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UNIDESC

Nome do Curso: Psicologia

Nome da Disciplina: Psicologia Jurídica

Nome do Professor: Paulo Henrique Roberto

Nome da Turma: Psicologia NOTURNO 2022 – Psicologia Jurídica

Nome do Estudante:
Data da aplicação:

Estudo dirigido – VAIII

1. Tomando o modo pelo qual as políticas públicas para infância e juventude foram
construídas no contexto brasileiro, Faleiros (2009) apresenta três principais
modos de gestão. Disserte sobre eles.
Primeiramente, o período correspondente à República Velha (1889 - 1930), no
qual o Estado não intervinha nas condições de vida da população infanto-juvenil,
a não ser para a manutenção da ordem social em uma postura higienista que
visava à manutenção da raça, "limpando as ruas" dos vagabundos, pedintes e
desocupados - nessa categoria, alguns menores faziam parte. Ademais, nessa
época, aceitava-se certa integração da infância pobre e abandonada por meio do
trabalho subalterno e de cuidados de cunho assistencialista e caritativo não
relacionados ao Estado, mas executados por ações filantrópicas frequentemente
ligadas à igreja.
Posteriormente, em um segundo momento, ocorre a criação do primeiro Código
de Menores, conhecido como Código de Mello Matos, em 1927. Esse código
apresenta algumas mudanças em relação à lógica anterior, estabelecendo, por
exemplo, a proteção legal até os dezoito anos - o que indica a entrada do menor
na esfera da regulamentação pelo dispositivo da lei não como sujeito de direito,
mas como objeto de tutela do Estado. Nesse contexto, a criança e o adolescente
são julgados por sua índole (boa ou má) e por seu caráter, tendo o juiz como o
avaliador desses critérios.
Em um terceiro momento, a legislação sobre a infância e juventude é
reformulada e, em 1979, é promulgado o segundo Código de Menores, o qual
cria a Fundação Nacional de Bem-Estar do Menor (Funabem) e seus núcleos
estaduais (Febem), adotando a Doutrina da Situação Irregular. Cabe dizer que
essa doutrina, sinteticamente, refere-se ao fato de os menores serem
considerados portadores de direitos ocasionalmente; isto é, somente quando
estivessem em "estado de patologia social, definida legalmente" (Faleiros, 2009,
p, p. 70), o que ocorreria apenas quando o menor fosse privado de condições
básicas para sua subsistência por omissão, ação ou irresponsabilidade dos pais
ou responsáveis. A Doutrina da Situação Irregular implica, ainda, no
entendimento da situação de pobreza econômica como um dos principais
motivos do encaminhamento de crianças e adolescentes (entendidos, nesse
cenário, sempre como menores) às unidades da Febem, classificando, ainda, a
família dessa população como desestruturada.
2. Quando observamos os dados sobre a população juvenil que recebe medida
socioeducativa de internação, vemos a configuração do perfil de uma categoria
bastante próximo do que tínhamos no cenário menorista. Ou seja, a clientela das
medidas socioeducativas de internação reflete as características gerais daqueles
que eram alvo da Doutrina da Situação Irregular (Scisleski, 2010; Reis, 2012).
Disserte sobre os dados categorizados no texto de base.

3. Disserte sobre os tipos de violência contra a mulher.


1-Violência física
A violência física é a utilização da força física sobre alguém. Tapas, socos, chutes
puxões, empurrões ou a utilização de algum artefato com o objetivo de impor-se pelo
uso da força física, oprimir, ferir ou causar qualquer tipo de dano físico.

2. Violência psicológica e moral.


Já a violência psicológica e a moral utilizam-se de palavras ou atos ofensivos como
forma de agressão. Humilhação, exposição, xingamentos ou a opressão e submissão
fazem com que a vítima seja coagida sem a necessidade de utilização da força física.

3. Violência sexual
A violência sexual ocorre quando os atos de violência assumem um caráter sexual.
Assédios, abusos, violações e estupros são considerados atos de violência sexual.
Esses casos ocorrem quando não há o consentimento entre as partes ou quando a vítima
é incapaz de opor-se ao ato. Como nos casos de violência contra crianças, idosos,
pessoas com déficits cognitivos, ou temporariamente inaptas.

4. Violência econômica
A violência patrimonial ou econômica ocorre quando a propriedade ou os meios de
subsistência são negados ou retirados por uma pessoa ou grupo. Furtos, roubos,
subtrações ou impedimentos podem ser caracterizados como esse tipo de violência.
Em alguns casos de violência contra a mulher, o agressor utiliza-se da dependência
financeira da vítima para oprimir e subjugá-la.

5. Violência social
A violência social ocorre devido a utilização da força de um grupo social sobre outro.
Discriminação, preconceito, desrespeito às diferenças, intolerância ou submissão de um
grupo é entendido como violência social.

6. Violência doméstica
A violência doméstica ocorre dentro do núcleo familiar. Pode ser causada por
companheiros, parentes ou tutores. Dentro dessa tipificação, predominam os casos de
violência contra a mulher e os casos de violência contra criança.

Cada categoria recebe uma atenção diferente do Estado a partir de leis e formas de
prevenção.
Violência contra a mulher
A violência contra a mulher pode ocorrer dentro das relações de conjugalidade
(casamento legal ou relacionamento íntimo) e as tipificações e punições para os
agressores estão previstas na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06).

