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TEMA: A IMPORTÂNCIA DOS DIREITOS HUMANOS NA

RESSOCIALIZAÇÃO DOS DETENTOS NO BRASIL

1° Período de Direito – Prof. Pedro Henrique Araújo


Nome: Rayane Apolônio Fagundes
Data: 27/02/2023
PREFÁCIO

O presente trabalho tem como objetivo


abordar os conceitos básicos dos Direitos
Humanos para compreensão de outrem, os
principais questionamentos a respeito do tema,
bem como sua efetividade no cotidiano dos
detentos no Brasil (que cumprem pena ou não),
e como um amparo na ressocialização.

“Prisão, essa pequena invenção é


desacreditada desde o seu nascimento.”
- Michel Foucault – filósofo francês a respeito do
falho sistema prisional.
1. CONCEITO
Os Direitos Humanos são normas conjuntas que
reconhecem e protegem a dignidade de todos
os seres humanos. São compostos por 23
artigos, sendo o mais conhecido o 1°, retratado
a seguir:

“Artigo 1°
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em
dignidade e em direitos. Dotados de razão e de
consciência, devem agir uns para com os outros em
espírito de fraternidade.”

A ideia de direitos humanos surgiu como


impedimento da repetição de tragédias
passadas, como a Segunda Guerra Mundial, a
exemplo das ditaduras e os massacres nos
campos de concentração.
2. O QUE SE ENTENDE POR
DIREITOS HUMANOS NO
BRASIL?
Como dito anteriormente, os direitos humanos
asseguram a dignidade de um indivíduo. No
Brasil, estes regem o modo como os seres humanos
individualmente vivem em sociedade e entre si,
bem como sua relação com o Estado e as
obrigações que o Estado tem em relação a eles.

Visa, de fato, a liberdade do homem até onde


começa a de outrem, e assim por diante.
Nunca inflige danos moral do próximo, nem
apresenta distinção alguma, nomeadamente de
raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de
opinião política ou outra, de origem nacional ou
social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer
outra situação, de acordo com o artigo 2° da
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
3.OS DIREITOS HUMANOS
DEVEM SER APLICADOS A
TODOS OS PRESOS?
Mesmo que a maioria discorde, os direitos dos
detentos jamais devem ser restringidos, mesmo
em cárcere. Limitar sua liberdade não é
sinônimo de destituir um indivíduo de ser um
indivíduo.
O detento, mesmo infligindo a lei ao cometer
um crime, permanece sendo um ser humano e
portanto, permanece abrangido pelos Direitos
Humanos.

Alguns delitos podem de fato ser mais graves


que outros, por isso as penas se diferem. Tendo
em vista este fato, não é devido revogar os
direitos de um ser humano, sendo que a sanção
já limita e pune o indivíduo.
4. TODO PRESO TEM DIREITO AS
GARANTIAS FUNDAMENTAIS DO
ESTADO?

Na Constituição de 1988, os direitos e


garantias fundamentais foram consagrados de
forma inovadora, incluindo além dos direitos
civis e políticos, também os sociais.

Referente a um detento, cremos que assim como


ele sofre uma sanção por descumprir esses
direitos, que antes garantiam segurança á
alguém, o mesmo é abrangido por eles, isto é,
teoricamente falando, já que a Constituição
Federal, em seu art. 5º, inciso XLIX, assegura ao
preso o respeito à integridade física e moral. A
Carta consigna, ainda, que ‘ninguém será
submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante (art. 5º, III).
Na prática do cotidiano rígido e realista no
sistema de cárcere, um detento sofre a
precariedade de higiene, tendo em vista menos
do que o mínimo para existir.

5. O QUE SE SABE SOBRE AS


UNIDADES PRISIONAIS NO
BRASIL?

Sabe-se que as unidades prisionais brasileiras,


também conhecidas como penitenciárias, são
destinadas aos condenados que cumprirão pena no
regime fechado.
O Sistema Prisional Brasileira, que rege estas
unidades, tem como objetivo a ressocialização,
educação e a referente punição ao seu delito.
É importante destacar que existem falhas nestas
unidades. Entre elas, podemos destacar:
Quais são os principais problemas do sistema
prisional brasileiro?
 As superlotações
 os envolvimentos de presos em organizações
criminosas
 a falha de pessoal

Em 2021, a população
carcerária brasileira registrou a sua primeira
diminuição desde 2014, e ainda assim, as
penitenciárias estão cerca de 54,9% acima da sua
capacidade e o percentual de detentos sem
julgamento é ainda maior do que o registrado em
2020.
6. VOCÊ ACREDITA QUE AS
UNIDADES PRISIONAIS NO BRASIL
“DEVOLVEM” O PRESO PARA A
SOCIEDADE RESSOCIALIZADO?
Acredito que depende, pois não há lei ou sentença
que faça efetivamente uma mudança em alguém, sem
esforço próprio. De fato, a Lei promove o projeto de
ressocialização e, em alguns casos, é eficaz quando
há empenho dos profissionais das unidades e dos
próprios detentos.

Porém, essa realidade é promiscua e até mesmo


atípica, considerando que a maioria dos presídios,
com a super lotação, estão desorganizados e não
conseguem dar o suporte necessário para que a
ressocialização aconteça.

A ausência de medidas ressocializadoras nos


presídios fomenta a criminalidade, pois o apenado
permanece ocioso em grande parte do tempo, não
produzindo nada que irá trazer um retorno para a
sociedade e ao próprio indivíduo
7. O QUE VOCÊ ACHA DO
AUXILIO RECLUSÃO?

O Auxílio-Reclusão é um benefício financeiro mensal,


destinado aos dependentes (família) do indivíduo de
baixa renda que foi preso.
Foi criado em 1960 e seu valor varia de acordo com
a pena.

É um benefício que de fato ajuda as pessoas que


realmente necessitam, pois como o “provedor” da
família foi recluso, o meio de sobrevivência destes
foi afetado.
8. O QUE SE CONHECE SOBRE A
PROGRESSÃO DE REGIME PENAL?
A progressão de regime é a possibilidade de um
preso passar do regime prisional em que está
cumprindo pena pra outro mais benéfico e menos
gravoso.

É um assunto no qual se destaca opiniões


divergente, tanto contra como também a favor. Isto
porquê alguns detentos não cometeram delitos tão
graves ou estão ressocializados e, portanto, é
aceitável a progressão.

Em outros casos, há aqueles que cometeram crimes


mais graves, como homicídios, estupros, entre outros,
e estes são os alvos das discordâncias de opiniões.
Muitos acreditam que estes detentos não deveriam
nem ter acesso a ressocialização, como o caso da
Elize Matsunaga que esquartejou seu marido e
agora, após anos, reingressou na sociedade.

Acredito que nestes casos, como o exemplo citado


acima, são necessárias mais cautela e severidade.

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