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Aulas Práticas – Direito Penal II

 soniareis@fd.ulisboa.pt

- Preparação – art 21º - atos preparatórios podem dar aso a punição jurídico penal
- Consumação

- PG- 1º a 130º - metanormas


- 1º a 9º - Teoria da Lei Penal
- 10º a 39º - Teoria do Crime – o que vamos estudar
- 40º a 130º - Teoria da Pena

- PE – 131º a 389º - organizada de acordo com o bem jurídico

- crimes comissivos – promovem um resultado

- causas de justificação – arts pares – 32, 34, 36, 38 e 39


- causas de desculpa – 33, 35 e 37 – afastam a culpa

 De acordo com o art 13º - no silêncio da lei o tipo é doloso, só qnd estiver previsto
na lei é negligente
- pelo menos por negligência – pelo menos pode ser negligente e pelo mais
doloso

 art 10º aplica-se aos crimes comissivos – sempre que o tipo da parte especial
promove um resultado. Crimes que comportam um resultado. Todos os c rimes
- esse crime comissivo pode ser:
- por ação
- por omissão

- o legislador tbm pode na parte especial prever o comportamento omissivo – art


190º/1, 200º/1, 284º
- NESTES CASOS N SE APLICA O ART 10º
- N SE APLICA O ART 10º QND SE APLICA O 200º
- N SE APLICA O ART 10º QND SE APLICA O 284º

- Art 31º - smp que opera uma causa de justificação – ela justifica uma causa por
inteiro

- art 38º- refere-se a um acordo, que quando existe exclui um tipo – nega a existência
de tipicidade.
- há diferenças entre o consentimento e um acordo
- o acordo exclui a tipicidade

- com 15 anos n pode ser punido pq n tem culpa


Teoria Geral na Infração Penal
Categorias analíticas:
Ação
Tipicidade
Ilicitude
Culpa
Punibilidade

- Função da TGIP: comparar o facto com uma hipótese legal

- Técnica da subsunção progressiva – terminologia que a prof rejeita- para ela a


aplicação deste sistema categorial-classificatória exige uma metodologia. Um método
que assenta em factos.

- TGIP – dá-nos sistematicamente os mm vetores para resolver casos práticos

- 1880- Escola Clássica


- conceito de ação- conceito causalista – vão buscar uma conceção mecânica de
ação – para haver ação tem de haver um movimento corpóreo que provoque uma
modificação no mundo exterior. O movimento corpóreo tem uma modificação.
- A ação tem uma causa – movimento corpóreo
- crítica: o pai n vai salvar o filho que se afoga pq tem um
movimento corpóreo – a escola diz que faz um movimento pq contrai os músculos

Liszt – estava muito motivado pelas ciências exatas e pelo monismo científico, tenta
importar este sistema categorial classificatório para o direito.
- o seu conceito de ação é causalista
- tipicidade era descritiva, objetiva e neutra
- art 203º do CP – o legislador tem logo um conjunto de valorações com
a coisa – existem certos tipos que na sua descrição normativa que já
contemplam elementos que se relacionam com a vcertente subjetiva,
ou seja, com a vontade  argumento da escola neoclássica

Relação da tipicidade com a ilicitude


- se a tipicidade indicia a ilicitude – ou o comportamento é lícito ou ilícito
- a tipicidade indica a ilicitude

Culpa - psicológica
Escola Neoclássica
- a tipicitude tem já elementos da ilicitude
- elementos normativos
- elementos subjetivos especiais – há certos tipos de ilícito cuja descrição
normativa fazem apelo à vontade do agente.

- a tipicidade e a ilicitude têm uma relação umbilical – utiliza-se a expressão “tipo de


ilícito” – a ideia é que em regra sempre que o facto é típico tbm é ilícito – traduz um
conceito material de ilicitude a partir do qual a ilicitude é graduável – pq o ataque ao
bem j pode ser maior ou menor.
- para a escola neoclássica – as causas de justificação têm um efeito mt
importante  negar a tipicidade – fala-se nesta sede na Teoria dos elementos
negativos do tipo
- causas de justificação – elementos negativos do tipo – smp que há uma
causa de justificação operante há uma negação do tipo

Culpa – tem de haver censurabilidade

Escola Finalista

Welzel- quando alguém pratica uma ação tem uma finalidade – as ações para Welzel
antecipam intelectualmente a sua finalidade

 Há uma conquista – o dolo e a negligência deixam de ser elemntos da culpa passam


a ser tipos subjetivos do tipo
- isto significa que para a ilicitude releva a vontade
- releva o sentido da vontade

 Na escola clássica e neoclássica – o dolo + negligência está na culpa


- todas as discrepâncias entre a a realidade e os factos são resolvidas na culpa –
há ação, típica e ilícita mas n há culpa pq n há dolo – e podem aplicar causas de
justificaçãp

 Na escola finalista – o dolo está na tipicidade – portante seria uma ação que n era
típica pq n há dolo – n poderiam operar causas de justificação.

Na pergunta 7 – estamos perante um caso de erro

Elementos substantivos da responsabilidade penal – ação, tipicidade, ilicitude e culpa


Separa os elementos adjetivos processuais

10/03/2022

- dois momentos:
- quando a mosca bate no olho – a pessoa fecha o olho – ato reflexo- ato de defesa – é
uma reação automática
- o movimento de defesa em face desse objeto estranho é que podemos discutir se há
ou não um automatismo

1º identificar o problema jurídico – saber se estamos perante um ato reflexo ou um


automatismi

2º reconduzir ao conceito da teoria geral da infração criminal

 A pessoa parte de um conceito de ação autonomizado das valorações e das


restantes categorias (tipicidade...)
- FD: n autonomiza o conceito de ação

Ação
- tem função de classificação – tem de ser capaz de classificar todas as formas
possíveis de crime
- função sistemática: se é capaz de funcionar como o topo do sistema – se a
ação é capaz vde ter uma ligação clara e logica com as categorias analíticas seguintes
- função de delimitação/seletiva negativa do conceito de ação – nem todos os
comportamentos correspondem a ações penalmente relevantes, que geram
responsabilidade penal.
- atos reflexos
- atos inconscientes
- vis absoluta
- automatismos
- temos a consciência presença- conjunto de atos comandados
pela vontade do agente
- sem que a consciência atual seja acionada a cada
momento
- conjunto de atos composto por uma amalgama de ações
em que n temos a consciência atual a funcionar smp.
- mas n geram smp ações penalmente relevantes

Teoria da ação responsável – MFP


Características:
1- geral expressão do comportamento de liberdade bastante e controlo – evitabilidade
2- (geral) expressão de ofensa a dtos e interesses verificável intersubjetivamente
3-
4-

 Temos de verificar face ao quadro se os sinais de perigo eram evitáveis e previsíveis.


- a possibilidade de evitar o automatismo é aferida:
1º- pelo critério padrão da pessoa média
2º- a partir da pessoa concreta, aferindo as características individuais do agente
- dado os dados da hipótese – o automatismo era inevitável  n há ação

Jakobs: admite a existência de ação sempre que se considere a concreta evitabilidade individual do
comportamento, ou seja, a possibilidade de um controlo do automatismo pela experiência. Tempo de
reação. Se o comportamento é evitável ou não, por isso é preciso avaliar se a vontade/consciência teve
tempo de se deparar com o problema e contrariar a ação

Eser: a chave está na disponibilidade de reações; ou seja, quais as alternativas do sujeito, o que significa
averiguar se se podem impor restrições antes que surja o impulso que desencadeia o automatismo;  em
abstrato é possível ou não – há uma bateria de possibilidades de estímulo da reação

Roxin – a forma como o agente atuou é uma forma de exteriorização da personalidade do agente e
portanto há ação

Caso do sonambolismo
- sonambolismo n é considerado uma doença e que n se consegue provocar
- n se consegue considerar acordada uma pessoa que pratica crimes que pratica
acordada

- ação penalmente relevante: humana, dominável pela vontade

- Ulpiano: nng pode ser punido pelos seus pensamentos

- No sonambolismo – há uma equiparação entre os factos que acontecem durante o


sonambolismo e os pensamentos

Teoria da ação responsável MFP

3- expressão da violação de deveres legais e interesses protegidos pelo dto


4 – expressão de justiça (oportunidade de motrivação pelas normas)

- no sonambpolismo falta o 4 – n tem oportunidade para se motivar pelas


normas

Jakobs: teoria da evitibilidade individual – o agente n pratica atos conscientes, donde


não pode ocorrer a contramotivação normativa
- considera que o dto penal tem a função de reafirmar as normas
- a atuação penalmente relevante é uma atuação contra normativa  tem de
ter vontade para praticar uma ação contranormativa.

Roxin: Teoria pessoal da ação – esses movimentos, ainda que determinados


psiquicamente, n intercedem no mundo real como manifestação da personalidade
- pretende apurar se em cada momento estamos perante comportamentos
representem a exteriorização da personalidade – o mm só pode acontecer qnd a
pessoa tem o domínio da vontade
- a pessoa está a dormir isso n exterioriza a personalidade mas sim os
pensamentos

-mas se o agente não quis, intencionalmente, utilizar o sonambulismo, sendo porém


previsível que a situação ocorreria, também aí não deixa de existir uma relação de
entendimento entre a atuação final da pessoa e a atuação naquele estado.
-no entanto o código penal não integra essas situações no art 20º/4 como
casos em que se verificará ainda a capacidade de culpa do agente - e por isso nesses
casos não se verificará uma ação.
- se o agente No Estado de sonambulismo criar a possibilidade, com elevada
probabilidade, de realizar uma certa conduta, por exemplo colocando uma arma
perto da mesa de cabeceira, então estamos perante uma ação.
-nestes casos em que o código penal não exclui, explicitamente, a capacidade de
culpa (art 20º/4) não deixa de existir manifestamente uma ação.
Quando há atos voluntários do próprio agente para proporcionar a pratica de um facto
penalmente relevante durante o sonambulismo  tendencialmente considera-se que
estamos perante um facto penalmente relevante.

- regime do art 20ºp/4 – o agente agiu dets forma intencionalmente

Ulpiano- quem está a dormir está a praticar um conjunto de atos que se situam no
pensamento
- Helena Mourão – pode violar o p da culpa ...--> ver
- só n conclui assim se for algo recorrente de atos violentos de
sonambolismo

Hipnose

- dizer que estamos perante a função delimitativa do conceito de ação - importante


- está em carência a oportunidade de motivação pelas normas

- dois momentos
- qnd empurra catia para Carlos – vis absoluta – coação física irresistível – função
delimitativa do conceito de ação
- o corpo de Cátia é utilizado meramente como objeto de arremesso

- critério: smp que se consiga substituir o corpo da pessoa por qualquer outro objeto e
conseguimos obtr o mm resultado – apessoa é utilizada como objeto de arremesso – n
há exteriorização da vontade
- estamos perante – vis absoluta – coação física irresistível – função delimitativa
do conceito de ação
- FALTA DE RELAÇÃO CORPO MENTE
- é pacífico nas diferentes teorias
- NÃO HÁ AÇÃO DOMINADA PELA VONTADE
- C n pratica uma ação
- A é a agente – autora material- quem executa o facto do crime no art 143º CP

2º momento jurídico
- situação de hipnotismo
- Teoria da evitabilidade individual de Jackpbs – as normas n tem como função a
proteção de bens jurídicos –mas sim a refairmação contrafáctica da norma violada
- o agente n pratica atos conscientes, donde n pode ocorrer a contramotivação
normativa – a pessoa n está no seu estado normal

- Roxin- teoria pessoal da ação – os movimentos são determinados psiquicamente, são


transmitridos psiquicamente, e intercedem no mundo real como manifestação da
personalidade, que ultrapsaam (ou não) a barreira do caráter.
- mm em estado de hipnotismo vai operar a barreira do carater – a pessoa vai
dizer – eu n posso praticar este crime.
- a barreira do caráter funciona se a tendência da pessoa é optar pelo dto
- se a tendência da pessoa n é optar pelo dto
- se a Cátia tivesse matado – teria praticado o crime – pq isso seria uma
exteriorização da personalidade – C é a autor e A é a instigadora

- MFP- o comportamento global n é dirigível- n há dirigibilidade consciente- n há


dirigibilidade entre o corpo e a mente
- para a prof nnc haveria crime – A seria a autora mediata
- discutre-se se A seria a autora mediata ou autora material (se pratica o ato
por si mm ou por meio de C)

Escola de Paris – chegou à conclusão que uma pessoa sob hipnotismo nnc pratica
crimes

Escola de Nancy- chegou a uma conclusão diferente – as pessoas sob hipnotismo


recebem um comando p praticar um crime – praticam-no mm

- actio leratio causi – o agente com intenção bebeu até próximo da inconsciência
- aplica-se o art 20º/4 –
- pratica uma ação qnd bebe
- pratica uma ação qnd bate
- ESTE PROBLEMA ANALISA-SE EM SEDE DE CULPA

- vis compulsiva – coação psicológica irresistível – a pessoa tem um quadro de coação


que se torna irresistível – o agente é colocado perante um dilema
- este problema n se coloca na ação
- mas sim na culpa – analisa-se na culpa
- estado de necessidade desculpante- art 35º

Ao cair a alça do vestido – fica com o seio desnudo – o homem dá beijos ao seio
- atos impulsivos motivados pelo desejo sexual – podem claramente
domimados – há aqui uma ação

- G desmaia e parte uma peça de um expositor


- função delimitativa do conceito de ação
- só o corpo a cair sem mais – ato inconsciente
7e8
- n há pré-ordenação – n se colocam naquela situação de propósityo pºara provocar o
resultado
-n se aplica o art 20º/4
- aplica-se o art 295º- é punido pela auto colcação em estado de embriaguez
- funciona como uma condição objetiva de punibilidade

Distinção entre Ação e Omissão

Critérios doutrinários de distinção

- Engisch: utilização de energia (causalmente) determinante para a produção do


resultado típico.
- Fazer implica perda de energia – ação
- Não fazer não implica perda de energia – omissão
- critério com elevado grau de imprecisão

- Schonke/stree: Critério normativo - o ponto de referência a partir do qual devemos


verificar se o comportamento é praticado por ação ou omissão é olhar para a norma- p
o centro de gravidade que a norma fixar

- Kaufmann: critério da subsidiariedade - a regra é a de que os comportamentos


tipificados nas normas por ação – só podemos punir por omissão quando no caso
concreto n o conseguirmos punir por ação.

