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Introdução

O presente trabalho visa a realização de um estudo científico, abordando como


tema a inimputabilidade do menor.

O tema além de ser objecto de discussão em vários segmento da sociedade,


emerge na esfera jurídica como algo extremamente importante, tanto no que
diz respeito aos actos constitucionais da criança, quanto na segurança publica
e direito de todos. A inimputabilidade do menor infractor, é um tema
copiosamente polémico que envolve os aspectos sociais e jurídicos. Nos
últimos tempos tem se falado muito na redução da maioridade penal,
justificando-se pelo aumento de crimes por menores.

Em Angola, a precariedade e a super cotação dos presídios tornaram-se difícil


o desenvolvimento de directrizes para o problema da menoridade penal. Uma
boa parte da sociedade, que foram vitima ou já viveram de algumas maneira a
criminalidade praticada por menores, almeja hoje a redução da maioridade
penal.

Na elucidação de todas as hipóteses apresentadas a problemática do menor e


a sua inserção ao mundo do crime, que poderá levá-lo a se tornar o maior
criminoso, com satisfação há chance possível à resolução do macro problema
hoje existe.

É interessante notar que há repúdio pela violência, Contudo esquece de suas


causas. A hipocrisia impede que aqueles vivem em situações privilegiadas
somem esforços no intuito de tentar balançar as inúmeras desigualdades
existentes na sociedade. A violência instituída, pelos grandes grupos
detentores do poder, opressores das mesmas favorecidas, nem sempre é
questionada. Contudo, qualquer delito praticado por um menor, logo é objecto
de questionamento, visando pressão imediata de tais actos. Serve-se
sobretudo, atacar as causas da violência, não se permitindo as práticas
arcaicas de governo.

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Sabemos que os direitos sociais mínimas amparados pela constituição
angolana normalmente não está sendo observada ficam estáticos diante das
arbitrariedades cometidas. Cerceando o direito das crianças, que não podem
frequentar, permitindo os seus abandonos a sua própria sorte, estaremos
favorecendo a doação da prática dos maus tratos.

E, certamente, estaremos contribuindo para o surgimento de criminosos que


atormentarão a paz social tanto em vaga na actualidade. É a hora de cortar-
mos o mal pela raiz, de resolver-mos o problema em sua base.

O mundo jurídico pode oferecer a sua contribuição na resolução da questão do


menor infractor. A inexistência de menores desprovidos de condições básicas
contribuirá com o decrescimento dos números de criminosos na sociedade.

A pesquisa foi dividida em seis partículas. O primeiro faz uma introdução do


tema, o segundo, aborda o conceito de imputabilidade, seu fundamento e
causas de exclusão. O terceiro procura se de mostrar o menor infractor na
legislação penal do estatuto da criança com as medidas sócio educativas, o
quarto faz uma análise detalhada mas não exaustivas, sobre a redução da
imputabilidade penal. A sétima procura soluções desapaixonada para o
problema por fim no último capítulo passaremos as considerações finais.

A metodologia utilizada para desenvolver este trabalho é bibliografia, com base


em livros, artigos, revistas jurídicas, bem como artigos publicado sem medida
electrónica que abordem a imputabilidade do menor infractor.

O propósito dessem trabalho é fazer uma reflexão sobre a problemática da


inimputabilidade do menor infractor relatando opiniões jurídicos para verificar a
existência da solução numa visão jurídico

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Capitulo I- A Imputabilidade

2.1. Conceito

Imputar, é atribuir à alguém a responsabilidade penal de algumas coisas.


Imputabilidade penal, é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente
capacidade para lhe ser juridicamente imputada à prática de um facto punível.

É isento de penal ou agente que, por doença mental ou desenvolvimento


mental e completo ou retardado, era, ao tempo da acção ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o carácter ilícito ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento. Imputável é o sujeito mentalmente são e
desenvolvido, capaz de entender o carácter ilícito do facto e de determinar-se
de acordo com esse entendimento. A imputabilidade contem um juízo, sob a
capacidade geral do actor. Não se trata de uma valorização específica, que a
tornaria psicológico.

