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TREINAMENTO INTENSIVO

Direito Civil
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DIREITO CIVIL
BANCA VUNESP – EDITAL
DIREITO CIVIL: Código Civil artigos:

• 1º–25 (PESSOA NATURAL);


• 40–45; 49–50; 53; 62 (PESSOA JURÍDICA);
• 70–103 (DOMICÍLIO E BENS);
• 115–120 (REPRESENTAÇÃO);
• 138–159 (DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO);
• 166–201 (INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO, ATOS ILÍCITOS E PRESCRIÇÃO);
• 212–215 (PROVA);
• 653–666 (MANDATO);
• 1.169–1.173; 1.196–1.203 (POSSE);
• 1.431–1.432 (PENHOR);
• 1.442; 1.444–1.447; 1.451; 1.461; 1.467–1.472; 1.728 (TUTELA);
• 1.767; 1.775–1.778 (CURATELA); 1.997;
• Decreto-Lei n. 4.657, de 04/09/1942 (LINDB).

1. (VUNESP/2023) No que se refere ao direito da personalidade, assinale a alternativa


correta.
a. O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que
não seja permanente nem geral.
b. A dignidade pessoal não é um direito da personalidade, da qual não se pode ser obrigado
a abdicar.
c. Embora transmissíveis em sua essência, os efeitos patrimoniais do direito da personalidade
podem não ser transmitidos.
d. Os direitos da personalidade são transmissíveis e renunciáveis, sendo limitados por ato
voluntário.
e. O nome é um atributo do direito da personalidade, podendo ser alterado somente
judicialmente.

Direitos da personalidade:

• Foram pensados para a pessoa natural


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• Foco é a tutela da dignidade da pessoa humana


– Direito ao nome;
– Direito à imagem
– Direito à honra (subj./obj.)
– Direito à intimidade
– Direito à privacidade
– Direito à incolumidade

• Física;
• Psicológica;
• Intelectual.
• Os direitos da personalidade acabam se estendendo para a pessoa jurídica no que
for compatível com a estrutura dela (direito ao nome, à honra objetiva, à imagem);
• Quando os direitos da personalidade são violados, se configura o dano moral;
– Quando se sofre um dano moral, pode pedir uma espécie de compensação
pecuniária.
10m

• Em regra, as pessoas jurídicas de direito público não sofrem dano moral (por exem-
plo, a União, os estados, o DF, os municípios);
• O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde
que não seja permanente nem geral;
• Elencados do art. 11 ao art. 21 do Código Civil.

Direitos da personalidade – Código Civil

Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida
prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou
colateral até o quarto grau.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio cor-
po, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os
bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante,
na forma estabelecida em lei especial.

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Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do pró-
prio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a trata-
mento médico ou a intervenção cirúrgica.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou re-
presentações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção
difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se
dá ao nome.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à ma-
nutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a
publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibi-
das, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a
honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide
ADIN 4815)
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para
requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do
interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato
contrário a esta norma. (Vide ADIN 4815)

Situação do transgênero

Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO CONSTITUCIONAL E


REGISTRAL. PESSOA TRANSGÊNERO.
ALTERAÇÃO DO PRENOME E DO SEXO NO REGISTRO CIVIL. POSSIBILIDADE. DIREITO AO
NOME, AO RECONHECIMENTO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, À LIBERDADE PESSOAL,
À HONRA E À DIGNIDADE. INEXIGIBILIDADE DE CIRURGIA DE TRANSGENITALIZAÇÃO
OU DA REALIZAÇÃO DE TRATAMENTOS HORMONAIS OU PATOLOGIZANTES. 1. O direito
à igualdade sem discriminações abrange a identidade ou expressão de gênero. 2. A
identidade de gênero é manifestação da própria personalidade da pessoa humana e,
como tal, cabe ao Estado apenas o papel de reconhecê-la, nunca de constituí-la. 3.
A pessoa transgênero que comprove sua identidade de gênero dissonante daquela
que lhe foi designada ao nascer por autoidentificação firmada em declaração escrita
desta sua vontade dispõe do direito fundamental subjetivo à alteração do prenome
e da classificação de gênero no registro civil pela via administrativa ou judicial, in-
dependentemente de procedimento cirúrgico e laudos de terceiros, por se tratar de
tema relativo ao direito fundamental ao livre desenvolvimento da personalidade. 4.
Ação direta julgada procedente.
(ADI 4275, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FA-
CHIN, Tribunal Pleno, julgado em 01/03/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-045 DI-
VULG 06-03-2019 PUBLIC 07-03-2019)

