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Prof. Herbert Almeida
Sobre o direito de petição previsto no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado
de São Paulo, é correto afirmar que
a) não poderá ter como objeto abuso, erro, omissão ou conduta incompatível no serviço
público, que deverão ser deduzidos à Ouvidoria competente.
b) é meio inidôneo para que os servidores públicos peçam reconsideração ou recorram
de decisões.
c) é assegurado somente a pessoas físicas, para representar por ilegalidade ou abuso de
poder e para a defesa de direitos.
d) em nenhuma hipótese, a Administração poderá recusar-se a protocolar, encaminhar
ou apreciar a petição, sob pena de responsabilidade do agente
e) o servidor deverá exercê-lo sempre por escrito, visando requerer ou representar em
face da autoridade que lhe é superior.
Prof. Herbert Almeida
Artigo 241 - São DEVERES do funcionário:
II - cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais;
IV - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e, especialmente, sobre despachos,
decisões ou providências;
V - representar aos superiores sobre todas as irregularidades de que tiver conhecimento
no exercício de suas funções;
VII - residir no local onde exerce o cargo ou, onde autorizado;
XIII - estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço
que digam respeito às suas funções; e
Dentre os deveres estabelecidos pelo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado
de São Paulo, encontra-se previsto expressamente o dever de
a) levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da
primeira autoridade com a qual tiver contato.
b) prestar, ao público em geral, as informações requeridas no prazo máximo de 48
(quarenta e oito) horas.
c) estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço
que digam respeito às suas funções
d) atender com urgência e preferência à expedição de certidões requeridas para defesa
de direito ou para esclarecimento de situações de interesse pessoal.
e) cumprir as ordens superiores, mesmo quando manifestamente ilegais, cabendo, nesse
caso, todavia, representar contra elas.
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Artigo 243 - É PROIBIDO ainda, ao funcionário:
II - participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de
sociedades comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Governo
do Estado, sejam por este subvencionadas ou estejam diretamente relacionadas com a
finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado;
IV - exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas,
estabelecimentos ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se
relacione com a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado;
VI - comerciar ou ter parte em sociedades comerciais nas condições mencionadas no item II deste
artigo, podendo, em qualquer caso, ser acionista, quotista ou comanditário;
Parágrafo único — Não está compreendida na proibição dos itens II e VI deste artigo, a
participação do funcionário em sociedades em que o Estado seja acionista, bem assim na direção
ou gerência de cooperativas e associações de classe, ou como seu sócio.
Artigo 243 - É PROIBIDO ainda, ao funcionário:
I - fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Governo, por si, ou como
representante de outrem;
III - requerer ou promover a concessão de privilégios, garantias de juros ou outros favores
semelhantes, federais, estaduais ou municipais, exceto privilégio de invenção própria;
V - aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autorização do Presidente da República;
VII - incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o serviço público;
VIII - praticar a usura;
IX - constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer repartição
pública, exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau;
XII - fundar sindicato de funcionários ou deles fazer parte.
Escrevente Técnico Judiciário apresenta recurso de multa de trânsito, recebida por seu
esposo, perante o Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo – DETRAN. De
acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, a conduta
descrita é
a) permitida, pois o funcionário pode, excepcionalmente, ser procurador ou servir de
intermediário perante qualquer repartição pública, quando se tratar de interesse de
cônjuge ou parente até segundo grau
b) proibida, pois ao funcionário público é vedado peticionar perante qualquer repartição
pública, não podendo requerer, representar, pedir reconsideração ou recorrer de
decisões, ainda que em nome próprio.
c) proibida, pois o funcionário público pode exercer o direito de petição perante
quaisquer repartições públicas, mas somente em nome próprio, não podendo
representar terceiros.
d) indiferente ao Estatuto, que nada prevê em relação à possibilidade do funcionário
público peticionar, em nome próprio ou de terceiros, perante repartições públicas.
e) permitida, pois o Estatuto expressamente permite que o funcionário público exerça o
direito de petição em nome próprio ou de qualquer terceiro.
Artigo 243 - É proibido ainda, ao funcionário:
IX - constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer
repartição pública, exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente
até segundo grau;

