso e conceitos mundanos que tem causado
danos irreversíveis. Por exemplo, com relação a cultura do divórcio: a sociedade parece
tomada por uma epidemia de separações conjugais, doença que deixa marcadas as almas
de muitos casais maduros, como as de inúmeros jovens que experimentam desde cedo a
inconstância do amor e a experiência perversa das rupturas do lar.

O número de divórcios está crescendo dramaticamente na sociedade, mostrando que


hoje muitos casais o consideram uma opção importante quando um casamento não vai bem.
No Brasil, um de cada quatro casamentos acaba em divórcio e nos Estados Unidos o
problema atinge quase metade dos casamentos.

Não admira que a atual geração demonstre um gélido pessimismo quanto à


possibilidade de viver um amor verdadeiro e realizador no casamento. Mas o que
impressiona mais é que estudos mostram que os cristãos são tão vulneráveis ao divórcio
quanto qualquer outra pessoa.

Todos os anos, milhares de cristãos decidem, por diversos motivos, terminar seu
casamento. Um estudo realizado pelo Barna Research Group revela que o índice de divórcio
entre os cristãos americanos está realmente um pouco mais elevado do que entre os que
não são cristãos. Entre os adultos que não são cristãos, 24 por cento estão atualmente ou já
estiveram divorciados.

Em comparação, 27 por cento dos crentes que acham que nasceram de novo estão
nessa mesma situação. Essa tendência prejudica o testemunho dos cristãos na sociedade.
Há a informação de que até os ateus estão, com alegria, utilizando o mesmo estudo para
anunciar que quem não crê em Deus tem o índice mais baixo de divórcio.
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Capítulo I
Família: Um Projeto de Deus
A sociedade conhece uma caricatura de família, onde não há compromisso de
palavra, de votos, de respeito, de solidariedade, de companheirismo; a família tem se
tornado um grupo de poucas pessoas que moram no mesmo lugar, sem diálogo, sem
misericórdia, sem tempo em comum, onde predomina o individualismo - cada qual tem seus
interesses pessoais, seus prazeres, seus amigos. Enfim, são famílias sem amor e sem
Deus! Esse não é o modelo divino. O Projeto de Deus está descrito na Bíblia Sagrada da
Família segundo o coração de Deus.

Certa feita, num grande simpósio de arquitetura nos EUA, dentre muitos profissionais
reuniam-se ali as maiores autoridades e estudiosos da engenharia e arquitetura mundial
discutindo os projetos arquitetônicos da humanidade... Num certo momento pede a palavra
um renomado historiador, que convida todo auditório a lembrar e elencar os maiores projetos
da humanidade construídos até hoje. E assim foram sendo destacados: As pirâmides do
Egito, O Templo de Jerusalém, as Muralhas da China, Coliseu, Estátua da Liberdade e até
as grandes obras brasileiras foram lembradas, como o Cristo Redentor e a nossa Usina de
Itaipu.

Muito bem! Disse o bom historiador a toda a platéia, essas são as grandes maravilhas
da humanidade. Mas, vocês sabem qual é o maior projeto de Deus? Alguns minutos se
passaram num total silêncio e infelizmente aqueles doutores não souberam responder.

O maior projeto de Deus é a Família: Todos esses projetos acima citados e


centenas de outros são belos, mas, nada se compara a família. Pois, o maior projeto de
Deus é a instituição mais valiosa que possuímos, antes mesmo do Estado, da Igreja, a
família tem sua origem em Deus e por isso é a célula mater da sociedade e, isto é
comprovado na santíssima trindade, na pessoa do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. A
eterna comunhão familiar existe no seio de Deus. ―Por esta causa, me ponho de joelhos
diante do Pai, de quem tomo o nome toda família tanto no céu como sobre a terra‖. Ef
3.14,15

No projeto original de Deus, sua percepção de que não era bom o homem estar só
levou-o a formar a mulher, com o propósito de que esta viesse a ser sua companheira, sua
ajudadora. Gn 2.18-25. Daí se originou os primeiros filhos. Estava formado o primeiro núcleo
familiar no mundo, dentro dos padrões de Deus.

A família que nasce em Deus é uma família voltada à satisfação do ser: "Não é bom
que o homem esteja só". Gn 2.18. Essa constatação, por si só, evidencia que Deus estava
interessado no bem-estar da sua criatura. Família surgiu para trazer satisfação,
complementação, ajuste, prazer, alegria, plenitude e todos os outros sentimentos inerentes à
própria condição de ser família. Ou seja, família é para ser bênção segundo a intenção
original de Deus.

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O Antigo Testamento se inicia quando a primeira família é criada por
Deus (Gn 2.26-27) e quando Deus dialoga com o primeiro casal (Gn 3.9-10) e termina
chamando as famílias para uma reconciliação. Ml 4.6: ―E ele converterá o coração dos pais
aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais...‖.

O Novo Testamento se inicia com a história de uma família que aguarda um filho que,
pelas indicações dos acontecimentos, seria muito importante. Mt 1.18-25. O filho nasce
quando a família está em viagem e o único lugar que encontram para acolher a criança é
uma manjedoura. O Novo Testamento termina com a figura da esposa e do esposo que se
comunicam com a palavra de convite ―Vem‖. Apoc 22.17.

O termo grego oikos ocorre cerca de 110 vezes no Novo Testamento e significa
―casa‖, ―família‖, ―pertences‖, ―bens‖, etc. Lendo e analisando alguns textos dos Evangelhos,
pode-se perceber que Jesus, de uma maneira ou outra, resgatou o sentido de família. Jesus
não falou de uma maneira clara e direta sobre ela, mas fica claro que a família teve um
papel importante na sua formação e para o seu ministério. Jesus viveu cerca de 30 anos
junto com sua família, enfrentando diversos tipos de situações e experimentando o cotidiano
da vida e das relações judaicas.

Nas cartas de Paulo há alusão às relações familiares. Ele destaca a família como
modelo de comportamento ideal para toda a igreja e exorta as comunidades cristãs como
uma família. Rm 12 e 14; I Co 12; Ef 5.21-26; Cl 3.18-21.

Assim, tanto o Antigo e o Novo Testamento testificam ―a respeito da importância da


família na vida das pessoas e da sociedade. Seu papel vai além da função meramente
procriadora, sendo uma comunidade de apoio mútuo, amor, comunhão, formação e serviço,
atingindo assim funções educadoras, socializadoras e integradoras das pessoas na
sociedade‖.

Portanto, a família faz parte do plano divino da criação. Deus tem um projeto para a
vida da família. Ao criar a família, Deus providenciou as condições para que o homem e a
mulher não estivessem sozinhos. Ao vínculo entre o homem e a mulher Deus estabeleceu a
comunhão. A garantia de felicidade no lar está em o casal ―buscar constantemente sintonia
entre seu projeto fundamental de vida e o projeto de Deus‖. Qualquer constituição familiar
que fuja a esse padrão divino é pecado, pois contraria frontalmente a intenção de Deus,
caracterizando-se como desobediência aos seus ensinamentos. Todo servo de Deus deve
primar por uma família dentro dos padrões divinos.

Mulheres, em nome de Jesus não recebam ministrações de programas que só


inculcam na mente de vocês tudo aquilo que é contrário a Palavra de Deus. Homens sejam
colunas de suas casas. Sejam responsáveis com aquilo que Deus colocou em suas mãos.
Sua esposa e seus filhos são responsabilidade sua. Quanto tempo você gasta curvado
diante de Deus? Curve-se diante de Deus para que sua família não fique curvada diante
deste mundo. Ef 3.15.

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Capítulo II
A Família e o Aspecto Jurídico
"Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a
terra e sujeita-a; dominai (...). Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom."
(Bíblia Sagrada, Livro do Gênesis, 1:27-28, cerca de 1.500 a.C.)

"Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça,


nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. (...) A
família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade
e do Estado." (Declaração Universal dos Direitos Humanos - ONU - 1.948, art. XVI, "1" e "3")

"A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado."

(Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, art. 226): "O casamento


estabelece comunhão plena de vida (...). O casamento se realiza no momento em que o
homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo
conjugal e o juiz os declara casados." (Código Civil Brasileiro, 2002, arts. 1.511 e 1.514).

A família natural é constituída pela união matrimonial do homem e da mulher e, uma


vez assim constituída, passa a ser instituição basilar e fundamental para a existência de
nossa sociedade. E mais: por assim ser, dada a sua importância e indispensabilidade, goza
de especial proteção do Estado.

Há nesses documentos históricos - de natureza cristã, científica e jurídica - a


atestação, contundente e peremptória, de que a família natural - aquela que pode ser
fecunda, conforme o mandamento bíblico - tem sido e é sim - em toda a história da
humanidade - o bem maior, a ratio essendi (isto é, a razão essencial) da sociedade, como se
houvesse - e de fato há - uma implicação lógica de causa e efeito, qual seja: não há
sociedade sem família, de modo tal que a família seria o antecedente necessário do
consequente lógico que é a sociedade. Não é por outra razão que, entre os romanos, a
máxima capacidade jurídica e social de uma pessoa se realizava com a obtenção - em
ordem e grau de plenitude jurídico-social - do "status libertatis", depois do "status civitatis" e
depois do "status familiae".

Traduzindo: a plenitude do ser humano e da condição social, para os romanos, dava-


se, em primeiro lugar, com a assunção do "estado de liberdade", depois com a assunção da
condição e "estado de cidadão" e, em terceiro lugar, como ápice e razão de ser do romano,
com a assunção de uma posição dentro de uma família (família communi iure), o que seria o
seu "estado de família".

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Nesse mesmo contexto histórico da antiguidade, a noção de
"Família", como base da sociedade, é ainda mais clara, porque, como não havia "Estado" -
como organização jurídica nos moldes em que temos hoje - era no seio dela - da "Família"

- que as relações políticas e jurídicas se iniciavam e se consolidavam, de modo que a


tradição jurídica e cultural de cada comunidade era transmitida, oralmente, dos pais para os
filhos.

A preservação da comunidade e a continuidade dos seus valores e tradições ficava a


cargo das famílias. Percebamos, então, que papel essencial exercia, historicamente, a
instituição "Família", neste contexto. Os judeus, por exemplo, em suas entidades familiares,
conservavam as tradições e valores fundamentais da sua comunidade através do "midrash"
que era uma espécie de narrativa oral, transmitida de pai para filho, cujo objetivo maior era
interpretar e aplicar, mais facilmente, na vida diária, os ensinamentos da Torá. Percebe-se,
em tudo isso, que as crianças e adolescentes tinham referenciais claros para serem
seguidos. Havia uma distinção mais nítida, perceptível e elucidativa entre o que é bem e
mal, certo e errado, belo e feio, verdade e mentira. Os pais eram os arquétipos e modelos a
serem seguidos pelos filhos. Era em casa, no lar, que as virtudes eram ensinadas e
exaltadas, do mesmo modo que os vícios eram reprovados e corrigidos. Havia amor,
respeito, ordem, disciplina, consideração, dignidade e honradez familiar. Infelizmente, não
mais tem sido assim. O que era a "Família"? O que é a "Família"? E no que está se tornando
a "Família" são questões que precisamos, urgentemente, (re) discutir e (re) dimensionar.

Sob o prisma científico, resta, também, comprovado hoje que é no seio da "Família"
que atingimos a plenitude da nossa formação física, moral, cultural e intelectual. É
exatamente por isso que as chamadas Ciências Humanas - assim como também, as
Ciências Sociais e Aplicadas - olham, objectual e cognitivamente, a instituição "Família"
como uma forma de organização elementar dos indivíduos, cujas funções-proteção
psicossocial; socialização; geradora de afeição; proporcionadora de segurança, aceitação
pessoal, satisfação e de sentimento de utilidade; asseguradora da continuidade das relações
sociais; impositora de disciplina, autoridade e do sentimento do que é correto - são
essenciais para o desenvolvimento do ser humano, do ser social e da sociedade.

A psicologia, neste sentido, afirma que é no seio da "Família" que se constitui o


sujeito e se estabelece os parâmetros comportamentais que vão dominar as relações sociais
(Freud, em "Totem e tabu", 1913). Não é por outra razão que este mesmo Freud afirmou
que, com a morte do pai, o sentimento que veio à tona nele é o de que, apartir daquele
momento da morte, ele estava sendo desenraizado (Carta a Wilhelm, em 1895).

A sociologia e a antropologia atestam no mesmo sentido a importância vital da


"Família" para a sociedade porque esta é um tipo de instituição social que se encontra em
todos os agrupamentos humanos, mesmo que variem as estruturas e funcionamento, de tal
modo que podemos, sociológica e antropologicamente, afirmar que a família é ínsita ao
conceito de sociedade. É inelutável afirmar que não existe sociedade sem famílias. A
questão maior é indicar que tipo de "Família" é essa que se tem constituído neste momento
pós-moderno.
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Todo esse entendimento cultural e científico sobre a "Família" foi
incorporado no nosso Sistema Jurídico, porque, como sabemos, este é consubstanciado nos
valores princípio lógicos e nos preceitos normativos que a sociedade adota. É a sociedade,
em sua maioria, quem decide sobre eles - os princípios e os preceitos jurídicos. Por isso que
o nosso legislador constitucional e infraconstitucional - assim como o próprio Direito
Internacional - reconhecem a "Família" como instituição mater e basilar de uma sociedade.
Foi o que vimos nos textos da epígrafe do presente ensaio.

Capítulo III
A Televisão e a Família
Pesquisa, um tanto antiga, concluía que só em uma semana foram disparados 1.940
tiros nas telas de TVs; houve 886 explosões; 651 brigas; 1.145 cenas de nudez; 233
trombadas de carro e 188 referências a trejeitos homossexuais. Pesquisa semelhante, nos
Estados Unidos, mostrou que um telespectador de 18 anos terá visto 3.200 cenas de
homicídios e 250.000 atos violentos na TV.

O escritor J. N. Norton conta a história de Alípio, um teórico da música do quarto


século que procurava viver uma vida digna. Ele era sempre convidado por seus vizinhos a
assistir aos combates de gladiadores, mas se recusava terminantemente, pois detestava a
brutalidade desses programas bárbaros.

Um dia, no entanto, conseguiram coagi-lo a ir. Como Alípio estava determinado a não
assistir ao espetáculo sangrento, fechou bem os olhos e nada quis ver. Mas um grito
cortante o fez dar uma olhadinha na hora em que um dos lutadores estava sendo ferido
mortalmente. O que ocorreu com ele a partir daquele momento foi emblemático. Com a sua
sensibilidade embotada, Alípio juntou a sua voz aos gritos e exclamações da multidão
barulhenta que o cercava.

Daquele momento em diante, ele passou a ser um homem mudado – mas mudado
para pior; não apenas se tornou assíduo frequentador desse esporte, mas passou também a
instar com outros a fazerem o mesmo. A lição que Norton destaca é que, apesar de Alípio
ter entrado na arena contra a sua vontade, a exposição ao mal mostra o que pode acontecer
com as melhores pessoas ao sentirem o gostinho pelo prazer destrutivo. Antes de o
perceberem, já estão escravizados a ele.

Se você geralmente passa algumas horas por dia diante da televisão, então isso
provavelmente já aconteceu com você. Embora não seja nenhuma novidade, o conteúdo
moral da televisão tem decaído constante e rapidamente nos últimos anos. A boa notícia é
que nós não temos que cair junto.

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Hoje, 98% dos lares brasileiros têm televisão, enquanto 94% têm
geladeira. Para se ter uma ideia, o brasileiro, hoje, é o campeão mundial em tempo gasto na
frente da televisão. Ele assiste em média cinco horas e sete minutos por dia – só as crianças
assistem mais de quatro horas. A única coisa que a criança brasileira faz mais do que
assistir televisão, é dormir.

No século XVII, teve início a Era Industrial; no século XX, tivemos a Era Pós-
industrial, e o início da era da informação, que avança pelo século XXI. Os meios de
comunicação têm uma influência poderosa sobre a mente das pessoas, queiramos ou não,
aceitemos ou não. A Igreja de Cristo, em seu aspecto humano, sofre diariamente essa
tremenda influência. As famílias e as pessoas, individualmente, são afetadas pelos veículos
de comunicação. E o Diabo tem sabido fazer o mais eficiente uso desses meios para a
destruição de vidas. Como diz a Palavra de Deus, ele tem usado a mídia para roubar, matar
e destruir. Jo 10.10a.

O uso da televisão é sem dúvida alguma um tema que durante anos tem sido motivo
de bastante controvérsia no seio da igreja. Os benefícios e malefícios do seu uso têm
gerado calorosos debates, chegando ao extremo inclusive de ser motivo de disciplina em
algumas igrejas, onde seu uso é proibido e verazmente combatido.

Evidentemente, não podemos ignorar a baixa qualidade do conteúdo da televisão


brasileira e o prejuízo que ela tem trazido a família através de suas novelas, humor nocivo e
programas violentos. A violência continuada é a tônica dos programas dos canais de TV e
não há opção de escolha para o telespectador.

"Uma pesquisa feita por uma equipe, aqui no Brasil durante 200 horas de
programação, revelou os seguintes dados: 30 mortes cruéis, 1.018 lutas, 3.592 acidentes, 32
roubos, 616 cenas de uso indevido de armas, 57 sequestros, 819 desafios, 410 trapaças, 86
casos de chantagem e 321 aparições de monstros e animais ferozes". (Cadernos de
Comunicação, 93, 1978, Proal, p. 8).

A violência na TV pode ser vista nas novelas, filmes, propaganda, noticiários e


desenhos animados. É fato comprovado, que a maior audiência da programação da
Televisão envolve novelas e filmes, onde sexo e violência estão presentes em grande
escala. Diante deste quadro, pouca coisa sobra de útil na programação da TV brasileira. E
mais, quer gostemos ou não, o fato é que a Televisão usurpa um tempo precioso de todos
os membros da família. Tempo que poderia ser positivamente investido na melhoria do
relacionamento, compreensão e comunicação entre eles, do devocional e descanso.

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Televisão: Babá Eletrônica

Teremos que dar conta, diante de Deus, do tempo que nossos filhos tem gasto
inutilmente diante da TV.

Na Antiguidade, o povo judeu tinha cuidado especial com suas crianças. Os meninos
eram cuidados normalmente pela mãe até aos cinco anos, cabendo ao pai a
responsabilidade principal de ensinar ao filho as Escrituras Sagradas desde a infância.

Assim, os pais eram responsáveis pela educação e treinamento de seus filhos, sendo
eles mesmos os instrutores e orientadores, tanto por palavra como por exemplo, seguindo o
conselho bíblico: " Tu inculcarás a Palavra de Deus aos teus filhos assentados em tua casa,
andando na rua, deitando e levantando-se...". Dt 6.7.

O programa de educação era dividido em sete pontos:

1. Ensinar a criança o temor de Deus

2. Ensinar a honrar pai e mãe

3. Ensinar a lei, os mandamentos e as verdades reveladas por Deus

4. Ensinar respeitar os mais velhos

5. Ensinar aos jovens a serem obedientes

6. Ensino: o pai ensinava a profissão ao filho, e a mãe o serviço doméstico a filha

7. Ensinar a criança a ler e escrever.

A responsabilidade de criar um filho começava no lar, conforme o padrão bíblico.


Hoje, inculcar a Palavra de Deus aos filhos significa ler a Bíblia com eles, colocar louvores
para eles ouvir, comprar literatura evangélica e oferecer programações na televisão com
valores cristãos que os ajude em seu crescimento espiritual e moral. Isso é como deveria
ser, mas, o que está acontecendo de fato?

Para que servem as programações televisivas assistidas pelo público infantil? A


televisão pode ser útil aos pais enquanto cuidam dos seus afazeres, largando os pequeninos
do Senhor Jesus frente à baba eletrônica? Os adultos falam de educação por princípio, mas
ligam a televisão para os filhos assistirem programações contendo bruxaria, satanismo,
pornografia, espiritismo, tornando-os, com o passar do tempo, rebeldes e sedutores. Até as
propagandas ensinam as crianças a matar, beber, fumar e praticar sexo livre. A criança é um
receptor ativo e atento, o que ele ouve e vê é o que ele vai ser. A Bíblia alerta: "Ensina a
criança no caminho que deve andar quando ela crescer e se envelhecer não se desviará
dele". Pv 22.6.

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Sabemos que 58% da população brasileira está abaixo de 15 anos, e
3,5 bilhões da população mundial é formada de crianças. As pessoas que aceitam a Jesus
Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas, tem sua distribuição percentual da seguinte
forma:

Antes dos 5 anos - 1% aceita a Jesus; Dos 5 aos 15 anos - 85%;

Dos 15 aos 30 anos - 10%;

Após os 30 anos - 4% aceitam a Jesus.

Satanás conhece também estes dados. Ele nunca vai tocar nas crianças na igreja, na
escola dominical, ou enquanto os pais estão orando com eles. Satanás vai tocá-los na sala
de sua própria casa, quando os pais ligam a televisão para eles. Mas por que? Se ele
destruir as crianças hoje, no futuro não haverá ministros, pastores, cristãos e nem igreja. A
especialidade do inimigo é esta - matar, roubar e destruir. Jo 10.10. Se os pais não criarem
seus filhos, podemos ter certeza de uma coisa: alguém os criará A criança ainda é o alvo
principal de Satanás, pois nela estão contidas todas as possibilidades do futuro.

27 Conselhos para ver televisão em Família

Como tirar o melhor partido do uso da televisão? Especialistas em educação familiar


oferecem 27 úteis e práticos conselhos, para utilizar a televisão como um meio eficaz para a
educação dos filhos. A televisão, utilizada com critério, pode ser um meio eficaz para a
educação para os filhos. Ninguém mais quer o melhor para os filhos do os pais. Portanto,
estão obrigados a utilizar a televisão como um meio mais, dos muitos que existem ao seu
alcance, para educar as crianças nos valores da vida.

1) Os filhos devem ser ensinados pelos pais tanto a ver programas televisivos
gratificantes e enriquecedores, como a não ver aqueles que os possam degradar na
sua dignidade humana. Se os pais não ensinarem os filhos a ver televisão, quem o
fará?

2) Ensinar aos filhos que não se deve ''ver televisão'', mas sim ver programas de
televisão. Assim podemos revelar a capacidade de seleção e discriminação, que nos
habilitará a ver aquilo que nos convém e a não ver aquilo que não nos convém ver.
Os pais devem perguntar aos seus filhos: ''Que querem ver? '', mas não: ''Querem ver
televisão?''.

3) Para criar um critério de seleção, devemos evitar estar presos à televisão quando não
estamos a ver um determinado programa.

4) Uma boa maneira de pôr em prática as idéias anteriores é não ter à mão o controle
remoto, o ''zapping'', ou o costume de mudar constantemente de canal, dado que isto
é contrário ao critério de seleção que devem criar os filhos para verem televisão.

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5) Os filhos não devem ter um aparelho de televisão no seu quarto.
Este costume incentiva o isolamento e provoca uma dependência da televisão que é
contrária à vida de família. Uma dependência desregrada da televisão impede o jogo
dos filhos, a sua criatividade e o convívio familiar.
6) É conveniente ter um horário pré-estabelecido para ver programas de televisão.
Como todas as coisas, a televisão tem de ter ''o seu lugar'' na vida familiar,
juntamente com outras atividades.

7) Não use a televisão como uma ''babá eletrônica'', dado que ela não cuida
verdadeiramente dos seus filhos, especialmente se os deixar ver ''o que está
passando''. Quando os pais trabalham, o critério é especialmente importante.

8) A capacidade de imitação que as crianças têm deve ser orientada para o


conhecimento de personalidades reais e exemplares (por exemplo: esportistas, heróis
da nossa história, poetas destacados, etc.), e não para ''heróis imaginários'' e
inexistentes.

9) Culpar à televisão é uma saída fácil. Os pais não devem abdicar da luta para que em
casa se veja boa televisão, tendo sempre presente que pertence a eles a grande
responsabilidade de formar os seus filhos.

10) Se for possível, é muito conveniente que os pais vejam televisão com os filhos. De
maneira a poderem conhecer diretamente os efeitos que os programas que vêem
produzem neles.

11) Nem todos os programas são igualmente vantajosos. Os pais devem preferir que os
seus filhos vejam aqueles que têm a ver com o revelar de valores familiares, amor
pela natureza, ocupação positiva dos tempos livres, estudo e desenvolvimento da
cultura do espírito, etc., e não aqueles programas superficiais e sem fundamento.

12) Não é conveniente que a criança veja um programa que a iluda, tanto com a
cumplicidade dos pais como às escondidas deles. Não convém dar por assente que
todos os programas chamados infantis têm um conteúdo adequado. Os pais devem
orientar os seus filhos nesse sentido, o que nos obriga a informarmos
adequadamente a este respeito.

13) Os pais devem informar-se do conteúdo dos programas de televisão. Qualquer


programa que inclua erotismo, sexualidade, violência, maldade, promiscuidade,
delinquência, racismo, etc., não é apto para crianças. E os pais devem sabê-lo, e
evitar que os filhos vejam. Para adquirirem esse conhecimento, podem consultar os
guias de qualificação da programação que se publicam ocasionalmente em diversos
organismos e revistas de critério.

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14) Há que ter presente que os filhos devem aprender os valores morais
antes de mais nada no domínio da família e no convívio com os outros, e não com os
personagens e ações da televisão.

15) Os pais de família devem fazer esforços para procurar alternativas à televisão:
desporto, visitas a museus e parques naturais, sessões de teatro, projeções de
vídeos, fomentar conversas familiares, praticar ações solidárias a favor dos outros...

16) A ―cultura da imagem‘‘ deve chegar às crianças por outros meios que não seja
exclusivamente a televisão, quer dizer por fotografias, exposições, mapas, leitura,
etc.‖.