A capacidade concreta de culpabilidade não é susceptível de percepção,


sobretudo por terceiras pessoas, uma voz que não pode ser objecto de
conhecimento teórico.

O conceito de imputabilidade, não é imutável o agente que, no momento do


facto, em consequência de doença mental, ou de desenvolvimento mental
incompleta ou retardado, possa ter a capacidade de entender o carácter ilícito
da conduta ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Note-se que a norma não fala que o sujeito não compreendeu o carácter de
facto; uma vez que assim dissesse, estaria determinar uma apreciação
concreta e psicológica. Distingue-se pois, a capacidade intelectivo e volitiva
imputabilidade e consciência da ilicitude. Trata-se dessa forma de um puro
juízo de valor a respeito da capacidade de culpabilidade.

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2.2. Imputabilidade e responsabilidade

A Imputabilidade não se confunde com a responsabilidade penal, que


corresponde às consequências jurídicas oriundos da prática de uma infracção.

A doutrina ensina que é a obrigação que alguém tem de sentir com as


consequências jurídicas do crime. É o dever que tem a pessoa de prestar
contas do seu acto. Ele depende da imputabilidade do indivíduo, pois não pode
sofrer as consequências do facto criminoso, ser responsabilizado se não o que
tem a consciência de sua antijuridicidade e quer executá-la.

2.3. Fundamento da Imputabilidade

De acordo com a teoria da Imputabilidade moral, o homem é ser inteligente e


livre e por isso responsável pelos actos praticados. Inversamente, quem não
tem esses atributos é inimputável.

Sendo livre tem condições de escolher entre o bem e o mal. Escolhendo uma
conduta que lesa interessa jurídicos alheias, deve sofrer as consequências de
seu comportamento.

A concepção dominante da doutrina e nas legislações deve a Imputabilidade na


capacidade de entender e de querer. A capacidade de entender o carácter
criminoso do facto não se significa a exigência de o agente ter consciência de
que sua conduta se encontra descrita em lei como infracção. Imputável é o
sugiro mentalmente são e desenvolvida que possui capacidade de saber que a
sua conduta contraria os mandamentos da ordem jurídica.

A Imputabilidade deve existir no momento da prática da infracção. Daí dizer


tratar de casos de exclusão da Imputabilidade, que a deficiência que deve
existir ao tempo da acção ou da omissão.

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2.4. Causas de exclusão da Imputabilidade

A inimputabilidade, é a incapacidade para apreciar o carácter ilícito do facto ou


de determinar-se de acordo com essa apreciação.

Se a Imputabilidade consiste na capacidade de entender e de querer, pode


estar ausente porque o individuo, por questão idade, não alcançou
determinados grau de desenvolvimento físico, ou psíquico, ou porque existe em
concreto uma circunstancia que a exclui. Fala-se então em inimputabilidade.
Artº 109 CP. e legislação especial.

A Inimputabilidade é a regra a excepção. Todo indivíduo é imputável salvo


quando ocorre um caso de exclusão.

As causas de exclusão da Imputabilidade, são as seguintes:

a) Menor de dezasseis anos de idade;


b) Doença mental;
c) Desenvolvimento mental incompleto;
d) Desenvolvimento mental retardado;
e) Embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior.

Excluem por consequência, a culpabilidade as três primeiras causas.

Podemos afirmar que os menores de 12 e 16 anos de idade são penalmente


inimputáveis, ficando sujeito as normas estabelecidas na legislação especial
(lei dos julgados de menores e leis complementares. A menoridade penal
também constitui causa de exclusão da Imputabilidade, encontrando-se
obrigado pela expressão, desenvolvimento mental incompleto).

__________________________________
art. 109 do CP, Angolano

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2.5. A contribuição social teórica da criança no imaginário jurídico

Sob a fundamentação do ponto visto hoje do imaginário do jurista, a redução


da maioridade penal tornou-se um impossível jurídico porque tem-se por certo
que a inimputabilidade penal antes dos 16 anos é uma posição jurídica
subjectiva, constituindo-se em núcleo essencial de um direito vai a ser por força
do art. 109 do CP. Trata-se, antes, de entendimento amplamente consagrado,
reiteradamente manifestada e ultimamente com ênfase, em face da discussão
actual, que tem por objectivo reduzir a idade penal para 14 anos.

