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Direito Civil – Direitos de personalidade1

DIREITOS DE PERSONALIDADE É direito de personalidade tudo aquilo que se


- Direitos da personalidade = direitos impõe para se ter uma vida privada digna;
essenciais da pessoa; direitos à personalidade; anda, lado a lado, com o princípio da dignidade
direitos essenciais; direitos personalíssimos. da pessoa humana. É garantia de preservação
• Direito Romano: não contemplava direitos da da dignidade da pessoa humana. Dessa forma,
personalidade – actio injuriarum – mas já existia os direitos da personalidade não recaem apenas
a possibilidade de ação contra injúria. no direito privado, mas também no direito
• Cristianismo – Fraternidade – preocupação público.
com a pessoa humana.
• Carta Magna Inglesa em 1215 – direitos FONTE DOS DIREITOS DE
fundamentais da personalidade humana, embora PERSONALIDADE
tratasse apenas dos direitos pessoais dos 1ª corrente: jusnaturalista (Maria Helena
poderosos e da nobreza e não contemplava o Diniz). É corrente majoritária adotada no Brasil,
povo e o vulgar. na qual os direitos de personalidade são inatos,
• Declaração dos Direitos do Homem – 1789 – significa que decorrem da qualidade humana. Os
tutela da personalidade humana e defesa de direitos de personalidade não são constituídos
direitos individuais. pelo sistema, têm origem jurídica preconcebida,
• Declaração Universal dos Direitos do uma origem divina. Os direitos de personalidade
Homem – 1948. são inatos e naturais.
• Reformas dos Códigos – pós-guerra, após as 2º corrente: positivista (Pontes de Miranda e
atrocidades do nazismo e da Segunda Guerra Gustavo Tepedino). Essa corrente sustenta que
Mundial. os direitos de personalidade decorrem da ordem
• CF de 1988 – há peculiaridades relacionadas jurídica positiva. Diz-se que, se fossem divinos,
ao espaço e ao tempo de cada nação no tocante seriam universais, presentes em todos os
aos direitos de personalidade. ordenamentos, o que não é verdade.
- Não é possível afirmar que esses direitos são
universais. Portanto, esse rol, no que se refere ao CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DE
direito civil, é exemplificativo e, com o avanço PERSONALIDADE
das discussões e da jurisprudência, esses direitos • Absolutos: são oponíveis erga omnes, mas veja
podem ser alterados. Bons exemplos são o que isso não é no sentido de relativos, pois nada
direito ao esquecimento e o direito de não saber, impede que um direito de personalidade sofra
que ainda não constam expressos entre os relativização quando em conflito com outro de
direitos vinculados à personalidade. mesma hierarquia. Os direitos de personalidade
- A dignidade da pessoa humana como princípio podem ser cedidos temporariamente.
constitucional destaca a importância da pessoa • Inatos: inerentes à condição humana. Foram
no ordenamento jurídico como um todo. feitos pelo homem e para o homem.
- São direitos que protegem características • Extrapatrimoniais: o conteúdo, essência não
inerentes à pessoa; recaem sobre atributos tem valor econômico, pecuniário. Os direitos de
naturais e suas projeções sociais. O CC/2002 dá personalidade não têm estimativa econômica,
nova visão e concede maior relevância à mas a violação a um direito de personalidade
personalidade jurídica. gera indenização, gera reparação pecuniária. A
indenização por danos morais é a reparação por
• Movimento de repersonalização – cláusula essa violação.
geral de proteção. • Impenhoráveis: não se admite constrição
– Integridade física: vida, corpo, partes do corpo judicial sobre direitos da personalidade.
etc. Cuidado, pois é possível penhorar a indenização
– Integridade intelectual: liberdade de decorrente da violação, pois esta tem natureza
pensamento, autorias científicas e artísticas, patrimonial.
direitos do autor etc. • Imprescritíveis: não há prazo extintivo para o
– Integridade moral: intimidade, vida privada, exercício de um direito de personalidade.
honra, imagem e nome etc. Ninguém sofre a perda de um direito de
personalidade pelo não uso. Veja que existe
prazo prescricional para reclamar a indenização.
Direito Civil – Direitos de personalidade2

• Vitalícios: o que é vitalício extingue-se com a Art. 1º A disposição gratuita de tecidos, órgãos e
morte do titular, os direitos de personalidade não partes do corpo humano, em vida ou post mortem,
são perpétuos. O que é perpétuo são os direitos para fins de transplante e tratamento, é permitida na
que se transmitem com a morte, são os direitos forma desta Lei.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, não estão
reais.
compreendidos entre os tecidos a que se refere este
artigo o sangue, o esperma e o óvulo.