17) Inevitavelmente, e apesar dos esforços, haverá conteúdos televisivos contrários aos
valores familiares. É por esse motivo que os pais, devem fazer o necessário para que
os programas sejam analisados e discutidos em reuniões de família, por exemplo, às
refeições. Isto não só enriquece a comunicação familiar, mas também é uma boa
maneira de dar um apoio à educação dos seus filhos, evitando que se enraízem neles
maus conteúdos televisivos.

18) As famílias, a pouco e pouco, podem criar uma coleção de vídeos com filmes e
documentários de interesse para as crianças.

19) Os anúncios comerciais podem ser tão perigosos como os maus programas de
televisão. Os pais devem estar muito atentos para que a televisão não torne os seus
filhos pessoas superficiais ou consumidores de tudo o que se anuncia. Nunca se deve
fazer caso da publicidade de jogos que incitem à violência, erotismo, à discriminação
ou ao racismo.

20) Ver ou não ver televisão não deve constituir para as crianças uma questão de prêmio
ou castigo.

21) Os pais de família devem iniciar os seus filhos, segundo a sua idade e
desenvolvimento, numa prudente e positiva educação sexual, na qual se evite que
uma imagem distorcida da mulher e do sexo lhes seja transmitida, pouco a pouco, por
meio da televisão.

22) Os pais de família devem lutar para que qualquer programa de televisão infantil,
realizado sem ética, sem respeito pelos valores e pelos direitos das crianças, seja
qualificado como um delito pela legislação nacional. A má televisão infantil, ou
"programação-lixo" tem como origem o desprezo pelas crianças como pessoas.

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23) Os pais não devem deixar que os seus filhos vejam televisão-lixo. Se estes
programas de televisão forem vistos pelos seus filhos, farão com que confundam
realidade e ficção; desorientar-se-ão e ficarão equivocados na compreensão do valor
e do sentido da vida, e irão deformar a sua própria consciência. Transigir com a má
qualidade desses programas de televisão impróprios para crianças, deixando- os ver,
equivale a transigir e tornar-se cúmplice dessas pessoas que distorcem os valores e
os direitos da infância.

24) Os pais de família devem organizar-se para exigir uma boa televisão, em horários
infantis. As atitudes grosseiras, os hábitos e comportamentos anti-sociais, as
linguagens obscenas, a perda do sentido da autoridade, a vulgaridade e a frivolidade,
o direito a condutas menos corretas, qualquer desrespeito à vida humana, etc.,
devem ser eliminados, especialmente dos programas que tenham as crianças como
destinatários.

25) Perante uma programação infantil com baixa, discutível e reprovada qualidade, os
pais têm o legítimo direito de pôr em marcha uma crítica construtiva. Assim, devem
incentivar uma boa televisão, destacando os bons programas.

26) Os pais de família e educadores devem fazer compreender aos seus filhos que a
televisão não é imprescindível nem é o único meio para ocuparem seu tempo livre.

27) O exemplo é uma terapia eficaz. Se os pais vêem muita televisão, e televisão de má
qualidade, com que critério vão evitar que os seus filhos vejam os programas que são
negativos para eles?
Portanto, muita coisa poderia mudar na vida da família se alguém, com um leve toque de
mão, desligassem a televisão. A televisão tem domínio sobre os lares, impondo as suas leis
e exigindo o cumprimento das mesmas. Muitas famílias estão sendo destruídas e estão cada
vez mais desunida, os valores estão sendo trocados e invertidos e a maioria tem se
acovardado diante desta situação.

Assim sendo, as crianças recebem pouca ou nenhuma atenção dos pais e os casais
vivem como estranhos dentro de sua própria casa. Em geral, a atenção é reservada para os
programas de televisão, que têm total primazia em todos os horários e em todos os dias.

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Capítulo IV
A Família e as Finanças
O dinheiro é de Deus ou do diabo? Alguém certa vez afirmou: Dizem que dinheiro é
coisa do diabo; mas se alguém quer ver o diabo, ande sem dinheiro. Afinal como defini-lo
corretamente?

Alguns dizem que o dinheiro é a raiz de todos os males. Outros dizem que a falta de
dinheiro é a raiz de todos os males. Porém, a bíblia diz que o ―amor‖ ao dinheiro é a raiz de
todos os males. I Timóteo 6.10.

O consumismo desenfreado e a busca incansável pelo dinheiro podem afastar o


homem de Deus e tomar o lugar do que realmente é importante na vida de um cristão. Mt
6.33. O capitalismo empurra as pessoas para a necessidade de se ter e ostentar uma
aparência independente da condição financeira. Mas antes deste sistema ser imposto, a
Bíblia já alertava quanto a isto: "Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis
de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de
vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para
as aves do céu; não semeiam, não colhem, nem ajuntam celeiros, e, contudo o vosso pai
celestial as alimenta. Não tende vós muito mais valor do que elas?. Mt 6.25,26.

I. Algumas razões dos problemas Financeiros

Preocupações com o dinheiro? Quem não as tem? Em realidade, muitos cristãos não
se preocupam com ele. Eles aprenderam a colocar em prática os princípios bíblicos de
administração das finanças, e com isso eliminaram virtualmente o estresse financeiro. Eles
crêem na providência de Deus, O qual estabeleceu princípios administrativos que devem ser
seguidos.

Durante meus anos de prática em aconselhamento financeiro, tenho encontrado três


razões primárias que contribuem para o descontrole das finanças. Farei uma lista em ordem
de ocorrência.

A primeira razão é a ―Ignorância‖. Muitas pessoas, mesmo com curso superior, são
financeiramente iletradas. Nunca estudaram os princípios bíblicos — e nem mesmo os
seculares — quanto à administração do dinheiro.

A segunda razão para o descontrole financeiro é a ―Ganância e o Egoísmo‖. Atraídos


pelas propagandas e desejos pessoais, muitas pessoas acabam gastando mais do que
ganham. Elas não desejam morar, dirigir ou vestir aquilo que realmente podem possuir.
Contudo, muitas delas também se consideram bastantes pobres para devolver o dízimo.
Dessa forma, vivem sem a manifestação das promessas quanto à sabedoria e bênçãos de
Deus. Prov. 3.5-10.

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Há esperança para essas pessoas também, mas isso requer uma
mudança de coração, ou seja, a capacidade de contentamento. O apóstolo Paulo exorta:
―De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos
trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que
nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada,
e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína
e perdição‖. I Tm 6.6-9.

A terceira razão é a ocorrência de alguma tragédia inesperada. Por exemplo, alguém


da família ter contraído uma enfermidade grave sem ter um seguro de saúde ou, por outro
lado, um membro dela perder o emprego. Outro exemplo é quando um dos cônjuges
esbanjadores abandona seu parceiro, deixando toda a dívida para ele. Outro fator pode ser
um desastre que dilapide suas posses. Ou eles podem ter crescido em um lar extremamente
pobre. Há esperança para essas pessoas também.

A despeito de seu caminho ser mais difícil, a pobreza pode ser superada. A mudança
pode ocorrer a partir do auxílio de amigos cristãos; o conselho e/ou assistência de pessoas
íntegras; um esforço dedicado somado a uma boa educação e a bênção e providência de
Deus, que podem reverter o quadro. Mas chega de problemas! Falemos agora sobre as
soluções para uma experiência financeira bem-sucedida.

II. Sete princípios bíblicos para uma boa administração do dinheiro

1. Deus é o dono de todas as coisas. Salmo 24.1; 50.12; I Crônicas 29.13,14. Como
cristãos, precisamos compreender que nada trouxemos a este mundo e nada levaremos
dele. Enquanto vivermos na Terra, somos apenas mordomos daquilo que Deus nos confiou.
Fidelidade é o mais importante.

2. Deus e Sua suprema sabedoria devem ter o primeiro lugar em nossa vida. Pv 3:5-9;
Mt 6.33. Deus pode ver nossa vida desde o princípio até o fim. Ele sabe o que é melhor para
nós e deseja que prosperemos. Essa não é uma questão simplista do tipo: ―O que Jesus
faria?‖, mas antes devemos perguntar: ―Qual é o Seu conselho para essa esfera de minha
vida?‖.

3. Nosso propósito na vida é glorificar a Deus. Mateus 5.16; I Coríntios 10.31. Pessoas
secularizadas buscam a prosperidade para que possam acumular e gastar. Cristãos buscam
prosperar para que possam satisfazer suas necessidades, as necessidades de outros e
ajudar no avanço da causa de Deus. São embaixadores de Deus.

4. Prosperidade é ter aquilo que precisamos quando necessário. Fl 4.19; Is 26.3. Deus
não nos prometeu que, se nos tornássemos cristãos, seríamos ricos segundo os padrões da
sociedade. Mas Ele nos garantiu que se nós O servíssemos, Ele supriria nossas
necessidades, estaria conosco onde estivéssemos e nos daria paz interior.

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5. A dívida é prejudicial. Pv 22.7; Rm 13.8; Sl 37.21. Reconhecer e seguir
este único princípio faria mais do que qualquer outra coisa para trazer paz às nossas
famílias e prosperidade à obra de Deus. A dívida produz contendas e estresse familiar e
individual.

6. A contribuição espontânea. O requisito neotestamentário é por uma generosidade


magnânima, não-mercenária (Mt 5.40-42) não é cumprida por estrito e exato cumprimento
da lei. O dar cristão deve ser proporcional aos meios da pessoa. I Co 8.12-15. Deve ser
pessoal e não somente eclesiástico. A generosidade, por outro lado, é medida pelo que é
deixado, antes que pelo montante dado. Mc 12.42-44.

7. Cada um deve prestar contas a Deus quanto à administração de seus recursos. Mt


25.19-29; II Co 5.10; Apoc 22.12. Não há nada mais claro nas Escrituras do que o fato de
que todos nós devemos passar pelo juízo de Deus. A recompensa: Mt 25.21.

III. Sete passos para o sucesso

Uma vez que compreendamos os princípios bíblicos quanto à administração de


recursos, podemos aplicá-los em nosso dia-a-dia. Isso pode ser realizado dando-se os
seguintes passos:

1. Organize-se. Faça um orçamento e um planejamento.

2. Gaste menos do que ganha. Decida viver dentro de suas possibilidades.

3. Poupe uma parte de seu salário.

4. Evite despesas como você evita uma doença (juros são gastos que podemos evitar).

5. Seja um diligente trabalhador. Pv 22.29.

6. Seja fiel a Deus. (e Aquele que prometeu e fiel para cumprir cada promessa)

7. Não se esqueça: Este mundo não é nossa pátria real. Aqui somos peregrinos.

IV. Uma simples orientação orçamentária:

Um orçamento familiar é um cálculo dos rendimentos da família e das despesas que


ela tem. A sua família precisa de um orçamento para que você possa ser um bom
despenseiro. Você tem um plano de administração?

A beleza dessa diretriz orçamentária é que ela pode ser adaptada às situações
pessoais. Por exemplo, se você precisa de 35% para despesas com a casa, pode ajustar
seu orçamento desde que deduza o percentual de outras categorias. Você tem apenas
100% para gastar ou se tornará um devedor. Se você adicionar mais uma categoria para as
despesas educacionais, deverá subtrair o percentual necessário de outras categorias. Essa
é a razão pela qual estudantes e pais com crianças na escola devem ter um estilo de vida
bem econômico.

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Os estrategistas financeiros geralmente incentivam as pessoas a
olharem para sua vida sob três segmentos: anos de acumulação, anos de preservação e
anos de distribuição. Da perspectiva cristã, podemos referir-nos a esse tripé como anos de
aprendizagem, anos de obtenção e anos de devolução. Quando somos jovens, não temos
preocupação quanto ao fato de nos tornarmos idosos. Entretanto, contrair uma doença
terminal, sofrer um acidente fatal ou experimentar envelhecimento todos teremos de
enfrentar um dia.

Para a maioria das pessoas há um tempo na vida que, em função de uma limitação
física ou qualquer outro tipo de restrição, serão forçados a abandonar seus empregos. Um
planejamento e uma provisão financeira devem ser efetuados para enfrentar esse período.
Se nos aposentarmos sem dívidas e com casa própria, essa quadra da vida será muito mais
fácil e prazerosa. Finalmente, todos sabem que algum dia, quer seja na morte ou na volta de
Jesus, todos deveremos livrar-nos das posses terrenas. Não poderemos levá-las conosco. I
Tm 6.7. Mas Jesus encorajou Seus seguidores a ajuntar tesouros no Céu. Mt 6.20. Onde
está ajuntando o seu tesouro maior?

Capítulo V
O Perfil da Mulher segundo o Coração de Deus
Elizabete Elliot, uma escritora contemporânea, escreve o seguinte: ―Nós fomos
criadas para sermos mulheres‖. O fato de ser mulher, não me faz um tipo de cristã diferente,
mas o fato de ser cristã me faz uma mulher diferente.

O perfil da mulher cristã no Antigo Testamento: Em toda a história da Bíblia, apesar


de encontrarmos Mulheres insensatas, uma figura de Mulher de ânimo forte, alentada fé e
sábias decisões sempre se fez presente aos olhos de Deus. Este grupo torna-se um espaço
especial dedicado às Mulheres de Deus. É um tema muito importante, porque a Mulher
funciona como uma pedra fundamental na qual se assenta toda a família. É através de sua
participação que os ensinos da Bíblia chegam ao marido, aos filhos e a todos quantos a
cercam, influindo muitas vezes até na comunidade em que vive.

Provérbios 31.10-31: Mulher virtuosa = mulher exemplar: A mulher descrita neste


trecho é exemplar, de ―caráter nobre‖ – virtuosa. Ela está plenamente envolvida com a sua
família e é apresentada, na Palavra Inspirada, com grandes elogios por sua operosidade e
talentos.

Não encontramos, aqui, uma mulher frustrada por causa de suas obrigações e
deveres na família, mas alguém que alegremente se empenha em suas atividades diárias.

Não observamos o retrato de alguém impedida no desenvolvimento de suas


habilidades intelectuais, mas uma que rege muito bem cada espaço e esfera de atividade
que cai em suas mãos – e alguém que também está ativamente procurando as
oportunidades de desenvolvimento.
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Uma cuidadosa leitura do trecho revela a descrição de uma mulher que é:

1. Valiosa. V.10

2. Confiável. V.11

3. Benevolente. V.12

4. Operosa, nos trabalhos manuais. V.13

5. Inteligente na busca dos melhores recursos para o lar. V.14

6. Madrugadora. V.15

7. Pronta a delegar. V.15

Uma mulher que é...

1. Conhecedora de atividades comerciais (vende, compra, investe). V.16

2. Forte e que prioriza o cuidado com o físico. V.17

3. Uma trabalhadora responsável. V.18

4. Tecnicamente habilidosa. V.19

5. Sensível às necessidades dos demais. V.20

6. Precavida. V.21

7. Elegante. V.22

Uma mulher que é...

1. Uma fonte de respeito para a sua família, da parte de outros. V.23

2. Perspicaz, nas oportunidades de negócios. V.24

3. Confiante e Íntegra. V.25

4. Sábia e Educadora. V.26

5. Diligente. V.27

6. Reconhecida e respeitada por sua família. V.28

7. Singular – inigualável. V.29

8. Autêntica. V.30

9. E, finalmente, uma mulher que é... Reconhecida e respeitada pelos de fora. V.31

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O perfil da mulher cristã no NT: Os apóstolos Pedro e Paulo estabeleceram algumas
qualidades destinadas especificamente às mulheres. Estas virtudes servem como critérios
para avaliar a maturidade cristã e a verdadeira eterna beleza.

1. Respeitáveis. I Tm 3.11

2. Não maldizentes. Tito 2.3

3. Temperantes. I Tm 3.11

4. Fiéis em tudo. I Tm 3.11

5. Mestras do bem. Tt 2.3

6. Amam a seus maridos. Tt 2.3-4

7. Amam a seus filhos. Tt 2.3-4

8. Sensatas. Tt 2.3-5

9. Honestas. Tt 2.3-5

10. Boas donas de casa. Tt 2.3-5

11. Bondosas. Tt 2.4-5

12. Submissas. Tt 2.3-5

13. Espírito manso e tranquilo. I Pe 3.3-4

I. Escala de Prioridades da Mulher

1. Deus

2. Esposo

3. Filhos

4. Trabalho

II. Direitos Constitucionais da Mulher (Lei N. 10.406 de 10/01/02 - Art. 240/255)

A Constituição reconhece, em seu art. 3º, que constitui objetivo da República


Federativa do Brasil promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação. Seu art. 5º, inciso I, determina que
homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, enquanto o art. 7º, inciso XVIII,
garante à mulher gestante trabalhadora, sem prejuízo do emprego e do salário, licença de
120 dias. O inciso XX desse artigo ainda propõe a proteção do mercado de trabalho da
mulher, mediante incentivos específicos.

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O art. 226, § 5º, por seu turno, determina que os direitos e deveres
referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.

Nos termos da Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regula o § 7º do art. 226 da
Constituição Federal, o planejamento familiar é direito de todos, e o Sistema Único de Saúde
deve garantir, em sua rede de serviços, a assistência à concepção e contracepção; o
atendimento pré-natal; a assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato; o controle das
doenças sexualmente transmissíveis além do controle e da prevenção do câncer cérvico-
uterino e do câncer de mama. Essa lei ainda proíbe, no seu art. 13, a exigência de atestado
de esterilização ou de teste de gravidez para quaisquer fins, impondo a pena de um a dois
anos de reclusão e multa para quem o fizer.

Portanto a atual Constituição avançou no sentido da igualdade e isto traduz


expressamente que, ―todos são iguais perante a lei‖, independentemente de sexo, cor,
credo, condição social ou religião, donde se conclui ter a mulher direito de estar ao lado do
homem (não acima nem abaixo deste), em igualdade de condições, no que concerne a sua
vida ministerial, pessoal, familiar e profissional, não podendo ser a mulher discriminada ou
mesmo desvalorizada em qualquer segmento ou ramo de atividade em sua jornada nesta
terra.

III. Direitos garantidos pela Constituição Divina (Bíblia Sagrada)

1. Ser amada pelo seu esposo. Ef 5.25,28,29.

2. Ser respeitada. I Pe 3.7.

3. Ser reconhecido o seu trabalho, e ser agradada. Pv 31.28-30 e I Co 7.33.

4. Exigir fidelidade do seu marido. Mt 19.15 e I Co 6.16.

5. Ser honrada. I Pe 3.7.

6. Ter um marido carinhoso. Pv 5.18; Ecl 9.9; Gn 26.8.

7. Ter um marido paciente. Cl 3.19 parte b.

8. Não ser defraudada na sua vida intima. I Co 7.5.

9. Viver com o seu marido até que a morte os separe. I Co 7.39.

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IV. Obrigações da Mulher segundo o Coração de Deus

1. Obrigações da Mulher como “Esposa”

Se os cônjuges prestassem mais atenção o que diz a Bíblia sobre os deveres


conjugais sem dúvida, teríamos famílias mais felizes, unidas e abençoadas. Deus
estabeleceu ―princípios de conduta‖ que jamais serão revogados e todo casal, toda família
que deseja ser abençoada, terá que necessariamente observar estes ―princípios‖. Devemos
considerar também o fato de que se o ―relacionamento conjugal‖ não tiver como base
―princípios bíblicos‖ terá sérios problemas.

1. Transferir o domínio do seu corpo para o seu marido. I Co 7.4a.

2. Amar o seu marido. Tito 2.4

3. Ser fiel. I Co 7.2 parte b; Gn 3.16

4. Ensinar as recém casadas a amar os seus maridos e filhos. Tt 2.4

5. Honrar o seu marido. Et 1.20; Nm 5.21

6. Cuidar da vida do seu marido. I Sm 18.28; 19.11,12

7. Ser a coroa (não de espinhos do seu marido). Pv 12.14

8. Não se separar do seu marido. I Co 7.10; Rm 7.3

9. Deve ser virtuosa e auxiliadora. Pv 31.10-31

10. Respeitar, reverenciar o marido. Ef 5.33

11. Edificar o lar. Pv 14.1

12. Ser prudente. Tt 2.4

13. Ser moderada. Tt 2.5

14. Pura, casta. Tt 2.5

15. Boa dona-de-casa. Tt 2.5

16. Agradar ao marido. I Co 7.34

17. Abençoar o marido verbalmente. Mc 11.25

18. Ter espírito manso. I Pe 3.4

19. Falar com doçura. Ct 4.3; Pv 16.22

20. Guardar a sua vinha – família. Ct 1.6

21. Deve ser submissa ao seu marido. Ef 5.22; I Pe 3.1.

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As feministas consideram a ―submissão‖ da mulher ao marido, algo
inconcebível, porém é preciso compreender esta regulamentação divina, na ótica divina e
não humana. O que a Palavra de Deus nos ensina, está no significado da palavra
submissão. Compreendendo este princípio, partindo do significado literal da palavra
―submissão‖. ―Sub‖ - quer dizer debaixo - de. ―Missão‖ - profissão ou vocação. Em resumo:
Submissão é exercer Missão de Apoio, missão de base, de auxilio.

Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, pois o marido é o
cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele
é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam ―em
tudo sujeitas‖ a seus maridos. Efésios 5.22-24.

Diferença entre submissão e obediência total: é necessário fazermos uma distinção


entre submissão e obediência total. Obediência total nós devemos unicamente ao Senhor
Jesus Cristo, tanto na esfera da família, da igreja como da nação. Entretanto, a Bíblia é clara
em nos dizer que, como cristãos, devemos estar submissos às autoridades constituídas, em
todos os seguimentos. Portanto, é possível estar em plena submissão a uma autoridade e
não obedecê-la totalmente. Pois, submissão está relacionada a governo e a autoridade,
enquanto que obediência está relacionada a atitudes. Mesmo que venhamos a não
obedecer uma ordem, por estar contra a palavra de Deus, não devemos usurpar o lugar da
autoridade, não devemos usar o erro de uma autoridade para nos rebelarmos contra o
governo, isto vale tanto para o lar, a igreja ou a nação.

Alguns exemplos podem nos ajudar a compreender melhor este aparente paradoxo.
Primeiramente, podemos ver Davi que, embora tenha sido totalmente submisso a Saul, não
o obedeceu em tudo, pois muitas vezes as ordens de Saul eram contrárias à palavra de
Deus, mas Davi nunca se aproveitou dos erros de Saul para destroná-lo, ele compreendia
que Deus era maior que Saul e que quando Deus quisesse o eliminaria e lhe daria o trono.

Davi sempre dizia: "eu não ponho as mãos no ungido do Senhor". Outro exemplo são
os cristãos primitivos que, embora fossem submissos ao governo de Roma, não o obedecia
quando suas leis eram contrárias as leis de Deus. Eles sempre diziam: "mais importa
obedecer a Deus do que aos homens", mas nunca aproveitaram das falhas do governo para
se rebelarem contra as autoridades.

Por que submissão é tão importante? Porque toda autoridade é constituída por Deus.
Como cristãos cremos na soberania de Deus, que Ele é quem põe Rei e tira Rei, e que toda
autoridade é constituída por Ele. Portanto, a rebelião contra autoridades, em última
instância, é a rebelião contra Deus. A Bíblia sempre diz que a rebelião é como pecado de
feitiçaria, procede do inferno. Por isso sempre que o Novo Testamento fala de submissão,
quer seja na esfera da família, da igreja ou da nação, sempre nos lembra que devemos
submeter-nos a essas autoridades constituídas "como ao Senhor".

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É importante compreender que, biblicamente, submissão não significa inferioridade,
mas sim funções diferenciadas na ordem da criação de Deus. O exemplo máximo que temos
disto é a própria triunidade. Como funciona o princípio de autoridade delegada? Na Trindade
temos que o Pai é igual ao Filho, que é igual ao Espírito Santo. Na essência os três são
iguais, todavia, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, são diferentes nas funções.

1. O Pai enviou o Filho, Jo 4.34.

2. O Filho veio, Jo 16.28.

3. O Filho foi obediente ao Pai, Jo 8.29.

4. O Filho enviou o Espírito Santo, Jo 15,26;14.26.

5. O Espírito Santo veio, At 2.16-17.

6. O Espírito Santo é obediente ao Filho, Jo 16.12-15.

Deus delega autoridades em todas as áreas da vida:

1. Civil: Rm 13.1-3.

2. Trabalho: Ef 6.5-6; Tt 2.9-10; 1 Tm 6.1-2.

3. Igreja: I Co 12.28; Hb 13.7,17.

4. Família: Ef 5.22-24; 6.1-4.

Maria que, sendo a bem aventurada e teve a experiência singular de trazer dentro de
si, gerado em suas entranhas, o Senhor Jesus Cristo, também observamos este princípio
aplicado. É interessante perceber que, enquanto Maria estava solteira, o Senhor falava
diretamente a ela, dando-lhe a direção. Entretanto, depois que se casou, o Espírito Santo
revelava a José o caminho a seguir e Maria lhe era submissa.

Submissão da Mulher ao Marido: A submissão feminina, biblicamente entendida, é o


reconhecimento da diferença de gênero. Homem e mulher são diferentes, logo têm papéis
diferentes, que devem ser valorizados. Ambos podem se destacar no mundo dos negócios,
da política, da educação e da ciência, mas há papéis, biologicamente ou culturalmente
dados, que cabem a cada um. No desenvolvimento desses papéis, homem e mulher, marido
e esposa, são complementares.

Tornou-se politicamente correto afirmar a igualdade absoluta entre masculino e


feminino, mas esta assertiva é equivocada se não incluir a dimensão da diferença, sem
superioridade, sem inferioridade.

