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Os direitos fundamentais são aqueles inerentes ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, ou seja, são
direitos protetivos, que garantem o mínimo necessário para que um individuo possa existir de forma digna
dentro da sociedade.
Fundamentalidade: • Material: refere-se ao conteúdo – são direitos implícitos (não está escrito
em nenhum documento) – embora não estejam escritos são fundamentais
para a dignidade da pessoa humana.
Os direitos fundamentais são destinados para todas as pessoas, isto é, a titularidade dos direitos
fundamentais é toda pessoa.
Proporcionalidade
• Adequação: o direito cumpre com a finalidade?
Proporcional em • Necessidade: essa ação é necessária? Viola direitos?
sentido estrito
Características dos Direitos Fundamentais
• Universalidade: alcançam todas as pessoas sem distinção, ou seja, deve proteger o maior número de
destinatários sem fazer qualquer distinção.
OBS: existe o problema do Multiculturalismo, então na prática a universalidade não “vale” para
todos – exemplo: Grupos Indígenas.
• Relatividade: entende-se que os direitos universais não são absolutos, já que podem ser relativizados
diante de situações e conflitos de interesses – alguns direitos podem entrar em choque.
Exemplo: liberdade de reunião para protestos apoiando a legalização de entorpecentes versus saúde
pública.
Direito à Vida
O direito à vida não é apenas o direito de viver, mas sim ter uma vida com qualidade.
Proteção ao direito à vida refere-se a toda norma
constitucional que protege a integridade física e
moral do indivíduo
Art 5º, XLIX, CF – “é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral”.
• Negativa: direito de não ter sua vida ceifada, quer por atos estatais ou por
Proteção: Perspectivas: atos particulares.
• Positiva: direito de ter uma vida digna, razão pela qual pressupões a
promoção de direitos de segunda geração tais como saúde, educação, etc.
Liberdade de Ação
Previsto no Art 5º, II, CF – “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei”
Princípio da Legalidade: Apenas a lei pode restringir
aquilo que nós podemos ou não fazer.
Liberdade de Locomoção
Art 5º, XV, CF – “é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer, ou dele sair com seus bens”
Esse direito permite que as pessoas que estão em território nacional – tanto brasileiros quanto estrangeiros –
possuem a possibilidade de andar em vias públicas e frequentar espaços públicos de uso comum quando
desejarem, sendo uma espécie de poder praticável da população.
Enquanto locomoção entende-se como: circulação interna, permanência e saída do território.
Questões postas em aula: equipamentos urbanos, prisões de indivíduos específicos.
• Dimensão Coletiva: é relacionado a liberdade de reunião (Art 5º, XVI, CF), onde todos os
indivíduos tem o direito de se reunir, desde que seja de forma pacífica, para fins lícitos, seja em
locais abertos ao público e tenha aviso prévio.
Tem, também, o direito a associação (Art 5º, XVII, CF) determina que somos livres para criar ou participar
de associações desde que seus fins seja, lícitos e que não tenha caráter paramilitar.
Agora, vamos falar da liberdade de expressão/pensamento voltada para a atividade intelectual, artística,
cientifica e comunicação.
• Intelectual
Liberdade de Expressão/Pensamento: • Artística
• Cientifica
• Comunicação
Essas liberdades independem de censura ou licença, ou seja, é assegurado aos indivíduos se expressarem de
forma intelectual, artística, cientifica e nos meios de comunicação, sendo assim o Estado não pode fazer nem
um tipo de censura ou exigir licença para realização dessas atividades.
Referente a censura, segundo o Art 220 parágrafo 2º é vedado qualquer tipo de censura seja de natureza
política, ideológica ou artística.
OBS: nenhum direito é absoluto, dessa forma existem limites para a liberdade de expressão são os discursos
de ódio, divulgar fake News.
O judiciário que decide os limites da liberdade de expressão, onde é preponderado a privacidade/intimidade,
a verdade e a relevância da informação.
Racismo religioso.
Direito à Igualdade
Direito fundamental de segunda geração, em que há mais presença estatal, uma vez que o Estado está
voltado para o social.
Art 5º, CF – “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade.”
Quando você trata todos da mesma forma é possível que encontre pessoas em que esse tratamento igual
produza alguma injustiça.
• Formal: é uma igualdade onde todos são tratados iguais perante a lei –
todo mundo é tratado da mesma forma – concepção mais liberal, onde
tenta evitar uma discriminação negativa.