4. Qual o papel dos psicólogos nos presídios?


O trabalho do psicólogo dentro do sistema prisional é indispensável tendo em vista que
sua atuação é voltada para a garantia dos direitos humanos, priorizando a autonomia do
sujeito e procurando fazer com que a LEP seja efetuada de fato para que se possa ter um
resultado satisfatório.
A atuação do psicólogo não se retém somente nos atendimentos e nas avaliações, de
acordo com Rauter (2005)[22] a denúncia das péssimas condições carcerárias é também
tarefa do psicólogo e para que possa realizá-la, deve construir redes, rompendo o
isolamento da prisão. Nessa denúncia ele também se utiliza de seus conhecimentos
teóricos, pesquisando e teorizando sobre os efeitos do isolamento, de práticas como o
RDD (regime disciplinar diferenciado), da inatividade física e mental, numa perspectiva
em que clínica e política são indissociáveis. 
Ademais, cabe ao profissional da Psicologia, no acompanhamento do preso, atuar no
sentido de proporcionar ao condenado o fortalecimento dos laços sociais, o resgate de
sua cidadania e a inserção na sociedade extramuros e, conforme determina a Legislação
que regula a execução penal,“observando a ética profissional”

5. Disserte sobre a realidade do profissional de psicologia em ambiente prisional e


o perigo do desconhecimento da realidade estabelecida naquele lugar.
Na prática psicológica no sistema prisional, é comum que os profissionais se encontrem,
muitas vezes, afastados de recursos e do tempo necessário para uma atuação voltada
para a assistência das PPL, por conta da grande demanda pela realização de exames
criminológicos.
A quantidade de profissionais destinadas a grande demanda, causa um prejuízo enorme
no trabalho que deveria ser proposto.
A grande quantidade de pessoas em estado prisional hoje no brasil, supera as vagas que
as penitenciarias oferecem, e com problema sendo exposto, o psicólogo que se propõe a
este trabalho, acaba esbarrando nas demais demandas que são maiores que a mão de
obra.

6. Nesse sentido, disserte sobre o papel do psicólogo jurídico no combate a


violência contra as mulheres.
A atuação do psicólogo jurídico é de extrema importância no que diz respeito ao
comportamento humano, por isso sua atuação diante de um caso de violência, a mulher
seja qual for a agressão é de suma importância, pois sua visão pode livrar a vítima da
opressão que está vivendo e ajudar a retomar sua vida.
A atuação do psicólogo jurídico, na atenção e resolução aos casos de mulheres vítimas
de violência e ou agressão seja ela doméstica ou não é de suma importância no
desenvolvimento e recuperação da mesma, pois o período de maior insegurança da
vítima é quando ela entra em uma delegacia para relatar o que fato de ter sido agredida,
principalmente em se tratando do seu companheiro. Pois mesmo sabendo que lhes são
garantidos todos direitos e ampara, a mesma ainda tem receio de denunciar por diversos
outros motivos. Então o acolhimento de profissional na área de psicologia como o
psicólogo jurídico, ajuda a esclarecer e acolher melhor essa vítima.
7. Disserte sobre o instinto da lógica prisional e punitiva na lida com os conflitos
sociais em uma sociedade como a brasileira. Donde advém esse ressentimento?
A criação de uma nova legislação para definir o poder de punir como uma função geral
da sociedade, exercida da forma igual sobre todos os seus membros. Foucault (1987)[3]
diz que a prisão se fundamenta na “privação de liberdade”, salientando que esta
liberdade é um bem pertencente a todos da mesma maneira, perdê-la tem, dessa
maneira, o mesmo preço para todos, “melhor que a multa, ela é o castigo”, permitindo a
quantificação da pena segundo a variável do tempo: “Retirando tempo do condenado, a
prisão parece traduzir concretamente a ideia de que a infração lesou, mais além da
vítima a sociedade inteira”.
O sistema penitenciário, tal como ele existe na sociedade capitalista, principalmente
aqui no Brasil, é extremamente cruel, não só porque confina fisicamente o homem, sem
que esse homem possa compreender o problema da liberdade, se não em relação à sua
locomoção física, mas ele anula a subjetividade do sujeito, no sentido de não lhe
oferecer nenhuma possibilidade de racionalização da situação em que se encontra.

8. Disserte sobre a realidade do nosso sistema jurídico e a penalização no Brasil.


Realmente são brandas as leis?

9. Disserte sobre o termo "guerra às drogas" e o futuro sobre as políticas de drogas


no Brasil.
O problema social, traz uma série de dependências como financeiras, social, intelectual
e psíquica.
O vício acarreta e demonstra uma sociedade totalmente doente, que acaba trazendo uma
grande lacuna entre as políticas públicas, e a atuação dos agentes transformadores.
O problema que deveria ser tratado na raiz, para que as ações sejam feitas em primeira
estância, passa por um processo tão oneroso, que as quando ainda está na raiz, ele não é
tratado pelos órgãos responsáveis.
Trazer e cuidar da drogadição, deveria ser inserida como prioridade não ações e
campanhas governamentais, porem ele só se torna problema quando começa a invadir a
alta sociedade. A drogadição deveria ser cuidada e tratada a partir do ser humano, e não
do prejuízo que este cidadã causará na sociedade.

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