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ÍNDICE
INFOPEN…………………………………………………………………………..PG 63 A 66.
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Não contém as regras de mandela.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o
servidor público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
referidas no art. 1º desta Lei.
Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que,
mesmo não sendo agente público, induza ou concorra dolosamente para a
prática do ato de improbidade.
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Art. 7º Se houver indícios de ato de improbidade, a autoridade que
conhecer dos fatos representará ao Ministério Público competente, para as
providências necessárias.
CAPÍTULO II
Dos Atos de Improbidade Administrativa
Seção I
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento
Ilícito
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V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para
tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de
contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de
tal vantagem;
Seção II
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário
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Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres das entidades referidas
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda
que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do
patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem
observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;
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X - agir ilicitamente na arrecadação de tributo ou de renda, bem como no que
diz respeito à conservação do patrimônio público;
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação
de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades
previstas na lei;
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize
bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a
entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
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XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com
entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular.
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e
que deva permanecer em segredo, propiciando beneficiamento por informação
privilegiada ou colocando em risco a segurança da sociedade e do Estado;
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VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da
respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o
preço de mercadoria, bem ou serviço.
CAPÍTULO III
Das Penas
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receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,
pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos;
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Idoneidade moral é a boa reputação do indivíduo, ou seja, qualidades (honra,
respeitabilidade e dignidade, por exemplo) que lhe habilitam para ocupar o cargo
público; Assiduidade é a frequência de comparecimento ao trabalho, pontualidade;
disciplina é o respeito às leis, às normas e aos deveres de cidadão e de servidor
público; e eficiência é o exercício da atividade administrativa com presteza,
perfeição e produtividade.
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Constituição Federal, em seus artigos 41, §1º, incisos I, II e III, e 169, §4º. Para o
cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo
fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios adotarão as seguintes providências: I - redução em pelo menos
vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; II -
exoneração dos servidores não estáveis. § 4º Se as medidas adotadas com base no
parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da
determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá
perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes
especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da
redução de pessoal. (grifo nosso)
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Avaliação de Desempenho Individual - ADI
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2. Hipóteses em que o servidor estável pode perder o cargo:
O servidor deverá ter 1.09512 (um mil e noventa e cinco) dias de efetivo
exercício que correspondem a três anos na Administração Pública do Poder
Executivo Estadual, para cumprimento do período de estágio probatório. Porém, não
são considerados como efetivo exercício os afastamentos, as licenças, as
férias regulamentares, as férias-prêmio ou qualquer interrupção do exercício
das atribuições do cargo ou função exercida, superiores a vinte por cento do
total de dias de cada uma das etapas da avaliação especial de desempenho .
Para a aquisição de estabilidade, serão exigidos o cumprimento do período de
estágio probatório e a submissão à avaliação especial de desempenho, por ocasião
de cada ingresso em órgão ou entidade da Administração Pública direta, autárquica
e fundacional do Poder Executivo Estadual, após aprovação em concurso público,
para provimento em cargo efetivo (artigo 6º).
✓ apurar a aptidão do servidor para exercício do cargo para o qual foi nomeado;
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✓ aprimorar o desempenho do servidor e dos órgãos ou entidades da Administração
Pública do Poder Executivo Estadual.
Organização do DEPEN.
III – promover condições efetivas para a reintegração social dos IPL, mediante
a gestão direta e mecanismos de cogestão;
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XII – propor diretrizes para seleção, formação e capacitação dos servidores de
maneira integrada com a Suint;
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XXIII – promover em conjunto com a Sulot medidas, programas e ações de
prevenção e preservação da higidez física e psicológica dos servidores do
DepenMG;
O decreto explica que a custódia dos presos militares e policiais civis do Estado,
obedecerá à normatização específica. Além disso, explica que as vagas das
unidades de custódia dos presos militares e policiais civis do Estado devem ser
informadas e geridas no sistema informatizado de gestão prisional do Estado. O
Departamento Penitenciário de Minas Gerais (DEPEN-MG) tem a seguinte
organização interna:
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• Superintendência de segurança prisional: Diretoria de Planejamento e
Monitoramento Socioeducativo; Diretoria de Gestão de Vagas e Atendimento
Jurídico; Diretoria de Apoio à Gestão de Parcerias.
Essa é considerada a fase mais antiga da historicidade das penas, sendo a punição
imposta exclusivamente como vingança. Tratava-se da lei do mais forte, ficando
sua extensão e forma de execução a cargo da pessoa do ofendido e o
transgressor poderia ser morto, escravizado ou banido. Nos primórdios da
civilização, não havia qualquer espécie de administração pertinente à Justiça. Caso
alguém ofendesse um seu semelhante, nem sempre o revide guardava razão de
intensidade à agressão sofrida. Em muitas ocasiões, esse revide sequer era dirigido
ao agressor, mas, sim, aos membros de sua família ou tribo, gerando, não raro,
resposta mais hostil ainda. De acordo com Caldeira (2009), o ser humano sempre
viveu agrupado, em virtude de seu nítido impulso associativo e lastreou, no seu
semelhante, suas necessidades, anseios, conquistas, enfim, sua satisfação. E desde
os primórdios, o ser humano violou as regras de convivência, ferindo os
semelhantes e a própria comunidade onde vivia, tornando inexorável a aplicação de
um castigo (sanção). Assim, mediante a necessidade de estabelecer regras de
convivência, surgiram as sanções como meio de manter a comunidade unida e
protegida, sendo elas uma das primeiras demonstrações de uma estrutura normativa
de conduta (CALDEIRA, 2009). Conforme Wolkmer (2010), tais regras eram
direcionadas para a proteção própria ou de quem fazia parte do grupo,
constituindo-se no princípio do parentesco, de modo que a pena era um mecanismo
de defesa privado, isto é, uma vingança individual. Nesse passo, conforme Teles
(2006), aos que desrespeitassem algum interesse de seus membros, punia-se
com a perda da paz, que consistia na expulsão dos infratores da comunidade,
que perdiam a proteção do grupo, e, ao estranho que violasse qualquer valor
individual ou coletivo, era aplicada a vingança de sangue. Assim, quando a infração
era praticada por um membro do próprio grupo “a punição, em regra, era o
banimento, conhecido como perda da paz, fazendo com que o infrator ficasse
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desprotegido, à mercê de tribos rivais” (CAPEZ; BONFIM, 2004, p.43). A pena
ultrapassava a dimensão da pessoa do infrator para se dimensionar em sua
família ou até em sua tribo, com sua total dizimação, não se importando com a
figura da culpa. Ainda de acordo com esse autor, as penas eram executadas sem
nenhuma proporção, já que atingiam tanto a pessoa considerada culpada quanto
aqueles que tinham algum vínculo com ela, o que caracterizava sua
desproporcionalidade. Nesse sentido, não havia senso de justiça, a reação era
puramente instintiva e normalmente desmedida, não havendo proporcionalidade e
nem pessoalidade quanto ao revide, “reinava a responsabilidade objetiva, e
desconheciam-se princípios como o da proporcionalidade, humanidade e
personalidade da pena” (CAPEZ; BONFIM, 2004, p.3). 8 De acordo com Wolkmer
(2010), o período que compreende a vingança privada foi marcado pela
retribuição da vítima pelo mal causado. Não existia um detentor do poder de
punir, os responsáveis para penalizar quem agisse em desarmonia com as regras
eram o próprio ofendido, os seus consanguíneos e até mesmo o grupo social, uma
vez que no contexto familiar da época eram considerados “parentes”. Nessa seara,
Gomes (2016) relata que o indivíduo que transgredia as regras poderia receber
punição não apenas da vítima, mas também de seus parentes, bem como de todo o
grupo social a que pertencia a vítima. Tais penas não respeitavam nenhum tipo de
simetria, pois atingiam não só o autor, mas toda sua tribo e sua família de forma
indistinta. Dessa prática habitual, nasceram a Lei do Talião e a Composição,
duas formas ainda generalistas de regulamentar a aplicabilidade das penas. No que
se refere à Lei do Talião, talião vem do latim “TALIS” e significa uma espécie de pena
que se caracterizava por estabelecer certa proporcionalidade entre agressão e
reação. A Lei do Talião, que expressa a máxima “Olho por olho, dente por dente”,
consistia na reciprocidade do delito e da pena, ou seja, era o direito de retaliação
conferido à vítima que poderia provocar ao agente criminoso o mesmo dano que
sofrera. Bitencourt (2004, p.28) afirma que o “Código de Hamurabi” é um exemplo
que facilmente comprova que os meios de sanções utilizadas nessa época eram os
castigos físicos, já que boa parte de suas penas era de morte e mutilações. Em
relação à Composição, Estefam (2016) relata que permitia ao ofensor comprar
sua liberdade mediante pagamento, feito com os bens que possuísse. Se, por
um lado, a Composição não afastou a violência da repulsa, por outro, teve o
mérito de conferir-lhe a noção de dimensão, evitando o aumento incontido do
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conflito inicial. Com essa nova configuração penal, os crimes mais horrendos
poderiam ser separados pecuniariamente, desde que a vítima fosse indenizada pelo
algoz. Assim, a pena passou a ser individualizada, recaindo toda a culpa na pessoa
que cometesse o crime. Nesse período a indenização passou a ser uma boa solução
para evitar atrocidades, já que, muitas vezes, as penas eram muito cruéis. De
acordo com Chiaverini (2009), a característica mais marcante da época em análise
com a qual se pode fazer alusão nos dias atuais, reflete-se na reação da sociedade
que retribuía o mal causado, sendo que a sanção era utilizada com a finalidade de
vingar-se do malfeitor. Nas palavras desse autor “o homem primitivo não pergunta
como isso ocorreu? Pergunta apenas: quem fez?” (CHIAVERINI, 2009, p.2). Sendo
assim, na atualidade, isso ainda se repete, considerando que existem execuções
privadas levadas a termo por justiceiros. Nesse sentido, o período que compreende
a vingança privada foi marcado pela retribuição da vítima pelo mal causado. Não
existia um detentor do poder de punir, os responsáveis para penalizar quem agisse
em desarmonia com as regras eram o próprio ofendido, os seus consanguíneos e
até mesmo o grupo social. Passemos a abordar o período da vingança divina.