 Os direitos de personalidade são Art. 2º A realização de transplante ou enxertos de
extrapatrimoniais, ou seja, não possuem tecidos, órgãos ou partes do corpo humano só
valoração econômica, e são imprescritíveis, não poderá ser realizada por estabelecimento de saúde,
há prazo para serem extintos. No entanto, a público ou privado, e por equipes médico-cirúrgicas
violação do direito de personalidade gera um de remoção e transplante previamente autorizados
reflexo patrimonial prescritível. pelo órgão de gestão nacional do Sistema Único de
 Se houver violação à extrapatrimonialidade Saúde.
ou à imprescritibilidade do direito de Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou
partes do corpo humano destinados a transplante ou
personalidade, pode haver danos moral, material
tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de
ou estético (violação da integridade física). Esses morte encefálica, constatada e registrada por dois
danos são cumuláveis na mesma situação e médicos não participantes das equipes de remoção e
devem ser postulados por meio de ação judicial, transplante, mediante a utilização de critérios
dentro de, no máximo, três anos. clínicos e tecnológicos definidos por resolução do
 O artigo 206 estabelece o prazo prescricional Conselho Federal de Medicina.
de 3 anos para requerer indenização, e o artigo
189 diz que começa a contar da data da violação LIMITAÇÃO VOLUNTÁRIA AOS
do direito. Como é possível que na data o autor DIREITOS DE PERSONALIDADE
não saiba da violação, o STJ abraçou a tese da Regras de possibilidade dessa limitação:
actio nata, o que significa que os prazos 1. A restrição não pode ser permanente;
prescricionais começam a fluir não na data da 2. A restrição não poder ser genérica e abarcar
violação, mas na data do conhecimento da todos os direitos, ou seja, toda restrição deve ser
violação, é o que a Súmula 278 do STJ esclarece. especificamente incidente sobre um ou outro
Art. 206. Prescreve: direito da personalidade;
§ 3º Em três anos: 3. A restrição não pode violar a dignidade do
V – a pretensão de reparação civil. titular, ainda que este venha a anuir, aquiescer
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a dessa condição.
pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos Ex: Participantes de reality show cedem
prazos a que aludem os arts. 205 e 206. temporariamente esses direitos de personalidade.
Jogadores que cedem imagens permanentes para
 O STJ estabeleceu a imprescritibilidade da clubes ou marcas não assinaram esses contratos
ação de indenização por tortura gerada durante o no Brasil, pois é proibido.
período de ditadura militar.
 Os direitos de personalidade são DIREITOS DA PERSONALIDADE X
indisponíveis, portanto não é possível que uma DIREITOS FUNDAMENTAIS
pessoa queira amputar um membro - Inicialmente os direitos de personalidade forma
voluntariamente. Essa indisponibilidade é pensados para o âmbito do direito privado e os
relativa! Admite-se restrição dos direitos de direitos fundamentais para o âmbito do direito
personalidade de forma voluntária ou por lei. público, tendo em vista que estes últimos foram
Enunciado 4º da JDC: O exercício dos direitos da
criados para limitar a atuação do Estado sobre os
personalidade pode sofrer limitação voluntária,
desde que não seja permanente nem geral.
particulares. No entanto, devido a dignidade
humana, os limites e as fronteiras entre esses
 Exemplos dessa limitação voluntária são
direitos estão cada dia mais líquidas e difusas.
aqueles vinculados aos direitos autorais e ao
Direitos da Personalidade -------- Direito Privado
transplante de órgãos.
Direitos Fundamentais ------------ Direito Público
 Lei n. 9.610/1998 – direitos autorais
 • Lei n. 9.434/1997 – transplante de órgãos - A dignidade da pessoa humana é um conceito
indeterminado, que encontra no caso concreto
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sua aplicabilidade. No entanto, ela pode ser possuem direitos de personalidade, são na
conhecida por pontos específicos: verdade objetos de direito, pois, se tivessem, não
• integridade física e psíquica poderiam ter sido feito de objetos de tratamento.
• liberdade e igualdade
• direito ao mínimo existencial – chamado pelo Duas correntes divergentes:
direito constitucional de direito ao patrimônio • a primeira que defendia que a vida começa na
mínimo. fecundação e que, por esse motivo, pesquisar em
- Não é preciso ser casado ou constituir família, células-tronco embrionárias seria violar o direito
ter herdeiros diretos, para que essa à vida garantido constitucionalmente;
impenhorabilidade seja válida, pois atinge a • a segunda, que afirma que o embrião somente
dignidade da pessoa humana. alcança características de pessoa humana com a
Súmula 364 do STJ: “o conceito de implantação no útero de uma mulher, não
impenhorabilidade de bem de família abrange havendo violação ao direito à vida.
também o imóvel pertencente a pessoas solteiras,
separadas e viúvas”. O embrião excedentário tem algum direito?
