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Por fim, trata-se de tipo penal alternativo, em que a prática de mais de uma
conduta prevista importará em infracção penal.
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TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
A pena prevista para esse crime é, de 6 meses a 5 anos, e multa nos termos
dos nºs 1 e 2 do artigo 41º da lei nº 3 de 10 de Fevereiro de 2014 1. A pena é
agravada se o valor for superior o previsto por lei.
É o sujeito que se diz amigo do Funcionário que vai decidir o caso tal, ou qual,
ou que vai praticar um acto x ou y, e falou “Você me dá tanto que eu vou-lhe
ajudar, você é muito meu amigo, me ouve muito”.
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Diário da República, I serie, nº 27, de 10 de Fevereiro, Lei nº3/2014, artigo 41º.
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A pergunta é, vamos imaginar então, que ele tenha assim agido porque
combinou com o funcionário, o funcionário fala, “Olha, você vai lá, e fala que
você é meu amigo, e que você por isso então vai receber o dinheiro tanto”, e se
receber esse dinheiro ele será favorecido, havendo um arranjo então entre o
funcionário e o sujeito, qual é o crime?
O crime é comum. Pode ser cometido por qualquer pessoa, inclusive por
funcionário público.
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Ele supõe que, em concurso, está cometendo um delito de corrupção com o
funcionário. Na verdade, está participando de uma força. Há, por parte do
comprador do prestígio, delito putativo (pensa que está realizando corrupção
activa)2.
Exemplo: Fulano fala para beltrano que X funcionário público vai deixar de
fazer algo em um processo. Se fulano é funcionário público também responde
por corrupção passiva, se for particular responde pelo tráfico de influência
É admissível que o sujeito aponte determinada pessoa que, segundo ele, tem
prestígio junto a certo funcionário, sendo capaz de influenciá-lo na realização
ou omissão de ato funcional. Ainda assim existe delito.
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Pagina 263 Código Penal artºs 48º,49º e Lei nº 6/99 de 3 de Setembro.
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É possível que, na verdade, ele tenha prestígio junto ao funcionário. Subsiste o
delito, uma vez que a incriminação reside na fraude, na promessa de influência,
quando, na realidade, nenhuma atitude ele irá tomar junto à administração. Daí
a denominação que se dá à sua conduta: A vantagem pode ser de qualquer
natureza, material ou moral.
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Não é exigida declaração expressa, bastando que o sujeito dê a entender à
vítima, por palavras ou gesto, que parte da importância ou qualquer outra
vantagem é destinada ao funcionário público. É o caso que ocorre com maior
frequência.
O intermediário, para elevar a quantia pedida, explica à vítima que parte dela
será entregue ao funcionário. Subsiste a causa de aumento de pena ainda que
a vítima, em dúvida quanto a circunstância de ele ficar com toda a importância,
faça a entrega da vantagem ou a prometa.
2. Corrupção activa
2.1. Conceito:
2.2. Sujeitos:
Crime comum, a corrupção activa pode ser cometido por qualquer pessoa,
inclusive pelo funcionário público, desde que não aja com essa qualidade
sujeito passivo é o Estado. Note-se que o corruptor, ao invés de aparecer como
sujeito passivo da corrupção passiva, surge como sujeito activo da activa
(respectivamente, arts. 48º e 49º do CP).
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2.3. Elemento subjectivo:
1- Todos reconhecemos o quanto em nosso dia a dia nos movemos numa rede
de solidariedades, favores, atenções, cuidados de uns para com os outros.
Desde as etiquetas mais formais e puramente repetitivas das atribuições de
bons votos, bom dia, agradecimentos, até os vínculos reais que se formam
entre pessoas que por casualidade ou não em algum momento se prestaram
algum favor. Sobrepõem-se e antecipam-se aos direitos universais. Aí a ética
está comprometida.
Mas somos obrigados também a estabelecer uma outra distinção, ainda mais
útil e ao mesmo tempo mais grave.
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Supõe-se também, nesse caso, que o tal processo seja algo de pleno direito da
pessoa interessada. Por princípio, não se vê incorrecção ética nessa inactiva
de interferir no andamento das rotinas administrativas para ajudar a mover e
fazer circular o sistema.
Ora, a conduta propriamente ética nesse caso deveria ser de contribuir para
corrigir o problema dos obstáculos na sua fonte, ou seja, ajudar o sistema a
circular independente de influências externas. Isso, por uma singela razão
óbvia porque somente aqueles cidadãos com alguma capacidade de exercer
(traficar) influência, portanto, é uma maneira de se levar vantagem indevida
sobre os demais passou a frente e furou a fila, alguém ficou para trás.
Prestígio é poder. E pode ser utilizado com diversas intenções e sentidos. Por
princípio, e poder é bom, quando é bem distribuído. Por exemplo, o ex-
Secretário Geral da ONU Kofi Annan usou o poder imenso de seu prestígio.
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Quando lançou, com grande êxito de influência, os dez princípios do Pacto
Global (o décimo dos quais era exactamente o de um pacto global contra a
corrupção).
Em síntese:
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Outra obrigação ética é a subordinar os interesses individuais aos interesses
colectivos quando forem conflitivos e excludentes. No limite, o critério de
validação de uma conduta ética é a universalidade.
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
3. Books. Google.com/…/
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