O uso alarmista de ocorrência de infracções para inflamar os testes


criminalizadoras do comportamento de crianças e adolescentes, com o intuito
de deslocar os institutos e procedimentos do estatuto da criança o Código
Penal, entendo e realço uma vez mais que a garantia da lei que expressamente
estabelece a idade penal aos 16 anos, obriga uma clausula, e qualquer
atentado à ela constituirá fraude constitucional.

Toda esta construção alicerçar o raciocínio em torno do carácter de garantira


fundamental da inimputabilidade do menor de 16 anos.

Evidentemente, não há ingenuidade nessa postura hermenêutica que impeça


reconhecer os factores de actualização de enunciados normativos sob impulso
de transformações sociais a que se passam a conhecer ao obrigado de
mudanças constituintes, sob pena dos assaltos corrosivos.

A intocabilidade do núcleo essencial do direito a inimputabilidade penal antes


dos 16 anos, por meios de revisão ou emendas, ainda que conheça que a
subjectividade aí inscrita não pode ser a prior e definitivamente fixado.

No sentido jurídico que se escreve no imaginário lei dos julgados de menores


não só teoricamente, Mas como consideração social de situação concreta do
indivíduo historicamente, adoptado e situado a justificar a pretensão de
determinadas posições e relações jurídicas. É exactamente esse ponto de
intervenção que se da o procedimento de construção social das categorias

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criança e adolescente, no quadrante em que se formula o nosso pensamento.
Melhor seria que os senhores legisladores assumissem parte das
responsabilidades que lhes cobre pela miséria e barbara e desemprego a que
estam submetidas nesses jovens, agir de forma mais eficaz e moralmente
legitima para a solução do problema que atenta contra o futuro das novas
gerações.

A criança e o adolescente com expressões de um estagio do desenvolvimento


do processo devida, mas que se insere também numa realidade de criação
social e de produção de sentido que permitem o desenvolvimento de um detido
social positiva.

Em outras palavras, a categoria criança é de alguém muda uma criação social


e histórica e não apenas um facto biológico. Não é o que apenas é, mas o que
se torna em sua vida, realizando-se valorativamente a partir das contradições a
constituem inicialmente.

As mobilizações que se traduzem em propostas como as de redução de idade


penal, encontrando o espaço valorativo da criança e do adolescente se escreve
nesse processo perverso. São, atentado contra o futuro, tanto mais quando se
camuflam, contra infracção, cultural, criando, etiquetas.

3.1. Ideias equivocadas sobre as medidas socioeducativas do E.C.A

Com advento da convenção da ONU, sobre os direitos da criança que foi


subscrita por mais de 180 países (incluindo Angola), não há dúvida de que se
transformou em consenso mundial a idade 18 anos para a Imputabilidade
penal. Mas isso não pode ser interpretação, simples e apressadamente, no
sentido de que o menor não deve ser responsabilizado pelo seu acto
infraccional. Imaginário popular angolano difundiu-se equivocadamente, que a
ideia de que o menor não se sujeita a, praticamente, nenhuma medida
repressiva. Isso não é correcto. O E.C.A prevê em incontáveis providências
socioeducativo frente aos infractor (a divertencia, liberdade, assistida, semi-
liberdade), antes o internamente é possível, embora regida (correctamente)

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pelos principais da gravidade e da última ratio (ultima medida a ser pensada e
adoptada). A lei concebe a privação da liberdade do menor, quando se
apresenta absolutamente necessária.
De qualquer modo, tratando-se de menor absolutamente desajustado, que
revela grave defeito de personalidade inconciliável com convivência social, não
parece haver ou caminho se não a de colocá-la em tratamento especializado
para a sua recuperação.

Despertadores para acomodar consciência mal acomodadas de solidariedade.