Bittencourt cita que em 1.830, Dom Pedro I sancionou o Código Criminal do Império.
Pela primeira vez, a legislação brasileira fez menção da necessidade de
diferenciação de motivações criminais e eclesiásticas para a condenação de
crimes, bem como, atenuantes relativas à menoridade do autor de um delito.
Contudo, os escravos eram condenados a penas mais graves do que os demais
autores de delitos, e a pena capital era executada na forca. Ainda, sobre a pena de
morte, ela foi banida oficialmente do Brasil pelo Imperador Dom Pedro II, em
1.855. As prisões e unidades carcerárias do Brasil-Império deveriam ser mantidas
pelos governos das províncias. Alguns governos provinciais empenhavam mais
recurso na construção de prisões, outros preferiam empenhar recursos em outras
obras. Assim, as estruturas prisionais eram melhores ou piores de acordo com o
entendimento e atenção do governante provincial. Em 1.855, com o fim da pena de
morte, surgiu a necessidade de modernização da estrutura carcerária para o
cumprimento das leis. Tal processo estava a cargo das províncias, sem que
houvesse uma política criminal instalada no Brasil. O próprio Código Criminal de
1.830 trazia consigo as ideias de Beccaria, e mesmo, princípios da Declaração de
Direito do Homem, da Revolução Francesa, de 1.789. Concebeu-se no Brasil o IUS
PUNIENDI (o Direito de Punir), monopolizado para o Estado (apenas o Estado
poderia punir). A pena de prisão, nos termos do Código, deveria ser aplicada em
praticamente metade dos casos de crime previstos na legislação, ou seja, finalmente
o Brasil adotou a prisão como uma efetiva PENA. IMPORTANTE: a própria
Constituição de 1.824 concebeu a exclusão de pena de tortura, marcação à
ferro quente e outras penas cruéis, sendo admitido o açoite, eventualmente, para
os escravos. Outra inovação da constituição foi estabelecer que as cadeias
públicas deveriam oferecer condições mínimas para detenção dos réus, e
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separação conforme a gravidade dos delitos praticados. Assim, a prisão passa a
ocupar um espaço importante nas discussões sociais, no Brasil-Império,
encerrando-se as sessões de punições públicas, ocorridas durante toda o
BrasilColônia. Minas Gerais foi afetada, como todo o país, submetendo-se à
nova realidade, concebendo as primeiras unidades prisionais para
cumprimento de pena de prisão, e eliminando os espaços de execução pública de
sentenças, em razão do novo modelo de execução penal, por meio da privação da
liberdade. As estruturas penitenciárias eram absolutamente carentes e precárias. Os
edifícios empregados para o cumprimento de penas eram mantidos em péssimas
condições, e não eram dotados de estrutura para deter os condenados, sendo
constantes os episódios de revoltas e fugas. Na maioria dos casos, inclusive, as
prisões eram, simplesmente, casas que serviam como depósitos de gente. Na
província de Minas Gerais, a competência legislativa sobre a questão era da
Assembleia da Província, como cita o artigo Art. 10 da Lei n. 16/183413: Compete às
mesmas Assembleias legislar [...] 9º) Sobre construção de casas de prisão, trabalho,
correição e regime delas”. A incumbência de cuidar das cadeias era dos
CARCEREIROS, que poderiam infligir castigos aos presos, para que eles
cumpram os seus deveres. Contudo, não havia uma estrutura administrativa ou
logística coerente, de maneira que a relação entre presos e carcereiros se dispunha
como uma barril de pólvora, prestes a explodir. Como vimos, as assembleias, então,
poderiam constituir normas para a gestão do cárcere, mas o governo imperial tinha
autonomia para inspecionar as penitenciárias, para respeito à Constituição e à
melhoria das condições para o cumprimento das penas, com cadeias mais limpas,
seguras e que separem os presos, conforme a gravidade do delito praticado. As
cadeias e os regulamentos de prisão, então, passam a ser organizados, não apenas
em Minas Gerais, mas em todo o Brasil, pelos Chefes Locais de Polícia, com
aprovação dos presidentes das províncias e do governo central. Aos presidentes das
províncias, como tempo, foi definido o dever de conceber planos dos edifícios a
serem empregados como presídios. Essas normas foram editadas pelo Império, a
partir do Regulamento n° 120/1.842. As cadeias começaram a funcionar com
regimes de execução de penas mais direcionados pelo regulamento, com a
definição de obrigações aos presos e deveres dos carcereiros, bem como, regras
gerais de obediência e sanção, no caso de descumprimento. Os presos passaram a
ser classificados, antes de ingressarem na prisão, por idade, sexo, gravidade da
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conduta, devendo ser separados – quanto for possível e as normas descritas jamais
ficaram ao arbítrio do carcereiro. Por fim, o que se pode depreender dessa época,
é que as unidades prisionais eram exíguas e muito precárias, as normas
frágeis e os relacionamentos entre presos e carcereiros carregados por forte
tensão, capaz de fazer romper a ordem do cárcere a qualquer momento.