Critério que vinga hj:


- Statenwerth/FD/PPA
Radica na lógica do risco – como é que o perigo no caso concreto foi produzido.
Se face ao caso concreto- o agente criou ou amentou o perigo – ação
Se existindo um perigo criado – n adotou o comportamento devido para diminuir o
perigo – omissão

- a empregada tinha um dever geral de zelo – estaria obrigada a garantir que depois de
sair fecha

 Ponto de referência – a forma como o perigo se manifesta no caso – não fechar a


porta

- ela até criou o perigo mas criou-o de forma lícita.


MFP (Jakobs)- indiferenciação entre ação e omissão nas situações em que se
ultrapassem os limites gerais da liberdade no que se refere à configuração exterior do
mundo.
- parte do pressuposto que somos competentes pela organização da nossa vida
quotidiana- desde que atuemos dentro desse espaço – temos competência
- o extravasar da minha liberdade dá origem a responsabilidade
- à certos comportamentos em que tanto faz ser por omissão ou ação
- o que importa é averiguar a responsabilidade sinalgamática qiue se estabelece
e a responsabilidade

2ª dimensão – responsabilidade que deriva de uma dimensão institucional – a


empregada ao n fechar a porta n adota o dever da sua dimensão institucional.

Testemunha silenciosa

1º ponto: no caso estamos perante um crime de homicídio – art 131º ou 137º

- o crime de homicídio é um crime comissivo – promove um resultado que se destaca


na conduta do agente
- prof Eduardo Correia – já tem lá o comando de omissão – o art 10º/1 é
restritivo
- MFP – cláusula de extenção da tipicidade – que estende só os crimes
comissivos- o art 10º/1 – equipara a ação à omissão

- pelo art 10º/1 – equipara a ação à omissão – por este art podemos punir por omissão
nos crimes comissivos

- Chegando à conclusão que estamos perante um crime comissivo que pode ser
praticado por ação ou omissão – art 10º/1

- Só pode ser punido por omissão se preencher os requisitos do 10º/2

Teorias da fonte do dever/posição de garante – art 10º/2

- Teoria formal do dever jurídico


- Temos de praticar um esforço a crescido que decorre da lei ou do contrato

- Teoria das funções


- o que interessa aqui são as relações fácticas que se estabelecem entre os
sujeitos – temos de olhar para a situação e verificar se a relação é suficientemente
forte para criar um dever jurídico

- Função de guarda de um bem j concreto


- Modelo tipológico – FD

- teoria material-forma
- grupos de casos que fazem nascer as posições de garante
- deveres de proteção e assistência a um bem jurídico carecido de amparo
- relações de proteção familiar ou análogas (relações fáticas de
solidariedade resultantes de uma comunidade de vida)
- assunção voluntária de funções de guarda e assistência

MFP – critério da juridicidade


- radica nos p da liberdade, da igualdade e da responsabilidade
- onde haja perturbação das

CASO PRÀTICO

- estão em causa crimes materiais ou de resultado

Pressupostos

1º- omissão da ação imposta/devida/esperada e imposta por lei

2º- princípio da equiparação da ação à omissão- imputação objetiva do resultado à


ação: conexão de risco – art 10º/1

3º- possibilidade (poder de facto) fáctica individual de ação pelo agente (apurado
individualmente) – art 10º/2

4º - Existência de uma posição de garante- 10º/2 – aqui desenvolvemos as teorias

Caso “o poço”

 FD: a existência de um dever j pressupõe a existência de uma relação fáctica

- relação fáctica:
- tem de produzir efeitos j
- tem de existir um dever quye obrigue PESSOALmENTE O AGENTE A
ATUAR
- O AGENTE TEM DE EVITAR O RESULTADO – TEM DE PRATICAR UMA
AÇÃO ADEQUADA A EVCITAR O RESULTADO

 As constelações de FD são hierarquizadas – só avançamos para a segunda se n


conseguirmos avançar para a seguinte

 O fundamento resulta de uma relação de proximidade mais estreita entre o agente


e a fonte de perigo
DEVER DE FISCALIZAÇÃO DE FONTES DE PERIGO NO ÂMBITO DE DOMÍNIO PRÓPRIO
-quem tem uma fonte de perigo dever perante a comunidade de garantir que aquela
fonte perigos n vai causar danos a terceiros
-Quando o responsável pela fonte perigo cumpre todas as diligências e a vítima
continua a colocar-se em perigo  LOGO N HÁ POSIÇÃO DE GARANTE
- Doutrina alemã: quem tem fonte de perigo – fica responsável por tudo

INGERÊNCIA :
- tem de existir um resultado que possa ser imputado à conduta do agente – o
agente com aquela conduta cria aumenta ou n diminui o perigo – n criua sequer perigo
pq veda e sinaliza
- criação de perigo tem de ser ilícitat- a ação tem de ser ilícita

MFP

Critério da juridicidade que faz nascer a posição de garante:


- dentro do sentido possível e previsível das palavras temos de conseguir encontrar
alguma dimensão de juridicidade – só isso nos permite ver se há dever ou não

Parte de 3 princípios fundamentais - princípio da liberdade, da igualdade e da


responsabilidade

 É condição de liberdade ter um poço e ser responsável por tudo o que acontece
com o poço (doutrina alemã)  não

 Nós somos competentes dentro da nossa esfera de atuação – o agente saiu da sua
esfera de liberdade e foi chocar com a esfera do outro? Não

- todas as precauções de segurança foram tomadas


-ocorre intromissão ilícita de terceiro

Caso XPTO

Problema jurídico: responsabilidade do produto


- é responsável pelas condições do produto
- é responsável por fiscalizar a todo o tempo a qualidade do produto que se
encontra no mercado e garantir que estão cumpridas as regras de qualidade

- no mento em que o produto é colocado no mercado – produto verificava todos os


requisitos de qualidade
- só num momento posterior é que se sabe que o produto tinha efeitos secundários

 Fiscalização de fontes de perigo, no âmbito do domínio próprio


Taipa de Carvalho – fontes de edever de garante
-lei
-contrato
-ingerência
- domínio das fontes de perigo
- fontes de autoridade

MFP
 É condição de liberdade fiscalizar a todo o tempo a sua qualidade e retirá-los do
mercado se n houver qualidade

- Ao incumprir o seu dever j de retirada dos produtos – invadem a esfera de liberdade


do outro  viola o p de igualdade
- extravasa-se a liberdade de ação – faz nascer a posição de garante

- É previsível p o produtor que tem de fiscalizar o produto a todo o tempo

- Autovinculação (implícita) do agente na relação social, que aceitou previamente

- Para concretizar a imputação objetiva – seria necessário determinar, em concreto, na


hierarquia da empresa, quem é que tomou a decisão de n retirar o produto do
mercado

MFP: autovinculação (implícita)

FD: deveres de vigilância e segurança face uma fonte de perigo

ATC: domínio sobre as causa de perigo

Caso “ O lago”

- casos de monopólio acidental


FD
- o agente estar investido numa posição de domínio fático absoluto e próximo da
situação
- que o perigo em que incorre o BJ sje agudo ou iminente
- que o agente possa levar a cabo a ação esperada sem ter de incorrer numa situação
perigosa ou danosa para si mesmo

MFP
- n é condição de liberdade passear à beira do rio – promover ações salvadoras

- perturbação das esferas j

- previsibilidade para o agente da responsabilidade da autovinculação


 MFP, ATC – são contra as situações de monopólio e reconduzem a situação para o
art 200º/1

- FD – articula o crime de homicídio com o art 10º para aplicar a situação de monopólio

Crime comissivo por ação ou omissão

Ac. STJ 09.07.2003- necessidade aguda de densificar o critério da juridicidade referido


pela MFP
- um critério que seja mais objetivável
- é condição de liberdade, tendo uma mãe acamada, alimentá-la

Critério de distinção:

- Stratenwerth/ FD:

- criação ou aumento de perigo – ação

MFP – indiferente, se extrapolamos a nossa esfera e entramos na do outro, se por ação


ou por omissão  no caso é por ação – pq há subsidiariedade da omissão
relativamente à ação

Caso O acidente

- b)
- Provoca o acidente por negligência )eventualmente grosseira) – homicídio negligente
por ação – arts 137º/1 e 2

- Em concurso com a omissão de auxílio - art 200/2º

- Ac da Relação de Coimbra + Inês Ferreira Leite– imputação aos agentes destes crimes
em concurso real heterogéneo – aplicação do regime do art 30º/1

MFP – n concorda

- por força do 29º/5


- há um tipo de relação que suscita particular dificuldade
- estas normas estão numa relação de interferência -a s mm normas tentam proteger o
mm bem jurídico de formas diferentes (subsidiariedade) – uma das normas só pode
ser aplicada 2qnd a outra n poder ser – a que tutela o BJ de forma menos intensa só
pode ser aplicada qnd a norma que tutela do BJ n tiver lugar no caso concreto

Conjunto de causos em que as normas estão nest relação de grau – faz nascer regras
de subsidiariedade
- relações de crime abstrato e concreto são smp subsidarios aos crimes concretos de
dano
- os crimes de omissão são subsidiários aos po ações
- relação entre a violação de um dever geral de auxílio (200º) auxílio médico (284º) 
SÃO SUBSIDIÁRIAS relativamente à violação do dever de garante (10º/2)
- as omissões impuras ou impróprias prevalecem sobre as omissões puras

MFP - Por força da relação de subsidiariedade – podemos imputar apenas o crime


comissivo por ação de homicídio negligente! – 137º e nnc em concurso- graças ao art
29º/5
- o crime de homicídio já engloba a forma mais intensa o bem j

c)
- maioria da doutrina- MFP, André Lamas de Leite/ ATC – n identifica nenhum dever de
garante – aplica o art 200º/1

FD – monopólio acidental/ocasional

d)
Relação de subsidiariedade que existe entre crime negligente e crimes dolosos

- Estariamos perante um crime comissivo por omissão impura (art 131º+ 10º)
- FD – ingerência
- MFP – perturbação das esferas j haverá um desequilíbrio que impõe corrigir –
haverá posição de garante quando extravase a liberdade de ação

- nas outras alíneas é por ação pq ele aumenta o perigo por andar em exceço de
velocidade – e como ação é subsidiária à ação – nós n precisamos de ir à ação

- neste caso ele fica contente – mas n podemos imputar por ação o homicídio doloso –
tem de ser por omissão

Caso Dr Jivago

Alínea a) – não há resultado e portanto n podemos aplicar o art 10º


- n conseguindo aplicar o art 10º podemos então lançar mão das normas subsidiárias
que prevejam a omissão pura.

- MFP – tem entendimento do prof Taipa

- no 200º e 284º - Taipa diz que são crimes de resultado – na intensidade diz que é um
crime de perigo concreto

- MFP – nestes arts o perigo é prévio – o que se impõe ao agente é que promova uma
ação de salvamento – são tipos de mera atividade – n se exige um resultado
- 200 e 284º estão entre si estão numa relação de especialidade – as duas normas
comungam de um conjunto de elementos descritivos – mas uma delas tem elementos
descritivos distintivos que a particularizam
- o art 284º aplica-se apenas e só a médicas e n a toda a gente como o 200º

Aplicação 284º
- perigo para efeitos do art é prévio – que se verifica
- auxílio médico de acordo com juízo ex ante – no momento em que a situação
de perigo é analisada – o auxílio do médico é indispensável e adequada
- ele era o único médico da especialidade – ela sava-se – mas isso
n se sabe ex ante  logo aplica-se

Alínea b)
- quando quisermos aplicar o 132º - TEMOS DE USAR O Nº1 E 2

 NNC SE PODE APLICAR EM CONCURSO EFETIVO O REGIME DO ART 10º E O DO ART


284º (OU 200º) – MFP
- o art 10º articulado com a norma da parte especial tem a forma mais perfeita
da tutela do bem jurídico

- era um crime comissivo


- tinha possibilidade fáctica de ação

MFP
- estando casado é condição de liberdade promover ações salvadoras da cônjuge
- o agente n cumpriu a sua margem de liberdade
- autovinculação implícita quando à responsabilidade pelo outro
- existia previsibilidade

ATC – lei contrato ou ingerência  decorre do contrato

Tem de ser um resultado conhecido e querido pelo agente PARA APLICARMOS O 10º
- senão – 284º - é o que acontece no acórdão

- Médico autocola-se por ação num estado de inimputabilidade – estado de


embriaguez – coloca-se naquele estado INTENCIONALMENTE
- logo n vamos para o 295º
- é um caso de omissão libera in causa
- mas a paciente n morre – n há resultado
- aplica-se o regime do art 284º
- faz-se aplicar o 20º/4

