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ALEXANDRE DA SILVA VIANA | 61998059242 | alexviana963222@gmail.com | CPF: 714.539.

703-04

MEGA REVISÃO TJMA 2022

Direito da Criança e do Adolescente

Prof. Bruno Nayro de Andrade Miranda


@bruno_nayro
CPF: 714.539.703-04
Juiz de Direito TJMA
SÚMULAS DO STJ
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SÚMULA N° 108: A aplicação de medidas socioeducativas ao adolescente, pela prática de ato


infracional, é da competência exclusiva do juiz.

SÚMULA N° 265: É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da


medida socioeducativa.

SÚMULA N° 338: A prescrição penal é aplicável nas medidas socioeducativas.

SÚMULA N° 342: No procedimento para aplicação de medida socioeducativa, é nula a desistência


de outras provas em face da confissão do adolescente.
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SÚMULA N° 383: A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse de menor é,
em princípio, do foro do domicílio do detentor de sua guarda.
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SÚMULA N° 492: O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente.

SÚMULA N° 500: A configuração do crime do Art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva
corrupção do menor, por se tratar de delito formal.

SÚMULA N° 594: O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos em
proveito de criança ou adolescente independentemente do exercício do poder familiar dos pais,
ou do fato de o menor se encontrar nas situações de risco descritas no Art. 98 do Estatuto da
Criança e do Adolescente, ou de quaisquer outros questionamentos acerca da existência ou
eficiência da Defensoria Pública na comarca.
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SÚMULA N° 605: A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato
infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade
assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.
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POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO EXCEPCIONAL DO ECA A PESSOAS


ENTRE 18 E 21 ANOS DE IDADE

Súmula 605 DO STJ;


Art. 121, §5°, do ECA: § 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade;
Art. 40 do ECA. O adotando deve contar com, no máximo, 18 anos à idade do pedido, salvo se já
estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

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PRINCÍPIOS NORTEADORES
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA (TAMBÉM É FUNDAMENTO DA RFB: Art. 1°, III, CF): Art. 15 do
ECA.

PROTEÇÃO INTEGRAL: Cury, Garrido & Marçura ensinam que “a proteção integral tem como
fundamento a concepção de que CRIANÇAS E ADOLESCENTES SÃO SUJEITOS DE DIREITOS, frente à
família, à sociedade e ao Estado”. Sujeitos de direito no ECA vs objetos de tutela no Código de
Menores (1979).

MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA: MIN. FACHIN: “esse princípio é um critério significativo na


decisão e na aplicação da lei. Isso CPF:revela um modelo que, a partir do reconhecimento da
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diversidade, tutela os filhos como seres prioritários nas relações paterno-filiais e não mais apenas
a instituição familiar em si mesma”.
PRIORIDADE ABSOLUTA: Os Direitos das crianças e dos adolescentes devem ser protegidos em
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primeiro lugar, em relação a qualquer outro grupo social.

Art. 227 da CF. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.

Art. 4º do ECA. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público


assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito,
à liberdade e à convivência familiar eCPF:
comunitária.
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BREVIDADE E EXCEPCIONALIDADE DA MEDIDA DE INTERNAÇÃO: Art. 121 do ECA. A internação


constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e
respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
CONDIÇÃO PECULIAR DE PESSOA EM DESENVOLVIMENTO: A criança e o adolescente estão em
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desenvolvimento, devendo ter um tratamento diferenciado, considerando sua condição peculiar.

SIGILOSIDADE: Art. 143 do ECA. É vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos
que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional.

STJ, RESP 509.968/SP: 2. Por não serem absolutos, a lei restringe o direito à informação e a vedação
da censura para proteger a imagem e a dignidade das crianças e dos adolescentes.

3. No caso, constatou-se afronta à dignidade das crianças com a veiculação de imagens contendo
cenas de espancamento e tortura praticada por adulto contra infante.

