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- O que é crime?
A grande questão. O conceito tripartido vem existindo há tempos, desde Radbruch e Belling.
Mas no final do século XVIII, com Adolf Merkel, vem uma visão diferenciada:
Conceito de injusto:
Crime:
Obs: apesar das críticas, em verdade a grande revolução foi feita pela escola do finalismo no
deslocamento do dolo para o tipo, deixando para a culpabilidade a dimensão valorativa
(conhecimento do injusto). O dolo é a vontade consciente de realizar o tipo objetivo do crime.
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que depende do crime.
CULPABILIDADE
- Imputabilidade:
- Conhecimento do injusto:
Dimensão INTELECTUAL.
CULPABILIDADE
IMPUTABILIDADE: GERAL
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Requisitos: inteiramente incapaz de COMPREENDER a natureza antijurídica do fato (no seu
significado) ou de DETERMINAR-SE (atividade psíquica de natureza emocional).
- No que ele lida com o determinar-se? Com a capacidade de lidar com os impulsos, com
afetos, que vem do ID. Os impulsos básicos: impulso de agressão e de sexualidade.
Obs: Rousseau: o homem nasce bom mas o que o torna mau são as instituições:
inserimos a propriedade privada no meio das relações. A distribuição da riqueza
conforme sua posição social. As instituições pervertem o sujeito e promovem violência. O
Direito é violento. Mas há também impulsos sexuais e de agressão (Freud).
Obs 2: violência do Direito por Foucault. Livro "Em Defesa da Sociedade". Nova
Mecânica do Poder é o Biopoder. Tem como objeto o corpo-espécie. É diferente das
formas tradicionais de poder, centradas na disciplina e controle físico, ao se concentrar no
gerenciamento e regulamentação da vida em nível populacional. Estabelece estratégias
políticas, institucionais e sociais que visam controlar e organizar aspectos da dimensão
humana. Estado Moderno e expansão do Capitalismo.
Obs 5: não se deve alienar pela dogmática penal; conhecê-la para enfrentar a realidade e
modificar.
Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto
ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
De <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm>
Observações:
IMPUTABILIDADE
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- O motivo: conceito extraído de emoção, pois é o que move. Emoção é o que move o
sujeito.
- As emoções são o motor do mundo. Sempre estamos a procura delas ou fugindo delas
(daquelas que provocam pavor).
- Emoção: está fora de controle; é automática. Sentimento: emoção com uma ideia, é a
emoção percebida onde temos uma certa atitude.
- Crítica ao artigo que fala que não excluí a imputabilidade penal a emoção e a paixão
(art. 28 do CP) enquanto o que move o sujeito é a emoção é ela que traz a
inexigibilidade de conduta diversa ou excessos de legítima defesa exculpante ou
homicídio privilegiado.
- Obs: excesso de legítima defesa como isenção de pena por inexigibilidade de conduta
diversa.
"Não existe um caminho real para a ciência; mas só consegue chegar aos seus sismos
luminosos, os que estão dispostos as canseiras do caminho".
2. Teoria da Punibilidade do Fato (a grande teoria): o sujeito deve saber que o fato é
punível por um lei penal positiva.
- Deve saber que existe uma LEI PENAL. A maior fonte de erro de proibição. Direito
Penal Alemão.
Erro sobre a ilicitude do fato (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
De <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm>
- Sujeito deve conhecer que lesiona concretamente um bem jurídico protegido no tipo
penal.
- Consciência do injusto.
- Não reprovamos quando ele não sabe o que fez: está em ERRO DE PROIBIÇÃO
inevitável.
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inevitável.
- Evitável: reduz a pena na medida da evitabilidade; qual é o critério que o juiz vai usar
para medir a evitabilidade do erro? Questão psicológica insuperável. Como demonstrar
isto? O juiz deveria demonstrar porque ele acha que o erro é evitável.
- Teoria generosa que produz um impacto fantástico, abrindo a dogmática penal para a
realidade social, para as emoções do sujeito.
