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E aqui, vale trazer as lições de Orlando Gomes, citado por Pablo Stolze e
Rodolfo Pamplona: A capacidade de direito confunde-se, hoje, com a
personalidade, porque toda pessoa é capaz de direitos. Ninguém pode ser
totalmente privado dessa espécie de capacidade”. E mais adiante
complementa: A capacidade de fato condiciona-se à capacidade de direito.
Não se pode exercer um direito sem ser capaz de adquiri-lo. Uma não se
concebe, portanto, sem a outra. Mas a recíproca não é verdadeira. Pode-
se ter capacidade de direito, sem capacidade de fato; adquirir o direito e
não poder exercê-lo por si. A impossibilidade do exercício é, tecnicamente,
incapacidade”
Dito isto, está claro que nem toda pessoa terá aptidão para exercer
pessoalmente os seus direitos e obrigações. Sendo assim a hipótese em
que estaremos diante de algum tipo de incapacidade. Por exemplo, haverá
situações em que o indivíduo não conseguirá manifestar a própria vontade.
Sendo incapaz, em algum grau, de praticar os atos da vida civil de forma
livre com total autonomia e independência. Podemos dizer ainda que em
tais situações estaremos diante da incapacidade civil relativa ou da
incapacidade civil absoluta. Esses impedimentos podem se dar por
diversos motivos, todos previstos em lei. Então de forma didática, nos
moldes da legislação civil atual, podemos afirmar que a temática da
capacidade civil possui três graus: plena; relativa; incapacidade civil
absoluta.
Por fim, vale fazer algumas considerações sobre aqueles que, por causa
transitória ou permanente, não podem exprimir sua vontade.