- Reflexos: - Enquanto o embrião encontra-se congelado,
No direito público, a incidência implica em: não possui nenhum direito. Contudo, a partir do
mitigação da supremacia do interesse público momento em que esse embrião for inseminado
sobre o privado. Não há interesse público que em uma mulher, então passa a ter alguns direitos,
justifique o sacrifício da dignidade alheia. como a presunção de paternidade:
No direito privado, a incidência gera a Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância
constitucionalização das relações privadas, ou do casamento os filhos:
melhor, eficácia horizontal dos direitos IV – havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de
fundamentais. embriões excedentários, decorrentes de concepção
artificial homóloga;
RE 201.819/RJ – aplicação direita dos direitos
fundamentais nas relações privadas. Celeuma: se legitimam a suceder os já nascidos
ou já concebidos no momento da abertura da
MOMENTO AQUISITIVO DOS DIREITOS sucessão (ocorrida a morte). Exemplo: um casal
DA PERSONALIDADE se submete a um procedimento de inseminação
- O direito de personalidade é diferente de artificial e tem dois filhos, porém deixa alguns
personalidade jurídica (aptidão genérica para embriões congelados. Se, em um dado momento
contrair direitos e deveres na ordem jurídica – é da vida, o pai dessas crianças falecer e a mãe
adquirido ao nascer com vida). optar por inseminar os embriões que estão
- A teoria adotada em relação aos direitos de congelados, esse filho que nasceu, mesmo após a
personalidade é a concepcionista. A concepção morte do pai biológico, passa a ter direito à
considera o momento da nidação (fixação do partilha de bens.
óvulo fecundado no útero).
- O nascimento é somente para fins de CONCLUSÕES:
personalidade jurídica. 1. Os direitos de personalidade são adquiridos na
- O nascituro também tem direito aos danos concepção uterina;
morais pela morte do pai, mas a circunstância de 2. Os direitos de personalidade são reconhecidos
não tê-lo conhecido em vida tem influência na ao natimorto;
fixação do quantum. 3. O embrião laboratorial não dispõe dos direitos
- Natimorto é aquele que não respirou ao nascer. da personalidade;
Ele não tem personalidade jurídica, mas tem 3.1. O embrião laboratorial pode ter presunção
direito de personalidade, portanto ele tem de paternidade quando os pais forem casados;
proteções como direito ao nome, imagem e 3.2. O embrião laboratorial terá direito
sepultura. Enunciado 1 da JDC: “A proteção que sucessório se já tiver sido concebido quando da
o Código defere ao nascituro alcança o natimorto morte do seu pai.
no que concerne aos direitos da personalidade,
tais como nome, imagem e sepultura”. MOMENTO EXTINTIVO DOS DIREITOS
- E, em relação ao embrião laboratorial (embrião DA PERSONALIDADE
criogenizado ou congelado)? Os embriões não - Os direitos de personalidade são vitalícios e,
portanto, existirão até o momento da morte do
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titular. Existe proteção dos direitos de violado, não é essa pessoa que irá sofrer ou terá
personalidade após a morte? A proteção existe, direito ao dano moral, mas aqueles que ficaram.
porém em relação aos direitos de personalidade Alguns exemplos dessa situação são: o caso
não há que se falar em dano moral para aquele Daniela Perez, o caso envolvendo a morte do
que está morto. cantor Cristiano Araújo, o caso envolvendo a
- O momento extintivo dos direitos de imagem do casal Lampião e Maria Bonita por
personalidade e da personalidade jurídica é o parte de um banco e o caso da publicação da
mesmo: a morte. biografia de Garrincha.
- Pode haver uma projeção dos direitos de Obs.: o art. 12 do CC é aplicável a qualquer
personalidade para após a morte. O morto não direito de personalidade. Já o art. 20 é exclusivo
tem o direito de personalidade violado, mas pode para o direito de imagem que se divide em voz,
haver reflexos após a morte dessa possível atributo (características do sujeito) e retrato.
violação, porque existem pessoas que ficaram Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a
vivas e que podem tomar providências. lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas
e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em
- Os reflexos dos direitos de personalidade para lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá
após a morte são divididos em três situações:
legitimação para requerer a medida prevista neste
1. Sucessão processual (substituição de artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente
parte): Artigo 110 – CPC: ocorrendo a morte de em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo Obs.: são legitimados do art. 12: cônjuge ou
seu espólio (ação envolve direito patrimonial) ou companheiro, ascendentes, descendentes, irmãos,
pelos seus sucessores (ação envolve direito sobrinhos, tios e primos.
