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703-04
SÚMULA N° 383: A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse de menor é,
em princípio, do foro do domicílio do detentor de sua guarda.
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SÚMULA N° 492: O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente.
SÚMULA N° 500: A configuração do crime do Art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva
corrupção do menor, por se tratar de delito formal.
SÚMULA N° 594: O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos em
proveito de criança ou adolescente independentemente do exercício do poder familiar dos pais,
ou do fato de o menor se encontrar nas situações de risco descritas no Art. 98 do Estatuto da
Criança e do Adolescente, ou de quaisquer outros questionamentos acerca da existência ou
eficiência da Defensoria Pública na comarca.
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SÚMULA N° 605: A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato
infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade
assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.
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PRINCÍPIOS NORTEADORES
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA (TAMBÉM É FUNDAMENTO DA RFB: Art. 1°, III, CF): Art. 15 do
ECA.
PROTEÇÃO INTEGRAL: Cury, Garrido & Marçura ensinam que “a proteção integral tem como
fundamento a concepção de que CRIANÇAS E ADOLESCENTES SÃO SUJEITOS DE DIREITOS, frente à
família, à sociedade e ao Estado”. Sujeitos de direito no ECA vs objetos de tutela no Código de
Menores (1979).
Art. 227 da CF. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.
SIGILOSIDADE: Art. 143 do ECA. É vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos
que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional.
STJ, RESP 509.968/SP: 2. Por não serem absolutos, a lei restringe o direito à informação e a vedação
da censura para proteger a imagem e a dignidade das crianças e dos adolescentes.
3. No caso, constatou-se afronta à dignidade das crianças com a veiculação de imagens contendo
cenas de espancamento e tortura praticada por adulto contra infante.
GRATUIDADE: Art. 141 do ECA. É garantido o acesso de toda criança ou adolescente à Defensoria
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Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos.
CONVIVÊNCIA FAMILIAR: Art. 229 da CF. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos
menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou
enfermidade.
Art. 19 do ECA. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família
e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em
ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.
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ATO INFRACIONAL
CONCEITO: Art. 103 do ECA. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou
contravenção penal.
INIMPUTABILIDADE PENAL NA CF, NO ECA E NO CP: Art. 228 do CF. São penalmente inimputáveis os
menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.
Art. 104 do ECA. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas
previstas nesta Lei.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato.
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Art. 27 do CP. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às
normas estabelecidas na legislação especial. (Considera-se a idade à época do fato, ainda que, à época
do resultado, já seja maior de idade).
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PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL POR CRIANÇAS: Apenas sujeitas a medidas de proteção do Art. 101,
I a IX, do ECA (rol exemplificativo: numerus apertus).
PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL POR ADOLESCENTES: Sujeitos a medidas de proteção (Art. 101, I a
VI, do ECA) e a medidas socioeducativas do Art. 112, I a VI, do ECA (rol exaustivo: numerus clausus).
Art. 106 do ECA. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato
infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.
Art. 109 do ECA. O adolescente civilmente identificado não será submetido a identificação compulsória
pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação, havendo dúvida
fundada.
Art. 5°, LVIII da CF. O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei;
Art. 185 do ECA. A internação, decretada ou mantida pela autoridade judiciária, não poderá ser
cumprida em estabelecimento prisional.
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§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente aguardará sua remoção em repartição
policial, desde que em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, não podendo
ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob pena de responsabilidade.
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MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
CONCEITO: É uma medida sancionatória que encerra um programa de caráter proeminentemente
pedagógico, imposta obrigatoriamente ao adolescente, autor de ato infracional, com a finalidade de
reorganizar seus valores pessoais, sem prejuízo de ser uma resposta à violação da ordem com caráter
preventivo.
PARECER OPINATIVO DAS EQUIPES TÉCNICAS: Segundo o STJ e o STF, o magistrado não se encontra
vinculado ao parecer exarado por equipes médicas, psicológicas ou pedagógicas. STF. 1ª Turma. RHC
126.205/PE, rel. Min. Rosa Weber, julgado em 24/3/2015.
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DESINTERNAÇÃO - Art. 121, § 6º, do ECA: Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de
autorização judicial, ouvido o Ministério Público.
