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Alexandre Herculano
PSICOPATOLOGIA
FORENSE/IMPUTABOLIDADE PENAL
Professor: Alexandre Herculano
@prof_herculano
Limites e modificadores
biopsicossociais da capacidade civil
e da imputabilidade
A Imputabilidade é a condição de quem é capaz
de realizar um ato com pleno discernimento. É um
fato subjetivo, psíquico e abstrato. Ao cometer uma
infração, o indivíduo transforma essa capacidade em
um fato concreto. Denomina-se isso imputação.
Não se deve confundir imputabilidade com
responsabilidade. A primeira é atribuição pericial,
através de diagnóstico ou prognóstico de uma
conclusão médico-legal, e a responsabilidade penal
um fato da competência judicial, o qual será
analisado juntamente com outros dados
processuais.
A inimputabilidade não pode ser presumida. Terá de
ser necessariamente provada, em condições de
absoluta certeza. Já a capacidade civil, segundo
Nerio Rojas, é “a situação que permite à pessoa
adquirir direitos e contrair obrigações por conta
própria, por si mesma, sem necessidade de um
representante legal.”
Afrânio Peixoto, a respeito, diz: “A capacidade ou
faculdade de exercício dos direitos civis deriva da
aptidão que tem para dirigir-se na vida todo homem
maduro e são de espírito, por possuir as noções
jurídicas que regulam as convivências sociais, poder
aplicar essas regras ao caso concreto que lhe
interessa a ser independente de suas deliberações.”
Capacidade de Direito
art. 1o, Código Civil
capacidade
de ser responsabilizado
penalmente
pela infração penal cometida
RESPONSABILIDADE
obrigação do criminoso
de cumprir a pena
cominada à infração penal que cometeu
INFRAÇÕES PENAIS
• CRIME ou CONTRAVENÇÃO
• imputabilidade
CRITÉRIOS
• Biopsicológico (misto)
CRITÉRIO BIOLÓGICO
NESSE CASO, NÃO HÁ EXCLUSÃO DA IMPUTABILIDADE, DE SORTE QUE O AGENTE SERÁ RESPONSABILIZADO
POR SUA CONDUTA.
ENTRETANTO, POR CAUSA MESMO DE SUA REDUZIDA CAPACIDADE DE COMPREENSÃO OU DE
AUTODETERMINAÇÃO, SUA PENA SERÁ DIMINUÍDA DE UMA A DOIS TERÇOS, COMO DISPÕE O PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 26
DO CÓDIGO PENAL.
A PENA, TODAVIA, PODERÁ SER SUBSTITUÍDA POR MEDIDA DE SEGURANÇA, SE O AGENTE NECESSITAR DE
ESPECIAL TRATAMENTO CURATIVO.
MENORES DE 18 ANOS
• Não acidental:
- (Voluntária causada pela vontade do próprio agente;
- Culposa (decorrente de descuido do agente)
• Acidental: Provocada por caso fortuito ou força maior;
• Patológica: equiparada a doença mental;
• Preordenada: o agente se põe em estado de embriaguez para
cometer delito.
EMBRIAGUEZ - NA VISÃO
DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
Patológica – exclui a
Imputabilidade
• Consciência
• Inteligência
• Vontade
consciência
• sensorial
• ética
• de si mesmo e dos outros
• do mundo
inteligência
• livre arbítrio
• querer, decidir-se e fazer
• intenção, deliberação e execução
terminologia jurídica
dos transtornos mentais
• doença mental
• enfermidade mental
• deficiência mental
• desenvolvimento mental incompleto
• desenvolvimento mental retardado
• perturbação da saúde mental
• ébrio habitual e viciado em tóxicos
Transtornos mentais
em Psiquiatria Forense
AS PSICOSES
alienação mental
II - deficiências mentais
• os transtornos neuróticos
• os transtornos de personalidade
• outros transtornos
I. Doenças mentais
(as psicoses)
• esquizofrenia
• transtorno bipolar do humor
• orgânicas
• tóxicas
• outras
esquizofrenia
gravíssimas alterações
do pensamento, afeto e vontade
• paranóide
• hebefrênica
• catatônica
• residual
• outras
transtorno bipolar do humor
• temperamento
• agonia
• afasia
• sonambulismo
• hipnotismo
• emoção e paixão
• associação
As psicopatias diferem das doenças mentais porque
os seus sintomas são mais leves, não levando o
paciente à perda do juízo de realidade.
Os psicopatas diferem dos psicóticos porque esses
apresentam sintomas graves, como delírios e
alucinações, que nunca aparecem em uma pessoa
sadia, enquanto os psicopatas mostram
deformações de aspectos presentes nas
personalidades normais, principalmente no caráter,
temperamento, instintos e afetividade, em função
da desarmonia do seu desenvolvimento.
As personalidades psicóticas resultam de
imaturidade ou anomalia dos instintos e não são
capazes de assimilar, pela experiência, as regras da
convivência social. As psicopatias também são
chamadas de transtorno da personalidade.
Tipos de distúrbios de personalidade:
Paranóide
• Desconfiança
• Suspeitas
• Ciúmes
• Rancores
• Melindres
• Interpretação maldosa de ações amistosas
Tipos de distúrbios de personalidade:
Esquizóide
• Poucas amizades
• Indiferença por relações sociais
• Individualismo
• Baixa emotividade
• Anedonia
Tipos de distúrbios de personalidade:
Esquizotipica
• Excentricidade
• Idéias de referencia
• Circunspecção
• Fala esteriotipada
• Pensamento mágico
• Dificuldade de relacionamento
• Ilusões corporais
Tipos de distúrbios de personalidade:
Anti-social
• Falta de limites nas relações sociais
• Delinquência
• Mentiras
• Trapaças
• Agressividade
• Crueldade
• Imprudência
• Irresponsabilidde
• Falta de remorso
Tipos de distúrbios de personalidade:
Borderline
• Relacionamento interpessoal intenso e instável
• Variações do humor
• Auto-estima instável
• Impulsividade
• Crises de raiva
• Tendência autodestrutiva
Tipos de distúrbios de personalidade:
Histriônica
• Emotividade intensa e lábil
• Carência afetiva
• Teatralidade
• Sugestibilidde
• Autocomplacencia
• Tendência à sedução
Tipos de distúrbios de personalidade:
Ansiosa
• Timidez
• Baixa auto-estima
• Hipersensibilidde à rejeição
• Afastamento social mas com desejo de
aceitação
Tipos de distúrbios de personalidade:
Obsessiva-compulsiva (anancástica)
• Disciplina
• Perfeccionismo e detalhismo
• Rigidez, inflexibilidade
• Obstinação
• Escrupulosidade
• Egoísmo
Não há um acordo quanto aos tipos de
personalidades psicopáticas. Nem mesmo se as
devemos classificar, pois que a maioria dos casos
clínicos apresenta aspectos descritos em mais de um
dos tipos. É muito difícil encontrar tipos puros além
do mais, o quadro clínico muda com o passar do
tempo.