extrapatrimonial), observado o disposto no art. Obs.: a doutrina dispõe que é possível uma
313, §§ 1º e 2º. interpretação ampliativa desses dispositivos, de
Obs.: não confundir a sucessão processual com a modo a incluir outras pessoas que não as citadas
substituição processual. Esse último é o mesmo pelo legislador. Contudo, o STJ já se manifestou
que legitimado extraordinário, ou seja, aquele e dispôs que a interpretação deve ser restritiva.
que postula em nome próprio direito alheio. Já a
sucessão processual é quando alguém adentra no JURISPRUDÊNCIA:
processo no lugar daquela pessoa que faleceu. - 1. Os pais estão legitimados, por terem
interesse jurídico, para acionarem o Estado na
2. Transmissibilidade do direito à reparação: busca de indenização por danos morais, sofridos
Artigo 943 – CC: o direito de exigir reparação e por seu filho, em razão de atos administrativos
a obrigação de prestá-la transmitem-se com a praticados por agentes públicos que deram
herança. publicidade ao fato de a vítima ser portadora do
Obs.: o art. 943 do CC é fonte de discussões vírus HIV. 2. Os autores, no caso, são herdeiros
doutrinárias, pois há uma corrente que defende da vítima, pelo que exigem indenização pela dor
ser esse dispositivo aplicável sem qualquer (dano moral) sofrida, em vida, pelo filho já
limitação, mas há também outra corrente, falecido, em virtude de publicação de edital,
segundo a qual o titular do direito violado deve pelos agentes do Estado réu, referente à sua
ter deixado, de alguma forma, evidente o seu condição de portador do vírus HIV. 3. O direito
interesse em ver-se reparado (ex.: contratou um que, na situação analisada, poderia ser
advogado, assinou uma procuração etc.). reconhecido ao falecido, transmite-se,
induvidosamente, aos seus pais. 4. A regra, em
3. Lesados indiretos: são aqueles que decorrem nossa ordem jurídica, impõe a transmissibilidade
do chamado “dano por ricochete”. Há dois dos direitos não personalíssimos, salvo expressão
dispositivos do Código Civil que tratam desse legal. 5. O direito de ação por dano moral é de
assunto (12 e 20). Muitas vezes o dano é natureza patrimonial e, como tal, transmite-se
direcionado para a pessoa que morreu, porém, de aos sucessores da vítima 6. A perda de pessoa
alguma forma, acaba afetando aquelas pessoas querida pode provocar duas espécies de dano: o
que ficaram e possuem alguma ligação com material e o moral. 7."O herdeiro não sucede
aquele que faleceu. Assim, quando o direito de no sofrimento da vítima. Não seria razoável
personalidade de uma pessoa que morreu é admitir-se que o sofrimento do ofendido se
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prolongasse ou se entendesse (deve ser Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a


estendesse) ao herdeiro e este, fazendo sua a dor expressão e a informação, sob qualquer forma,
do morto, demandasse o responsável, a fim de processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição,
ser indenizado da dor alheia. Mas é irrecusável observado o disposto nesta Constituição.
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa
que o herdeiro sucede no direito de ação que o
constituir embaraço à plena liberdade de informação
morto, quando ainda vivo, tinha contra o autor jornalística em qualquer veículo de comunicação
do dano. Se o sofrimento é algo entranhadamente social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII
pessoal, o direito de ação de indenização do dano e XIV.
moral é de natureza patrimonial e, como tal, - No caso de uma colisão entre um direito de
transmite-se aos sucessores". RECURSO personalidade e a liberdade de imprensa ou de
ESPECIAL N. 324.886 – PR. expressão, a priori, não se deve considerar a
prevalência de um ou de outro, mas deve ser
- O dano por ricochete a pessoas não observado, em caráter de ponderação, qual
pertencentes ao núcleo familiar da vítima direito deve prevalecer sobre o outro.
direta da morte, de regra, deve ser considerado - A técnica da ponderação será utilizada pelo
como não inserido nos desdobramentos Magistrado quando chegar ao seu juízo um caso
lógicos e causais do ato, seja na responsabilidade em que há, de um lado, um direito de
por culpa, seja na objetiva, porque extrapolam os personalidade e, do outro lado, um direito
efeitos razoavelmente imputáveis à conduta do fundamental. Assim, o juiz deve ponderar qual
agente. 6. Por outro lado, conferir a via da ação desses direitos irá prevalecer.
indenizatória a sujeitos não inseridos no núcleo
familiar da vítima acarretaria também uma Atualmente:
diluição de valores, em evidente prejuízo • Regra: liberdade de expressão;
daqueles que efetivamente fazem jus a uma • Hate speech (discurso de ódio): são
compensação dos danos morais, como pensamentos ilimitados com declarações de ódio,
cônjuge/companheiro, descendentes e intolerância, desprezo e outros. É proibido.
