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24/3/2016

Direito Administrativo
INSS – Resol. de Questões

Prof. Daniel Lamounier


@DanLamounier

Improbidade Administrativa

1. Conceito – Trata-se de conduta imoral, ilegal, praticada por


agente público e particular consorciado em face da
Administração Pública.

2. Previsão Legal – art. 37, §4º, CF e Lei n. 8429/92.

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3. Sujeitos

a) Que praticam atos de improbidade:


• Agente público – todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação designação, contratação ou qualquer outra forma
de investidura ou vínculo, mandato, cargo emprego ou
função nos entes ou entidades públicas;
• Particular – que induza ou concorra para o ato de
improbidade ou dele se beneficie.

b) Que são lesados pelo ato de improbidade:


• Administração Pública Direta ou Indireta;
• Empresa incorporada ao patrimônio público;
• Entidade que receba benefício ou incentivo (fiscal ou creditício).

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4. Natureza das sanções

As penalidades previstas na Lei 8.429/92 possuem natureza


administrativa, civil e política.

Obs.: tais penalidades previstas na LIA não possuem natureza penal.

5. Comunicação de instâncias
a) Regra geral – independência de instâncias;
b) Imposição da decisão em esfera penal:
– Condenação criminal resulta na condenação nas esferas cível e
administrativa;
– Absolvição penal por inexistência do fato ou ausência de autoria.

6. Atos de Improbidade Administrativa

a) Atos de improbidade administrativa que acarretem em


enriquecimento ilícito – receber qualquer vantagem patrimonial
indevida em razão do cargo, função, emprego, mandato ou
atividade pública;
b) Atos de improbidade administrativa que acarretem em prejuízo
ao erário – ação ou omissão, dolosa ou culposa, que acarrete em
perda patrimonial, apropriação, desvio, dilapidação dos bens ou
haveres (ações) públicos;
c) Atos de improbidade administrativa que atentem contra os
princípios da administração pública – ação ou omissão que viole
os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade
às instituições.

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7. Sanções Administrativas

Podem ser aplicadas isoladas ou cumulativamente.

a) Pelos atos que resultem em enriquecimento ilícito:


• Perda dos bens ou valores obtidos ilicitamente;
• Ressarcimento integral do dano;
• Perda da função pública;
• Suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos;
• Multa de até 3 vezes o valor do acréscimo patrimonial ilegal;
• Proibição de contratar com o Poder Público ou dele receber
benefícios ou incentivos pelo prazo de até 10 anos.

b) Atos que causem prejuízo ao erário

• Perda dos bens ou valores obtidos ilicitamente;


• Ressarcimento integral do dano;
• Perda da função pública;
• Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos;
• Multa de até 2 vezes o valor do acréscimo patrimonial ilegal;
• Proibição de contratar com o Poder Público ou dele receber
benefícios ou incentivos pelo prazo de até 5 anos.

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c) Atos contra os princípios da Administração Pública

• Ressarcimento integral do dano;


• Perda da função pública;
• Suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos;
• Multa de até 100 vezes o valor da remuneração do agente;
• Proibição de contratar com o Poder Público ou dele receber
benefícios ou incentivos pelo prazo de até 3 anos.

Obs.: A aplicação das sanções independem da efetiva ocorrência do


dano ou de aprovação ou rejeição das contas em controle interno,
tribunal ou conselho de contas.
O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite
do valor da herança.

8. Declaração de bens

A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à


apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu
patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal
competente.
Atualização anual e na data em que o agente público deixar o exercício
do mandato, cargo, emprego ou função.
Pena de demissão para o agente público que não apresentar.

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