Artigo 240 - Ao servidor é assegurado o direito de requerer ou representar, bem


como, nos termos desta lei complementar, pedir reconsideração e recorrer de
decisões, no prazo de 30 (trinta) dias, salvo previsão legal específica.
Maria é servidora pública estadual, ocupante do cargo de escrevente técnico judiciário,
lotada na 5a Vara da Fazenda Pública da Capital do Estado de São Paulo. Maria é sócia
minoritária (2%) de sua irmã, Joana, em uma empresa que vende equipamentos de
informática, na qual trabalha algumas horas por semana, sem prejuízo do
cumprimento de sua jornada de trabalho e de suas atividades no cargo público, que
são devidamente observadas. Joana decide participar de licitação promovida pelo
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que pretende adquirir computadores e
impressoras. Considerando as disposições do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis
do Estado de São Paulo, Maria
a) pode permitir que a empresa participe do certame, pois não consta no Estatuto
qualquer vedação aos funcionários públicos em relação à participação em sociedades
comerciais e/ou empresariais, que contratem ou não com o Poder Público.
b) não deve permitir que a empresa participe do certame, se a aquisição for destinada
para uso na unidade em que está lotada; caso seja o equipamento destinado a outras
unidades, não há vedação estatutária.
c) pode permitir que a empresa participe do certame, pois ao funcionário público
somente é vedado receber subvenções ou outros valores de forma não onerosa,
podendo, portanto, estabelecer relação comercial com o Tribunal de Justiça.
d) pode permitir que a empresa participe do certame, pois o Estatuto somente vedaria a
relação comercial se a empresa de Maria fosse de natureza industrial ou bancária, o que
não é o caso.
e) não deve permitir que a empresa participe do certame, pois é proibido ao funcionário
público participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais,
ou de sociedades comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas
com o Tribunal
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Artigo 250 - A responsabilidade administrativa não exime o funcionário da
responsabilidade civil ou criminal que no caso couber, nem o pagamento da
indenização a que ficar obrigado, na forma dos arts. 247 e 248, o exame da pena
disciplinar em que incorrer.
§ 1º - A responsabilidade administrativa é INDEPENDENTE da civil e da criminal.
§ 2º - Será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocupava e com todos os direitos
e vantagens devidas, o SERVIDOR ABSOLVIDO PELA JUSTIÇA, mediante simples
comprovação do trânsito em julgado de decisão que negue a existência de sua autoria
ou do fato que deu origem à sua demissão.
§ 3º - O processo administrativo só poderá ser sobrestado para aguardar decisão judicial
por despacho motivado da autoridade competente para aplicar a pena.
Cícero, que é funcionário público estadual, havia sido demitido do serviço público,
mas, posteriormente, foi absolvido pela Justiça, em decisão que negou a existência
da sua autoria. Nessa situação hipotética, portanto, considerando o Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, é correto afirmar que Cícero
deverá ser
a) reintegrado ao serviço público, em cargo superior ao que ocupava e com todos
os direitos e vantagens devidas, mediante certidão do cartório judicial que
comprove o teor da decisão absolutória.
b) reintegrado ao serviço público, no cargo que ocupava e com todos os direitos e
vantagens devidas, mediante simples comprovação do trânsito em julgado de
decisão judicial
c) reincorporado ao serviço público, em cargo equivalente ao que ocupava e com
todos os direitos e vantagens devidas, mediante certidão do cartório judicial que
comprove a decisão absolutória.
d) readmitido em outro cargo diferente do que ocupava, sem os direitos e
vantagens do cargo anterior, mediante certidão do cartório judicial que comprove
o teor da decisão absolutória.
e) readmitido ao serviço público, no mesmo cargo ou em cargo equivalente, com
todos os direitos e vantagens devidas, mediante simples comprovação do trânsito
em julgado de decisão judicial.
Parágrafo único - Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
I - pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, ou por
não prestar contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis,
regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço;
II - pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os
materiais sob sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
III - pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e
outros documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e
IV - por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual. (sem má-fé: pena
de repreensão e, na reincidência, de suspensão)
Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será
obrigado a repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de
alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar recolhimento ou entrada
nos prazos legais.
Artigo 248 - Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da
indenização poderá ser descontada do vencimento ou remuneração não
excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do valor destes.
Parágrafo único - No caso do item IV do parágrafo único do art. 245, não tendo
havido má-fé, será aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de
suspensão.
O funcionário público é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade,
causar à Fazenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados. Caracteriza-
se especialmente tal responsabilidade em relação ao funcionário público que
a) efetuar qualquer erro de cálculo ou redução que resulte contra a Fazenda
Estadual
b) praticar usura.
c) incitar greves ou a elas aderir.
d) deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada.
e) tratar de interesses particulares na repartição.
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repreensão;