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Hipóteses de Aplicação da Medida (excepcionalidade) - Art. 122 do ECA - A medida de internação
só poderá ser aplicada quando (rol taxativo):
I - Tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa (ex.:
homicídio, roubo, latrocínio, estupro, etc.);
2. Esta Corte passou a entender que para se considerar a ocorrência de reiteração no cometimento
de ato infracional (art. 122, II, do ECA), basta uma passagem anterior pela Vara da Infância e
Juventude, e não mais duas como já entendeu este Sodalício, desde que vislumbrada a
imprescindibilidade da medida de internação, considerando-se o caso concreto.
Subsidiariedade da Medida Art. 122, § 2º, do ECA: Em nenhuma hipótese será aplicada a internação,
havendo outra medida adequada.
STF entende que a possibilidade de substituição de medidas (Art. 113 do ECA) aplica-se somente para
as medidas de proteção. No caso das medidas socioeducativas, a substituição para medida mais grave
poderá ocorrer apenas no caso de regressão por descumprimento da medida aplicada.
É proibida a incomunicabilidade do adolescente - Art. 124, § 1º, do ECA - Em nenhum caso haverá
incomunicabilidade.
Em caso de ato infracional praticado com violência ou grave ameaça ou quando há reiteração da
conduta infracional, o STJ não admite a aplicação do princípio da insignificância.
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As escusas absolutórias (Art. 181 do CP) podem ser aplicadas ao adolescente infrator. (HC
251.681/PR, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 03/10/2013, DJe
24/10/2013).
Nos processos decorrentes da prática de atos infracionais, é possível que a apelação interposta pela
defesa seja recebida apenas no efeito devolutivo, impondo-se ao adolescente infrator o
cumprimento imediato das medidas socioeducativas previstas na sentença. HC 301.135-SP, Rel.
Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 21/10/2014, DJe 1º/12/2014.
A vedação contida no Art. 143 do Estatuto da Criança e do Adolescente não é absoluta, sendo mitigada,
conforme se extrai do Art. 144 deste mesmo diploma normativo, nas hipóteses em que há interesse
jurídico e justificada finalidade no pleito de acesso aos autos. Nesse caso, presentes interesse e
finalidade justificadas, deverá a autoridade judiciária deferir a extração de cópias ou certidões dos atos
do processo infracional. (RMS 65.046/MS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, julgado em
01/06/2021, DJe 16/06/2021). CPF: 714.539.703-04
Casuística: mãe, vítima de ato infracional praticado pela filha, para ajuizamento de ação de deserdação.
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PRESCRIÇÃO
EM ABSTRATO: Sanção máxima é de 03 anos de internação; prescrição ocorreria em 08 (oito) anos
(Art. 109, IV, CP), mas se reduz à metade (Art. 115 DO CP): 04 anos.
EM CONCRETO: Pelo montante fixado na sentença; Ex: 3 meses de PSC; prescrição seria em 03 (três)
anos (Art. 109, VI, CP), mas se reduz à metade (Art. 115 DO CP): 01 (um) ano e 06 (seis) meses para
início do cumprimento da PSC.
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PREVENÇÃO
Classificação Indicativa e Liberdade de Expressão: É inconstitucional a expressão “em horário diverso
do autorizado” contida no art. 254 do ECA.
"Art. 254 do ECA. Transmitir, através de rádio ou televisão, espetáculo em horário diverso do
autorizado ou sem aviso de sua classificação".
Segundo o STF, o Estado não pode determinar que os programas somente possam ser exibidos em
determinados horários. Isso seria uma imposição, o que é vedado pelo texto constitucional, por
configurar censura. Para a Corte, o Poder Público pode apenas recomendar os horários adequados. A
classificação dos programas é indicativa (e não obrigatória). STF. Plenário. ADI 2.404/DF, Rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 31/8/2016 (Info 837).