ascendentes. 7. Por essas razões, o noivo não - No caso do discurso de ódio, há pontos
possui legitimidade ativa para pleitear específicos no que tange à questão da
indenização por dano moral pela morte da noiva, indenização. Quando ocorre a violação do direito
sobretudo quando os pais da vítima já intentaram de personalidade surge o direito à reparação civil
ação reparatória na qual lograram êxito, como no pela prática do ato.
caso. 8. Recurso especial conhecido e provido. Súmula 221 do STJ: são civilmente responsáveis
RECURSO ESPECIAL N. 1.076.160 – AM. pelo ressarcimento de dano, decorrente de
publicação pela imprensa, tanto o autor do
- A utilização da imagem da pessoa, com fins escrito quanto o proprietário do veículo de
econômicos, sem a sua autorização ou do divulgação.
sucessor, constitui locupletamento indevido, a Obs.: pessoas famosas, ocupantes de cargos
ensejar a devida reparação. - Não demonstração públicos e pessoas que estão em multidões
pelo recorrente de que a foto caiu no domínio acabam tendo uma relativização de seu direito de
público, de acordo com as regras insertas no art. imagem. Trata-se da chamada “cláusula de
42 e seus parágrafos da Lei n. 5.988, de modicidade”.
14/12/1973. Recurso especial não conhecido." Obs.: a cláusula de modicidade dispõe que, em
RECURSO ESPECIAL N. 86.109. caso de pessoas em multidões, pessoas famosas
ou pessoas que sejam agentes públicos, ainda
DIREITOS DE PERSONALIDADE X que sejam ofendidos injustamente em relação à
LIBERDADE DE IMPRENSA E honra e à imagem, há uma mitigação em relação
LIBERDADE DE EXPRESSÃO a uma possível indenização, pois essa passa a ser
No âmbito da CF de 1988, está disposta a módica ou até mesmo pode deixar de existir.
importância da liberdade de imprensa:
Art. 5º, IX – é livre a expressão da atividade BIOGRAFIAS NÃO AUTORIZADAS
intelectual, artística, científica e de comunicação, - Por unanimidade, o STF declarou inexigível a
independentemente de censura ou licença;
autorização prévia para a publicação de
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato; biografias. A decisão dá interpretação conforme
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a Constituição da República aos artigos 20 e 21 que podem ser mencionados: o caso Xuxa, o
do CC, em consonância com os direitos caso Aída Curi e o caso da chacina da
fundamentais à liberdade de expressão da Candelária. Trata-se de um assunto que já foi
atividade intelectual, artística, científica e de explorado pela banca CESPE com a seguinte
comunicação, independentemente de censura ou questão: “A exagerada e indefinida exploração
licença de pessoa biografada, relativamente a midiática de crimes e tragédias privadas deve ser
obras biográficas literárias ou audiovisuais (ou impedida, a fim de se respeitar o direito ao
de seus familiares, em caso de pessoas esquecimento das vítimas de crimes e, assim,
falecidas). preservar a dignidade da pessoa humana”.
Obs.: Atualmente, para a publicação de - Enunciado n. 531 da JDC: A tutela da
biografias, não há a necessidade de autorização dignidade da pessoa humana na sociedade da
do biografado ou de seus parentes se morto for. informação inclui o direito ao esquecimento.
A biografia é livre e decorre de uma Obs.: não se pode afirmar que sempre irá
interpretação dos arts. 21 e 21 do CC que prevalecer o direito ao esquecimento ou a
dispõem sobre o direito de imagem. Algo que liberdade de imprensa ou expressão, pois deve
deve ser destacado é que biografar significa haver a aplicação da técnica da ponderação dos
mencionar fatos da vida de alguém que sejam interesses.
verídicos ou, pelo menos, verossímeis. O autor Obs.: Caso da chacina da candelária; crimes da
não pode extrapolar os limites da verdade ou época da ditadura - quando o direito ao
expor a pessoa ao ridículo, pois, caso contrário, esquecimento entra em conflito com o direito de
poderá ser responsabilizado por isso. verdade e memória, deve preponderar o segundo,
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à pois trata-se de um direito muito maior, uma vez
administração da justiça ou à manutenção da ordem que se refere à toda a sociedade, em detrimento
pública, a divulgação de escritos, a transmissão da de uma pessoa específica que praticou um
palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização determinado ato em um determinado momento.
da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a
seu requerimento e sem prejuízo da indenização que
couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a
GESTAÇÃO EM ÚTERO ALHEIO
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins - É admitida a gestação de filho em útero alheio,
comerciais. Parágrafo único. Em se tratando de contudo é vedada a cobrança por esse ato. Logo,
morto ou de ausente, são partes legítimas para é equivocada a expressão popularmente utilizada
requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou “barriga de aluguel”.
os descendentes. Resolução n. 1.957/2010 do CFM: As clínicas,
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é centros ou serviços de reprodução humana
inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, podem usar técnicas de reprodução assistida para
adotará as providências necessárias para impedir ou criarem a situação identificada como gestação de
fazer cessar ato contrário a esta norma. substituição, desde que exista um problema
médico que impeça ou contraindique a gestação
DIREITO AO ESQUECIMENTO na doadora genética.