suspensão;

multa;
SANÇÕES DISCIPLINARES
demissão;

demissão a bem do serviço público; e

cassação de aposentadoria ou disponibilidade


O Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo prevê, entre
outras, como penas disciplinares:
a) reversão ao serviço ativo e transferência.
b) multa e reversão ao serviço ativo.
c) readmissão e transferência.
d) reintegração e demissão.
e) repreensão e multa
Artigo 307 - Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exercício, contados do
cumprimento da sanção disciplinar, sem cometimento de nova infração, não
mais poderá aquela ser considerada em prejuízo do infrator, inclusive para
efeito de reincidência.
Com relação às penalidades e sua aplicação, a Lei n.º 10.261/68 estabelece que,
nos casos de indisciplina ou falta de cumprimento dos deveres, sem reincidência, a
pena a ser aplicada é a
a) jubilação.
b) demissão.
c) demissão a bem do serviço público.
d) repreensão escrita
e) detenção.
➢ Quando (art. 257):
➢ insubordinação grave, incontinência pública e escandalosa e de vício de jogos proibidos;
➢ praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou particulares, salvo se em
legítima defesa;
➢ praticar ato definido como crime contra a administração pública, a fé pública e a Fazenda
Estadual, ou previsto nas leis relativas à segurança e à defesa nacional;
➢ cometer crime hediondo, tortura, tráfico ilícito, terrorismo, crime contra o sistema
financeiro, lavagem de dinheiro ou ocultação de bens;
➢ receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie; lesar
o patrimônio ou os cofres públicos;
➢ praticar ato definido em lei como de improbidade; etc.
Sanção Incompatibiliza por

Demissão 5 anos

Demissão a bem dos


serviço público
10 anos

Art. 307, § único


A Lei Estadual nº 10.261/68 disciplina as penalidades a serem aplicadas aos
Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, quando do cometimento de
faltas disciplinares, considerando-se a natureza e a gravidade da infração, bem
como os danos que delas provierem para o serviço público.
Assinale a alternativa que, corretamente, aponta uma falta disciplinar punível com a
pena de demissão.
a) Praticar ato definido em lei como improbidade.
b) Praticar insubordinação grave.
c) Inassiduidade
d) Exercer advocacia administrativa.
e) Lesar o patrimônio ou os cofres públicos.
➢ Será aplicada se ficar provado que o inativo:
➢ praticou, quando em atividade, falta grave:
➢ demissão ou de demissão a bem do serviço público;
➢ aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
➢ aceitou representação de Estado estrangeiro sem prévia autorização do
Presidente da República; e
➢ praticou a usura em qualquer de suas formas.
A Lei Estadual nº 10.261/68 dispõe que será aplicada a pena de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, se ficar provado que o inativo
a) exerceu a advocacia administrativa.
b) apresentava vício de jogos proibidos.
c) praticou ato definido em lei como de improbidade.
d) aceitou ilegalmente cargo ou função pública
e) praticou ato definido como crime hediondo ou tráfico ilícito de entorpecentes.
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Competência Penalidades

Governador ▪ Todas

Secretários de Estado, o Procurador Geral do


▪ Todas
Estado e os Superintendentes de Autarquia

Chefes de Gabinete ▪ até a de suspensão


▪ até a de suspensão limitada a
Coordenadores
60 (sessenta) dias
▪ até a de suspensão limitada a
Diretores de Departamento e Divisão
30 (trinta) dias
Autoridades/Sanções Repreensão Suspensão/ D, DSP e
Multa (equivalente) CAD

Governador Sim Até 90 dias Sim


Secretários de Estado, o Procurador Geral do Sim Até 90 dias Sim
Estado e os Superintendentes de Autarquia

Chefes de Gabinete Sim Até 90 dias -


Coordenadores Sim Até 60 dias -
Diretores de Departamento e Divisão Sim Até 30 dias -
▪ Legenda: D – demissão; DSP – demissão a bem do serviço público; CAD – cassação de aposentadoria ou
disponibilidade.

▪ Observação: havendo mais de um infrator e diversidade de sanções, a competência será da autoridade


responsável pela imposição da penalidade mais grave.
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➢ A apuração das infrações será feita mediante (art. 268):
➢ Sindicância: penas de repreensão, suspensão ou multa
➢ Processo Administrativo: demissão, de demissão a bem do serviço público e de
cassação de aposentadoria ou disponibilidade.