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(...) 5. Assentadas as seguintes teses de repercussão geral: i) O transgênero tem di-


reito fundamental subjetivo à alteração de seu prenome e de sua classificação de
gênero no registro civil, não se exigindo, para tanto, nada além da manifestação da
vontade do indivíduo, o qual poderá exercer tal faculdade tanto pela via judicial como
diretamente pela via administrativa. ii) Essa alteração deve ser averbada à margem
no assento de nascimento, sendo vedada a inclusão do termo ‘transexual’. iii) Nas
certidões do registro não constará nenhuma observação sobre a origem do ato, sen-
do vedada a expedição de certidão de inteiro teor, salvo a requerimento do próprio
interessado ou por determinação judicial. iv) Efetuando-se o procedimento pela via
judicial, caberá ao magistrado determinar, de ofício ou a requerimento do interessa-
do, a expedição de mandados específicos para a alteração dos demais registros nos
órgãos públicos ou privados pertinentes, os quais deverão preservar o sigilo sobre a
origem dos atos. 6. Recurso extraordinário provido.
(RE 670422, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 15/08/2018,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-051 DIVULG 09-03-2020 PUBLIC 10-03-2020)
15m

Nome – prenome + sobrenome (patronímico, nome de família)

• Agnome – Júnior, Neto, Sobrinho.


• Pseudônimo (nome através do qual se esconde um autor de obra artística, literária
ou científica), in Manual de Direito Civil – Flávio Tartuce, 8. ed., p. 133.

Cognome ou alcunha – nome artístico.

IV – Jornada de Direito Civil Enunciado n. 278. A publicidade que divulgar, sem auto-
rização, qualidades inerentes a determinada pessoa, ainda que sem mencionar seu
nome, mas sendo capaz de identificá-la, constitui violação a direito da personalidade.

Súmula n. 403 do STJ

Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de


imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.

CC/2002

Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à ma-


nutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a
publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibi-
das, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a
honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide
ADIN 4815)

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Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para


requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
20m

Enunciado n. 587 da VII JDC


O dano à imagem restará configurado quando presente a utilização indevida desse
bem jurídico, independentemente da concomitante lesão a outro direito da persona-
lidade, sendo dispensável a prova do prejuízo do lesado ou do lucro do ofensor para a
caracterização do referido dano, por se tratar de modalidade de dano in re ipsa.

Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do


interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato
contrário a esta norma. (Vide ADIN 4815)
ADI n. 4815 Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora,
julgou procedente o pedido formulado na ação direta para dar interpretação confor-
me à Constituição aos artigos 20 e 21 do Código Civil, sem redução de texto, para, em
consonância com os direitos fundamentais à liberdade de pensamento e de sua ex-
pressão, de criação artística, produção científica, declarar inexigível o consentimen-
to de pessoa biografada relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais,
sendo por igual desnecessária autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes
(ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas).

2. (VUNESP/2018) O vigente Código Civil trouxe todo um capítulo destinado à proteção


dos direitos da personalidade, com o fim de resguardar a dignidade humana, sua integridade
física, intelectual e moral.
Em relação a essa proteção legal, é correto afirmar:
a. os direitos da personalidade são transmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu
exercício sofrer limitação legal ou voluntária.
b. em se tratando de morto, terá legitimação para exigir que cesse a ameaça ou a lesão a
direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções da lei,
o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o segundo grau.
c. é válida, com objetivo científico ou altruístico, a disposição gratuita ou onerosa do próprio
corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
d. salvo nas hipóteses de reconhecida notoriedade, o nome da pessoa não pode ser empregado
por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda
quando não haja intenção difamatória.
e. a proteção aos direitos da personalidade se aplica, no que couber, às pessoas jurídicas.

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Os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis. Em se tratando de morto,


terá legitimação para exigir que cesse a ameaça ou a lesão a direito da personalidade, e
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções da lei, o cônjuge sobrevivente, ou
qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. Não pode haver disposição
onerosa do próprio corpo depois da morte.
25m
O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações
que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória, mesmo
nas hipóteses de reconhecida notoriedade. Por fim, a proteção aos direitos da personalidade
se aplica, no que couber, às pessoas jurídicas.

3. (VUNESP/2022) A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Cessará, para os menores, a incapacidade
a. pelo casamento.
b. pelo exercício de função pública comissionada.
c. pela colação de grau em curso técnico.
d. pela existência de relação de estágio.
e. pela concessão dos pais, mediante instrumento público e homologação judicial.

A emancipação antecipa os efeitos da capacidade civil plena. A emancipação pode ser:

• Voluntária → concedida pelos pais por meio de instrumento público;


• Judicial → por sentença do juiz;
• Legal → pelo casamento, pelo exercício de emprego público efetivo, pela colação de
grau em curso de ensino superior, pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela
existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezes-
seis anos completos tenha economia própria.

Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habi-
litada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvi-
do o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II – pelo casamento;
III – pelo exercício de emprego público efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;

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V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego,


desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia
própria.
30m

GABARITO
1. a
2. e
3. a

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Raquel Bueno.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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