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A submissão feminina, biblicamente entendida, é a afirmação de que
o relacionamento entre marido e mulher deve ser exclusivo, no sentido de ser um para o
outro: O amor e o cuidado devem ser mútuos, com um servindo ao outro. Não é o homem
nem a mulher mais importante do que o outro aos olhos de Deus (Gálatas 3.28), pois Deus
os criou à sua imagem (Gênesis 1.27) e os tornou co-herdeiros do dom da graça da vida
manifestado em Cristo Jesus. I Pedro 3.7. Casados, gastem tempo juntos; façam planos
juntos; criem juntos seus filhos; ensinem-nos juntos sobre a bênção da fé cristã. Quanto
mais tempo gastarem juntos e quanto mais servirem um ao outro, quanto mais se deixaram
preencher por Deus e quanto mais crescerem na semelhança de Cristo, mais terão do amor,
da alegria e do poder do Espírito Santo em suas vidas. O casamento é o espaço da
cooperação.

A submissão feminina, biblicamente entendida, quer dizer que uma família precisa de
uma liderança: Nenhum organismo social vive sem uma liderança. Nem mesmo uma família,
que precisa de uma liderança para o planejamento do futuro e para a tomada de decisões.
Marido e mulher podem inclusive se especializar na liderança. O casal pode combinar, por
exemplo, que a gestão financeira poderá ficar sob a responsabilidade daquele que for mais
capaz (aquele que sabe gastar menos...).

Uma eventual especialização não altera o papel do homem na vida familiar. Muito do
que há de pior nas famílias advém da omissão masculina. Portanto, numa situação ideal, em
que o casal busca a plenitude do Espírito Santo, a liderança é masculina. No entanto,
vivemos num mundo decaído, presentes o abandono, a infidelidade, a insanidade, a
violência doméstica e a dependência química. Nessas condições de exceção, a esposa
deverá tomar a liderança do casal e da família, para que a tragédia não seja maior.

Uma esposa abandonada não pode esperar que o marido ausente lidere a família;
esta tarefa tem que ser assumida por ela, se não quiser que a fome campeie e a
desagregação se estabeleça de modo definitivo. Uma esposa sabidamente traída precisa
assumir sua dignidade, não esperando que um marido adúltero diga a ela e a seus filhos
como devem agir. Um marido infiel está moralmente incapacitado para liderar a família.

Uma esposa física ou emocionalmente agredida por seu marido está desobrigada de
aceitar a violência como decorrência da liderança masculina. A violência de um homem
contra sua esposa é uma demonstração de insanidade, que o desqualifica como líder. A
mulher tem o dever de preservar sua saúde física e emocional, buscando uma delegacia, se
for o caso, para denunciar seu cônjuge.

Uma família em que o marido/pai ficou enfermo mentalmente não deve esperar que
ele assuma seu papel de líder enquanto precisa de recuperação. Ele deve ser respeitado,
amado, querido, mas não pode ter sobre si mais este peso, que o debilite ainda mais. A
esposa precisa assumir a liderança da casa e até do tratamento do esposo.

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Uma família em que o marido/pai se tornou dependente de drogas, seja o álcool ou os
tóxicos, não pode permitir que um homem com essa dependência lidere a casa, sob pena de
um naufrágio coletivo, uma vez que a dependência devasta a saúde física, emocional e
financeira de uma família. A esposa deve assumir a liderança e investir na recuperação do
esposo.

A submissão feminina, biblicamente entendida, tem o mesmo peso que o amor


masculino: Deve as esposas se submeter a seus maridos? Sim. Mas os maridos devem
amar as suas esposas. Amar é a forma masculina da submissão feminina. A submissão
feminina e o amor masculino devem ser no Senhor, o que quer dizer que a submissão e o
amor são dedicados primeiramente ao Senhor. Ambos são para honrar ao Senhor. Não são
os maridos os primeiros destinatários da submissão e as mulheres os primeiros destinatários
do amor, mas o Senhor; maridos e mulheres são destinatários em segundo plano. É por isto
que o casamento é mais que um contrato entre duas pessoas; na verdade, é um espelho
entre Cristo e a igreja. Ele reflete Cristo e ela reflete a Igreja.

O ideal da submissão feminina e do amor masculino, no casamento, se aplica à


questão da liderança masculina. Paulo afirma que "o marido é o cabeça da mulher, como
também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador". (V. 23).

Mais uma vez, estamos falando num plano espiritual, não natural. No plano natural, a
legislação brasileira não estabelece mais o marido como chefe da família. Ao fazê-lo, a lei
apenas reconheceu o que acontece em muitas comunidades: há famílias sem maridos e
pais, com as mulheres acumulando as duas funções; há famílias com maridos presentes,
mas ausentes nos seus compromissos e deveres. Num documentário recente, na televisão,
ouvi uma mulher dizer: "eu chegava, punha a conta na mesa; se eu não pegasse, o papel
ficaria velho; ele só queria beber".

Numa família que procura viver sob o Espírito de Deus, o padrão é outro. Nela, o
marido assume o seu papel, amando a sua esposa, amando os seus filhos, sem se impor
com frases do tipo "aqui quem manda sou eu", próprias dos fracos. Maridos, lamento dizer
que a liderança tem um peso e não é sobre a mulher; é sobre o marido, que deve se
comportar com sua esposa como Cristo se comportou em relação à Igreja. Jesus Cristo,
"embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-
se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E,
sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e
morte de cruz!". Filipenses 2.6-8. Preciso ler mais algum texto?.

Submissão é uma atitude do coração, não um ato. Um casamento triunfará se for


entre iguais. Um casamento entre iguais vai além de papéis e fórmulas. Só o casamento
entre iguais permite a verdadeira intimidade. O casamento é o espaço da comunhão entre
iguais. Se for baseado na autoridade, o casamento fracassará, mesmo que os dois
continuem coabitando. O relacionamento no casamento não é de hierarquia, com o marido
no trono e a mulher no chão, mas de parceria.
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Portanto, a submissão deve ser a mais forte demonstração de amor
da mulher para com o marido. Esta submissão não escraviza. É importante entender o que
não é submissão segundo a Bíblia. Submissão, não é ser empregada doméstica de luxo,
não é ser super-dependente, não é se auto-escravisar, não é se anular como pessoa. (Pr.
Josué Gonçalves).

2. Obrigações da Mulher como “Mãe”

A maternidade completa a mulher enquanto fêmea e enquanto ser, já que ter filhos é
ver perpetuado o ser em um outro indivíduo, é ver no outro nossos traços, algumas
semelhanças e alguns opostos do que somos. Gerar filhos é, pois, um grande privilégio da
mulher. Os filhos são bênçãos de Deus para os casais a fim de preenchê-los e
complementá-los.

Mãe, só tem uma, como se costuma dizer. E nem precisa mais. Sua figura é tão
marcante na família que o próprio Senhor se fez carne através de uma. Em qualquer cultura
(e a cristã não é exceção), a maternidade é encarada quase como um ministério, um
sacerdócio. Por isso mesmo, também é uma missão complexa, e mesmo a mais consagrada
das mulheres precisa do auxílio da Palavra de Deus para cumpri-la bem. A figura da mãe
pode ser sintetizada pelo exemplo de Ana em I Samuel: uma mulher estéril que se torna fértil
a partir de um encontro terapêutico com Deus e, por isto, entrega este filho para servir ao
Senhor. É o exemplo de uma mulher que experimenta a superação de suas limitações por
ter "derramado a sua alma perante o Senhor".

Uma mulher que ama este filho, mas não de forma possessiva e egoísta. Ela se
dispõe a doá-lo para Deus para que ele possa cumprir a vocação para a qual Deus o
chamou. Ela continua expressando o seu amor, manifesto através da túnica que tecia para
ele ano após ano, e continua se doando sem cobrança nem controle. Assim, as mães, são
chamadas a abrir mão de suas expectativas pessoais para que os filhos se sintam livres
para desenvolver o potencial que Deus lhes deu, em vez de atender os seus desejos.

3. Obrigações da Mulher como “Profissional”

Apesar da mulher contemporânea estar vivendo num contexto totalmente diferente de


todas as épocas; - o seu contexto hoje é de uma mulher profissional, competitiva no
mercado de trabalho, etc. Porém, mesmo em meio à era da pós-modernidade (3º milênio),
ela não pode perder de vista o alvo estabelecido por Deus na Sua Palavra para as mulheres.

Neste aspecto específico, que trata no papel da mulher como profissional de respeito,
vale lembrar que, à luz da Palavra de Deus e ainda Constituição Federal e demais
ordenamentos jurídicos vigentes no país, em nenhum momento o Senhor Deus proibiu o
trabalho digno da mulher e sua ajuda financeira inclusive, no sustento da família e filhos a
serem educados conjuntamente pelo casal cristão.

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As vedações a tal trabalho decorrem de preconceitos e dogmas humanos, os quais não
visam edificar a casa ou mesmo a mulher cristã, mas tão somente discrimina-la e mesmo
impedir seu desenvolvimento pleno como pessoa e mulher bem sucedida, também no
âmbito profissional.

A própria Bíblia Sagrada, no livro de Provérbios de Salomão, capítulo 31, trata do


assunto por Deus, descrevendo as características da mulher sábia, a qual zela pelo lar e
com lã e linho fino tece os proventos de sua casa, através do espírito de inteligência e
sabedoria dados por Deus, o que afinal irá redundar em dupla honra à sua pessoa.

Aliás, vale lembrar que, desde o início, pela leitura e interpretação das Sagradas
Escrituras, Deus aprova o trabalho da mulher, desde que digno e não provindo da
prostituição ou venda de seu corpo, a colocando como "adjutora" idônea a estar agregando
com o homem conhecimentos e técnicas de gestão do lar, filhos, família, podendo pois
querendo, exercer profissão remunerada.

Os avanços da mulher em tal mister, em nosso país, o qual na Constituição Federal


confere expressamente igualdade de direitos e obrigações para homens e mulheres, foram
grandes nos últimos tempos, podendo-se notar a presença e trabalho digno da mulher em
todas as profissões.

Temos mulheres atuando em todos os ramos de trabalho, tais como medicina,


odontologia, direito, arquitetura, engenharia, ramo empresarial, enfim, grande foi o
crescimento na mulher nos últimos tempos como profissional de sucesso, ainda em outras
profissões de respeito e credibilidade, como no magistério, ramo de criação de crianças,
empregada doméstica, faxineira.

Às mulheres é lícito atuarem em todos os ramos de trabalho, desde o menor até o


maior, sendo todos merecedores de respeito e credibilidade, inclusive a dona de casa, que
não tendo remuneração, colabora para a mantença da casa ao atuar positivamente nos
afazeres domésticos, sendo referido trabalho doméstico inclusive amparado em lei, em
casos de separação e partilha de bens na dissolução da união estável, aonde tem a mulher
direito à meação, desde que comprovado haver trabalhado, em casa ou fora dela, durante a
constância da sociedade conjugal ou união estável, determinando em tal hipótese o juiz, a
meação justa para a esposa ou companheira fiel, em caso de configurada a união estável.

Reconhecemos que em muitos casos, o trabalho da mulher é uma necessidade para


o complemento e em muitos casos até para o sustento da família. Mas o que se vê
atualmente é uma preferência pela carreira que, a longo prazo, não realiza a mulher tanto
quanto a família. É profundamente lamentável que a sociedade moderna desdenhe as
mulheres que devotam tempo integral à criação dos filhos e ao cuidado do lar, e exalte as
mulheres que dão mais importância às suas carreiras profissionais.

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V. Que tipo de mulher Você é?
1. Joquebede - Mulher que enfrentou o decreto real. Êx 1.22; 2.1,2

2. Mirian - Mulher ambiciosa. Nm 12.1,2

3. Débora - Mulher patriota. Jz 4.4

4. Rute - Mulher constante. Rt 1.16

5. Ana - Mulher ideal. I Sm 1.20 e 2.19

6. Abigail - Mulher capaz. I Sm 25.3,18,19

7. Ester - Mulher que se sacrificou a si mesma. Et 4.16

8. Maria Madalena - Mulher transformada. Mc 16.1,9

9. Isabel - Mulher humilde. Lc 1.43

10. Maria - Mulher escolhida por Deus. Lc 1.30-38

11. Maria de Betânia - Mulher imortalizada por Cristo. Mt 26.13

12. Marta - dona de casa preocupada. Lc 10.40

13. Dorcas - a costureira benevolente. At 9.36

14. Lídia - Mulher negociante. At 16.14,15

15. Raquel - Mulher amada. Gn 29.18

16. Léia - Mulher rejeitada. Gn 29.32,33

17. Hagar - Mulher desprezada. Gn 21.14-19

18. Maria - Mulher incompreendida. Mt 1.19

19. Ana - Mulher humilhada. I Sm 1.6

20. Noemi - Mulher amargurada. Rt 1.20

21. Eva - Mulher enganada. I Tm 2.14

22. ( ? ) - Mulher invisível.

A cura dos Traumas Emocionais: As mulheres por serem mais sensíveis, desde mais
tenra infância tem recebido ataques do inimigo para serem usadas como figuras de
sensualidade ficando escravizadas suas mentes e sentimentos, por amarras que são difíceis
de serem rompidas. Pelo poder de Cristo não existe enfermidade que não tenha remédio,
Ele é o remédio para toda a humanidade.

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Ainda que algumas mulheres tenham sido marcadas na tenra
infância até a fase adulta, há uma cura específica para cada faixa etária, que quando se
manifesta este milagre, romperão numa desenvoltura e mostrarão uma capacidade na sua
liderança e viverão realizadas como pessoa, mulher, mãe e esposa; respondendo no nível
sacerdotal ministrando cura e libertação aos oprimidos e cativos do Diabo, trazendo as
revelações mais profundas. At 10.38.

VI. Que tipo de Mulher você é?


1. A sensível?

2. A ansiosa?

3. A exagerada?

4. A compulsiva?

5. A perfeccionista?

6. A romântica?

7. A ciumenta?

8. A parceira

9. A independente

10. A econômica

11. A autoritária?

12. A obediente? Tt 2.5

13. A fiel. Pv 28.20

14. A discreta. Pv 11.22

15. A paciente. I Co 13.4

16. A cuidadosa? I Tm 5.8

17. A dona de casa? Tt 2.5

18. A sábia?Pv 14.1; 12.4; 31.10-12

19. A ajudadora? Gn 2.18; Pv 31.13-31

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VII. O que todo Esposo espera de sua Esposa?
Se o esposo se vê dentro da casa como sacerdote, honra, esposa sábia, como amiga,
intimidade sexual, confiança, não praticar o mal, dignidade, com vontade e admiração. Essa
casa estará edificada sobre a Rocha. Os rios vão subir, os ventos vão soprar, mas a casa
não vai cair, pois ela está edificada sobre a Rocha.

Não importa se você está começando a vida conjugal agora ou se você já está
casado há mais tempo, o importante é saber que para um casamento dar certo, o casal,
marido e mulher, precisa aprender a tornar-se consciente das necessidades um do outro e
procurar satisfazê-las.

Suprir necessidades não significa que você deva sofrer e ranger os dentes para fazer
o melhor de algo que detesta. Significa preparar-se para atender as necessidades que você
pessoalmente não tem. Aprendendo a compreender que seu cônjuge é uma pessoa
totalmente diferente, você começa a se especializar em atender a todas as necessidades
emocionais dele (a), se você assim desejar. Deus criou a mulher para completar o que
faltava no homem, e vice-versa. O outro termo, "idônea", literalmente significa "conforme o
seu oposto". Em outras palavras, a mulher corresponde ao homem, mas também completa o
homem. Ela é o que ele não é, faz o que ele não faz, supre o que ele não tem, e vice-versa.
Assim como os dedos de duas mãos se entrelaçam, homem e mulher juntos "fecham" as
respectivas falhas na vida de cada um.

Um dos segredos de um bom casamento não é que os dois eliminam as diferenças


entre si com o passar do tempo. A chave é saber trabalhar as diferenças. Um exemplo da
biologia ilustra este princípio. Dizem que quanto mais diversificados os genes, mais forte se
torna a espécie. Isso pelo fato de que quando dois animais com genes semelhantes cruzam,
tendem a reforçar as fraquezas na espécie. Mas a diversidade genética enriquece e
fortalece a cria, pois genes prejudiciais são contrabalançados por genes bons. O
relacionamento conjugal é assim também. O casal inteligente sabe aproveitar as diferenças
entre si para ministrar um para o outro justamente nas áreas de fraqueza ou falha. O que um
Marido espera de sua Esposa?

1. Companheirismo: Mais do que qualquer outra coisa, seu marido precisa de uma parceira
e companheira por toda vida. É o que ele mais deseja para ter a oportunidade de partilhar
com você seus sonhos, frustrações, tristezas e alegrias.

2. Apoio: Casamento é uma fusão interessante, espiritual, de duas vidas distintas em uma
só carne. Como era o homem antes que a mulher fosse tirada de seu corpo? Sozinho e
necessitado de ajuda. Por isso, não deveria ser nenhuma surpresa para você o fato de que a
outra grande necessidade de seu marido no casamento seja o apoio. Os homens expressam
esta necessidade com palavras como: "mais compreensão, apoio, estímulo, confiança,
apreciação, respeito, afirmação, aceitação, sentir-se importante". O que os maridos estão
querendo dizer é : "Ajude-me aqui". E "Eu preciso de incentivo".

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3. Elogios e apreciação: É importante observar que os homens também
necessitam ser elogiados e apreciados. Portanto, você esposa deve observar os pontos
fortes em seu marido e mencioná-los, colocando-os em evidência. Ele precisa sentir que
você o admira.

4. Ter suas necessidades supridas: Ele não é precisamente igual a você e nem igual a
qualquer outra pessoa. Ele é um ser único, com necessidades e preferências, com falhas e
fraquezas, virtudes e poderes, ele é o somatório de características que o fazem diferente e
exatamente por isso, pode ser que a maneira como você tenta agradá-lo, não esteja
satisfazendo suas necessidades. Descubra as necessidades pessoais e singulares de seu
marido e tente satisfazê-las.

5. Evite criticá-lo e transmita-lhe afeto e carinho: Ninguém gosta de ser criticado, pois a
crítica nem sempre é construtiva, no memento certo, da forma correta, onde todas as
consequências são devidamente medidas. Você não pode deixar de considerar o fatos de
que os homens respondem melhor a abordagem persuasiva. Lembre-se que ele também
necessita de afeto e carinho. Todo marido procura a mesma coisa fundamental:
Experimentar satisfação e alegria em sua vida. Ele pode expressar isto de muitas formas -
felicidade, sucesso, satisfação, realização, alegria, prazer, gozo, deleite, significado,
propósito e sentido.

No coração do o homem palpita um desejo intenso de viver uma vida mais


significativa. A necessidade mais íntima do homem é de ser significante de encontrar sentido
e propósito para a vida, fazer diferença, realizar alguma coisa com sua vida. Portanto, as
necessidades prioritárias masculinas são diferentes das femininas, cada parceiro precisa
dedicar-se a descobrir e entender o que é mais importante para o outro, ou seja, qual é a
necessidade com maior prioridade. São mundos totalmente diferentes, mas que juntos se
completam. Por exemplo: Enquanto a mulher tem uma necessidade ínfima de ser amada, o
homem necessita muito mais ser admirado. Você já parou para pensar no por que seu
marido não se derrete quando você diz o quanto o ama? Mas ao invés, tente dizer que o
admira pelo físico, pela sua inteligência, pelo seu amor ao Senhor... e veja, então, o que
acontece!. E quando o marido diz a sua esposa que a ama apaixonadamente... e veja então
o que acontece!.

Por isso é fundamental o conhecimento da mulher em relação ao universo masculino, assim


como é imprescindível o conhecimento do homem em relação ao universo feminino.
Observemos:

Necessidades da Mulher Necessidade do Homem

Afeto Realização sexual

Para a maioria das mulheres, afeto significa segurança, proteção, conforto e aprovação.
Coisas de vital importância aos seus olhos. Quando o marido demonstra afeto por sua
esposa, está enviando mensagens como: "Eu cuidarei de você e a protegerei.

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Você é importante para mim e eu desejo que nada de mal lhe aconteça",
"eu me preocupo com os problemas que você enfrenta e estou ao seu lado", "Você fez um
bom trabalho, parabéns.".

Diálogo

A mulher deseja estar com alguém que, no seu entender, preocupa-se imensamente
com ela. Quando percebe esse tipo de atenção, ela se sente bem próxima da pessoa com
quem está falando. Na psique feminina a conversa mistura-se com afeto, o que a leva a se
sentir unida à outra pessoa. Marido, lembre-se que parceiros atenciosos conversam de
forma atenciosa. Não esqueça que pequenos gestos, pequenos elogios, cavalheirismo, etc,
fazem diferença. Quando um homem escolhe uma mulher para ser sua esposa promete
permanecer fiel a ela por toda a sua vida. Isto significa pensar que sua esposa será sua
única parceira sexual "até que a morte os separe". Ele assume este compromisso porque
acredita que sua esposa está sexualmente tão interessada nele quanto ele nela. É
importante que a mulher compreenda o quanto o sexo é especial para o homem.

Uma pessoa atraente

Pode parecer imaturo ou superficial, mais os homens apreciam uma esposa atraente.
Eles não apreciam uma mulher apenas por suas qualidades interiores. Para eles é muito
importante a maneira como ela é fisicamente, e como se apresenta. Lembre- se que a
atração física de uma esposa é frequentemente um ingrediente vital para o sucesso de um
casamento, e qualquer esposa que ignore esta verdade por qualquer razão que seja,
certamente arrisca-se a enfrentar um desastre.

Marido e mulher que se comprometem em satisfazer as necessidades um do outro


estão lançando as bases de uma felicidade duradoura no seu casamento, que pode ser mais
intensa e prazerosa do que eles jamais sonharam ser possível. A regra áurea para um bom
relacionamento é: satisfaça as necessidades do seu cônjuge como você deseja que seu
cônjuge satisfaça as suas. "Os laços do matrimônio serão inúteis se o interesse mútuo não
for mantido".

Portanto para que ela se torne "aquele tipo de esposa que todo marido gostaria de
ter" a mulher não tem que ser simplesmente uma boa dona de casa, mas tenho que ser a
rainha do lar e aceitar o seu esposo como rei; não tem que ser simplesmente uma
companheira sexual que se submete aos desejos do esposo, mas tem que ser uma esposa
romântica e apaixonada; não tem que ser simplesmente babá dos filhos, mas tem que ser
um exemplo que os influencie a destacar-se e a progredir.

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Capítulo VI
O Perfil do Homem segundo o coração de Deus
I. Escala de prioridades do Homem

1. Deus

2. Esposa

3. Filhos

4. Trabalho

II. Direitos do Homem garantidos pela Constituição Divina (Bíblia Sagrada)

1. Exercer a liderança como cabeça do lar. I Co 11.3

2. Ter domínio sobre o corpo da mulher. I Co 7.4

3. Ser amado. Tt 2.4

4. Exigir submissão da mulher. Ef 5.22,23

5. Exigir fidelidade. I Co 7.2 b

6. Não ser defraudado na sua vida íntima. I Co 7.5

7. Ser honrado. Et 1.20; Nm 5.20,21

8. Ter na sua esposa uma companheira. Gn 3.12; Gn 3.16

III. Obrigações do Homem segundo o Coração de Deus

1. Prover a liderança espiritual do Lar - o líder. Dt 6.6-9; Gn 3.16

2. Prover a vida social do Lar - o instrutor. Pv 4.1; 23.22; I Co 7.33

3. Prover a manutenção do Lar - o mantenedor. Gn 25.27; I Tm 3.4; 5:8

IV. Obrigações do Homem como “Líder Espiritual”


Há muitos homens que não está levando à vida espiritual a sério, deixando de cumprir
seu papel de guia espiritual de sua família, transferindo esta responsabilidade a esposa. É
preciso se posicionar. Há uma convocação urgente para os homens abrirem os olhos
espirituais e guardarem seus lares.

Como Sacerdote da Casa: A Bíblia ensina que Jesus Cristo nos comprou com seu
sangue para fazer de nós reis e sacerdotes (Apoc 5.9,10), o que nos faz compreender a
visão do sacerdócio universal do crente. Diferente da idéia pintada pela igreja em séculos
anteriores, não temos duas categorias distintas na igreja: o clero e os leigos.
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Todos são sacerdotes e deveriam funcionar como tal. A Bíblia
distingue posições de governo dentro da Igreja Local, mas não limita o sacerdócio a uns
poucos cristãos. Todo crente deve funcionar em seu lugar no Corpo de Cristo, e todos têm a
responsabilidade de ministrar ao Senhor, bem como aos homens, em nome d´Ele.

Esta visão tem sido resgatada em nossos dias, e somos gratos a Deus por isso.

Contudo, mesmo para aqueles cujo coração já se encontra aberto a esta verdade,
ainda vemos muitos com uma dificuldade: a de não enxergarem o sacerdócio do lar como
algo fundamental.

O Sacerdócio Começa em Casa: Antes de ser sacerdote na igreja, o homem tem que
ser sacerdote na sua própria casa: "É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível,
esposo de uma só mulher... e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob
disciplina, com todo o respeito, pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como
governará a Igreja de Deus?", I Tm 3.2,4,5.

Não é porque vai governar a igreja que o bispo tem que ter um bom lar, mas
justamente o contrário. O homem tem que ser o pastor do seu lar; isto é requisito não só
para quem ingressa no ministério de tempo integral, mas é um exemplo de vida cristã. E se
a pessoa não cumpre um requisito básico da vida cristã, então não tem autoridade para ser
um ministro à frente da Igreja.

Portanto, o mandamento de ser sacerdote no lar é para todo cristão. E isto envolve
uma excelente conduta familiar, que depois será cobrada do líder como exemplo para o
restante do rebanho: "Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesse em ordem as
coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísse presbíteros, conforme te
prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos
crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados", Tt 1.5,6.

