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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Direito Penal��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Dos Crimes Contra a Administração Pública.��������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Tráfico de Influência����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Corrupção Ativa������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Direito Penal
Dos Crimes Contra a Administração Pública.
Tráfico de Influência
Art. 332 – Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a
pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único – A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também
destinada ao funcionário.
O crime conhecido é conhecido como “A VENDA DA FUMAÇA”. Neste caso, o particular vende
a Administração Pública. Ele usa da Administração como pretexto para auferir vantagem.
O crime é cometido além da Administração. Esta, ou seu servidor, é utilizada como pretexto
para a obtenção de vantagem por parte do particular que alega ter influência sobre o Poder Público.
Conduta: solicitar (pedir), exigir, cobrar, ou obter par si para outrem vantagem ou promessa de
vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público.
Sujeito ativo: qualquer pessoa, inclusive o funcionário público.
Sujeito passivo: o Estado.
Objeto jurídico: a Administração Pública, especialmente os interesses patrimoniais e morais do
Poder Público.
Elemento subjetivo: dolo, o que corresponde à vontade livre e consciente de exigir, solicitar,
cobrar ou obter vantagem ou promessa de vantagem.
Consumação: consuma-se com a mera solicitação, exigência, cobrança de vantagem ou promessa
de vantagem, para influir em funcionário público, independentemente de prejuízo material.
Causa de aumento: a pena é aumentada pela metade se o agente alega ou insinua que a vantagem
é também destinada ao funcionário. Atenção: no crime de exploração de prestígio (artigo 357), o
mesmo evento leva ao aumento de um terço e não de metade.
Exemplo: é o caso do advogado que solicita, para si próprio, de seu cliente dinheiro para influen-
ciar (interferir) em servidor público (exemplo: delegado de polícia).
Convém notar que este crime é absolutamente assemelhado ao crime de exploração de prestígio
(artigo 357), que é crime contra a administração da justiça.
Corrupção Ativa
Art. 333 – Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar,
omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Parágrafo único – A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcioná-
rio retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
Conduta: oferecer, propor ou apresentar para que seja aceito, ou prometer vantagem indevida a
funcionário público para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: o Estado.
Objeto jurídico: a Administração Pública.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Elemento subjetivo: dolo, o que corresponde à vontade livre e consciente de oferecer ou prometer
vantagem indevida. No entanto, exige um elemento subjetivo específico que é a finalidade de deter-
minar que pratique, omita ou retarde o funcionário público ato de ofício.
Cumpre observar, então, que aquele que oferece um presente a um funcionário público, em razão
de sê-lo, mas sem qualquer finalidade específica, não cometeu o crime de corrupção ativa. Para que
exista o crime, o agente deve agir com o intuito de determinar que funcionário faça, deixe de fazer ou
retarde ato de ofício.
Consumação: consuma-se quando do oferecimento ou da promessa de vantagem indevida, in-
dependentemente de seu recebimento ou aceitação pelo funcionário, bem como de eventual prejuízo
efetivo para a Administração.
Trata-se de crime formal, já que não necessita ser alcançado o objetivo buscado, que é conseguir
determinar que funcionário faça ou deixe de fazer algo.
Causa de aumento: a pena é aumentada de um terço se em razão da vantagem ou promessa o
funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. A causa de
aumento de pena leva em conta a maior lesividade da conduta frente à Administração Pública.
Exercícios
01. Configura o crime de tráfico de influência a conduta do agente que
a) deixar, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício
do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade
competente.
b) patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração Pública, va-
lendo-se da qualidade de funcionário.
c) solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem,
a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
d) trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse,
cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado.
e) solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz,
jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou
testemunha.
02. “Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a
pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função”, configura
o crime de:
a) advocacia administrativa.
b) tergiversação.
c) tráfico de influência.
d) corrupção passiva.
e) prevaricação
03. Sobre o delito de corrupção ativa, pode-se afirmar que
a) é crime próprio.
b) tem como objeto jurídico a honestidade do funcionário público.
c) é crime formal.
d) é crime de concurso necessário
e) admite forma culposa.

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04. Assinale a alternativa correta com relação ao crime de corrupção ativa.


a) É um crime próprio, praticado pelo particular contra a Administração em geral.
b) É um crime próprio, praticado pelo funcionário público, tendo como sujeito passivo o Estado.
c) É um crime comum, cuja objetividade jurídica do crime é a proteção do patrimônio particular.
d) É um crime comum, praticado por qualquer pessoa, tendo como sujeito passivo o Estado.
e) É um crime comum, cuja ação penal é pública condicionada à representação.
Gabarito
01 - C
02 - C
03 - C
04 - D

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