- Norma de direito e norma de dever (estudo de Frank): norma de direito é aquela que
obriga um comportamento objetivo; norma de dever é a internalização da norma de
direito criando o dever jurídico de agir conforme.
2. Obediência hierárquica
1.
2.
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3.
4.
Mesmo os mais tradicionais tiveram que se abrir e permitir a abertura do Direito Penal para
S S E é
O é
N D P OE
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Antecedentes Históricos de Culpabilidade
sexta-feira, 20 de outubro de 2023 19:42
Obs: Juarez Tavares fala sobre crimes culposos; professor pensa como equivocado
cientificamente pois cria confusões. Seria melhor tratar como crimes de imprudência ou
negligência e não como crimes culposos.
Obs. Crítica ao termo culpabilidade: culpabilidade é um adjetivo de alguém que tem culpa
de alguma coisa. Era melhor criar um outro conceito para definir um elemento do conceito de
crime, até para diferenciar do tipo culposo. É um absurdo segundo o professor, pois o
adjetivo culpabilidade é grande confuso e cientificamente bagunça toda a teoria do crime. Os
alemães não tem este problema e nem os italianos, mas nós brasileiros temos este problema.
Vencer o lugar comum é difícil. Falta harmonia terminológica ao conceito de crime.
Atropelos linguísticos.
Obs: vivemos numa sociedade de imputação de culpa; "quem é o culpado por isto?" do
sentimento de culpa. Vivemos sobre a pressão de um sentimento de culpa infinito. Já
nascemos imersos. A relação sexual como um pecado original. Foi preciso que o filho de
Deus assumisse forma humana, padece-se e morre-se na cruz para refazer a ligação do
homem com Deus. O drama da civilização ocidental ir a igreja e contemplar a renovação do
sacrifício.
Obs: psicanálise surge como um esforço de alívio de culpa que está radicada no complexo de
Édipo. Processos culturais de imputações de culpa.
- Positivismo: rompe com a ideia de culpa e pena sugerindo a substituição por medida de
segurança, pois na escola científica não conseguiam identificar a culpa. Escola Clássica
traz uma crítica avançada, o problema é que ele assume o status quo como dado e não
questiona valores.
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Enfraquecimento da culpabilidade: conceito de culpabilidade como juízo de reprovação
- Norma de dever cria uma atitude interna conforme a norma de direito, portanto quando
ele se comporta diversamente ao direito, ele é reprovável.
- Percebe-se que a internalização da norma de direito, pode não ser censurável pois não
era coerente se motivar de acordo com a norma, tinha uma situação especial que o
desculpava a agir conforme a norma. Assim surge a ideia de INEXIGIBILIDADE DE
COMPORTAMENTO CONFORME O DEVER.
- Situações de exculpação.
- Goldshmidt.
Obs: a violência do Direito é retirar tudo de uma maioria e concentrar numa minoria.
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Obs: nós não somos penalistas, mas criminalistas. Não acreditamos na pena, mas no estudo
do crime. A sociedade ainda depende do direito penal para poder concentrar; numa sociedade
que concentra riqueza precisa de prisão, pena, polícia, arma etc. garantir a vida tranquila dos
potentados das finanças. O capital precisa do Direito Penal pois tem a base na desigualdade.
1. Obediência hierárquica
1. O fato de consciência.
3. A desobediência civil.
4. Conflito de deveres.
Obs: O direito penal ainda tem um papel a ser feito numa sociedade capitalista, mas o
caminho é o direito penal mínimo até uma transformação social.
Teoria Finalista
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- A causalidade é uma causalidade dirigida por uma vontade consciente do fim, portanto
a ação é dirigida por uma finalidade, logo o dolo deve estar no tipo de ação e não na
culpabilidade. Se eu atuo com um fim, o dolo que é a vontade de praticar o fato, deve
estar na conduta.
Obs: potencial consciência do injusto é uma bobagem; potencial não cabe; deve-se saber se
ele tinha ou não conhecimento do injusto, restando saber se era evitável ou inevitável.
Obs: o desconhecimento da lei é a principal modalidade de erro de proibição, por isso que a
norma que diz que o desconhecimento da lei é inescusável é uma bobagem; pois é justamente
isto que é escusável diante das centenas de crimes.