- se a paciente morrer – 131º com 10º


- Se o Dr Jivago passa por um acidente, n é da sua especialidade, mas ela é salva – n
há resultado – n se aplica o 284º pq n sendo da sua especialidade n ia promover uma
ação salvadora adequada – aplica-se o 200º

Atc
-modelo formal expansivo – lei, contrato, ingerência

MFP – dever de salvamente – seria completamente impervisivel – n há nenhuma


relação entre as pessoas

 QUANDO APLICAMOS O 200º/1 – VER TBM O 200º/3 – tem critérios p n aplicar o


200º/1

- tava infetado com Covid, n disse nada à amiga, e a amiga fica infetada com covid

Ou ela tosse e espirra para cima da amiga – caso por ação


Se só respira e n diz nada – por omissão pq n diminui o perigo

MFP – equipara à condução – qnd a pessoa sai da esfera de liberdade e choca e invade
com a liberdade do outro é indiferente saber se o faz por ação ou omissão
- MAS como a ação é subsidiária à omissão – imputa diretamente o 282º

A tem acidente, B vê o acidente, vai a casa de C para ligar para o 112 e C n abre a porta
- a omissão surge de uma ação (n abre a porta)

Roxin: omissão através da ação ou omissão através de um fazer (para resolver casos
difíceis):
- comparticipação ativa em crime omissivo
- omissão libera in causa
- interrupção de um processo causa de cumprimento de uma obrigação legal/tentativa
interrompida de cumprimento de uma obrigação legal
- interrupção de um processo causal de salmaneto/interrupção técnica de tratamento

- a interrupção de um processo causal que está nbo domínio exclusivo de terceiro –


ação

 sempre que o agente está a promover uma ação de salvamento e a interrompe e o


salvamento ainda n está consomado  logo estamos perante uma omissão

 Se o processo de salvação já estivesse consomado (lançou a boia, a vitima agarrou-


se à vitima e o agente puxa de novo e a vitima morre afogada) – pratica por ação

- MFP – critério de consumação do salvamento


- crime de perigo abstrato – 292º/1
- crime de perigo abstrato concreto – 292º/2 - estar a conduzir sobre efeito de
estupefacientes + FALTa de APTIDÃO – PERTURBAÇÕES FÍSICAS OU MENTAIS
- SÃO CRIMES DE MERA ATIVIDADE

- crimes de perigo concreto – SÃO CRIMES DE RESULTADO – O RESULTADO É O PERIGO


– art 291º/1

SE NÃO É UM CRIME DE RESULTADO NÃO HÁ IMPUTAÇÃO OBJETIVA

Caso “Empurrão”
NOS CASOS PRÁTICOS
- INDETIFICAR QUAL O TEMA DA TEORIA GERAL DA INFRAÇÃO PENAL

- DIZER QUE É IMPUTAÇÃO OBJETIVA


- DIZER QUAL É O CASO ESPECÍFICO – Interrupção do nexo/processual causal por
intervenção de terceiro

- Há uma agente que provoca um processo causal

- Teria da conditio e da causalidade adequada – são ambas naturalistas – mas n


explicam pq é que uma conduta gera um resultado e pq é que o agente deve ser
responsabili.

- Temos de apelar a um valor normativo

- A teoria da causalidade adequada – reveste-se dessa normatividade


- A teoria do risco – é totalmente normativa

- na primeira fala-se de causa


- nas outras duas fala-se de imputação

- Imputar significa atribuir um certo resultado lesivo de BJ que estão tutelados numa
norma j incriminadora ao comportamento do agente – e vamos imputar pq o agente
estava no controlo do processo causal até ao fim

Teoria da condito sine qua non (Glaser + Buri):


 Causalidade – causa de um resultado é toda a condição sem a qual o resultado
não se teria verificado
 Para apurar quais as condições que deram origem a um certo resultado, o juiz
deve suprimir mentalmente cada uma das causas e apurando que o resultado
não se teria produzido sem uma certa condição, ela seria causal e relevante
para o estabelecimento do nexo de causalidade – formula da supressão mental
 Não resolve os casos de interrupção do nexo/processo causal por intervenção
de terceiro
 A conduta de A foi causa (naturalística) do ferimento de B
- Esta teoria promove um regresso ad infinito

Teoria da adequação

- Apenas relevam as condutas que segundo as máximas da experiencia e a


normalidade do acontecer, são idóneas a produzir o resultado, n sendo consideradas
as consequências imprevisíveis, anómalas ou de verificação rara.
- Juízo de prognose póstuma – o juiz deve perguntar-se se um homem médio,
colocado nas circunstâncias de tempo e de lugar do agente, com os
conhecimentos do agente, poderia prever ou não que aquela conduta daria
origem àquele resultado do modo como efetivamente se veio a verificar
- o juiz vai deslocar mentalmente uma pessoa média para a as
circunstâncias de tempo e lugar do agente com os conhecimentos
especiais do agente !!!

 Resultado previsível e de verificação normal – há imputação


 Resultado imprevisível – não há imputação
 Resultado anómalo – não há imputação
 Resultado previsível, mas improvável ou de verificação rara – não há imputação

O processo causal desencadeado pela agente A não integra o resultado OIF de


B do modo como ele efetivamente ocorre – resolve os casos de interrupção do
nexo/processo causal por intervenção de terceiro (10o/1).

- Só há imputação para as OIF simples e n para as graves

Teoria da conexão do risco (Roxin)


O resultado só é imputável à ação quando:
1. O agente cria um perigo não permitido para o objeto da ação e a ação
tenha criado um risco proibido para o bem jurídico protegido pelo tipo
ou aumentado/ incrementado/ potenciado um risco já existente
2. Esse risco se tenha materializado no resultado típico – conexão de risco
1. De acordo com um juízo ex ante – este perigo criado tem
suficiente força lesiva para produzir um resultado como ele
efetivamente se produziu
2. E de acordo com um juízo ex post – toma em linha de conta um
homem médio – verificar se o perigo anterior criado tipicamente
produz o resultado/ tem tipicamente aquele resultado
3. O resultado se encontre dentro do alcance do tipo
1. O perigo que se concretizou no resultado tem de ser um
daqueles em vista dos quais a ação foi proibida – corresponda ao
fim de proteção da norma de cuidado
2. Segundo Roxin devem entrar neste enquadramento 3 grupos de
casos:
1. Colaboração na autocolocação em risco dolosa ( A e B,
por aposta, fazem uma corrida, B em virtude de erro de
condução perde o domínio do veículo e fica gravemente
ferido.
2. Heterocolocação em perigo livremente aceite (alguém n
coloca dolosamente em perigo, mas, com consciência do
perigo, se deixa pôr em risco por outrem- C, a pedido de
D, aumenta de forma proibida a velocidade e D fica
gravemente ferido)
3. Imputação a um âmbito de responsabilidade alheio
(resultados cujo impedimento caem na área da
responsabilidade de outra pessoa – E provoca incêndio
na sua casa e F, bombeiro chamado, sofre queimaduras a
tentar salvar outro habitante)

- 143º: 1º há criação de um risco proibido; 2º - n há imputação quanto ao evento mais


grave, pq falta a realização do preigo

- SÓ HÁ CONEXÃO DE RISCO PARA AS OFENSAS À INTEGRIDADE SIMPLES E N AS


GRAVES

- n chegamos smp ao 3º patamar- só em alguns casos

- teoria do risco – teremos ação, típica do 148º/3, praticada com negligência (15º),
ilícita, culposa e punível

Figueiredo Dias:

- Primeiro degrau – a categoria da causalidade


- a ação há-de ter sido causa do resultado – aferida através da teoria das
condições equivalentes.
- a causa de um resultado é toda a condição sem a qual o resultado n
teria tido lugar.
- críticas: promove um regressus ad infinitum, e uma exagerada
extensão que confere ao objeto da valoração jurídica.
- A relação de causalidade embora sempre necessária, não é suficiente para
constituir em si mesma como doutrina da imputação objetiva.
- Importa pois, guardando este primeiro escalão de imputação, subir de nível,
ao patamar da valoração jurídica.

- Segundo degrau: a causalidade jurídica sob a forma da teoria da adequação


- Neste pressuposto foi concebida a teoria da causalidade adequada , que se
apresenta verdadeiramente como uma teoria da imputação.
- Baseia-se na ideia de que a imputação penal n pode ir além da capacidade
geral do homem de dirigir e dominar os processos causais.
- Apenas relevam as condutas que segundo as máximas da experiencia e
a normalidade do acontecer, são idóneas a produzir o resultado, n
sendo consideradas as consequências imprevisíveis, anómalas ou de
verificação rara.
- Esta teoria, todavia, é insatisfatória sobretudo em situações que comportam
riscos consideráveis para bens jurídicos, mas saão legalmente permitidas (não
proibidas).
- Assim, o degrau tem ainda de ser completado pela “conexão” ou
“relação de risco”.

-Terceiro grau: a conexão de risco


- A ideia que a teoria do risco introduz é a de limitar a imputação do resultado àquelas
condutas das quais deriva um perigo idóneo de produção do resultado.
- Quando n se verifique um destas condições ( 1- o agente com a sua conduta
tenha criado um risco n permitido ou tenha aumentado um risco já existente; e 2- esse
risco tenha conduzido à produção do resultado concreto) então deve ter-se por
excluída a imputação.

Caso aeroporto

Causalidade hipotética ou virtual

- MM que n tivesse acontecido - O resultado smp adviria de um processo causal


encetado por terceiro /por força de eventos naturais ou intervenção de um terceiro
- seja por eventos naturais ou por intervenção de terceiro

- Comportamento licito alternativo – há um só processo causal dominado pelo agente

KAUFMAN: desaparece o desvalor de resultado – pq o resultado morte se iria smp


verificar – mas isto só nos casos em que o segundo processo causal já se tinha iniciado
(ver sebenta Maló)

ROXIN: critica
- médico que está a fazer operação a doente moribundo – por negligência grosseira ele
acaba por morrer (mas já ia morrer de qualquer forma) – n há desvalor de resultado

- a tentativa de homicídio só dá para crimes doloso – logo n há desvalor da ação

Teoria da adequação:
- MFP – esta teoria tem dificuldade em resolver os casos de causa virtual – pq parte da
teoria da conditio sine quo non

- Figueiredo dias – esta teoria é um patamar independente que n comunica com a


conditio sine quo non e portanto resolve o problema

Teoria da conexão do risco


1. Esse risco se tenha materializado no resultado típico – conexão de risco
1. De acordo com um juízo ex ante – este perigo criado tem
suficiente força lesiva para produzir um resultado como ele
efetivamente se produziu – a conduta do agente tinha ou n
potência lesiva
2. E de acordo com um juízo ex post –procedemos a um juízo de
prognose póstuma – pegar numa pessoa prudenete com os
conhecimentos especias do agente (do círculo social do agente)
e apurar se aquela potência lesiva se materializou efetivamente
n o momento ex post- ultrapassamos a potência lesiva?

Diminuição do risco

Teoria da conditio sine quo non + da adequação na sua versão pura – n resolvem o
problema  DIZER ISTO

ROXIN – agente está a colocar a vítima numa posição melhor – intervenção que tem
por objetivo a proteção do bem jurídico – numa situação como esta n faz sentido
imputação
- o agente n cria n potencia nem aumenta o perigo  o agente está é a
diminuir o risco – e portanto falha logo o primeiro patamar – n há TIPICIDADE

MFP é sensível a esta linha argumentativa:


- nestes casos (como nos casos de risco permitido) que a teoria da adequação deve ser
objeto de uma correção:
- nestas situações a teoria da causalidade adequada resolve desde que seja
corrigida:
- nas situações em que há diminuição do risco – n há imputação objetiva

ATC – teoria da conexão normativo típica:


- tem 2 pressupostos
- só há impt qnd consigamos indentificar no caso desvalor da ação – numa
situação de diminuição do risco  A CONDUTA É VALIOSA – n se verifica – n há
imputação

Paulo Sousa Mendes – no caso ocorre uma menor i ntensidade lesiva do bem jurídico.
- ideia de quem diminui o risco n deve ser sujeito a responsabilidade penal – é
enquadrável nas causas de justificação do facto que prescidem de ilicitude

- Se intervem diretamente sobre a vítima – já estamos no âmbito das causas de


justificação  VER QUEM DIZ ISTO

Causalidade cumulativa

- Se eles n soubessem – FORA DOS CASOS DE COMPARTICIPAÇÃO CRIMINOSA


- Teoria sine quo non:
- responsabiliza-se os agentes por homicídio consomado

- N RESOLVE ESTES PORBLEMAS DE FORMA SATISFATÓRIA – SEM SER NOS


CASOS DE COMPARTICIPAÇÃO CRIMINOSA
- Teoria da adequação
- MFP – acrescenta o requisito conexão de previsibilidade:
- for previsível para cada um dos agente a causa cumulativa que deriva do
comportamento dos outros agentes
- potenciação- é necessário que a violação do dever de cuidado abranja a
potenciação causal do comportamento do outro agente
- e se essa potenciação se materializa ou não no resultado - só se
acponytecer é que podemos dizer que o outro agente tbm tem controlo
- isto só acontece nos casos de comparticipação criminosa

 Numa situação como esta nnc podíamos imputar aos agentes o homicídio
consomado
- só poderíamos imputar ofensas à integridade física

Teoria do risco

- se é verdade que cada um deles criou um perigo proibido


- mas n há conexão de risco
- a morte n se explica pela ação de cada um dos agentes

