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- Art. 11, do CC: “Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade
são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária”.
- São relativamente indisponíveis.
- Parâmetros para limitação voluntária dos direitos da personalidade:
• O ato não pode ser permanente;
• O ato não pode ser genérico;
• O ato não pode violar a dignidade humana.
- Enunciado 4, Jornada de Direito Civil: “O exercício dos direitos da personalidade pode
sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral”.
- Enunciado 139, Jornada de Direito Civil: “Os direitos da personalidade podem sofrer
limitações, ainda que não especificamente previstas em lei, não podendo ser exercidos
com abuso de direito de seu titular, contrariamente à boa-fé objetiva e aos bons
costumes”.
- Outras características dos direitos da personalidade:
a) absolutos (oponíveis erga omnes);
b) extrapatrimoniais;
c) impenhoráveis;
Obs.: uma vez violados, os direitos da personalidade vão merecer uma compensação
(indenização por dano moral), esta é penhorável.
d) inatos (inerentes a condição humana);
e) imprescritíveis – a proteção dos direitos da personalidade é imprescritível, no entanto,
a reparação do dano prescreve (03 anos).
Obs.: 2 exceções (indenizações que não prescrevem): i) indenização decorrente de tortura
no regime militar, e ii) indenização por dano causado ao meio ambiente.
- Art. 15, do CC: “Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a
tratamento médico ou a intervenção cirúrgica” (consagra a autonomia do paciente, livre
consentimento informado).
Obs.: o médico é obrigado a prestar todas as informações ao paciente, em virtude do
princípio da autonomia do paciente. Caso não dê a informação ao paciente por algum
motivo, deve prestá-la a família.
Obs.2: não é admitida a internação forçada.
• O direito a autonomia do paciente não é absoluto. Lei 10.216/01 – hipóteses de
internação forçada (rol taxativo).
Obs. 3: A testemunha de Jeová pode se recusar ao procedimento de transfusão de sangue.
8. DIREITO À IMAGEM
- Tutela constitucional e civil.
- Art. 5º, V, X e XXVIII, a, da CF;
- Art. 20, do CC.
- Tridimensionalidade do direito à imagem: imagem-retrato (identificação de alguém de
acordo com os seus atributos físicos), imagem-atributo (identificação de alguém pelas
suas características imateriais – obs.: pessoa jurídica possui imagem atributo) e imagem-
voz (timbre sonoro identificador).
- Art. 20, do CC: “Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à
manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a
publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas,
a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a
boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais”.
- Atenção: a proteção jurídica da imagem na Constituição é autônoma e independente. Ou
seja, não depende de violação da honra ou destinação comercial. O direito a imagem não
se confunde com a honra.
- Art. 20, parágrafo único, do CC: “Em se tratando de morto ou de ausente, são partes
legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.” –
Lesados indiretos, dano por ricochete.
- Relativização do direito de imagem:
a) Função social da imagem: valores previstos no CC 20 como justificadores da
relativização da imagem (administração da Justiça, manutenção da ordem pública);
b) Cessão expressa ou tácita e o uso em local público.
c) Imagem de pessoas públicas.
VIDA PRIVADA
PRIVACIDADE
INTIMIDADE