GRATUIDADE: Art. 141 do ECA. É garantido o acesso de toda criança ou adolescente à Defensoria
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Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos.

§ 2º As ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude são isentas de custas e


emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé.
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STJ, RESP 701969/ES: 3. Incabível a concessão da isenção em procedimento de jurisdição
voluntária a empresa de fins lucrativos que promove espetáculo musical destinado ao público
infantil mediante o pagamento de ingressos, no qual pede, em nome próprio e em seu interesse
direto, autorização judicial para que os menores possam comparecer desacompanhados dos pais.

CONVIVÊNCIA FAMILIAR: Art. 229 da CF. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos
menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou
enfermidade.

Art. 19 do ECA. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família
e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em
ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.
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ATO INFRACIONAL
CONCEITO: Art. 103 do ECA. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou
contravenção penal.

INIMPUTABILIDADE PENAL NA CF, NO ECA E NO CP: Art. 228 do CF. São penalmente inimputáveis os
menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

Art. 104 do ECA. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas
previstas nesta Lei.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato.
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Art. 27 do CP. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às
normas estabelecidas na legislação especial. (Considera-se a idade à época do fato, ainda que, à época
do resultado, já seja maior de idade).
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PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL POR CRIANÇAS: Apenas sujeitas a medidas de proteção do Art. 101,
I a IX, do ECA (rol exemplificativo: numerus apertus).

PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL POR ADOLESCENTES: Sujeitos a medidas de proteção (Art. 101, I a
VI, do ECA) e a medidas socioeducativas do Art. 112, I a VI, do ECA (rol exaustivo: numerus clausus).

Art. 106 do ECA. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato
infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.

ORDEM JUDICIAL: Adolescente é apresentado à autoridade judiciária.

FLAGRANTE: Adolescente é apresentado à autoridade policial.


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Art. 108 do ECA. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de
quarenta e cinco dias. STJ E STF NÃO ADMITEM PRORROGAÇÃO.
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NÃO SE APLICA SÚMULA 52 DO STJ: Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de
constrangimento por excesso de prazo.

Art. 109 do ECA. O adolescente civilmente identificado não será submetido a identificação compulsória
pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação, havendo dúvida
fundada.

Art. 5°, LVIII da CF. O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei;

Art. 185 do ECA. A internação, decretada ou mantida pela autoridade judiciária, não poderá ser
cumprida em estabelecimento prisional.
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§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente aguardará sua remoção em repartição
policial, desde que em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, não podendo
ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob pena de responsabilidade.
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MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
CONCEITO: É uma medida sancionatória que encerra um programa de caráter proeminentemente
pedagógico, imposta obrigatoriamente ao adolescente, autor de ato infracional, com a finalidade de
reorganizar seus valores pessoais, sem prejuízo de ser uma resposta à violação da ordem com caráter
preventivo.

ESPÉCIES DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS: I - advertência; II - obrigação de reparar o dano; III -


prestação de serviços à comunidade; IV - liberdade assistida; (MEIO ABERTO) V - inserção em regime de
semiliberdade; VI - internação em estabelecimento educacional; (MEIO FECHADO)

ADVERTÊNCIA: Admoestação verbal por termo nos autos;


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OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANOS: Ato infracional com reflexos patrimoniais;

PSC NO ECA: Até 6 meses de duração; 8h por semana (Art. 117);

PSC NO CP: 7h por semana (Art. 46, §3°);


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LIBERDADE ASSISTIDA: Mínimo de 6 meses de duração, podendo ser prorrogada, revogada ou
substituída por outra medida. Máximo de 3 anos por analogia à internação (STJ).
SEMILIBERDADE: Pode ser executada desde o início ou como transição para o meio aberto. Admite
trabalho externo independentemente de autorização judicial. Não comporta prazo determinado, mas
limitada também a 3 anos.

INTERNAÇÃO: Reavaliação no máximo a cada 6 meses, máximo de 3 anos; Atividades externas


permitidas, salvo determinação judicial em contrário.