Autorias Paralelas ou Alternativas

Cada uma das doses só por si já eram aptas a produzir a morte

- Teria sine quo non – n há causa na conduta do F


- n resolve satisfatoriamente
- Teoria da adequação – perguntar à prof

- Teoria do Risco resolve-se da mm forma

Comportamento lícito alternativo

MFP – nos casos em que tenhamos certeza de inevitabilidade – devemos negar a


imputação pq conseguimos perceber que o cumprimento do dever era inútil – n
conseguia evitar o resultado

- certeza de inevitabilidade + dúvida razoável, porque in dúbio pro reo - - 32º/2


CRP  Não há imputação do resultado à conduta

ATC – adere à teoria de adequação – deve ser adaptada – chama-se teoria da conexão
normativo típica
1º - existência de desvalor da ação – a conduta do agente tem de lesar ou
piorar o bem jurídico  aqui a ação é desvaliosa
2º - conexão entre a conduta e o resultado – confirmamos a materialização da
conexão efetiva
- propõe uma interpretação teleológica das normas – nos casos de comp
li alt – qnd a conduta que cumprisse o dever n evitasse a prodição do resultado com
certeza ou elevado grau de probabilidade – n há imputação

Teroia do risco – Roxin

- há conexão de risco
- ex ante – tem potência lesiva
- ex post – uma pessoa prudente conseguia prever que havia possibilidade de
materialização

- n se afeiçoa ao comportamento lícito alt  sugere a Teoria da elevação/incremento


do risco

- nos caos em que há a certeza que mesmo que desenvolvendo o processo causal
dentro do risco permitido – o resultado verificava-se no mm – n há imputação – pq
redundaria na violação do princípio da igualdade

- Nos casos em que há dúvida – o agente nestes casos aumentou o perigo – é o


incremento do perigo que explica as consequências que daí advêm  DEVE HAVER
IMPUTAÇÃO
- o problema é o incremento do perigo

- crítica da jurisprudência alemã – Roxin estaria a transformar um crime de resultado


em crime de perigo

ESFERA DE PROTEÇÃO DA NORMA- isto verifica-se no SEGUNDO PATAMAR

Caso da Inês

Risco permitido vs adequação social do kickboxing


- fim /esfera/âmbito de proteção da norma de cuidado
- diminuição do risco cooperação/colaboração para uma autocolocação em perigo
dolosa vs principio da autorresponsabilidade

Kickboxing

- está dentro do risco permitido

Há autores - Teoria da adequação podemos fazer operar critérios autónomos


- principio da daequação social –

Teoria do risco
- praticantes do desporto estão dentro do risco permitido
- médica Guiomar – está a diminuir o risco/ perigo – Roxin está a diminuir o perigo p o
bem jurídico – n há imputação
- Inês – cria um perigo proibido

2º patamar – esfera de proteção da norma técnica /de cuidado


- olhar para o fim/ escopo da norma – evitar acidentes ou atropelamentos
pessoas que estão na berma da estrada – ac de 2008
- só podemos afirmar conexão do risco qnd o escopo da norma se aplique ao
caso

3º patamar – alcance do tipo determinador


- caso de autocolcação em perigo livre da própria vítima  é este o caso
- é o agente que se decide colocar em perigo
- heterocolocação em perigo voluntária
- imputação a um âmbito de responsabilidade alheio

FD – n adota este terceiro patamar – a diferença entre autocolocação e


heterocolocação em perigo
- a maioria da doutrina – resolve estas situações em casos de causas de
justificação

Caso do enfermeiro
Teoria do Risco
1º- cria um risco permitido

MÉDICO QUE N PROMOVE AUXÍLIO


- imputação no crime comissivo por omissão

Roxin
1º- n diminui um risco que já existe – está preenchido
- omissão da ação imposta/ devida/esperada e imposta por lei- tipo da PE –
131º

2º- Princípio da equiparação da omissão à ação – imputação objetiva do resultado à


ação: conexão de risco
- posição mais defendida – idoneidade
- a intervenção médica era idónea a obstar ao resultado – há imputação

- Roxin:
- se por juízo ex ante se comprovar que a acção teria determinado a
diminuição do risco, imputa-se, a menos que por juízo ex post se comprove que com o
cumprimento do dever n há diminuição, não se teria verificado  n obsta à produção
do resultado. Se se comprova num juízo ex post que o comportamento lícito
alternativo de nada teria servido, não se imputa.
IMPUTAÇÃO SUBJETIVA

Caso Mala Suerte

- Problemas jurídicos:
- imputação subjetiva - Erro na execução/aberratio ictus vel impetus/
execução defeituosa/desvio no golpe + erro sobre a identidade do objeto

– TERESA BELEZA: Teoria da equivalência: o erro de trajetória


assemelha-se ao erro sobre a identidade, logo se o objeto atingido é
tipicamente equivalente (o bem é tipicamente equivalente) é irrelevante
a individualidade; o agente é punido pelo crime consumado (dolo do
tipo);

Erro sobre a identidade da vítima

- nem toda a desconformidade com o real é jurídico penalmente relevante

- é necessário que o agente represente os elementos objetivos do tipo

- o agente tem de representar o género do elemento objetivo do tipo e não a espécie –


o legislador basta-se com o género pessoa (ou coisa alhiea p.e.).

- a identidade do objeto não é elemento objetivo do tipo

- o elemento subjetivo geral – que é o dolo- está preenchido

- representou o objeto do elemento do tipo e agiu com vontade de dolo direto

- os objetos são tipicamente equivalentes

- MAS há casos em que o legislador representa o género e a espécie (ex. homicídio


qualificado – art 132º)

Aberratio ictus

- o agente representa realmente a realidade e domina o processo causal, mas no


momento da execução há um desvio no golpe que se pode dever a:

- a falta de capacidade psíquico física do agente

- fatores externos
Teoria da equivalência – quando os objetos são tipicamente equivalentes se não
fossem – tentativa + negligência

- Teresa Beleza, faria e Costa, Taipa de Carvalho

MFP – teoria da concretização – há uma razão de ordem jurídica e factual que nos leva
a concluir que olhando para a matéria de facto, o que vemos verdadeiramente são
duas ações, uma que cria perigo e outra que lesa bem jurídico. Para além disso, há
outra razão normativa e teleológica, que nos leva a concluir por esta teoria,
nomeadamente, o merecimento penal destes casos é diferente do que nos casos do
erro sobre a identidade – o agente criar perigo efetivo para um bem jurídico e por
outro lado lesa efetivamente outro bem jurídico.

- o art 16º/1 n regula de modo próprio os casos de aberratio ictus

- teríamos um crime de homicídio na forma tentada - art 131º + art 22º/1 (al b) do nº2
só para os crimes comissivos – ao caso aplica-se ao caso as alíneas a) e b).

Neste caso há dolo direto – tbm relativamente à tentativa “decidiu cometer”

- ao objeto efetivamente lesado – homicídio negligente

PUNIBILIDADE – tentativa é punível nos termos do art 23º

- é punido em concurso efetivo nos termos do 30º/1 – é ideal e homogéneo

- 131º + 14º /1 + 22º+23º/1 e 2 + 72º + 73º

- 137º+15º

Nos crimes patrimoniais  há punibilidade

- no caso apesar do 23º/1 – tem a parte salvo disposição em contrário – 212º/2

Os crimes contra o património não têm forma negligente

Caso “Tropelias”
Alínea a)

-Ação dominada pela vontade

- Típica: Dano – 212º + OIF – 143º

- Tipicidade Objetiva
- Elementos objetivos verificados
- Tipicidade subjetiva:
- Relativamente ao objeto visado mas n atingido “coisa” tentativa de
dano: 212º/1 + 22º/1 e 2 al a) e b) + 14º/1
- DOLO DIRETO
- Relativamente ao objeto não visado mas atingido “outra coisa” OIF
negligentes:
- vamos primeiro ao art 16º/1 – n representa a pessoa – exclui-se
o dolo
- 148º/1 + 15º al b)

- Ilícita
- há desvalor da ação quanto a 212º + 22º (14º/1) – n há causas de justificação
- há desvalor da ação e desvalor do resultado quando a 148º/1+ 15º alínea b) –
n há causas de justificação

Punibilidade
- Aqui é que vamos verificar se a tentativa é punível ou não  art 23º!!!!
- Punibilidade da tentativa  PEDIR ESTA PARTE
- Concurso ideal e heterogéneo

Alínea b)

- relativamente ao objeto não visado mas tingido coisa dano negligente? – Não hºa
tipo de dano negligente – não há imputação subjetiva do dano! – Acaba aqui a
responsabilidade penal relativamente a este tipo de dano

Punibilidade:
- tentativa: 212º/1 e 2 + 22º/1 e 2 + alínea a) e b) + art 14º/1 + 23º/1 e 2 + 73º

Caso Troia
Problema jurídico: erro sobre os pressupostos fácticos do dever de agir – elemento
intelectual do dolo

- o agente n teve oportunidade de se motivar pela norma

- Tipicidade subjetiva:
- elemento subjetivo geral – dolo
- elemento cognitivo ou intelectual
- erro sobre os pressupostos fácticos do dever de agir – 16º/1, 1ª
parte – exclui o dolo (exclusão automática)
- 16º/3+ 15º+137º

Punibilidade
- 137º+15º

Caso Manchinhas

Casos de dolo alternativo

Solução no elemento COGNITIVO/ intelectual


HELENA MOURÃO + IFL – defendem que é uma situação de aberratio ictus particular
em que há um objeto alternativo
- o perigo criado só podia evoluir para a lesão de um único bem jurídico efetivo
– logo seria paradoxal ver aqui dois crimes – seria a valoração por mais de uma
vez da conduta do agente – viola o pricipio de ibis in
- imputamos o mais grave para conseguirmos valorar o maior perigo criado pelo
agente
- decidir que o perigo só pode evoluir para a lesão de um único bem jurídico -

Solução no elemento volitivo


MFP – para o agente era indiferente acertar no cavalo ou cavaleiro – decisão criminosa
que trem capacidade de abaracar qualquer uma das metas interiorizadas pelo agente –
a decisão é bivalente – comporta duas ações que queria perigo para dois bens jurídicos
diferenciados.
- as condições de segurança dos dois bens j estão perdidas
- ESTA DECISÃO COMPORTA A LESÃO DESTES DOIS BENS JURÍDICOS – decisão
criminosa bivalente – HÁ DOLO DIRETO PARA OS DOIS – art 14º/1

Caso “Enterro Fatal”

O problema jurídico em causa prende-se com a tipicidade na responsabilidade jurídico-


penal, em específico, quanto à imputação subjetiva. Em concreto:
 Crime agravado pelo resultado (art.o 18o);
Erro sobre a eficácia do processo causal: resultado retardado  isto é o problema
jurídico
(dolus generalis) isto é o resultado;

Crimes agravados pelo resultado:


- a conduta tem um desvalor da ação e um desvlaor do resultado que têm uma
ilicitude mais intensa – com a sua conduta atinge uma lesão num bem jurídico do que
o outro que queria atingir
- partimos de um crime da parte especial – 147º , 285º, 158º/2 (suicídio da vítima) ....
- temos um evento mais grave do que aquele que o agente produziu com a sua
conduta

- o art 18º - o legislador está a impedir a responsabilidade penal pela imputação


objetiva do risco

Crimes agravdos pelo resultadi:


- dolo + negligência (147º/1)
- negligência + negligência (147º/2)

 Temos de promover um duplo nexo de imputação objetiva e um duplo nexo de


imputação subjetiva:  N ESTAMOS PERANTE UM CONCURSO – é apenas a pena do
147º/1 que vamos aplicar

IMPUTAÇÃO OBJETIVA
- 147º/1 demanda 2 imputações objetivas/ 2 “nexos de causalidade”:

Paula Ribeiro Faria – temos um crime específico, leva a que consigamos afirma a
adequação – a normalidade do acontecer – receber esta chapada faz com que a pessoa
se desequilibre e caia

- 1ª imputação entre a ação e o resultado ofensa – 143º


- 2ª imputação (ver na dropbox)

- 147º/1 demanda 2 imputações subjetivas:

- 1ª imputação entre a ação e o resultado ofensa – dolo : 143º+ 13º+ 14º


- 2ª imputação entre a conduta típica (do crime fundamental doloso – 143º) e a
qualificação pelo resultado (morte) – negligência: 147º/1 + 18º+ 13º+15º
- violação objetiva de um dever de cuidado da pessoa média

- MFP : entende que pelo mais só pode significar negligência grosseira – ver isto n
percebi

- FD: pelo mais é por dolo eventual

Quanto às duas irmãs – a eficácia do processo causal surge retardada

Erro sobre a eficácia do processo causal – cronologicamente, o resultado ocorre em


dois tempos:
- atraso do resultado do processo causal ou resultado retardado
- antecipação do resultado do processo causal ou resultado antecipado

- burla – execução vincula – erro sobre existência do processo causal


- nos casos de crimes de execução livre

- solução – o agente dominou o processo causal, conheceu e quis o processo no seu


todo – produziu a morte – deve ser punido pelo crime doloso consumado

- posição de JAKOBS + JCNeves – qnd há discrepância entre aa decisão criminoisa do


agente que antecipava a produção do resultado e o modo como o resultado se vem a
produzir – o principio da congruência enter o tipo objetivo e subjetivco surge ferido –
esta discrepância leva nesta posição à solução do concurso efetivo – deve ser punido
por tentativa de homicídio em concurso efetivo com homicídio negligente:
- está subjetivamente em erro sobre o elemento de facto – exclusão
automática de dolo
- no caso: 131º+ 22º/1 + 13º+ 14º/1 + 137º