➢ Sempre com contraditório e ampla defesa


➢ Realizados pela Procuradoria Geral do Estado e presididos por Procurador do Estado
confirmado na carreira.

➢ APURAÇÃO PRELIMINAR: quando a infração não estiver suficientemente caracterizada


ou definida autoria, natureza simplesmente investigativa (art. 265).
Nos moldes do que dispõe o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de
São Paulo, os procedimentos disciplinares punitivos serão realizados pelo(a).
a) Governador do Estado.
b) Procuradoria Geral do Estado
c) Poder Judiciário.
d) Ministério Público.
e) Tribunal de Contas.
Nos termos do que dispõe a Lei no10.261/68 (Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado de São Paulo), determinada a instauração de sindicância ou processo
administrativo, ou no seu curso, havendo conveniência para a instrução ou para o
serviço, poderá o Chefe de Gabinete, por despacho fundamentado, ordenar, dentre
outras, a seguinte providência:
a) designação do servidor acusado para o exercício de atividades exclusivamente
burocráticas até decisão final do procedimento
b) prisão preventiva do servidor acusado até que os fatos apurados sejam
devidamente esclarecidos.
c) suspensão dos vencimentos do servidor acusado pelo prazo máximo de cento e
oitenta dias, devidamente autorizado pela autoridade máxima do órgão onde o
servidor estiver lotado.
d) decretração, pelo Ministério Público, da prisão temporária do servidor acusado
por até trinta dias, se houver fundada suspeita de que o acusado pode coagir
testemunhas.
e) recolhimento do passaporte do servidor acusado, se houver indícios concretos de
que o acusado pode estar planejando sair do país.
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➢ Competência para determinar a instaurar a sindicância (art. 272; c/c art. 260):
➢ o Governador;
➢ os Secretários de Estado, o Procurador Geral do Estado e os
Superintendentes de Autarquia;
➢ os Chefes de Gabinete;
➢ os Coordenadores; e
➢ os Diretores de Departamento e Divisão.
➢ Aplicam-se à sindicância as regras do processo administrativo, com as
seguintes modificações (art. 273):
➢ Autoridade sindicante e cada acusado poderão arrolar:
➢ ATÉ TRÊS testemunhas;
➢ Prazo: 60 (SESSENTA) DIAS;
➢ Com o relatório, a sindicância será enviada à autoridade competente para a decisão.

➢ As Secretarias de Estado, a Procuradoria Geral do Estado, a Controladoria Geral


do Estado e as Autarquias disciplinarão as condições de suspensão da
sindicância (art. 272, § 2º).
Acerca da sindicância, conforme disciplinada pela legislação do Estado de São Paulo,
é correto afirmar que:
a) deve estar concluída no prazo de 60 (sessenta) dias
b) os Diretores de Departamento e Divisão não têm competência para determinar
sua instauração.
c) substituirá o processo administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza,
possa determinar a pena de demissão a bem do serviço público.
d) os Chefes de Gabinete não têm competência para determinar sua instauração.
e) a autoridade sindicante e cada acusado poderão arrolar até 5 (cinco)
testemunhas.
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➢ Autoridades competentes para determinar a INSTAURAÇÃO o processo
administrativo (art. 274; c/c art. 260, I a IV):
➢ Governador;
➢ Secretários de Estado, Procurador Geral do Estado e Superintendentes de
Autarquia;
➢ Chefes de Gabinete;
➢ Coordenadores.

➢ NÃO PODE os Diretores de Departamento e Divisão.


➢ Instauração (portaria):
➢ Prazo de instauração: 8 dias;
➢ Prazo de conclusão: 90 dias (da citação do acusado) (prazo “impróprio”)
➢ Citação do acusado:
➢ 2 dias antes do interrogatório (pessoalmente – superior ou diretamente)
➢ 10 dias se por edital
➢ Oitiva do denunciante – entre a citação e o interrogatório
➢ Acusado não acompanha a oitiva (só o advogado), mas deve ter ciência do
conteúdo;
➢ Interrogatório: comparecendo ou não, prazo de 3 dias para requerer ou apresentar provas;
➢ Advogado:
➢ constituído pelo acusado ou
➢ dativo (revel, falta de recursos, se não o constituir ou se não apresentar alegações finais).
➢ Audiência de instrução: até 5 testemunhas do presidente e do acusado (cada).
➢ Encerrada a fase probatória:
➢ 7 dias para alegações finais
➢ Se não apresentar: advogado dativo
➢ Relatório: 10 dias contados da apresentação das alegações finais.
➢ Decisão da autoridade: 20 dias (julgar, ou diligência, ou envio autoridade competente)
➢ Publicação da decisão: 8 dias
Instauração Citação do acusado Oitiva do denunciante

