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LEI N. 8.

069-1990
Art. 124 e Súmulas do STJ e STF
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ART 124 E SÚMULAS DO STJ E STF

D. Liberdade assistida: Art.118 e 119: O adolescente receberá um ORIENTADOR, o ado-


lescente permanecerá com a família, não há privação da liberdade.
Prazo: min. 06 meses

E. Inserção em regime de semiliberdade: Art.120: Trata-se de medida restritiva da liber-


dade. É privação no noturno e liberação no diurno. Trata-se de privação relativa.
Prazo: indeterminado, limitado a no máximo 03 anos.
Requisitos: materialidade e autoria. Essa medida não poderá ser aplicada com a remis-
são. Essa medida pode ser aplicada de início ou como forma de transição para o regime
meio aberto.

F. Internação: Arts.121 e 122 – Atenção para a Súmula n. 492 do STJ. Trata-se de medida
privativa da liberdade. Em regra, aplicada para atos infracionais praticados com violência ou
grave ameaça à pessoa. Princípios: brevidade, excepcionalidade e respeito à condição pecu-
liar de pessoa em desenvolvimento.
Prazo: não comporta prazo determinado, mas não excederá 03 anos. Súmula n. 342 STJ
(é vedada a sua aplicação com fundamento exclusivamente na confissão do adolescente.
Também poderá ser aplicada por reiteração no cometimento de infrações graves).

ROL DOS DIREITOS DO ADOLESCENTE QUE ESTAVA CUMPRINDO SUA


INTERNAÇÃO/SEMILIBERDADE

Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes:


I – entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério Público;
II – peticionar diretamente a qualquer autoridade;
Esse inciso cai bastante em prova.

O adolescente pode peticionar, inclusive, reclamando do estabelecimento educacional em


que está cumprindo a medida socioeducativa, para qualquer autoridade.
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III – avistar-se reservadamente com seu defensor;

O advogado particular ou o defensor público tem direito reservadamente de conversar


com o menor.

IV – ser informado de sua situação processual, sempre que solicitada;


V – ser tratado com respeito e dignidade;
VI – permanecer internado na mesma localidade ou naquela mais próxima ao domicílio de
seus pais ou responsável;

Competência: em regra geral, a medida socio-educativa poderá er cumprida no domicílio


de seus pais ou responsável, mesmo que tenha praticado o delito em outro local, devido ao
direito da convivência familiar.

VII – receber visitas, ao menos, semanalmente;

Não é visita íntima.

VIII – corresponder-se com seus familiares e amigos;


IX – ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal;
X – habitar alojamento em condições adequadas de higiene e salubridade;
XI – receber escolarização e profissionalização;

Ressocialização do adolescente.

XII – realizar atividades culturais, esportivas e de lazer;

Do art. 7º ao art. 69 do ECA, há os direitos fundamentais de uma criança e adolescente,


que é o direito à vida, educação, lazer, esporte, cultura, convivência familiar.

XIII – ter acesso aos meios de comunicação social;


XIV – receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje;
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O estado está obrigado a dar assistência religiosa? Sim, segundo a sua crença e desde
que assim o deseje.

XV – manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-los,
recebendo comprovante daqueles porventura depositados em poder da entidade;

Se o local em que estiver cumprindo a medida socioeducativa vai guardar o pertence, ela
deve dar o comprovante (na prática isso é complicado).

XVI – receber, quando de sua desinternação, os documentos pessoais indispensáveis à


vida em sociedade.

§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.


Esse parágrafo cai muito em prova.

A incomunicabilidade é proibida.

§ 2º A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita, inclusive de pais


ou responsável, se existirem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade aos interesses
do adolescente.

O juiz pode deixar suspenso as visitas familiares temporariamente.

O PULO DO GATO
Essas medidas socioeducativas são tão importantes que já teve banca que, em apenas uma
questão, cobrou do candidato todas as medidas socioeducativas e pediu para simplesmente
10m enumerar a primeira com a segunda coluna.

Dessas medidas socioeducativas, a única que tem prazo mínimo é a Liberdade Assistida
(LA), chamada de medida padrão.
Na Liberdade Assistida, o juiz irá denominar um orientador para o adolescente. Esse orien-
tador vai justamente acompanhar esse adolescente.
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Liberdade assistida: prazo mínimo de 6 meses.