- MFP – determinbar se há unidade de resolução criminosa – há unidade de ação smp


que o agente tem um plano gisado que abarca a totalidade de factos efetivamente
verificados – tudo estava planeado. Todos os riscos criados pelo agente cabem num
dolo geral – abraça a solução do dolus generalis
- imputação em concurso de uma tentativa de homicídio + crime negligente
- no caso 131º+ 22º+ 14º/1 e quanto à morte – 16/1 + 137º/1 + 15º al b)

- Nos casos de resultado antecipado:

- imputar um crime doloso consumado


- o problema está se o segundo ato n se chegar a verificar– tudo depende de
saber se ainda estamos no âmbito dos atos preparatórios – art 21º - ent só podemos
imputar o crime na forma nengligente
- atos de execução – art 22º - imputamos um crime doloso consumado

Ilicitude

Caso Tentativa de violação

Direito de Necessidade

- Qnd chegamos à ilicitude – esta consubstancia uma contrariedade à oj – desvalor do


comportamento do agente:
- desvalor da ação – o facto pratcidao pelo agente viola uma norma de
proibição ou devia ter praticado uma ação e na verdade omitiu
- desvalor do resultado – contrariedade à oj qnd haja a lesão efetiva de um BJ
ou a criação de perigo para um BJ protegido por uma norma penal
- Se isto acontecer temos ilicitude – contrariedade à oj

- Causas de justificação:
- ou como normas exceciobnais
- normas como negaçãi da ilicitude
- normas permissivas  MFP considera isto – quem abriga ao abrigo de causas
de justificação vai colidir com o dto de outra pessoa:
- faz apelo à ideia da prova da legitima defesa – mostra se uma causa de
justificação é operante para considerar que a ação é valiosa
- a prova definitiva resulta do facto de contra essa causa de justificação
em concreto n podermos contrapor contra essa pessoa mais nenhuma outra causa de
justificação
- contra justificação n há justificação

- constrói as causas de justificação tendo por base a colisão de dtos

- se as causas de justificação fazem nascer colisão de dtos – temos de analisar os dois


dtos – começar por analisar o dto daquele contra quem se está atuar ao abrigo da
causa de justificação

Orlando

- Ação – humana e dominada pela vontade


Tipicidade
- Objetiva – 164º/1+22º/1 e 2 c)
- Subjetiva – 14º/1

Ilicitude
- Há desvalor da ação (n há causas de exclusão da ilicitude)

Culpa
- há capacidade de culpa

Punibilidade

Legitima defesa – 32o

o Pressupostos

▪  Agressão atual e ilícita

▪  Agressão contra interesses juridicamente protegidos do agente ou de terceiro

o Requisitos
▪ Necessidade do meio

▪ Necessidade da defesa
 Conhecimento da situação defensiva
 Não exige animus defendendi

Direito de necessidade – 34o

o Pressupostos

 ▪  Perigo atual
 ▪  Perigo que ameace interesses juridicamente protegidos do agente ou de terceiro
 ▪  Modo de criação do perigo – não pode ser criado pelo agente – al. a), a menos que seja para proteger os interesses
de terceiro

Requisitos
▪ Adequação do meio

 ▪ Superioridade do interesse – al. b)


▪ Sacrifício razoável – clausula de razoabilidade – al. c) ▪ Conhecimento da situação perigosa
▪ Não exige animus salvandi

Se as causa de justificação são um problema de colisão de dtos:

- os dtos em colisão são o da vítima e o de o agressor – ela atua contra um terceiro – n


podia ser operante a legítima defesa

Direito de Necessidade

- alínea a) – é necessário que n haja pré-ordenação de um perigo

- Requisitos :

- modo como se afasta o perigo tem de ser adequada de acordo com um juízo ex ante de
prognoso postoma – há de ser adequado

- superioridade do interesse e sacrifício razoável – para FD são duas faces da mm


moeda

- a aléna b) é explicada por 4 critérios:

- quantitativo – moldura penal – uma é superior que a outra

- qualitativo – intensidade previsível da lesão

- grau de perigo

- respeito da autonomia pessoal da pessoa que é aqui sacrificada (no fundo este último
critério é o da alínea c))

MFP – alínea c) – critério autónomo – limite que nos é dado pela dignidade da pessoa
humana
- resulta do facto das causas de justificação serem pluridimensionais

- N é um perigo criado pelo autor do dto ofendido – está a defender-se do perigo criado
por outra pessoa

 O resultado dano deixa de ser desvalioso

- justifica-se o facto e exclui-se a ilicitude

 Requisito do Direito de Necessidade – conhecimento da situação perigoso – só estão


verdadeiramente preenchidos todoos os requisitos qnd o agente tenha conhecimento da
situação perigosa que está a praticar

Não exige animus salvandi - n se exige que a pessoa atue apenas e só para repelir aquele
perigo sem segundas intenções

 Requisito da Legítima Defesa - conhecimento da situação defensiva só estão


verdadeiramente preenchidos todoos os requisitos qnd o agente tenha conhecimento da
situação perigosa que está a praticar

Não exige animus salvandi - n se exige que a pessoa atue apenas e só para repelir aquele
perigo sem segundas intenções

Caso “Rottweiler”

Artur

- n origina responsabilidade jurídico penal

- estaríamos perante uma ofensa à integridade física negligente por omissão na forma
tentada

- A TENTATIVA É SEMPRE DOLOSA – E A AQUI NÃO HÁ DOLO

- Mas para todos os efeitos há uma contrariedade à ordem jurídica – pq há a violação de


um dever objetivo de cuidado

- mas está lá na mesma


- o agente tinha claramente o conhecimento da situação defensiva (conhece os
pressupostos) – mas n se exige animus defedendi

- Tipicidade Objetiva – art 212º (387º)

Caso “Tudo acaba bem”

NÃO HÁ CAUSAS DE JUSTIFICAÇÃO

- art 32º - atualidade da agressão

- Iminente: limite mínimo

- MFP: atos de agressão – art 22º/2

- FD: agressão iminente

- Já iniciada: durante a execução

- Que ainda perdura: limite máximio- até à consumação (depois de consumado o crime,
n há atualidade da agressão)

- Caso de furto – para saber se já está consumado ou n há 4 teorias

- contactatio- assim que toca – está consumado

- amotio - basta a remoção da coisa do lugar em que se encontra

- ablatio – cessação ou ablação do poder de facto sobre a coisa – transferência


para fora da esfera do domínio da vítima

- ilatio – conservação em lugar seguro

- Causa de Justificação Objetiva – estão preenchidos os pressupostos e todos os


requisitos estão verificados exceto o conhecimento da situação.

- regime legal: 38º/4 – analogia in bonam partem, 1º nº3 (a norma penal é


favorável- é autorizado pelo legislador )

- se o agente deve ser punido de acordo com o regime da tentativa


ou se é punido por tentativa ( é smp punido)
- MFP – se o legislador está a fazer apelo ao regime da tentativa então temos de
verificar se nio caso se justifica punir aquele crime por tentativa – no caso como a mena
era menos de 3 anos (143º) – então n é punido

- Causa de Justificação Putativa – pressuposto não se verificam, mas os requisitos


verificam – regime legal – 16º/2 e 3

Dúvidas:

- quero matar pai, mato quem n me é nada – dolo de homicídio simples

- há quem considere que pode ser concurso entre tentativa de homicídio


qualificado e homicídio simples doloso

 Crime agravado pelo resultado – 210º/3

- art 18º - MFP - negligência grosseira quanto à produção do resultado que é mais grave
– FD – dolo eventual quanto ao mais grave

 O DOLO É UNO – UMA FIGURA ÚNICA

- Dolo direto – a realização de um facto típico pode ser um meio para atingir um -
pressuposto ou estado médio para lograr um fim que tem a jusante

- crime meio é praticado

- dolo direto comporta exercícios de finalidade mas tbm comporta exercícios de


meio/fim

- Dolo necessário – o objeto de referência é uma consequência colateral inevitável

- dolo direto de OIF

- dando pontapés à grávida – dolo necessário – crime de aborto

- No caso do assalto:

- a morte é um meio para conseguir roubar as coisas – é um meio  logo dolo


direto
- Típicidade subjetiva

- 131º/132p/1 e 2 al g) + 210º/2 al b) + 14º/1– maioria da doutrina +


Jurisprudência

- IFL – face aos dados da hipótese o agente ao subtrair a coisa está bulir com o
BJ vida – se já estamos a valorar o BJ vida no crime de homicídio, n podemos fazê-lo
novamente no roubo– valoração dupla do mm facto

- propõe deixar-se cair o roubo e valorar-se um crime que valora a


questão patrimonial

- 132º/1 e 2 g) + 204º/2 al f) + 14º/1

Caso Seguro

- n pode ser caso do 219º/1 al a) – pq n estamos perante um acidente

- mas sim pela burla geral do 217º

- o 272º - é para os bens que circundam o prédio e n o bem vida – pq esse bem já é
valorado pelo crime de homicídio

- quanto à morte teríamos dolo necessário

Punível:

- 30º/1

- 131º+ 14º/2, 217º/218º+ 14º/1 e 272º/1, al a) + 14º/1

Caso Lacmann – menina da barraca de tiro (tem um berlinde na mão e há dois
apostadores que fazem uma aposta e nos termos da qual um deles consegue acertar no
berlinde e não na menina, mas aqui acerta na menina e não no berlinde). Quid iuris
quanto às ofensas à integridade física, se foram praticados com dolo eventual ou
negligencia consciente de acordo com a conceção extrovertida da vontade? É
negligencia consciente, tem a ver com o ambiente que o rodeia, tipo parque de
diversões. A maioria da doutrina, aplicando a fórmula positiva de Frank, o que tem aqui
é dolo eventual, tendo a postura de ir no sentido comunicacional de que aconteça o que
acontecer eu atuo, e, portanto, o agente atua.

- jogador – por causa do ambiente

Caso dos mendigos russos – Foram os mendigos russos que nas ruas de uma cidade na
Rússia tinham um bando de crianças órfãos que estropeavam para com isso conseguir
que as crianças tivessem mais dinheiro. Quanto mais maltratadas estivessem maior era a
piedade e, portanto, mais dinheiro recebiam. Aconteceu que algumas das crianças
acabaram por morrer em resultado às ofensas à integridade física produzidas então estas
mortes devem ser imputadas aos agentes com dolo eventual ou com negligencia
consciente? Aplicando a conceção extrovertida da vontade, aplicar-se-lhes-ia o dolo
eventual porque eles atuam sempre como homens de negócio, o seu objetivo último é o
lucro, ainda que para isso eles representando o risco aceitem risco, não como um estádio
intermédio, mas como um meio para atingir a sua finalidade. – homem de negócios

- correias de couro – homens de negócios

Dolo Eventual e Negligência Consciente – o elemento cognitivo intelectual está lá nas


duas

MFP – afasta a concessão introvertida da vontade

- há smp a possibilidade de interpretarmos estados mentais através de comportamentos


exteriores – qnd a pessoa atua com dolo há smp uma vontade

- qnd a pessoa está a decidir na verdade está a planear mais ou menos, e para além disso
vai tbm selecionar os meios adequados e ponderar os prós e os contras

- para a professora um observador externo pode ser capaz de interpretar os


comportamentos e identificar o dolo

- só há decisão racional qnd o agente controla o processo causal

1º passo- olhar para a base da decisão – para haver racionalidade p haver dolo eventual l
é preciso que no base da decisão o agente ponderou todos os factos e tdoso os riscos –
ponderando e estando ciente de tudo atua como sendo um homem de negócios –
conhece os riscos e conforma-se com eles – atua mm estando tudo ponderado

- pondera as alternativas de ação

-2 patamar- olhar para o sentido comunicacional – poder ler no modo como o agente
atuou o significado objetivo do risco

Negligência conscienete

- na bse da decisão o agente está a atuar como um joghardor n profissional –


menospreza os perigoss – ceder à tentação de lograr um certo intento – o que motiva n é
a racionalidade – ele n considera verdadeiramente os riscos

Figueiredo Dias

Tipo negligente – é uno surge em bloco – n vê o momento de tipicidade subjetiva


- têm é de existir 3 momentos:

- produção de um resultado

- objetiva violação de um dever de cuidado que recaía sobre o agente


(contrariedade ao dever)- pode resultar de uma norma legal, estatutárias, advir do
padrão da pessoa média, violação do princípio da confiança (confia que as outras
pessoas que tão na estrada tbm vão cumprir com as regras,e tbm na medicina), ou
alguém que tem cataratas e leva alguém a casa

- se é para a pessoa média ou para os conhecimentos especiais do


agente

- FD olhamos para a pessoa média e é em sede de tipo de culpa


que vamos olhar para os especiais conhecimentos  doutrina do
duplo escalão

- resultado previsível e evitável para uma pessoa média

A decide matar B (sua mulher), mas acaba por matar C

- há quem considere que isto é aberratio ictus

- mas o bem j de B nnc chega a ser colocado em perigo – MFP aplica aqui a
situação de erro na identidade da pesso

A tava a caçar e vê algo a mexer – achava que era um javali mas mata uma pessoa

- representa o elemento descritivo objeto da ação outra pessoa – 16º/1

- 16º/3 – fica salvaguardada a possibilidade de negligência – mas aqui n há


negligência

- Corrida de carros – dolo eventual

CASO KARATÉ

MFP- As causas de justificação são explicadas numa perspetiva de colisão de defeitos –


n precisa da limitação do abuso de direito nem das condições ético socias

- qnd vamos olhar para o merecimento justificador temos de respeitar o núcleo duro dos
bens juridicis que a constituição impõe

Invocação do art 2º/2 al a) da CEDH- Direito à vida – fundamentação da ideia de que a


defesa irrestrita é possível mas tem limites
- Nós n podemos smp e a tudo o tempo atuar em legitima defesa de froma irrestrita – só
podemos atacar os bens jurídicos que estejam a colidir com o núcleo duro

MFP - o direito de defesa ilimitado n existe verdadeiramente:

- sºo n será assim qnd estivermos no ºrincipio da insuportabilidade da não defesa


– qnd o ofensido vê em causa os seus bens jurídicos do seu núcleo duro – nestes casos
pode defender-se ilimitadamente e atingir os núcleos duros do agressor

3 grandes princípios definidores:

- principio da insuportabilidade da n defesa

- principio da igualdade na proteção jurídica

- prevalência do interesse superior (subsidiário)

- isto faz com que nos requisitos:

- temos de olhar primeiro para a necessidade da defesa

- e depois para a necessidade do meio – avaliar de acordo com um juízo ex ante de


prognose póstuma se o agente tendo em conta os ameios que o agente tinha à sua
disposição e as características especiais dos agentes – ver se utilizou o meio menos
gravoso

- Uma causa de justificação só pode ser operante qnd estão verificados todos os
requisitos

- n há pressuposto – e o requisito está preenchido (p ver se há ou n excesso)

CAUSA DE JUSTIFICAÇÃO PUTATIVA – Legítima defesa Putativa

- Pressupostos n se verificam

- Requisitos verificados

- Os pressupostos n estão verificados mas se tivessem – erro sobre um estado de coisas


que, a existir, excluiria a ilicitude do facto

Há um erro suposição – n se consegue motivar pela norma pq há uma ausência de


informação

- Regime legal – art 16º/2 - consequência jurídica – exclusão automática do dolo – o


preceituado no nº anterior....