Notemos a descrição abaixo, de um cárcere em um quartel da Guarda Municipal
Permanente de São João Del Rey: “...O cárcere precisa de um xadrez (grade - gn)
na porta para ser mais bem arejado; o Calabouço no mesmo quartel é muito
pequeno e estreito, e não tem toda limpeza necessária. A prisão militar acha-se no
antigo estado, sem que tenha havido reforma alguma.”14 No texto citado, em
Alvarenga e Viana, verifica-se que “...o sistema carcerário, como hoje, tomava, à
época, a pauta jornalística constantemente, com as notícias de ausência de cadeias
para a execução das penas, a má condição dessas, as frequentes fugas de presos e
a ausência de regulação dos regimes de cumprimento.” Em Minas Gerais, foi
concebida a Lei n° 1.977/1.873, que regulou a criação de vilas, condicionando-as a
concepção de uma câmara municipal, um estabelecimento de instrução primária
para crianças e uma CADEIA. Mesmo assim, o Governo Provincial,
normalmente, era o responsável pela construção da maioria das cadeias para o
cumprimento das sentenças criminais, quando elas não eram constituídas a partir de
investimentos de particulares, interessados na criação da província. Contudo, como
citam Alvarenga e Viana, em artigo já citado, a estrutura das unidades era
“...altamente deficitária..., ampla maioria das cadeias praticamente não possuía a
estrutura minimamente necessária e exigível para o recolhimento de presos... nem
mesmo a Cadeia de Ouro Preto, na capital, tinha, àquela época, a sua construção
completamente acabada.” c) As prisões e as penas no Brasil-República Com a
Proclamação da República (1.889) veio logo após a abolição da escravatura (1.888)
e, assim, as penas relacionadas a castigos físicos foram definitivamente
afastadas com a Constituição de 1891 e o Código Criminal de 1890. A novel
legislação penal ressaltava a pena de prisão como a principal modalidade punitiva
em relação a prática de crimes, mas no início da República, ainda, havia um vazio
de normas jurídicas a regulamentar o sistema prisional e a execução da pena.16 Em
Minas Gerais, na época da proclamação, ainda estava sobre o impacto da citada Lei
n° 1.977/1.873, praticamente havia uma cadeia por vila, mas elas não reuniam as
mínimas condições de abrigar com segurança e dignidade qualquer pessoa que
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devesse cumprir a pena de prisão, contudo, segunda o texto de Alvarenga e Viana,
conforme o Regulamento n. 93/1881 (MINAS GERAIS, 1882b)17, na cadeias de
Mariana, São João Del Rey, Montes Claros, Barbacena e Diamantina foram
implementadas as primeiras cadeiras de instrução primária, para fomentar a
educação dos presos e isso, por si só, já se impunha como uma inovação no
sistema prisional do país. Segundo relatos, os quadros prisionais do início da
República (da primeira república – 1.889 a 1.930) eram terríveis, compostos por
milhares de presos em situação de penúria institucional, cumprindo penas em
presídios que não atendiam os mínimos requisitos de segurança, salubridade e
higiene, acarretando a constituição de um ambiente pernicioso, superlotado, em que
a criminalidade ocorria constantemente, sem qualquer suporte para a reeducação e
ressocialização dos condenados, muito menos conhecimento e segurança jurídica
acerca do cumprimento das penas. Na segunda e terceira república (A era Vargas,
entre 1.930 a 1.945, com o Estado Novo), advém a mudança da legislação penal
e processual penal. Capitaneado pelo jurista Nelson Hungria, surgia o Código
Penal atual (em 1.941), o Decreto-Lei n° 2.848/41 (ainda em vigor, apesar de
absolutamente reformado, em 1.984). Pouco tempo depois adveio o Decreto-Lei n°
3.689/41, o Código de Processo Penal (também em vigor, apesar de bastante
reformado). O país começou a investir em uma estrutura prisional e dessa
época em diante começaram a surgir alguns presídios históricos. Ainda assim,
a prisão ocorria em regime único
“...Mas, além da pobreza completa de higiene, a promiscuidade tirava à pena
qualquer função educativa. Organizado o Conselho Penitenciário, em 1927, o
Presidente Antônio Carlos convidou o grande jurista professor Mendes Pimentel
para seu primeiro Presidente, encarregando-o de estudar os planos para a
inauguração, no Estado, de um sistema mais humano de corrigir os desajustados
sociais.”; e “...Coube ao Secretário do Interior de então, Sr. José Maria de Alkmim, a
inauguração do regime penitenciário em Minas Gerais. E o fêz com todo coração e
um entusiasmo admirável, de tal forma apaixonando-se pela grande obra que deixou
a Secretaria para dedicar-se inteiram ente à nobre causa, como primeiro diretor da
Penitenciária de Neves, que para logo cobrou fama, atraindo visitantes de tôda
parte, quando de sua administração. Alargou a área inicial do estabelecimento, e
imprimiu rumo definitivo ao trabalho dos detentos, instalando máquinas e abrindo
culturas em antigas fazendas do Estado, onde localizou núcleos de sentenciados
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escolhidos, os quais, com a terapêutica milagrosa do trabalho, no cultivo do solo, se
preparavâm para retornar à sociedade. A passagem do Dr. José Maria de Alkmim
pela Penitenciária de Neves assinalou-se como um marco de vitória para aquêle
reformatório, onde ainda hoje repercute a ação inteligente, humanitária e educadora
do grande penitenciarista, que tão bem soube compreender a obra de recuperação
do homem desajustado, cuja mentalidade e cujos problemas procurou sempre
interpretar e resolver com justiça e bondade
O estudo do professor Sette Câmara ocorreu em 1.949, ou seja, nos idos da quarta
república (1.945 a 1.964). Naquela época, apontou que de 1.927 a 1.949 passaram
pouco mais de 1.600 pessoas para correição na prisão, na então Presidiária de
Neves, e apenas 14 dessas pessoas haviam reincidido e retornado ao presídio.
Esse apontamento é muito digno de ser apreciado, e nos faz avaliar sobre o quanto
perdemos o rumo, como sociedade, desde então. Aliás, o professor, ainda, faz
menção a quantidade de pessoas presas naquele momento no Estado de Minas
Gerais, algo aproximado a 2.600 pessoas em cumprimento de pena. Por fim, algo
que também nos determina um pensamento reflexivo é a comparação realizada pelo
autor sobre o Brasil e os Estados Unidos, naquela época, apontando que a
população carcerária nos Estados Unidos era de proporção três vezes maior do que
a brasileira. Em 1.949, nos Estados Unidos 1(uma) a cada 1.000 (mil) pessoas
estavam encarceradas e no Brasil, 1(uma) a cada 3.000 (três mil) pessoas estavam
nessa situação. Hoje, contudo, atualmente, no Brasil, 1(uma) a cada 300 (trezentos
e cinquenta) pessoas estão encarceradas, ou seja, a taxa de encarceramento
cresceu quase de 1.000%, enquanto nos Estados Unidos cresceu apenas 100%. Na
fase posterior, a fase do regime militar, tivemos a construção de diversos presídios.
As prisões continuaram a ser dirigidas por profissionais que cumpriam o
encarceramento, mas a segurança das unidades era feita pela Polícia Militar. O
processo era rudimentar, sem muita tecnologia, com vagas escassas em relação às
estruturas do sistema, e com pouco e nenhuma especialização profissional. O
trabalho, aos poucos se consolidou nas penitenciárias, mas o estudo era exíguo.