Obs: a potencial consciência da ilicitude é popularizada pelo Damásio, pelo Capez, mas não
sabem o que estão dizendo e estão dizendo. É uma grande bobagem falar em potencial, trata-
se falar se sabe ou não a lei.
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Conceito Material de Culpabilidade
domingo, 22 de outubro de 2023 16:03
Do ponto de vista didático e científico, este conceito de fato punível, de crime (corruptura), é
um conceito que se estrutura sobre os conceitos de INJUSTO e CULPABILIDADE.
Injusto: ação com as qualidades de ser típica e antijurídica; como adjetivos da ação para
constituir o injusto.
- Antijuridicidade
- Tipicidade
- Dá conta da realidade com mais adequação e perfeição. Tudo é uma questão psíquica,
precisamos construir uma imagem do crime no nosso psiquismo. Os neurônios pensam
e reproduzem o mundo.
Culpabilidade normativa
- A partir daqui passamos a falar num tipo penal: tipo objetivo e tipo subjetivo. Pois o
dolo e culpa migram paro tipo penal.
Obs: alemães usam o termo "situação de fato objetiva e situação de fato subjetiva".
Culpabilidade
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- O que é que o juízo de reprovação quer dizer?
Já falamos sobre o sentimento de culpa, que nos acompanha durante a humanidade, mas e a
atribuição de culpa? As instituições que atribuem culpa.
- Em alemão: "PODERAGIRDIFERENTE".
Obs: Caetano Veloso falava que só se pode filosofar em alemão. Pela propriedade em ajustar
os conceitos em sua linguagem.
Obs: O jurista não sabe o que é PODER. Poder você vai aprender com Foucault. O poder não
é apenas o que garante a continuidade do modo de produção capitalista. O poder é só uma
forma de pensar o econômico? Focault nos dá uma noção de PODER como UMA
RELAÇÃO DE FORÇAS (Foucault).
- O poder agir de outro modo: como uma relação de força (Foucault). O psiquismo do
sujeito: ego, id e superego. Ego é um desenvolvimento do ID (onde estão os instintos e
impulsos). O ego continua sob o julgo dos instintos e sob pressão. O superego é uma
instância de controle.
- Atribui ao juiz a prova de que o sujeito tinha o poder de agir de outro modo. Deve ser
demonstrado concretamente. Mas ninguém pode fazer isto.
Para a psicanálise: a liberdade é, na melhor das hipóteses, sentimento. Os atos psíquicos são
rigorosamente determinados. Determinismo psíquico.
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- Direito Penal: base religiosa.
- A ideia da liberdade psíquica que fundamenta a pena não está demonstrada. Mas
atribuímos a liberdade de agir de outro modo como fundamento da culpabilidade.
- A dogmática penal busca um fundamento ontológico do poder agir de outro modo: mas
nunca foi identificado.
Poder agir de outro modo não é comprovável > mudou-se, portanto, para a Teoria do
Homem Médio.
- Formulamos um juízo sobre uma pessoa abstrata que chamamos de normal. Aqui a
tragédia é pior; como na concretude não se demonstra, vamos para o campo imaginário.
- Incongruências e inconsistências.
Obs: Luiz Greco fez doutorado, pós-doutorado com Roxin. Roxin compreendia a importância
de comunicar o seu saber jurídico-penal para a américa latina. Então usava o Luiz Greco
como seu tradutor. Criou uma relação de confiança. Desgosto profundo dos discípulos de
Roxin.
Obs: crítica do professor a não abertura da dogmática penal a criminologia pelo Luiz Greco e
etc. conservação do status quo.
Jescheck e Biden:
- Mas no fundo, se o sujeito desenvolve uma atitude jurídica reprovada é porque supomos
que ele pode ter uma atitude jurídica conforme o direito.
- Não basta repetir conceitos dogmáticos; é preciso saber o que estamos dizendo,
enunciando. Isto é o que faz a diferença. Deve saber o limite do seu instrumento.