8 dias da determinação / 2 dias antes do interrogatório / Entre a citação e o


90 dias (da citação) para concluir 10 dias (se por edital) interrogatório

Alegações finais Audiência de instrução Interrogatório

Após a instrução: Até 5 testemunhas (cada) do Após (comparecendo ou não):


7 dias Presidente e do Acusado 3 dias p/ requerer ou produzir
provas

Decisão da autoridade
Relatório
competente

10 dias, a contar das 20 dias (decidir, determinar diligência,


alegações finais ou enviar p/ outra autoridade)
Considerando o disposto no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo,
assinale a alternativa correta a respeito das normas do processo administrativo.
a) Não poderá ser encarregado da apuração, parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, podendo atuar apenas como secretário no processo.
b) Não tendo o acusado recursos financeiros ou negando-se a constituir advogado, o presidente
nomeará advogado dativo
c) O acusado tem o direito de assistir à inquirição do denunciante, para que tenha ciência pessoal
das declarações que aquele deverá prestar em audiência.
d) Não comparecendo o acusado no interrogatório, será decretada sua condenação, podendo,
contudo, participar dos demais atos do processo até a fase recursal.
e) O acusado poderá, até a fase do seu interrogatório, constituir advogado para prosseguir na sua
defesa, vedada a constituição depois dessa fase processual.
A respeito das testemunhas no processo administrativo, o Estatuto dos Funcionários
Públicos Civis estabelece que
a) nenhuma testemunha poderá se recusar a depor em razão de função, ministério,
ofício ou profissão.
b) o presidente e cada acusado poderão arrolar até 5 (cinco) testemunhas
c) as testemunhas de defesa terão competência para fazer prova dos antecedentes
do acusado.
d) se tratando de servidor público, sua oitiva em audiência se dará em segredo de
justiça.
e) o Presidente poderá recusar até três testemunhas arroladas pela defesa, que
poderá substituí-las, se quiser.
No Processo Administrativo,
a) havendo denunciante, este deverá prestar declarações, após o interrogatório e na
presença do acusado e de seu defensor.
b) não comparecendo o acusado, será decretada a suspensão do feito, sendo
apenas autorizada a realização das diligências urgentes.
c) a citação do acusado será feita por edital, no mínimo 6 (seis) meses antes do
interrogatório.
d) comparecendo ou não o acusado ao interrogatório, inicia-se o prazo de 3 (três)
dias para requerer a produção de provas, ou apresentá-las.
e) em razão da aplicação do princípio da publicidade, a imprensa deverá ter livre
acesso ao processo.
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➢ Caberá RECURSO, por uma única vez, da decisão que aplicar penalidade.
➢ Prazo: TRINTA DIAS (da publicação da decisão impugnada no DOE ou da
intimação pessoal do servidor).
➢ Apresentado à autoridade que aplicou a pena
➢ Prazo para manter ou reformar a decisão: dez dias.
➢ Mantida a decisão, ou reformada parcialmente:
➢ encaminhada (imediatamente) a reexame pelo superior hierárquico.
➢ O recurso será apreciado pela autoridade competente ainda que
incorretamente denominado ou endereçado.
➢ Contra decisão tomada pelo Governador do Estado em única instância;
➢ Prazo (apresentação): 30 (trinta) dias;
➢ Não pode ser renovado.
➢ NÃO têm efeito suspensivo;
➢ Os que forem providos
➢ retificações necessárias
➢ retroagindo seus efeitos à data do ato punitivo.
➢ Contados por DIAS CORRIDOS.
➢ Não se computará o dia inicial;
➢ Prorroga-se o vencimento que incidir em sábado, domingo, feriado ou
facultativo para o PRIMEIRO DIA ÚTIL SEGUINTE.
A teor do que dispõe o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo a respeito
dos recursos e da revisão, no âmbito do processo administrativo, é correto afirmar que
a) não caberá recurso ou pedido de reconsideração de decisão tomada pelo Governador do Estado
em única instância.
b) a autoridade que aplicou a penalidade não poderá apreciar o pedido de revisão quanto à sua
admissibilidade.
c) entre outros efeitos, a decisão que julgar procedente a revisão poderá modificar a pena ou
anular o processo
d) nenhum recurso será admitido se incorretamente denominado ou endereçado.
e) do recurso deverá constar a exposição das razões de inconformismo e o comprovante do
recolhimento da taxa recursal.
Em relação aos Procedimentos Disciplinares, nos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado de São Paulo, é correto afirmar que
a) a contagem do prazo será efetuada computando se o dia inicial, antecipando-se o vencimento,
que incidir em sábado, domingo, feriado ou facultativo, para o primeiro dia útil anterior.