Apesar disso, não havia (e não há) vagas suficientes de trabalho para os presos. Os
trabalhos de ressocialização eram efetivamente feitos por benfeitores e pela Igreja
Católica. Até o final do regime militar, não havia notícias de que o crime organizado
havia conquistado espaço nas cadeias, mas é fato, que as estruturas criminosas
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começaram a se organizar politicamente, o que conduziu ao processo de
sedimentação das bases de organizações complexas, que passaram a atuar nos
presídios. As rebeliões, naquele tempo, eram enfrentadas por policiais militares sem
treinamento específico, com armas de fogo e intervenções muito severas. Na nova
república (a partir de 1984, até hoje) desde o advento da Constituição Cidadã de
1988, o direito penal e processual penal mudaram, as políticas de
desencarceramento e de despenalização impactaram profundamente a aplicação da
pena, enquanto há uma compreensão sistêmica de que a humanização poderá
reduzir a reincidência e diminuir o ímpeto de organizações criminosas dentro dos
presídios. A Lei de Execução Penais – Lei Federal n° 7.210/1984 concebeu um
cumprimento de pena progressivo e escalonado, que permite a ressocialização a
partir do mérito do condenado, que recebe benefícios na medida em que cumpre
etapas da pena, com mérito e respeito às leis e ao sistema vigente. Esses fatores se
somaram com a rebelião na Penitenciária do Carandiru, em São Paulo, uma tragédia
que repercutiu internacionalmente e que ainda tramita na ordem jurídica brasileira,
foi um divisor de águas no processo de intervenção policial junto ao sistema
prisional. O ano era de 1.992 e esse fato foi um dos primeiros desafios da nova
ordem jurídica brasileira, pois gerou uma mudança radical nos processos de
compreensão sobre a pena, sua função no âmbito da sociedade, e na necessidade
da concepção de uma política criminal. De fato, ainda há muito a percorrer, mas há
mudanças que estão em trâmite, como na profissionalização do agente que atua no
sistema prisional, seja ele um policial penal, um policial militar ou profissional da
medicina, da psicologia ou da assistência social, muito mais especializado. Em
paralelo, organizações sociais e universidade se voltaram para o desenvolvimento
de uma nova realidade! No Estado de Minas, há uma experiência muito profícua
envolvendo a SEJUSP e a APAC. A APAC – Associação de Proteção e Assistência
aos Condenados é uma organização privada da sociedade civil sem fins lucrativos,
voltada para o acolhimento e ressocialização de detentos. Nas APACs, o detentos
são recebidos no cumprimento de pena, com trabalho, estudo e um conjunto de
medidas de reintegração, de resgate espiritual e desenvolvimento humano! Minas
Gerais é o Estado com as melhores experiências de integração do país, e é notável
o esforço comum entre organizações como a APAC (há quase 50 unidades no
Estado de Minas Gerais), o Tribunal de Justiça do Estado e a SEJUSP,
demonstrando uma ampla predisposição de levar humanidade a um sistema em que
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a violência, ainda é a linguagem de comando! A proposta das APACs inclui linhas de
ação fundamentais, que visam o preenchimento das necessidades de uma pessoa,
que cumpre pena, para se ressocializar, como a participação na comunidade, o
trabalho, a religião, a assistência jurídica e social, a saúde, a valorização humana, a
família, a voluntariedade, e a formação profissional. O modelo em questão recebe
detentos em todos os regimes (fechado, semiaberto e aberto, e eles são
responsáveis pela gestão de grande parte do empreendimento, desenvolvendo
atividades de capacitação e trabalhos, que permitem a valorização humana e a
percepção de utilidade e humanidade. Mesmo assim, ainda temos um sistema
prisional inchado, uma persecução penal que gera muito encarceramento (somos o
quarto maior país do mundo em população carcerária geral), uma estrutura que
opera com ampla tecnologia de controle e de reação, mas que possui grande
dificuldade de limitar aos presos o acesso a drogas e celulares, que carece de
instrumentos de inteligência para competir com organizações criminosas, que
sobrecarrega os profissionais que trabalham na segurança prisional, tudo porque há
uma carência nacional por uma estrutura mais real de política criminal. Essa
realidade, passa não apenas por medidas que evitariam ou reduziriam o
encarceramento, mas pela estruturação de financiamento, gestão e aprofundamento
do controle dos presídios, na esteira dos mesmos problemas que ocorriam no
Império, em que as cadeias estavam cheias e havia necessidade de melhorar!
Felizmente, essa é parte essencial da luta que a Secretaria de Estado de Justiça e
Segurança Pública do Estado de Minas Gerais (SEJUSP) e todo o Sistema Prisional
do Estado estão focados, para que possamos mudar a realidade e constituirmos
uma perspectiva de que, em alguns anos, Minas terá não apenas um dos melhores
sistemas prisionais do Brasil, mas continuará a ser um dos Estados mais seguros
para se viver;
Populações indígenas
A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, aprovada
na 107ª Sessão Plenária 13 de setembo de 2007, traz no artigo 2º que “os povos e
pessoas indígenas são livres e iguais a todos os demais povos e indivíduos e têm o
direito de não serem submetidos a nenhuma forma de discriminação no exercício de
seus direitos, que esteja fundada, em particular, em sua origem ou identidade
indígena”.(ONU, 2008, p. 6-7). A Constituição Federal, por sua vez, assevera que a
realização de direitos dos povos indígenas passa pela garantia de sua
autodeterminação, o respeito à sua cultura, práticas sociais e políticas. Os povos
indígenas detêm o direito originário e o usufruto exclusivo sobre as terras que
tradicionalmente ocupam. Além dessas, tem-se uma Resolução específica do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) 55 - Resolução nº 287, de 25 de junho de
201934 . Esse documento estabelece procedimentos ao tratamento das pessoas
indígenas acusadas, rés, condenadas ou privadas de liberdade, e dá diretrizes para
assegurar os direitos dessa população no âmbito criminal do Poder Judiciário.
A lei federal nº 7.853/89 trata de direitos básicos das pessoas com deficiência, dos
direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo
à infância e à maternidade e a outros que, decorrentes da Constituição e das leis,
propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico (Art. 2º). Para tanto, deve-se
considerar “os valores básicos da igualdade de tratamento e oportunidade, da justiça
social, do respeito à dignidade da pessoa humana, do bem-estar, e outros, indicados
na Constituição ou justificados pelos princípios gerais de direito” (BRASIL, 1989, Art.
1º, §1º). Cabe lembrar que a pessoa com dificiência mental não cumpre pena
em estabelecimento prisional, mas está sujeito a estabelecimento próprio,
onde se submete a medidas de segurança. A LEP garante às pessoas com
deficiência o trabalho adequado às suas condições, lembrando que o trabalho é
elemento fundamental para garantir a reintegração social do preso e sua dignidade.
Além disso, o artigo 117 da LEP admite o regime aberto em residência
particular na hipótese da presa possuir filho com deficiência física ou mental,
como forma de proteção a ele. As diretrizes básicas para arquitetura prisional
foram um avanço ao observar a adequação dos meios de mobilidade nos presídios,
através da eliminação de barreiras e da adaptação arquitetônica para que o
deficiente possa ter sua autonomia preservada. É preciso que se ofereçam aos
deficientes, conforme a deficiência, condições para que, sendo possível, possam,
sozinhos e autonomamente, tomar banho, se deslocar, se exercitar, enfim praticar as
ações que todos os demais praticam. O 3º Plano Nacional de Direitos Humanos37 ,
instituído pelo Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro de 2009, dentre as suas
recomendações, propõe:
47
• vincular os repasses de recursos federais para construção de estabelecimentos
prisionais por Estados e o Distrito federal se observadas as diretrizes arquitetônicas
que preveem alas específicas para gestantes e aspectos sobre acessibilidade;
• garantir acessibilidade aos presos com deficiência ou às pessoas em cumprimento
de pena alternativa. (BRASIL, 2009).
Público LGBTQIA+
VIOLÊNCIA SIMBÓLICA
48
Bourdieu, juntamente com Jean-Claude Passeron, em A reprodução: elementos
para uma teoria do sistema de ensino (1990), parte do pressuposto de que, ainda
que por vezes pareçam universais, os sistemas simbólicos (a cultura),
compartilhados por um dado grupo social, são arbitrários, uma vez que variam de
tempo para tempo e de sociedade para sociedade. Ao ser colocada em prática, a
violência simbólica legitima a cultura dominante, que é imposta e acaba sendo
naturalizada. Ao chegarem nesse último estágio, os indivíduos dominados não
conseguem mais responder ou se opor com força suficiente; muitas vezes, sequer
vendo a si mesmos como vítimas, sentindo que sua condição é algo impossível de
ser evitado.
49
VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL
50
Excludentes de Ilicitude
51
Estado de necessidade é o conflito entre bens juridicamente protegidos,
de modo que se considera lícito o sacrifício de um deles para salvar o outro de
perigo atual não provocado pela vontade do agente.
Por fim, destaca que certos indivíduos têm o dever legal de enfrentar situações de
perigo, como no caso de salva-vidas, bombeiros e policiais, de forma que não
podem alegar estado de necessidade no exercício dessas atividades (§1º do artigo
23 do Código Penal). Por certo, esse dispositivo deve ser interpretado com
razoabilidade, sob pena de exigir atitudes heroicas de certos profissionais.