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Conceito de Jakobs: define a culpabilidade como um DEFEITO DE MOTIVAÇÃO
JURÍDICA.
- Autor reacionário que produz teoria para as elites. Prevenção geral impositiva na teoria
da pena. O Roxin é mais democrático mas também leva a água na direção da teoria
geral da prevenção.
- Fala em MOTIVAÇÃO. Mas ainda tenho que pressupor que ele tinha o poder de se
motivar juridicamente correta. Volta a liberdade de agir de outro modo.
Obs:
- Lava Jato: expressão máxima do Direito Penal do Inimigo com o Princípio da
Tolerância Zero e Americanização Direito Penal.
Professor: os conceitos de culpabilidade não fecham pois todos resvalam na liberdade de agir
de outro modo.
- Parte de Von Liszt: é o grande inspirador de Roxin. Ele definia como determinabilidade
conforme o motivo. É um conceito positivista que parece dizer que os processos
psíquicos são determinados por motivos. Não é um conceito ruim, mas deixa um
espaço.
Então falo que ele tem poder agir conforme o direito? Para o professor, sim.
Obs: não estou falando em liberdade de agir; mas de autodireção material e autodireção
conforme a norma. Até um cão aprende isto: não pode sair do portão, não pode entrar em
casa etc. seguem norma.
Obs:
No futuro precisaremos nos livrar do termo "culpabilidade" em razão da origem religiosa do
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No futuro precisaremos nos livrar do termo "culpabilidade" em razão da origem religiosa do
termo, que depois se moderniza na psicanálise pelo sentimento de culpa.
- Roxin trabalha com a política criminal polissistêmica na funções da pena. Mas não há
limites claros para as funções da pena; precisando de uma função metafísica da pena
como retribuição conforme a culpabilidade para dar limite.
Por que a culpabilidade não pode ser o fundamento da pena? Ela não é demonstrável
O direito só é necessário porque existe o outro, ele é necessário para reger as relações sociais.
Falamos então em responsabilidade pelo seu próprio comportamento, porque vive em
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Falamos então em responsabilidade pelo seu próprio comportamento, porque vive em
sociedade.
A sociedade é um espaço caracterizado pela existência do outro; o ego deve respeitar o alter.
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Estrutura da Culpabilidade
domingo, 22 de outubro de 2023 21:16
- Não é POTENCIAL consciência: ou TEM ou NÃO TEM. Não tendo, está em erro.
Obs: há gradações no erro de proibição bem como na exigibilidade. Deveríamos ter critérios
psicológicos e sociológicos para medir com precisão.
Trabalharemos da estrutura da culpabilidade até questões políticas criminais até a actio libera
in causa.
Obs: qual a diferença ontológica entre o crime e os atos infracionais? Não há nenhuma. Então
qual o clamor social pela redução da maioridade? Há milhares de crimes e é necessário um
mínimo de experiência social para poder se autodeterminar socialmente, e um aparelho
psíquico são. Temos crimes econômicos, crimes contra a relação de consumo, crimes
financeiros, crimes de abuso de poder. No direito penal especial é imensa a dificuldade. A
ideia de 18 anos é insuficiente para a compreensão das ilicitudes em suas centenas.
Obs: professor pegou o Anibal Bruno e aprendeu tudo; pegou o Welzel e aprendeu tudo. A
vida prática levou o professor a trabalhar com à área criminal.
A questão mais importante na imputabilidade não é saber o que faz MAS de controlar o que
faz. Controle interno dos instintos e impulsos. O jovem com menos de 18 anos não tem esta
capacidade. Instintos da agressividade e sexualidade. Os dois grandes problemas da vida. Ele
só pode controlá-los quando os experimenta, descobrindo modos de conter o impulso, e se
determinar conforme esta compreensão.
Controlar as forças do ID não é plenamente possível pelos jovens, requer a militância das
situações de conflito social, onde isto se manifesta, e o ego vai aprendendo a se determinar
perante e controlar os impulsos.
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- Lido com emoções ligadas ao instinto de sobrevivência: aborda o MEDO (o maior
medo humano é da morte).