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O Poder Judiciário pode obrigar o Município a fornecer vaga em creche a criança de até 5 anos de
idade. A educação infantil, em creche e pré-escola, representa prerrogativa constitucional
indisponível garantida às crianças até 5 anos de idade, sendo um dever do Estado (Art. 208, IV, da
CF/88). Os Municípios, que têm o dever de atuar prioritariamente no ensino fundamental e na
educação infantil (Art. 211, § 2º, da CF/88), não podem se recusar a cumprir este mandato
constitucional, juridicamente vinculante, que lhes foi conferido pela Constituição Federal. (STF,
Decisão monocrática, RE 956.475, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 12/05/2016 – Informativo
de Jurisprudência 826). STJ entende da mesma forma. Possibilidade, inclusive, de inserção da criança
em creche particular, sendo o pagamento realizado pelo Estado, caso não haja vagas na rede pública.
Direito ao “Não Trabalho”: O direito ao não trabalho corresponde à proibição do trabalho infantil
entre 0 e 14 anos de idade (exceção: trabalho com a família e trabalho artístico). Quanto à aplicação
desse direito, a doutrina se divide em duas:
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a)Posição Radical (Minoritária): Proíbe qualquer atividade entre os 0 e 14 anos;
b)Posição Intermediária (Majoritária): O trabalho proibido é aquele realizado mediante vínculo,
subordinação e remuneração da qual dependa o sustento familiar, em prejuízo dos estudos.
Dessa forma, em determinados casos, é possível o trabalho com a devida autorização, sendo
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Art. 7, XXXIII, da CF - É proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito (18)
e de qualquer trabalho a menores de dezesseis (16) anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze (14) anos.
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ADOÇÃO E FAMÍLIA
“Adoção à Brasileira” e Perda do Poder Familiar: Entendeu o STJ que para que haja a decretação da
perda do poder familiar da mãe biológica em razão da entrega da filha para adoção irregular (“adoção
à brasileira”), é indispensável a realização do estudo social e avaliação psicológica das partes litigantes.
Para a Corte, a realização da perícia se mostra imprescindível para aferição da presença de causa para
a excepcional medida de destituição e para constatação de existência de uma situação de risco para a
infante, caracterizando cerceamento de defesa o seu indeferimento. (Info 624 do STJ).
ADOÇÃO À BRASILEIRA: Trata-se da situação em que uma pessoa registra filho alheio como próprio.
Do ponto de vista jurídico, esta não é uma modalidade legítima de adoção. Na realidade, tal ato
tipifica o crime previsto no Art. 242 CPF:
do CP. Entretanto, em determinados julgados, tem-se mantido o
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registro em virtude dos laços criados decorrentes da paternidade socioafetiva. Ressalta-se que,
atualmente, se apresenta como uma hipótese de perda do poder familiar. Art. 1.638 do CC - Perderá
por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
Art. 25 da ECA. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer
deles e seus descendentes.
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além
da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a
criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
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Art. 19 do ECA. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e,
EXCEPCIONALMENTE, EM FAMÍLIA SUBSTITUTA, assegurada a convivência familiar e comunitária, em
ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.
§ 1º. Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou
institucional terá sua situação reavaliada, NO MÁXIMO, A CADA 3 (TRÊS) MESES, devendo a
autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou
multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou pela
colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
§ 7º. Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias para propor a ação de
adoção, contado do dia seguinte à data do término do estágio de convivência.
Art. 23 do ECA. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a
perda ou a suspensão do poder familiar.
§ 1º. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o
adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída
em serviços e programas oficiais deCPF:
proteção, apoio e promoção.
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§ 2º. Tratando-se de MAIOR DE 12 (DOZE) ANOS (ADOLESCENTE) DE IDADE, será necessário seu
consentimento, colhido em audiência.
4º. Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta,
ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a
excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo
dos vínculos fraternais.
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§6º. Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade remanescente
de quilombo, é ainda OBRIGATÓRIO:
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I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e
tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos
fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal;
II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a membros
da mesma etnia; e
III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política indigenista,
no caso de crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe interprofissional
ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso.
Art. 33 do ECA. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou
adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
Art. 35 do ECA. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial
fundamentado, ouvido o Ministério Público
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TUTELA: É um modelo de inclusão familiar sem parentalidade. Este modelo não importa em vínculo de
parentesco.
Art. 36 do ECA. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos
incompletos.
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do
poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.
