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Indicações de bibliográficas:
Art.26, 27, 59 do CP
Art. 3º da LCP
Lei 8069/90 (ECA)
TEMA: CULPABILIDADE
ESTUDO DA CULPABILIDADE –
Será elemento integrante do conceito analítico de crime – fato típico, ilícito e culpável
Toda responsabilidade penal deve ser subjetiva, sempre perquirindo o dolo ou culpa do agente em
relação ao resultado causado. Se o agente não agir com dolo ou ao menos com culpa, não poderá
ser penalmente responsabilizado.
Versari In Re Ilicitta – Qualquer resultado decorrente da conduta do agente era imputado a ele.
Inclusive os casos resultados de casos fortuitos ou força maior.
Art. 3º da LCP
Para que haja a culpabilidade o agente tem que ter os três elementos – imputabilidade, potencial
consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa
TEORIAS DA CULPABILIDADE –
Teoria Psicológica – Para esta teoria a culpabilidade consistia em dados psicológicos, algo
que residia na mente do agente. Culpabilidade consistia no vinculo subjetivo entre o autor
e o delito. Para esta teoria o dolo e a culpa eram a própria culpabilidade.
Santiago Mir Puig - Assim como o nexo causal é o vinculo físico a culpabilidade é um vinculo
psicológico
O dolo e a culpa estavam localizados na potencial consciência da ilicitude. O dolo é formado por
vontade e consciência. e Passamos a ter no elemento culpabilidade dois elementos: . A a
consciência da potencial consciência da ilicitude e a do dolo.
Quando vigorava esta teoria, ao mesmo tempo, na conduta, vigorava a teoria causalista, pois o
agente agia sem finalidade (Mezger)
Teoria Normativa Pura – Para esta teoria de Welzel, o dolo e a culpa estão na conduta, e
não na culpabilidade. Aqui se mantem os elementos normativos - imputabilidade, potencial
consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa.
(Esta revolução de Welzel é muito conhecida como revolução copernicana do direito penal.
Passagem do causalismo para o finalismo.)
Tendo em vista que o dolo é composto por consciência e vontade, com o deslocamento do dolo
e culpa para a conduta (fato típico), só ficou a consciência da potencial consciência da ilicitude.
Existem dois tipos de consciência -
- A potencial consciência da ilicitude não é real, ela é possível – A ilicitude aqui será de um dos 3
elementos do tipo. A contrariedade da conduta a norma penal. A possibilidade de saber que a
conduta é ilícita, proibida.
Se faltar esta consciência, irá ocorrer erro de proibição.
- A consciência – elemento do dolo – é real, plena. Será uma consciência da conduta que você está
praticando.
Se faltar esta consciência, irá ocorrer erro de tipo.
ELEMENTOS DA CULPABILIDADE -
Critério Biológico – Menor de 18 anos não irá ser imputável para o crime. (27 do CP)
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas
estabelecidas na legislação especial. (Lei 8.069/90 – ECA)
Critério Biopsicológico – Será aqui o doente mental, pessoa com desenvolvimento mental
incompleto ou retardado. (26 CP)
Obs. Todas as doenças estão localizadas no SID 10, mas a doutrina utiliza muito nos
exemplos a Oligofrenia
Oligofrenia
Grau Suave – Débeis mentais – mente equivalente a criança de 7 a 12 anos
Grau Médio – Imbecis - mente equivalente a criança de 2 a 7 anos de idade
Grau Grave – Idiota – mente equivalente a criança de 0 a 2 anos de idade
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento. Se ele possuía alguma capacidade de entender, será semi-imputável – Pode
ser em casos de doenças que não reduzam totalmente a capacidade do agente. Poderá ser
substituída por medida de segurança nesses casos.