➢ Legítima defesa:
52
Furto (artigo 155 do Código Penal)
53
§ 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto
mediante fraude é cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático,
conectado ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismo
de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio
fraudulento análogo.
§ 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste artigo, considerada a relevância do resultado
gravoso:
I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado
mediante a utilização de servidor mantido fora do território nacional;
II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou
vulnerável.
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo
automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.
§ 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de
semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no
local da subtração.
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for
de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente,
possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
54
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega
violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime
ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
§ 3º Se da violência resulta:
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e
multa;
II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa.
55
ESTRUTURA E PADRONIZAÇÃO DE DOCUMENTOS OFICIAIS
Cabeçalho
56
OFÍCIO: diz respeito à correspondência que veicula ordem, solicitação ou
informação com fim de atender a formalidades e produzir efeitos jurídicos.
Os documentos externos:
São os textos oficiais que tramitam fora do órgão de origem, isto é, são direcionados
a entidades públicas e cidadãos comuns.
a) Ofício-circular: Semelhante ao oficio em estrutura, isto é, em diagramação, o
ofício circular difere na conjuntura de tramitação, uma vez que é feito para âmbito
externo.
b) Portaria: Ato engendrado por autoridade que contém instrução acerca de
aplicação de leis ou regulamentos, recomendações de caráter geral, normas de
57
execução de serviço, nomeações, demissões, punições ou qualquer outra
determinação de competência hierárquica maior.
c) Instrução: Arcabouço de informações que visam orientar alguém acerca de algo
e que implantam relação de causa a partir de seu efeito.
d) Diretriz: Plano que define e regula rumo a seguir. Isto é, trata-se de normas de
procedimento.
e) Ordem de serviço: Documento que formaliza o serviço a ser prestado para um
cliente e serve como ponto de partida para a organização do trabalho.
f) Relatório: Documento que reporta resultados alcançados sobre experimento,
atividade, ação, processo etc.
g) Ata: Registro técnico que busca descrever minuciosamente reunião, encontro
e/ou outro conglomerado.
h) Atestado: Ação de atestar (provar) fato a alguém ou órgão com argumentos
fidedignos e concisos.
i) Certidão: Ato de fornecer informações armazenadas em registros que estão sob a
guarda pública.
j) Edital: Ato legal de estipular e definir regras para a instauração de processo
licitatório e/ou de seleção.
k) Parecer: Texto redigido por especialista com a finalidade de esclarecer dúvida ou
enunciar resposta sobre questão solicitada.
DA AUTOCOMPOSIÇÃO
60
porquanto ele é um terceiro – desinteressado – que tem a capacidade de decidir
acerca da problemática relativa ao conflito
62
4) O PEDIDO: Finalmente, reconhecendo o ambiente, os sentimentos e as pessoas,
demonstrando respeito, o gestor de um conflito pode intervir, dirigindo às partes um
pedido. O pedido é uma solicitação específica, em linguagem clara, simples e
positiva, para que a pessoa faça algo ou deixe de fazer algo.
3-TREINAMENTO
Não existe forma mais adequada para se capacitar para o desenvolvimento da CNV
do que trazer esse modelo de comunicação para a sua vida pessoal!
5- Estabelecendo confiança
63
O sistema fornece informações sobre a população carcerária, perfil dos presos,
quantidade de unidades prisionais e capacidade de cada uma, além de outros dados
relevantes. O objetivo é auxiliar na gestão e formulação de políticas públicas
para o sistema prisional brasileiro
Conceitos:
Aspectos:
64
vez que indivíduos privados de liberdade retorna para o sistema prisional, após
liberado
Finalidade do Infopen
MAPA CARCERÁRIO
65
O objetivo do Mapa Carcerário é fornecer informações precisas e atualizadas,
permitindo a identificação de problemas e lacunas que possam ser abordados por
meio de políticas públicas e ações governamentais. O mapeamento é feito com
base nas coletas de informações penitenciárias lançadas nos sistemas de
informações nos estabelecimentos prisionais. Estas informações são dados dos
detentos, tipo de regime de prisão, familiares e funcionários do sistema. O Mapa
Carcerário pode ser elaborado ao nível local (uma determinada unidade prisional),
estadual ou nacional, dependendo dos objetivos e da abrangência da análise. O
Mapa Carcerário Nacional é um instrumento que visa mapear e analisar as
condições do sistema prisional em todo o país, fornecendo informações sobre a
quantidade de presos, a capacidade dos estabelecimentos prisionais, as condições
de infraestrutura, a situação dos serviços de saúde e educação, dentre outros
aspectos relevantes.
Já o Mapa Carcerário Estadual se concentra em um determinado estado,
fornecendo informações detalhadas sobre as condições do sistema prisional em
cada município, distrito ou região. A responsabilidade da elaboração do Mapa
Carcerário é dos servidores públicos do sistema prisional de cada Estado,
qualificados e treinados. A elaboração desses mapas deve ser realizada com base
em informações precisas e atualizadas, e o uso de dados para esse tipo de análise.
Estes mapas carcerários estão disponíveis para públicos em geral, de acordo com
Lei de acesso à informação, no site eletrônico de cada Secretaria de Justiça e
Segurança Pública de cada Estado.
66
Conceito Legal de Inteligência e Contra-Inteligência
Conduta Ética
Como atividade de Estado e regulada por lei, o policial penal que trabalha na
atividade de inteligência deve pautar sua conduta numa rígida ética de trabalho,
conforme as normas e princípios que regem a sua atividade, se mantendo fiel ao
sistema, ao país e ao Estado de Minas Gerais. Para tanto, é fundamental que o
profissional enalteça, por seus atos, os valores que determinam a primazia da
verdade, da honra e da conduta pessoal ilibada, de forma clara e sem subterfúgios,
tomando as leis como balizas naturais de limitação do seu comportamento, sendo
inadmissível a atuação “fora da lei” para a obtenção das informações, certo de que
temos mecanismos legais que propiciam uma atuação excelente no trabalho de
inteligência.
67
1) RESPEITO: os profissionais de inteligência policial devem atuar em prol da
convivência harmônica com o objetivo de respeitar a dignidade do indivíduo e os
interesses coletivos;
2) DISCRIÇÃO: os profissionais de inteligência policial devem se comportar de forma
equilibrada e ponderada, com vistas a uma conduta discreta, a fim de preservar a
atividade de inteligência de segurança pública e seus ativos;
3) SENSO MORAL: as condutas das pessoas envolvidas em um processo de
obtenção da informação e produção do conhecimento, bem como, sua salvaguarda,
devem ser cautelosas e respeitosas aos ditames morais;
4) EXCELÊNCIA: um processo de produção de conhecimento bem-sucedido
depende de dedicação, qualidade e profissionalismo, de forma metódica, diligente e
oportuna;
5) IMPARCIALIDADE: não há produção de conhecimento satisfatória se não houver
busca pela verdade e, principalmente, quando a atuação do profissional não é
ISENTA, atendendo a interesses particulares ou institucionais.
69
com a atuação do chamado NOVO CANGAÇO, pois tal nome é alusão a um tipo de
atuação e não uma organização criminosa específica
Inalantes: Classe que é composta por solventes para colas, diluentes, combustíveis
e propelentes. O efeito do uso dessas substâncias tende a ser bastante rápido, de
segundos a minutos, e da mesma forma desaparecem rapidamente. O usuário faz
diversos ciclos de uso para que as sensações de prazer permaneçam por mais
tempo. Dentre os efeitos proporcionados por essa classe, podem estar
70
presentes: náuseas ou vômitos, euforia, instabilidade do humor, zumbido,
alteração na marcha do indivíduo, arritmias e comportamento desinibido. Os
efeitos flutuam entre estimulação no período inicial até a depressão, o que pode
acarretar o aparecimento de alucinações. Sintomas de uso crônico incluem a
destruição dos neurônios, processo irreversível de dano ao SNC, como neuropatias
periféricas, que afetam sensibilidade e ato motor dos membros, atrofia do
parênquima cerebral e cerebelar, prejuízo na memória e alteração da percepção da
realidade.