O homem, além de ser fiel à sua esposa, deve conduzir seus filhos no caminho do
Senhor e numa vida de santidade, o que exigirá dele não só conselhos casuais, mas todo
um acompanhamento, investimento e ministração na vida espiritual de seus familiares. O
posicionamento de um homem de Deus sempre deve envolver sua casa. Este foi o exemplo
dado por Josué: "Mas se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais, se
aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do Rio, ou aos deuses dos
amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor", Js 24.15.

O texto acima reflete a responsabilidade de Josué de não apenas buscar ao Senhor,


mas servi-lo com toda a sua família. Quando se trata de família, não existe a história de
"cada um por si". Embora a responsabilidade de cada um diante de Deus seja individual,
precisamos aprender a lutar por nossos familiares, especialmente aqueles que possuem a
incumbência de exercer o sacerdócio do lar.

O plano de Deus não é apenas para o homem sozinho, mas para toda a sua família.
Quando o Senhor decidiu julgar e destruir a humanidade nos dias de Noé, não proveu
salvação para ele sozinho, mas para toda a sua família. Gn 6.18.
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Vemos também que Deus prometeu a Abraão que nele seriam
abençoadas todas as famílias da Terra. Gn 12.3. Ao tirar Ló de Sodoma, o anjo do Senhor
fez com que ele saísse com toda a família. Gn 19.12. No Novo Testamento encontramos um
anjo visitando Cornélio e dizendo que deveria chamar a Pedro, "o qual te dirá palavras
mediante as quais será salvo, tu e toda a tua casa". At 11.14. E além de todas estas porções
bíblicas, encontramos a clássica declaração do apóstolo Paulo ao carcereiro de Filipos: "Crê
no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e toda a tua casa", At 16.31.

Deus tem um plano para toda a família. Não quer dizer que porque um se converteu,
todos irão converter-se por causa deste texto. Não creio que ele seja uma promessa a todo
crente, mas sim que revele uma intenção de Deus quanto às famílias de uma forma geral.

Vale lembrar que Paulo declarou isto ao carcereiro num momento em que este
homem ia se matar. Paulo não podia vê-lo, pois além de estar dentro de sua cela, a Bíblia
diz que eles estavam no escuro. O apóstolo Paulo teve uma revelação do Espírito Santo
para uma pessoa específica, num momento específico. Não posso dizer: - "Ei, Deus! Você
prometeu que se eu cresse iria salvar todo mundo lá em casa!". Mas posso muito bem orar
pelos meus familiares crendo que há um plano divino para a família.

Cada familiar meu tem o direito de escolha, se dirão sim ou não a Jesus Cristo, é
responsabilidade pessoal de cada um deles. Mas farei de tudo para convencê-los, ensina-
los, cobri-los de oração intercessória e tudo o mais que for possível. No caso deste
carcereiro filipense, o Senhor mostrou de antemão toda a família salva. Mas para cada um
de nós, mesmo se não diga de antemão o que irá acontecer, Deus já revelou seu plano em
sua Palavra para toda a família. E o sacerdote do lar tem uma grande responsabilidade de
afetar o destino dos seus entes queridos.

O Cabeça é o Responsável: Na condição de cabeça do lar, o homem é o responsável


de quem Deus cobrará o exercício do sacerdócio. É óbvio que a mulher deve participar
exercendo o sacerdócio juntamente com seu marido, mas a responsabilidade maior não está
sobre seus ombros. Muitos maridos se acomodam por ver sua esposa fazendo bem o seu
papel, mas não deveriam agir assim. Por melhor que seja a ajuda da mulher, o homem tem
que fazer a sua parte!

No caso da mulher cujo marido não é convertido, entendemos que ela deve assumir a
posição de sacerdotisa sobre os filhos, porém não sobre seu marido. Parece-nos ter sido
exatamente o que aconteceu na casa de Timóteo, discípulo do apóstolo Paulo. A Bíblia
menciona apenas a mãe dele como sendo convertida: "Chegou também a Derbe e a Listra.
Havia ali um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego; dele
davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio", At 16.1,2.

E além da Bíblia nada falar sobre o pai de Timóteo sendo convertido, ainda mostra
que a cadeia de ensino e discipulado foi sendo transmitida por meio da avó e depois da mãe
dele: "Lembrado das tuas lágrimas, estou ansioso por ver-te, para que eu transborde de
alegria pela recordação de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em
tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti", I Tm 1.4,5.
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Portanto, na falta do homem como sacerdote, ou na incapacidade
dele de exercê-lo por não ser convertido, por exemplo – a mãe assume este papel, porém
sempre em relação aos filhos, nunca em relação ao marido: "E não permito que a mulher
ensine, nem exerça autoridade sobre o marido", I Tm 2.12.

Os pais cristãos devem entender a sua responsabilidade de suprir não só as


necessidades materiais e emocionais de seus filhos, mas também as espirituais. A Palavra
de Deus declara que "Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão". Sl
127.3. Os filhos não nos pertencem, são propriedade de Deus. Ele apenas nos confiou seus
cuidados, e um dia teremos que responder perante Ele por isso. Daremos conta da forma
como criamos nossos filhos, e isto deve trazer temor ao nosso coração, especialmente no
que diz respeito à formação espiritual deles.

Não podemos brincar com isto!

Deus está chamando os pais a assumirem um compromisso maior com Ele de


ministrar a vida espiritual de seus filhos. É preciso ministrar-lhes o coração. Desde os dias
da Velha Aliança o Senhor já esperava isto: "Não te esqueças do dia em que estiveste
perante o Senhor, teu Deus, em Horebe, quando o Senhor me disse: Reúne este povo, e os
farei ouvir as minhas palavras, a fim de que aprenda a temer-me todos os dias que na terra
viver e as ensinará aos seus filhos", Deuteronômio 4.10

No versículo anterior a este, Deus já havia dito: ―... e as farás saber aos teus filhos e
aos filhos de teus filhos". Dt 4.9. Precisamos ministrar a Palavra de Deus aos nossos filhos!
Nosso ensino – ou a falta dele – tem o poder de afetar o resto da vida de nossos filhos; foi
Deus mesmo quem declarou isto: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, a ainda
quando for velho, não se desviará dele", Pv 22.6.

Não se trata apenas de dar uma boa educação, mas sim a verdadeira educação.
Ensinar-lhes a andar nas veredas da justiça, nos caminhos bíblicos. Isto também é um
mandamento claro e expresso da Nova Aliança: "E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à
ira, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor", Efésios 6.4.

Cobertura de Oração: Também vemos na Bíblia que o sacerdote do lar deve cobrir os
seus com oração. A Palavra de Deus nos mostra que Isaque orava a Deus para que abrisse
a madre de Rebeca, sua mulher. E Deus ouviu suas orações. Gn 25.21.

As Escrituras ainda nos falam acerca de Jó, que periodicamente chamava seus filhos
para um culto e sacrificava ao Senhor em favor deles, com medo de terem pecado contra
Deus. Jó 1.5.

O homem e mulher de Deus precisam ter um coração e uma vida de oração voltados
para cobrir e proteger a sua família. Vemos este exemplo na vida de Esdras: "Então,
apregoei ali um jejum junto ao Rio Aava, para nos humilharmos perante o nosso Deus, para
lhe pedirmos jornada feliz para nós, para nossos filhos, e para tudo o que era nosso", Esdras
8.21.

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Em I Samuel 30 lemos acerca de Davi e seus homens saindo para a
batalha e deixando suas mulheres e crianças desprotegidas em Ziclague. Enquanto eles
estavam fora, os amalequitas incendiaram a cidade e levaram suas mulheres e filhos em
cativeiro. Três dias depois, eles chegaram e se desesperaram pelo ocorrido. Finalmente, se
fortaleceram no Senhor e foram atrás dos seus, conseguindo resgata-los.

Aprendemos duas lições aqui. Primeiro que precisamos proteger os nossos familiares,
cobrindo-os em oração e não permanecendo distantes deles. Segundo, que algumas vezes
nos tornamos descuidados, e o inimigo pode se aproveitar de nosso descuido. Mas também
aprendemos junto que Deus é fiel, e mesmo quando falhamos, sua misericórdia ainda pode
nos ajudar a consertar aquilo em que erramos.

O Sacerdócio envolve proteção. Deus nos mostrou isto em sua Palavra desde o
início, com o que ordenou a Adão, no Jardim do Éden: "Tomou, pois, o Senhor Deus ao
homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e guardar", Gn 2.15.

Note que além de cultivar o jardim, o homem deveria também guarda-lo, protege- lo.
Mas guardar de quem, se nem mesmo Eva ainda havia sido criada? Penso que Deus já
estava indicando a Adão que Satanás, o inimigo de nossas almas, tentaria destruir o que o
Senhor estava colocando nas mãos do homem. Se Adão tivesse protegido a Eva, em
vigilância, bem como ministrando-lhe sobre a importância da obediência ao Senhor,
provavelmente aquilo não teria acontecido. Também nós precisamos guardar e proteger
nossas famílias, e isto envolve oração e vigilância, bem como a ministração da Palavra de
Deus em nossos lares.

Muita gente fala da forma maravilhosa como Deus visitou a casa de Cornélio (Atos
10) com salvação e enchimento do Espírito Santo. Mas isto não aconteceu de graça. Este
homem orava continuamente a Deus. E onde há uma semeadura de oração, sempre haverá
uma colheita da manifestação do poder de Deus! Se cobrirmos nossa casa de oração,
veremos feitos grandiosos acontecendo em nosso favor, pois o Senhor sempre age num
ambiente de muitas orações.

Orando Juntos: Penso que além de cobrir os familiares com oração, o sacerdote do
lar deve proporcionar um ambiente de oração onde os seus não só recebam oração em seu
favor, mas também aprendam a orar. Orar juntos, em família, como muitas vezes acontecia
também com os irmãos da igreja em seu início: "Passados aqueles dias, tendo-nos retirado,
prosseguimos viagem, acompanhados por todos, cada um com sua mulher e filhos, até fora
da cidade; ajoelhados na praia, oramos", Atos 21.5. Exercer o sacerdócio não é só declarar
a Palavra de Deus dentro de casa, mas primeiramente vive-la.

Porém, além de se dispor a ministrar os filhos, e também um ao outro, o casal cristão


deve aprender a prática de orar junto. Não quero dizer orar junto o tempo todo, mas isto
deve também acontecer em suas vidas.

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Quando o casal ora junto, goza de princípios operando em seu favor que orando sozinho
não se experimentaria. "Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca
de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois
onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles", Mateus
18.19,20.

Ao orar junto, o casal aumenta seu "poder de fogo" contra o inimigo, pois no reino de
Deus, quando dois se unem, o efeito não é de soma, mas de multiplicação. É sinérgico!
Moisés cantou acerca deste princípio ao mencionar o que Deus fizera acerca do exército de
Israel: "Como poderia um só perseguir mil, e dois fazer fugir dez mil, se a sua Rocha lhos
não vendera, e o Senhor não lhos entregara"?, Dt 32.30.

A Bíblia mostra que deve haver sintonia natural e espiritual entre o casal.
Desentendimentos vão roubar deles o poder de unidade nas orações, que por sua vez serão
impedidas: "Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à
mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida,
para que não sejam impedidas as vossas orações", I Pedro 3.7.

A "correria" é um dos maiores inimigos deste tempo de oração que o casal deve ter
junto. E cada um deve aprender a "driblar" suas dificuldades e conseguir praticar este
princípio de alguma forma. Não deve haver vergonha ou críticas quanto à forma de cada um
orar. A intimidade no que diz respeito à vida espiritual precisa ser desenvolvida da mesma
forma que a física e emocional.

O Culto Doméstico: Exercer o sacerdócio no lar não requer um horário específico ou


dia marcado, é atividade a ser exercida sempre, em diferentes situações. Mas a prática de
um culto em família auxilia muito. Devemos desenvolver o hábito de cultuar a Deus em
família, o que envolve o ir juntos à Casa do Senhor, como vemos acontecendo desde os
dias do Antigo Testamento:

"Todo o Judá estava em pé diante do Senhor, como também as suas crianças, as


suas mulheres e os seus filhos", II Crônicas 20.13. "No mesmo dia, ofereceram grandes
sacrifícios e se alegraram; pois Deus os alegrara com grande alegria; também as mulheres e
os meninos se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe",
Números 12.43.

Elcana subia com toda a sua família para adorar ao Senhor. I Sm 1.1-5. Acredito que
pais cristãos devem levar seus filhos à igreja. Mesmo que ela não seja perfeita (e não é,
porque não existe igreja perfeita!), é melhor que eles cresçam num ambiente que exalta ao
Senhor e sua Palavra do que num ambiente mundano que exalta o pecado e os prazeres da
carne.

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Lemos no Evangelho de Lucas que os pais de Jesus o levaram ao
templo para consagrarem-no ao Senhor (Lc 2.22-24), depois há registros de que o fizeram
por ocasião da Festa da Páscoa quando ele estava com 12 anos (Lc 2.41-43), mas a maior
evidência de que Jesus cresceu exposto ao ensino da Lei na Sinagoga era o conhecimento
que ele trazia (como homem) das Escrituras.

Cultuar ao Senhor em família não envolve somente o ir à igreja, mas também pode
abranger um culto familiar na própria casa. Foi exatamente isto que aconteceu na casa de
Cornélio. Atos 10.33. A reunião familiar também não precisa acontecer apenas dentro de
casa. Além dos cultos na igreja, podemos nos reunir em algum outro lugar (e até mesmo
com outras famílias) para buscar ao Senhor. Atos 21.5.

A negligência no exercício sacerdotal trará Consequências: Quais as consequências


de se negligenciar o sacerdócio em casa? Juízo divino para o sacerdote, além da evidente
rebeldia vida dos filhos. A primeira palavra profética que Samuel proferiu foi contra alguém
que ele certamente amava: o sacerdote Eli, que o criava no templo. E o que Deus disse
envolvia a casa dele e sua negligência no sacerdócio familiar:

"Naquele dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua casa;
começarei e o cumprirei. Porque já lhe disse que julgarei sua casa para sempre, pela
iniquidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele não os
repreendeu", I Samuel 3.13.

O Senhor trouxe advertências anteriores, mas Eli não deu ouvidos. Deus está falando
de negligência, aqui. Diz que embora conhecesse bem o pecado dos filhos, Eli não os
repreendeu. Toda omissão no sacerdócio do lar sempre trará consequências sérias. Davi
teve problemas com vários de seus filhos, e se você estudar com calma a história dele,
perceberá o quanto ele era negligente em relação a seus filhos. Adonias, assim como
Absalão, se exaltou, querendo usurpar o trono. Mas por trás desta atitude de rebelião, a
Bíblia mostra a negligência de Davi como sacerdote em sua casa: Jamais seu pai o
contrariou, dizendo: Por que procedes assim?, I Rs 1.6.

Se não queremos sérios problemas futuros com nossos filhos, muito menos a
qualidade do relacionamento deles com Deus comprometidos, então precisamos ser
sacerdotes dedicados em ministrar e cobrir suas vidas.

V. Obrigações do Homem como “Esposo”


Se os cônjuges prestassem mais atenção o que diz a Bíblia sobre os deveres
conjugais sem dúvida, teríamos famílias mais felizes, unidas e abençoadas. Deus
estabeleceu ―princípios de conduta‖ que jamais serão revogados e todo casal, toda família
que deseja ser abençoada, terá que necessariamente observar estes ―princípios‖. Devemos
considerar também o fato de que se o ―relacionamento conjugal‖ não tiver como base
―princípios bíblicos‖ terá sérios problemas.

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1. O marido deve escutar e dar ouvidos aos conselhos sábios de sua
esposa:

1.1. Conselho da esposa de Abraão. Gn 21.12

1.2. Conselho da esposa de Manoá. Jz 13.19-23

1.3. Conselho da mulher Sulamita a seu marido. II Reis 4.8-10

1.4. Conselho da mulher de Pilatos. Mt 27.19

2. Coabitar com ela com entendimento. I Pe 3.7

3. Reconhecer o seu trabalho. Pv 31.28-30

4. Ser carinhoso. Pv 5.18; Ecl 9.9; Gn 26.8

5. Viver com ela toda a vida. Mt 19.3-9

6. Agradar a sua esposa. I Co 7.33

7. Respeitar a sua esposa. I Pe 3.7

8. Honrar sua esposa. I Pe 3.7

9. Amar a sua esposa. Cl 3.19

9.1. Amar, como ama a si mesmo. Ef 5.28,29

9.2. Amar, como Cristo amou a igreja. Ef 5.25

9.2.1. Como Ele a amou? Com amor eterno, Jo 17.23, Jr 31.3

9.2.2. Como Ele a amou? Sem ser amado, Lc 19.41

9.2.3. Como Ele a amou? Sacrificialmente, Jo 18.12; 19.1,16-18

9.2.4. Como Ele a amou? Profundamente, Jo 15.13

9.2.5. Como Ele a amou? Voluntariamente, Gn 2.20.

10. Despedir-se sempre com um gesto de ternura. Pode ser a última despedida.

11. Cuidar de sua esposa, como a si próprio. Ef 5.28-30; I Tm 5.8

12. Tomar cuidado com as palavras. Gn 31.32, 35; 35.19

13. Estar juntos sempre que possível. Gn 2.18; Mc 10.8

14. Dar lazer a esposa. Jo 10.23; Ct 7,11,12.

15. Colaborar nas tarefas do lar. Is 41.6

16. Ter tempo para a esposa. Ec 3.1


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17. Falar sempre a verdade. Cl 3.9

18. Abençoar sua casa. II Sm 6.20

19. Dar felicidade. Dt 24.5

20. Orar juntos. Mt 18.19

13. Elogiar. Pv 31.28,29

VI. Obrigações Homem como “Pai”


A tarde da sexta-feira, o corpo do comerciante aposentado Amador Cortellini foi
sepultado no cemitério Chora Menino, em São Paulo. Amador morreu devastado pela culpa.
Vinte e seis dias antes ele desferiu o primeiro tiro do revólver com cabo de madrepérola que
tinha comprado havia 40 anos. A bala foi disparada de cima para baixo - e atingiu o coração
de seu filho caçula, Rodrigo, de 26 anos. O rapaz morreu na hora. Depois do crime, Amador
passou duas noites preso. Com a saúde em frangalhos, foi mandado para casa. Entrou em
depressão. Como carregava uma prótese no lugar de uma das válvulas cardíacas, Amador
Cortellini passou a tomar nove comprimidos por dia, na tentativa de estabilizar a pressão.
Ficava o tempo inteiro na cama, não saía do quarto. Estava lúcido, mas chorava sem parar,
abraçado às visitas. 'O tiro que atingiu Rodrigo pegou a mim também', repetia.

Quando um parente tentava tirá-lo deste tormento, pedia: 'O único desejo que eu
tenho é ser enterrado ao lado do meu filho'. A depressão e a fraqueza geral foram seguidas
por uma quebra na resistência e a chegada de uma infecção. Na Páscoa, Amador teve um
derrame cerebral e entrou em coma. Morreu na quinta-feira. Foi sepultado à direita do
túmulo de Rodrigo. O inimigo é o maior interessado em destruir o relacionamento entre pais
e filhos.

O primeiro entendimento que os pais devem ter é o de que a missão de ser Pai e Mãe
é para toda vida. Ela não termina quando os filhos saem de casa ou tornam-se adultos. Em I
Timóteo 5, 8 o autor chega a dizer que: ―quem se descuida dos seus, e principalmente dos
de sua própria família, é um renegado, pior que um infiel‖.

As estatísticas revelam que 70% dos jovens em reformatórios do governo vêm de


lares sem os dois pais presentes. Crianças numa família com uma mulher como a cabeça
têm duas vezes mais probabilidade de receber serviços de saúde mental do que crianças
em famílias com ambos os pais presentes. Meninas em famílias de um só pai estão em
maior risco de sexualidade e casamento precoces, gravidez fora do casamento e divórcio do
que as meninas de famílias com dois pais.

Uma das maiores necessidades hoje é ensinar os homens a exercerem


satisfatoriamente o papel de pai. Muitos ainda não perceberam os estragos que podem ser
causados à formação da personalidade ou caráter de uma criança pela ausência, seja física
ou emocional, dessa figura tão importante. Nada pior na família do que a omissão. Muitos
homens estão distante daquilo que Deus projetou para eles na família.
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Existem diversos Tipos de Pai:

1. Pai herói

2. Pai coruja

3. Pai que é uma mãe

4. Pai bravo

5. Pai amigo

6. Não importa o tipo, a raça ou a crença, pai é sempre pai.

7. Tem pai que Ama. Tem pai que esquece do Amor.

8. Tem pai que não sabe que é Pai. Tem filho que não sabe do Pai.

9. Tem pai que dá Amor. Tem pai que dá Presente.

10. Tem pai que se preocupa com os problemas do Filho,

11. Tem pai que não sabe dos problemas do Filho...

12. Tem pai que Ensina. Tem pai que não tem Tempo.

13. Tem pai que Afaga. Tem pai que só pensa em Negócios.

14. Tem pai que Acaricia. Tem pai que não percebe que o filho precisa de Carinho.

15. Tem pai de todo jeito. E você? Que tipo de pai você é?

15.1. Pai permissivo?

15.2. Pai indiferente?

15.3. Pai cobrador?

15.4. Pai carrasco?

15.5. Pai ausente?

15.6. Pai radical?

15.7. Pai policial?

15.8. Pai patrão?

15.9. Pai ideal?.

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O Pai e a relação com o Filho Criança

Nos estudos mais recentes da personalidade humana nota-se uma reavaliação da


figura paterna e sua função na estruturação da personalidade. Até a algum tempo, a
psicologia do desenvolvimento era quase omissa em relação ao pai, enquanto uma
importância marcada às relações mãe-criança, modelo inicial sobre o qual se apoiaria todo o
desenvolvimento posterior. Só que as teorias mais recentes admitem a deste terceiro
elemento que é representado e atuado pelo pai. Entretanto a Bíblia nunca excluiu a figura do
pai em todo processo de desenvolvimento e fases posteriores, haja vista, que a figura
paternal é fundamental e insubstituível.

O pai, como primeira imagem de autoridade que a criança tem na vida, para educar
bem o filho para vir a ser cidadão consciente e responsável, precisa ter atitudes educativas
firmes, mas com um coração amoroso. Agindo assim para com seu filho, o pai poderá formar
um ser humano mais equilibrado e que, certamente, saberá, quando adulto, agir com
harmonia no contato com os outros, contribuindo com seu comportamento para que a
sociedade venha a ser melhor. O pai é, para a criança, a primeira imagem de autoridade em
sua vida e a interiorização dessa imagem (e das imposições sociais, culturais, morais,
religiosas). O tipo de relacionamento que a criança tiver com seu pai, certamente irá
influenciar como ela enfrentará as regras e os limites normais que encontrará no convívio
com as outras pessoas. Os tipos de relacionamento utilizado por pais são variados, mas há
três mais marcantes, apresentados a seguir.

Primeiro Tipo: Há pai que utiliza no relacionamento com seu filho, o "estilo autoritário" que
era muito utilizado algumas gerações passadas: ele educa de modo rígido, severo,
dogmático, inflexível, rigoroso, repressivo, ríspido, exigente, dá ordens e direções, valoriza
obediência cega às regras e valores estabelecidos, reprimindo quaisquer outros
comportamentos. Quando o filho comete alguma falta, lhe dá castigos físicos ou outros
corretivos disciplinares, como punição.

O filho reconhece e obedece integralmente a autoridade do pai, sem nenhum


questionamento e nesse ambiente de autoritarismo, não tem outra escolha a não ser agir de
modo resignado, obediente, submisso, dependente, silencioso, com medo, ansioso,
frustrado, etc., o que poderá provocar nele inibição da sociabilidade, baixa auto-estima,
frustrações, agressividade reprimida, sentimento de inferioridade, etc.

Segundo Tipo: Já um outro tipo de pai adota um "estilo educativo permissivo" (conhecido
como laissez-faire), excessivamente liberal, inconsequente, com fraqueza de controle e sem
colocação de limites ao filho. Esse pai permite tudo, não proíbe nada, deixa o filho fazer o
que bem entender que seja feito, dá o menor número de orientações, abstendo-se de
avaliar, quer seja no sentido positivo ou no negativo.

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Certamente esse tipo de pai foi influenciado com a publicação das
experiências da Escola inglesa de Summerhill, que dava liberdade total aos seus alunos e
pelas mudanças na juventude da década de 60, com o comportamento "hippie" e com a
influência da explosão libertária dos jovens universitários franceses ocorrida em 22 de março
de 1968, iniciando a Revolução Cultural na França que espalhou as suas ideias pelo resto
do mundo. Em pleno século XXI é encontrado pai que age com esse "estilo permissivo", por
sentir culpa ao pensar em impor quaisquer limites ao filho.

Esse pai acredita na ideia, sem fundamento, que o filho ficará frustrado se lhe forem
estabelecidos limites e regras. Essa ideia é crendice popular, ideia distorcida e sem
fundamento bíblico e científico, já que nenhuma teoria recomenda aos pais que não ensinem
limites às crianças e não exerçam a natural autoridade, educando os seus filhos. Esse tipo
de pai, além de errar na interpretação das teorias psicológicas, e por ter, ele próprio, ficado
frustrado e desiludido com a educação repressora e punitiva que teve na infância, quer dar
ao seu filho uma educação diferente da que teve e também, porque não quer que seu filho o
veja como autoritário, repressor e inibidor, mas o veja como "bom" pai.

E assim, esse tipo de pai dá liberdade total para o filho ter quaisquer tipos de
comportamentos inadequados, para ter ataques emocionais de raiva, choro, birra,
agressividade verbal (xingamentos, palavrões, etc) ou física (bater em outras pessoas)
tolerando até as grosserias, a falta de respeito do filho e os abusos que ele comete. Agindo
desse modo com o filho, o pai sofrerá as consequências de ter criado filho que é um
verdadeiro "tirano" exigente que manda e desmanda sobre os membros da família, sem ter
aprendido regras de convívio, limites, bons comportamentos e disciplina.

