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ESTATUTO DO IDOSO

TÍTULO V – Do acesso à justiça.


Capítulo III – Da proteção judicial dos interesses difusos, coletivos e individuais
indisponíveis ou homogêneos.
Título VI – Dos crimes.

INTRODUÇÃO
Iniciando pela Constituição Federal, no art. 1º através de um dos fundamentos
basilares: A dignidade da pessoa humana surge-se a base do Estatuto do
Idoso ligado aos direitos humanos.
O Estatuto do idoso nome dado a Lei 10.741/2003 de 01 de Outubro de 2003,
um instrumento importante de garantia, cidadania e proteção buscando
amparar os idosos, regulando e garantindo seus direitos.
O Estatuto abarca pessoas com idade igual à 60 anos ou superior a 65 anos,
grupo de pessoas vulneráveis merecedoras de uma atenção especial do
estado brasileiro. Traz em seu início vários direitos que o idoso possui na vida,
tais como:
o Liberdade;
o Respeito;
o Dignidade;
o Saúde;
o Alimentos;
o Educação;
o Cultura;
o Esporte;
o Lazer;
o Profissionalização;
o Trabalho;
o Habitação;
o Transporte;
o Previdência (nas hipóteses de Assistência Social);
o Medidas de Proteção aos idosos que estiverem sofrendo violações dos
direitos; fiscalização de entidades ou instituições (ILPI) que abrigam e
cuidam desse público.
o Acesso à justiça: Da proteção judicial dos interesses difusos, coletivos e
individuais indisponíveis ou homogêneos e dos crimes.
Capítulo III – Da proteção judicial dos interesses difusos, coletivos e
individuais indisponíveis ou homogêneos. (art.78 a 92)
Direitos difusos: Abrange os direitos de todos; toda a coletividade, ampla,
indeterminada e indeterminável – direitos transindividuais de natureza
indivisível.
Direitos coletivos em sentido estrito: Abrange os direitos de um determinado
grupo, classe ou categoria – direitos transindividuais de natureza indivisível.
Direitos individuais e homogêneos: Abrange os direitos de indivíduos unidos
por uma origem comum – direitos de natureza individual, mas considerados
acidentalmente coletivos.
Trata-se das partes processuais trazendo um rol de ações interpostas e
ajuizadas dos possíveis direitos violados (art.79):
o Acesso às ações e serviços de saúde;
o Atendimento especializado ao idoso portador de deficiência ou com
limitação incapacitante;
o Atendimento especializado ao idoso portador de doença
infectocontagiosa;
o Serviço de assistência social visando ao amparo do idoso.

O foro competente é o do domicílio do idoso, com competência absoluta para


processar a causa.

Associações com legitimidades concorrentes das ações na defesa dos


direitos dos idosos (Art. 81):

o O Ministério Público; a União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios; a Ordem dos Advogados do Brasil; as associações
legalmente constituídas há pelo menos 1 (um) ano e que incluam entre
os fins institucionais a defesa dos interesses e direitos da pessoa idosa,
dispensada a autorização da assembleia, se houver prévia autorização
estatutária.
Das penalidades e multas:

o Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de
liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento
previsto na Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, e,
subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do
Código de Processo Penal. Aplicando aumento e agravamento da pena
e cada crime.

As penas variam de 6 meses a 4 anos de reclusão ou detenção, as multas


serão revertidas ao Fundo do Idoso ou ao Fundo Municipal de Assistência
Social. Os Tribunais de Contas fiscalizarão anualmente a aplicação dos
recursos das multas destinados aos fundos.

Título VI – Dos crimes.

Art. 95 – Todos os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública
incondicionada, não se lhes aplicando os art. 181 e 182 do Código Penal.

o Ação penal – Para todos os crimes que estão previstos dentro do


Estatuto do Idoso são ação penal pública incondicionada representação.
O idoso não precisa dizer que quer representar contra o autor do fato, se
o legitimado verificar se o idoso ou idosa está sofrendo e sendo vítima
de qualquer um dos crimes previstos e elencados no Estatuto do Idoso
será instaurado o inquérito policial, iniciando a denúncia pelo Ministério
Público através de mandado de segurança. Exceto, as escusas
absolutórias onde o autor não será responsabilizado criminalmente e
relativas onde o autor poderá ser responsabilizado, mas aumentam as
chances da extinção da punibilidade.

Existem várias formas de violência e crimes em desfavor à pessoa idosa (art.


94 á 118):
o Por meio de ação – lesão corporal, por meio de ofensas e discriminação;
o Falta de assistência necessária ao idoso por parte do seu curador ou
responsável;
o Agressão psicológica, dependência emocional do idoso para satisfazer
sua necessidade de atenção e carinho.
o Violência por dissimulação, onde o agente tenta fazer com que o idoso
se sinta humilhado e inferiorizado, culpada e totalmente e dependente;
o Abuso financeiro que consiste em valer-se de modo ilegal de seus
recursos financeiros e proventos sem o consentimento do idoso,
prejudicando o bem estar da vítima, ex.: empréstimos consignados;
o Reter o cartão magnético de conta bancária do idoso;
o Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações
depreciativas ou injuriosas à pessoa idosa;
o Negar acolhimento ou permanência do idoso, como abrigado, por recusa
deste em outorgar procuração;
o Alienação de bens sem autorização do idoso
o Apropriar-se ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer
rendimento do idoso aproveitando que a maioria das vítimas possuem
baixa instrução;
o Negligenciar o idoso na privação de alimentos, amparo, higiene,
abandono e falta de assistência á saúde;
o Deixar de prestar socorro ao idoso quando possível fazê-lo sem risco em
situação eminente de morte;
o Dificultar o acesso do idoso a operações bancárias, exceto nos casos de
superendividamento não constituindo crime;
o Coagir de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar
procuração.

Possíveis perguntas:
Qual o fundamento basilar na criação do Estatuto do idoso?
Na assertiva assinale os direitos dos idosos, exceto:
a) ( ) Dignidade, respeito as ações que repelem as investigações no âmbito
judicial.
b) ( ) Acesso a saúde, liberdade.
c) ( ) Acesso à justiça, alimentos, educação, cultura, trabalho.

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