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Nesse artigo iremos abordar o resumo da Lei 8.429 que dispõe sobre as sanções
aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de
mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou
fundacional e dá outras providências.
Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na
Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. Por esse motivo,
quando um agente público tem um determinado comportamento não autorizado por
lei, tal ação pode ser enquadrada como improbidade administrativa.
O que temos que nos ater aqui? Às pessoas jurídicas prejudicadas que ensejam
ação de improbidade administrativa. São elas:
a. Entes federados;
b. Território federado;
c. Empresa incorporada ao patrimônio público;
d. Entidade cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com
mais de 50% do patrimônio ou receita anual.
Por outro lado, estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de
improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção,
benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas
para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de
50% do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção
patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
Como vimos acima, apenas agentes públicos podem sofrer ação de improbidade
administrativa, embora estes agentes possam ou não ser servidores públicos
efetivos.
Dessa maneira, reputa-se agente público todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
Um típico exemplo de um agente que não é servidor público e que pode ser
responsabilizado por improbidade administrativa é o mesário das eleições. Naquele
momento em que exerce as funções de mesário, ele é qualificado como agente
público, ainda que exerça aquela função por apenas 1 dia e não seja remunerado
por isso.
As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade
ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
No caso acima, um particular não pode agir sozinho, mas sempre acompanhado de
um agente público. Se não há agentes públicos envolvidos, não há que se falar em
improbidade administrativa.
1. Enriquecimento Ilícito;
2. Prejuízo ao Erário;
3. Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário;
4. Atentar Contra os Princípios da Administração Pública;
1. Enriquecimento Ilícito
2. Prejuízo ao Erário
Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação
ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades. São exemplos:
Como se percebe, aqui não é o agente que percebe o benefício, mas sim algum
terceiro.
Finalizando
Vimos nesse artigo o Resumo da Lei 8.429 e quais são os atos de Improbidade
Administrativa. Basicamente são 4 os atos:
1. Enriquecimento Ilícito;
2. Prejuízo ao Erário;
3. Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário;
4. Atentar Contra os Princípios da Administração Pública;