A tutela é cabível quando ambos os pais falecem ou são declarados ausentes ou, ainda, se forem
destituídos do Poder Familiar.
ADOÇÃO: Modelo de inclusão familiar com formação de parentalidade. Este modelo importa em
criação de vínculo de parentesco.
CONCEITO: A adoção é o instituto que permite alguém atribuir a um terceiro a condição de filho.
Art. 39, § 1º, do ECA. A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas
quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa,
na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.
EXCEÇÃO II: Levando-se em consideração (a) os princípios da proteção integral e do melhor interesse
da criança e do adolescente, (b) a inexistência de contestação ao pleito dos adotantes e (c) que a regra
da irrevogabilidade da adoção não possui caráter absoluto, mas sim protetivo, devem,
excepcionalmente, ser julgados procedentes os pedidos formulados na presente ação rescisória com a
consequente rescisão da sentença concessiva da adoção e retificação do registro civil do adotado. 11-
Recurso especial conhecido em parte e, nessa extensão, provido. (REsp. 1.892.782/PR, Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/04/2021, DJe 15/04/2021)
Casuística: conforme Relatório Psicológico, não houve, de fato, consentimento do adotando com
relação à adoção, conforme exige o § 2º do Art. 45 do ECA.
Art. 40 do ECA. O adotando deve contar com, NO MÁXIMO, DEZOITO (18) ANOS À DATA DO PEDIDO,
salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
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Art. 42 do ECA. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando. (flexibilização
pelo STJ à luz da socioafetividade e do caso concreto: aferição da maturidade para adotar).
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Art. 45 do ECA. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando.
§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais sejam
desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar.
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Art. 44 do ECA. Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não pode o
tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado. (Impedimento material superável)
Art. 42 do ECA, (…) §1º. Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando. (Impedimento
material insuperável). Flexibilização pelo STJ no REsp. 1.448.969-SC, Rel. Min. Moura Ribeiro,
julgado em 21/10/2014.
Casuística: adoção de 01 (um) criança de 08 anos de idade que estava grávida e foi mãe aos 9 anos.
Adotantes, conquanto avós do bebê, puderam também adotá-lo (adoção avoenga).
§ 6º. A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier
a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença (adoção póstuma). STJ já admitiu
até mesmo sem um procedimento em curso (adoção nuncupativa – Min. Nancy Andrighi);
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Art. 41 do ECA. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres,
inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos
matrimoniais.
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre
o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes. (Adoção unilateral; não
confundir com adoção monoparental, que é a realizada por uma única pessoa).
Possibilidade de adoção por casal homossexual ou por única pessoa homossexual (REsp. 1.540.814/PR,
Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 18/08/2015, DJe
25/08/2015).
Também é possível a inscrição de pessoa homoafetiva no registro de pessoas interessadas na adoção
(art. 50 do ECA), independentemente da idade da criança a ser adotada. STJ. 3ª Turma. REsp.
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1.540.814-PR, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 18/8/2015 (Info 567).
Pelo texto do ECA, a adoção conjunta somente pode ocorrer caso os adotantes sejam casados ou
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vivam em união estável (Art. 42, §2°). No entanto, a 3ª Turma do STJ relativizou essa regra do ECA e
permitiu a adoção por parte de duas pessoas que não eram casadas nem viviam em união estável. Na
verdade, eram dois irmãos (um homem e uma mulher) que criavam um menor há alguns anos e, com
ele desenvolveram relações de afeto. STJ. 3ª Turma. REsp. 1.217.415-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi,
julgado em 19/6/2012.
Art. 47 do ECA, (…) § 10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e
vinte) dias, prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária.
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Art. 48 do ECA. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso
irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18
(dezoito) anos.
Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor de
18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e psicológica.
Reconhecimento da Origem Biológica e Pedido de Alimentos - A regra é que não é possível tal pedido.
Entretanto, excepcionalmente, é possível o adotado pleitear alimentos aos seus pais biológicos. O STJ
já concedeu tais alimentos em raras hipóteses.
Art. 49 do ECA. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais.
Art. 52 do ECA, (…) § 8° Antes CPF: de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção
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internacional, não será permitida a saída do adotando do território nacional.
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BOA PROVA!
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