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PROVAS NO NEGÓCIO JURÍDICO

Conceito
“Conjunto de meios empregados para demonstrar legalmente a existência de
negócios jurídicos”

(Clovis Bevilaqua)

Entende-se a partir do conceito acima citado, que a prova é um conjunto de


meios, os quais poderão constar dos autos do processo e subentende-se desta
forma, como a constituição de elementos, substâncias ou fatos que em congruência
com o caso concreto em que se visa provar. A ausência da prova ou sua ineficiência
desta pelo autor, indubitavelmente poderá ser arguida pelas as partes contrarias, e
neste caso formatar o convencimento favorável do magistrado sobre fatos que não
tenha necessariamente ocorrido, determinando improcedente a litigância de
constituição de direitos do autor da ação.

Todos os pretensos direitos subjetivos que podem figurar nos litígios a serem
solucionados pelo processo se originam de fatos. Em si consiste na reação do
Estado-Juiz em busca da declaração de um direito, à solução de uma lide. Nem
sempre se faz necessário a instituição da fase Instrutória no processo de
conhecimento; isso ocorre por já existirem provas anteriormente juntadas e/ou o
efeito da presunção da veracidade dos fatos, há provas que já são produzidas
antecipadamente na fase postulatória: são os documentos (arts. 283 e 396).

No entanto há casos em que se faz necessário a fase probatória, como o


instrumento ou o meio hábil, para demonstrar a existência de um fato, sendo este o
sentido objetivo de prova. Já o sentido subjetivo trata-se da certeza (estado
psíquico) originada quanto ao fato, em virtude da produção do instrumento
probatório. Aparece a prova, assim, como convicção formada no espírito do julgador
em torno do fato demonstrado.

ÔNUS DA PROVA

Quem alega deve provar a veracidade do fato; dessa forma, impõe-se ao


autor a comprovação dos fatos constitutivos de seu direito, enquanto do réu exige-se
a prova dos modificativos, impeditivos, ou extintivos do direito do autor. Destaque-se
a possiblidade da inversão do ônus acima referido, a qual pode se dar por
determinação legal, por decisão judicial ou por convenção das partes. O “CPC no
Art. 333. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditiva, modificativa ou extintiva do direito
do autor.

Segundo Cândido Rangel Dinamarco, o “Ônus da prova é o encargo,


atribuído pela lei a cada uma das partes, de demonstrar a ocorrência dos fatos de
seu próprio interesse para as decisões a serem proferidas no processo” [1].

Palavras chaves: Conjunto. Meio. Demonstrar. Existência. Convencimento.

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