Teorias do dolo – o que está aqui em causa é o dolo do tipo


Teoria limitada do dolo – Eduardo Correia – entendia que num caso como este
podíamos tbm excluir o dolo do tipo – só n se podia fazer isso qnd houvesse hostilidade
ao dto

Teorias da culpa

WELZEL – n podíamos excluir o dolo mas sim eventualmente a culpa

Figueiredo Dias – há analogia entre a situação do art 16º/1 – o agente supõe que pode
atuar daquela maneira pq supõe que está na iminência de ser agredido

- se o problema é estruturalmente é o mm – então a solução é a mm – exclui-se


automaticamente o dolo

- o professor – exclui a culpa dolosa mas podemos ainda a culpa negligente

Punibilidade:

A seria suscetível de responsabilidade jurídico-penal por crime de OIF negligente, nos


termos do disposto nos arts 148º+15º

CASO MALDADE PREVIDENTE

Animus defendendi – legitima defesa

Animus salvandi – direito de necessidade

- na base da decisão em termos comunicacionais pode estar uma multiplicidade de


motivações

- o que importa é que o agente tenha conhecimento da situação de perigo- que atua com
o efeito de neutralizar o perigo

- se essa consciência existir – o desvalor da ação desaparece

 Tendo em conta o efeito espelho – temos em causa um dto de necessidade objetivo

- analisar os pressupostos e requisitos do direito de necessidade:

- estão todos preenchidos MENOS o conhecimento da situação perigosa

ESTAMOS PERANTE UMA CAUSA DE JUSTIFICAÇÃO OBJETIVA – DIREITO


DE NECESSIDADE OBJETIVO

Discussão – impõe-se um elemento subjetivo?

- 38º/4
MFP – é preciso olhar para a lógica do sistema – n faz sentido punir por tentativa onde o
legislador – n punimos pela tentativa

- regime legal: 38º/4 – analogia in bonam partem, 1º nº3 (a norma penal é favorável- é
autorizado pelo legislador )

- se o agente deve ser punido de acordo com o regime da tentativa


ou se é punido por tentativa ( é smp punido)

- MFP – se o legislador está a fazer apelo ao regime da tentativa então temos de


verificar se nio caso se justifica punir aquele crime por tentativa – no caso como a mena
era menos de 3 anos (143º) – então n é punido

CASO CÉSAR, O MÉDICO

Conflito de deveres – art 36º

Pressupostos

- conflito de deveres jurídicos ou ordens legítimas

- os valores a salvaguardar devem ser de valor igual ou superior ao que se sacrifica

Requisitos:

- opera qnd estejam em causa 2 ou mais deveres da mesma natureza e o agente opte por
um deles:

2 ações ou 2 omissões

- n opera qnd estejamos perante 1 dever de ação e 1 dever de omissão, sendo que o
último prevalece

- conhecimento da situação

SE OS BENS FOREM IGUAIS

 O agente escolherá livremente o dever a cumprir e à Ordem Jurídica não interessam


os motivos da sua decisão. – defendido por António Brito Neves

- Pode chocar a sensibilidade humana o facto de o agente usar critérios racistas


ou motivos de ódio ou preconceito contra o afetado - mas o direito não pode intervir
onde a OJ já não apresenta critérios de escolha para o agente.  está em espaço de
liberdade se os bens forem iguais

Atentar na Natureza dos deveres a cumprir:


- o conflito de deveres só pode operar qnd do ponto de vista da vinculatividade 2
deveres da mm natureza – dois deveres de ação ou dois deveres de omissão

- o dever de omissão prevalece smp sobre a omissão pq tremos um dever de não


ingerência na esfera dos outros

PROBLEMA: no caso – n há conhecimento da situação – Causa de justificação objetiva


– Conflito de deveres objetivo

- o conhecimento da situação – conflito de deveres – escapa verdadeiramente ao agente


–n há exclusão de ilicitude - mas art 38º/4 – pelo art 23º pune-se pela tentativa

- OLHAR PARA O QUE ESTÁ NA BASE DE PONDERAÇÃO DO AGENTE

- CONHECIMENTO DOS PRESSUPOSTOS

- Na legítima defesa putativa – os pressupostos n estão preenchidos, mas os requisitos


estão todos preenchidos

- Na legítima defesa objetiva – os pressupostos estão todos preenchidos e os requisitos


todos menos o conhecimento

CASO A FESTA

- Consentimento e acordo em direito penal

Podemos seguir uma prespetiva:

- Monista do consentimento – o consente vinga apenas e só como causa de justificação


desde que estejam previstos os requisitos do art 38º - atribui valor único ao
consentimento – Augusto Silva Dias – é apenas causa de exlusão de ilicitude

- Costa Andrade - Podemos ter o consentimento com um duplo valor – por vezes o
consentimento – em sentido técnico acordo – há-de ter efeito de gerar a atipicidade

- Consentimento enquanto causa de justificação do facto que exclui a ilicitude

- defendia que o acorodo seria policêntrico – estaria smp depenedente do tipo e


da forma como o tipo da parte especial estaria construído.

- no consentimento já estariam cendidos o bem jurídico e a autodeterminação

- entendia que pensar numa linha de continuação entre o bem jurídico e a


autodeterminação seria artificial

Posição dominante na doutrina:

Tese dualista: duplo enquadramento

- smp que o titular do BJ acorda – n há tipicidade


- smp que há consentimento – há causa de justificação

- art 156º + 158º+164º+ 190º +208º- doutrina identifica nestes casos a lógica do acordo

- pq há aqui um conflito entre a autonomia do titular do BJ e o próprio BJ é


resolvido pelo legislador na letra da lei

- a menção ao acordo está na lei

- é como se o titular do BJ só podia fruir totalmente dele que acordarmos


com a sua lesão

- se n hpuver acordo – claramente há dissentimento e aí já há tipicidade

- o acordo n precisa de verificar os pressupostos e requisitos do


cxonsentimento é autonomo

- o facto de ter havido um acordo de princípio – é absolutamente


essencial – ver até onde é que o titular do BJ permite que essa fruição conjunta do BJ
permaneça

ACORDO – conflito entre a autonomia de consentir a lesão do bem e o seu valor para o
sistema jurídico-penal resolvido pelo legislador na descrição do tipo legal

- efeito: atipicidade

CONSENTIMENTO- conflito entre a autonomia de consentir a lesão do bem e o seu


valor para o sistema jurídico- penal não está resolvido pelo legislador na descrição do
tipo legal

- efeito: justificação do facto (com a consequente exclusão da ilicitude)

Caso:

Ação humana dominada pela vontade

Tipicidade

- problema jurídico central: 190º: acordo que nega a tipicidade


CASO ESTUDANTE MEDICINA

- Figueiredo Dias tem por inadmissível a invocação da violação da autonomia pessoal


nos casos em que o bem jurídico ofendido seja de caráter eminentemente pessoal, se
se verificar um pequeno peso e a ausência de perigo da intervenção.

- consentimento presumido – tbvm têm de estar preenchidos os requisitos do


consentimento

Problemas Jurídicos:

203+208 – tipos em que a lógica da autonomização do acordo fazem sentido (n


conseguiumos conceber o auto furto)

- doutrina tbm identifica estes casos

- n há um acordo expresso – mas a doutrina tem vindo a aceitare que os acordos podem
ser tácitos e até presumidos se a racionalidade do contexto nos permitirem inferir que o
titular do bem jurídico dissentiria ali

- enquadramento possível na figura do acordo presumido

- o conflito é resolvido pelo legislador no tipo

Costa Andrade – n precisiariamos de verificar os requisitos do consentimento– teríamos


de atender à logica interventiva do consentimento presumido

Condução em estado de embriaguez

- Direito de Necessidade

Al b) e al c) do art 34º

- Principio do interesse preponderante – FD

- o interesse do BJ vida e o interesse do BJ segurança rodoviária

- moldura penal – vida vs

- grau de perigo criado – é possível criar perigo abstrato para promover


uma ação salvadora

Al c) razoabilidade – esta autocolocação n gera uma situação desrazoável

MFP
CASO SEM GOLOS

Erro sobre a ilicitude – art 17º  NÃO É FALHA DE INFORMAÇÃO MAS DE


VALORAÇÃO

- erro sobre a ilicitude de ação – desconhece que aquele facto era ilícito

- erro sobre a existência de um dever jurídico de garante na omissão


- o agente desconhece a própria posição de garante

- erro sobre a existência/limites de uma causa de justificação ou de exclusão da


culpa

- erro sobre a validade da norma

- O agente conhece a realidade e tem todas as informações sobre a situação real, mas
valora-a mal– diverge do sentido do legislador

- ver porque é que diverge?

- erro moral – faz uma valoração moral diferente do da ordem jurídica

- art 17º só pode levar à exclusão da culpa

Critério para saber se o erro lhe é censurável

- retitude da consciência errónea – há insensibilidade/daltonismo da consciência ética ou


existe fidelidade ao direito?

Requisitos:

- 1º - há de tratar-se de um caso em que a ilicitude correta é discutida e


controvertida

- 2º - a solução dada pelo agente à questão da ilicitude do facto corresponde a


um ponto de vista de valor jurídico reconhecido (revela uma atitude global de fidelidade
a exigências do dto)

- 3º - há de ter sido propósito do agente corresponder a um ponto de vista


juridicamente relevante

- ainda há alguma retitude e busca de cumprimento da ordem jurídica? Há ainda alguma


linha ainda que ténue de fidelidade ao dto?

- 17º/2 – tese de atenuação especial (extraordinária) facultativa (n inclui a hostilidade ao


dto)

 Pratica um facto típico e ilícito, mas n culposo


- N aderimos à atenuação obrigatória do art 17º/2 – é uma atenuação facultativa – qnd o
comportamento do agente revelar uma completa hostilidade ao dto – n há atenuação

- ATC – o erro do art 17º será censurável smp que o agente demonstrar uma
personalidade indiferente perante o dever ser jurídico penal

- MFP – na verdade pode n haver sp ponderação abstrata e impessoal a que o prof faz
apelo – critérios tão impessoais são indiferentes

- apelo a uma ética das emoções – é preciso olhar para a pessoa individualmente
considerada e o seu projeto de vida – pode haver uma decisão tendo em conta a a sua
linha ponderando valores – n ignora o dto – faz valoração tendo em conta a sua
orientação apesar

- lógica de ética de cuidado – critério em que as emoções reentram – n devemos


olhar apenas e só para o quadro abstrato mas olhar para o projeto de vida do agente e as
emoções que o motivaram

CASO PASSA MÚSICA

- Erro sobre a proibição

Posição FD:
- No art 16º/1 PARTE FINAL o erro é de tipo intelectual, ou seja, há um
erro sobre a proibição (mala prohibita).
– Estamos perante crimes cuja ilicitude não se presume conhecida de
todos os cidadãos e não lhes é exigível tal conhecimento. O que significa
que o agente, apesar de ver a sua conduta como ela é, não sabe que a
sua conduta é crime porque não há razão axiológica para saber – é
crime por questão técnica. As condutas são axiologicamente neutras (é
indispensável conhecer a proibição para ter consciência da ilicitude).
 COLOCA-SE NO ÂMBITO DA IMPUTAÇÃO SUBJETIVA – EXCLUI O
DOLO DO TIPO

MFP – erro da verdade – 16º


- erro do sentido – 17º - percebe-se o que está escrito mas n se consegue ligar a
realidade ao texto da norma

Diferença:
- proibições absolutamente estabelecidas no OJ e que as pessoas na
generalidade devem conhecer – comportamentos penalmente relevantes e que
correspondem à arquitetura do sistema judicial - art 17º
- agente ignora a realidade pq ignora concretamente a proibição – n basta que
o agente represente os elementos objetivos e subjetivos do tipo- por vezes é
necessário que conheça as proibições
- mala mera prohibita - comportamentos que n têm a mm dimensão
axiológica – erro-ignorância:
- estamos a a falar de incriminações novas
– que já existem no ordenamento jurídico mas ainda n estão
completamente interiorizadas - ex.: tráfico de influências
- fundamentalmente no dto penal secundário

MFP – consciência potencial da ilicitude – teve oportunidade de se motivar pela


norma?

