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TEORIA DA INCAPACIDADE e VALORES
SOCIAIS CONSTITUCIONAIS
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INCAPACIDADE – POSITIVISMO e PÓS
POSITIVISMO.
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INCAPACIDADE X CAPACIDADE DE
DIREITO
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INCAPACIDADE versus CAPACIDADE DE
FATO (Exercício de Direitos)
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FUNDAMENTO DA TEORIA DA
INCAPACIDADE
PROTEÇÃO
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CAPACIDADE DE FATO = PODER DE
EXERCÍCIO
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INCAPACIDADE FORMAL (artigos 3º e 4º do
Código Civil) versus INCAPACIDADE
MATERIAL (concretização de situações
existenciais – dignidade da pessoa
humana).
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QUAIS OS INSTITUTOS RELACIONADOS À
PROTEÇÃO DOS INCAPAZES?
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INCAPACIDADE e DEFICIENTES FÍSICOS E
MENTAIS
INCAPAZES?
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A questão dos critérios para a
incapacidade
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LEI 13.146/2015
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LEI 13.146/2015
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QUAL O OBJETIVO DA CURATELA DO DEFICIENTE?
Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos
relacionados aos direitos de natureza patrimonial e
negocial.
§ 1º A definição da curatela não alcança o direito ao
próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à
privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.
§ 2º A curatela constitui medida extraordinária, devendo
constar da sentença as razões e motivações de sua
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definição, preservados os interesses do curatelado. .
§ 3º No caso de pessoa em situação de
institucionalização, ao nomear curador, o juiz deve dar
preferência a pessoa que tenha vínculo de natureza
familiar, afetiva ou comunitária com o curatelado.
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Da Tomada de Decisão Apoiada
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§ 3º Antes de se pronunciar sobre o pedido
de tomada de decisão apoiada, o juiz,
assistido por equipe multidisciplinar, após
oitiva do Ministério Público, ouvirá
pessoalmente o requerente e as pessoas
que lhe prestarão apoio.
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§ 4º A decisão tomada por pessoa apoiada
terá validade e efeitos sobre terceiros, sem
restrições, desde que esteja inserida nos
limites do apoio acordado.
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§ 5º Terceiro com quem a pessoa apoiada
mantenha relação negocial pode solicitar
que os apoiadores contra-assinem o
contrato ou acordo, especificando, por
escrito, sua função em relação ao apoiado.
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§ 6º Em caso de negócio jurídico que possa
trazer risco ou prejuízo relevante, havendo
divergência de opiniões entre a pessoa
apoiada e um dos apoiadores, deverá o
juiz, ouvido o Ministério Público, decidir
sobre a questão.
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§ 7º Se o apoiador agir com negligência,
exercer pressão indevida ou não adimplir
as obrigações assumidas, poderá a pessoa
apoiada ou qualquer pessoa apresentar
denúncia ao Ministério Público ou ao juiz.
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§ 8º Se procedente a denúncia, o juiz
destituirá o apoiador e nomeará, ouvida a
pessoa apoiada e se for de seu interesse,
outra pessoa para prestação de apoio.
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§ 9º A pessoa apoiada pode, a qualquer
tempo, solicitar o término de acordo firmado
em processo de tomada de decisão apoiada.
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TOMADA DE DECISÃO APOIADA NO CÓDIGO
ARGENTINO
INTERDIÇÃO e REPERCUSSÃO NA
ADMINISTRAÇÃO
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DO CASAMENTO.
INCAPACIDADE e AUSÊNCIA.
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PROTEÇÃO DO INCAPAZ – REGRAS
ESPECIAIS
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INCAPACIDADE e RESPONSABILIDADE
CIVIL (exclusiva, solidária e subsidiária).
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Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos
que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo
ou não dispuserem de meios suficientes.
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40 – Art. 928: O incapaz responde pelos prejuízos
que causar de maneira subsidiária ou
excepcionalmente como devedor principal, na
hipótese do ressarcimento devido pelos
adolescentes que praticarem atos infracionais
nos termos do art. 116 do Estatuto da Criança e
do Adolescente, no âmbito das medidas
socioeducativas ali previstas.
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41 – Art. 928: A única hipótese em que poderá
haver responsabilidade solidária do menor de 18
anos com seus pais é ter sido emancipado nos
termos do art. 5º, parágrafo único, inc. I, do novo
Código Civil.
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INCAPACIDADE – CAUSA OBJETIVA –
EMANCIPAÇÃO
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INCAPACIDADE e EXERCÍCIO DE EMPRESA
Obs: PATRIMÔNIO DE AFETAÇÃO –
PATRIMÔNIO MÍNIMO E DIGNIDADE.
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INCAPACIDADE e ADIMPLEMENTO
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INCAPACIDADE e MANDATO
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INCAPACIDADE – JOGO OU APOSTA e
FIANÇA
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CAPACIDADE DE FATO
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EMANCIPAÇÃO
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Espécies de Emancipação (voluntária – poder
familiar; judicial e legal).
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TEORIA DOS DIREITOS DA
PERSONALIDADE DA PESSOA HUMANA
(artigos 11 a 21 do Código Civil);
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QUAL A CONCEPÇÃO CONTEMPORÂNEA
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE?
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QUAL O FUNDAMENTO DESTES
DIREITOS?
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Princípio da dignidade da pessoa humana –
cláusula geral e fundamento dos direitos que
decorrem da personalidade (valor-referência
das situações existenciais)
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274 – Art. 11: Os direitos da personalidade,
regulados de maneira não-exaustiva pelo
Código Civil, são expressões da cláusula geral
de tutela da pessoa humana, contida no art. 1º,
inc. III, da Constituição (princípio da dignidade
da pessoa humana). Em caso de colisão entre
eles, como nenhum pode sobrelevar os
demais, deve-se aplicar a técnica da
ponderação. .
PERSONALIDADE e TUTELA ESPECIAL (Relações
Existenciais)
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TITULARIDADE DOS DIREITOS DA
PERSONALIDADE
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DIREITO DA PERSONALIDADE e
TIPICIDADE ABERTA
O QUE SIGNIFICA?
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Resposta
DIREITOS POSITIVADOS
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DIREITO DA PERSONALIDADE: É
POSSÍVEL UM CONCEITO?
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Direitos subjetivos, essenciais, inatos,
permanentes e fundamentais para a
proteção da dignidade da pessoa humana
no seu aspecto físico, moral e intelectual
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OBJETO DOS DIREITOS DA
PERSONALIDADE HUMANA
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CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA
PERSONALIDADE!!
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INDISPONÍVEIS e IRRENUNCIÁVEIS (artigo 11
do Código Civil).
Indisponibilidade Relativa ou Absoluta?
A limitação voluntária: DIREITOS DA
PERSONALIDADE versus AUTONOMIA
PRIVADA – “Titular consigo mesmo”
TITULARIDADES DIVERSAS
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A disposição não pode ser genérica,
permanente e tão intensa que viole o núcleo
essencial da dignidade.
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ENUNCIADOS SOBRE INDISPONIBILIDADE
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- 139 – Art. 11: Os direitos da personalidade
podem sofrer limitações, ainda que não
especificamente previstas em lei, não
podendo ser exercidos com abuso de direito
de seu titular, contrariamente à boa-fé objetiva
e aos bons costumes.
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IMPRESCRITÍVEIS
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AMPLA TUTELA: Artigo 12 do CC
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Classificação dos direitos da personalidade
no Código Civil
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Vida, integridade física (artigos 13 a 15 do
CC), nome (artigos 16 a 19), intimidade,
vida privada (artigo 21), honra e imagem
(artigo 20 do CC e Súmula 403 do STJ);
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Integridade física
Artigos 13 a 15 do CC:
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401 – Art. 13: Não contraria os bons costumes a
cessão gratuita de direitos de uso de material
biológico para fins de pesquisa científica, desde
que a manifestação de vontade tenha sido livre,
esclarecida e puder ser revogada a qualquer
tempo, conforme as normas éticas que regem a
pesquisa científica e o respeito aos direitos
fundamentais.
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277 – Art. 14: O art. 14 do Código Civil, ao
afirmar a validade da disposição gratuita do
próprio corpo, com objetivo científico ou
altruístico, para depois da morte, determinou
que a manifestação expressa do doador de
órgãos em vida prevalece sobre a vontade dos
familiares, portanto, a aplicação do art. 4º da
Lei n. 9.434/97 ficou restrita à hipótese de
silêncio do potencial
. doador.
ENUNCIADOS RELEVANTES SOBRE
TRATAMENTO MÉDICO
403
Art. 15: O Direito à inviolabilidade de consciência
e de crença, previsto no art. 5º, VI, da Constituição
Federal, aplica-se também à pessoa que se nega a
tratamento médico, inclusive transfusão de
sangue, com ou sem risco de morte, em razão do
tratamento ou . da falta dele, desde que
observados os seguintes critérios:
a) capacidade civil plena, excluído o suprimento
pelo representante ou assistente;
AUTONOMIA
279 – Art. 20: A proteção à imagem deve ser
ponderada com outros interesses constitucionalmente
tutelados, especialmente em face do direito de amplo
acesso à informação e da liberdade de imprensa. Em
caso de colisão, levar-se-á em conta a notoriedade do
retratado e dos fatos abordados, bem como a
veracidade destes e, ainda, as características de sua
utilização (comercial, informativa, biográfica),
privilegiando-se medidas que não restrinjam a
divulgação de informações.
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Direito à vida privada – art. 21 do CC
Autonomia jurídica (“Círculos Concêntricos”).
A privacidade é a esfera mais ampla/larga de um
círculo que contém, internamente, o segredo e a
intimidade (que é o núcleo desses círculos).
Segredo são informações privadas que, embora
pertençam ao titular, eventualmente podem ser
compartilhadas com terceiros em nome de um
eventual interesse
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público.
Intimidade são as informações que pertencem ao
titular.
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Exemplos:
(I) movimentação bancária – SEGREDO;
(II) declaração de imposto de renda – SEGREDO;
(III) orientação sexual – INTIMIDADE;
(IV) opção religiosa – INTIMIDADE.
Não é toda a informação privada (privacidade) que é
intima, embora toda a intimidade seja privada.
Entre a intimidade
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e a privacidade repousa o
segredo.
A privacidade e o caso “Garrincha”: Recurso
Especial n.º 521.697/RJ.
A autonomia constitucional do direito de
privacidade impede a aplicação da exceptio
veritatis (exceção da verdade).
Admitir a exceção da verdade em matéria de
privacidade seria causar uma nova violação
de direito.
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MARCO CIVIL DA INTERNET – LEI N.º
12.965/2014
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ALGUMAS QUESTÕES RELAVANTES SOBRE OS
DIREITOS DA PERSONALIDADE
TRANSEXUAL
REPRODUÇÃO MÉDICA
. ASSISTIDA HETERÓLOGA
WANNABES – APOTEMNÓFILOS
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CONSEQUÊNCIA DESTA NATUREZA?
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PROTEÇÃO DOS DIREITOS DO AUTOR e
REGISTRO? (artigo 18 da lei);
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DIREITOS MORAIS DO AUTOR
(personalíssimos): artigo 24 a 27 da lei 9610/98:
inalienáveis e irrenunciáveis.
Projeção da própria personalidade do autor.
Exemplos destes direitos: direito à paternidade da
obra – decorre da criação; direito de conservar a obra
inédita; direito à integridade da obra – artigo 621 do
CC; direito à modificação da obra; direito de
arrependimento –. retirá-la da exposição ao público;
direito de acesso a exemplar único e raro da obra;
O Pseudônimo como objeto de tutela
(artigo 19 do CC e artigos 12, 24, II, 40 e 43,
da lei de direitos autorais);
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DIREITOS PATRIMONIAIS DO AUTOR – LIMITADO
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CRITÉRIO DE MORTE
LEI DE TRANSPLANTES
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Situações Jurídicas relativas ao término da
personalidade
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1 - Artigo 43 do CPC/73 – atual artigo 110
do CPC/2015 (morte no curso do processo
e sucessão) – o morto não transmite
direitos da personalidade
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2 - Artigo 943 do CC/02 - transmissão do
direito à reparação do dano - lesão a direito da
personalidade de pessoa viva que falece sem
propor a ação, o espólio pode propor a ação
no seu nome. O espólio pode propor a ação se
ainda não ocorreu a prescrição. A morte do
titular não suspende nem interrompe o prazo
prescricional. O titular da indenização é o
morto. O direito.
da personalidade não se
transmitiu – apenas o direito à reparação.
3 - Artigo 12, §único, do CC – instituto dos
lesados indiretos – se caracterizam quando uma
pessoa sofre lesão a direito da personalidade
depois de sua morte. Ex.: alguém se utiliza da
imagem do morto. A violação atinge diretamente o
morto. Essa violação gera algum efeito para o
morto? Não, porque a personalidade dele
terminou e o direito da personalidade foi atingido
depois da morte. O uso atinge indiretamente os
familiares vivos.. Eles são os lesados indiretos.
O CC dispõe que são eles: os descendentes,
ascendentes, cônjuge, companheiro e colateral
até o 4o grau.
Polêmica
Se é direito próprio,
. nada se transmite!!
Superação do binômio LESÃO X SANÇÃO
Artigo 12 do CC: Tal dispositivo dispõe que a
tutela jurídica dos direitos da personalidade se
apresenta de forma binária/dualista: Prevenção
e/ou compensação.
A proteção preventiva se dá através do instituto
da tutela específica do art. 461 do CPC. Já a tutela
compensatória se dá através de indenização por
danos morais (art.
. 5o, V, X, e XII, da CF).
TESTAMENTO VITAL
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O “testamento vital” ou living Will e sua
validade (o direito de morrer dignamente)!! A
Resolução n.º 1995 de 09/08/2012 (respeito à
vontade manifestada pelo paciente – o
paciente pode definir os limites terapêuticos a
serem adotados em seu tratamento de saúde):
“diretiva antecipada da vontade”.
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As diretivas antecipadas se contrapõem à
distanásia
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§ 2º do artigo 1.857 – são válidas as disposições
testamentárias de caráter não patrimonial.
Duas manifestações: patrimonial e não patrimonial
(existencial)
O que é a função promocional do testamento? Tutela
das disposições testamentárias que concretizem
objetivos qualificados pelo testador
Testamento genético: Destinação de Material genético
para a reprodução. assistida post mortem
ARTICULO 60 CCA.- Directivas médicas anticipadas.
La persona plenamente capaz puede anticipar
directivas y conferir mandato respecto de su salud y
en previsión de su propia incapacidad. Puede también
designar a la persona o personas que han de expresar
el consentimiento para los actos médicos y para
ejercer su curatela. Las directivas que impliquen
desarrollar prácticas eutanásicas se tienen por no
escritas. Esta declaración de voluntad puede ser
libremente revocada
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en todo momento.
EFEITOS DO TÉRMINO DA PERSONALIDADE
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MORTE PRESUMIDA E AUSÊNCIA
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A ausência, a teoria da incapacidade e a
dignidade da pessoa humana (Recurso
Especial n.º 1.016.023): Preservação dos bens
em benefício do ausente;
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3ª fase (sucessão definitiva – caracterizada
por efeitos patrimoniais e não
patrimoniais).
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Os efeitos jurídicos do retorno do ausente
em cada uma das fases: Patrimoniais e
Extrapatrimoniais.