A fabricação das rótulas distintivas-menores, que torne menino de rua não
absolve a responsabilidade social de quem se deixa levar por eles. Ao
contrariar, arma o agente do extermínio e se faz cúmplice da situação em
consequência de uma razão indolente.

3. Justificativo

Entendo que a tese da redução da maioridade penal em correcta e insensata


para em basear a sua opinião, informa-nos dados que revelam essa
incorrecção e insensatez.

Embora conte com forte apoio popular em recente pesquisa da ordem dos
advogados de Angola. das entrevistadas manifestaram concordância com a
tese da redução da maioridade penal para 14 anos, cientificamente correcto a
sua peremptória reajustarão, em razão, sobretudo da sua ineficácia e
insensibilidade. Se as presidências são reconhecidamente faculdades do
crime, a colocação do adolescente nele se só teria um significado: iria mais
cedo prepará-los para empregarem o crime organizado.

Portanto de um lado parece adoptado sensatez essa postulação puramente


vingativa de outros lados, tem pouco este claro no estatuto da criança e do
adolescente o tratamento que deve ser dado aos autores dos crimes
sanguinários, que remetem total desajustes comportamental e de
personalidade

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3.1.1. É preciso mudar o psicológico e não a cronologia
Acredito que, quando um menor chegar a cometer um crime é porque,
certamente, a estrutura de personalidade já se encontra comprometida.
Segunda autora adolescente pode cometer um crime, mas nem todos podem
entender, porque chegou a comete-lo.

Poeticamente, define a trajectória dos sujeitos pelo que: a existiria de um


indivíduo é um trauma complexo de acontecimento que significa entre si diz
que a subjectividade se constrói a partir de uma experiencia simbólica
estabelecida nos primeiros momentos da relação a mãe-bebé e deste com o
mundo no decorrer da primeira infância.

Assim, a capacidade de discernimento que um adolescente pode saber o seu


acto não esta ligada, portanto, a cronologia, mas sim a sua objectividade, ou
melhor, a capacidade que ele tem (ou não) de significar o seu acto de modo a
assumi-los como verdadeiro ou validade e aceitáveis.

Acredito que a redução da menoridade penal na mudaria o comportamento dos


jovens de 14 anos, pois não se trata de mudar a cronológica, mas a
psicológica.

A redução da menoridade penal para mim nada mais do que uma situação
tapa buraco para uma situação que se mostra muito mais complexa no qual a
solução estaria na chance de reabilitaria com o trabalho de cunho psicológico.

A dedução de menoridade penal não educaria os jovens, pois não solucionaria


o problema. O importante, é, justamente dar uma chance à este jovem, de
compreender o significado do seu acto, tal facto e, só se da mediante à um
trabalho psíquico que envolva a construção de um novo homem e,
necessariamente, a busca de uma verdade individual.
______________________________________________________________
Lei 19/96 de 19 de Abril, decreto nº 6/03 de 28 de Janeiro, resolução nº 20/90 sobre os direitos da criança
LJM, segunda edição autora Medina Maria

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4. A idade de responsabilidade criminal dos adolescentes

A idade! Qual a idade é aos 18 anos de responsabilidade civil e 16 anos de


idade de responsabilidade criminal. É a idade da razão ou a idade da emoção.
É uma gestão de género, tempo ou espaço.

Por outro lado, são extremamente preocupantes as soluções mágicas que


também aparecem nessas ocasiões, visando a conter a onda de violação com
mais violência. Nesse cenário insere-se a proposta da redução da idade da
responsabilidade criminal dos jovens de 16 anos para 14 anos de idade, seja,
quer se diminuir a idade de inimputabilidade penal dos jovens angolanos. Antes
de mais nada é preciso esclarecer que os jovens infractores absolutamente não
ficam impunes.

As suas acções delitavas tem que ser sancionadas pois a comunidade que foi
atingida pela sua conduta deve ser protegida a segurança e a paz social, mas
de acordo com as principais fundamentais da responsabilidade penal, a medida
de prevenção criminal tem como objectivo a renegação dos jovens e a
separação simbólica ou efectiva dos danos causados.