- O direito ao esquecimento não é um direito que 1. As doadoras temporárias do útero devem
as pessoas têm de “apagar o seu passado” ou de pertencer à família da doadora genética, com
“reescrever a sua história. Na realidade, o direito parentesco até o segundo grau, sendo os demais
ao esquecimento se refere a possibilidade de que casos sujeitos à autorização do Conselho
uma pessoa possa não conviver com fatos Regional de Medicina;
pretéritos de sua vida e que dizem respeito 2. A doação temporária do útero não poderá ter
exclusivamente a ela. Trata-se de uma proteção caráter lucrativo ou comercial.
ao chamado superintervencionismo midiático, ou
seja, a superinformação da mídia. TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
- Há casos em que a mídia, muitas vezes - Não aceitam receber transfusão sanguínea por
sensacionalista, explora demais alguns fatos da conta de questões presentes em passagens
vida das pessoas para conseguir audiência. Esse bíblicas dos livros de Gênesis, Levítico e Atos.
direito ao esquecimento não possui previsão no - Para os adeptos das Testemunhas de Jeová,
CC, mas tem sido cada vez mais reconhecido no receber uma transfusão sanguínea pode implicar
âmbito do Direito Brasileiro, principalmente com no banimento da religião, fato que, para muitos,
assento jurisprudencial. Há três casos relevantes
Direito Civil – Direitos de personalidade7

pode significar algo ainda pior do que a morte, é protegido (interpretação conforme a CF/1988).
ou seja, uma “morte em vida”. Quando ocorre a violação de um direito de
- Na jurisprudência há decisões favoráveis e personalidade, a pessoa tem o direito de buscar a
desfavoráveis à transfusão. reparação do dano causado.
- Enunciado n. 403 da JDC: o Direito à
inviolabilidade de consciência e de crença, Súmula n. 403 do STJ: Independe de prova do
previsto no art. 5º, VI, da CF, aplica-se também à prejuízo a indenização pela publicação não
pessoa que se nega a tratamento médico, autorizada de imagem de pessoa com fins
inclusive transfusão de sangue, com ou sem risco econômicos ou comerciais.
de morte, em razão do tratamento ou da falta - Há uma presunção do prejuízo moral.
dele, desde que observados os seguintes Obs.: o dano moral, quando se refere à violação
critérios: do direito de imagem, aplica-se tanto aos casos
a) capacidade civil plena, excluído o suprimento de uso comercial da imagem quanto aos casos de
pelo representante ou assistente; uso não comercial.
b) manifestação de vontade livre, consciente e - Se a imagem for utilizada com fins comerciais:
informada; e independentemente da prova do prejuízo tem
c) oposição que diga respeito exclusivamente à direito a indenização.
própria pessoa do declarante. - Se a imagem for utilizada sem fins comerciais:
Obs.: Se uma pessoa absolutamente incapaz deve ser provado o dano.
(menor de 16 anos) ou relativamente incapaz
precisar de uma transfusão sanguínea, os pais DIREITO DE ARENA: transmissões
não poderão decidir por ela. esportivas. O direito de arena constitui uma
Enunciado n. 533 da JDC: o paciente verdadeira cessão legal do direito de imagem dos
plenamente capaz poderá deliberar sobre todos atletas. O direito de arena só é válido no
os aspectos concernentes a tratamento médico momento do espetáculo esportivo. Fora disso o
que possa lhe causar risco de vida, seja imediato direito de imagem é do atleta.
ou mediato, salvo as situações de emergência ou Lei n. 9.615/1998 (Lei Pelé) Art. 42. Pertence às
no curso de procedimentos médicos cirúrgicos entidades de prática desportiva o direito de arena,
que não possam ser interrompidos. consistente na prerrogativa exclusiva de negociar,
autorizar ou proibir a captação, a fixação, a
emissão, a transmissão, a retransmissão ou a
INTEGRIDADE PSÍQUICA
reprodução de imagens, por qualquer meio ou
- Nesse tópico encontram-se os seguintes processo, de espetáculo desportivo de que
elementos: honra, liberdade, imagem, vida participem.
privada e nome.
