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RESUMO
Neste artigo, vamos falar sobre medidas de segurança que são usadas como punição, de
acordo com o Código Penal. Tal como a segurança pessoal dos indivíduos portadores de
acometimentos mentais, bem como a coletividade que convive diariamente com tais pessoas.
É notável que ao longo dos tempos os indivíduos que sofrem de transtornos mentais se
deparam com estigma da sociedade acerca da marginalização dessas condições físicas, com
tudo muitos estudos e análises que vem sendo desenvolvidos com a ajuda da modernidade
para compreender o que acontece na mente de tais indivíduos e como lidar com eles. Tal fato
também é importante quando, pois, a sentença penal no tocante ao assunto, já que o médico
devidamente especializado é responsável por passar o diagnóstico minucioso e detalhado da
situação que o indivíduo é acometido, para que assim, a melhor solução possa ser encontrada.
Outrossim, atualmente, o sistema de sanção brasileira não anda em harmonia com as Leis de
Reforma Psiquiátrica, ocasionando um estilo de vida completamente desumano para os
detentos, não fazendo valer, assim, o papel de ressocialização. Assim, a temática tão
importante e pouco abordada será exemplificada neste estudo, que se baseia em livros e
artigos científicos com fundamentos sólidos.
Palavras chave: Medidas de segurança, Direito Penal, Inimputáveis, Ressocialização,
Pena.
ABSTRACT
In this article, we will talk about security measures that are used as punishment, according to
the Penal Code. Such as the personal safety of individuals with mental illnesses, as well as the
community that lives with such people on a daily basis. It is notable that over time,
individuals who suffer from mental disorders have faced stigma from society regarding the
marginalization of these physical conditions, with all the many studies and analyzes that have
been developed with the help of modernity to understand what happens in the mind of such
individuals and how to deal with them. This fact is also important when, therefore, the
criminal sentence regarding the matter, as the duly specialized doctor is responsible for
passing the thorough and detailed diagnosis of the situation that the individual is affected, so
that the best solution can be found. . Furthermore, currently, the Brazilian sanction system is
not in harmony with the Psychiatric Reform Laws, causing a completely inhumane lifestyle
for inmates, thus not fulfilling the role of resocialization. Thus, this important and little-
addressed topic will be exemplified in this study, which is based on books and scientific
articles with solid foundations.
Keywords: Security measures, Criminal Law, Unaccountable, Resocialization, Penalty.
INTRODUÇÃO
O Direito Penal visa proteger os direitos e valores jurídicos fundamentais para que
todos os cidadãos vivam em harmonia na sociedade. Os direitos são de forma indiscutível, a
maneira de assegurar a todos condições mínimas de vida e dignidade. No Brasil, esses direitos
estão previstos na nossa Constituição Federal, sendo separados em individuais, sociais e
políticos. De tal forma, o legislador penal no tange a suas possibilidades busca manter a
integridade física e moral, o bem estar coletivo entre outros.
Outrossim, seguindo essa linha de raciocínio podemos constatar que foram
criados os tipos penais, que são feitos para especificar os modelos de condutas humanas que
estão sujeitas a uma pena. Condutas ilícitas, que violam uma norma é que estão dispostas a
uma sentença penal. O autor em questão da ação ou da omissão estará sujeito a pena prevista
pelo crime praticado na medida de sua participação e intenção. Mas se ao decorrer da ação ou
omissão ele for diagnosticado com falta total ou permanente de suas faculdades mentais, este
indivíduo sofrerá uma medida de segurança.
Conforme dispõe o teor do disposto no Art. 27, caput, do Código Penal (BRASIL,
1940):
Art. 27- É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou omissão, inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Portanto, a média de segurança e um instituto penal dessa forma imposto ao a
gente inimputável e semi-imputável que praticam o fato típico, ilícito (ambas as
características podem ser descritas por alguns autores como “injusto penal”.) e apresentem a
periculosidade. Como descrito anteriormente, e vista como uma maneira de instrumento de
proteção social que visa uma terapia individualizada e de caráter preventivo, a medida de
segurança visa o futuro, a possibilidade de o a gente voltar a praticar a conduta delituosa e o
quanto isso pode ser prejudicial à coletividade.
Ao imaginarmos a hipótese de um indivíduo que é acometido por algum
transtorno mental, já podemos visualizar uma situação em que este, ao voltar a viver em
sociedade, cometa os mesmos erros anteriormente julgados ou até mesmo situações piores. O
estigma e preconceito da sociedade acerca dos ex carcerários é preocupante, pois por mais que
a lei e o Estado façam a sua parcela de responsabilidade em punir e ressocializar, a
coletividade, entretanto não vai incluir o apeando novamente de maneira tão comum com
anteriormente. Cabe ao Estado então, estabelecer medidas cabíveis é necessária para
ressocializar tais indivíduos que são vistos com perigosos e prejudiciais a toda comunidade.
3. SEMI-IMPUTABILIDADE E INIMPUTABILIDADE
De acordo com o Código Penal Brasileiro, só existe duas situações em que a pena
pode vir a ser substituído pela medida de segurança: o semi-imputável e o inimputável. A
consequência, juridicamente falando na hipótese de inimputável, será a absolvição agregada à
imposição da medira-se de segurança. Já na semi-imputabilidade poderá haver a condenação
com redução de pena (de um a dois terços) ou a substituição desta por uma medida de
segurança. Desta forma, se compreende que ao momento da ação o a gente em razão da
enfermidade mental não tem capacidade de entendimento da situação, o que ocasiona a não
ser imputado pelo ato cometido.
Ao observarmos o Art.96, no Código Penal, vemos que as medidas de segurança
estão divididas em duas espécies: l- Internação em hospital de custódia e tratamento
psiquiátrico ou, a falta, em outro estabelecimento adequado; ll- Sujeição a tratamento
ambulatorial. No primeiro parágrafo, a espécie é chamada de medida de segurança retentiva.
(BRASIL, 1940) Na segunda hipótese, ela se chama medida de segurança restritiva, o sujeito
receberá um tratamento clínico periodicamente irá até o médico para realizar o tratamento.
Em ambas a situações o condenado será obrigado a ter tratamento.
Na situação de uma agravante mental, decorrente de uma condição biológica,
razão pela qual o cidadão fica completamente incapaz de compreender o caráter ilícito do ato
praticado, sendo inseto da pena por ser considerado inimputável, conforme Art.26 do Código
Penal (BRASIL, 1940):
“Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento”.
Já no tocando a semi-imputabilidade acontece uma perda parcial da capacidade do
cidadão de compreender o ato realizado, devido a alguma doença mental ou até mesmo um
desenvolvimento metal retardado, compreende então a redução da imputabilidade. Portanto
implica a atenuação de sua pena conforme parágrafo único Art. 16, do Código Penal
(BRASIL, 1940):
“Art. 26- Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois
terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por
desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.”
Então, para que a situação não saia de controle em relação ao tempo de cárcere,
sob quanto tempo e sob ordem da autoridade, e imperiosa a emissão de um guia do
internamento para uma autoridade do sistema judiciário que seja competente para a situação.
Outros documentos podem também ter existência, documentos esses que forneçam um
embasamento totalmente legal para a internação no apegado em um Hospital de Custódia e
Tratamento. (NUCCI,2019, pg 282)
Portanto é fato que as regras que se dá a punição de um agente ou de outro se dá
pelo crime que lê foi cometido e pela punição que sofreu, por exemplo, se a infração penal for
cumprida com a detenção, a medida de recuperação deve ser o tratamento ambulatorial, pois
este permite a assistência e a força que a família pode fornecer ao longo do processo.