A duração de medida dada a missão da lei, prolonga-se ate aos 18 anos dos
jovens, sendo que, em outros sistemas legais ela pode estender-se ate 21
anos, ou que nos aparece mas adequando à uma melhor recuperação.

Assim sendo não a estimativa a prior, não o criminaliza, mas dá-lhe uma
chance de ser atendido em uma condições especiais, talvez a primeira
oportunidade que os jovens tenham na sua vida de miséria e opressão.

Os jovens que chegam a serem internado em sua maioria são filhos de pais
pobres o que significa aqui não tiveram saúde e educação, nem tecto.
Prioritariamente, cometem delitos tais como: furtos e roubos, violência contra a
pessoa, por vezes nem deveriam estar internado se houvessem condições de
atendimento em meio aberto.

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Apenas um número restrito comete delitos considerados graves ou apresenta
certos comprometimentos efectivo-emocionais e precisa de intervenção em
pequenas unidades com atendimento específico, tanto para preservar a sua
própria integridade física, como para prevenir residência.

É possível reconstruir a historia da infância por meio do resgate dos


mecanismos repressivo assistências que a produzem. Contudo, em vez de
reflectir-mos os equívocos do passado, vamos, juntar-mos, Elaborar um
complexo e dedicado processo de construção social do futuro da criança
angolana nos termos dos art 80º e 81 da CRA, e a partir do ECA, que, sem
dúvida, é uma legislação que vem a frente da sociedade, mas serve de
alavancar para as transformações que atendam as necessidades e interesse
da consequência colectiva.
Por ultimo, é importante que os pais estão criticado do exterior em relação aos
os assassinatos da criança e jovem sejam reconhecido por ter uma lei
avançando na defesa dos direitos, que responde as exigências das convenções
internacionais, inclusive aquelas especificas para a prevenção da delinquência,
administração da justiça e protecção dos jovens privados de liberdade. Em
resumo, uma nação que acredita e aposta no potencial da nova geração rótulas
ou estigmas, simplesmente jovem angolanos.

Não se sabe o que as incomoda mais se a lei afinado com os preceitos


internacionais de defesa do direito e apontando rumos para uma civilização
comprometida com suas crianças e seus jovens e o direito da ressocializaçao
de jovens infractores.

Desconhecido o ECA, pretendem negá-lo e inviabilizam a sua aplicação, a qual


tem o dever de fiscalizar. Mas grave, em detrimento dos direitos dos cidadãos,
adolescentes que deveriam garantir. No mínimo, estão deslocados, sobretudo
em suas funções principais de defesa da sociedade, já que estamos numa
democracia de direitos, arduamente conquistada. É estranho, que os
operadores da justiça se apeguem só na lei para aplicar indiscriminadamente
às medidas de internamento, conforme determina CDC convenção das nações

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unidas sobre o direito da criança devem ter excepcional e a brevidade
requeridas pela pessoa em desenvolvimento.

Pode-se supor que não estejam preparados para liderar com as referencias
conceituais e praticas que orientam a questão segundo Bierrenbach na França
que lida com as crianças e jovens passam por um curso de capacitação; sem
ele, Juízes, promotores, advogados, educadores não considerados não aptos
para exercícios profissionais há que se conhecer e aprender o espírito da leio;
percebe-se os sujeitos em situações e de riscos pessoais e social e sua
circunstância, na realidade económica, política e social dos pais.

Quando vivemos no mundo globalizado no qual se enfatiza o desenvolvimento


integral com base na educação, reduzir a idade de responsabilidade penal e
crença equivocada no mediatismo da pena. É um gesto de reiterada exclusão
das possibilidades de cidadania dos jovens de se desarticular ao exercício de
direitos numa democracia em construção.

5. Desfazendo verdades enganosas


5.1. Discernimento do mundo da inimputabilidade do menor

Não procede a alegação de que o adolescente de hoje recebe maior carga de


informação do que o adolescente do inicio do século passado e, portanto, tem
mais informação do que aquele. Se há, de facto, mais informação hoje, elas
são mais quantitativas que qualitativas, ou seja, o jovem são mais
bombardeadas por informação mais deletérios que educativas e isso se
verificam até no interior das escolas.