Discussão a respeito do determinismo: Freud, Nietzche etc. processos psíquicos, sociais etc,
que se conectam e determinam.
IMPUTABILIDADE
- Estado psíquico que pode ser reduzido ou excluído por anormalidades psíquicas ou
critério biológico.
- Capacidade psíquica.
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- Capacidade psíquica.
Obs: Estatuto da Destruição da Criança e Adolescente: pena de 03 anos acaba com a vida de
um jovem. Há punição rigorosa.
- Teorias psiquiátricas.
- Debilidade mental (7-9 anos), imbecilidade (5-7anos), idiotice (1-5anos) etc.
Embriaguez completa
- Excluí a imputabilidade.
- É um conceito que foi criado para proteger o inimputável mas tem sido usado para
condená-lo.
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Não excluem a imputabilidade:
- Emoção e paixão
- Embriaguez voluntária ou culposa.
- Emoções humanas: psicanálise retoma a emoção no Ser humano, que vinha sendo
tratado de forma exclusivamente racional. Dignidade das emoções é resgatada.
- Emoção: é o que MOVE. Forças motoras primárias. Não existe um ato puramente
racional.
- Emoção x sentimento:
Distinção entre afetos fortes (fundado na pulsão por morte/ira e ódio) e afetos fracos (fundado
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Distinção entre afetos fortes (fundado na pulsão por morte/ira e ódio) e afetos fracos (fundado
no instinto da sobrevivência).
Liberação das emoções por drogas: o álcool atua como inibidor dos centros inibidores da
psique humana. Você amolece o Superego e o Ego se solta junto dos instintos. A alegria da
embriaguez é do fluxo dos instintos.
Portanto, veja: há dolo de praticar crime determinado, que será praticado de forma
inconsciente.
No Direito Alemão: teremos agressão imprudente quando na situação anterior não tinha o
dolo.
- Deve ser LIVRE NA CAUSA: por dolo ou por previsibilidade de crime determinado
No Direito Brasileiro: independe de ter o dolo anterior, basta ficar alcoolizado por forma
voluntária e praticar um crime que anteriormente não desejava. Não tem o propósito inicial
de praticar o crime.
- No Brasil temos condenação por "actio libera in causa" de quem pratica um crime
alcoolizado.
Obs: aprender a dogmática tem um sentido de proteção pessoal. Ela é projetada para proteger
o acusado diante do Poder do Estado. Na verdade, o Estado não está preocupado com o
direito e com o Réu. A única preocupação é o exercício do poder. O Direito surge como
tentativa de limitação do poder.
Obs: discussão do professor quanto a Omissão Imprópria. Tratamento igual o crime de ação
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Obs: discussão do professor quanto a Omissão Imprópria. Tratamento igual o crime de ação
é um absurdo: uma coisa você é deixar as coisas acontecerem e outra é você matar
diretamente. Empurrar um homem da ponte para segurar o trem, e salvar pessoas, 1 a cada 6
fariam; mas apertar um botão para desviar o trem e matar 1 pessoa e salvar 5 pessoas, a
imensa maioria faria. São coisas diferentes: deixar as forças mecânicas agirem e outra é você
realizar. É diferente deixar morrer e matar. Há diferenças. Homicídio ativo por ação é
diferente daquele homicídio omissivo impróprio (deixar morrer).
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Etiologia Estrutural
quinta-feira, 14 de dezembro de 2023 09:47
Positivismo:
- Empréstimo das ciências naturais categorias para análise das ciências sociais.
Sociologia: pai foi Durkheim em razão da metodologia de estudo, do Fato Social. Mas
termo foi empregado por Augusto Comte.
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SOCIOLOGIA CRIMINAL (Alessandro Baratta)
TEORIA ETIOLÓGICA
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- George Mead: o crime permite o combate de um inimigo.
- Cohen Belt: prostituição como uma válvula de escape que protege a família
burguesa.
Militarização da política: cada vez mais temos políticos oriundos das polícias, com
discurso fascista de lei e ordem, buscando a criminalização do pobre.