Terceiro Tipo: O Pai equilibrado, que procura aplicar o procedimento estabelecido nas
Escrituras. Ele sabe utilizar sua autoridade de pai, sem haver rigidez. Uma mudança sutil,
mas muito importante para educar o filho com equilíbrio e assim, este tipo de pai procura ter
autoridade firme e clara sobre o filho, uma autoridade conquistada e construída no dia-a-dia,
com um estilo de convivência onde existe respeito recíproco aos direitos e deveres de cada
um, diálogo, companheirismo, sensibilidade, solidariedade, tudo isso sintetizado em
"relações afetivas mais profundas e positivas" entre o pai e o filho. Há atitudes firmes de
autoridade, mas com um coração enorme.

Com esse tipo de convivência e orientação positiva sobre os limites, regras e o que é
permitido ou não, certamente haverá melhores condições de desenvolvimento da cidadania
do filho com obtenção de melhores resultados, e se a maioria dos pais agirem assim poderá
existir uma melhor sociedade humana, com seres humanos com características mais
saudáveis e equilibradas. Pai lembre-se: "A criança assemelha-se a uma árvore nova que
está exposta ao vento e à tempestade. O jardineiro coloca uma estaca para evitar que ela
entorte ou quebre com a força do vento, e para que cresça na direção certa. Quando já
estiver bem crescida e o tronco bastante forte, a estaca não será mais necessária".

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O Pai e o Filho Adolescente

―A tarefa principal dos adolescentes em nossa cultura é emancipar-se


psicologicamente de seus pais deixando de lado a dependência que tinha quando criança.
Antes de poder desenvolver uma relação adulta com seus pais, o adolescente primeiro deve
distanciar- se da forma como se relacionava com eles no passado. É normal que este
processo seja caracterizado por uma certa dose de rebeldia, desafio, insatisfação, confusão,
inquietude e ambivalência. As emoções geralmente estão exaltadas. As flutuações amplas
do estado de humor são comuns. Na melhor das hipóteses, esta rebeldia do adolescente
continuará por aproximadamente 2 anos; não é raro que persista durante 4 a 6 anos.‖

A palavra adolescência vem do latim "adolescere", que significa "crescer". Há muitas


tentativas de se definir adolescência, embora nem todas as sociedades possuam este
conceito. Cada cultura possui um conceito de adolescência, baseando-se sempre nas
diferentes idades para definir este período.

No Brasil segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente Lei No 8.069, de 13 de Julho de


1990. Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 12 anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade.

Podemos também dividi-la em três períodos:

1. Pré-adolescência (09 aos 13 anos);

2. Adolescência (14 aos 16 anos);

3. Adolescência final ou juventude (17 aos 20 anos).

O Adolescente e seus Encontros e Desencontros

No período inicial da adolescência, ocorre uma explosão de mudanças biológicas, tais


como, alteração das proporções do corpo, mudança de estatura, crescimento acelerado dos
órgãos sexuais e dos pêlos, mudança na voz, crescente atividade das glândulas
sudoríparas, aparecimento de cravos e espinhas, menstruação e polução noturna, etc.
Todas estas mudanças físicas acarretam efeitos sociais e psicológicos.

O adolescente passa por períodos em que se sente embaraçado, mas está


consciente das mudanças que lhe ocorrem. O corpo desafia o próprio tempo e torna-se uma
loucura conviver com tal instabilidade. O olhar-se no espelho causa espanto. Descobre sua
sexualidade. Há uma dificuldade em controlar seus impulsos sexuais que tornam-se cada
vez mais intensos. Para desabafar, o adolescente procura seu grupo, colegas da mesma
idade, com os mesmos sonhos, problemas e carências; tal experiência oferece-lhes senso
de realização.

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Existe um forte desejo de ser aceito, uma busca de identificação com
os demais através dos costumes, maneira de vestir, linguagem e formas de diversão.
Sonhar acordado torna-se comum e longas horas são gastas, conversando com amigos ao
telefone.

O espírito de independência dos pais e dos valores por eles estabelecidos é muito comum
nesta fase. A família passa para o segundo plano. Ela já não satisfaz seus anseios, não há
mais novidade. Por isso negam-se a acompanhar os pais em viagens, festas e passeios.
Querem ser e agir como adultos. Buscam explicações racionais para tudo.

Questionam ou não aceitam mais as explicações recebidas na infância. Às vezes são


até agressivos e atrevidos na maneira de se expressar. Paradoxalmente, ao mesmo tempo
em que sentem adultos e donos de si, revelam insegurança afetiva, como crianças que
precisam sentir-se queridas e protegidas.

A adolescência é a época da vida que substitui os pontos de exclamação por pontos


de interrogação. Eles passam a indagar sobre questões básicas: Quem sou eu? É a luta
com sua identidade. Quando criança, a vida é simples. Eles são o que os pais são e fazem o
que eles determinam. Agora, descobrem que outros vivem e agem de forma diferente.
Geralmente, sentem medo e insegurança enquanto buscam sua identidade.

Muitos, inconscientemente, querem voltar ao ventre da mãe. Que atitudes devo


tomar? É uma verdadeira luta ser responsável. É a escolha entre o certo ou errado.
Procuram definir suas atitudes, ideias e opiniões sobre todas as áreas da vida. Que
autoridades respeitar? Há uma carência de bons exemplos que sirva de parâmetro para os
adolescentes formarem seu conceito de autoridade. Questionam a autoridade dos pais,
devido à crise familiar que enfrentamos. O mesmo se dá a nível governamental, uma vez
que o país enfrenta uma época de desconfiança e instabilidade. E as autoridades da igreja?
Foi feita a seguinte pergunta numa pesquisa entre a juventude evangélica: "A quem você
pede ajuda quando surge um problema?" Entre oito alternativas apresentadas, o pastor foi
escolhido em último lugar. Este é um aspecto a ser repensado pelos líderes da igreja.

Qual será meu estilo de vida? Os adolescentes estão cercados por diferentes padrões
de vida impostos pela sociedade. Conhecem os estilos de vida de seus pais, irmãos mais
velhos, parentes e líderes, mas questionam seus padrões por, muitas vezes, enxergarem
incoerências na vida de tais pessoas. Não quero esse estilo de vida para mim no futuro.
Diante de tantas mudanças e desafios enfrentados na adolescência, torna-se imprescindível
que pais e filhos mostrem paciência e disposição para ceder. Os filhos devem compreender
que os pais são colocados por Deus como porta-vozes de Sua vontade em suas vidas.

Os pais devem encarar os filhos como seres pensantes e também respeitar suas
opiniões, ponderando-as antes de tomarem decisões contrárias. Compreendendo tal
processo, poderão passar por esse período sem grandes conflitos, curtindo emoções e
momentos, pois cada um deles possui seu encanto.

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O Adolescente e as Amizades

É na adolescência que os jovens passam a se desligar um pouco dos pais e a


construir vínculos com colegas da mesma idade. Ficam horas no telefone conversando com
os amigos, marcam de sair juntos, e participar de diversas atividades. Tudo isso é normal e
faz parte do amadurecimento do adolescente. As coisas complicam um pouco quando os
pais não gostam destes novos amigos e as consideram más companhias.

Eles vivem em bandos pra cima e pra baixo. Punks, skinheads, mauricinhos,
skatistas, clubbers, góticos, surfistas, ou seja, lá como são chamadas, essas pessoas
formam o que muitos sociólogos denominam de tribos urbanas, que têm um modo de vestir,
falar, agir e pensar bastante peculiar, muitas vezes ininteligíveis para o restante da
população.

Esses adolescentes, na opinião da psicóloga Karina Brodski, têm a necessidade de


se identificar, repensando e reavaliando os valores que receberam de seus pais e da
sociedade, o que faz com que andem sempre em grupo. Para a terapeuta de família Maria
Tereza Maldonado, essa é uma nova etapa na formação da identidade da pessoa. ―A
criança gosta de se identificar com os familiares, colocar as roupas da mãe ou imitar gestos
do pai. Com o passar dos anos, tudo muda e os filhos procuram se diferenciar da família
para se sentirem mais eles mesmos‖, explica a psicóloga.

Muitos, inclusive, se recusam a andar acompanhados dos pais e se sentem


envergonhados quando realmente precisam sair com a família. Autor de ―Infância,
Adolescência y Família‖ (editora Granica), o psiquiatra e professor da Unicamp Maurício
Knobel enfatiza que nesse período de desenvolvimento se entrelaçam dois lutos principais: o
da perda do corpo infantil e o da perda dos pais idealizados. Segundo o médico, essas
situações de perdas e o seqüente estado de luto levam os adolescentes a um "velório"
prolongado, que procura conforto e identidade nas situações grupais vividas entre seus
pares.

Os jovens, na opinião de Maria Tereza Maldonado, começam também a experimentar


uma fase de ampliação de contatos e relacionamentos. ―O grupo externo à família passa a
ser o principal ponto de referência‖, diz. O sentimento de "pertencer" dá a segurança de ser
aceito e valorizado. Eles se sentem, então, mais fortalecidos e apoiados quando se
identificam na maneira de vestir, no ‗dialeto‘ próprio e nas condutas valorizadas pelos
colegas. Por isso mesmo acabam adotando um tipo de comportamento uniforme.

Por isso, segundo Maria Tereza Maldonado, é importante que os pais conheçam os
amigos dos filhos e tenham noção clara das características dos grupos que eles pertencem.
O maior risco, na opinião da terapeuta, é que muitos se submetem às regras do grupo a
ponto de fazerem coisas que não ousariam fazer sozinhos, tudo para serem merecedores
dessa inclusão.

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―Eles são capazes de atos anti-sociais como riscar carros, depredar orelhões, fazer
bagunça nas portas das boates, passar trotes ou cometer pequenos furtos‖, alerta.

Quem não se lembra do índio Galdino, o Pataxó covardemente queimado vivo por
quatro jovens de classe média, filhos de funcionários públicos em Brasília? A agressividade,
para a psicóloga Karina Brodski, geralmente tem a ver com o crescimento físico, que nem
sempre acompanha o emocional. Eles não têm noção da força física que possuem e não
entendem que devem usar a inteligência ao invés do corpo e da ação.

Como são mais imaturos, os adolescentes não têm muita idéia das conseqüências de
seus atos. São mais impulsivos e têm aquele sentimento de invencibilidade, do tipo ―nada
vai me acontecer‖, explica a psicóloga. Os pais precisam orientar e impor limites desde
cedo. É importante também não passar a mão na cabeça e fingir que nada aconteceu com o
filho. Léa Gonçalves, por exemplo, não pestanejou e castigou seu filho quando soube que
ele passou a tarde inteira aprontando com quatro colegas em sua casa. ―Sem mais nada o
que inventar, os cinco tiveram a brilhante idéia de passar trotes ameaçadores para alguns
colegas de turma. Deu a maior confusão porque duas das ‗vítimas‘ tinham bina. Fui até
chamada pela coordenação do colégio‖, lembra a mãe que proibiu, como punição, que seu
filho fosse a uma festa e cortou o acesso à Internet por uma semana. Para quem está de
fora, não é fácil ver alguns adolescentes querendo quebrar a cabeça pelas esquinas da vida.
Aos pais e educadores, resta impor limites, sanções e, sempre dialogar, com muito afeto.

O Adolescente e a Depressão

Durante muitos anos acreditou-se que os adolescentes, assim como as crianças, não
eram afetadas pela Depressão, já que, supostamente, esse grupo etário não tinha
problemas vivenciais. Como se acreditava que a Depressão era exclusivamente uma
resposta emocional à problemática existencial, então quem não tinha problemas não deveria
ter depressão.

Atualmente sabemos que os adolescentes são tão suscetíveis à depressão quanto os


adultos e ela é um distúrbio que deve ser encarado seriamente em todas as faixas etárias. A
depressão pode interferir de maneira significativa na vida diária, nas relações sociais e no
bem-estar geral do adolescente, podendo até levar ao suicídio.

Quase todas as pessoas, sejam jovens ou idosas, experimentam sentimentos


temporários de tristeza em algum momento de suas vidas. Estes sentimentos fazem parte
da vida e tendem a desaparecer sem tratamento. Isso não é depressão.

Quando falamos de "depressão", estamos falando de uma doença com sintomas


específicos, com duração e gravidade suficiente para comprometer seriamente a capacidade
de uma pessoa levar uma vida normal.

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Não devemos, nem por brincadeira, julgar as pessoas deprimidas como se elas
estivessem ficando loucas, nem tampouco devemos achar que há motivos para o deprimido
se envergonhar. A depressão afeta pessoas de todas as idades, de todas as nacionalidades,
em todas as fases da vida. Estima-se que cerca de 5% da população mundial sofra de
depressão (incidência) e que cerca de 10% a 25% das pessoas possam apresentar um
episódio depressivo em algum momento de sua vida (prevalência).

Entre aqueles que já sofreram um episódio depressivo, há maior probabilidade de


terem mais outros episódios depressivos ao longo de suas vidas, embora esta probabilidade
varie muito de pessoa para pessoa. Muitas pessoas apresentam uma primeira crise de
Depressão durante a adolescência, apesar de nem sempre essa crise ser reconhecida.
Segundo os especialistas, a Depressão comumente aparece pela primeira vez em pessoas
com idade entre 15 e 19 anos.

De fato, observou-se nas duas últimas décadas um aumento muito grande do número
de casos de depressão com início na adolescência e na infância. Algumas pesquisas
também mostram que cerca de 20% dos estudantes do 2º grau sentem-se profundamente
infelizes ou têm algum tipo de problema emocional. Talvez seja porque o mundo moderno
esteja se tornando cada vez mais complexo, competitivo, exigente, e muitos adolescentes
têm dificuldades para lidar com as necessidades de adaptação que se deparam diariamente.

De modo geral os adolescentes se deparam com várias situações novas e pressões


sociais, favorecendo condições próprias para que apresentem flutuações do humor e
mudanças expressivas no comportamento. Alguns, entretanto, mais sensíveis e
sentimentais, podem desenvolver quadros francamente depressivos com notáveis sintomas
de descontentamento, confusão, solidão, incompreensão e atitudes de rebeldia. Esse
quadro pode indicar depressão, ainda que os sentimentos de tristeza não sejam os mais
evidentes.

Os traços afetivos da personalidade talvez sejam as condições capazes de explicar a


razão pela qual alguns adolescentes se tornam deprimidos enquanto outros não. Como
ocorre com qualquer outra doença, algumas pessoas são mais suscetíveis que outras, além
disso. Embora as tensões da vida cotidiana do adolescente sejam importantes fatores para o
aparecimento da Depressão muitos jovens passam por acontecimentos desagradáveis sem
desenvolver depressão.

A tristeza, comum nos momentos de reflexão da adolescência, é uma experiência


normal que geralmente não progride para Depressão se a pessoa não tiver outros requisitos
emocionais propícios ao desenvolvimento do transtorno afetivo.

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O Adolescente e a Violência

Hoje o problema da violência vem despertando grande preocupação entre pais e


educadores. As estatísticas mostram um aumento da turbulência entre os adolescentes e de
problemas na infância, demonstrando uma queda nos níveis de competência emocional.

Entre todos os problemas que o chamado analfabetismo emocional pode acarretar,


alguns estão intimamente relacionados com a questão da violência. Constatamos na
observação de crianças e adolescentes, a presença de comportamentos impulsivos, grande
dificuldade em lidar com a frustração, desobediência em casa e na Escola, mentiras e
trapaças, envolvimentos constantes em encrencas e discussões, provocações,
demonstrações de ―pavio curto‖, destruição de propriedade alheia, além de abuso de drogas
lícitas e ilícitas.

Os resultados das pesquisas são alarmantes e demonstram a necessidade urgente


de focarmos nossa atenção para o preparo emocional de nossas crianças e adolescente.
Sabemos que o desenvolvimento emocional depende de muitos fatores e sofrem influência
marcante da relação estabelecida com nossos pais, principalmente nos primeiros anos de
nossa vida, vivências que deixam marcas profundas.

Se analisarmos a realidade atual da sociedade, encontramos famílias passando por


sérias dificuldades de ordem econômica e emocional, interferindo muito na criação de filhos
saudáveis no que diz respeito à inteligência emocional. Nós, pais e educadores,
influenciamos nossos jovens de maneira direta, através do trabalho educativo e indireta, no
momento em que servimos de modelo de identificação.

A Escola pode ajudar muito, desenvolvendo Projetos de Orientação Familiar,


possibilitando aos pais um espaço de aprendizado, troca de informações e experiências
sobre a difícil arte de educarmos nossos filhos. Devemos ter em mente que educar não dá
direito a férias, é um trabalho de horário integral e muita dedicação. Os pais devem estar
atentos ao comportamento apresentado pelos filhos, acompanhando e caminhando lado a
lado. Os conflitos devem ser encarados e não negligenciados, pois todo sintoma merece um
diagnóstico e um encaminhamento pertinente.

Adolescente e os Desafios dos Pais: Toda família enfrenta dificuldades para educar seus
filhos. A temida adolescência não tem necessariamente que ser uma experiência ruim para
pais e filhos. Há alguns passos que os pais podem dar para fazer desses anos uma aventura
boa para todos. Os pais necessitam de: Joelhos Calejados; Ouvidos de Elefante; Olhos
Perspicazes; Exercite Equilíbrio; Seja Modelo e Seja Acessível e Gaste tempo com seu filho.

Como Amar o seu Adolescente: Criar os seus filhos nos anos de adolescência pode
ser um desafio e geralmente uma aventura perigosa. O fundamento segura para um sólido
relacionamento com seus adolescentes é o amor incondicional. Só quando este fundamento
é construído você pode ficar seguro sobre a educação que foi dada. De outra forma educar
torna-se algo confuso e bastante frustrante.
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Esse amor atua como uma luz que guia, para saber onde você está com
seu filho.

Amor incondicional, para o seu adolescente significa:

1. Não importa como ele age;

2. Não importa o que eles pareçam;

3. Não importam quaisquer que sejam suas qualidades ou deficiências.

Os Pais Precisam se Lembrar de que:

1. Adolescentes está numa fase de transição;

2. Adolescentes geralmente irão agir como adolescentes;

3. Muito do comportamento do adolescente é desagradável.

Se você amar o seu adolescente só quando ele lhe agradar (amor condicional) e
comunicar o seu amor apenas nestes momentos, ele não se sentirá genuinamente amado.
Isso fará com que ele se sinta inseguro, com sua auto-imagem prejudicada, e de fato o
impossibilitará de desenvolver um comportamento mais maduro. Se você ama o seu
adolescente incondicionalmente, ele se sentirá bem com ele mesmo. Será capaz de
controlar sua ansiedade, e por sua vez seu comportamento ao tornar- se um adulto.

Adolescentes estão sempre perguntando "Você me ama?" Esta pergunta é


primariamente feita através do comportamento, e através de palavras. Sua resposta a esta
pergunta é importante. Se sua resposta for não, seu filho não irá ser e nem irá fazer o seu
melhor. Poucos pais respondem sim porque não sabem como. Adultos falam com palavras,
enquanto adolescentes, como criancinhas pequenas, se expressam através do
comportamento e não através das palavras que são ditas. Você precisa amá-los através do
que você faz e não através do que você diz.

Adolescentes normalmente respondem ao amor, mas eles não tomam a iniciativa. Se


for dado a eles amor, eles correspondem. Se nada lhes é dado, eles também não dão
nenhum retorno. Adolescentes estão sempre voltando atrás. Não importa o quanto eles
digam que não gostam dos pais, eles precisam do seu apoio emocional para ir adiante.

Eles precisam desesperadamente de encher o tanque emocional para obterem a


segurança e a autoconfiança necessária para lidar com a pressão do grupo e outras
demandas da sociedade adolescente. Sem essa confiança, os adolescentes tendem a
sucumbir à pressão do grupo dominador de influência e a seguir experimentam dificuldades
para manter os valores éticos saudáveis.

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Seu adolescente vai lhe testar. Geralmente isto se dará através do comportamento
impróprio na busca por independência. Não reaja no momento de raiva. Isto não significa
aprovar o mau comportamento. Você precisa expressar os seus sentimentos honestamente,
mas de maneira apropriada, sem ira, gritarias, linguagem torpe, atacando o adolescente
verbalmente, ou ficando fora de si.

Portanto a adolescência, é um período de transição entre a infância e a idade adulta.


Vai dos 10 aos 20 anos. Período de crises e desequilíbrios, busca de si mesmo, redefinição
como pessoa, numa transição da identidade infantil para a adulta. Início de vida
introspectiva. A inteligência passa ao tipo hipotético- dedutivo.

É normal um certo retraimento ou isolamento social, atitudes reveladoras de astúcia e


ousadia contrastando com a timidez, sentimento de urgência, dificuldade para coordenar
diferentes ações e opções, desinteresse e apatia que podem repercutir nas adaptações
familiares, sociais, escolares e profissionais; conflitos afetivos, crises religiosas,
intelectualizações, postulações filosóficas, atitudes contemplativas.

O Pai e o relacionamento com o Filho Adulto

Thiago pegou as chaves do carro e virou-se para abrir a porta da casa. Deparou com uma
placa afixada com fita adesiva.

Não tenho maior alegria do que esta a de ouvir que meus filhos andam na verdade. III Jo 4.

– Mãe, foi Pai que colocou isto aqui?‖

– Foi. A gente ficou sabendo mais dos problemas de uns amigos antigos. Seu filho mais
velho é viciado em drogas. Agora, a filha de 22 avisou que está grávida e disse-lhes que
nem sabe de quem é. Seu pai ficou muito impressionado. Comentou como devemos dar
graças a Deus pelos filhos que temos. Sentou-se no computador e o resultado está aí.

– Então, não é bronca?

– Não, não é. É elogio, louvor, encorajamento, gratidão…

– Que bom, mãe. Mas poderíamos entender isto um pouquinho como alerta também, não?

– Talvez.

Quando o pai retornou naquela noite, havia uma outra placa ao lado da primeira.
Quatro figuras estilizadas proclamavam Pai, nós te amamos também!—e debaixo estava a
assinatura dos quatro filhos do casal.

Um ano depois, aquelas declarações ainda permanecem no mesmo local—


assimiladas inconscientemente por todos que por ali passam diariamente—símbolo da
família ideal, do relacionamento pacífico almejado tanto pelos pais quanto por seus filhos.

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Um pouco adiante, na parede, há uma foto desta família—dois filhos
adultos, dois adolescentes, pai e mãe. As roupas alinhadas e combinadas, a perspectiva
simétrica e os sorrisos descontraídos transmitem harmonia e alegria. Parece uma família
ajustada e unida. E realmente, há momentos em que os de fora olham para eles com certa
inveja e perguntam como foi que eles ―conseguiram‖. – De joelhos, um dia de cada vez,
responde a mãe.

Isabel lembra as lágrimas derramadas, as noites mal dormidas… Recorda


desentendimentos, angústias, brigas, acusações, mágoas e as conseqüências de atitudes
pecaminosas, algumas duradouras. Mas se regozija porque, aos poucos, eles descobriram e
assimilaram princípios bíblicos que facilitaram o relacionamento e fizeram com que
houvesse—não a perfeição, mas sim—a possibilidade de conciliação, harmonia e satisfação.

Em alguns países, é muito natural os pais cristãos incentivarem seus filhos a criar
asas e iniciar vida independente quando chegam ao término da adolescência. Consideram
cumprida a sua missão na criação e reassumem a vida a dois com liberdade para gastar seu
dinheiro e servir em outras áreas. No Brasil, entretanto, esta não é uma prática frequente.
Encontramos muitos lares em que pais e filhos adultos permanecem juntos por tempo
indefinido. Nem sempre o convívio é fácil ou pacífico. Em tantos lares, até dentro da igreja,
pais e jovens se sentem como verdadeiros reféns de situações que fugiram do seu controle
há muito tempo.

Em alguns casos, a convivência é opção de ambas as partes. Em outros, os pais não


permitem que partam. Na maioria das vezes, são os filhos que se acomodam na casa dos
pais. Existem filhos que nunca saíram e aqueles que voltaram ao lar paterno depois de
servirem no exército, de estudarem fora ou de tentarem a vida a sós por um período. Às
vezes, chegam depois de um relacionamento fracassado, com ou sem filhos a tiracolo.

Em cada circunstância, ocorrem problemas bem diferentes. Fora disso, alguns


absorvem, muitas vezes sem querer, os valores do mundo pós-moderno que exalta os
direitos individuais às custas das responsabilidades e questiona as normas e os limites
tradicionais ou bíblicos. Isso sem falar dos efeitos, nos hábitos familiares, da informática, do
culto ao lazer, da globalização e da mídia de comunicação. Num mundo que corre a mil por
hora e em que todos são bombardeados com informações desencontradas de toda a parte,
muitos acabam confusos e desorientados.

Uma Família Feliz, Sonhos ou Realidade?

Quais as normas que devem ser seguidas quando jovens continuam no lar paterno
depois de se tornarem adultos? Afinal, não há na Bíblia qualquer orientação dirigida
especificamente a esta situação. Será possível alguém olhar para a nossa família e enxergar
nela pelo menos um vislumbre da felicidade, intimidade, fraternidade e união familiar que a
Bíblia tanto nos incentiva a imitar? (Sl 133.1; I Co 1.3,10; Hb 13.1) Sim, é possível
aproximar-se deste ideal. Há esperança! Existem sábios princípios, que são bíblicos, que se
aplicam e que, se forem seguidos, possibilitarão amenizar e evitar muitos dos problemas que
têm surgido entre filhos adultos e seus pais e irmãos quando convivem sob o mesmo teto.
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Quem é que Manda?