A televisão e o computador tem sido veículos mais de malefícios que


benefícios as nossas crianças e adolescentes, e são as principais companhias
desse seres em formação. A família de hoje, por outro lado, tem sido mais
pródiga em alimentação e abandono (sentimental, intelectual, material), as
crianças e adolescentes. Ao contrario do que muita gente diz, o adolescente
angolano, como do resto a maioria da nossa população tem sido alvo de
sistema económico que esta vitimando a todos e mais aos pobres e desvalidos.
Nossa migração que já era assustadora no plano interno (interior, grandes
cidades), agora comove porque é êxodo do solo prático, que termina no
desespero da prostituição, da exploração degradante e da morte. A educação
não é de qualidade e o sistema de saúde está totalmente falido.

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Não há emprego para os pais e nem sequer perspectivas para o adolescente,
que não consegue exortar além da exclusão a que está submetido com sua
família, e da conduta reprovável e reforçadora de certas elites da nossa
sociedade. Que Angola é essa?

Conhecer o mundo é próprio das novas gerações, no entanto, isso não significa
que o código penal deve apertar mais a não contra essas gerações,
privilegiadas pela disseminação da informação, mas ainda vitimas do sistema.

5.2. POBREZA E INIMPUTABILIDADE DO MENOR

Não é verdade a lógica do argumento de que a situação económico-social


seja determinante da delinquência, já que jovens ricas e bem posicionados na
sociedade também delinqúem, ora essa delinquência é ocasional, é tópica, e
sempre bem explicada com base no abandono sentimental, educativo (uma
vez que a escola, mesmo particular, hoje, pouco ensina e menos ainda
educa) é moral a que muitas crianças e jovens da classe alta estão
submetidas. Ao contrário do que se diz, os filhos de classe média e alta,
quando praticam actos infracionais, também são vítimas do abandono
praticado por seus pais, que, preocupados com a vida pessoal, esquecem-se
dos filhos não lhes dando a educação e os limites adequados.

Há filhos felizes da pobreza e filhos infelizes da riqueza; essa, aliás, esta mais
próximo da infelicidade já por enumeras razões.

6. SOLUÇÕES

Aqui, uma vez mais, a inteligência é o grande instrumento da ciência, a poderosa


alavanca com que a qual o homem se torna senhor da realidade, subordinando-
a a seus fins vitais. Ora, a redução da idade ou do momento, marco inicial para a
justiça e útil reacção penal, milenarmente tem preocupado as mentes
esclarecidas e justas no longo rastro da luta da humanidade contra as condutas
anti-sociais.

O tema não é daqueles que possa ser enfrentado com emoção, com perda de
razão de ser da punição penal (hoje mais útil que meramente vingativa ou
intimidatória). Será que o ensino jurídico em Angola está tão ruim que possa
gerar mentes que acreditam que o direito penal possa servir, ainda como meio
de vingança? A redução de idade penal não fez diminuir a criminalidade nos
poucos países em que foi adoptado, assim como pena de morte. É que o
criminoso não age segundo essa lógica intimidatória, não o criminoso que nos
assusta a todas, os profissionais do crime (criminoso por opção de vida),
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raramente o efeito intimidatório da pena, ainda que a mais cruel, interfere no
acto ou momento irracional dos que cometem crime por deslize eventuais ou
passionais dai a utilidade reduzidíssima da pena tão-só intimidatória. Se a mera
punição de crianças e jovens fosse verdadeiramente factor de contenção ao
crime, os Estados Unidos, que punem ( em alguns estado), menores de 18
anos, não seriam um exemplo de alta taxa de criminalidade entre os
adolescentes. Também não haveria tantos crimes no interior das cadeias, se
essa sanção fosse, de facto, utilmente intimidatória ou eficaz contra o crime.