- Marx: filósofo com influências nas diversas áreas. Via no criminoso uma força
equilibradora. Interrompe a monotonia da vida burguesa.
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- Sociedade brasileira é desigual, racista, fascista, machista e consumista: então
como o cidadão comum é do bem?
- Será que o desviante (criminoso) não está agindo como Durkheim previu?
Antecipando mudanças necessárias da sociedade. Como o futuro pode ser melhor?
Princípio da Culpabilidade
- Ideia de que o delito é uma atitude interior reprovável pois viola normas e valores
sociais comuns.
Alessandro Baratta: a melhor prisão é aquela que não existe, mas não podemos abrir mão
de prisões melhores. Criminologia atuarial: as prisões só cumprem o papel de
neutralização.
Princípio da Igualdade
Crítica: quem é mais penalizado no Brasil é quem comete o crime de forma tosca.
DURKHEIM
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- O pai da sociologia.
- Existia uma nostalgia pela sociedade do passado. Mas o autor entendia o progresso.
- Epidemias.
- Condições sanitárias precárias.
- Durkheim: crítica a Teoria do Contrato Social. Quem pode celebrar contratos livres?
Influência do socialismo de Saint Simon
Estudo do FATO SOCIAL: como coisas. Traz um olhar objetivo de como as coisas são,
livre das pré-noções;
Fato social é uma maneira de agir coletiva que não está submetida à vontade individual,
mas influencia-a, tornando-se um conjunto de normas sociais.
Identificação de uma consciência coletiva a qual age por trás dos indivíduos,
influenciando as suas ações de alguma maneira.
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- Solidariedade orgânica: vínculo pela diferença. Solidariedade cresce com a
individuação. Integração.
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- Habilidades naturais correspondem ao papel social. Perspectiva de meritocracia
biológica.
- "Em cidade do interior, todo mundo está vendo...". Há um maior controle social.
- Numa sociedade complexa ninguém sabe e nem quer saber se a pessoa vai em bar
ou não vai.
- Generalizada que tem como função integrar pessoas numa conduta valorativa.
Crime
- Suicídio egoísta.
- Suicídio altruísta.
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Teoria da Anomia em Merton
Segundo Merton, anomia significa uma incapacidade de atingir os fins culturais. Para
ele, ocorre quando o insucesso em atingir metas culturais, devido à insuficiência dos
meios institucionalizados, gera conduta desviante. O seu pensamento popularizou-se em
1949 graças ao seu livro: Estrutura Social e Anomia.
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Teoria das Subculturas Delitivas
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024 12:37
As bases da teoria:
1. Merton e a anomia:
2. Associação diferencial
Subculturas:
A Delinquência Expressiva:
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- O crime não é instrumental. Mas uma atividade que por si
só produz prazer e satisfação, permitindo adquirir certo
status no seio do gripo.
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inferioridade).
Subcultura Delinquente
- Dissociação da cultura.
- Grupo SECTÁRIO como forma de sobrevivência.
- Deve se distanciar aos outros.
- Rechaço explícito e global de todos os padrões da classe
média e adoção da antítese dos padrões desta classe
média.
Delinquência Instrumental
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tráfico de drogas (criminalidade instrumental).
Subcultura Apática
Obs. A maioria das pessoas usa drogas e tem uma vida normal.
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- Em todas as classes sociais há delitos. Todo adolescente
pratica delitos. Mas há seletividade na punição.
ESCOLA DE CHICAGO
Página 35 de Culpabilidade
- Guerra ao álcool de 1919, combate aos sindicalistas
ucranianos, italianos etc. aumento da delinquência de
forma expressiva. Passou a ter substâncias tóxicas. Uso de
álcool na veia.
Lado positivo:
Página 36 de Culpabilidade
- Projetos urbanísticos para evitar a deterioração física do
ambiente. Evitando o abandono à delinquência.
- CONTROLE SOCIAL.
- Pobreza.
Página 37 de Culpabilidade
- Das relações sociais como relações biológicas.
Página 38 de Culpabilidade
Página 39 de Culpabilidade