PARECER OPINATIVO DAS EQUIPES TÉCNICAS: Segundo o STJ e o STF, o magistrado não se encontra
vinculado ao parecer exarado por equipes médicas, psicológicas ou pedagógicas. STF. 1ª Turma. RHC
126.205/PE, rel. Min. Rosa Weber, julgado em 24/3/2015.
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DESINTERNAÇÃO - Art. 121, § 6º, do ECA: Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de
autorização judicial, ouvido o Ministério Público.
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Hipóteses de Aplicação da Medida (excepcionalidade) - Art. 122 do ECA - A medida de internação
só poderá ser aplicada quando (rol taxativo):

I - Tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa (ex.:
homicídio, roubo, latrocínio, estupro, etc.);

II - Por reiteração no cometimento de outras infrações graves (no mínimo 02 infrações);

2. Esta Corte passou a entender que para se considerar a ocorrência de reiteração no cometimento
de ato infracional (art. 122, II, do ECA), basta uma passagem anterior pela Vara da Infância e
Juventude, e não mais duas como já entendeu este Sodalício, desde que vislumbrada a
imprescindibilidade da medida de internação, considerando-se o caso concreto.

3. Agravo regimental a que se nega provimento.


CPF: (AgInt. no AREsp. 1.283.377/MS, Rel. Ministra
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MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 21/08/2018, DJe 29/08/2018).

III. POR DESCUMPRIMENTO REITERADO E INJUSTIFICÁVEL DA MEDIDA ANTERIORMENTE IMPOSTA


(REGRESSÃO).
Prazo Máximo no Caso de Regressão - Art. 122, § 1º do ECA: No caso de regressão o prazo máximo
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da medida de internação será de 3 MESES.

Subsidiariedade da Medida Art. 122, § 2º, do ECA: Em nenhuma hipótese será aplicada a internação,
havendo outra medida adequada.

STF entende que a possibilidade de substituição de medidas (Art. 113 do ECA) aplica-se somente para
as medidas de proteção. No caso das medidas socioeducativas, a substituição para medida mais grave
poderá ocorrer apenas no caso de regressão por descumprimento da medida aplicada.

É proibida a incomunicabilidade do adolescente - Art. 124, § 1º, do ECA - Em nenhum caso haverá
incomunicabilidade.

Princípio da Insignificância: Segundo o STF, o princípio da insignificância PODERÁ SER APLICADO NO


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ÂMBITO DO ECA, DESDE QUE PREENCHIDOS SEUS REQUISITOS.

Em caso de ato infracional praticado com violência ou grave ameaça ou quando há reiteração da
conduta infracional, o STJ não admite a aplicação do princípio da insignificância.
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As escusas absolutórias (Art. 181 do CP) podem ser aplicadas ao adolescente infrator. (HC
251.681/PR, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 03/10/2013, DJe
24/10/2013).

Nos processos decorrentes da prática de atos infracionais, é possível que a apelação interposta pela
defesa seja recebida apenas no efeito devolutivo, impondo-se ao adolescente infrator o
cumprimento imediato das medidas socioeducativas previstas na sentença. HC 301.135-SP, Rel.
Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 21/10/2014, DJe 1º/12/2014.

O adolescente infrator, em regra, não tem direito de aguardar em liberdade o julgamento da


apelação interposta contra a sentença que lhe impôs a medida de internação, ainda que tenha
respondido em liberdade à ação socioeducativa. STJ. 3ª Seção. HC 346.380-SP, Rel. Min. Maria
Thereza de Assis Moura, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 13/4/2016 (Info
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583).
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Não há impeditivo legal para a internação de adolescente gestante ou com filho em amamentação,
desde que seja garantida atenção integral à saúde do adolescente, além de asseguradas as condições
necessárias para que a adolescente submetida à execução de medida socioeducativa de privação de
liberdade permaneça com o seu filho durante o período de amamentação (Arts. 60 e 63 da Lei
12.594/12 - SINASE) (HC 543.279/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA,
julgado em 10/03/2020, DJe 25/03/2020).