b) o servidor absolvido pela Justiça, mediante simples comprovação do trânsito em julgado de deci-
são que o absolveu por falta de provas, será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocupava
e com todos os direitos e vantagens devidas.
c) o pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado, poderá ser deduzido diante de
decisão tomada por Secretário do Estado em única instância, no prazo de 15 (quinze) dias.
d) o prazo para recorrer da decisão em sindicância é de 10 (dez) dias, contados da publicação da
decisão impugnada no Diário Oficial do Estado ou da intimação pessoal do servidor, quando for o
caso.
e) o processo administrativo deverá ser instaurado por portaria, no prazo improrrogável de 8 (oito)
dias do recebimento da determinação, e concluído no de 90 (noventa) dias da citação do acusado
A Lei de Improbidade Administrativa foi um importante marco para a transparência e melhoria da
governança na Administração Pública Brasileira. Recentemente, porém, o texto original vinha
sofrendo críticas em relação à sua forma de aplicação, sob a premissa de que haveria excesso de
rigor em relação a condutas não dolosas de administradores públicos, resultando na baixa
atratividade da função pública entre profissionais capacitados. Nesse contexto, é correto afirmar
com base na Lei nº 8.429/1992 que
( ) os atos de improbidade violam a probidade na organização do Estado e no exercício de suas
funções e a integridade do patrimônio público e social dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, bem como da administração direta e indireta, no âmbito da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal.
Para os fins da Lei de Improbidade Administrativa (Lei Federal nº 8.429/1992), é
considerado agente público e, portanto, pode responder pessoalmente pela prática
de atos de improbidade administrativa:
a) herdeiro de fundação instituída pelo poder público.
b) advogado contratado por concessionária de serviço público para defesa em ações
movidas por usuários do serviço.
c) prestador de serviço de empresa contratada pela Administração Pública para
entrega imediata de material de escritório.
d) Guarda Civil Municipal
e) colaborador de associação sem fins econômicos que não celebra parceria com a
Administração Pública.
Assinale a alternativa que contempla afirmativa em conformidade com a Lei de
Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92).
a) As disposições dessa Lei não são aplicáveis àquele que não é agente público,
ainda que induza ou concorra dolosamente para a prática do ato de improbidade.
b) Se houver indícios de ato de improbidade, a autoridade que conhecer dos fatos
representará diretamente ao juiz competente, para as devidas sanções.
c) Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito
tipificado nos dispositivos específicos da Lei, não bastando a voluntariedade do
agente
d) Constitui ato de improbidade administrativa importando em enriquecimento
ilícito auferir, mediante a prática de ato doloso ou culposo, vantagem patrimonial
indevida em razão do exercício de cargo ou de emprego público.
Jobson é sócio da empresa Patison, pessoa jurídica de direito privado, sendo que esta teria cometido ato
de improbidade administrativa previsto na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992 e suas
alterações), mas que também seria sancionado como ato lesivo à administração pública de que trata a Lei
nº 12.846/2013. Nessa situação hipotética, é correto afirmar que Jobson
a) não responde pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à Patison, salvo se,
comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso em que responderá nos limites da sua
participação
b) responde pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à Patison, como sócio da empresa, ainda
que não tenha participado e nem obtido benefício direto.
c) não responde pelo ato de improbidade cometido pela empresa de que é sócio, uma vez que a
respectiva responsabilidade, no caso, se limita ao diretor da pessoa jurídica.
d) responde em conjunto com a Patison, bem como os diretores da empresa, independentemente de sua
participação ou da obtenção de benefícios diretos, todos incidindo nas penas previstas na Lei de
Improbidade administrativa.
e) responde pelos atos imputados à Patison, independentemente de sua participação ou da obtenção de
benefícios diretos, mas a Lei de Improbidade Administrativa, no caso, não se aplica à empresa.
Responde como “terceiros”

Ato punível na
Pessoa Jurídica Lei Anticorrupção

princípio
constitucional do
non bis in idem
Não responderá se
LAC + LIA

sócios, cotistas,
diretores e Regra Não respondem
colaboradores
(i) participação;