Prestação de serviços à comunidade: prazo máximo de 6 meses.
Advertência: não há prazo.
Internação é a mais gravosa: não comporta prazo determinado, mas não pode extrapolar
o prazo máximo de 3 anos.
Inserção em regime de semiliberdade: também não comporta prazo determinado, mas
não pode extrapolar o prazo máximo de 3 anos.
Obrigação de reparar o dano: não há prazo.

Das medidas socioeducativas que tem prazo mínimo, a única é a liberdade assistida (prazo
mínimo de 6 meses) e ela pode ser revogada, prorrogada ou substituída por outra medida. É
considerada medida padrão.
A doutrina entende que a liberdade assistida, se ela tem prazo mínimo de 6 meses, também
não poderá extrapolar o prazo máximo de 3 anos, porque a internação – que é a mais grave
– não extrapola esse prazo.

SÚMULAS IMPORTANTES PARA O ESTUDO DO ECA

Súmula n. 74 STJ: para efeitos penais o reconhecimento da menoridade do réu requer


prova por documento hábil.
O juiz precisa de documento do adolescente para que ela tenha certeza de que se trata
de um adolescente.
Quando o adolescente pratica um ato infracional e é apreendido em flagrante de ato infra-
cional e conduzido à delegacia especializada, entregue para a autoridade policial competente,
se a autoridade tiver dúvidas sobre a identificação do adolescente autor do ato infracional,
15m
poderá fazer a identificação criminal do adolescente.

Súmula n. 108 STJ: a aplicação de medida socioeducativa ao adolescente pela prática de


ato infracional é da competência exclusiva do juiz.
É o juiz competente para aplicar o "PAI LIO".

Súmula n. 265 STJ: É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regres-
são da medida socioeducativa.
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Adolescente que descumpre medida socioeducativa poderá ser internado por até 3 meses
(internação sanção). Mas para o juiz aplicar esse tipo de internação, ele tem que escutar o
adolescente.

Súmula n. 338 STJ: a prescrição penal é aplicada nas medidas socioeducativas.


A internação, que é a medida mais gravosa, prescreve em 4 anos. O ECA não dispõe
sobre prescrição, mas o STJ tirou essa prescrição do art. 109 do Código Penal. O próprio
Código Penal dispõe que se for menor de 21 anos de idade, a prescrição ocorre pela metade.
Por isso o prazo de 4 anos para a internação prescrever.

Súmula n. 342 STJ: no procedimento de medida socioeducativa é nula a desistência de


outras provas em face da confissão do adolescente.
Não basta a confissão do adolescente, são necessárias outras provas.

Súmula Vinculante n. 11 (Uso de algemas): só é licito o uso de algemas em caso de


resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por
parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito sob pena de respon-
sabilidade disciplinar, civil, e penal do agente.
O ECA não dispõe nenhum artigo sobre o uso de algemas. A doutrina entende que o ado-
lescente poderá ser algemado, desde que respeite a Súmula Vinculante n. 11.
20m

Súmula n. 705 STF: a Renúncia do réu ao Direito de Apelação, manifestada sem a assis-
tência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.

Súmula n. 718 STF: a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não
constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido
segundo a pena aplicada.

Crime: ato infracional.


A opinião do juiz no tocante ao ato infracional não constitui motivo suficiente para colocar
o adolescente, por exemplo, em uma medida socioeducativa mais grave.
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Súmula n. 492 STJ: O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente.
Porque não há nem violência, nem grave ameaça contra a pessoa.

Súmula n. 149 STF: É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é


a de petição de herança.
A ação de petição de herança prescreve, mas o direito da criança e do adolescente de
saber quem é o seu pai, é imprescritível.

Súmula n. 605 STJ: A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de


ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liber-
dade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos. (2018)
(memorizar essa Súmula)
Pelo fato de ter atingido 21 anos, não impede a aplicação de medida socioeducativa.

Súmula n. 500 STJ: A corrupção de menores, prevista no art. 244-b do ECA, é delito formal.
(memorizar essa Súmula, é o que mais cai em prova)
Crime de corrupção de menor.
Há previsão no ECA e no Código Penal, mas um não tem relação com o outro.
O crime de corrupção de menor no ECA acontece quando o maior corrompe o menor de
18 anos. Ex: O maior pratica ou induz o adolescente a praticar o ato infracional. Neste caso, o
maior responderá, por exemplo, pelo delito de roubo, mais o de corrupção de menores.

Delito formal? Não interessa se o menor já foi corrompido.


Corrupção de menor no Código Penal é delito material. No ECA é delito formal.

25m

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Adriane Sousa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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