A redução da maioridade, em primeiro lugar, fere o princípio consagradas no


direito angolano, se nos ater os artigos 80º e 81º da CRA, e artigo 2º da lei
nº9/96 de 19 de Abril, em que o jovem é um ser em formação, diverso, pois, do
adulto. Isso já estava, em maior ou menor grau, na base das preocupações
seculares dos direitos antigos. O adolescente pode e deve ser punido pelo que
faz de errado, mais essa sanção precisa ter, tónico e efectivamente, um
carácter educativo ressaciolizante. Isso tem sido a lógica moral e social na
história da humanidade. É absolutamente falso afirmar que a lei do Julgado de
Menores ou código de processo do Julgado de Menores não pune menores
infractores, pune e não reeduca, o que é pior. Porque não tem centro de
reeducação de menores.

Por fim, o argumento de alguns Juristas e Doutrinadores, da punição legal aos


14 anos, além de precário como argumento lógico e ético, é empiricamente
falso.

Periodicamente são revelados dados da ONU, que realiza a cada quatro anos
a pesquisa crime Trends (tendências de crime), revelam que são minoria os
países que definem o adulto como sendo pessoa menor de 18 anos, e que a
maior parte destes é composto por países que não asseguram os direitos
básicos da cidadania aos seus jovens.

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CONCLUSÃO

Constatou-se depois de um estudo que não existem um consenso entre


Juristas e Doutrinadores no que tange a redução da maioridade penal.
Actualmente existem divergências entre juristas e doutrinadores na esfera
constitucional e penal. As argumentações são sempre as mesmas. Alguns
acreditam que a redução da maioridade penal não seja uma medida mais
adequada. Outras defendem os direitos humanos fazendo com que as
propostas esbarram sempre.

Entretanto, pode-se-ia explorar outros caminhos juridicamente falando. O


caminho da lei nº 9/96 de 19 de Abril, alterando as punições, a
ressocialização dos menores infractores, o tempo de internamento, trabalhar
em conjunto com as políticas públicas do nosso pais. Mas, no entanto após
analisar textos, reportagens, entrevistas que falavam sobre o assunto da
inimputabilidade do Menor infractor, conclui-se que não é necessário a
redução da maioridade penal. È preciso que a população juntamente com os
representantes do povo exerça os direitos consagrados na constituição
angolana, garantindo aos menores uma vida melhor com educação, moradia,
saúde, emprego e lazer. Afastar de criminalidade é proporcionar ao jovem
sonhador uma vida digna é transforma-lo em um cidadão. Isto é dever do
Estado e da Sociedade.

Enquanto o tempo passa, a proposta de reduzir a idade penal fica travada na


discussão se estaria ou não violando uma norma de direito fundamental
consagrados na constituição, á esfera de uma solução, pelo presente estudo,
verificou-se que não á possibilidade de fazer alterações por meio de uma
emenda constitucional. A não ser que elabora-se uma nova constituição o que
seria muito mais dispendioso.

A lei do Julgado de Menores possui medidas socioeducativas suficiente viáveis


para serem aplicadas aos menores infractores. Basta que sejam aplicadas
adequadamente conforme o desenvolvimento do menor de 12 anos e maior,
assim como o menor de 16 anos. Não dar o tratamento adequado a esses
jovens infractores é igualá-los na lei como um infractor adulto é o mesmo que
voltar aos tempos antigos. E por fim, conclui-se que é necessário criar planos
de acções, directrizes, aplicar os direitos estabelecida na constituição
angolana, pois de nada adianta reduzir de 16 para 14 anos a maioridade penal
sem criar mecanismos que combatam o problema directamente, ou seja,
politicas voltadas para a protecção do menor tais como expressas na carta
magna e ratificadas por Angola em carta Africana (sobre os direitos das
criança) e (convenção internacional), sobre a mesma matéria.

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BIBLIOGRAFIA

LJM/ Lei nº 9/96 de 19 de Abril; autor Medina Maria. 2º ed, Abril


2008.

Convenção sobre os direitos das crianças; Resolução nº 20/90.

Manual- A construção e teoria da criança no imaginário jurídico.


In: Crisóstamo e Eliana Cristina (org) a razão da idade. 1º
ed:MJ/SEDH/,2001.

MJ/ SEDH/DCA;2001. Gomes Nito,gg, A inimputabilidade do


menor em razão de idade 1º ed

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