Opióides: O ópio pode originar diversas substâncias, dentre elas a codeína (um
opióide bastante conhecido e utilizado no território brasileiro) e a morfina,
representando os opiáceos naturais, ou seja, que não sofreram nenhuma alteração.
Os usuários dessa classe que fazem uso indevido de substâncias com indicação
médica ou mesmo sem indicação buscam o seu efeito depressor do SNC. Assim,
conseguem apresentar os sintomas de torpor, inibição das sensações que
normalmente apresentariam em resposta à realidade, perda de consciência,
depressão respiratória e cardíaca.
72
A Lei n. 10.216 de 2001 e o Centro de Apoio Psicossocial (CAPS)
74
Essa Lei 14.531/2023 prevê ações no âmbito do Pró-Vida, de Saúde Ocupacional e
Segurança do Trabalhador e de Saúde Biopsicossocial. No âmbito da Secretaria de
Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), a Diretoria de Atenção à Saúde
do Servidor (DAS) possui os Núcleos de Saúde Ocupacional, Assessoria de Assédio
Moral e Atenção Biopsicossocial. Nesse último núcleo, está localizado o Centro
Integrado de Atenção Biopsicossocial que acolhe, orienta e acompanha seus
servidores em todo o estado de Minas Gerais, com foco no cuidado, visando
prevenir e reduzir os agravos em saúde, com equipes de psicólogos, assistentes
sociais e enfermeiros.
Para Lourenço (2011), o agente penitenciário está exposto a diversos riscos durante
a prática de sua atividade laboral, dentre eles vamos falar de dois de forma genérica
e empírica, são eles os ricos físicos e o psíquicos (LOURENÇO, 2011, p. 148):
Riscos Físicos:
Risco Psicológico:
78
Os EPIs são classificados a partir da parte do corpo a ser protegido e da atividade
desempenhada, divididos pela NR06 em nove categorias:
79
Grupo B: Resíduos Químicos são aqueles que contêm substâncias químicas que
podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade e
enquadram-se nesta categoria diferentes grupos de compostos medicamentos,
sanitizantes, reagentes de laboratórios.
80
RADIOCOMUNICAÇÃO
81
O rádio móvel: é assim designado por ser instalado nas viaturas, veículos 4 rodas,
trailers ou aeronaves e distinguem-se dos HT’s por não possuírem alimentação
própria e antena, necessitando que seja instalada estrutura para tal. Utiliza a bateria
do veículo para alimentação, garantindo maior autonomia de funcionamento.
Rádio Fixo: O rádio fixo é exatamente o mesmo rádio móvel utilizado nas viaturas.
A diferença é o fato de ele ser instalado em imóveis – Presídios, Sedes da Polícia
Penal etc. São instalados de modo a não poderem ser movidos.
82
83
84
DEFESA PESSOAL
Definição: Defesa pessoal é uma reação frente a uma ação agressiva e injusta, na
qual o indivíduo usa de conhecimento e habilidades adquiridas para se
autodefender. Sua ação consiste em controlar uma situação de iminente risco,
usando de métodos e fundamentos, sem força excessiva e sem violência. Defesa
pessoal, ou autodefesa (do inglês self-defense), é um conjunto de métodos que têm
como finalidade neutralizar um ataque surpresa.
85
edema cerebral, lesão vascular interna intracraniana, lesão vascular no conduto
auditivo ou ruptura de tímpano.
4. Olhos: Efeitos: cegueira. Causas: trauma no nervo óptico.
5. Nariz: Efeitos: dor, cegueira temporária ou morte. Causas: trauma no quiasma
óptico.
6. Lábio superior: Efeitos: dor e desmaio. Causas: trauma no lábio e ruptura. 7.
Mandíbula: Efeitos: fratura do pescoço e desmaio.
7 Causas: fratura da coluna vertebral cervical, ocasionando uma compressão da
medula ou bulbo e ocorrendo uma parada cardiorrespiratória.
8. Pomo-de-adão: Efeitos: náusea, rompimento da traqueia ou morte. Causas:
cartilagem tireoide da traqueia lesionada, ocorrendo um enfisema subcutâneo.
9. Base da garganta: Efeitos: lesão grave e náusea. Causas: lesão da traqueia e
glândula tireoide.
10. Clavícula: Efeitos: fratura. Causas: trauma ósseo (não causa morte).
11. Jugular e carótida: Efeitos: desmaio ou morte. Causas: interdição momentânea
do fluxo sanguíneo ao cérebro.
12. Plexo braquial (axila): Efeitos: paralisia temporária. Causas: traumatismo no
plexo braquial, enervando os membros superiores.
13. Plexo solar: Efeitos: dor aguda ou morte. Causas: lesão no plexo, ocasionando
uma parada cardíaca.
14. Estômago: Efeitos: lesão séria e dor aguda. Causas: lesão da víscera e lesão
vascular, ocasionando hemorragia interna.
15. Costelas flutuantes: Efeitos: dor intensa ou morte por lesão visceral. Causas:
fratura óssea.
16. Fígado: Efeitos: dor intensa ou morte. Causas: ruptura do fígado com
hemorragia interna.
17. Testículos: Efeitos: dor intensa. Causas: orquite da glândula (inflamação),
devido ao trauma, podendo haver lesão no canal espermático.
18. Dedos: Efeitos: fratura ou dor. Causas: fratura das falanges.
19. Articulações (punho, cotovelo, ombro, joelho, tornozelo): Efeitos: luxação ou
dor. Causas: luxação - perda do contato entre as superfícies articulares.
20. Parte anterior da tíbia (abaixo da patela): Efeitos: dor intensa. Causas: fratura.
21. Peito do pé: Efeitos: fratura ou dor. Causas: fratura dos ossos próprios do pé ou
metatarsianos.
86
1. Bulbo: Efeitos: morte. Causas: lesão do bulbo.
2. Nuca: Efeitos: morte. Causas: lesão da medula alta ou de bulbo, ocasionando
uma parada cardiorrespiratória (quanto mais alta, mais grave).
3. Coluna vertebral: Efeitos: morte ou paralisia. Causas: lesão medular - choque
medular, causando uma paralisia momentânea.
4. Rim: Efeitos: morte ou choque nervoso. Causas: morte por lesão do pedículo
vascular renal (fácil deslocamento dos vasos sanguíneos que irrigam o órgão),
podendo haver queda do rim (ptose interna).
5. Plexo lombo-sacral: Efeitos: dor intensa, paralisia de membros inferiores,
temporária ou definitiva. Causas: trauma direto, com ou sem fratura de vértebras. 9
6. Cóccix: Efeitos: dor intensa. Causas: fratura ou luxação.
7. Nervo ciático: Efeitos: paralisia temporária dos membros inferiores. Causas:
trauma direto com edema do nervo.
8. Panturrilha: Efeitos: dor intensa. Causas: trauma direto, por lesão dos músculos
gêmeos.
87
9. Tendão de Aquiles: Efeitos: dor intensa, com impossibilidade de ficar na ponta do
pé quando há ruptura do tendão de Aquiles (síndrome da pedrada). Causas: trauma
direto sobre o tendão.
10. Articulações (punho, cotovelo, ombro, joelho, tornozelo): Efeitos: luxação,
fratura, dor intensa ou paralisia dos membros. Causas: perda do contato articular.
Tipos de algemas
Técnicas de Algemação
• Algemação dos pés: O Policial Penal irá dar a ordem para que o preso encoste de
frente na parede e levante uma de suas pernas, dobrando-a para trás e, em seguida,
colocará as algemas. Ordenará que o preso levante a outra perna e dobre-a para
trás, para colocar as algemas, cuidando para que a fechadura fique voltada para
baixo. Ao final, deverá travar as algemas com o pino da chave.