A vedação contida no Art. 143 do Estatuto da Criança e do Adolescente não é absoluta, sendo mitigada,
conforme se extrai do Art. 144 deste mesmo diploma normativo, nas hipóteses em que há interesse
jurídico e justificada finalidade no pleito de acesso aos autos. Nesse caso, presentes interesse e
finalidade justificadas, deverá a autoridade judiciária deferir a extração de cópias ou certidões dos atos
do processo infracional. (RMS 65.046/MS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, julgado em
01/06/2021, DJe 16/06/2021). CPF: 714.539.703-04
Casuística: mãe, vítima de ato infracional praticado pela filha, para ajuizamento de ação de deserdação.
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PRESCRIÇÃO
EM ABSTRATO: Sanção máxima é de 03 anos de internação; prescrição ocorreria em 08 (oito) anos
(Art. 109, IV, CP), mas se reduz à metade (Art. 115 DO CP): 04 anos.

EM CONCRETO: Pelo montante fixado na sentença; Ex: 3 meses de PSC; prescrição seria em 03 (três)
anos (Art. 109, VI, CP), mas se reduz à metade (Art. 115 DO CP): 01 (um) ano e 06 (seis) meses para
início do cumprimento da PSC.

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PREVENÇÃO
Classificação Indicativa e Liberdade de Expressão: É inconstitucional a expressão “em horário diverso
do autorizado” contida no art. 254 do ECA.
"Art. 254 do ECA. Transmitir, através de rádio ou televisão, espetáculo em horário diverso do
autorizado ou sem aviso de sua classificação".
Segundo o STF, o Estado não pode determinar que os programas somente possam ser exibidos em
determinados horários. Isso seria uma imposição, o que é vedado pelo texto constitucional, por
configurar censura. Para a Corte, o Poder Público pode apenas recomendar os horários adequados. A
classificação dos programas é indicativa (e não obrigatória). STF. Plenário. ADI 2.404/DF, Rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 31/8/2016 (Info 837).
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O Poder Judiciário pode obrigar o Município a fornecer vaga em creche a criança de até 5 anos de
idade. A educação infantil, em creche e pré-escola, representa prerrogativa constitucional
indisponível garantida às crianças até 5 anos de idade, sendo um dever do Estado (Art. 208, IV, da
CF/88). Os Municípios, que têm o dever de atuar prioritariamente no ensino fundamental e na
educação infantil (Art. 211, § 2º, da CF/88), não podem se recusar a cumprir este mandato
constitucional, juridicamente vinculante, que lhes foi conferido pela Constituição Federal. (STF,
Decisão monocrática, RE 956.475, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 12/05/2016 – Informativo
de Jurisprudência 826). STJ entende da mesma forma. Possibilidade, inclusive, de inserção da criança
em creche particular, sendo o pagamento realizado pelo Estado, caso não haja vagas na rede pública.
Direito ao “Não Trabalho”: O direito ao não trabalho corresponde à proibição do trabalho infantil
entre 0 e 14 anos de idade (exceção: trabalho com a família e trabalho artístico). Quanto à aplicação
desse direito, a doutrina se divide em duas:
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a)Posição Radical (Minoritária): Proíbe qualquer atividade entre os 0 e 14 anos;
b)Posição Intermediária (Majoritária): O trabalho proibido é aquele realizado mediante vínculo,
subordinação e remuneração da qual dependa o sustento familiar, em prejuízo dos estudos.
Dessa forma, em determinados casos, é possível o trabalho com a devida autorização, sendo
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estabelecido prazo determinado e condições de trabalho.

Art. 7, XXXIII, da CF - É proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito (18)
e de qualquer trabalho a menores de dezesseis (16) anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze (14) anos.

Direitos Trabalhistas e Previdenciários - art. 65 do ECA: Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze


(14) anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.