Enunciado n. 279 da JDC: a proteção à imagem
1. IMAGEM deve ser ponderada com outros interesses
- A imagem como direito de personalidade se constitucionalmente tutelados, especialmente em
divide em: imagem-voz; imagem-atributo face do direito de amplo acesso à informação e
(características físicas) e imagem-retrato (aquilo da liberdade de imprensa. Em caso de colisão,
que se vê). levar-se-á em conta a notoriedade do retratado e
- A imagem é uma exteriorização da dos fatos abordados, bem como a veracidade
personalidade e individualização do sujeito. destes e, ainda, as características de sua
- O próprio art. 20 do CC dispõe que o uso da utilização (comercial, informativa, biográfica),
imagem poderá sofrer uma proibição, a privilegiando-se medidas que não restrinjam a
requerimento do titular e sem prejuízo da divulgação de informações.
indenização, se lhe atingir a honra, a boa fama
ou a respeitabilidade. Assim, fica subentendido 2. DIREITO À PRIVACIDADE
que o direito de imagem só pode ser protegido se - É o direito de viver a sua própria vida em
houver a violação de outro direito de isolamento, não sendo submetido à publicidade
personalidade, contudo não é assim que as coisas que não provocou, nem desejou.
funcionam. A imagem goza de proteção de - A vida pessoal deve ser analisada sob uma
maneira autônoma, logo, mesmo sem violação de ótica de cultura. O direito à privacidade é algo
outro direito de personalidade, o uso da imagem que deve ser interpretado no caso concreto,
Direito Civil – Direitos de personalidade8

levando-se em consideração não somente a vida - Essa proteção é elencada no âmbito da lei que
da pessoa, mas também os inúmeros outros protege os direitos autorais (Lei n. 9.610/1998) e
aspectos que estão ao seu redor. o objeto é a criação.
- A privacidade é gênero que comporta duas - Os direitos autorais do autor se dividem em:
espécies: a intimidade e o sigilo. • Direitos morais do autor: personalíssima –
Intimidade: direitos que devem ser protegidos não admite cessão – projeção da personalidade
de outras pessoas, informações que dizem do autor – direito à paternidade da obra
respeito somente ao titular. (adquirido com a criação e não com registro –
Segredo (sigilo): não divulgação de fatos da facultativo);
vida do titular. • Direitos patrimoniais do autor: material –
- A proteção do direito à privacidade é relativa. direito à exploração autoral, utilizar, fruir, dispor
Há uma flexibilização desses direitos em virtude da obra – admite-se transmissão.
da ponderação dos interesses. Em determinado - REsp. n. 1.575.225/ SP (INFO 587 – STJ),
processo judicial podem ocorrer, por exemplo, a estabelece ser indevida a cobrança de direitos
quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico. autorais pela execução, sem autorização prévia
- Nem toda informação privada é íntima, embora dos titulares de direitos autorais ou de seus
toda intimidade seja privada. substitutos, de músicas folclóricas e culturais em
festa junina realizada no interior de
3. DIREITO À HONRA estabelecimento de ensino, hipótese em que o
- O direito à honra é um reflexo da imagem do evento tenha sido organizado como parte de
sujeito. Dentro do âmbito da análise da honra, projeto pedagógico, reunindo pais, alunos e
encontram-se a respeitabilidade, a reputação, a professores com vistas à integração escola-
boa fama, a autoestima etc., em um meio social, famílias, sem a venda de ingressos ou a
profissional, familiar ou acadêmico. A honra se utilização econômica das obras.
divide em dois momentos: honra subjetiva e - A simples disponibilização de aparelhos
honra objetiva. radiofônicos em quartos de hotéis, motéis,
- A honra objetiva é aquela objetivamente clínicas e hospitais autoriza a cobrança de
verificada, ou seja, é o que as outras pessoas direitos autorais por parte do ECAD.
pensam acerca de alguém. Já a honra subjetiva é Súmula n. 63 do STJ: são devidos direitos
o sentimento que uma pessoa tem de si mesma. autorais pela retransmissão radiofônica de
Determinado comportamento de alguém pode músicas em estabelecimentos comerciais.
atingir tanto a honra objetiva quanto a honra - A cobrança em juízo dos direitos decorrentes
subjetiva de uma pessoa. da execução de obras musicais sem a prévia e
expressa autorização do autor envolve pretensão
Em suma: de reparação civil e atrai o prazo prescricional de
• Honra objetiva: aspectos relacionados a três anos. Como não há previsão legal ou
terceiros – reputação; boa fama – externa; previsão em contrato, não é possível cobrança de
• Honra subjetiva: valoração da pessoa sobre si multa moratória estabelecida unilateralmente
mesma – autoestima – interna. pelo ECAD.