A primeira coisa que devemos estabelecer, antes de mais nada, é que a casa é dos
pais e que quem deve mandar nela são eles. Foram eles que investiram suas energias, seus
recursos e seu tempo no intuito de construir um abrigo confortável e sossegado para se
refugiar das agruras do mundo externo. Nenhum filho tem o direito de diminuir ou tirar o
bem-estar, tranquilidade ou alegria paterna ou materna neste local criado por eles.

O lar, portanto, não é uma democracia onde pais e seus filhos crescidos devem ter
voz igual, como alguns sugerem. Quando Paulo instrui Timóteo sobre quais os homens
aptos a liderar a igreja (a ―família de Deus‖), ele diz que eles têm que ser pessoas
conhecidas por governar bem a sua própria casa e pergunta: Se alguém não sabe governar
a própria casa, como cuidará da igreja de Deus? Ef 2.19; I Tm 3.4,5,12.

O governar a que Paulo se refere significa administrar, estabelecer regras e limites,


exercer autoridade, reger…E já que o homem e a sua esposa são um e ela é a sua
ajudadora—este controle é compartilhado pela mãe da família e os dois devem ser
―honrados‖ pelos filhos—que é o primeiro mandamento com promessa. Gn 2.20,24; Êx
20.12; Ef 6.2,3.

Os Jovens devem “agir” como “Adultos”

Quando chegam à idade em que tenham identidade independente — tendo


autonomia legal, podendo votar, trabalhar e dirigir — os jovens se consideram adultos. Mas
é difícil, muitas vezes, eles enxergarem as responsabilidades que se escondem por trás dos
privilégios. Paulo descreve o seu próprio crescimento, dizendo que falava, sentia e pensava
como menino quando era menino. Entretanto, quando ele se tornou homem, ele desistiu das
coisas próprias de meninos. I Co 13.11. Isto significa mudanças radicais no comportamento,
dentro do lar também, e tudo no contexto do amor — afinal, I Coríntios 13 é o capítulo do
amor. A lista de exortações aqui (e em muitos outros lugares), sobre a maneira de ser e o
trato com outras pessoas, se aplica a jovens igualmente e eles tem de lembrar que terão que
dar contas de si mesmo a Deus. Rm 14.12.

Em qualquer convívio, tem que haver respeito e cortesia. Pessoas civilizadas se


saúdam, se despedem, comunicam seus planos e as mudanças nestes, como também
possíveis atrasos, com as pessoas com quem interagem, especialmente se existem vínculos
familiares e o andamento da vida destas pode ser afetado. Isto vale para os jovens e
também para seus pais, para que não haja ocasião para surpresas ou preocupações
desnecessárias ou ocorram desencontros desagradáveis.

Os Jovens devem ser “tratados” como “Adulto”

Vimos que os pais são responsáveis, diante de Deus, pelo andamento e o


testemunho da casa — tanto pelas atividades que permitem e promovem quanto pelas que
proíbem lá — tudo conforme princípios claramente expressos na Bíblia.

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Mas isto não significa, de jeito nenhum, que os pais têm mandato
divino para manter controle sobre todos os aspectos da vida dos filhos adultos enquanto eles
moram na mesma casa. O alvo paterno deve ser de progredir da fase de regulamentação
geral (criança pequena) para o estágio de liberdade condicional (adolescência) até a etapa
de independência total de decisão e ação (adulto). Não pretendemos advogar aqui a
tendência dos pais de outros países de desalojar os filhos. Mas eles devem procurar se
relacionar com seus filhos, desde a sua adolescência, com o amadurecimento e eventual
emancipação em mente, preparando-os de tal modo que a sua partida para o mundo fora do
lar nem seja excessivamente traumática nem por demais libertadora.

É preciso deixar os filhos adultos tomarem suas próprias decisões e deixá-los


arcarem com as consequências ou resultados. À primeira vista, isto pode parecer
contraditório ao princípio de que os pais devem mandar no seu lar. Mas não é,
especialmente quando se trata do filho ou da filha que já se sustenta. O processo de criação
terminou. A fase de disciplinar acabou. Fica muito feio um filho crescido ser dominado por
seus pais. Ele não poderá agir como adulto, e muito menos se tornar um líder, se for sempre
tratado como criança.

Pais, é bom reavaliar a situação nos nossos lares à luz de Efésios 6.4, Pais, não
provoqueis vossos filhos à ira. Como nosso filho (ou nossa filha) descreveria o seu
relacionamento conosco? Sente-se sufocado? Manipulado? Fiscalizado? Vigiado?
Controlado?

Por demais protegido? Respeitamos o seu gosto e a sua individualidade ou ficamos


insistindo que bons filhos devem ser clones dos seus pais? Damos palpites em tudo, ainda
quando eles não pedem? Ficamos ressentidos e transmitimos as nossas mágoas toda vez
que ele ou ela toma uma decisão ou faz algo com que discordamos? Conseguimos engolir
as palavras ―Eu não lhe disse…?‖ ou ―Se tivesse me perguntado…‖ Ficamos plantados,
emburrados, na sala até que todos cheguem em casa, não importa a hora? Estamos
afirmando, encorajando e elogiando mais de que censurando, admoestando e criticando?…

Parceria Responsável ou Pensão com Cama, Comida e Roupa Lavada?

Dona Valdete hesitou e depois entrou, decidida, no quarto do neto. Alisou a cabeça dele. Era
tão bonito, parecia um anjo dormindo. Mas era um anjo muito descuidado e precisava de
uma bronca.

–Acorde, Thiago.

–Que é, Vó?

–Acorde e olhe para mim! Thiago se virou e dobrou o travesseiro debaixo da cabeça.

–Que foi? Aconteceu alguma coisa?

–Ainda não, mas vai acontecer se você não parar de ser preguiçoso.
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–Que história, Vó! Eu trabalho todo dia.

–É, e sua mãe não?! Ela acaba de me dizer a lista de coisas que tem que ser feitas hoje.
Olhe, sua mãe está com apenas dois meses de operada. Seu pai teve que ir ao trabalho.

–Ela não me falou nada. Como eu vou saber?

–E você perguntou, por acaso? Eu mesma ouvi você avisando ontem que ia aproveitar o
sábado para colocar o sono em dia. Você acha que seus pais vão lhe pedir alguma coisa
depois de uma declaração daquelas? Onde já se viu? Um marmanjo deste tamanho na
cama enquanto a mãe coloca o lixo na rua. Se fosse apenas um volume, ainda vai lá, mas
são quinze sacos bem pesados porque ontem o jardineiro teve aí. Eu a proibi
terminantemente! Depois ela está querendo levar o carro para o mecânico e para o
borracheiro. Agora me diga, com quem foi que o pisca-pisca quebrou? E com quem o pneu
furou?

–Comigo, Vó.

–Então! E pode desmanchar essa cara de espantado! Estou achando que Deus me mandou
para cá para dar uma basta nessa exploração! Tem quatro de vocês e ninguém faz nada
para ajudar nesta casa nos sábados. Fica todo mundo na cama até meio-dia e depois cada
um tem seus programas. Se vocês dividissem as tarefas, seus pais poderiam dormir umas
horas a mais também. Bem que eles precisam. E aí, vai sair desta cama, ou não?!

Quando o pai (Neto) chegou algumas horas mais tarde, ficou espantado. Thiago havia
saído para cuidar do carro (com ordens para comprar ração e passar na farmácia e na
locadora). Seu caçula estava dando banho na cachorra enquanto a avó estava preparando o
material para ensinar-lhe como lavar três pares de tênis. O outro filho estava cortando a
grama do quintal. Na cozinha, a filha estava assando o bolo que ela havia prometido para a
reunião da mocidade daquela noite e já sabia que quem iria passar sua blusa a ferro seria
ela mesma.

Sr. Neto chamou a esposa de lado e perguntou a ela que ―milagre‖ era aquele.

–Olhe, sua mãe resolveu que nossos filhos são um bando de preguiçosos e acordou a
cambada toda. Mas eu também já recebi uma bronca bem grande. Duvido que você escape!

Mais tarde, Vovó Valdete reuniu a família.

—Como vocês notaram hoje de manhã, apesar de achar vocês a família mais linda do
mundo, estou preocupada com algumas coisas que tenho observado nas três semanas que
passei aqui. Já conversei com seus pais e agora vou falar com vocês novamente. E aí ela
continuou falando, com a Bíblia na mão….

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Pais sacrificados, Filhos acomodados

Uma das queixas mais frequentes dos pais é que os jovens vivem como se a casa
em que moram fosse uma espécie de hotel onde necessidades e caprichos de filhos-
hóspedes têm que ser satisfeitos exatamente por pais-empregados. Para eles, amor de pai e
mãe implica em sacrifício e canseira. Amor de filho, entretanto, tem pouco a ver com este
conceito. Basta dizer ―eu te amo‖ de vez em quando, comprar uns presentinhos no dia deles
e no Natal e pronto.

Vemos que a culpa pelos desentendimentos nesta área é de ambas as partes. É dos
pais que não exigem participação nos gastos e desgastes físicos que a manutenção e
conservação do lar requerem. É dos filhos que não percebem que, por serem adultos, já
podem e devem começar a aliviar os pais das suas tarefas e despesas com o andamento
domiciliar. Paulo ensinou a Timóteo que os filhos e netos devem aprender a exercer piedade
para com a sua própria casa, e a recompensar os seus progenitores; pois isto é aceitável
diante de Deus. I Tm 5.4. Em outra epístola, Paulo falou da importância de evitar comer pão,
de graça, à custa de outros, mas de trabalhar, em labor e fadiga, de noite e de dia, a fim de
não ser pesado a ninguém. Ele continua afirmando, Se alguém não quer trabalhar, também
não coma. II Ts 3.8,10.

No lar ideal, os pais criam os filhos e, em seguida, lutam ao lado deles por um tempo
enquanto se estabilizam na sua emancipação. Depois, tanto os filhos como os pais devem
ser livres. A mãe também tem direito a este estágio de liberdade, retomando ou
desenvolvendo novos talentos e atividades na sua comunidade. As suas obrigações e
tarefas com os cuidados dos seus filhos terminam quando esses se tornam adultos exceto,
quando de comum acordo, pais e filhos decidem continuar com a convivência ou
dependência financeira.

Pode ser no intuito de ajudar o filho ou a filha a se preparar melhor para uma próxima
fase nas suas vidas. Este apoio é voluntário e temporário e pode ser retirado ou diminuído
se os pais notarem que seus filhos estão lhes explorando ou tirando proveito indevido do
sacrifício paterno.

Chega o momento em que os pais vêem que seus mimos estão atrasando o
amadurecimento dos filhos. Agora, quem deve se sacrificar mais, fora e também dentro do
lar (o labor e fadiga, noite e dia acima) é o jovem. Um filho crente se esforça não apenas
para não ser um peso, mas também para aliviar a carga dos pais, começando a
recompensá-los, assumindo tarefas domésticas, compras, consertos… O seu amor se
concretiza—passa de meras palavras para ações visíveis.

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VII. Obrigações do Homem como “Profissional”
É certo que hoje vivemos uma época em que as mulheres trabalham fora e ajudam
nas despesas de casa, porém há muitos maridos que se aproveitam dessa participação e
transferem suas responsabilidades de provedor do lar colocando uma grande sobrecarga na
esposa causando cansaço, desilusão, e até desinteresse dela pelo seu companheiro. Um
homem de Deus, no exercício da Mordomia da Família procura por todas as formas dar o
melhor possível à sua mulher e filhos, suprindo suas necessidades materiais.

É fundamental o homem estabelecer as prioridades corretas, para evitar trazer


prejuízos irreversíveis. Definitivamente estamos vivendo dias muito difíceis com relação ao
nosso ambiente de trabalho. Embora o discurso vigente seja a favor das pessoas
(funcionários), a prática (infelizmente) tem demonstrado o contrário: a cada dia que passa
está mais difícil trabalhar, a pressão vai aumentada! Pressão por novos cortes de custos,
pressão por maiores resultados, pressão para adquirir novos conhecimentos. Resumindo:
pressão, pressão e mais pressão. Algumas empresas resolveram sugar os seus
funcionários. Doze, treze, quatorze horas de trabalho diário, sábados, domingos. Dedicação
quase exclusiva aos interesses da empresa. Conheço um determinado banco que nos seus
treinamentos para gerente tem a prática de fazer a seguinte questão para os
participantes: Para você, quem vem em primeiro lugar, o banco ou a sua família? As
prioridades do marido cristão:

1. Ser presente no lar

2. Filhos antes dos amigos

3. Amar pessoas antes de coisas

4. Esposa antes de si mesmo

5. O lar antes da profissão

6. Coisas espirituais antes de coisas materiais

7. A esposa antes dos filhos

8. A esposa antes da mãe. Gn 2.24

9. Família antes da igreja.

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VIII. Que Tipo de Esposo, Você é?
1. Silencioso: governa sem que haja qualquer tipo de comunicação; silêncio total.

2. Hipócrita: fala bem da mulher só na frente dos outros, em casa a maltrata.

3. Desequilibrado: ora negligente, ora ditador (vive nos extremos).

4. Bomba Relógio: a família nunca sabe quando vai explodir.

5. Indeciso: não toma decisão, se a esposa toma se aborrece.

6. Crítico: só acha motivo para criticar; elogiar nunca.

7. Negligente: é gastador, não leva a família a sério.

8. Teimoso: é perfeito, nunca admite quando erra.

9. Insensível: indiferente, mau, torturador.

10. Ditador: cruel, tirano, é quem manda.

11. Ciumento: desconfiado, inseguro.

12. Esposo trabalhador?

13. Esposo inconstante?

14. Esposo preguiçoso?

15. Esposo cavalheiro?

16. Esposo provedor?

17. Esposo prudente?

18. Esposo amoroso?

19. Esposo indeciso?

20. Esposo protetor?

21. Esposo piedoso?

22. Esposo ausente?

23. Esposo egoísta?

24. Esposo crítico?

25. Esposo gentil?


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26. Esposo ideal?

27. Esposo fiel?

IX. O que toda Esposa espera de seu Esposo?


Desde que Eva foi criada, muita coisa tem mudado na vida das mulheres, mas as
coisas mais importantes, aquelas que nos trazem felicidade e realização, permanecem
inalteradas por fazerem parte da essência da nossa feminilidade. Se todas as esposas virem
em seus maridos amor, atenção, bondade, fidelidade, proteção, cobertura espiritual,
valorização, intimidade sexual. Essa casa estará edificada sobre a Rocha. Os rios vão subir,
os ventos vão soprar, mas a casa não vai cair, pois ela está edificada sobre a Rocha. O que
toda Esposa espera de seu Esposo?

1. Convivência: O marido deve procurar passar tempo com a esposa, para aprender a
conhecê-la como a pessoa especial que é. Conhecer profundamente todas as sutilezas e
nuances de temperamento, para poder fazer uso desse conhecimento em benefício da
própria esposa. Através da convivência, o esposo poderá descobrir quais são as
necessidades básicas de sua esposa e satisfazê-las dentro do possível.

2. Exemplo: Uma liderança eficaz requer que o líder dê o exemplo, não exigindo dos
seus nada que ele mesmo não esteja disposto a fazer. O marido que já tiver demonstrado
amar a esposa, sabe que poderá contar com ela para fazer por ele o que tenha feito por ela.
Se ele a servir, será servido; se ele a amar, será amado; se ele coloca os interesses dela
antes dos seus, verá que ela fará o mesmo por ele.

3. Comunicação: O marido deve separar tempo para comunicar-se com a esposa, para
expor a ela as coisas íntimas que vão em seu coração, seus sonhos, seus anseios para si
mesmo e para a família. Para tanto, é preciso que tenha metas, saiba o que quer para os
seus, compartilhe tudo isso com a esposa, para que esta possa ajudá-lo a definir e a levar a
cabo a sua parte neste ideal. Lembre-se de que a comunicação é uma via de mão dupla.

4. Divisão de Responsabilidades: O marido atencioso é aquele que procura dar a


oportunidade a esposa para que ela se desenvolva como pessoa, para benefício dela e seu
próprio, pois feliz será o marido de uma esposa realizada e capaz. A boa liderança consiste
exatamente no reconhecimento da potencialidade de cada um dos liderados, na utilização
máxima desse potencial. Com isto, todos se beneficiam, e o lar é enriquecido.

5. Transmita Segurança e Amor: A segurança é algo extremamente essencial na vida de


uma esposa, para que ela possa ser feliz e tenha condições de transmitir felicidade aos
seus. Portanto, ela precisa sentir que tem um esposo comprometido com o casamento, com
os filhos, com a família, enfim, esposo comprometido com o ninho. A esposa precisa sentir
que tem ao seu lado um esposo que a ame e que transmita amor. Passos práticos que o
ajudarão a demonstrar amor:

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Expresse constantemente e audivelmente o amor que sente por ela:
Muitas vezes o marido acha difícil entender a necessidade que a esposa tem de ouvi-lo
confirmar com palavras o sentimento que tem no coração. Expresse, através de ações, o
cuidado que merecem as necessidades dela: Uma massagem no pescoço cansado e
dolorido, uma mãozinha inesperada com alguma tarefa dela, podem falar mais alto que mil
palavras. Mas não se esqueça que as palavras dão aquele toque especial e indispensável.

Procure demonstrar de maneira prática que ela é o ser humano que ocupa o primeiro
lugar em sua vida: Mostre-lhe que suas opiniões são respeitadas, mesmo quando não forem
aceitas. Nos conflitos, ela deverá poder contar com seu apoio, pois você deixou até pai e
mãe para unir-se a ela. Trate-a com cortesia e com ternura: Ela será o reflexo do modo
como a tratar. Se quiser ter uma rainha por esposa, terá que tratá-la como tal. Expresse
frequente e generosamente sua apreciação e admiração: São tantas as coisas que ela faz
por você e por sua família, que esta dedicação não pode ser passada em branco. Se
realmente ela representa algo em sua vida, então, expresse. Jamais use comparações para
tentar mudá-la: Especialmente no caso de compará-la a outras mulheres, isso pode produzir
uma terrível mágoa e sentimentos de falta de valor próprio. Lembre-se de que sua esposa é
uma pessoa especial e diferente das outras pessoas e mulheres. Ela será uma pessoa muito
melhor se, ao invés de criticar seus pontos fracos, você encorajá-la a desenvolver suas
qualidades.

Não a critique na frente de outras pessoas: Se houver algo que ela precisa corrigir,
espere pelo momento certo, quando vocês estiverem a sós, e então, diga-lhe o que tens
para dizer, mas com brandura e amor.

Capítulo VII
Direitos e Obrigações dos Filhos segundo a Bíblia
Formar filhos saudáveis e felizes é o maior empreendimento e a tarefa mais
trabalhosa a exercer como seres humanos. Filhos trazem alegria e realização, mas
necessitam de disciplina e dedicação, cobram atenção e carinho, e merecem respeito e
amor. Criar filhos é, portanto, uma arte que envolve o repensar sobre si mesmo, a projeção
de nossos desejos e perspectivas futuras, a utilização de ferramentas cognitivas acertadas,
e a parceria com Deus visando sabedoria e frutos.

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De acordo com o art. 1566 do Código Civil, são deveres de ambos os cônjuges, entre
outros, mútua assistência, sustento, guarda e educação dos filhos. O art. 1568 determina
que os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos
do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime
patrimonial.

I. Direitos e Obrigações dos Filhos

1. Direitos dos Filhos

1.2. Ser amado, Tt 2.4

1.3. Ser conduzido a Cristo, Mt 19.13-14

1.4. Ser corrigido corretamente, Prov 13.24

1.5. Não ser provocado pelos pais, Ef 6.4 Parte a

1.6. Ser criado na doutrina bíblica, Ef 6.4 Parte b

1.7. Ser abençoado pelos pais, Gn 48.15, 49.1-33, Hb 11.20-21

2. Obrigações dos Filhos

2.1. Honrar os pais, Êxodo 20.12

2.2. Submissão e respeito, I Rs 2.19

2.3. Ouvir as instruções, Dt 4.9, 11.19 e 6.7

2.4. Não maldizer sua mãe ou seu pai, Mc 7.10

2.5. Obedecer aos pais, Ef 6.1, em tudo, Cl 3.20

2.6. Ser uma benção, Pv 10.1, Gn 33.5, 48.9 e Pv 17.6

3. Dez Tipos de Filhos

3.1. Filho ideal.

3.2. Filho mimado, I Rs 1.6

3.3. Filho carnal, I Sm 8.1-5

3.4. Filho pródigo, Lc 15.11-32

3.5. Filho insensato, Oséias 13.13 3.6. Filho sábio, Pv 10.1, 13.1, 15.20

3.7. Filho problemático, II Sm caps. 15 ao 18


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3.8. Filho cobrador, (tudo o que sabe é cobrar...cobrar)

3.9. Filho crítico, (sabe tudo, os pais são ultrapassados)

3.10. Filho ingrato, (nunca reconhecem o que os pais fazem)

4. Relacionamento na Vida Familiar

4.1. Dar e cobrar na medida certa.

4.2. Orem por seus filhos e com eles.

4.3. Ensinar o valor da oração aos filhos.

4.4. Não provocar a ira aos filhos. Ef 6.4.

4.5. Ser afetivo com os filhos. I Pe 3.8;4.8.

4.6. Realizar o culto doméstico. Gn 12.5-7.

4.7. Preparar os filhos para a vida. Lc 2.52.

4.8. Ensinar o valor da Igreja. Hb 12.23; Ap 21.9.

4.9. Cuidar dos filhos, dando tempo para eles. I Tm 5.8.

4.10. Ensinar a Palavra de Deus aos filhos no lar. Dt 11.18-21.

4.11. Procurar entender as falhas de seus filhos; quem não falha?.

4.12. Diga que os amam: Eu amo você. São palavras que produzem efeito.

4.13. Evitar gritar com seus filhos. Isso pode ser um mau exemplo para eles.

4.14. Peça perdão aos seus filhos, quando verificaram que erraram com eles.

4.15. Aceitar seus filhos como eles são, com alegria, vendo-os como bênçãos.

4.16. Dar liberdade aos filhos com limites de acordo com a idade de cada um.

4.17. Demonstrar amor, sem mimá-los muito, para que não fiquem inseguros.

4.18. Cultivar o respeito aos filhos: falar a verdade; cumprir as promessas; etc.

4.19. Dedicar tempo para seus filhos. Tempo para conversar, ouvi-los, passear.

4.20. Procurar ser amigos íntimos de seus filhos, tornando-se seus confidentes.

4.21. Procurar entender seus filhos, entender as razões de suas ações e reações.

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5. Lista de atitudes que afastam os filhos dos pais

5.1. Ausência do pai

5.2. Criticas constantes

5.3. Estar ocupado demais, quando eles o procuram

5.3. Fazer promessas que não podem cumprir

5.4. Trair confidências

5.5. Sarcasmo e Zombarias

6. Advertência

6.1. O primeiro pastor de uma criança, é o pai cristão

6.2. O primeiro templo de uma criança, são os braços de sua mãe

6.3. O primeiro altar, os joelhos da mãe

6.4. A cartilha da criança é o exemplo dos pais

6.5. Quando a criança chegar na encruzilhada da vida, é bom que o pai esteja ali dirigindo
o trânsito.

7. Disciplina

7.1. Pais permissivos demais

7.2. Pais rígidos demais

7.3. Pais equilibrados

7.4. Que tipo de pai você é?

Em algum lugar do caminho Eli, Samuel e Davi esqueceram da importância da


disciplina no lar. Eles foram totalmente dedicados à causa do Senhor, mas falharam como
pais. Eli pode gemer um "não" aos seus rapazes e não fazer nada sobre seus crimes vis.
Você supõe que ele fez o mesmo quando eles tinham dois anos de idade? Samuel pode ter
feito tudo para educar filhos devotos, mas então, de novo, ele pode não ter tido tempo para
brincar de pega-pega com eles por causa da sua carga de trabalho. Davi soube o que fazer
com outros que pecaram (o amalequita relatando a morte de Saul; os assassinos de
Isbosete) mas revelou uma estranha paralisia quando se tratou de membros da família que
pecaram (Joabe e o assassinato de Abner; Amom estuprando Tamar; o assassinato de
Amom por Absalão e sua traição). "Ser pais não é para os covardes" (James Dobson), e os
pais que se recusam a usar a vara da correção não são dignos de serem chamados "pais".

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Os pais que decidirem utilizar a forma bíblica para disciplinar seus filhos devem
conhecer os argumentos e os contra-argumentos desse polêmico tema. Disciplina de filhos,
principalmente a forma como ministrá- la, é uma das áreas mais polêmica dos meus
seminários. Existe, atualmente em nossa sociedade, uma forte corrente que pretende banir o
uso da vara do relacionamento pais & filhos. Não tenho dúvidas de que grande parte desse
sentimento parta de uma sincera preocupação com o bem-estar da criança. Sei que há pais
que não disciplinam, mas espancam seus filhos. O abuso infantil sempre foi e continua
sendo uma triste realidade. Seguindo esse raciocínio há vários argumentos utilizados contra
o uso da vara.

Disciplina segundo a Bíblia: Os pais têm o dever de passar aos filhos a noção das
fronteiras a serem respeitadas. Nas últimas décadas, proliferaram teorias de orientação para
pais. Tivemos um período da nossa história marcado por uma educação autoritária e rígida.
Na segunda metade do século passado, acompanhamos outro período extremamente
liberal, influenciado pelo movimento hippie. Atualmente, vivemos uma era onde muitos pais
encontram-se confusos e perdidos.

Psicólogos e educadores têm se empenhado em oferecer ajuda às famílias, que,


embora preocupadas em educar da melhor forma possível, sentem-se inseguras em qual
caminho seguir. Creio que a grande dificuldade esteja no posicionamento dos pais quanto à
colocação de limites. E o problema agrava-se atualmente porque os pais, já inseguros,
temem deixar de ser amados por seus filhos.