• Algemação de duas ou mais pessoas Esta é uma prática que aumenta o risco de
quedas e decorrentes lesões, já que as pessoas poderão estar impossibilitadas de
utilizar suas mãos para amortecer a queda e proteger-se de lesões, além de trazer
maior risco de transmissão e contaminação biológica entre os presos, conforme
evidenciado no período da pandemia de COVID-19.
89
Primeiros socorros, prevenção e combates a incêndios
CLASSES DE INCÊNDIO
CLASSE A – Incêndio em materiais sólidos, tais como madeira, papel, tecidos, entre
outros, os quais queimam em superfície e profundidade, deixando resíduos.
CLASSE B – Incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, gases combustíveis, graxas,
óleos e semelhantes, os quais queimam apenas na superfície e não em
profundidade, não deixando resíduos.
CLASSE C – Incêndio em equipamentos elétricos energizados, (quando há
presença de energia elétrica), é caracterizado pelo risco de morte que oferece ao
brigadista.
CLASSE D - Incêndio em metais pirofóricos (magnésio, selênio, zinco, titânio, lítio,
antimônio, potássio, alumínio fragmentado, sódio, zircônio), queimam em altas
temperaturas e reagem com agentes extintores comuns (principalmente os que
contenham água)
Etapa B - respiração:
a) exponha o tórax, visualize e avalie a qualidade de: profundidade -
superficial, normal ou profunda; frequência - lenta, normal ou rápida; esforço
- presente ou ausente; bilateralidade - expansão simétrica (igual) ou
assimétrica (irregular).
Etapa C - circulação:
a) deverá ser verificado H3P:
Hemorragias externas;
91
3 P - qualidade da circulação:
92
exame, atentando também para a prevenção da hipotermia, analisando a
necessidade de cobrir o paciente com manta aluminizada; Após a análise
primária deverá ser realizada a mnemônica SAMPLA para obter maiores
informações sobre o paciente, e depois serem repassadas para as equipes
que receberem a vítima (192, 193 ou hospital de referência para o caso
específico).
APH DE COMBATE
PNEUMOTÓRAX
94
O selo de tórax foi desenvolvido para a prevenção e o tratamento do pneumotórax
hipertensivo. As válvulas permitem a saída do ar pela cavidade torácica durante a
expiração e previnem a entrada do ar pela perfuração durante a inalação.
Massiva Hemorragia
95
Conheça as técnicas e equipamentos desta fase:
● Compressão local;
De imediato, após a identificação da hemorragia massiva, deve-se realizar
compressão direta sobre o ferimento, que pode ser realizada com as mãos ou até
mesmo com os joelhos, desde que isso não piore o estado do ferimento da vítima. A
compressão direta geralmente é a primeira manobra a ser feita pelo operador.
● Torniquete;
O torniquete é um equipamento utilizado para conter hemorragia massivas em
extremidades: pernas e braços. É um equipamento de aplicação temporária que faz
a constrição externa de veias e artérias. Pode ser utilizado para autoaplicação ou
aplicação em terceiros.
● Bandagem Tática.
A bandagem tática ou bandagem israelense é uma atadura elástica com algodão,
poliamida e trava de fechamento de policarbonato. Pode ser utilizada para controlar
sangramentos pequenos a moderados ou para manter a gaze do preenchimento no
local desejado.
- Agente químico: OC
- Processo de dispersão: espargimento (Cone de dispersão)
- Distância de emprego: 2m a 5m
- Agente químico: OC
- Processo de dispersão: espargimento (Espuma)
- Distância de emprego: 1m a 2,5m
GRANADAS
98
Especificações Gerais Indoor: Tempo de Retardo 1.5 segundos (Lançamento em
ambiente interno) Outdoor: Tempo de retardo 2.5 segundos (Lançamento ambiente
externo)
Capaz de produzir efeito psicológico pelo ruído (sopro sonoro) e pelo deslocamento
de ar, característicos de sua carga detonante. Soma-se, a esses efeitos, o
fisiológico, provocado por sua carga química composta de cristais de CS.
99
GL307/I-REF GRANDA OUTDOOR LUZ E SOM – “A RAINDA DAS GRANADAS”
100
Princípios de abordagem aplicados ao sistema prisional
101
Penal, em seu artigo 3o , igualmente registram que o preso conserva todos os
direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o
respeito à sua integridade física e moral. Nos artigos 40 a 43 da Lei de Execução
Penal, LEP, encontram-se alguns dos direitos dos presos condenados ou
provisórios, atribuindo a qualquer autoridade o respeito à sua integridade física e
moral. No art. 45, §1o , há a proibição expressa de sanções que coloquem em
perigo a integridade física e moral do condenado. Os direitos dos presos provêm de
garantias previstas na Constituição Federal, relacionadas com os fundamentais, os
quais, por sua vez, são previstos e protegidos por inúmeras convenções
internacionalmente aceitas e defendidas. A execução penal deve respeitá-los em
face de sua enumeração constante no artigo 5o. da Constituição Federal. O fato de
cumprir uma sentença na prisão não significa que o recluso perde o direito de ser
protegido de ameaças de violência, tortura, maus-tratos e outros crimes ou da
exposição a riscos à sua saúde física ou mental, e integridade pessoal.
Nesse cenário, são estabelecidas e destacadas as missões dos policiais penais, a
saber:
102
Percepção de riscos
Postura e verbalização
Princípios de abordagem
Segundo Fraga apud Wanderley e Lúcio e Silva (2011, p. 38), ao efetuarmos uma
abordagem, devemos observar alguns princípios basilares, que são:
1) Segurança – é a certeza, a confiança e a garantia de que não há perigo a recear
no momento de efetuar uma abordagem, sabendo o que faz e se emprega o
procedimento correto. Portanto, constitui-se no ato de cercar-se de todas as cautelas
necessárias para a eliminação dos riscos de perigo, em todas as suas minúcias,
para consecução dos objetivos almejados, lembrando sempre que a ação deve
resultar em eficácia.
2) Surpresa - é a ação inopinada do policial, não possibilitando fuga ou reação do
abordado. Esse fator, além de contribuir decisivamente para a segurança dos
executantes da abordagem, é um desestimulador psicológico da resistência,
propiciando o êxito da ação.
3) Rapidez – é a ação de curta duração na abordagem, não devendo esquecer a
segurança no que faz. Este princípio está proporcionalmente ligado à segurança
com que é desencadeada e executada a operação
4) Ação vigorosa – é a ação resoluta, decidida e firme do policial na hora de
abordar. Devendo entender o real significado de “ação vigorosa” – essa energia
fortalecida – nunca a confundindo com violência arbitrária, com desrespeito ao preso
do qual deve obter compreensão da ação, respeito e obediência.
5) Unidade de comando – é agir sob comando único, evitar conflito de ordens. É de
fundamental importância a existência desse princípio em uma operação, na qual os
executores devem ter na mente o objetivo maior da ação, evitando-se os atropelos,
a multiplicidade de ordens, a indefinição, a indecisão e outros fatores prejudiciais à
104
ação operacional. Analisando-se os princípios elencados, nota-se que
prioritariamente deve haver controle das condições de segurança, ou seja, devem
ser consideradas as peculiaridades e missões atinentes aos policiais penais, bem
como as condições e cenários esperados no ambiente prisional, toda intervenção
deve ser protocolar e respeitar critérios técnicos relativos ao efetivo necessário, aos
equipamentos e aos meios a serem disponibilizados, dentre outros fatores. Outra
importante alusão refere-se à organização tática de qualquer procedimento, estando
predeterminadas e preestabelecidas as funções dos operadores: o responsável
pelas ordens, que fará eventuais vistorias e revistas; o que efetuará se necessário a
contenção e imobilização de um preso, dentre outros aspectos. A agilidade e
objetividade da ação podem permitir maior possibilidade de haver o controle
situacional, embora o fator surpresa já tenha um certo comprometimento por se
tratar de um ambiente confinado. O vigor da ação é absoluta e obrigatoriamente
vinculado ao uso progressivo e escalonado da força necessária para o alcance
pleiteado com a ação.