- tem de se apreciar as condições efetivas de oportunidade de


motivação pela norma penal tendo em conta 3 aspetos:
1) evidência das regras; - dto penal secundário
2)perigosidade previsível da conduta;
3) nível de inserção profissional
- se for caso em que, mesmo que neutra, era exigível ao
agente ter conhecimento da sua proibição (agente
especialmente responsável atendendo à função que
desempenha, ou agente que decide tomar parte de
relação especialmente regulada), então não se exclui dolo
do tipo – aplicar 17º.
- agente n é profissional da área?
 Se não teve oportunidade de se motivar pela norma  art 16º/1
 Se teve oportunidade de se motivar pela norma, mas o processo de
motivação foi errado  art 17º

é tbm sensível uma critério setorial- há agentes que se dedica a certas áreas
profissionais que têm dever acrescido - se ignora a lei – tendencialemte entra no art
17º

- se o agente até conhece a norma penal em branco mas n conhece a norma


complementar ou integradora:
- FD – se for transitória – cabe no 16º/1
- se o agente só n conhece a norma complementadora – entra no 17º

CASO ABORTO
Erro sobre a ilicitude – art 17º

- ela n tem uma atitude hostil ao dto


- n é completamente desajustado para se entender numa situação como esta – tendo
em conta a proximidade cultural – MFP é tendencialmente mt sensível à orientação
cultural do outro país (exceto nos casos extermos- p.e. mutilação genital feminina)

CASO ASAE

- Erro sobre a proibição

Posição FD:
- No art 16º/1 PARTE FINAL o erro é de tipo intelectual, ou seja, há um
erro sobre a proibição (mala prohibita).
– Estamos perante crimes cuja ilicitude não se presume conhecida de
todos os cidadãos e não lhes é exigível tal conhecimento. O que significa
que o agente, apesar de ver a sua conduta como ela é, não sabe que a
sua conduta é crime porque não há razão axiológica para saber – é
crime por questão técnica, não é óbvio que há um bem jurídico. As
condutas são axiologicamente neutras (é indispensável conhecer a
proibição para ter consciência da ilicitude).
 COLOCA-SE NO ÂMBITO DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA – EXCLUI O DOLO
DO TIPO

CASO PROVISIONAL DRIVING LICENSE

Posição FD:
- No art 16º/1 PARTE FINAL o erro é de tipo intelectual, ou seja, há um
erro sobre a proibição (mala prohibita).
– Estamos perante crimes cuja ilicitude não se presume conhecida de
todos os cidadãos e não lhes é exigível tal conhecimento. O que significa
que o agente, apesar de ver a sua conduta como ela é, não sabe que a
sua conduta é crime porque não há razão axiológica para saber – é
crime por questão técnica, não é óbvio que há um bem jurídico. As
condutas são axiologicamente neutras (é indispensável conhecer a
proibição para ter consciência da ilicitude).
 COLOCA-SE NO ÂMBITO DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA – EXCLUI O DOLO
DO TIPO

-No art 17º o erro é de tipo moral, ou seja, há um erro sobre a ilicitude
(mala in se).
– Estamos perante crimes cuja ilicitude se presume conhecida de todos,
sendo-lhes exigível esse conhecimento (se não for censurável que não
conheça, exclui-se a culpa). Nestas situações o agente sabe que aquele
comportamento é crime, mas acha que a sua conduta concreta não
corresponde ao comportamento que é crime, dá- lhe outro significado,
valora a situação de forma diferente – aqui há sempre ponderação, pois
é claro que há bem jurídico. As condutas são axiologicamente
relevantes (é possível ter consciência da ilicitude sem que se conheça a
proibição).
 COLOCA-SE NO ÂMBITO DA CULPA – EXCLUI A CULPA

- É um caso do 17º a meu ver

Art 17º
- MFP – parte do princípio da desculpa – modelo ético efetivo – verificar se ainda há
vinculação
- mala in se –

16º/1 parte final

- critério potencial da ilicitude – olha paraas condições e oportunidades do agente

Caso Tábua de Carmeades

- conflito de deveres desculpante – aplica-se por meio do 35º

- que causa de justificação alegável – regime do art 34º - Dto de Necessidade

- pressupostos verificados
- requisitos:
- al b) falha – casos vida contra vida
- FD – nos exemplos – admitir uma causa de justificação é o mm que
dizer que prepondera o mais forte – o que é inaceitável

 SE FALTAM REQUISITOS – vamos para a causa de desculpa correspondente

Tese dominante:
- as causas de desculpa são aferidas com base numa lógica de inexigibilidade
- olhar para as circunstâncias concretas e ver se o homem médio agiria da
mesma forma – para a pessoa média não seria exigível atuar de outra forma

- MFP – p da desculpa – critério ético afetivo – esta inexigibilidade é na verdade o


desfecho/ conclusão – é precuso encontrar o principio fundamentador da desculpa a
montante
- apelo a outra ordem de razões:
- temos partir de uma lógica de justiça que vai exigir uma comparação
no caso concreto da falabilidade humana e comparando esse caso em concreto com as
orientações pessoais/ culturais do agente....

- para verificar da falabilidade humana no caso concreto pode aferir – espaço lógico
sulcado em princípios de justiça – pode existir uma base emocional – n por ter uma
atitude hostil ao dto mas por resolver o dilmema tendo em conta um código de
conduta oculto mt próprio
- ver se este código oculto no caso concreto ainda tem conexão com valores do dto –
ou se pode ser avaliada como atuação sem ética

- apela ao princípio da oportunidade. Avaliar:


- base causal factual – verifiucar como é que no caso concreto o agente atuaou –
apurar a tensão subjetiva que levou o agente a atuar dessa maneira
- 2º momento – apelo a ponderação de p de justiça – limitação objetivo – o p da
desculpa só vai operar se descortinarmos que o código oculto do agente – o agente
atua assim pq é a sua própria vivência estava em causa
- prof considera que a honra está presente
- se esta ponderação revelar que o quadro de valores ocultos do agente – temos o
fundamento da desculpa – temos a possibilidade de considerar que no caso concreto –
n era exigível ao agente

- Erro sobre os pressupostos de facto de uma casua de desculpaaaa!!! E não de


justificação – pq falha a alínea b) – art 16º/2 – o que estamos a excluir é a culpa dolosa
– teoria limitada ou moderada da culpa

- art 16º/3!!!!!! – avaliar se há culpa negligente no caso concreto ou não – apurar se


houve um dever subjetivo de cuidado – analisar se o agente atuou com descuido ou
leviandade – olhando para as concretas capacidades e conhecimentos do agente

- afastar a possibilidade

- qnd vamos do 16º/1 (exclui-se o tipo subjetivo doloso)


- vamos para o nº 3 – ver se há um tiºpo de crime negligente negligência e ver se o
agente atua com negligência de acordo com um devr objetivo de cuidado- que tem por
referência a pessoa média, o p da confiança

a) – critério material objetivo


b) – crimes materiais de resultado
c) – critério material objetivo

Em relação à violação de domicílio – para aefitos do regime 190º - se se defende disto


– defende-se de uma agressão atual e ilícita – legítima defesa

- problema é o necessidade do meio – gera excesso de legítima defesa

Excesso real de defesa

Achava que estava em causa um furto – furto qualificado – 204º/1 al f)

Concurso entre erro e excesso


- MFP – vai apurar se este excesso é ou não motivado pelo erro
- agente atua em excesso, mas esse excesso n era motivado pelo erro – mm que o erro
fosse real – o excesso smp estaria presente
- ver este regime
MFp deixa-se cair

Caso Jovem meliante

António – menor de idade –


- inimputável em razão da idade – art 19º

- ainda n há resultado qnd é interrompido – está em tentativa – 22º/2 al b)

 Na atualidade da agressão – ver a questão da ablatio

- Bento claramente n estamos perante um caso da insuportabilidade da não defesa


- a propriedade n reentra

- n opera o regiem da atenuação facultativa do regime do art 33º/1

Exclusão da culpa – motivos que nos permitem dizer que aquela pessoa n era ad initio
culposo – art 19º+20º

Desculpa – regime do art 33º, 35º e 37º +17º

Carlos aborda bento

- violação de domicílio do 190º - entra no domicílio sem acordo

- Agente é imputável nos termos do 19º e 20º

- Bento ao empurrar Carlos para a rua

- Legítima defesa – conduta de Carlos correspondia a uma ação típica mas lícita –
contra justificação n pode atuar causa de justificação

- Objetia 143º
- Subjetiva – 13+14/1

- crime de ameaça do 153º


- tudo normal – n há casos especiais

MFP – requisito necessidade do meio


- há um elemento lógico anterior- necessidade da defesa
- pode n ser necessária pq é possível recorrer à força pública

- n podemos disparar p o ar – tem de haver elementos dissuasores à priori


- insuportabilidade da n defesa – cláusula da dignidade da pessoa
- p termos um meio necessário temos de operar um juízo ex ante de prognose
póstuma

- uma arma de fogo é um elemento altamente dissuasor

- se podia ter recorrido ao agente da autoridade – houve excesso de meios

- se tivesse visto o polícia – discutir a necessidade de defesa


- se n tivesse visto – necessidade do meio

Rejeita a cláusula de inexigibilidade – concebe o p da desculpa


- nascemos como ser livres – mas olhar para o caso concreto e ver que em certas
circunstâncias somos influenciados pela falibilidade humana

- 3 liberdades: liberdade de vontade, liberdade de se ser quem é, liberdade de


alternativas (igualdade de oportunidades de agir)

- Caso Pagar ou não pagar

Conflito de deveres
- tinha dois comandos de ação
- qnd há conflito de deveres o sgente está smp obrigado a cumprir um deles

- o cumprimento das obrigações fiscais é um suyperior ao pagamento dos salários 


jurisprudência

- há um dever geral de pagamento pq esta entrega de dinheiro ao estado – é um


interesse coletivo que se sobrepõe ao interesse individual

- igualdade entre os agentes económicos – burla de etiquetas – no limite o n


pagamento de impostos pode levar à paralisação do estado e a sua bancarrota

- o dever que comporta o valor superior é o de pagar os impostos ao estado

- agente cumpriu o dever menos valioso

Doutrina- n podemos fazer analogia com outras figuras de causa desculpante

- MFP +ATC – aplicação analógica do art 35º/1 aos casos de conflito de deveres
desculpante
- e n ficamos agreduados aos bens jurídicos presentes no art

- ver se é causa de desculpa ou não

- modelo ético efetivo – MFp – agente está num grande conflito interior – n decide de
acordo com interesses do OJ no geral – dentro do seu código oculto de valores – o
agente revela aqui uma sensibilidade mt apurada – para ele é indispensável o
pagamento dos salários – n consegue resolver de outra maneira – pq fazê-lo seria
estranho ao seu quadro de valores oculto

- o agente é movido por preferências, mas esta preferênciua é aquela que de caordo
com o seu código oculto tema ainda a uma adesão ao dto- nesta base motivacional
está ainda uma ponderação valiosa

- podíamos aplicar o art 35º/1 por analogia

- a jurisprudência considera esmagadoramente que n há causa de justificação nem de


desculpa
- MFP – principio da desculpa – considera que há desculpa

- podemos extrapolar os BJ que estão presentes no artigo – podemos ponderar outros


bens jurídicos

COMPARTICIPAÇÃO CRIMINOSA

2 ou mais opessos que concorrem po a pratica de um facto penalmente relevante

1- identificar os títulos comparticipativos de cada um


- critérios para distinguir:
- distinguir participantes: instigador e o cúmplice

- autores
- critério para distinguir – domínio do facto – so os autores tem domínio do
facto – mas so eles é que tomam parte direta na execução. Participantes n têm o
poder de fazer avançar a agressão, só parar (mas isso todos nós)

- cumplicidade – 27º

- autoria – 26º
- regime do art 26º na ultima parte – está aí a figura do instigador- está aí o
instagador pq ele é punido como autor
- instigador – é ele que tem a ideia, mas fica na retaguarda – n faz avançar a
ação – comprrende-se, se dá aso a tudo, então é punido como auot – mas n tem
domínio do facto

- Começamos a analisar a responsabilidade de quem está mais próximo da execução


do facto – prim eiro os autores, depois o instigador e por fim o cúmplice (q só dá
apoio)

- Os autores têm o domínio do facto- mas n dominam todos o facto da mm forma


- 1º proposição do 26º - autor material – quem executa diretamente o facto – tem o
domínio da ação – tem o poder de avançar a ação sozinho – pratica os atos de
execução até à consumação (está smp nos tipos- é o quem)
- autor mediato – aquele que executa o facto por meio de outrem – é a pessoa de tras
que domina a vontade da pessoa da frente – domina o facto através do domínio da
vontade
- como é que se domina a vontade da outra pessoa:
- indução em erro relevante
- pessoa da frente está em erro sobre os elementos de facto – art 16º/1
– se dispara a achar que é nurf mas é arma normal
- casos em que se dominam vontades débeis – crianças – inimputável em razão
da idade
- controlo de um aparelho organizado de poder – figura da 2 guerra mundial p
ilibar soldados que estiveram em campos de concentração – qnd a pessoa está qnd há
uma grande fungibilidade na base – tbm acontece na máfia e nos carteis
- a pessoa da frente n é livre de decidir se quer praticar o crime ou não –
é controlado pela pessoa de trás
- coação moral
- são instrumentalizados – n têm liberdade de ação