Exceto

(ii) benefícios diretos

respondem nos limites da participação


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Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando em enriquecimento ilícito
auferir, mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida
em razão do exercício de cargo, de mandato, de função, de emprego ou de atividade nas
entidades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: [...].
Com dolo
✓ cargo
Auferir qualquer tipo de
vantagem patrimonial ✓ mandato
indevida ✓ função
em razão do ✓ emprego
Conceito exercício de
geral ✓ atividade

nas entidades sujeitas à LIA


Atos de improbidade
que importam em ✓ de quem tenha interesse em suas ações ou omissões;
enriquecimento ilícito
✓ facilitar contratação por preço superior ao valor de mercado

✓ facilitar a alienação de bem público ou o fornecimento de


Perceber serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado
vantagem
patrimonial ✓ tolerar qualquer atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal
vantagem;
indevida (para)...
✓ fazer declaração falsa sobre qualquer dado técnico que envolva
obras públicas ou serviços ou sobre medidas ou característica de
mercadorias ou bens fornecidos;
Condutas
✓ intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de
qualquer natureza;

✓ omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja


Continua obrigado;
Condutas
em obra ou serviço particular
Utilizar entidades
bem móvel, servidores, de propriedade, à disposição
sujeitas à
empregados ou terceiros ou contratados por
LIA

Valor evolução patrimonial


desproporcional ou renda
Adquirir
bens
No exercício da função pública + em razão dela

Admite prova da licitude

Emprego, comissão,
Com interesse em suas
consultoria ou Para PF ou PJ
ações ou omissões
assessoramento

do acervo
bens, patrimonial
Ao seu rendas,
Incorporar
patrimônio verbas ou
valores das entidades
sujeitas à LIA
em proveito próprio
Utilizar
entidades
bens, rendas, do acervo
sujeitas à
verbas ou valores patrimonial
LIA
Nos termos do que prescreve a Lei nº 8.429/92, qualquer ação ou omissão de forma
dolosa que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio,
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades
referidas nessa Lei, é considerado um ato de improbidade administrativa que:
a) decorre de concessão indevida.
b) causa prejuízo ao erário
c) causa aplicação indevida de benefício financeiro.
d) importa em enriquecimento ilícito.
e) atenta contra os princípios da Administração Pública.
O advento da Lei Federal nº 14.230, de 25 de outubro de 2021, alterou significativamente o sistema
de responsabilização por atos de improbidade administrativa no ordenamento jurídico pátrio.
Acerca do seu conteúdo, assinale a alternativa correta.
a) A comprovação do dolo, nos termos da lei, poderá ser presumida face ao resultado prático
relativo à perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres das entidades descritas no art. 1º da Lei.
b) A indisponibilidade de bens jamais poderá ser decretada sem a formação do contraditório, em
virtude da incidência dos princípios do direito administrativo sancionador.
c) Os efeitos da Lei de Improbidade Administrativa não alcançam as entidades privadas, mesmo se
estas, em sua constituição, tenham sido custeadas pelo erário.
d) A nomeação ou indicação política por parte de agente competente não configura ato de
improbidade administrativa a menos que se comprove o dolo com finalidade ilícita por parte do
agente
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres
de honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das
seguintes condutas: [...].
De acordo com os termos da Lei Federal nº 8.429/92, constitui ato de improbidade
administrativa que atenta contra os princípios da administração pública a ação ou
omissão dolosa que viole os deveres de
a) legalidade, de eficiência e de continuidade.
b) honestidade, de publicidade e de eficiência.
c) eficácia, de publicidade e de imparcialidade.
d) legalidade, de eficiência e de moralidade.
e) honestidade, de imparcialidade e de legalidade
Prof. Herbert Almeida
Na hipótese de prática de ato de improbidade administrativa que causa lesão ao
erário, o agente público estará sujeito à aplicação de pena de suspensão dos direitos
políticos por até
a) 4 (quatro) anos.
b) 6 (seis) anos.
c) 8 (oito) anos.
d) 12 (doze) anos
e) 14 (quatorze) anos.
EI LE

