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FACULDADE UNIÃO DE CAMPO MOURÃO – UNICAMPO

Bacharel em Direito
Aluno: Douglas Fernando Blanco
Disciplina: Direito Penal II

Leia os capítulos sugeridos, o artigo 27, do Código Penal e assista ao programa


“Fórum – Redução da Maioridade Penal” sobre a possibilidade da redução da
maioridade penal

1 - Quais os argumentos contrários e favoráveis para a redução da maioridade


penal?

Favoráveis:
Primeiro ponto é de que o fato de ser considerado inimputáveis os jovens se
sentem seguros em cometer os crimes e consequentemente são muito utilizados pelas
organizações criminosas para cometer crimes, ja que não estão sucetível ao código penal
e acabam tendo penas mais brandas.
O fato de que a maioridade penal existe em países que são desenvolvidos é o
segundo ponto a favor da diminuição, segundo os favoráveis os países tendem a serem a
favor da legalidade da projeto de lei. Países como os Estados Unidos, Nova Zelândia,
Suiça, Escócia e etc, ja utilizam a maioridade penal mais severa do que aquelas que
encontramos por aqui.
O terceiro ponto é de que se o menor tem condição psicológica de cometer o crime,
teria condições de ser resposabilizados pelos crime que cometem, de forma mais severa,
do que temos hoje.
O quarto fato é a questão de que mesmo cumprindo penas e lugares
sócioeducativos esses individuos ao completar 18 anos teriam ficha limpa, ou seja, não
seria considerados reicidentesno crime.

Contrários:
Em um primeiro ponto, segundo o video não há constatação veridica que justifique
a diminuição da maioridade penal, o entrevistado Max Maciel inclusive cita os Estados
Unidos ao dizer que em sí o pais norte-americano se arrependeu da diminuição, ja que
não existiu diminuição dos casos de crime. É preciso lembra também que o fato de esse
jovem ser inimputavel, não significa que esse individuo não tera uma punição do ponto
de vista da responsabilidade penal, mas terá medidas sócioeducativas. Um segundo ponto
é de que é mais fácil educar do que punir ou penalizar, veja que se não há uma educação
suficientemente capaz de equiparar as classe o Estado tem parte nisso, e educação deveria
ser libertadora, se não é não podemos ter um politic enclausuradora, como alguns querem.
Um terceiro ponto é o fato de que o nosso sistema de ressocialização é muito flho,
as nossas cadeias e presidios não são espaços que possibilitem uma mudança de vida, de
repensar o crime cometidos, se ela não é capaz de ressocializar um adulto, seria capaz de
ressocializar um adolescente? Penso que não.
Um quarto ponto é que se de fato essa maioridade fosse aprovado teriaos uma crise
de questão quantitativa, o sistema pprisional brasileiro é completamente inflado, no
sentido de que tem muitas pessoas e poucos espaços, a diminuição da maioridade
poderiam agravar essa situação, ja que teriamos muito mais pessoas sendo destinados a
esses lugares.
Um quinto ponto é a questão de fato psicológica que o nosso sistema penal adota
por exemplo, é possivel comparar psicológicamente um adulto e um adolescente?
Óbviamente que não, se ele é mais vulnerável a fatores emocionais e psicológicos,
imagina como esse problema aumentaria se eles convivessem de igual para igual com
pessoas que são emocionalmente equilibradas?

2- Atualmente, quais são as consequências, no âmbito penal, quando um menor de


18 anos pratica conduta definida como crime?
O Estatudo da criança e do adolescente é o responsável pela resposabilização pena
da criança e do adolescente a Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990 em seu artigo 104 e o
121, dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. No
artigo 104 nos diz que: “São penalmente inimputáveis os menores de 18 (dezoito) anos,
sujeitos às medidas previstas nesta lei. Parágrafo único - Para os efeitos desta lei, deve
ser considerada a idade do adolescente à data do fato”1. Em seguida o artigo 121 completa
essa predisposição do artigo 104, o artigo 121 dispõe:
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos
princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de
pessoa em desenvolvimento.
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe
técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser
reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.

1
BRASIL. Estatuto da criança e adolescente. Artigo 104º. In Vade Mecum. São Paulo, JusPodivm, 2021.
p. 1016.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três
anos.
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente
deverá ser liberado, colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade
assistida.
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização
judicial, ouvido o Ministério Público.
§ 7o A determinação judicial mencionada no § 1o poderá ser revista a
qualquer tempo pela autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
2012) (Vide)2

É preciso estabelecer que esse menor ja pode ser responsabilizado, desde os


12(doze) anos, e essa punitividade não pode como diz o artigo ultrapassar os 3(três) anos
de reclusão.

3- Qual o critério adotado pela legislação penal brasileira para analisar a capacidade
penal do indivíduo com 18 anos? Explique.
Segundo Masson que a legislação brasileira leva em consideração o critério
biológico para justificar a inimputabilidade de jovens brasileiro. Baseado no artigo 27 do
código penal, que diz: “Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis,
ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.”3 Nesse caso vale lembrar
que não cbe avaliar se esse jovem é capaz de discernir sobre seus atos, o critério
psicológico, ou seja, mesmo sabendo que seus atos não foram corretos do ponto de vista
juridico, o que vale é o fator idade, a inimputabilidade do menor é absolutamente
biológica.

Referências
BRASIL. Estatuto da criança e adolescente. Artigo 104º. In Vade Mecum. São Paulo,
JusPodivm, 2021.
BRASIL. Código Penal. Artigo 27º. In Vade Mecum. São Paulo, JusPodivm, 2021.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte geral (arts. 1° ao 120). V. 1. 25.
ed. São Paulo: Saraiva, 2021.

2
BRASIL. Estatuto da criança e adolescente. Artigo 104º. In Vade Mecum. São Paulo, JusPodivm, 2021.
p. 1017.
3
BRASIL. Código Penal. Artigo 27º. In Vade Mecum. São Paulo, JusPodivm, 2021. p. 489.

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