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Direitos da Personalidade
a) Caráter absoluto: Oponibilidade erga omnes (contra todos). Não quer dizer que
são ilimitados, sendo relativos quando em colisão de interesses.
d) Indisponibilidade: por ser essencial, a pessoa dele não pode dispor. Abrange
tanto a intransmissibilidade (não se admite a cessão do direito de um sujeito para
outro) quanto a irrenunciabilidade (ninguém pode dispor de sua vida, sua
intimidade, sua imagem). Podem, porém, sofrer limitações voluntarias, desde
que não sejam permanentes e nem gerais, contrariar a boa-fé e os costumes. Ex.:
recusar transfusão de sangue por motivação religiosa, entrando em conflito o
direito à vida e da liberdade religiosa.
3. Espécies:
Os direitos da personalidade possuem rol meramente exemplificativo.
Destacam-se os mais importantes:
a) Vida:
Preexiste ao direito. Trata-se de direito à vida, e não sobre a vida, de modo que seu
titular não pode cercear esse direito. O direito à vida deve ser entendido como
o direito ao respeito à vida do próprio titular e de todos. É de extrema
importância a sua defesa contra os riscos de sua destruição. Ademais, engloba
não somente viver, mas viver com dignidade e condições humanas.
b) Integridade física:
I Princípio do consentimento informado (art. 15): envolve o direito do paciente de
saber qual é o tratamento ou a cirurgia recomendada pelo médico e as suas
consequências, para que a opção seja feita com consciência.
II Limites à disposição do corpo (art.13): só por motivo de saúde, se houver
exigência médica, pode haver a diminuição permanente da integridade física.
Após a morte, pode haver disposição gratuita do corpo para objetivos
altruísticos ou científicos, no todo ou em parte.
c) Direito à integridade psíquica:
O direito à integridade psíquica, merece a proteção jurídica e inclui, de acordo com
a melhor doutrina, o direito à liberdade – inclusive de pensamento –, à
intimidade, à privacidade, ao segredo e o direito referente à criação intelectual.
d) Direito à integridade moral:
I Direito à honra: necessariamente atrelada à natureza humana, manifestando-se
sob duas formas: objetiva (reputação, bom nome e fama que a pessoa possui na
sociedade); e subjetiva (sentimento pessoal de estima, consciência da própria
dignidade);
II Direito à imagem: o direito à imagem tem a ver com o controle que cada pessoa
detém sobre sua representação externa, abrangendo qualquer tipo de reprodução
de sua imagem ou de sua voz.
e) Direito ao nome:
É tutela do direito à identificação pessoal. Nesse aspecto, o CC (art. 16) esclarece
que o nome é composto por prenome e sobrenome (chamado também de
patronímico). Existe também o agnome – partícula diferenciadora entre pessoas
que possuem o mesmo nome na mesma família. Exemplo: júnior, neto etc.
Apelidos público e notórios também estão protegidos, podendo inclusive ser
adicionados ao nome (Ex.: Xuxa, Lula, Pelé.)
Exemplos notórios: