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INFORMAÇÕES GERAIS
Se aplica ao com idade maior ou igual 60 anos;
tarifa de onibus grátis acima de 65 anos;
se o idoso está doente a ordem de quem cuida é a seguinte: Curador; família; Médico
obrigação de alimentos é SOLIDÁRIA
cabe transação perante MP ou defensor público com eficácia título extrajudicial
Em todo atendimento de saúde, os maiores de 80 anos terão preferência especial sobre os
demais idosos, exceto em caso de emergência
A operadora do plano de saúde tem o dever de custear as despesas de acompanhante do
paciente idoso no caso de internação hospitalar. STJ. 3ª Turma. REsp 1.793.840-RJ, Rel.
Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 05/11/2019 (Info 660).
Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito de
optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável. Não estando o idoso
em condições de proceder à opção, esta será feita: I – pelo curador, quando o idoso for
interditado; II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser
contactado em tempo hábil; III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não
houver tempo hábil para consulta a curador ou familiar; IV – pelo próprio médico, quando
não houver curador ou familiar conhecido, caso em que deverá comunicar o fato ao
Ministério Público.
Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto de
notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária,
bem como serão obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes
órgãos: I – autoridade policial; II – Ministério Público; III – Conselho Municipal do Idoso; IV
– Conselho Estadual do Idoso; V – Conselho Nacional do Idoso.
A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será proporcionada mediante
descontos de pelo menos 50% nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos
e de lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos locais
LOAS só para idosos com mais do que 65 anos
Todas as entidades de longa permanência, ou casa-lar, são obrigadas a firmar contrato de
prestação de serviços com a pessoa idosa abrigada. No caso de entidades filantrópicas, ou
casa-lar, é facultada a cobrança de participação do idoso no custeio da entidade. Não
poderá exceder a 70% de qualquer benefício previdenciário ou assistencial recebido pelo
idoso (o conselho municipal do idoso ou de assistência social regulará)
A assistência integral na modalidade de entidade de longa permanência será prestada
quando verificada inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência de
recursos financeiros próprios ou da família
As instituições devem manter identificação externa visível, sob pena de interdição
Reserva de unidades em programas habitacionais: pelo menos 3%
Reserva vagas de estacionamento: 5%
Intervenção do MP é obrigatória nas ações que tratem dos direitos da lei, sob pena
de nulidade, a ser reconhecida de oficio pelo juiz ou mediante requerimento de
qualquer interessado. Intimação do MP deve ser sempre pessoal
Ações para defesa dos direitos do idoso devem ser propostas no foro do seu domicilio, que
terá competência ABSOLUTA. São as ações envolvendo (sem exclusão de outras): I –
acesso às ações e serviços de saúde; II – atendimento especializado ao idoso portador de
deficiência ou com limitação incapacitante; III – atendimento especializado ao idoso
portador de doença infecto-contagiosa; IV – serviço de assistência social visando ao
amparo do idoso.
Legitimidade para as ações coletivas, concorrentemente: I – o Ministério Público; II – a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; III – a Ordem dos Advogados do
Brasil; IV – as associações legalmente constituídas há pelo menos 1 ano e que incluam
entre os fins institucionais a defesa dos interesses e direitos da pessoa idosa, dispensada a
autorização da assembléia, se houver prévia autorização estatutária.
Em caso de desistência ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério
Público ou outro legitimado deverá assumir a titularidade ativa (estatuto da pessoa com
deficiência e ECA falam em PODERÁ)
As multas não recolhidas até 30 dias após o trânsito em julgado da decisão serão exigidas
por meio de execução promovida pelo Ministério Público, nos mesmos autos
O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano irreparável à parte
Decorridos 60 dias do trânsito em julgado da sentença condenatória favorável ao idoso
sem que o autor lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada,
igual iniciativa aos demais legitimados, como assistentes ou assumindo o polo ativo, em
caso de inércia desse órgão.
Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá adiantamento de custas, emolumentos,
honorários periciais e quaisquer outras despesas. Não se imporá sucumbência ao
Ministério Público
O Ministério Público poderá instaurar sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de
qualquer pessoa, organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou
perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 dias
Pena máxima superior a 2 anos e inferior a 4 anos: aplica-se lei 9.099/95 (JUIZADOS
quanto ao procedimento - célere, favorável ao idoso, mas será julgado pelo juízo comum,
sem os institutos despenalizadores que seriam favoráveis ao réu)
Pena inferior ou igual a 2 anos: aplica-se lei 9.099/95 quanto ao procedimento e a
transação penal.
- crimes previstos:
ENTIDADES DE ATENDIMENTO
- Infrações administrativas:
- Deixar a entidade de atendimento de cumprir os requisitos da lei (se o fato não for
crime). Cabe interdição até irregularidades serem sanadas, com transferência dos idosos para
outra entidade, custeada pela interditada)
- Deixar o profissional de saúde ou o responsável por estabelecimento de saúde ou
instituição de longa permanência de comunicar à autoridade competente os casos de crimes
contra idoso de que tiver conhecimento
- Deixar de cumprir as determinações desta Lei sobre a prioridade no atendimento ao
idoso
VAGAS RESERVADAS
I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos direitos e interesses
difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais homogêneos do idoso;
II – promover e acompanhar as ações de alimentos, de interdição total ou parcial, de
designação de curador especial, em circunstâncias que justifiquem a medida e oficiar em
todos os feitos em que se discutam os direitos de idosos em condições de risco;
III – atuar como substituto processual do idoso em situação de risco, conforme o
disposto no art. 43 desta Lei;
IV – promover a revogação de instrumento procuratório do idoso, nas hipóteses previstas
no art. 43 desta Lei, quando necessário ou o interesse público justificar;
V – instaurar procedimento administrativo e, para instruí-lo:
a) expedir notificações, colher depoimentos ou esclarecimentos e, em caso de não
comparecimento injustificado da pessoa notificada, requisitar condução coercitiva, inclusive
pela Polícia Civil ou Militar;
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades municipais,
estaduais e federais, da administração direta e indireta, bem como promover inspeções e
diligências investigatórias;
c) requisitar informações e documentos particulares de instituições privadas;
VI – instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e a instauração de
inquérito policial, para a apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção ao idoso;
VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados ao idoso,
promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;
VIII – inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento e os programas de
que trata esta Lei, adotando de pronto as medidas administrativas ou judiciais necessárias à
remoção de irregularidades porventura verificadas;
IX – requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços de saúde, educacionais
e de assistência social, públicos, para o desempenho de suas atribuições;
X – referendar transações envolvendo interesses e direitos dos idosos previstos nesta Lei.
Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 43, o Ministério Público ou o Poder
Judiciário, a requerimento daquele, poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
JURISPRUDÊNCIA
DEFICIENTES
- Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas. A avaliação será Biopsicossocial.
CONSENTIMENTO
- O consentimento prévio, livre e esclarecido da pessoa com deficiência é
INDISPENSÁVEL para a realização de tratamento, procedimento, hospitalização e pesquisa
científica.
- Em caso de pessoa com deficiência em situação de curatela, deve ser assegurada
sua participação, no maior grau possível, para a obtenção de consentimento.
- A pesquisa científica envolvendo pessoa com deficiência em situação de tutela ou de
curatela deve ser realizada, em caráter excepcional, apenas quando houver indícios de
benefício direto para sua saúde ou para a saúde de outras pessoas com deficiência e desde
que não haja outra opção de pesquisa de eficácia comparável com participantes não tutelados
ou curatelados.
- A pessoa com deficiência somente será atendida sem seu consentimento prévio, livre
e esclarecido em casos de risco de morte e de emergência em saúde, resguardado seu
superior interesse e adotadas as salvaguardas legais cabíveis.
ASSENTOS RESERVADOS:
CRIMES DO ESTATUTO
PASSEIO PÚBLICO
Instalados nas vias públicas deverão estar equipados com mecanismo que emita sinal
sonoro suave, intermitente e sem estridência, ou com mecanismo alternativo, que sirva de guia
ou orientação para a travessia de pessoas portadoras de deficiência visual, se a intensidade do
fluxo de veículos e a periculosidade da via assim determinarem.
Os semáforos instalados em vias públicas de grande circulação, ou que deem acesso
aos serviços de reabilitação, devem obrigatoriamente estar equipados com mecanismo que
emita sinal sonoro suave para orientação do pedestre.
AUXÍLIO-INCLUSÃO
REQUISITOS
Ter deficiência moderada ou grave
+
Receber o BPC e passar a exercer atividade remunerada que a enquadre como segurado
obrigatório do RGPS
ou
Ter recebido, nos últimos 5 anos o BPC e exercer atividade remunerada que a enquadre como
segurado obrigatório do RGPS.
Príncipios = "RED"
Instrumentos = FAFFA
CONCEITOS
Atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem
remuneração, assiste ou presta cuidados básicos e essenciais à pessoa com
deficiência no exercício de suas atividades diárias, excluídas as técnicas ou os
procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas;
Profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividades de alimentação, higiene
e locomoção do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares
nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em
instituições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos
identificados com profissões legalmente estabelecidas;
Acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo ou não
desempenhar as funções de atendente pessoal.
Residências inclusivas: unidades de oferta do Suas localizadas em áreas
residenciais da comunidade, com estruturas adequadas, que possam contar com apoio
psicossocial para o atendimento das necessidades da pessoa acolhida, destinadas a
jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência, que não dispõem de
condições de autossustentabilidade e com vínculos familiares fragilizados ou rompidos.
Moradia para a vida independente da pessoa com deficiência: moradia com
estruturas adequadas capazes de proporcionar serviços de apoio coletivos e
individualizados que respeitem e ampliem o grau de autonomia de jovens e adultos
com deficiência
barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados
abertos ao público ou de uso coletivo; X barreiras arquitetônicas: as existentes nos
edifícios públicos e privados.
pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo, dificuldade
de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade,
da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, gestante,
lactante, pessoa com criança de colo e obeso.
Acessibilidade: é direito que garante à pessoa com deficiência ou com mobilidade
reduzida viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de
participação social.
*Se uma pessoa com deficiência for adquirir um automóvel, ela não precisará pagar o IPI
sobre o veículo comprado. Isso fará com que o preço por ela pago seja menor. Essa
isenção está prevista no art. 1º da Lei 8.989/95. Vale ressaltar, no entanto, que, pelo art. 2º
da Lei, essa isenção somente poderá ser utilizada uma vez a cada 2 anos. A isenção de
IPI para aquisição de automóvel por pessoa com necessidades especiais (art. 1º, IV, da
Lei 8.989/1995) poderá ser novamente concedida antes do término do prazo de 2 anos
contado da aquisição (art. 2º) se o veículo vier a ser roubado durante esse período. O art.
2º da Lei n.° 8.989/95 deve ser interpretado de maneira a satisfazer o caráter humanitário
da política fiscal, primando pela inclusão das pessoas com necessidades especiais e não
restringindo seu acesso.
AVALIAÇÃO DA DEFICIÊNCIA
Quando necessária, será biopsicossocial
Realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar
Considerará: os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; os fatores
socioambientais, psicológicos e pessoais; a limitação no desempenho de atividades e
a restrição de participação
O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação da deficiência.
A educação do aluno com deficiência deverá iniciar-se na educação infantil, a partir de zero
ano.
Art. 30. Nos processos seletivos para ingresso e permanência nos cursos oferecidos pelas
instituições de ensino superior e de educação profissional e tecnológica, públicas e privadas,
devem ser adotadas as seguintes medidas:
IV - Disponibilização de recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva adequados,
previamente solicitados (...)
V - Dilação de tempo (...) mediante prévia solicitação e comprovação da necessidade;
Art. 95. É vedado exigir o comparecimento de pessoa com deficiência perante os órgãos
públicos quando seu deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de condições de
acessibilidade, imponha-lhe ônus desproporcional e indevido (...)
II - Quando for de interesse da pessoa com deficiência, ela apresentará solicitação de
atendimento domiciliar ou fará representar-se por procurador constituído para essa finalidade.
DEFICIÊNCIA FÍSICA
INERPRETES E TRADUTORES
Na Educação Básica: ensino médio completo + certificado de proficiência na Libras.
Na graduação e pós-graduação: nível superior + habilitação, PRIORITARIAMENTE,
em Tradução e Interpretação em Libras
CURATELA
LEI 10.048/00
O que dispõe essa lei? Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras
providências.
Sobre o que mais versa essa lei?
1. Que os logradouros e sanitários públicos, bem como os edifícios de uso público, terão
normas de construção destinadas a facilitar o acesso e o uso desses locais.
2. Veículos que existiam antes da lei terão 180 dias para se adaptar.
3. Veículos produzidos após 12 meses dessa lei já serão planejados para facilitar o acesso
das pessoas P.C.D
4. Quem não cumprir: multa de 500 a 2500 por veículo, dobrando o valor em caso de
reincidência
VULNERABILIDADE
Em regra, a pessoa com deficiência não é considerada vulnerável, salvo nos casos:
1. Situações de risco
2. Situação de emergência
3. Estado de calamidade
4. Especialmente vulnerável (Art. 5º, parágrafo único)
5. Criança com deficiência
6. Adolescente com deficiência
7. Mulher com deficiência
8. Idoso com deficiência
TECNOLOGIA ASSISTIVA
ACESSIBILIDADE
URBANÍSTICO
ESTATUTO DA CIDADE
- Política urbana:
- Diretrizes gerais:
Dispõe o art. 52, inc. VII, do Estatuto da Cidade, que incorrerá em improbidade
administrativa o prefeito que não adotar as providências para garantir a revisão do plano
diretor, a cada dez anos, bem como não providenciar na elaboração e aprovação do
plano diretor até 09/10/2006, no caso de municípios que ainda não o possuam e
tenham obrigação de aprová-lo neste prazo (municípios com mais de 20.000 habitantes,
ou que integrem regiões metropolitanas e aglomerações urbanas).
- O plano diretor deve ser revisto pelo menos a cada 10 anos e é obrigatório para
as cidades:
OBS
DIREITO DE PREEMPÇÃO
- O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser
exercido acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a
ser prestada pelo beneficiário
- lei municipal específica estabelecerá as condições a serem observadas, com forma
de cálculo, casos de isenção e contrapartida do beneficiário
CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO
- Projeto do loteamento:
- Projeto de desmembramento:
- Deve ser feita pela Prefeitura. O projeto aprovado deve ser executado no prazo do
cronograma, sob pena de CADUCIDADE da aprovação
- É vedada a aprovação de projeto de loteamento e desmembramento em áreas de
risco definidas como não edificáveis, no plano diretor ou em legislação dele derivada
- M inseridos no cadastro nacional de áreas de risco para deslizamentos de grande
impacto, inundações bruscas etc, a aprovação fica vinculada ao cumprimento dos
requisitos da carta geotécnica de aptidão à urbanização
- Os E devem disciplinar por Decreto a aprovação pelos M nos casos de áreas de
interesse especial (mananciais, proteção cultural, histórica, etc, assim definidas por lei
estadual ou federal); áreas limítrofes de M ou de mais de um M, regiões metropolitanas ou
aglomerações urbanas; e loteamento de mais de 1.000.000 m². Obs: se for região
metropolitana, quem analisará e aprovará será a autoridade metropolitana.
- A lei municipal definirá os prazos para que um projeto de parcelamento apresentado
seja aprovado ou rejeitado e para que as obras executadas sejam aceitas ou recusadas.
- Transcorridos os prazos sem a manifestação do Poder Público, o projeto será
considerado rejeitado ou as obras recusadas, assegurada a indenização por eventuais
danos derivados da omissão.
- Nos Municípios cuja legislação for omissa, os prazos serão de 90 dias para a
aprovação ou rejeição do projeto e de 60 dias para a aceitação ou recusa fundamentada
das obras de urbanização.
- Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios
públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo,
não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do loteamento,
salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência do loteador
- Aprovado o projeto, deve ser REGISTRADO no CRI em 180 dias, sob pena de
caducidade da aprovação, acompanhados de certidões negativas tributárias, cíveis e
criminais dos últimos 10 anos (histórico dos títulos de propriedade deve ser de 20 anos),
declaração de consentimento do cônjuge e exemplar do contrato padrão de promessa de
compra e venda. Obs: a declaração do cônjuge NÃO dispensa a anuência para os atos de
alienação dos lotes posteriormente
- É válida a estipulação, na escritura de compra e venda, espelhada no contrato-padrão
depositado no registro imobiliário, de cláusula que preveja a cobrança, pela administradora
do loteamento, das despesas realizadas com obras e serviços de manutenção e/ou
infraestrutura, porque dela foram devidamente cientificados os compradores, que a ela
anuíram inequivocamente. STJ. 3ª Turma. REsp 1.569.609-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi,
julgado em 07/05/2019 (Info 648).
- A existência de protestos, de ações pessoais ou de ações penais, exceto as
referentes a crime contra o patrimônio e contra a administração, NÃO IMPEDIRÁ o
registro do loteamento se o requerente comprovar que esses protestos ou ações não
poderão prejudicar os adquirentes dos lotes. Se o Oficial do Registro de Imóveis julgar
insuficiente a comprovação feita, suscitará a dúvida perante o juiz competente. A regra das
ações e protestos é impedimento relativo com presunção juris tantum, cabendo prova da
ausência de prejuízo. No caso das ações penais contra o patrimônio e adm, porém, o
impedimento é absoluto, jure et de jure, e nem cabe a suscitação de dúvida pq a proibição
decorre de norma cogente.
- O pedido de registro será publicado em edital em 3 dias consecutivos, podendo ser
impugnado em 15 dias. Se não for impugnado, será feito imediatamente. Se for
impugnado, partes de manifestam em 5 dias e o feito é enviado ao juiz para decisão.
Ouvido o MP em 5 dias, o juiz decidirá.
- Quando a área loteada estiver situada em mais de uma circunscrição imobiliária, o
registro será requerido primeiramente perante aquela em que estiver localizada a maior
parte da área loteada.
- NENHUM LOTE PODERÁ SITUAR-SE EM MAIS DE UMA CIRCUNSCRIÇÃO.
- É defeso ao interessado processar simultaneamente, perante diferentes
circunscrições, pedidos de registro do mesmo loteamento, sendo nulos os atos praticados
com infração a esta norma.
- O indeferimento do registro do loteamento em uma circunscrição não determinará o
cancelamento do registro procedido em outra, se o motivo do indeferimento naquela não se
estender à área situada sob a competência desta, e desde que o interessado requeira a
manutenção do registro obtido.
- Desde a data de registro do loteamento, passam a integrar o domínio do Município as
vias e praças, os espaços livres e as áreas destinadas a edifícios públicos e outros
equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo.
- Somente será efetuado registro do contrato de nova venda se for comprovado o início
da restituição do valor pago pelo vendedor ao titular do registro cancelado na forma e
condições pactuadas no distrato, dispensada essa comprovação nos casos em que o
adquirente não for localizado ou não tiver se manifestado (não se aplica aos contratos com
alienação fiduciária)
- Se ocorrer o cancelamento do registro por inadimplemento, e tiver sido realizado o
pagamento de mais de 1/3 do preço ajustado, o oficial do registro de imóveis mencionará
esse fato e a quantia paga no ato do cancelamento, e somente será efetuado novo registro
relativo ao mesmo lote, mediante apresentação do distrato assinado pelas partes e a
comprovação do pagamento da parcela única ou da primeira parcela do montante a ser
restituído ao adquirente. Tal providência poderá ser dispensada se as partes
convencionarem de modo diverso e de forma expressa no documento de distrato por elas
assinado (Lei 13.786/18)
- Em qualquer caso de rescisão por inadimplemento do adquirente, as benfeitorias
necessárias ou úteis por ele levadas a efeito no imóvel deverão ser indenizadas, sendo
de nenhum efeito qualquer disposição contratual em contrário.
- Não serão indenizadas as benfeitorias feitas em desconformidade com o contrato ou
com a lei. (Lei 13.786/18)
- No prazo de 60 dias, contado da constituição em mora, fica o loteador obrigado a
alienar o imóvel mediante leilão judicial ou extrajudicial, nos termos da Lei nº 9.514, de 20
de novembro de 1997. (Lei 13.786/18)
- É VEDADO vender ou prometer vender parcela de loteamento ou desmembramento
não registrado.
- Verificado que o loteamento não foi registrado, o adquirente deve suspender os
pagamentos e notificar o loteador para regularização. Os valores devidos devem ser
depositados junto ao CRI. A Prefeitura e o MP também podem notificar o loteador.