É admissível que o juízo da comarca do domicílio do adolescente, competente em virtude da regra


do Art. 147 do ECA, ao julgar o pedido de autorização judicial de participação em espetáculo público,
que estabeleça previamente diretrizes mínimas para a participação do adolescente em atividade que
se desenvolve de maneira contínua, fixando,
CPF: após a oitiva dos pais e do Ministério Público, os
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parâmetros adequados para a realização da atividade profissional pela pessoa em formação. (REsp.
1.947.740/PR, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/10/2021, DJe
08/10/2021).
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Resumo: Espetáculos públicos em várias comarcas: competência do juízo do domicílio do


adolescente.
Compete à Justiça Comum Estadual (Juízo da infância e juventude) apreciar os pedidos de alvará
visando a participação de crianças e adolescentes em representações artísticas. STF. Plenário.
ADI 5.326/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 27/09/2018 (Info 917)

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ADOÇÃO E FAMÍLIA
“Adoção à Brasileira” e Perda do Poder Familiar: Entendeu o STJ que para que haja a decretação da
perda do poder familiar da mãe biológica em razão da entrega da filha para adoção irregular (“adoção
à brasileira”), é indispensável a realização do estudo social e avaliação psicológica das partes litigantes.
Para a Corte, a realização da perícia se mostra imprescindível para aferição da presença de causa para
a excepcional medida de destituição e para constatação de existência de uma situação de risco para a
infante, caracterizando cerceamento de defesa o seu indeferimento. (Info 624 do STJ).

ADOÇÃO À BRASILEIRA: Trata-se da situação em que uma pessoa registra filho alheio como próprio.
Do ponto de vista jurídico, esta não é uma modalidade legítima de adoção. Na realidade, tal ato
tipifica o crime previsto no Art. 242 CPF:
do CP. Entretanto, em determinados julgados, tem-se mantido o
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registro em virtude dos laços criados decorrentes da paternidade socioafetiva. Ressalta-se que,
atualmente, se apresenta como uma hipótese de perda do poder familiar. Art. 1.638 do CC - Perderá
por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:

(...) V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção.


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Art. 25 da ECA. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer
deles e seus descendentes.

Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além
da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a
criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.

FAMÍLIA NATURAL: Formada pelos pais e descendentes

FAMÍLIA MONOPARENTAL: Formada por um dos pais e descendentes

FAMÍLIA EXTENSA OU AMPLIADA: Formada por parentes próximos


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FAMÍLIA RECOMPOSTA: Formada por pessoas que se unem e já possuem filhos de outros
relacionamentos .
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REGRAS GERAIS

PREFERÊNCIA: Família Natural

EXCEÇÃO: Família Substituta

EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO (PELO MENOR TEMPO POSSÍVEL): Programa de Acolhimento

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Art. 19 do ECA. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e,
EXCEPCIONALMENTE, EM FAMÍLIA SUBSTITUTA, assegurada a convivência familiar e comunitária, em
ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.

§ 1º. Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou
institucional terá sua situação reavaliada, NO MÁXIMO, A CADA 3 (TRÊS) MESES, devendo a
autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou
multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou pela
colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.

§ 2º. A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional NÃO SE


PROLONGARÁ POR MAIS DE 18 (DEZOITO MESES), salvo comprovada necessidade que atenda ao seu
superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.
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Art. 19-A do ECA. A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção,
antes ou logo após o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude. (Lei
13.509/2017)

§ 7º. Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias para propor a ação de
adoção, contado do dia seguinte à data do término do estágio de convivência.

Art. 23 do ECA. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a
perda ou a suspensão do poder familiar.

§ 1º. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o
adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída
em serviços e programas oficiais deCPF:
proteção, apoio e promoção.
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COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA


Art. 28 do ECA. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.

§ 2º. Tratando-se de MAIOR DE 12 (DOZE) ANOS (ADOLESCENTE) DE IDADE, será necessário seu
consentimento, colhido em audiência.

