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DO ADOLESCENTE
MEDIDAS PROTETIVAS
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao
adolescente são aplicáveis sempre que os direitos
reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III - em razão de sua conduta.
MEDIDAS PROTETIVAS
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá
determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
I – encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;
II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III – matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;
IV – inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da
família, da criança e do adolescente;
V – requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou
ambulatorial;
VI – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras
e toxicômanos;
VII – acolhimento institucional;
VIII – inclusão em programa de acolhimento familiar; e
IX – colocação em família substituta.
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
PRINCÍPIOS:
BREVIDADE
EXCEPCIONALIDADE
RESPEITO À CONDIÇÃO PECULIAR DE PESSOA EM
DESENVOLVIMENTO
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
• Em caso de urgência, o Conselho Tutelar pode encaminhar uma
criança para o acolhimento institucional, mas precisa da carta-guia
do juiz.
• As medidas protetivas poderão ser aplicadas à criança, ao
adolescente e, excepcionalmente, ao jovem adulto.
• A medida protetiva não é exclusiva da criança, mas se uma criança
vier a praticar ato infracional, ela só pode receber medida protetiva.
• O acolhimento institucional tem prazo de 18 meses. Então, o juiz
reavaliará, e pode, dependendo da necessidade da criança e do
adolescente, aumentar esse prazo.
• O acolhimento institucional e a inclusão em programa de acolhimento
familiar são medidas excepcionais e temporárias.
• A cada 3 meses o juiz deve reavaliar essas medidas.
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
• Fase policial.
• Fase ministerial.
• Fase judicial.
APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL
Com flagrante
– Com violência (Ex.: roubo) → Oitiva → Auto de Apreensão → Autoridade
Policial → Juiz → Ministério Público (MP) (Art.180).
– Sem violência (Ex.: furto) → Oitiva → Boletim de Ocorrência Circunstanciado
(BCO) → Autoridade Policial → Juiz → Ministério Público (MP) (Art.180).
Sem flagrante
– Com violência (Ex.: latrocínio) → Oitiva → Relatório Policial → Juiz → Ministério
Público (MP) (Art. 180).
– Sem violência (Ex.: Tráfico de drogas) → Oitiva → Boletim de Ocorrência
Circunstanciado (BOC) → Juiz → Ministério Público (MP) (Art. 180).
APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL
O Ministério Público poderá representar, dar remissão para o adolescente ou
promover o arquivamento dos autos.
Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo anterior, o representante
do Ministério Público poderá:
I – promover o arquivamento dos autos;
II – conceder a remissão;
III – representar à autoridade judiciária para aplicação de medida socioeducativa.
JURISPRUDÊNCIA
Impossibilidade de modificação por magistrado dos termos de proposta de remissão pré-
processual. Se o representante do Ministério Público ofereceu a adolescente remissão pré-
processual (art. 126, caput, do ECA) cumulada com medida socioeducativa e o juiz discordou
dessa cumulação, ele não pode excluir do acordo a aplicação da medida socioeducativa e
homologar apenas a remissão. É prerrogativa do Ministério Público, como titular da
representação por ato infracional, a iniciativa de propor a remissão pré-processual como forma de
exclusão do processo. O juiz, no ato da homologação, se discordar da remissão concedida, deverá
remeter os autos ao Procurador-Geral de Justiça para que ele decida, tal como ocorre no art. 28
do CPP. O juiz, no ato da homologação, se discordar da remissão concedida pelo Ministério
Público, deverá remeter os autos ao Procurador-Geral de Justiça e este terá três opções: a)
oferecerá representação; b) designará outro Promotor para apresentar a representação; ou c)
ratificará o arquivamento ou a remissão, hipótese na qual o juiz estará obrigado a homologar.
Assim, mesmo que o juiz discorde parcialmente da remissão, não pode modificar os termos da
proposta oferecida pelo MP para fins de excluir aquilo que não concordou. STJ. 6ª Turma. REsp
1.392.888-MS, Rel. Min. Rogerio Schietti, julgado em 30/6/2016 (Info 587)
PROCEDIMENTOS DO ECA
• Procedimento para apuração de infração administrativa praticada contra
criança/ adolescente. As infrações administrativas estão nos arts. 245 a 258-C.
• Procedimento para apuração de ato infracional (arts 171 a 190 do ECA)
• Procedimento para infiltração policial virtual (arts. 190-A a 190-E)
• Procedimento para perda ou suspensão do poder familiar (art. 155 e seguintes
+ art. 23 e seguintes)
• Procedimento para destituição da tutela (art. 164 do ECA e art. 1728 e art. 1729
do CC)
• Procedimento para apuração de irregularidades em entidade de atendimento
(art. 191 e seguintes).