Perda dos bens: SEMPRE Perda dos bens: SE CONCORRER

Equivalente ao ACRÉSCIMO Equivalente ao DANO

Prazos: até 14 anos Prazos: até 12 anos


Com base na Lei de Improbidade Administrativa, assinale a alternativa correta.
a) A sanção da perda da função pública em decorrência da prática de ato de improbidade
administrativa não se aplica aos atos que atentam contra os princípios da administração pública
b) É proibido que a sanção pela prática de improbidade administrativa limite-se à aplicação da pena
de multa, independentemente do ressarcimento do dano e da perda dos valores obtidos, quando
for o caso.
c) As sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa poderão ser executadas após decisão
de segunda instância, que tenha apreciado o mérito da ação.
d) A indisponibilidade de bens será realizada levando em consideração a estimativa de dano
prevista na petição inicial, sendo vedada a substituição da penhora em dinheiro por fiança bancária
ou seguro- -garantia judicial.
e) Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário a conduta dolosa ou
culposa que enseje perda patrimonial de entidade administrativa.
Prof. Herbert Almeida
A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de
declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, nos termos
da Lei Federal n° 8.429/92. Se um agente público, por ocasião da atualização anual,
prestar uma declaração falsa, ele será punido com a pena de
a) demissão.
b) suspensão.
c) admoestação verbal.
d) advertência por escrito.
e) multa.
Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível, sendo que as ações destinadas a levar a
efeitos essas sanções previstas podem ser propostas
a) em oito anos contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do
dia em que cessou a permanência.
b) até oito anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de
confiança.
c) até oito anos após o início do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de
confiança.
d) até três anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de
confiança.
e) até três anos após o início do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de
confiança.
Art. 16. Na ação por improbidade administrativa poderá ser formulado, em caráter
antecedente ou incidente, pedido de indisponibilidade de bens dos réus, a fim de
garantir a integral recomposição do erário ou do acréscimo patrimonial resultante
de enriquecimento ilícito.
Os pontos mais importantes sobre essa medida são os seguintes:
a) não se admite mais a presunção do periculum in mora:
▪ demonstração de “no caso concreto de perigo de dano irreparável ou de risco ao
resultado útil do processo”;
a) da decisão que deferir ou indeferir a indisponibilidade, caberá agravo de instrumento;
b) não poderá incidir sobre os valores a serem eventualmente aplicados a título de multa
civil ou sobre acréscimo patrimonial decorrente de atividade lícita;
c) não poderá alcançar os bens de família (exemplo: casa de moradia), salvo se
comprovado que o imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida;
d) é vedada a decretação de indisponibilidade da quantia de até 40 (quarenta) salários
mínimos depositados em caderneta de poupança, em outras aplicações financeiras ou
em conta-corrente.
De acordo com a Lei de Improbidade Administrativa, a indisponibilidade de bens em
ação de improbidade administrativa
a) tem por objetivo garantir a recomposição do erário ou do acréscimo patrimonial
resultante do enriquecimento ilícito, podendo ser formulada, em caráter
antecedente ou incidente, e dependerá de representação.
b) incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens e aplicações financeiras
mantidas pelo indiciado no Brasil e no exterior, sendo vedada a decretação de
indisponibilidade de imóvel considerado bem de família e depósitos em caderneta
de poupança.
c) poderá ser requerida pelo Ministério Púbico ou pelas pessoas jurídicas de direito
público prejudicadas pelo ato de improbidade, em ação judicial que deverá ser
proposta perante o foro do domicílio do réu ou do local onde ocorrer o dano.
d) não poderá se dar sobre a quantia de até 40 (quarenta) salários mínimos
depositados em caderneta de poupança, em outras aplicações financeiras ou em
conta-corrente, nem sobre bem de família do réu, salvo se comprovado que o
imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida
e) recairá sobre bens que assegurem exclusivamente o integral ressarcimento do
dano ao erário, podendo incidir sobre os valores a serem eventualmente aplicados a
título de multa civil ou sobre acréscimo patrimonial decorrente de atividade lícita.
Acerca da indisponibilidade de bens na Lei Federal nº 14.230, de 25 de outubro de
2021, é correto afirmar que:
a) sua decretação é vedada quando se tratar de importância de até 50 (cinquenta)
salários-mínimos depositados em operações financeiras.
b) a ordem de preferência deverá priorizar veículos de via terrestre em detrimento
dos bens imóveis
c) a Lei não alcança, em hipótese alguma, bens e recursos mantidos no exterior,
recursos que são regulados por instrução normativa do Banco Central (BACEN).
d) a Lei é taxativa quanto à anotação, em matrícula de imóvel, da existência da ação
ajuizada para apurar a prática de ato de improbidade administrativa, a fim de
preservar o interesse público.
Prof. Herbert Almeida

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