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CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Os crimes contra a administração pública são aqueles relacionados à prática de atos ilícitos contra Estados,
Municípios, Distrito Federal, União e todos os órgãos ligados a estas entidades federativas.
Isso significa que um crime contra a administração pública engloba toda ação ou omissão que expõe a risco de
lesão ou lesa bens jurídicos penalmente tutelados por empresas públicas, órgãos, autarquias, fundações públicas,
sociedades de economia mista, os demais poderes e o Ministério Público.
Esses crimes podem ser praticados tanto por funcionários públicos quanto por particulares.

Principais crimes contra a administração pública:


Peculato
O crime de peculato, ocorre quando um funcionário público se apropria de um bem ou valores que ele tem acesso
por ocupar cargo específico.
Existem duas outras formas de peculato, descritas no Código Penal, são elas:
Peculato culposo – Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem.
Peculato mediante erro de outrem – Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro
de outrem.
Inserção de dados falsos em sistemas de informações
Como o próprio nome diz, a inserção de dados falsos ou a facilitação para que essa inserção acontece também é
dos crimes contra a administração pública.
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações
Da mesma forma que o artigo anterior, o Código Penal, também considera que a modificação ou alteração não
autorizada de sistema de informações é um dos crimes contra a administração pública.
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento
A exemplo do peculato, o extravio, a sonegação ou inutilização de livro ou documento é outro dos crimes contra a
administração pública cometidos por funcionário público.
Isso porque, para que este acontece, é necessário o autor do crime tenha guarda do documento. Logo, precisa
possuir um cargo na administração pública.
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Ocorre quando um servidor aplica a renda pública em outro fim divergente a que está destinada àquela verba.
Concussão
Trata-se de um tipo de crime que ocorre quando um servidor público utiliza-se de seu cargo para obter alguma
vantagem ilícita.
Por exemplo, quando os policiais recebem propina para não levar alguém para a prisão, trata-se de um caso de concussão.
Excesso de exação
O excesso de exação é um crime contra a administração pública que ocorre quando um funcionário público exige
um tributo ou contribuição indevida a alguém.
Corrupção passiva
Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
Ex: Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou
influência de outrem.
Ou seja, a corrupção passiva é obter, devido ao cargo que possui, alguma vantagem para si ou para outrem. Ocorre
que, diferente da concussão, não é necessário que exista o medo.
Facilitação de contrabando ou descaminho
Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho.
Prevaricação
A prevaricação é um crime contra a administração pública pelo que se trata de retardar ou deixar de praticar,
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento
pessoal.
Assim como outros já citados, o crime de prevaricação é um crime cujo autor é um funcionário público.
Condescendência criminosa
Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo
ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.
Advocacia administrativa
Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de
funcionário.
É comumente atrelado aos crimes de prevaricação e peculato.
Violência arbitrária
Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la.
Abandono de função
Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei.
Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira, a pena pra um a três anos.
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado
Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem
autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso.
Violação de sigilo funcional
Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a
revelação.
Violação do sigilo de proposta de concorrência.
Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo.

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