4º. Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta,
ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a
excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo
dos vínculos fraternais.
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§6º. Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade remanescente
de quilombo, é ainda OBRIGATÓRIO:
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I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e
tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos
fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal;

II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a membros
da mesma etnia; e

III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política indigenista,
no caso de crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe interprofissional
ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso.

A intervenção da FUNAI nos litígios relacionados à destituição do poder familiar e à adoção de


menores indígenas ou menores cujos pais são indígenas é obrigatória e apresenta caráter de ordem
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pública, sob pena de nulidade (REsp. 1.698.635/MS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA
TURMA, julgado em 01/09/2020, DJe 09/09/2020

GUARDA: É o modelo de acolhimento transitório (emergencial). Esta modalidade é, em regra,


acessória a um modelo jurídico principal.
CONCEITO: Conforme a doutrina, a guarda é a “posse” com responsabilidade pela assistência
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material, moral e educacional da criança ou adolescente em risco.

Art. 33 do ECA. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou
adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.

§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e


efeitos de direito, inclusive previdenciários.

§4° Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária competente,


ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou
adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de
prestar alimentos, que serão objetoCPF:
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regulamentação específica, a pedido do interessado ou do
Ministério Público.

Art. 35 do ECA. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial
fundamentado, ouvido o Ministério Público
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TUTELA: É um modelo de inclusão familiar sem parentalidade. Este modelo não importa em vínculo de
parentesco.

Art. 36 do ECA. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos
incompletos.
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do
poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.

A tutela é cabível quando ambos os pais falecem ou são declarados ausentes ou, ainda, se forem
destituídos do Poder Familiar.

Art. 38 do ECA. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no art. 24


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Art. 24 do ECA. A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em
procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de
descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.
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ADOÇÃO: Modelo de inclusão familiar com formação de parentalidade. Este modelo importa em
criação de vínculo de parentesco.

CONCEITO: A adoção é o instituto que permite alguém atribuir a um terceiro a condição de filho.

Art. 39, § 1º, do ECA. A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas
quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa,
na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.

§ 2°. É vedada a adoção por procuração. (Impedimento formal).

EXCEÇÃO I: No caso de adoção unilateral, a irrevogabilidade prevista no Art. 39, § 1º do Estatuto da


Criança e do Adolescente pode ser flexibilizada no melhor interesse do adotando. Ex: filho adotado
teve pouquíssimo contato com o paiCPF: 714.539.703-04
adotivo e foi criado, na verdade, pela família de seu falecido pai
biológico. STJ. 3ª Turma. REsp. 1.545.959-SC, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. para acórdão
Min. Nancy Andrighi, julgado em 6/6/2017 (Info 608).
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EXCEÇÃO II: Levando-se em consideração (a) os princípios da proteção integral e do melhor interesse
da criança e do adolescente, (b) a inexistência de contestação ao pleito dos adotantes e (c) que a regra
da irrevogabilidade da adoção não possui caráter absoluto, mas sim protetivo, devem,
excepcionalmente, ser julgados procedentes os pedidos formulados na presente ação rescisória com a
consequente rescisão da sentença concessiva da adoção e retificação do registro civil do adotado. 11-
Recurso especial conhecido em parte e, nessa extensão, provido. (REsp. 1.892.782/PR, Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/04/2021, DJe 15/04/2021)
Casuística: conforme Relatório Psicológico, não houve, de fato, consentimento do adotando com
relação à adoção, conforme exige o § 2º do Art. 45 do ECA.
Art. 40 do ECA. O adotando deve contar com, NO MÁXIMO, DEZOITO (18) ANOS À DATA DO PEDIDO,
salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
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Art. 42 do ECA. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando. (flexibilização
pelo STJ à luz da socioafetividade e do caso concreto: aferição da maturidade para adotar).
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Art. 45 do ECA. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando.

§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais sejam
desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar.