Este fato os torna vulneráveis e frágeis para a tarefa de educar, e eles não impõem as
regras necessárias para que os filhos desenvolvam-se com maturidade. Se a criança disser
―não gosto de você‖, eles levam tão a sério que se mostram totalmente ameaçados na
relação.

Outros problemas surgem porque muitos pais se sentem culpados por estar ausentes
a maior parte do dia e, assim, assumem posturas permissivas. Têm dificuldade de frustrá-los
com repreensões, imposições ou castigo físico. Temem ser considerados ―chatos‖, e não
repreendem suficientemente os filhos. O pior desta dinâmica é que a criança percebe tal
fragilidade e abusa, tornando-se cada vez mais exigente. Muitas vezes, exige novamente
uma exceção ou concessão que lhe foi dada em determinado dia, e enfrenta os pais com
arrogância: ―Mas você deixou naquele dia. Por que não vai deixar hoje? Eu quero!‖. A birra
das crianças é um exemplo clássico de disputa de poder em relação aos pais.

A criança grita e tenta obter o que deseja envergonhando os pais em público. Se


conseguir, fica satisfeita, mas entende que tem pais que se submetem. Esta birra também
pode ser entendida como um grito: ―Preciso de pais fortes; preciso de limites, com
urgência!‖. Pais que tiveram uma educação rígida buscam oferecer uma educação oposta,
baseada na democracia. Mas os filhos acabam ditando as regras, e então não aprendem a
obedecer. Há quem se orgulhe de ser confrontado pelo filho, dizendo que isto é um sinal da
força da personalidade da criança.
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Nesta falsa democracia, a família torna-se uma anarquia: sofás
arrebentados de tanto as crianças pularem, gritos ao invés de conversas, ferramentas do pai
espalhadas pela casa quando querem consertar sua bicicleta, objetos quebrados por
jogarem bola na sala etc. ―Ah, mas as crianças estão felizes‖, diriam os mais liberais. Pais
excessivamente democráticos criam filhos tiranos. Filhos precisam de firmeza. A felicidade
não está na anarquia, mas na liberdade com responsabilidade, que se consegue mantendo
o respeito próprio e ao outro.

Fronteira: Adolescentes também testam os limites para sentir os quantos são importantes e
o quanto os pais se interessam por eles. Reclamam das regras impostas, mas gostam que
alguém se importe com eles. Garantido o afeto entre pais e filhos, é importante que os
limites sejam negociados e que ambos estabeleçam uma relação de mútua confiança.
Reconsiderar uma regra não é sinal de fraqueza dos pais, mas sinal de ponderação e
liberdade de comunicação.

Os pais precisam aprender a suportar a cara feia do filho sem temer que o amor da
relação fique abalado. Carrasco é o pai que não ajuda o filho a formar sua identidade; que
deixa a porteira aberta e o joga no mundo, sem repará-lo. Pais carrascos são aqueles que
não oferecem limites, cuidados e afetos aos filhos. Vamos imaginar potrinhos soltos dentro
de um espaço delimitado por uma cerca. Esta cerca é a fronteira ou limite entre o seu mundo
particular e o mundo externo. Esta fronteira é a garantia de que nenhum lobo virá comê-los,
ou que não se perderão por onde ainda não sabem caminhar.

A fronteira (limite) oferece proteção: No campo psicológico, a fronteira é a delimitação


entre o espaço eu e o não eu, isto é, o que é meu e o que é do outro. Esta delimitação é o
que dá a noção de quem sou, qual espaço ocupo e quem é esta outra pessoa diferente de
mim. Assim sendo, a disciplina e a imposição de limites correspondem à formação desta
fronteira de contato que aponta o que o filho pode fazer e o que não pode.

É, ao mesmo tempo, o que lhe garante proteção e a confiança de que está sendo
cuidado por alguém que sabe o que é melhor para ele. Portanto, o limite tem duas funções:
a educativa, que dá a noção de respeito ao outro, e a função psicológica, de segurança,
proteção e a noção de quem eu sou. Quando a atmosfera de confiança é mantida e
reconhecida e há afeto na relação, a comunicação eficaz acontece. A educação que Deus
nos dá é assim! Temos liberdade para agir e ser aquilo que escolhemos, considerando o
outro ao nosso redor e ainda amadurecendo na plena vontade do nosso Pai. Qual é a
vontade do Pai? Filhos maduros, carinhosos, íntegros, responsáveis e, principalmente, que
reconheçam o investimento e o afeto que o Pai nos dedicou, Deuteronômio 6.7.

Filhos precisam de firmeza: A felicidade não está na anarquia, mas na liberdade com
responsabilidade, que se consegue mantendo o respeito próprio e ao outro. Carrasco é o pai
que não mostra como o filho tem que se comportar diante dos seus familiares, amigos e
estranhos. Carrasco é aquele que não ensina o filho a se manter dentro da sua fronteira.
Carrasco é o pai que não ajuda o filho a formar sua identidade; que deixa a porteira aberta,
sem orientá-lo, e o joga no mundo, sem prepará-lo. Carrasco é aquele que abandona o filho
aos lobos, sem instruí-lo.
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Conceitos com relação à disciplina:

a. Com Conselho, Pv 19.25 (para moldar, fortalecer e aperfeiçoar)

b. Com Vara, (surra), Pv 22.15; 13.24 (mas não agredir ou não espancar)

c. Com Castigo, Pv 19.18; 29.17 (quando ficar caracterizado a falta intencional)

d. A disciplina deve aplicada para corrigir maus hábitos. Pv 15.5

e. A disciplina deve aplicada para formar bons hábitos. Pv 15.10

f. A disciplina deve aplicada para estabelecer a pratica da obediência

g. A disciplina deve aplicada para desenvolver o senso e o respeito da autoridade.

8. Como ter um Filho delinquente

A Delegacia de Houston, Estado do Texas, nos Estados Unidos, elaborou as seguintes


regras para formar um filho delinquente. São um alerta aos pais.

1. Desde pequeno, dê tudo o que o filho pedir. Desta forma, ele crescerá pensando que
sempre terá tudo o que quiser. (O certo é não dá tudo o que o filho pedir).

2. Quando ele disser palavras imorais, ria com ele. Isto fará pensar que é engraçadinho
e o encorajará a aprender frases mais "engraçadinhas" ainda, que, mais tarde, vão lhe
deixar completamente sem jeito. (O certo é repreender o filho quando disser palavras torpes
e imorais, e não achar engraçado).

3. Nunca lhe dê treinamento espiritual algum. Espere até que ele complete 21 anos, e
deixe-o decidir por si mesmo; (O certo é dar o ensino espiritual desde cedo, como manda a
Bíblia).

4. Evite o uso da palavra "errado". Pode desenvolver nele um complexo de culpa. Isto
condicionará seu filho a acreditar, mais tarde, quando for preso por roubar um carro, que a
sociedade está contra ele e que está sendo perseguido; (O certo: se precisar, deve-se
mostrar o erro ao filho).

5. Apanhe tudo o que seu filho deixar espalhado: livros, sapatos e roupas. Faça tudo por
ele e, assim, ele se acostumará a jogar todas as responsabilidades em cima dos outros. (O
certo: não fazer tudo pelo filho; ensiná-lo a ter responsabilidade, cuidando de suas coisas,
desde criança).

6. Deixe-o ler tudo que lhe caia nas mãos. Cuide sempre que as vasilhas, pratos,
talheres e copos sejam esterilizados, mas deixe que sua mente se alimente de lixo; (O certo:
examinar o que o filho ler, não permitindo literatura imoral no lar).

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7. Brigue com sua esposa (ou com seu marido) frequentemente na
presença dos filhos; deste modo, eles não ficarão chocados mais tarde, quando o lar se
desfizer; (O certo: jamais brigar com a esposa, muito menos em frente dos filhos).

8. Dê-lhe todo o dinheiro quiser. Não permita que ele trabalhe para ganhar dinheiro.
Porque ele teria que adquirir as coisas com as mesmas dificuldades que você? (O certo: se
puder, dar a mesada aos filhos, orientando-lhes para o valor do dinheiro, sem gastar além do
que recebe).

9. Satisfaça qualquer desejo de comida, bebida e conforto que ele queira. Veja que
todos os seus desejos sensuais sejam gratificados. A inibição de desejo pode dar origem a
uma perniciosa frustração; (O certo: só satisfazer aquilo que é lícito e conveniente para os
filhos).

10. Tome partido dele contra vizinhos, professores e policiais. Todos eles estão de
prevenção contra seu filho. (O certo: se ele errar, nunca ficar de seu lado; ajudá-lo a corrigir
as falhas, com amor e compreensão).

11. E, quando ele estiver seriamente envolvido em dificuldades, desculpe-se a si mesmo,


dizendo: "Nunca consegui fazer nada com ele"; (Procurar ajudar nas dificuldades, visando a
correção e resolução dos problemas).

12. Prepara-se para uma vida de tristezas e sofrimentos. Você está fazendo tudo para tê-
la. (O certo: usando a Palavra de Deus, preparar a família para uma vida de amor,
obediência e dedicação a Deus).

Pontos Positivos

■ Não dê à criança tudo quanto ela queira.

■ Aponte os erros que seu filho comete.

■ Nos momentos de perplexidade, esclareça sua dúvida.

■ Ensine e ajude seu filho a escolher entre o certo e o errado, entre o bem e o mal.

■ Ajude-o a seguir o caminho do bem abraçando sempre a verdade.

■ Dê a seu filho uma educação espiritual.

■ Quando seu filho deixar tudo espalhado pelo chão roupas, faça-o apanhá-los.

■ Com gritos nunca se educa uma criança. Educa-se com energia, amor e bondade.

■ Não brigue nem discuta na presença do filho.

■ Quem não se contenta com pouco, nem o muito o satisfará jamais.

■ O filho deve aprender quanto custa ganhar dinheiro.

■ Não satisfaça todos os desejos e caprichos do seu filho.


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■ Ninguém é perfeito; seu filho também está dentro desta regra.

■ Seja justo e dê razão a quem tem de fato.

Capítulo VIII
Violência Domestica
A violência doméstica atinge não apenas a mulher, mas toda a sociedade.

Temos hoje, na Presidência dos Estados Unidos, um filho que viu sua mãe ser
espancada e abusada em casa. Devido ao costume da época, essa mãe não pôde proteger-
se, nem denunciar. O espancamento só cessou quando Bill confrontou o padrasto." O
contido depoimento da então primeira-dama americana, Hillary Clinton, no salão nobre do
Banco Interamericano de

Desenvolvimento, BID, em Washington, por ocasião da Conferência sobre Violência


Doméstica na América Latina e Caribe, pegou a platéia de surpresa. Não cabia, naquele
plenário, detalhar as agressões domésticas que marcaram a infância do presidente Bill
Clinton, mas tampouco cabe, nos dias de hoje, varrê-las de sua biografia. "A solidão é parte
da vergonha, que é parte do silêncio", alertou Hillary. "Não acreditamos que a violência
doméstica seja uma questão cultural. Acreditamos que seja um ato criminoso, ponto."
Infelizmente, as duas coisas não são excludentes. "Por enquanto", pondera Martha Mesquita
da Rocha, titular de uma das seis Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher, Deam, do
Rio de Janeiro.

O ponto de partida todo mundo conhece:

O lugar mais perigoso para a mulher é em casa.

Segundo dados mundiais, o risco de uma mulher ser agredida em sua própria casa, pelo pai
de seus filhos, ex-marido ou atual companheiro, é nove vezes maior do que o de sofrer
alguma violência na rua, fora do âmbito familiar. Aquelas que deveriam ser as paredes
protetoras do lar atuam como muros do medo. A vítima não vê saída, mesmo que tenha a
chave da porta. Isso porque, em sua essência, a violência doméstica é a manifestação da
distribuição desigual de poder. Poder físico, econômico, psicológico, social e, sobretudo,
emocional do homem. Aí está o nó da questão.

Para que a sociedade possa produzir respostas institucionais de prevenção e


combate à violência doméstica, estatísticas são, de fato, essenciais. Mas, para retratar o real
estrago de uma vida espancada, elas não servem. Para isso, mais vale fazer ponto numa
das quase 260 Delegacias da Mulher espalhadas pelo Brasil e observar o silencioso desfile
de mulheres que vão chegando. Há a que vem de celular na mão, há a que traz uma fitinha
de Nosso Senhor do Bonfim amarrada na sacola de plástico. Há a que esconde a marca da
brutalidade sofrida na véspera; outra estampa o medo da violência que não deixa impressão
digital. Todas parecem ter uma mesma expressão no olhar. É um olhar vazio, perplexo e
derrotado.
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Ele espelha o caminho que cada uma percorreu até a delegacia,
para expor as feridas mais íntimas de sua vida. Muitas desistem à última hora e dão meia-
volta antes de entrar. Outras — quase 30% — retornam nos dias seguintes para retirar a
queixa. "Quero que a violência cesse", diz a delegada Martha Rocha, "mas tenho a
humildade de não impor a essa mulher os meus princípios. Não tenho a pretensão de mudá-
la". Segundo dados levantados pela pesquisadora carioca Bárbara Soares, do Instituto
Superior de Estudos da Religião, Iser, 52% das mulheres que sofreram agressões anteriores
preferiram não fazer registro. Ainda assim, foram quase 220.000 os boletins de ocorrência
registrados nas Delegacias da Mulher em 1997.

Em todo o país, a procura mais intensa de ajuda ocorre às segundas- feiras, logo que
acaba o fim de semana de agressões em que a vítima tem poucas possibilidades de escape,
pois o agressor está dentro de casa. É nas manhãs de segunda-feira, depois de encaminhar
os filhos para a escola e certificar-se de que o marido saiu para o trabalho, que a mulher
agredida se põe em marcha. No caso da Delegacia da Mulher mais movimentada do Rio,
situada numa contramão da zona portuária da cidade, o caminho é hostil.

A delegacia está escondida numa área que causa estranhamento, entre armazéns
desativados e prédios surrados que abrigam órgãos policiais. É preciso determinação e
anestesia emocional para chegar até ali, subir os três lances de escada descascada e
alcançar o corredor que deságua na área de atendimento. Para fazer o relato de suas
cicatrizes, a vítima não tem a mínima privacidade, nem cadeira para sentar. A seu lado,
ombro a ombro, outra mulher estará relatando uma rotina de murros e abusos semelhantes.
Nessa primeira saleta não há janelas. Os depoimentos são dados por cima de um balcão de
vinil azul para plantonistas que ao mesmo tempo precisam atender às chamadas telefônicas,
igualmente urgentes.

"O meu ex-noivo, coronel reformado do Exército, está com uma calibre 12, uma
espingarda e uma pistola 45 em casa", inquieta-se uma voz feminina que conseguiu ligar
cedinho. "Ele bateu na minha filha, que teve afundamento no rosto, e a mantém presa em
casa", denuncia outro fiapo de voz. O plantonista ouve, orienta e dá o endereço da
delegacia. Enquanto isso, desconcertada com as interrupções, a vítima que está tentando
contar seus horrores ao vivo, de pé no balcão, se sente um nada.

"Os publicitários que criam peças institucionais belíssimas, completamente irreais,


deveriam é vir até aqui", sugere a investigadora Isa da Silva Barros, 49 anos. "Eles colocam
artistas famosos como Tony Ramos e Milton Gonçalves para falar das Delegacias da
Mulher, criam expectativas de atendimento com solução para tudo, e acabam induzindo
quem nos procura a decepções fortes. Por falta de estrutura, a gente acaba ficando mal."
Um colega de plantão de Isa, Oswaldo de Assis, 41 anos de idade e seis meses no posto,
pisa mais fundo.

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"Proteção para a mulher agredida só existe no seriado Dama de Ouro, em que a
delegada americana Katy Mahoney resolvia tudo. A Delegacia de Mulheres, da TV Globo,
também glamourizou demais, com aquela coisa de cafezinho e tapinha no ombro. Na prática
não é nada disso." Não é mesmo. A começar pela imagem que a própria corporação tem do
policial alocado em uma Delegacia da Mulher.

"Quando informei meus colegas que eu vinha para cá", lembra Assis, "foi como se eu
dissesse que tinha caído na vida. 'Tá lá de castigo?', perguntam até hoje. Troquei o poder da
truculência por isso aqui, onde o marginal é um pai de família."

Numa segunda-feira recente, uma das primeiras a chegar na Deam mais


movimentada do Rio foi a dona de casa Rosamaria, acompanhada de seu companheiro-
agressor. Aflita, veio retirar a queixa que fizera dias antes. "Ele não merece ficar com o
nome sujo, trabalha em repartição pública há quarenta anos. Ele nunca tinha me batido
antes, foi a primeira vez, não matou ninguém. A gente tem é de resolver as coisas em casa,
entre a gente mesmo. Eu é que fiz besteira e agora vou tentar consertar."

A escrivã Márcia Bezerra Mendonça, 35 anos e oito meses de Deam, ouve o casal. "O
que queremos, aqui, é que haja um entendimento, quando possível", explica a policial. "Num
primeiro momento, a mulher agredida se sente traída, aviltada. Vem e faz o registro. Numa
segunda fase, ela começa a mensurar as consequências da denúncia, como fica o sustento
dos filhos se o marido for preso, o tamanho da vergonha. Por isso ela volta e retira a queixa.
No fundo, a mulher nos procura não tanto para denunciar um crime, mas para ver se a
polícia consegue modificar o temperamento violento do parceiro." É aí que reside o perigo.

Para Déborah Menezes, delegada titular da Deam de Brasília, ameaças devem ser
levadas a sério. "A própria mulher não acredita que um dia a ameaça possa tornar- se
realidade. De tanto ouvir: 'Vou te matar, vou fazer picadinho de você', aquilo já virou feijão-
com-arroz. No fundo, nem a policial acredita. Mas um dia entorna." Segundo tese de
mestrado do pesquisador Renato Sérgio de Lima, do Seade, 40% dos homicídios de autoria
conhecida cometidos contra mulheres, no município de São Paulo, são intrafamiliares. A
média nacional é pior ainda: 66%, segundo dados divulgados na semana passada pelo
Movimento Nacional dos Direitos Humanos no livro Retratos dos Homicídios Femininos no
Brasil.

Aquelas que deveriam ser as paredes protetoras do lar atuam como muros do medo. A
vítima não vê saída, mesmo que tenha a chave da porta.

Quem não vive uma situação de violência em casa tem dificuldade em entender sua
lógica, a desproporção abissal entre a miudeza da causa e a devastação do efeito. Em
situações de relacionamento-limite, basta uma camisa mal passada, o sumiço de um objeto,
a recusa de um contato físico, o atraso na volta das compras, para desencadear o pior.

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E o pior, quando se fala em violência doméstica, é simplesmente inimaginável: uma
senhora de meia-idade talhada com facão e o ânus incendiado por uma garrafa de álcool. A
mulher de um policial encaminhada para a seção de politraumatismos — seu rosto é uma
massa amorfa de cores arroxeadas. Mais adiante, um torso e ombros com queimaduras que
lembram os efeitos do napalm. Outra tem a cabeça e o corpo enfaixados como múmia,
restando apenas o olhar vazio.

Uma jovem que já foi linda, com pontos cirúrgicos ainda frescos ziguezagueando o
seu rosto, pescoço e corpo. Uma pré-adolescente com as costas lanhadas.

Segundo uma teoria desenvolvida pela psiquiatra americana Lenore Walker, que
estuda a cumplicidade da mulher espancada com seu agressor, a violência doméstica segue
três ciclos distintos. A primeira fase é a escalada da tensão, uma tensão insuportável, que
costuma moer emocionalmente a mulher, e durante a qual ela se anulará ao extremo para
tentar apaziguar o parceiro. Como Julia Roberts, no filme Dormindo com o Inimigo. Jamais
dá certo. Segue-se a brutalidade anunciada, que dura, em média, de duas a 24 horas.
Durante a sessão de violência, a mulher não tem mais o que temer — o pior já está
ocorrendo. É a catarse, para os dois. Passada a explosão, começa a fase da tranquilidade
doentia, em que a vitimização da mulher se completa: o parceiro faz juras e promessas, e
ela, por não ter condições psicológicas de não acreditar, finge que acredita.

Não é raro que uma mulher submetida a anos de abuso acelere a fase da pancadaria
para chegar logo à fase da lua-de-mel. Somente quando a agredida se sente completamente
sem saída, pode ocorrer-lhe matar o companheiro agressor. Nesse momento, com medo de
si mesmas, muitas procuram ajuda.

"Senhora, pare de falar um pouquinho, senão não entendo nada", pede a policial Ana
Regina Soares, 42 anos, que dá plantão de 24 horas a cada três dias, enquanto tenta
transformar o relato fluvial de uma vítima numa ocorrência policial em cinco vias. "Você fica
sentada aqui dia e noite, escutando situações dramáticas que não pode resolver com um 38.
Só pode colocar no papel. Quando entra uma nova vítima por essa porta, mudam apenas o
nome e o endereço. A gente já sabe o enredo do samba: agressão, estupro ou ameaça
porque o arroz queimou.

Naquela manhã de segunda-feira, ao lado da figura miúda, com olhar de passarinho,


que trazia um bebê no ventre, outro no colo, e deixara os seis filhos maiores em casa "para
buscar meus direitos" (fora espancada pelo marido por se recusar a manter relações
sexuais), estava uma senhora de classe média alta, acompanhada da filha universitária de
20 anos, vinda de Jacarepaguá. Tinha um braço engessado e o olho direito macerado. Na
véspera, domingo à noite, o marido com quem está casada há 22 anos, executivo de uma
grande cervejaria, cobriu-a de socos, chutes, tapas e pauladas, bateu-lhe o rosto na parede
e a arrastou da sala até o quarto. Motivo: o sumiço de uma carteira.

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A próxima da fila é uma figura em desalinho, que mal alcança o topo do balcão,
agarrada a uma sacola em que guarda o que conseguiu pegar antes de fugir do seu
apartamento de Copacabana: um chinelo, um pacote de biscoito água e sal, algumas peças
de roupa. Está fora de casa há quatro dias, amparada por uma vizinha. Ele sempre
aumentava o som da televisão na sala ou no quarto antes de me bater. Eu apanhei por
dezessete anos.

Mas dessa vez me deu terror quando ele botou um lençol na minha garganta para eu
não gritar. Acho que levei muito soco, não lembro bem. Depois ele me atacou com unhadas
que destruíram minhas partes íntimas. Foi horrível..." O investigador Assis coloca o
formulário da ocorrência na caquética Olivetti e começa a batucar. "Zero sete, barra, zero
cinco, barra, 98..." "E o que mais?", pergunta Assis, protocolarmente. Sempre tem mais. "Ele
falou que se eu aparecer vai me matar... ele é policial militar reformado." A depoente está
com a vida à deriva. Existem, no Brasil, sete casas-abrigo para onde são encaminhados os
casos de maior risco. Mas é difícil avaliar onde mora o perigo, e mais difícil ainda, para a
mulher, romper com tudo e com todos e ir esconder-se da vida.

Diálogo entre o investigador Peninha, chefe do setor de estupros na Deam de Brasília, e um


suspeito:

— O senhor já foi preso alguma vez?

— Só três vezes.

— Por quê?

— Porque furei minha esposa.

— Furou como?

— Esfaqueei, as três vezes.

Nos países mais desenvolvidos, faz-se todo tipo de cruzamento de dados para determinar o
berço em que nasce a violência doméstica. Desde características individuais do agressor
(biológicas, idade, abuso na infância, educação, profissão) até as familiares (densidade
habitacional, renda familiar) e da comunidade (violência do bairro, índice de criminalidade do
país). Disso resultam algumas conclusões genéricas:

1) quanto mais tempo de casado, maior a chance de haver violência; o direito ao abuso
parece consolidar-se;

2) quando a mulher tem um trabalho remunerado, a violência física mais bruta despenca
substancialmente; a violência psicológica, porém, permanece a mesma;

3) o agressor costuma estar na idade máxima de produção (entre 25 e 40 anos) e recorre à


violência quando acha que não está conseguindo cumprir o mandato social de ser o
provedor, a autoridade;
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4) alcoolismo, pobreza e desemprego, frequentemente citados como causa,
são coadjuvantes, não atores principais;

5) a teoria do agressor descontrolado, sob stress intenso, não se sustenta: quanto mais ele
brutaliza a mulher, mais diminui seu batimento cardíaco; ele focaliza com frieza a agressão.
Ademais, se as tensões no trabalho fossem a causa, por que não começar espancando o
patrão?;

6) classe social não altera o comportamento-padrão da vítima e do agressor.

Um bem-nascido empresário de Brasília, frequentador assíduo das colunas sociais, e


que foi denunciado pela quarta vez por lesões corporais, em nada se distingue do
espancador de salário mínimo. Segundo os registros policiais feitos por sua jovem e bela ex-
mulher, o que começou com xingamentos e empurrões evoluiu para socos, chutes no rosto,
espancamento generalizado e humilhação inenarrável em frente dos empregados. O ciclo
terminou numa sala do Instituto Médico Legal, para o exame de corpo de delito. Terminou
cedo, após apenas cinco anos de casamento.

Segundo um exemplo apresentado na conferência do BID em outubro passado, 37%


das mulheres argentinas espancadas em casa sofrem o abuso há mais de vinte anos.
Significativamente, o agressor doméstico da mulher, quando chamado a depor, costuma
ostentar sua violência também em público. Nesse sentido, está na ponta oposta à do pai,
padrasto, avô ou aparentado que pratica um dos capítulos mais desconcertantes de
violência doméstica, o abuso sexual de crianças em casa. O abusador é reservado, chega
dócil à delegacia e não raro se declara crente. Já houve quem pedisse uma Bíblia para se
ajoelhar. "O adulto incestuoso sabe o erro dele, e não existe ordem de comando mais forte
do que a consciência. Ele sabe que não tem amparo de ninguém, nem na prisão", observa
uma das psicólogas da Deam de Brasília. "Em contrapartida, o homem agressor se sente
imbuído do que considera seus direitos e chega aqui cheio das razões." Alguns ficam tão
exaltados com o fato de estar numa Delegacia da Mulher, onde, pela primeira vez em sua
vida, a autoridade homem-mulher se apresenta invertida, que às vezes é necessário
algemá-los. "Numa Delegacia da Mulher, mesmo que o policial seja homem, não haverá
solidariedade com o agressor, e isso é desconcertante, é uma enorme novidade", observa a
delegada Martha Rocha.