Tipos de Escolta
107
§ 2º A ambulância do SUS que esteja transportando presos, além da presença dos
ASPs junto ao preso e ao motorista, será escoltada por uma ou, de preferência,
duas viaturas do Sistema Prisional.
108
II - intervir administrativamente nas Unidades Prisionais com a finalidade de
recondução da ordem e disciplina em situações de crise, quando autorizado pelo
Subsecretário de Administração Prisional;
III - realizar operações locais, intermunicipais e interestaduais de escolta de preso,
quando a sua periculosidade justificar tal medida;
IV - participar de inspeções no âmbito do Sistema Prisional, quando solicitado pelo
Superintendente de Segurança Prisional;
V - prevenir e inibir atos que atentem contra o Sistema Prisional e seus integrantes,
priorizando operações preventivas de patrulhamento e escolta de Diretores da
SUAPI, quando necessário;
VI - produzir e intercambiar informações, atuando de forma integrada com os
demais Órgãos de Defesa Social, visando auxiliar nas operações de recaptura de
foragidos, bem como na proteção do Sistema Prisional;
VII - propor políticas e normas que visem à atuação operacional integrada dos
grupos de escoltas e intervenções do Sistema Prisional. Parágrafo único. O
Comando de Operações Especiais, além das prerrogativas previstas nos incisos
deste artigo, constitui força especial de reação da Subsecretaria de Administração
Prisional e será integrado por Agentes de Segurança Penitenciários efetivos
aprovados em processo seletivo interno.
Meios de Transporte
109
PARTES DA PISTOLA TAURUS – PT100
110
REGRAS DE SEGURANÇA
No manuseio com arma de fogo, a segurança tem que ser um item observado e
seguido à exaustão. Não são raros os casos em que a inobservância às regras de
segurança causou disparos acidentais que vitimaram ou lesionaram, com gravidade,
pessoas que realizavam o manuseio do armamento ou encontravam-se próximas.
Diversos fatores podem ocasionar tal fato, como excesso de confiança, falta de
atenção, desconhecimento do funcionamento do armamento, irresponsabilidade,
entre outros. Iremos apontar as principais regras de segurança no próximo tópico,
contudo o dogma que chamamos de segurança a 200% é o ponto inicial de todo o
processo: “Dedo fora do gatilho e controle direcional do cano.” As outras regras de
segurança não estão abaixo do binômio apontado, contudo, se NÃO observadas, a
chance de ocorrências de lesões ou mortes será grande.
111
8) Observar que as travas de segurança de uma arma são apenas dispositivos
mecânicos sujeitos a falhas, por isso não se deve testá-las com uso de munições
reais;
9) Não misturar drogas e bebidas alcoólicas com armas de fogo;
10) Sempre que entregar ou receber uma arma, executar uma inspeção de
segurança. Não é ofensa verificar uma arma ao recebê-la;
11) Nunca abandonar a arma, carregada ou não;
12) Nunca receber uma arma em sua direção puxando-a pelo cano;
13) Antes de iniciar qualquer limpeza ou manutenção, efetuar a inspeção de
segurança;
14) Nunca deixar, de forma descuidada, uma arma e, ao guardá-la por longo tempo,
separar a arma da munição, mantendo-as longe do alcance de menores de dezoito
anos ou pessoas com deficiência mental;
15) Quando estiver atirando com revólver, jamais colocar a mão sobre o cano à
frente do tambor, pois essas peças movimentam-se durante o disparo e ainda
possuem os orifícios para saída de gases. Revólveres desprendem lateralmente
gases em alta velocidade e resíduos de chumbo e pólvora em combustão. Manter as
pessoas afastadas de sua lateral;
16) Controlar a munição a fim de verificar se corresponde ao calibre da arma;
17) Sempre transportar a arma no coldre, salvo quando houver a consciente
necessidade de utilizá-la;
18) Nunca engatilhar a arma quando não houver a intenção de atirar (armas de ação
dupla);
19) Quando a arma estiver fora do coldre, empunhada para o tiro, estar
absolutamente certo de que a arma não esteja apontada para qualquer parte de seu
corpo ou de outras pessoas ao seu redor;
20) Tomar cuidado com obstruções do cano quando estiver atirando. Caso ouvir ou
sentir algo de anormal com o recuo ou a detonação, interromper imediatamente os
disparos. Verificar cuidadosamente a existência ou não de obstruções no cano. Um
projétil ou qualquer outro objeto deve ser imediatamente removido, mesmo se
tratando de lama, terra, quantidade excessiva de graxa ou óleo etc., a fim de evitar
que as raias sejam danificadas ou o cano destruído;
21) Nunca transportar uma arma no bolso, bolsa ou pochete. Usar a embalagem
apropriada ou um bom coldre, seja ele ostensivo ou dissimulado.
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REDS
113
Assim, o REDS é uma ferramenta essencial para que a SEJUSP e as polícias
possam realizar o planejamento estratégico das corporações e para que os
processos de tomada de decisão e de produção de conhecimento sejam otimizados.
Naturalmente, esse processo precisa ser enfeixado em um amplo arcabouço
tecnológico, que atende de maneira compatível entre si as forças de segurança do
Estado, de maneira que a integração possa aumentar a eficiência das ações
policiais e serem concebidas como meio de comunicação comum. É importante
destacar que o sistema é desenvolvido no plano de impedir invasões de terceiros
(radiocomunicação troncalizada), ligado ao sistema global de posicionamento (GPS),
para que as viaturas policiais e os próprios agentes sejam monitorados e o sistema
aperfeiçoado. Cumpre ressaltar que está em pleno estudo o sistema de
monitoramento do trabalho policial por câmeras de vídeo, o qual será absolutamente
integrado às demais tecnologias que compõem o sistema do SISP. O SISP e o
REDS se integram, perfeitamente, ainda, ao Sistema de Inteligência Policial do
Estado de Minas Gerais, que é objeto de outra disciplina do nosso curso.
114
Outrossim, o REDS concebeu tabelas de registro de dados com códigos comuns a
todas as organizações, facilitando a interface entre os sistemas de informações do
Estado, bem como a instrução de operadores do sistema, sendo um sistema
disponível para todas as forças de segurança do Estado.
Características da Crise
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de se exigir que toda ação organizacional deve ser revestida de respaldo legal para
atuação, ou seja, agir em legítima defesa, estado de necessidade ou estrito
cumprimento do dever legal.
Critérios de Intervenção
NEGOCIAÇÃO:
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Emprego de agentes químicos, equipamentos ou recursos de menor potencial
ofensivo:
Disparo de precisão
Quando não houver possibilidade de emprego das alternativas anteriores ou, ainda,
na falta de êxito, poderá haver emprego do Grupo Tático para intervir no evento,
destacando-se a possibilidade dos riscos, uma vez que o controle no uso da força
dependerá das circunstâncias encontradas.
RENP
DOS DEVERES
Art. 621. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu
estado, submeter-se às normas de execução da pena ou da medida de segurança.
Art. 622. Constituem deveres do preso:
I - Permanecer na Unidade Prisional até a sua liberação;
II - Manter comportamento disciplinado e cumprir fielmente a sentença que lhe foi
imposta;
III - Respeitar as normas do regime prisional, estabelecidas por leis, decretos,
resoluções e portarias;
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IV - Observar atitude de obediência com o servidor e respeito e urbanidade com
qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
V - Manter conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de
subversão à ordem ou à disciplina;
VI - Executar o trabalho, as tarefas e as ordens recebidas;
VII -Manter atitude de submissão à sanção disciplinar imposta;
VIII - Indenizar os danos causados à administração da Unidade Prisional;
IX - Observar a higiene pessoal e o asseio da cela ou alojamento;
X - Conservar os objetos de uso pessoal e/ou tornozeleira eletrônica;
XI - indenizar o Estado, quando possível, das despesas com a sua manutenção,
mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho.
DOS DIREITOS
Art. 628. A assistência à saúde poderá ser prestada na Unidade Prisional ou fora
dela, quando o Estabelecimento não estiver aparelhado para provê-la.
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