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Art. 46 do ECA. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou


adolescente, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou
adolescente e as peculiaridades do caso.
§ 2º-A. O prazo máximo estabelecido no caput deste artigo pode ser prorrogado por até igual
período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.
§ 3º. Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de
convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias,
prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária.
§ 3º-A. Ao final do prazo previsto no § 3º deste artigo, deverá ser apresentado laudo
fundamentado pela equipe mencionada no § 4º deste artigo, que recomendará ou não o
deferimento da adoção à autoridadeCPF:judiciária.
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§ 5º. O estágio de convivência será cumprido no território nacional, preferencialmente na comarca


de residência da criança ou adolescente, ou, a critério do juiz, em cidade limítrofe, respeitada, em
qualquer hipótese, a competência do juízo da comarca de residência da criança.
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Art. 44 do ECA. Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não pode o
tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado. (Impedimento material superável)
Art. 42 do ECA, (…) §1º. Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando. (Impedimento
material insuperável). Flexibilização pelo STJ no REsp. 1.448.969-SC, Rel. Min. Moura Ribeiro,
julgado em 21/10/2014.

Casuística: adoção de 01 (um) criança de 08 anos de idade que estava grávida e foi mãe aos 9 anos.
Adotantes, conquanto avós do bebê, puderam também adotá-lo (adoção avoenga).

§ 6º. A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier
a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença (adoção póstuma). STJ já admitiu
até mesmo sem um procedimento em curso (adoção nuncupativa – Min. Nancy Andrighi);
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Art. 41 do ECA. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres,
inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos
matrimoniais.

§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre
o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes. (Adoção unilateral; não
confundir com adoção monoparental, que é a realizada por uma única pessoa).

Possibilidade de adoção por casal homossexual ou por única pessoa homossexual (REsp. 1.540.814/PR,
Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 18/08/2015, DJe
25/08/2015).
Também é possível a inscrição de pessoa homoafetiva no registro de pessoas interessadas na adoção
(art. 50 do ECA), independentemente da idade da criança a ser adotada. STJ. 3ª Turma. REsp.
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1.540.814-PR, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 18/8/2015 (Info 567).
Pelo texto do ECA, a adoção conjunta somente pode ocorrer caso os adotantes sejam casados ou
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vivam em união estável (Art. 42, §2°). No entanto, a 3ª Turma do STJ relativizou essa regra do ECA e
permitiu a adoção por parte de duas pessoas que não eram casadas nem viviam em união estável. Na
verdade, eram dois irmãos (um homem e uma mulher) que criavam um menor há alguns anos e, com
ele desenvolveram relações de afeto. STJ. 3ª Turma. REsp. 1.217.415-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi,
julgado em 19/6/2012.

Art. 47 do ECA, (…) § 10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e
vinte) dias, prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária.

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Art. 48 do ECA. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso
irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18
(dezoito) anos.

Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor de
18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e psicológica.

Reconhecimento da Origem Biológica e Pedido de Alimentos - A regra é que não é possível tal pedido.
Entretanto, excepcionalmente, é possível o adotado pleitear alimentos aos seus pais biológicos. O STJ
já concedeu tais alimentos em raras hipóteses.

Art. 49 do ECA. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais.

Art. 52 do ECA, (…) § 8° Antes CPF: de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção
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internacional, não será permitida a saída do adotando do território nacional.
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RESOLUÇÃO Nº 165 DO CONANDA (2012)

Art. 4° Nenhum adolescente poderá ingressar ou permanecer em unidade de


internação ou semiliberdade sem ordem escrita da autoridade judiciária competente.
Art. 5° O ingresso do adolescente em unidade de internação e semiliberdade, ou serviço
de execução de medida socioeducativa em meio aberto (prestação de serviço à
comunidade ou liberdade assistida), só ocorrerá mediante a apresentação de guia de
execução, devidamente instruída, expedida pelo juiz do processo de conhecimento.

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BOA PROVA!
@bruno_nayro
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