Tipos de Igualdade
• Material: trata os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual,
isto é, cria mecanismos para atender indivíduos que sofrem com as
estruturas de dominação, que são substancialmente diferentes no quesito
de ter acesso aos bens da vida – concepção mais social, onde tenta
promover uma discriminação positiva.
As discriminações positivas ou ações afirmativas são políticas públicas de compensação social que são
dirigidas as minorias sociais.
Exemplos: Leis de Cotas, Lei Maria da Penha.
Para alcançar a igualdade é necessário que
as leis e políticas públicas sejam destinados
a um grupo especifico.
• Branquitude
• Cisheteropatriarcado
• Classe
Toda lei deve ser neutra?
NÃO, porque deve ser considerado as diferenças existentes no meio social de modo a alcançar a igualdade
material. Toda neutralidade ofusca as diferenças, que são estruturais, isto é, a neutralidade é um instrumento
de reforço das desigualdades estruturais.
Todas as estruturas de dominação estão interligadas para produzirem mais desigualdades – Avenidas
Identitárias: não tem como separar as matrizes de dominação, uma vez que estão interligadas e relacionadas.
Direitos da Personalidade
São direitos essências para a proteção da Dignidade da Pessoa Humana.
Direitos do Art
Previsto no código civil 5º são
É o campo do direito privado. chamados de
Direito Público.
• Absoluto: o titular do direito pode exigir que o Estado e comunidade respeite e que o Estado
promova tais direitos.
OBS: os direitos da personalidade não são perpétuos, ou seja, acaba junto com a morte.
Questões:
• Liberdade de Crença e Tratamento – RES 2232/19: as pessoas tem o direito de respeitar os
preceitos da sua religião e negar um tratamento.
Exemplo: Testemunhas de Jeová – não fazem transfusão de sangue, quando eles vão fazer um tratamento
pode negar a transfusão de sangue respeitando a sua crença, logo os médicos procuram outras alternativas de
tratamento. Essa vontade só é sobreposta quando há risco de vida.
• Exame de DNA: ninguém é obrigado a dispor de seu DNA para a realização de um exame, mas
quando é o caso de exame de paternidade, quando o sujeito nega a realização do exame o juiz já
entende que a paternidade é verdadeira.
• Transgenitalização – RES CFM 2265/19: a transgenitalização é permitida, uma vez que existe uma
exigência médica.
• Eutanásia x Ortotanásia
Eutanásia: antecipar a morte – quando se tem uma doença que não tem cura – vista como homicídio no
Brasil, uma vez que precisa ser feito uma conduta para auxiliar a morte.
Ortotanásia: morrer naturalmente – não fazer procedimentos invasivos para prolongar os dias de vida – é
permitido no Brasil o médico limitar ou suspender tratamentos, no caso de doença grave sem possibilidade
de cura, e a ofertar cuidados paliativos, desde que com consentimento do paciente ou seu representante
legal.
Direito ao Nome
Art 16/19
O nome é um direito da personalidade e, portanto, recebe a proteção do Estado.
Art 16, código civil – “toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.”
O nome não pode ser utilizado em publicações que exponham a pessoa a desprezo público e não se pode
utilizar o nome alheio em propaganda comercial.
Portanto, está incluso dentro do direito ao nome:
• Ter nome
• Intervir no nome – transgênero e quando o nome for constrangedor para o indivíduo.
• Impedir o uso indevido do nome
Dentro desse direito há proteção para o:
• Prenome
• Sobrenome
• Pseudônimo – exemplo: Xuxa, Pelé, Lula. (Art 19).
Direito de Imagem
Engloba a captação, reprodução e divulgação de imagem.
O direito de imagem é o direito assegurado a toda pessoa de ter sua imagem resguardada para que se
preserve a respeitabilidade e boa-fama, atrelando-se a questões como honra do sujeito.
Art 20 – “Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem
pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da
imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que
couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais”
O direito a imagem é inalienável, isto é, não pode ser vendido ou cedido, mas pode ser disponível para seus
ascendentes ou descendentes por meio de uma licença para utilização.
• Personalidade pública
• Utilidade pública
• Fundamentalidade da imagem
• Herança Digital: exemplo – canal do youtube que continua monetizando mesmo após a morte,
pertence aos herdeiros.