O problema é que, fora dali, a licença social dada ao homem para agredir sua mulher
ainda é ampla. Mundo afora, todo um elenco de agentes sociais que poderiam atuar na
prevenção da violência doméstica — professores, profissionais de saúde, lideranças
religiosas, legisladores — continua omisso. Uma das aberrações mais gritantes desse
quadro vigorava no Peru, onde, pela legislação abolida somente no ano passado, todo
estuprador que aceitasse casar com a mulher que violentara estava liberado de qualquer
pena. No fundo, enquanto a mulher agredida continuar excluída das políticas de defesa dos
direitos humanos, como se fossem vasos não comunicantes, pouco se avançará.

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Tantos séculos depois que a Inglaterra codificou o tamanho da vara com a qual um
marido podia espancar sua mulher (um polegar), a violência doméstica se mantém encruada
na família, como um furúnculo que de vez em quando estoura.

Enquanto o médico não denunciar ferimentos suspeitos, a professora não observar


sinais de alerta numa criança, o pastor não condenar regularmente a violência doméstica, e
a sociedade, como um todo, não reconhecer que o problema é dela, não há Delegacia da
Mulher que resolva. Ao contrário do que sugere Hillary Clinton, quem acaba com a
brutalidade em casa não é a polícia. Somos nós.

Estatística

Em algum momento de suas vidas, metade das latino-americanas é vítima de alguma


violência. (Fonte: Unifem, 1999).

De acordo com a Organização de Saúde, de 85 a 115 milhões de meninas e mulheres são


submetidas a alguma forma de mutilação genital por ano, em várias partes do mundo. (ONU,
1999).

Estima-se que pelo menos uma vez ao ano, 50% das mulheres árabes casadas são
espancadas por seus maridos e 25%, uma vez a cada 6 meses. (Control Ciudadano,
Instituto Del Tercer Mundo, 1999).

Em 1993 o Banco Mundial diagnosticou que a pratica de estupro e de violência doméstica


são causas significativas de incapacidade e morte de mulheres na idade produtiva, tanto nos
países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.

No Brasil a cada 4 (quatro) minutos uma mulher é agredida em seu próprio lar, por uma
pessoa com quem mantém uma relação de afeto.

O Banco Mundial estima que uma em cinco mulheres no mundo já foram atacadas física ou
sexualmente.

Nos Estados Unidos, um terço das internações de mulheres em unidades de emergência é


consequência de agressões sofridas em casa; em algumas cidades, elas são mais do que
as de vítimas de acidentes de carro, assaltos e câncer somadas.

23% das mulheres brasileiras estão sujeitas à violência doméstica, segundo levantamento
da Sociedade Mundial de Vitimologia, sediada na Holanda, entre

138.000 mulheres de 54 países.

41% dos homens que espancam suas parceiras também são violentos com as crianças da
casa. Um terço dessas crianças tende a perpetuar a agressividade quando crescer.

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No Rio de Janeiro, registram-se 5.098 ocorrências de violência doméstica
por mês, ou 170 por dia. Isso significa que a cada hora há sete mulheres em situação de
violência, segundo levantamento do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Cedim.

Portanto, a violência contra a mulher é um dos fatos sociais mais absurdos e monstruosos
que existe. Trata-se de um meio que é usado para se obter poder e domínio sobre a mulher.
A violência física é uma das expressões extremas das contradições de gênero, que revela a
crueza e profundidade do problema.

Como vimos acima, é no espaço doméstico que ela é mais frequente e apresenta suas mais
variadas formas. Contrariando o senso comum, as pesquisas indicam que o lugar menos
seguro para a mulher é a sua própria casa. Segundo dados mundiais, o risco de uma
mulher ser agredida em casa, pelo marido, ex-marido ou atual companheiro, é nove vezes
maior do que o de sofrer alguma violência na rua.

Acobertada pela cumplicidade da sociedade e pela impunidade, a violência contra a mulher


ainda é um fenômeno pouco visível. Os casos que chegam às delegacias são apenas a
ponta do iceberg. Cabe destacar que os boletins de ocorrência das delegacias revelam um
número significativo de registros provenientes das classes A e B, contrariando a tese de que
a violência contra a mulher é resultado de uma cultura da pobreza ou da baixa escolaridade.

A violência conjugal tem forte impacto sobre a saúde física e mental das mulheres. Os atos
ou ameaças de violência infundem medo e insegurança. As mulheres têm medo por causa
do poder dos homens, em particular dos maridos, e este próprio medo serve à justificativa do
poder.

Dentre as consequências psicológicas da violência, podemos destacar as seguintes: terror


que paralisa, agitação e ansiedade próximas do pânico, ameaça constante de ataque,
impotência e incapacidade de atuar, desespero, sensação de abandono e desvalorização
pessoal, indolência extrema e constante depressão.

Evidentemente, uma das violências praticadas contra a mulher e que vem com um alto
poder de destruição é a ―violência psicológica‖. Conceitualmente, a violência emocional é
toda ação ou omissão destinada a produzir dano psicológico ou sofrimento moral a outra
pessoa como sentimentos de ansiedade, insegurança, frustração, medo, humilhação e perda
da auto-estima e acontece quando:

a. A mulher é ofendida moralmente e também sua família;

b. A mulher é ameaçada de ficar sem os filhos;

c. A mulher é acusada de ter amante;

d. A mulher é impedida de trabalhar, estudar, ter amizades ou sair; não recebe carinho;
é rejeitada pelo seu corpo; é ameaçada de espancamento.

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A violência psíquica, praticada por palavras ameaçadoras ou depressivas, vem carregadas
de veneno mortífero e na maioria das vezes machucam lá no fundo da alma. Este tipo de
violência, não deixa hematomas no corpo, mas, produzem consequências piores, pois os
hematomas com o tempo desaparecem, porém, as palavras fazem cicatrizes na alma, lá no
fundo do coração e que durante anos não se fecham e acabam muitas vezes causando a
própria destruição do casamento.

Acontecimentos

Sem Fachadas

Alaíze chegou sozinha ao 2º andar do 99º DP de São Paulo, no bairro de Santo Amaro,
onde funciona a Delegacia da Mulher mais movimentada da capital. O marido com quem
está casada há vinte anos, fiscal da Secretaria da Fazenda, não suspeita que a mulher em
quem bate há pelo menos dez anos esteja ali, aguardando a vez, para denunciá-lo.

Naquela manhã de sexta feira, Alaíze trazia, na boca inchada, o carimbo da agressão mais
recente. Ela está com 43 anos, tem uma filha de 7, casa confortável e carro, frequenta clube
de classe média. Esta é a fachada de sua vida.

Só que naquela sala de espera não sobra lugar para fachadas. Quem chega até ali se
esgueira até os bancos de madeira em forma de L e fica quieto. Ninguém olha para os lados
nem puxa conversa. Não precisa. Num canto está a moreninha Cineide, com um imenso
curativo cobrindo o olho estourado por uma sequência de murros do ex-marido. É só o
pedaço mais visível do seu estado de decomposição interior.

A cabeça lateja, ela tenta disfarçar a tontura. Cineide acaba de ser informada de que para
registrar queixa ela precisa lembrar do nome completo dos pais do ex- marido agressor.
"Deus meu, me ajude. Como é que eu vou saber esses nomes numa hora dessas? Eu nem
os conheci, morreram cedo. Acho que era Ana e Albertino."

Sentado num canto mais afastado, um evangélico aguarda a vez de apresentar


queixa de adultério contra a esposa. Numa outra ponta, uma senhora de meia- idade não
larga a mão da filha. É a mais encolhida. Na véspera, pressentindo novo surto de violência
em casa, foi até um orelhão chamar a polícia, pelo 190. Quando voltou, o marido saiu nu do
banho e começou a chutar e arrebentar o que via pela frente. "Quero ver essa polícia
chegar! Duvido. Daqui a gente só sai morto, eu e você." A policia jamais veio. Foi uma noite
de terror.

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Enquanto aguarda sua vez, a miúda Alaíze procura se convencer de que está fazendo
a coisa certa. "Que coisa horrível, vir até aqui e denunciar a pessoa com quem vivi a vida
toda, que é pai da minha filha, que me conhece melhor que os meus próprios pais. Mas não
posso completar mais um ano apanhando. Acho que os abusos e o desrespeito começaram
quando eu me tornei dependente dele até para comprar um pente. Eu já tive emprego — fui
secretária bilíngüe durante mais de dez anos —, mas me deixei convencer a parar de
trabalhar. Me tornei a office- girl de luxo do meu marido, sem nenhuma vontade própria. Até
para mudar um sofá de lugar eu tinha de perguntar antes.

Depois vieram as bofetadas. Na hora, não dói, você não pensa em nada, só em ficar
quieta, em não reagir. Os hematomas, os zumbidos na cabeça, as feridas aparecem depois.
É ficar quieta e ganhar aquele murro, ou ele quebra a casa inteira. As agressões são sempre
à noite, e me convenci de que se eu não gritar minha filha não vai notar nada. Já não
vivemos maritalmente, mas o controle continua total.

É doentio. Fui aceitando porque não queria perder o que tenho, não queria piorar as
coisas ainda mais.

De uns tempos para cá, ando com mais medo. Avisei uma vizinha para pedir ajuda se algum
dia me ouvisse gritar. Também coloquei uma escada de pedreiro do lado de fora da janela
do meu quarto e tenho dormido com uma pochete na cintura. Mas isso é jeito de dormir? Na
pochete eu guardo os documentos da minha filha e os meus. Também escondo 50 reais
para poder pegar um táxi, numa emergência. Nem sei como vim até aqui — me sinto como
se eu estivesse engatinhando. Estou com medo de fazer a denúncia, mas não quero que
minha filha tenha medo de ser mulher quando crescer."

Alaíze sai da delegacia mais insegura do que entrou. Uma folha de papel que recebeu
da policial lhe queima as mãos: trata-se da intimação que deverá entregar ao marido, com
data marcada para seu comparecimento perante um juiz. Por que a intimação não é enviada
pelo Correio? Por que não é entregue por um policial? Por que tem de ser logo por ela, que
já gastou toda sua coragem indo até a delegacia? "Falta de meios", denuncia a própria
coordenadora das 124 Deams de São Paulo, Maria Inês Valente. Quem lida com violência
doméstica sabe que há agressores que obrigam as companheiras a literalmente engolir as
intimações. Alaíze também sabe. Por isso talvez não a entregue.

Última Parada

Em todo o Brasil existem apenas sete refúgios públicos e seguros para mulheres que
atingem o grau máximo do medo e correm perigo de vida em casa. Em São Paulo, Porto
Alegre, Campinas, Rio, Brasília, Fortaleza e Belo Horizonte. São espaços em que a
integridade física da mulher, e a de seus filhos menores, estará resguardada pelo poder
público por um máximo de noventa ou 120 dias, e onde ela tentará reestruturar-se
emocionalmente. Cavalo de batalha das organizações feministas, as Casas Abrigo
representam um grande avanço no envolvimento do Estado com as consequências da
violência doméstica. Apenas o Canadá tem instrumentos semelhantes.
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A localização desses refúgios é mantida em sigilo absoluto, e as
mulheres para lá encaminhadas ficam proibidas de revelar onde estão até mesmo para seus
familiares mais chegados. O regimento é severo, pois as tentativas de rastreamento por
parte dos agressores mais violentos costumam ser doentias. Pouco tempo atrás, uma
refugiada em abrigo do Rio deixou vazar para a família em que bairro ela estava protegida.
Pouco depois, seu marido foi liberado do presídio de Campos e, com o auxílio da rede de
marginais da região, localizou o esconderijo.

Externamente, as Casas Abrigo não têm nada de singular, nenhuma placa, nenhuma
movimentação que possa chamar a atenção dos vizinhos. Um pouco como os "aparelhos"
que abrigavam os militantes de esquerda durante os anos da ditadura. Do lado de dentro a
história é outra.

A Casa Abrigo do Rio de Janeiro é uma das mais bem estruturadas. Tem psicóloga,
agente de saúde, educadoras sociais, professoras para as crianças de até 6 anos e
segurança. É provável que nenhuma das 71 mulheres e 133 crianças que ali aportaram
entre janeiro e abril deste ano tenha recebido tanta atenção em toda a sua vida. Ainda
assim, o rompimento da mulher agredida com seu mundo é duríssimo, e nem todas
aguentam.

Algumas trazem em si a síndrome da violência adquirida em casa. "Não tendo em que


descarregar, elas agridem os próprios filhos, deixando a mamadeira azedar, não trocando as
fraldas, não dando o peito para mamar", observa a psicóloga Lourdes Lira, que dirige o
abrigo com duas coordenadoras também psicólogas, Denise Brasil e Eliane Motta. O
depoimento de Cristina, de 34 anos, ilustra como é duro largar todas as amarras, perder
todas as referências e não quebrar.

Vítimas da agressividade, muitas Mulheres sofrem em Silêncio

Não sei mais quem sou. Mas sei que estou viva: Foi no dia 8 de março, Dia Internacional da
Mulher. Eu voltava com meu marido de um churrasquinho na Ilha do Governador. Dezoito
anos de casados, três filhos. Quieto e sem dizer palavra, ele trancou a porta e me
arrebentou toda. Quando meu filho mais velho conseguiu entrar, tinha sangue nas paredes e
pedaços dos meus dentes no chão. Não foi a primeira vez, foi a mais violenta. Nas 48 horas
seguintes, ele parecia um animal, me manteve presa em casa. Depois de alguns dias, fui à
Delegacia da Mulher e registrei a ocorrência. Também fui ao

Fórum para entrar na Defensoria com registro de agressão e lesão corporal, mas o
advogado me disse para aguentar 'só mais um pouquinho', para eu voltar em quinze dias.

Quinze dias? Esperar 'só um pouquinho'? Como é que alguém pode dizer um absurdo
desses? Entrei em pânico, peguei um ônibus e fui direto ao Conselho Estadual dos Direitos
da Mulher, Cedim, que me deu o endereço sigiloso dessa casa do subúrbio do Rio. Aceitei
me esconder porque meu marido poderia me matar se descobrisse que o denunciei, ou eu
poderia matá-lo, de medo. Foi como sair de uma vida inteira, não apenas de uma casa. Saí
fugida, apavorada de que ele chegasse enquanto eu pegava duas calcinhas, um jeans,
chinelo, escova e creme dental.
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Consegui achar o Abrigo por milagre, no meio da noite. Vim sozinha. Não me senti no
direito de arrastar meus filhos menores, pois só eu sei por que estou aqui. Acho que fiz bem.
Aqui é duro. Quando acordo, percebo que não estou na minha cama, que este não é meu
travesseiro, que não sei onde estou. Sinto apenas que estou onde jamais deveria estar. É
uma dor muito grande. Eu tinha uma casa, uma família, e hoje divido o quarto com mulheres
feridas e desesperadas. Minha vizinha de beliche não está aguentando, todo dia ela diz que
vai sair daqui.

É fácil cair na depressão, ela vai te consumindo. Não gosto de ver novelas, como as
outras daqui — afinal, o clima da minha vida não está para novela, com gente se beijando e
eu nesta depressão. Dói mais ainda. Quero fazer coisas normais, coisas comuns, como ir a
um supermercado. Quero de volta essa vida que tem aí fora. Para mim, voltar à lucidez está
sendo difícil. Não sei mais quem sou. Mas sei que estou viva.

Capítulo IX
GRAÇA para um Relacionamento SEM GRAÇA
Durante muitos anos pairou em minha mente uma dúvida que me assombrava. Eu me
indagava se não faltava algum ponto vital no ensino bíblico a respeito do casamento. Já ouvi
muitas palestras, li muitos livros e artigos que falavam sobre os alicerces adequados para a
construção de um casamento sólido; ensinei em muitos seminários sobre liderança,
submissão, papel do marido e da esposa, como resolver conflitos, etc.

No entanto, para mim parecia que o elemento que seria a base para todos os outros
ainda estava faltando. Descobri que esse elemento é a graça. Casamento é a
união de dois indivíduos imperfeitos. Cada um traz para o relacionamento uma série de
hábitos, fracassos, preconceitos e idiossincrasias. Não importa a quantidade de boas
intenções, não importa a qualidade da paixão e do romantismo, o fato é que existem forças
que minam o casamento ameaçando enfraquecê-lo e até destruí-lo.

É necessário um elemento poderoso para unir o homem e a mulher quando suas


imperfeições os distanciam e isolam. É absolutamente indispensável que o casal entenda as
implicações do seu compromisso de amor. A graça é o elo vital que providencia a coesão
que mantém duas pessoas juntas. Ela permite que o amor se desenvolva.

O compromisso diz: Eu ficarei com você até que a morte nos separe. A graça diz: Eu
o aceito e o tratarei com dignidade mesmo se você falhar comigo. Graça é a qualidade
espiritual que proporciona a base para todos os relacionamentos saudáveis.

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"Graça é demonstrar bondade a quem não merece. Seria mais ou menos o quadro de
uma rainha, com todas as suas roupas finas e caríssimas jóias, abaixando-se para ajudar
um mendigo imundo, malcheiroso, cheio de feridas e, para completar, criminoso. Falamos
muito sobre o amor de Deus. Graça, no entanto, é a forma de expressão do amor para
enfrentar a imperfeição, o fracasso ou o pecado".

Os cristãos deveriam ser especialistas quando o assunto é graça. Nós já deveríamos


ter descoberto mais profundamente o Deus gracioso que temos.

O apóstolo Paulo escreveu em Efésios 2.4,5: "Todavia, Deus, que é rico em


misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, quando ainda
estávamos mortos em transgressões - pela graça vocês são salvos". Deus foi bondoso
conosco quando nós não O conhecíamos. Mesmo após ter conhecido Deus e Sua graça
através de Jesus Cristo, reconhecemos penosamente que somos incapazes de viver vidas
dignas diante Dele.

O comportamento do casal e sua própria comunicação sofrem um processo de modificação.

A graça diz: Nunca te condenarei. Quando falamos através da graça, nos preocupamos em
edificar nosso cônjuge. Exaltamos seus pontos fortes. Nossas palavras são impregnadas de
paciência, perdão e compaixão. Comprometemo-nos a nunca rebaixar ou destruir nosso
marido ou esposa. Não usamos palavras duras de crítica ou que ridicularizam ou atacam.

A graça diz: No nosso casamento, você está livre de minhas regras, exigências e leis.
Existe certa manipulação entre cônjuges. Cada um tenta estabelecer o controle do
relacionamento aspirando egoisticamente seu próprio ganho. Às vezes a pessoa tenta
manipular a outra crendo realmente que sabe o que é melhor para ela. No entanto, pouco a
pouco isso torna a relação restrita e destrutiva.

Num casamento baseado na graça, ambos ficam livres da necessidade de esforço e


performance para obterem amor, aceitação e compreensão. Isso propicia um ambiente de
liberdade e crescimento mútuo. Não existe receio, desconfiança e, em consequência,
nenhuma postura defensiva de autoproteção.

A graça diz: Eu o aceito como alguém igual a mim. "Sois juntamente herdeiros da mesma
graça de vida". I Pe 3.7. Quando o Espírito da graça reina no casamento, estamos livres da
obsessão de "ser o senhor sobre o outro". Tornamo-nos cônjuges genuínos na nossa busca
de Deus pela vida. Não temos necessidade de hierarquias socialmente impostas. Ambos
seguros, vivendo sob a liderança do Senhor, não se sentindo ameaçado pelo outro.

A graça diz: Eu o convido a compartilhar comigo suas mais profundas feridas e medos,
tanto forem seus sonhos e desejos. Não tenha medo! Eu nunca ridicularizei o que está no
íntimo do seu coração".

- Graça é um sorriso caloroso e convidativo.

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- Graça é dar liberdade para o outro fazer do jeito dele e não do meu.

- Graça diz: "Eu fico admirado como você consegue me amar, apesar de tudo".

- Graça é não permitir que minhas contrariedades estraguem um momento especial

- Graça é constatar paciência diante da irritação.

- Graça é contar ao outro os seus pontos fortes e não superestimar seus pontos fracos

O relacionamento fundamentado na graça abre as portas da cumplicidade no


compartilhar. Que base maravilhosa para desenvolver um relacionamento saudável! Um
casamento baseado na graça de Deus. O Senhor nos capacita a compreender e mostrar
graça, porque Ele a tem demonstrado em todas as suas ações para conosco. Infelizmente,
muitos não compreendem a natureza graciosa do Senhor. Eles ainda O encaram como um
severo senhor feudal exigente e intransigente.

Portanto, essas pessoas nunca conseguirão interagir em seus casamentos com


liberdade, generosidade e amor maturo. Pode ser que você esteja passando por sérios
problemas conjugais. A graça da qual me refiro é sua maior necessidade nesse momento.
Essa graça o alcançará através do reconhecimento de que Deus enviou ao mundo Jesus
Cristo, Seu Filho cheio de graça e verdade, para oferecer a vida Dele em troca da sua. Que
cada um de nós, nascidos de novo, possamos continuar a crescer cada vez mais na graça
de Jesus Cristo e a aprender no dia-a-dia a sermos melhores despenseiros dessa
maravilhosa graça.

Capítulo X
O que não pode faltar numa Família
1. Amor

2. Perdão

3. Diálogo

4. Tolerância

5. Solidariedade

6. Cumplicidade

7. Respeito

8. Alegria

9. Bom Humor

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10. Sinceridade

11. Base sólida

12. Segurança

13. Carinho

14. harmonia

15. Equilíbrio

16. Justiça

17. Pureza

18. Sonhos

19. Projetos

20. Longaminidade

21. Nobres sentimentos

22. Luz

23. Verdade

24. Princípios cristãos

25. Amor a esposa

26. Amor ao esposo

27. Amor aos filhos

28. Perseverança

29. Espírito de equipe

30. Simplicidade

31. Paz

32. Oração

33. Culto doméstico

34. Ordem

35. Santidade

36. Bons costumes

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37. Flexibilidade

38. A graça de Deus

39. Capacidade de superação

40. Jesus

QUESTIONARIO

Uma Pergunta para cada Capitulo

1. Qual a principal finalidade da existência da família como projeto de Deus?

2. Porque a família desfruta de especial proteção do Estado?

3. Quais as vantagens e desvantagens da televisão?

4. Como a família deve administrar as suas finanças?

5. Descreva o perfil de uma mulher segundo o coração de Deus

6. Descreva o perfil do homem segundo o coração de Deus

7. Descreva o perfil do filho segundo o coração de Deus

8. Quais as principais razões para tanta violência domestica?

9. Qual a importância da Graça num Relacionamento Sem Graça?

10. Cite 7 coisas que não pode faltar numa Família?

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Bibliografia

Pr. Kemp Revista Veja Helio Coutinho Luciano Subirá

G. Edward Reid Iara Vasconcellos Antonio de Andrade

Pr. José Antônio Corrêa Sanders, J.O. Liderança Luís Eduardo Machado Elizabeth Zekveld
Portela AD ―Autores Desconhecidos‖

Dusikek, N.G. Liderança cristã Enciclopédia Britannica, 1969, p. 298 Uziel Santana –
Advogado e Professor Psiquiatria. Barcelona: Toray, 1970, p.31 Lahaye, T. Temperamentos
transformados Revista Palavra Viva: O Lar Segundo Deus

Ministério Cristo Vai Voltar – Cleando Viana

Autor desconhecido. Extraído do livro Ela Precisa Ele Deseja - Willard F. Harley, Jr

Allport, Gordon W. Personalidade. São Paulo: Herder, 1969, p. 191. Horney, Karen. Novos
Rumos da Psicanálise. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1966, p. 169-189.
Spoerri, TH. Compendio de Livro do Ano Barsa. Anuário Ilustrado dos Principais
Acontecimentos de 1968. Rio de Janeiro/São Paulo:

―CONHEÇAMOS E PROSSIGAMOS EM CONHECER AO SENHOR NOSSO DEUS‖.

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Nossos cursos são cursos livres que tem o respaldo nos pareceres: 1º) 241 de
15/03/99 que trata dos Cursos Superiores de Teologia 2º) 296 de 10/08/99 que
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(Faculdades de Teologia) em cursos de licenciatura. O parecer do Conselho
pleno de nº 97 de 06/04/99 que trata da Formação de Professores para o Ensino
Religioso nas Escolas Públicas de ensino fundamental. No dia 15/03/99 o
Conselho Nacional de Educação, aprovou o parecer nº 241/99 que abre
jurisprudência para o reconhecimento dos cursos de Teologia.

O Decreto Lei 1051/69 art. 1º valoriza a validação dos estudos “aos portadores
de diplomas de cursos realizados em Seminários Maiores, Faculdades
Teológicas ou Instituições equivalentes de qualquer confissão religiosa. O
Decreto Lei nº 9394 de 20/12/96 art. 50 (LBD) diz: “As instituições de Educação
Superior, quando da ocorrência de vagas, abrirão matrículas nas disciplinas de
seus cursos a alunos não regulares que demonstrarem capacidade de cursá-las
com proveito, mediante processo prévio.

A Regulamentação do Ensino à Distância está amparada pelo Decreto nº 5.622


de 20/12/05 que regulamenta o Art. 80 da LBD (Lei 9394/96). Art. 1º - Educação à
Distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com
mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, representados
em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados,
e veiculados pelos diversos meios de comunicação.

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