- co-autores – 3ª presposição do art 26º - os co autores têm o domínio funcional – cada


um tem uma função na execução do facto:
- logica da essencialidade do contributo – verificar como é que as tarefas
são distribuídas netre todos

- instigador – n instrumentaliza o autor – o autor tem liberdade de ação

- o limite minio à comparticipação são os atos de execução do art 22º e o limite


máximo é a consumação

- analisar todos os problemas jurídicos que se colocam

- Teoria da acessoriedade limitada - o facto praticado pelo autor tem de ser no mínimo
típica e ilícita – para podermos responsabilizar os participantes
- os factos praticados em sede de comp – p se poderem transmitir aos
participantes a ação tem de ser no mínimo típica e ilícita

- n faz sentido ser as outras – regime dos arts 28º e 29º - no 29º o legislador
determina no art 29º que no regime da comparticipação é avaliada individualmente
- no 28º fala da ilicitude e o facto de ela se poder transmitir

- Teoria da acessoriedade minima – só típica


- Teoria da acessoriedade extrema- típica ilícita e culposa

- no regime do art 29º

- o problema do duplo do dolo está nos participantes

2º dolo – de realização do facto típico


- cumplicidade – apoia uma decisão que já está tomada

- A fica a vigiar e há mais 3 dentro do banco a recolher tudo


- certa posição – quem fica à porta
- as pessoas podem dar um contributo essencial para o sucesso – e é isso que
determina a figura da co-autoria (inspirada no prof Eduardo Correia)

- IDENTIFICAR O TITULO COMPARTICIPAÇÃO NA IMPUTAÇÃO OBJETIVA – 131º + 26º 3ª


proposição

- Escrever um paragrafo antes a dizer que há comparticipação e dizer quais os títulos

Actio libera in causa – MFp – exceção – temos uma ação típica e ilícita – o agente seria
inimputável – vai operar a tese da exceção como há a pré-colocação em estado de
incapacidade

 Falta de elementod de causas de justificação


- Distinção entre autoria mediata e instigação
- Tentativa

Caso “Sortes”
 1º passo – identificar quem é quem

- Participantes – n tomam parte direta da execução


- Autores- Controlam o se o como e o quando – fazem avançar a agressão

- Não há consomação – estamos perante uma tentativa


- A tentativa n tem início em todos os participantes no mm momento

- Qnd A faz proposta ao B - é instigador – o A está a criar em B – está a determiná-lo a


praticar o crime

- Se analisarmos bem – o p da auto responsabilidade está preenchido – é


completamente livre na base da decisão que toma – há culpa dolosa – n temos
material p excluir a culpa

- smp que a pessoa da frente uma facto típico ilícito e com culpa dolosa

B convence C – B é instigador de C – se n tinha uma decisão séria firme e forte – cria


nele uma vontade nova

- Podemos ter mais do que um título comparticipativo – mas depois determinar só um

Tbm encontramos principio da autoresponsabilidade operante

- B fica à porta
- A e C entram na casa – o bj de vida privada já foi lesado – entram com dissentimento
– 190º preenchido
- art 204º/2 al e)

- Aqui temos que discutir um novo título comparticipativo


- acordo está lá
- temos de discutir se no plano objetivo todos eles contribuem para a execução
do facto típico

- A – instigador de B e co-autor de A e C
- B same
- C co autor com A e B

- N lhe podemos imputar 2 títulos comparticipativos – concurso de normas – principio


in inidem – art 29º/5– a figura da participação é subsidiária à autoria (só eles
conseguem fazer avançar a ação).  imputa-se a co-autoria

- em certas construções podemos considerar que o B que fica à porta pode ser
cúmplice material – na medida em que aumenta a possibilidade de sucesso

- roxin – co autor deve ser todo aquele que dá um contributo essencial para o sucesso
do empreendimento criminoso – para a execução do tipo que esteja em causa– o q é
avaliado ex ante
- contributo para a solução global – para o contributo global – perspetiva da
execução global do facto
- quem vigia, quem fic à espera no carro – sem o contributo individual de cada um
deles a consumação n seria possível
- alguém que leva p o lugar do crime – falar de proximidade – tbm pode ser
proximidade telemática (por telemóvel ou à distinção)

- até à consumação – quem recebe o produto depois de ter sido roubado – já n é co-
autor

Cúmplice- dá apoio sem dar contributo essencial e pode n ter correspondência


temporal

 VER QUESTÃO DA ABLATIOOOO

- estamos perante uma situação de comparticipação criminosa


-oAé
- oBé
-oCé

- Início da tentativa no caso da co-autoria:


- MFP – tese da solução global – os co-autores iniciam a execução do crime qnd um
deles pratique os atos de execução do art 22º/2
´
- assim que estão na porta da casa a arrombar  art 22º/2 al c)

- Fd - conexão de perigo típico


- inspirado na doutrina do ulktim

- conexão de perigo- relação iminente de implicação


- conexão típica – intromissão no modo de executar

- MFP – perda das condições de segurança do BJ

- há aqui domínio funcional

- tese individual – vamos iniciar a execução do crime tendo em conta cada um dos
autores

- tentativa impossível – n há objeto – art 23º/3

- n é punível qnd for manifesta:


- a inaptidão dos meios
- a inexistência do objeto da ação

- só será não punível se for evidente – se houver a impressão – externalidade deste


comportamento de que este meio n é idóneo ou o objeto da ação n está lá

-na base do art 23º/3 tendencial equiparação entre a tentativa idónea e a


tentativa inidónea
- numa certa dimensão objetiva – estas condutas encerram um desvalor j
importam – atacamos a paz jurídica

- juízo ex ante de prognose póstuma – olhar para o caso e vai deslocar o observador
para o momento e, que o agente atua – ver se a pessoa meia apreenderia a arma ou
objeto como inapta ou inexistente, com as circunstâncias de atuação do agente

- se não for evidente – p FD por força da teoria da impressão esta tentativa seria
punível

- MFP – enfermada pela ideia (art 18º/2 CRP) temos de verificar um p de ofensividade
de bens j – as condutas têm de criar perigo ou lesar efetivcaente bens jurídicos – esta
equiparação genérica da tentativa impossível à possível pode levar-nos à
inconstitucionalidade – o p da ofensividade n seria respeitado
- temos de olhar para os mkundos possíveis e ver se no campo das possibilidades é
possível apurar se numa realidade paralela alguma vez era possível que aquele meio
fosse apto ou aqule objeto da ação fosse atingido
- isto é possível nas tentativas relativamente impossíveis – a inaptidão do meio
empregado só naquele caso concreto – mas noutro caso aquela arma podia
efetivamente disparar
-tentativas absolutamente impossíveis – num mundo paralelo nnc podiam ter evoluído
para a execução ou lesão de bens jurídicos efetivos – o p. da legalidade e o p da
ofensividade dos bens j nnc podem ser na verdade cumpridos – p estes casos ou
fazemos uma revogação do art 23º/3 quando permitir a imputação ou fazemos uma
interpretação restritiva, na parte em que a menção ao manifesto permita considerar a
tentativa impossível como punível

- tentativa impossível por inexistência do objeto necessário à consumação do crime


- furto qualificado – 204º/2 al e)

- NA PARTE DA CULPA DIZER QUE HÁ CAPACIDADE DE CULPA (19º+20º) E N HÁ


CAUSAS DE DESCULPA

- N É DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA – nos termos do 24º - n há lógica de arrependimento

- conhecer e querer apoiar a decisão criminosa dos autores


- ter dolo relativamente `a consumação facto

- cúmplice apoia uma decisão que já está tomada

- determinar – convencer

- autoria mediata e a fronteira com a instigação


- co-autoria NÃO SAI

ART 22º
Al a ) – critério formal objetivo – modo como o tipo descreve a execução do tipo –
tipos de execução vinculada – burla
Al b) -material objetiva -ato de execução idónea à produção do resultad
Al c) material objetivo

- n representa que está a representar a conduta nem o processo causal– erro sobre os
pressupostos de facto – 16º/1

- vamos para o 16º/3 – temos de ver5 se há tipo negligente – não há tentativa


negligenteeeee
- principio da auto responsabilidade n está preenchido

- se a mulher da frente n é penalmente responsável- n é livre

- SE N CHEGAMOS À CULPA DOLOSA – É PQ N É INSTIGAÇÃO MAS SIM


- INÍCIO DA TENTATIVA DO AUTOR MEDIATO – antes da berta entrar no quarto, qnd
entrega a seringa – solução global – n é preciso fazer coincidir o inicio da tentativa do
autor mediato com a pratica de atos de execução do autor imediato. O modo como o
agente instruiu de alguma forma o agente já se revela na execução do crime.
- art 22º/2 al c)
- Legítima Defesa Objetiva
- Instigação – Daniel é plenamente responsável
- Carlos determina o Daniel – cria nele uma decisão criminosa nova

- potencialidade objetiva da verificação

Alínea c) §

- ministrar pode ser:


- dar na mão – al c)
- dar na boca – al b)

- o problema é que o meio não é apto

- só uma leitura à contrario é que nos permite perceber quando é que a tentativa não
é punível

 Quando é tentativa impossível – primeiro dizer qual é o ato de execução e só depois


ir ao 23º/3

- os crimes negligentes n comportam desvalor da ação, apenas o desvalor do


resultadso  qnd chegamos à ilicitude – n se exige o elemento subjetivo – atua uma
causa de justificação sem ir ao 38º/4

- omissão de auxílio do 200º/1 – a reage

Na legitima
- FD – omissões puras ou impuras há legitima defesa – pq há um comportamento
devido que n é cumprido
- MFP – entende que só pode haver ato de defesa contra uma conduta humana se no
caso o agente estiver a repelir uma omnissão impura – só nessas do ponto de vista
valorativo conseguimos fazer equiparar ações e omissões do ponto de vista do art 10º
 só pode ser direito de necessidade – art 34º

- exigência de licença para deter armas – a evidência das regras n é obscura – art 17º
- quando é uma norma específica mas conhecida de todos – art 17º - normas que já
estão absolutamente estabelecidas no OJ

- MFP – critério ético afetivo – há pessoas por força da função profissional que
adotaram têm deveres especiais têm uma exigibilidade de suportabilidade da situação
mais elevada. No entanto, em situações extremas, há que apelar à lógica da
falibilidade humana, pelo que não é por a pessoa ter um dever especial que deixa de
haver desculpa

- contraria a orientação doutrinária de que quem tem deveres especiais – mm quem os


teus ainda se mantém a lógica da falabilidade humana (em situações extremas)
- agente atua pré-ordenadamente – 20º/4 tem capacidade de culpa
- smp que a autocolocação resulta de um comportamento imntecncional – dolo
direto ou necessário – 20º/4

- se fosse dolo eventual ou negligência consciente – 295º

- tese da antecipação da imputabilidade – devemos deslocar-nos para o momento em


que se colocou

A – instigador
B- instigado

C – crime de tráfico de droga – n tem capacidade de culpa – art 19º tem 15 anos

- D qnd vai a casa de C – punição objetiva pelo 295º - n é actio libera in causa pq n há
pré-ordenação

E – legítima defesa de terceiros – qnd queria disparar sobre D

- E ao disparar sobre o neto – aberratio ictus

- motorista F que se recusa a prestar auxílio – omissão pura de dever de auxílio 200º/1

- E ameaça motorista com a arma para o levar para o hospital – legítima defesa de
terceiro

- E autor mediato e F autor imediato das ofensas à integridade física de G

- H contra G e C – conflito de deveres

- apurar se a pessoa da frente tem de facto culpa dolosa ou não

 1º que tudo identificar tipos comparticipativos

B – pratica burla – art 217º


- dolo direto

- n há causas de justificação
- desculpa tendo carência económica – falibilidade humana – se o código oculto ainda
se pauta por valores relevantes – n pode ser censurável do ponto de vista moral- as
emoções que os movem são eticamente nobres

- A pratica crime de furto qnd leva medicamentos para casa – art 203º/1

- cria uma vontade nova de praticar o crime

- instigação
- o instigador n é autor é participante

 Na culpa dizer – não há causas de xeclusão de culpa nem causas de desculpa

Na imputação objetiva- 26º/4 proposição + 217º - a vertente externa ou quantitativa


da acessoriedade está verificada– existirem atos de execução
Na imputação subjetiva – falar do duplo dolo

- C quer vender droga – tentativa impossível ou inidónea por inexistência de objeto


necessário – art 21º DL

- quanto à burla – erro sobre a factualidade típica

- o 295º só se aplica qnd a pessoa se coloca em estado de inimputabilidade – estar em


total desconformidade com a atuação – e para qnd se ingere e não qnd se está em
privação

- D art 154º - coação – CRIME DE EXECUÇÂO VINCULADA


- não há consumação da coação – que é constranger a pessoa – tentativa

- mas chegados à culpa – estado de privação – art 20º - tem de ser capaz de se motivar
pela norma
- tem de se conseguir motivar pela norma do art 20º

- n é uma desistência voluntária – n é altruísta

Para o F
- omissão dever de auxílio – 200º/1
- condução perigosa – 291º
- OIF em G

- ele é autor imediato – e há situação de coação

- relativamente a quem quebra de regra da estrada – dolo direto


- relativamente à OIF – dolo eventual

- qnd é autor mediato – falar de coação


- transportamos da pessoa da frente para a pessoa de trás os crimes

- erro sobre os pressupostso de uma causa de justificação

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