Regularizado, o loteador precisará formular pedido judicial de autorização para
levantamento dos depósitos, sendo obrigatória participação da Prefeitura e oitiva do MP.
Se não for regularizado ou se a regularização for feita pela Prefeitura, o loteador não pode
levantar os valores. Se a Prefeitura regularizar, ela poderá levantar. A regularização pela
Prefeitura não é obrigatória em qualquer caso.
- Existe o poder-dever do Município de regularizar loteamentos clandestinos ou
irregulares. Esse poder-dever, contudo, fica restrito à realização das obras essenciais a
serem implantadas em conformidade com a legislação urbanística local (art. 40, caput e §
5º, da Lei nº 6.799/79). Após fazer a regularização, o Município tem também o poder-dever
de cobrar dos responsáveis (ex: loteador) os custos que teve para realizar a sua atuação
saneadora. STJ. 1ª Seção. REsp 1164893-SE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em
23/11/2016 (Info 651).
- Será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por
inadimplemento do adquirente, quando o loteamento não estiver regularmente
inscrito.
- loteamento clandestino x loteamento irregular: Loteamento clandestino é aquele que
não foi aprovado pela administração pública municipal. Loteamento irregular: é aquele que
foi aprovado pela administração pública municipal, mas que: • não foi inscrito ou • não foi
executado em conformidade com o plano e as plantas aprovadas.
- O loteador, ainda que já tenha vendido todos os lotes, ou os vizinhos, são partes
legítimas para promover ação destinada a impedir construção em desacordo com
restrições legais ou contratuais.
- Disposições penais:
- Também é crime registrar loteamento ou desmembramento não aprovado pelos
órgãos competentes, registrar o compromisso de compra e venda, a cessão ou promessa
de cessão de direitos, ou efetuar registro de contrato de venda de loteamento ou
desmembramento não registrado.
- O credor hipotecário tem interesse de agir para propor ação em face do
mutuário visando ao cumprimento de cláusula contratual que determina a
observância dos padrões construtivos do loteamento. STJ. 1ª Turma. REsp 1.400.607-
RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 17/05/2018 (Info 628).
- Compete à Corregedoria do Tribunal de Justiça ou ao Conselho Superior da
Magistratura (e não a órgão jurisdicional de segunda instância do Tribunal de Justiça) julgar
recurso intentado contra decisão de juízo que julga impugnação ao registro de loteamento
urbano. Quem define se é a Corregedoria ou o Conselho Superior é o Regimento Interno
do TJ ou a Lei de Organização Judiciária do Estado. Esse recurso é um recurso
administrativo (não se trata de apelação). STJ. 4ª Turma. REsp 1370524-DF, Rel. Min.
Marco Buzzi, julgado em 28/4/2015 (Info 572).
- OBJETIVOS do SUS:
- Princípios:
- universalidade de acesso
- integralidade de assistência
- preservação da autonomia das pessoas
- igualdade de assistência, sem preconceitos e privilégios
- direito à informação
- divulgação de informações
- utilização da epidemiologia para estabelecer prioridades e alocar recursos
- participação da comunidade
- descentralização politico-adm
- integração das ações em nível executivo
- conjugação de recursos
- capacidade de resolução dos serviços
- organização para evitar duplicidade de serviços
- atendimento público específico e especializado para mulheres vítimas de violência
doméstica, com atendimento psicológico e cirurgias reparadoras.
- Organização
- Serviços privados
- Fontes de recursos
- Jurisprudência
- É possível submeter ao rito dos Juizados Especiais Federais as causas que envolvem
fornecimento de medicamentos/tratamento médico, cujo valor seja de até 60 salários mínimos,
ajuizadas pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública em favor de pessoa determinada.
- É cabível a atribuição de efeitos erga omnes à decisão de procedência proferida
em ação civil pública relativa ao fornecimento de medicamentos, incumbindo a cada
titular do direito o ônus de comprovar o seu enquadramento na hipótese prevista pela
sentença.
- É possível o reconhecimento do direito de sucessores ao recebimento de multa diária
imposta em demandas cujo objetivo é a efetivação do direito à saúde, pois referido valor não se
reveste da mesma natureza personalíssima que possui a pretensão principal, tratando-se de
crédito patrimonial, portanto, transmissível aos herdeiros.