Obs.: o STJ já se posicionou no sentido de que a
pessoa jurídica de direito privado pode sofrer NOME CIVIL
dano moral (vide Súmula n. 227). Contudo, uma Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele
pessoa jurídica é um ente de existência virtual e, compreendidos o prenome e o sobrenome.
em relação a isso, é importante ponderar que a - O nome é composto por elementos chamados
pessoa jurídica de direito privado, quando sofre a prenome e sobrenome. Ex.: Roberta (prenome) e
possibilidade de dano moral, sofre pela violação Batista (sobrenome).
de sua honra objetiva, pois não tem como sofrer Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado
uma violação em relação a sua honra subjetiva. por outrem em publicações ou representações que a
exponham ao desprezo público, ainda quando não
haja intenção difamatória.
INTEGRIDADE INTELECTUAL Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome
- Trata-se da proteção das criações intelectuais alheio em propaganda comercial.
do indivíduo. É a proteção jurídica às obras de - Pseudônimo, Codinome ou heterônimo: São
inteligência do indivíduo. nomes utilizados por pessoas (geralmente
Direito Civil – Direitos de personalidade9

famosas) para o desempenho de suas atividades 6. Lei n. 11.924/2009 – “Lei Clodovil” –


profissionais. autoriza acréscimo de sobrenome do padrasto ou
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades madrasta pelo enteado(a).
lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
- Conceitos: SÚMULAS DO STJ
• Prenome: nome de batismo; Súmula n. 37: São cumuláveis as indenizações
• Sobrenome ou nome patronímico: apelido por dano material e dano moral oriundos do
familiar ou patronímico; mesmo fato.
• Agnome: aponta grau de parentesco (Júnior, Súmula n. 221: São civilmente responsáveis
Neto etc.); pelo ressarcimento de dano, decorrente de
• Hipocorístico: redução do nome original publicação pela imprensa, tanto o autor do
(Beto, Chico etc.). escrito quanto o proprietário do veículo de
Art. 54, § 2º O nome do pai constante da Declaração divulgação.
de Nascido Vivo não constitui prova ou presunção da Súmula n. 227: A pessoa jurídica pode sofrer
paternidade, somente podendo ser lançado no
dano moral.
registro de nascimento quando verificado nos termos
da legislação civil vigente.
Súmula n. 54: Os juros moratórios fluem a partir
Art. 55. Quando o declarante não indicar o nome do evento danoso, em caso de responsabilidade
completo, o oficial lançará adiante do prenome extracontratual.
escolhido o nome do pai, e na falta, o da mãe, se Súmula n. 362: A correção monetária do valor
forem conhecidos e não o impedir a condição de da indenização do dano moral incide desde a
ilegitimidade, salvo reconhecimento no ato. data do arbitramento.
Parágrafo único. Os oficiais do registro civil não Súmula n. 370: Caracteriza dano moral
registrarão prenomes suscetíveis de expor ao apresentação antecipada de cheque pré-datado.
ridículo os seus portadores. Quando os pais não se Súmula n. 387: É licita a cumulação de dano
conformarem com a recusa do oficial, este submeterá moral e dano estético. Súmula n. 388: A simples
por escrito o caso, independente da cobrança de
devolução indevida de cheque caracteriza dano
quaisquer emolumentos, à decisão do Juiz
competente.
moral.

É POSSÍVEL ALTERAÇÃO DO NOME? ENUNCIADOS JDC


- Em regra, adota-se a inalterabilidade relativa N. 159: O dano moral, assim compreendido todo
(art. 58, LRP), porém a alteração pode ser feita dano extrapatrimonial, não se caracteriza quando
em casos excepcionais: há mero aborrecimento inerente a prejuízo
1. Expuser a pessoa ao ridículo; material.
2. Maioridade em prazo decadencial de 1 ano; N. 550: A quantificação da reparação por danos
3. Houver erro gráfico; extrapatrimoniais não deve estar sujeita.
4. Para inclusão de apelido notório, hipocorístico
– acréscimo de alcunha designativa; JÁ CAIU EM PROVA
5. Adoção; - A morte baseada na ausência de todas as
6. Uso prolongado de nome diverso; funções neurológicas define, em regra, o fim da
7. Adaptação de tradução do nome em caso de personalidade.
língua estrangeira; - O testamento vital, como diretiva antecipada da
8. Homonímia depreciativa; vontade, é forma consentida de ortotanásia.
9. Proteção a testemunha. - A honra engloba os predicamentos que
distinguem a dignidade pessoal e o desfrute do
- O sobrenome também é passível de alteração estado social do indivíduo.
por:
1. Adoção;
2. Casamento;
3. Divórcio ou nulidade de casamento;
4. Inclusão de sobrenome de ascendente –
sobrenome avoengo (dos avós);
5. União estável ou homoafetiva;

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